Revista PC e CIA 91

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Hardware

16

PC&CIA # 91 # 2010

Editora Saber Ltda.


Diretor Hlio Fittipaldi

Transparncia e globalizao
Voc que est lendo agora este texto, saiba que faz parte de uma comunidade de mais de 500 mil profissionais de TI e heavy users que lem a nossa revista, seja na forma de papel

www.revistapcecia.com.br

ou de arquivo digital. A edio n 88, a primeira publicada integralmente em nosso site, j foi lida por quase 350 mil profissionais e heavy users, isso contando apenas os que obtiveram sua revista digital diretamente em nosso site, pois h pelo Daniel Appel

Editor e Diretor Responsvel Hlio Fittipaldi Editor de Tecnologia Daniel Appel Conselho Editorial Roberto R. Cunha Colaboradores Alfredo Heiss, Brener Sena, Diego P. Vivencio, Douglas H. Cetertick, Roberto Cunha, Ronnie Arata, Srgio C. Jnior Reviso Eutquio Lopez Designers Carlos Tartaglioni, Diego M. Gomes, Produo Diego M. Gomes PARA ANUNCIAR: (11) 2095-5333 publicidade@editorasaber.com.br Capa Arquivo Ed. Saber Impresso Parma Grfica e Editora. Distribuio Brasil: DINAP Portugal: Logista Portugal Tel.: 121-9267 800 ASSINATURAS www.revistapcecia.com.br Fone: (11) 2095-5335 / fax: (11) 2098-3366 Atendimento das 8:30 s 17:30h Edies anteriores (mediante disponibilidade de estoque), solicite pelo site ou pelo tel. 2095-5333, ao preo da ltima edio em banca. PC&CIA uma publicao da Editora Saber Ltda, ISSN 0101-6717. Redao, administrao, publicidade e correspondncia: Rua Jacinto Jos de Arajo, 315, Tatuap, CEP 03087-020, So Paulo, SP, tel./fax (11) 2095-5333. Associada da:

menos 86 blogs e sites que replicam nosso contedo e que respondem pelos demais. Este nmero continua aumentando pois, ao contrrio da verso em papel, a revista digital continua disponvel. Em vista disso, a partir desta edio decidimos nos submeter auditoria do IVC (Instituto Verificador de Circulao), que uma entidade sem fins lucrativos, que verifica os nmeros de circulaes impressas e digitais a fim de garantir a transparncia para o mercado, segundo normas internacionais do International Federation of Audit Bureaus of Circulations (IFABC) para atestar a veracidade dos nossos nmeros. Esta modalidade de auditoria de websites iniciou-se em janeiro deste ano, de forma que at o momento somente 27 veculos se submetem a uma auditoria com reconhecimento internacional. Estar entre os trinta primeiros praticamente uma exclusividade, visto que no pas temos milhares de sites no auditados. A Revista PC&Cia se orgulha de ter todos estes leitores, no s no Brasil, mas no mundo todo. Alis, no deixe de ler na seo A Vez do Leitor a carta do Carlos Rodrigues, estimado leitor que reside em Portugal e que comemora a possibilidade de ler e distribuir a Revista PC&Cia em seu pas natal. A revista em papel j era distribuda em Portugal e ex-colnias h anos, mas infelizmente no era possvel estar em todas as bancas (nem no territrio nacional possvel este feito). Com a distribuio digital, nossos colegas e amigos de Portugal, Angola, Moambique, Cabo Verde e Timor-Leste, dentre vrios outros pases que adotam a lngua portuguesa, alm de trabalhadores brasileiros que atuam em outros pases como Japo, Estados Unidos e Canad, podem acompanhar as novidades e solues apresentadas por nossa equipe de tcnicos, jornalistas e colaboradores. Voc que nos acompanha de outro pas, no deixe de enviar a sua percepo sobre o nosso material, o impacto que ele exerce no seu ambiente e tambm sobre as diferenas entre os mercados. Tenha uma tima leitura! Atendimento ao Leitor: leitor@revistapcecia.com.br
Os artigos assinados so de exclusiva responsabilidade de seus autores. vedada a reproduo total ou parcial dos textos e ilustraes desta Revista, bem como a industrializao e/ou comercializao dos aparelhos ou idias oriundas dos textos mencionados, sob pena de sanes legais. As consultas tcnicas referentes aos artigos da Revista devero ser feitas exclusivamente por cartas, ou e-mail (A/C do Departamento Tcnico). So tomados todos os cuidados razoveis na preparao do contedo desta Revista, mas no assumimos a responsabilidade legal por eventuais erros, principalmente nas montagens, pois tratam-se de projetos experimentais. Tampouco assumimos a responsabilidade por danos resultantes de impercia do montador. Caso haja enganos em texto ou desenho, ser publicada errata na primeira oportunidade. Preos e dados publicados em anncios so por ns aceitos de boa f, como corretos na data do fechamento da edio. No assumimos a responsabilidade por alteraes nos preos e na disponibilidade dos produtos ocorridas aps o fechamento.

Associao Nacional das Editoras de Publicaes Tcnicas, Dirigidas e Especializadas

2010 # 91 # PC&CIA

Editorial


Indice

20
HTPC:
O que , e como dimension-lo

TESTES

MSI

H55M-E33
HARdWARE

8 11 50

Plataforma ION GeForce


210 e GT 220

Conhea a

16

Wind Top
Novas interfaces para os


AE1900

Monitores

55 60

Interface

displayPort
da VESA
REdES

XBMC:

Interface definitiva para HTPCs

26

PBX-IP

residencial

42 64
03 05 06 66

Servidor de Mdia

Aprenda a montar um

ITIL:

A arte da guerra moderna

Editorial A Vez do Leitor Notcias Opinio

36
PC&CIA # 91 # 2010

Edies em PDF

Prezados Senhores: Venho em primeiro lugar enviar os meus sinceros parabns pela excelente revista. Em Portugal temos algumas revistas, mas quando chega a questo das ajudas tcnicas ficam muito aqum do esperado, metade das revistas publicidade, ou seja, no chegam aos vossos calcanhares. Fiquei admirado com a notcia das revistas seguintes n 88 estarem j em PDF (coisa que c no acontece). Para quando as revistas anteriores a n 88 tambm passaro a PDF? Continuem assim. Bem hajam. Atentamente! Carlos Rodrigues Por email Agradecemos pelas palavras, Carlos! Um dos objetivos do nosso trabalho ajudar os profissionais que esto envolvidos no ramo, mostrando as solues e os testes de produtos em nossos artigos. Sobre as edies anteriores de n88, h sim, planos de public-las no site, mas ainda no temos um prazo definido. As edies anteriores sero publicadas gradativamente e esperamos que o contedo, publicado no site, continue servindo como referencial.

Poucos leitores de outros pases nos mandam retorno, portanto, ficamos agradecidos pelo seu contato.

Dificuldade

Oi! Escrevo a vocs, pois gostaria de saber por que aqui no Brasil to difcil achar peas de informtica como Phenom II 900e, 905e, 910e e Athlon II 630, 635, 605e, alm de placas-me dos tipos DFI e Asrock top, Soltek, Aopen e memrias como DDR3, entre outros produtos? Tambm tenho dvidas sobre as placas de vdeo Radeon HD 4800 series e 5700 series. Se eu precisar adiquirir alguma delas, eu consiguirei fazer um CrossFireX Hbrido entre elas e a placa-me? Outro assunto em que eu encontro dificuldades aqui a disponibilidade de benchmarks nacionais com processadores tipo AMD Athlon II e Phenom II. Gostaria tambm de saber um pouco mais sobre a nova tecnologia que a AMD est para lanar e sobre o novo socket G64. Alexandre Pasin Joaaba - SC

No Brasil, os produtos mais robustos no conseguem atingir uma faixa de mercado significativa para iniciar sua produo local. A fabricao nacional de produtos como Phenom II ou placas de vdeo mais potentes, funciona como uma balana, ou seja, sem uma grande demanda dos consumidores, a produo no tem vantagens, assim, os fabricantes produzem apenas as peas de menor preo. E por isso, h a dificuldade em se encontrar os produtos citados por voc Alexandre. Benchmarks nacionais so pouco vistos dada a dificuldade de se conseguir unidades de demonstrao com os representantes locais dos fabricantes. Sobre novas tecnologias, continue a nos acompanhar. Nas prximas edies, teremos artigos sobre os processadores Intel baseados na arquitetura Clarkdale.

PhysX

PC&CIA #90 ALGIZ 7


Gostei da matria que a PC&CIA publicou na edio n 90 sobre o produto PC ALGIZ 7. As informaes repassadas me auxiliaram na escolha do PC que se encaixou bem na minha pesquisa, alm de trazer rapidez e resistncia no campo profissional. Anderson Silveira Sypriany Joinville - SC gratificante para ns, saber que as informaes o ajudaram a decidir a compra de um produto adequado para as suas necessidades profissionais. Sempre teremos espao para solues inteligentes e esperamos que o mercado brasileiro abra os olhos para este nicho.

Acompanho vocs desde a edio n 41. Vou logo ao assunto: na edio n90 foram mostrados os recursos que o PhysX apresenta, tanto as vantagens quanto as desvantagens. Conforme fui lendo, vi um ponto em que o tcnico coloca duas placas de vdeo, cada uma com uma finalidade: uma calcula e a outra exibe o resultado final. Minhas perguntas so: Como desabilito o PhysX de uma e deixo a outra habilitada? Quem deve ficar conectada ao monitor, a habilitada ou a desabilitada? No meu caso eu tenho uma GT8800 e uma onboard 6100, sei que a onboard muito mida mas queria enxergar aqui o teste que foi feito (pelo menos um deles). Eu conseguirei enxergar o resultado do teste com esse sistema onboard-offboard? Agradeo muito a ateno e fico aqui contando os segundos para a prxima edio. Francisco So Paulo - SP A partir do momento que temos duas placas de vdeo instaladas com suporte a GPGPU, o painel de controle do prprio driver da NVIDIA possibilita a escolha de qual ser a responsvel pelos grficos e pela PhysX nos jogos. Infelizmente no seu caso, o GPU 6100 integrado de sua placame no suporta este tipo de clculo. No ser possvel auxiliar a 8800GT com seu vdeo onboard.
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@ Vez do leitor


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Notcias


Kingston lana novo programa de


relacionamento com revendedores
Revendedores que compram por meio do canal de distribuio oficial tero acesso a informaes sobre produtos, treinamentos e prmios cadastrandose no Kingston Partner, o novo canal de relacionamento para parceiros da Kingston. O objetivo oferecer um suporte mais efetivo, segundo Jackie Barrera - gerente de marketing da Kingston. Para participar do Kingston Partner, os canais devem se cadastrar no site www. kingstonpartner.com. A cada compra realizada por meio dos distribuidores oficiais, os revendedores acumularo pontos. Alm de prmios, que podero ser requisitados no prprio site e de acordo com a pontuao, as revendas tero acesso a recursos como informaes de produtos, servio customizado e treinamentos. A partir do lanamento do programa, a Kingston ir avaliar o feedback dos parceiros para incluir melhorias e aperfeioar o site com o tempo.

O canal oficial dos produtos Kingston para o mercado brasileiro formado pelos distribuidores Master, Alcatia, Aldo, Handytech, Ingram Micro, Mazer

e Officer e pelos distribuidores FOB de Miami, AllPlus, ATC, Intcomex e pela Wintronic. Para mais informaes visite o site www.kingston.com.br.

Lanamento da Intel
no mercado corporativo
A Intel anuncia a disponibilidade da verso 2010 da sua famlia de processadores Intel Core para o mercado corporativo no Brasil, no total so cinco processadores, dois deles so da linha vPro (Core i5 e Core i7) e os outros trs so da famlia Xeon (5600, 6500 e 7500). O diretor de marketing da Intel no Brasil, Cssio Tiet, afirma que a primeira vez que a empresa faz um lanamento simultneo de tantos produtos. Entre os diferenciais dos modelos vPro, que focam o gerenciamento remoto, est a capacidade de transferncia da tela grfica para o console de gerenciamento com suporte tecnologia KVM (keyboard, video, mouse). Tecnologia que permite o gerenciamento mesmo com a rede e o sistema operacional inativos. O Xeon 5600 direcionado para ambientes virtualizados que utilizam servidores com dois processadores, entre suas caractersticas mais marcantes

esto a reduo no consumo de energia (at 30%), o ganho de desempenho (at 60%), a acelerao de criptografia com o AES-NI e a segurana do TXT. J as linhas 6500 e 7500 tm como foco, ambientes de misso crtica, com uma

mdia de aumento de trs vezes na velocidade de processamento. A 6500 direcionada a servidores com at dois processadores, enquanto que a 7500 indicada para servidores maiores.

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AMD apresenta viabilidade


dos processadores Opteron
AMD apresenta estudo de viabilidade e caractersticas da plataforma de servidores Opteron 6000, que contm a Direct Connect Architecture 2.0 (arquitetura de conexo direta) com 2 a 4 processadores de 8 a 12 ncleos para plataformas x86. A nova plataforma Opteron compatvel com chipsets para 2 a 4 soquetes de processadores e ser compatvel tambm com a prxima gerao de plataforma chamada Bulldozer.

Protocolo
Braslia
Aps outras empresas e organizaes como a Caixa Econmica Federal, Banco do Brasil, e SERPRO, a Petrobras tambm assina o Protocolo Braslia, documento que prope a inteno de aderir ao padro ODF (Open Document Format). O Protocolo Braslia no obriga o uso do padro, ele apenas estabelece a inteno de utilizao de um formato padronizado como forma de melhorar a interoperabilidade das organizaes relacionadas ao governo. Os principais aplicativos a suportar o padro ODF so o OpenOffice.org, seu brao brasileiro BrOffice.org e o IBM Lotus Symphony. O primeiro passo da companhia instalar um destes aplicativos como alternativa ao Microsoft Office e avaliar o desempenho e produtividade. Apesar de assinada a inteno de adotar o ODF, o feedback dos funcionrios ser levado em considerao na tomada de deciso de qual sute permanecer em uso. importante lembrar que o Open Document Format , a rigor, o padro de formato de documentos definido pela ABNT, em maio de 2008, quando esta publicou a norma brasileira NBR ISO/ IEC 26300: Tecnologia da informao - Formato aberto de documento para aplicaes de escritrio (OpenDocument) v1.0.

MSI e Local X
em parceria
A MSI, fabricante mundial de produtos de informtica, anuncia a Local X como nova distribuidora da linhas de placasme em Santa Catarina com objetivo de aumentar a presena da marca nas principais revendas de equipamentos de toda a regio Sul do pas. Por enquanto a Local X ir comercializar todos os modelos nacionais de placasme da MSI, fabricados em Manaus (G31M3-L, K9N6PGM-V, H55-E33 e P55-CD53), mas a inteno acrescentar outros produtos ao portflio, como placas de vdeo e notebooks. Os produtos da MSI so reconhecidos pela qualidade e excelente relao custo-benefcio. Ter a marca no nosso portflio garantia de bons negcios, diz o presidente da Local X, Fabian Teixeira. Atualmente, a Local X conta com aproximadamente 4.000 revendas ativas e, segundo Teixeira, o objetivo que pelo menos 50% delas comercializem as placas-me da MSI.

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Notcias


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Testes

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MSI

H55M-E33
A Intel lanou sua nova linha de processadores i3, i5 e Pentium baseado na arquitetura Clarkdale. E para aproveitar todos os recursos destas novas CPUs, incluindo o vdeo integrado, tambm foram lanados novos chipsets. Conhea uma dessas novas placas que j est sendo comercializada no Brasil, a MSI H55M-E33.


popularizao da plataforma Intel LGA 1156 e o surgimento de processadores de mdio e baixo custo baseados na arquitetura Clarkdale, cria uma demanda por placasme que tenham um bom custo-benefcio e sejam compatveis com eles. Uma das maiores fabricantes de placasme no mercado, a MSI, j tem produtos nacionalizados e passa a oferecer placas compatveis com estes processadores que podem ser encontrados em diversos distribuidores brasileiros. Testamos o modelo H55M-E33, uma placa fabricada no Brasil, voltada para as pessoas que querem ter uma boa placa-me, com recursos de expanso e overclock, alm de ter bom custo-benefcio.

H55M-E33

Formado em Eletrnica e Tcnico em TI, com mais de 10 anos de experincia nas reas de hardware, sistemas operacionais para servidores e redes. Atualmente membro da equipe de redatores da revista.

Alfredo Heiss

A arquitetura Clarkdale, apesar de ser considerada uma evoluo do Nehalem, traz vrias novidades como um processo de fabricao mais refinado e agora, uma GPU integrada ao processador. Todos os processadores desta gerao so para o socket LGA 1156, mas para usufruir de todos os seus recursos, como o vdeo integrado, foram lanados alguns novos chipsets. A placa da MSI testada neste artigo vem com o novo H55. Este chipset conta com o barramento FDI (Flexible Display Interface), um canal criado para transportar o sinal digital de vdeo at os circuitos de sada. Com este recurso, a placa da MSI H55M-E33 oferece trs sadas de vdeo, sendo duas digitais (HDMI e DVI) e uma analgica DB-15 (figura 1). A placa vem no formato micro-ATX. Como expanses, so oferecidas um slot PCI-Express de 16x, usado principalmen-

te para conexes de placas de vdeo, dois conectores PCI-E 1x e um antigo PCI, que mantm compatibilidade com placas antigas. Apesar de ser uma placa pequena, possui seis portas SATA II de 3 Gbps. Duas das portas esto estrategicamente direcionadas para o lado de fora da placa, o que facilita a conexo em certos gabinetes (figura 2). Esta placa-me oferece quatro bancos de memria DDR3 para at 16 GB de RAM. Oficialmente, a controladora de memria dos processadores Pentium G, i3 e i5 s apresenta suporte a memrias DDR31333 em dual chanel, mas a MSI estende o suporte a memrias 1600/2000/2133 em overclock. O udio presente na placa fornecido atravs do chip Realtek ALC889. Ele oferece oito sadas de som (7.1) e mais uma sada para fones, frontal independente com dois canais streo. So fornecidas seis portas USB no painel traseiro. As placas MSI tm um sistema de proteo contra descargas de energia esttica, o que evita a queima de pendrives ou outros dispositivos devido a ESD (Electro Static Discharge). No circuito de alimentao do processador, chipset e demais dispositivos, a MSI colocou um sistema inteligente para controle de energia. Apenas as fases de alimentao que esto em uso permanecem ativas, as demais ficam desligadas em desuso. A refrigerao dos componentes da placa feita de forma passiva, sem o uso de ventoinhas. Caso o processador tambm tenha um cooler silencioso, conseguimos garantir um sistema sem nenhum rudo.

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Testes

F1. Vista do espelho traseiro da placa, com as sadas de vdeo e USB mostra.

Live Update A MSI costuma proporcionar recursos extras para seus clientes, como o gerenciamento de energia ou a proteo contra descargas eltricas via USB, e alm destes recursos, a placa da MSI H55M-E33 tem um software para atualizao de BIOS automtico atravs da Internet. Alm de fcil, este tipo de recurso garante que a placa sempre oferecer suporte para novos processadores, para upgrade, e caso haja alteraes ou correes no firmware, o computador montado estar atualizado. Easy OC Switch Comprar um processador bsico e ter disposio o desempenho de um processador de frequncia mais elevada, possvel com o recurso de overclock automtico presente na placa H55M-E33. Na figura 2 notamos ao lado das portas SATA um switch vermelho. Esta chave a responsvel por aumentar a frequncia do processador, automaticamente, em at 20%. Para usurios avanados, a BIOS da placa tambm fornece ferramentas para o aumento de frequncia de trabalho do processador. Nos testes realizados com a placa, inclumos os resultados feitos atravs de overclock automtico e manual.

Testes

Em nossos testes de desempenho foi usado o seguinte hardware: Pentium G6950 2,8 GHz MSI H55-E33 2x 4GB DDR3 1600 Kingston Hyper X SSD Kingston 64 GB O primeiro passo que fizemos foi testar o potencial de overclock da placa. O Easy

Detalhe das seis F2. portas SATA II presentes na placa, duas esto direcionadas para o lado de fora. A chave vermelha ao lado das portas SATA a responsvel pelo controle da frequncia do processador.

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Testes
OC Switch funciona bem, sendo possvel aumentar a frequncia de trabalho do processador em at 20%, resultando na velocidade de 3,3 GHz aproximadamente. Manualmente conseguimos um resultado ainda melhor, sendo possvel realizar todos os testes com estabilidade na frequncia de 4 GHz com o Pentium dual core. Para os teste de desempenho, elegemos trs benchmarks: 3DMark 2006 7-Zip Cinebench R10 64 bits 3DMark2006 A Intel melhorou bastante o desempenho do seu vdeo integrado nesta ltima verso. Isto graas ao trabalho de redesenho do seu antigo projeto presente nos chipsets G35 e G945, e do aumento de frequncia de trabalho da GPU para 900 MHz em comparao ao G45. Mesmo com este trabalho, o vdeo onboard no o suficiente para agradar jogadores prof issionais, mas oferece um desempenho bem melhor do que as antigas placas onboard. Isto pode ser observado na figura 3. Apesar do resultado baixo em comparao a placas dedicadas 3D, o resultado superior em 3 vezes ou mais, frente aos antigos controladores da Intel, o que uma boa melhora. 7-Zip O software opensource 7-Zip, alm de ser um compactador de arquivos, se mostra um excelente benchmark para processadores, j que faz proveito de todos os ncleos disponveis nos processadores mais recentes. Apesar do Pentium testado ser apenas dual core e, como modelo de entrada, tambm no ter recursos de SMP, tambm conhecido como Hyper Threading (HT) da Intel, possvel, atravs do 7-Zip, comprovar o aumento de desempenho proporcionado pelo overclock. O resultado pode ser visto na figura 4, note que o ganho de desempenho proporcional ao aumento da frequncia do processador. CineBench R10 Softwares de renderizao de imagem so conhecidos por sua alta carga de proPC&CIA # 91 # 2010

Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br cessamento. Por este motivo, utilizamos o Benchmark CineBench R10 como ferramenta de avaliao de desempenho deste conjunto. Os resultados podem ser conferidos na figura 5. Novamente vemos o aumento de desempenho devido ao overclock realizado no processador. incluindo o seu vdeo integrado. Com a fabricao deste modelo por empresas brasileiras, certo que logo o encontraremos em vrios distribuidores e lojas de integradores espalhados por todo o Brasil. Na prxima edio traremos um dossi completo sobre a arquitetura Clarkdale, com todos os detalhes do Pentium, i3, i5 e i7 e testes de desempenho. Quanto placa, oferece um bom desempenho e seus recursos para economia de energia, proteo contra surtos eltricos e overclock automtico, so bem-vindos. PC

Concluso

A placa da MSI H55M-E33 oferece suporte aos novos recursos encontrados nos processadores da Intel Clarkdale,

Resultados do F3. vdeo integrado ao processador Intel. Oferece um bom resultado frente ao modelos antigos, mas ainda longe de um desempenho exigido por um jogador.

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Resultados F4. obtidos com o Benchmark do 7-Zip.

Teste de F5. desempenho com um software de renderizao de imagens.

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Hardware

Conhea a plataforma

ION

O processador Atom ganha nova vida com o auxlio de uma GPU da NVIDIA. Conhea a plataforma ION e as vantagens de utiliz-la. Alfredo Heiss

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processador Atom, da Intel, mostrou-se timo para dispositivos mveis voltados para a internet, netbooks e computadores pessoais de baixo consumo, como nettops. quase impossvel encontrar uma grande marca, ou integrador, que no tenha disponvel em seu portflio de produtos algo com esta CPU da Intel. Este sucesso se deve arquitetura deste processador que, desde o princpio, foi planejado para oferecer o menor consumo de energia possvel. Enquanto todas as CPUs Intel usam uma arquitetura superescalar out-of-order, o Atom um processador superescalar in-order, o que significa que ele executa as instrues exatamente na ordem em que elas chegam. Para evitar que o Atom ficasse com sua fila de execuo travada e aumentar o desempenho, foi adicionado o Hyper Threading, ou HT, um recurso muito comum nos antigos Pentium 4. Mas, apesar desta arquitetura ser muito eficiente energeticamente, ainda existe um calcanhar de Aquiles. Para aplicaes que geram um grande volume de dados, como a decodificao de vdeo HD, este proces-

sador no consegue suprir toda a demanda de processamento criada. Um segundo detalhe acaba agravando ainda mais a situao. A Intel comercializa este processador em conjunto com o chipset 945GC, ou sua verso mobile 945GM para netbooks, o antigo southbrigde ICH7. Apesar de ser um casamento bem sucedido no quesito preo, em desempenho, esta unio tem vrios pontos fracos. O suporte a 3D no vdeo integrado Intel muito fraco, no tendo uma srie de recursos oferecidos pelos concorrentes. Alm disso, praticamente todos os chipsets integrados oferecem alguns decodificadores de vdeo em alta resoluo, o que no acontece com este da Intel. J comentamos bastante sobre o Atom nas ltimas edies da revista (leia mais no site www.revistapcecia.com.br), o leitor que nos acompanha est bem familiarizado com estas peculiaridades da plataforma Intel. Neste artigo apresentamos uma alternativa para as pessoas que gostariam de ter um processador muito eficiente energeticamente, mas no querem ter dores de cabea, por exemplo, na hora de reproduzir um filme.
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Hardware

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NVIDIA ION

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A plataforma Atom sempre foi fechada, o que torna impossvel, aos fabricantes, desenharem seus prprios layouts de placas para oferecerem mais portas SATA ou slots de memria. A Intel no permite este tipo de alterao no layout original para evitar que esta plataforma invada, por exemplo, o espao de mercado do Celeron, que um processador com mais recursos. O desempenho da plataforma Atom baixo pois o processador responsvel por tudo. O GPU integrado no oferece boa acelerao para aplicativos 3D, e nenhuma para vdeos em alta definio. O Southbridge no suporta NCQ, o chip de som consome ciclos da CPU e o mesmo acontece com o de rede (no h qualquer tipo de offloading). E como se trata de uma unidade de baixo poder, fica bem claro que teremos problemas. Se houvesse algum tipo de auxlio de processamento por parte de um dos subsistemas presentes na placa, como, por exemplo, o grfico, o desempenho geral do sistema seria muito beneficiado, pois o processador, apesar de fraco, poderia se dedicar integralmente a outras funes. A ideia de acelerar os grficos j parece promissora, mas, se considerarmos as possibilidades abertas com o GPGPU, o desempenho geral do sistema inteiro poderia atingir nveis muito superiores. Pois foi exatamente isto que a NVIDIA fez com o ION. Em vez de oferecer o Atom com o seu par 945GC e ICH7, ela oferece o seu prprio chipset 730i que tem integrada uma GPU da famlia 9000 com dezesseis Streams Processors. Com esta simples mudana de chipset, o Atom pode trabalhar com memrias DDR2 800 MHz, ganhou suporte a biblioteca DirectX 10 da Microsoft e acelerao a vdeo de alta definio e Blu-Ray atravs do recurso PureVideo HD. O chipset 730i oferece doze portas USB 2.0, seis portas SATA de 3 Gb/s, vinte linhas PCI-E, rede Gigabit e Som 7.1 de alta definio (CODEC Azalia) e, alm disso, a NVIDIA declara que o seu produto unificado consome menos energia do que o Intel 945GC. Com um nmero menor de componentes, estes consumindo menos energia, natural que houvessem mudanas nos desenhos das placas. Os nettops conseguiram reduzir ainda mais o seu tamanho, j que a plataforma
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F1. Devido ao seu baixo consumo, a plataforma ION pode ser oferecida em gabinetes pequenos. Outras solues baseadas em placas no formato PicoITX so ainda menores.

ION da NVIDIA pode ser fabricada at no padro Pico-ATX. A figura 1 apresenta a imagem de um gabinete convencional com quatro baias versus uma soluo baseada na plataforma ION. ION 2 Recentemente, a Intel fez mudanas no seu processador Atom. Funes que antes eram executadas pelo chipset, como a controladora de memria e a GPU, passaram a ser integradas na prpria CPU. Com isto, o northbridge se tornou mais simples e passou a integrar, no mesmo encapsulamento, o southbrige, melhorando o seu consumo eltrico e dissipao de calor. Apesar desta nova arquitetura, chamada de Pine Trail, trazer algumas melhorias, principalmente no consumo do chipset que foi simplificado, este Atom no oferece mais poder de processamento, uma vez que internamente ele continua igual aos antigos modelos.

Aqui temos um problema: a NVIDIA no pode mais vender o seu chipset 730i com os Atoms da srie 400, Pine Trail, agora incompatveis e, apesar das mudanas, o Atom continua no apresentando performance suficiente para executar vdeos em alta definio, jogos ou aplicativos que demandem muito processamento. O que fazer? A segunda gerao do ION nasce oferecendo uma GPU discreta ao sistema. Como este produto direcionado para o mercado mvel, ou de baixo consumo, a NVIDIA desenvolveu uma nova tecnologia, chamada Optimus, que auxilia no consumo eltrico e durao da bateria para portteis. O Optimus Technology funciona em paralelo com o vdeo integrado aos processadores Atom da srie 400. Quando estivermos editando texto, ou navegando, sem exigir processamento, a GPU discreta da NVIDIA ficar em modo standby, economizando energia. A partir do momento que seja exigido um alto poder de processamento para aplicaes que podem ser aceleradas por GPU, a tecnologia Optimus entra em ao. Aplicaes do tipo Adobe Flash 10.1 e Photoshop, converso de vdeo usando softwares que trabalhem com a GPU, como o Badaboom, acelerao de vdeo

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Asrock ION 330
CPU Chipset Memria VGA

Hardware

F2. Painel traseiro do nettop Asrock 330, com sada de vdeo digital no padro HDMI e sada ptica de som.

Intel Atom 330 1,6 GHz (Dual core) NVIDIA ION (i730) 2 GB DDR2 800 MHz NVIDIA ION, suporte para DX10 e Full HD 1080p HD 2,5 HD 320 GB DVD DVD Super Multi (Slim type) I/O 1 x HDMI 1 x D-Sub VGA 6 x USB 2.0 1 x S/PDIF LAN Gigabit LAN udio HD Audio 5.1 canais Rudo do Sistema Abaixo de 26 dB Alimentao 65W/19V Adapter Dimenses 195 mm (P) x 70 mm (A) x 186 mm (L) Volume (Litros) 2,5 Peso 1,7 Kg

T1. Especificaes completas do Asrock ION 330.

em HD, jogos, aplicativos 3D, todas so executadas na GPU discreta instalada no equipamento. E o preo destes equipamentos? Ir mudar? Aqui entra uma pequena histria. O Atom sempre foi vendido como uma plataforma, o fabricante obrigado a comprar processador e chipset. No caso da primeira plataforma ION, isto encarecia muito o produto porque as empresas eram obrigadas a comprar uma CPU com northbridge e southbridge, descartar os dois ltimos e usar o 730i da NVIDIA. Como agora o Atom j vem integrado com boa parte do northbridge, e este ltimo foi simplificado e unificado ao southbridge, tornando-se um dispositivo mais simples de produzir e barato, o prejuzo com o ION2 ser menor do que na plataforma anterior, e acreditamos que isto venha a significar um preo mais acessvel para estes produtos. ION Graphics A plataforma ION est sendo bem recebida no mercado, tanto que netbooks esto sendo adquiridos para funes que antes s seriam possveis com equipamentos mais robustos, como um notebook com processador dual-core. natural que fabricantes passem a usar o nome ION em produtos que no tenham nada a ver com o projeto inicial desta plataforma. Para nossa surpresa, j recebemos um prottipo de testes de all-in-one feito pela MSI que tem um processador Pentium Dual-Core com o chipset 730i da NVIDIA. Na descrio do produto encontramos

ION Graphics, sugerindo que o produto oferece toda a acelerao encontrada nesta plataforma.

Asrock ION 330

Recebemos para testes um nettop da primeira gerao da plataforma ION, um minicomputador da Asrock modelo ION 330. Este modelo baseado na verso dual core do Atom, o modelo 330, e voltado para o mercado de usurios domsticos. As especificaes completas podem ser conferidas na tabela 1. Os atributos destacados pelo fabricante so: eficincia energtica; baixo rudo; tamanho reduzido. Apesar do processador Atom 330 ter suas limitaes, sendo classificado como light multitasking, ou multitarefa bsica em traduo livre, a Asrock marca o produto como sendo um equipamento apropriado para reproduo de filmes em alta definio. Tanto que este computador est equipado com uma sada de vdeo no padro HDMI e ptica de som (figura 2). O nettop da Asrock muito pequeno, a diferena para um gabinete ATX, especialmente um de quatro baias, gigante. Ele consegue ser menor que o barebone da Jetway, testado na edio n 87 de nossa revista. Outro detalhe que nos chama a ateno o baixo nvel de rudo. Como a plataforma ION oferece solues de baixo consumo, no necessria a instalao de ventoinhas de altas rotaes, ajudando muito no silncio do equipamento.

Esta unidade foi cedida pela NVIDIA para testes de conceito da plataforma ION e, por causa disto, nossos testes sero direcionados para esta plataforma, comprovando se ela realmente eficiente como um computador domstico.

Testes

Realizamos trs tipos de testes para a plataforma ION. Na primeira etapa, comparamos o desempenho geral do sistema, principalmente o conjunto processador e chipset. Na segunda etapa, verificamos o desempenho 3D e, na ltima parte, fizemos testes de exibio de vdeos digitais em alta resoluo. Para comparao de desempenho da plataforma ION, usaremos a placa PCWARE IPXLP-MB DC com um Atom 330 e o chipset Intel 945GC. 7-Zip No primeiro teste da CPU usamos o software de compactao 7-Zip, que nos informa a quantidade de informao processada em MIPS (Milhes de Instrues por Segundo), e com estes dados verificaremos se existe diferena em processamento usando uma plataforma Atom mais o chipset Intel ou NVIDIA. Outra vantagem da utilizao deste software opensource poder comparar as plataformas em vrios sistemas operacionais. Usamos a distribuio Ubuntu, com a verso 2.6.28-18 do kernel Linux compilado com instrues genricas 32 bits. A figura 3 mostra os resultados obtidos. Em todos os testes de desempenho a
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Hardware

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3DMark 2006

Atom 330 + Intel 945GC Atom 330 + ION

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T2. Pontuao no 3DMark2006. O desempenho do ION cerca de dez vezes melhor.

plataforma ION teve resultados melhores do que o conjunto Atom mais chipset Intel 945GC. Provavelmente devido ao suporte a dual-channel nas memrias, que garante uma vazo de dados maior para a CPU. Mas em situaes onde o gargalo o processador, a maior vazo de dados entre memria e CPU pode no ser o suficiente para o Atom 330 apresentar um bom resultado. Vemos isto claramente no prximo teste. x264 HD Benchmark Na figura 4 notamos que no existe diferena entre os resultados obtidos com o Atom 330, seja na plataforma Intel ou NVIDIA. Isto porque este benchmark no faz uso dos recursos adicionais oferecidos pelo chipset ION. Se houvesse algum tipo de otimizao para GPGPU, por exemplo, com certeza o grfico apresentado seria muito diferente. No quesito 3D, no h muita o que ser dito. A plataforma Intel nunca teve um bom suporte a acelerao de aplicaes 3D, enquanto que a NVIDIA uma empresa especializada nesta rea. 3DMark 2006 A tabela 2 exibe os resultados com um dos benchmarks mais conhecidos, o 3DMark2006. Apesar de muitas vezes os resultados obtidos em testes sintticos no poderem ser comparados aos de jogos, neste caso, ser muito til para comparar duas plataformas diferentes sob a mesma base. Note que o resultado da NVIDIA algo em torno de dez vezes superior ao resultado obtido pela plataforma Intel. Reproduo de vdeos Para quem v no ION um timo HTPC, devido acelerao para vdeo em alta definio atravs da GPU, realizamos alguns testes de uso de CPU na decodificao de contedo no formato H264. O filme utilizado para testes foi o Big Buck Bunny, um vdeo opensource desenvolvido com o Blender, e que o leitor pode baixar gratuitamente no site www.bigbuckbunny.org. Utilizamos o formato H.264 para nossos testes na resoluo de 1080 p.

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F3. 7-Zip Benchmark, um timo software opensource para compactao de arquivos e um excelente teste para CPUs em diferentes plataformas.

F4. Softwares no otimizados para a plataforma ION tero o seu desempenho limitado pelo processador.

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Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br Como player de vdeo, usamos o Media Player Classic, outro software opensource, muito leve e eficiente para sua funo, ao invs do Windows Media Player nativo do sistema operacional. O resultado dos testes pode ser conferido na figura 5. No Atom, o uso mnimo da CPU de 60%, sendo que existem vrios picos de processamento que causam perdas de quadros na tela. O espectador percebe claramente que no existe fluidez durante a exibio do filme. J na plataforma ION, o uso mdio da CPU de apenas 20%, com picos de 30%. Neste caso, quem faz todo o trabalho de decodificao do filme a GPU e seus streams processors, assim, o processador fica livre para atender o sistema operacional e suas requisies de I/O. Consumo Outra vantagem da plataforma ION o seu consumo, na figura 6 apresentamos os resultados de todo o sistema em diversas situaes. Note que, em situaes que computadores desktops comuns consumem muita energia, como decodificando vdeos em alta definio, o consumo do ION em mdia de apenas 33 watts, um excelente resultado.

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F5. Uso de CPU durante exibio do filme Big Buck Bunny em alta definio. O auxlio da GPU para decodificao para o Atom muito bem--vindo.

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Concluso

Infelizmente, no mercado brasileiro so poucas as opes de compra da plataforma ION. Como todos os produtos que temos em nosso mercado so importados, o custo dessa plataforma acaba sendo bem maior que o do Atom com chipset 945GC, que conta com produo local. Em nossos testes, percebemos que a adio de uma GPU para auxiliar o processador Atom muito bem-vinda. O chipset da NVIDIA, apesar de oferecer mais recursos que o 945GC da Intel, no consegue aumentar o desempenho do Atom sozinho. Em compensao, funes como 3D e exibio de vdeo em alta definio, que eram impossveis de serem feitas com o poder de processamento do Atom, podem ser realizadas com a plataforma ION, desde que configuradas para serem auxiliadas pela GPU. Gostamos dos resultados obtidos por esta plataforma. O nettop da Asrock, com todos os componentes, tem um consumo mdio de 33 watts. Para as pessoas que procuravam um computador de baixo consumo, este dado pode ser um diferencial. PC

F6. Consumo eltrico de todo o sistema ION, incluindo HD e leitor ptico.

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Geforce 210 e GT220


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Chegam ao mercado brasileiro as placas da NVIDIA com suporte a DirectX 10.1. Conhea os modelos Geforce 210 e GT220, o seu desempenho e quem ficar feliz ao adquirir uma destas. Alfredo Heiss

tualmente, o mercado de jogos e videogames o maior na categoria de entretenimento no mundo. Os ltimos nmeros apresentam resultados de bilhes de dlares sendo movimentados por ano na indstria de jogos, com resultados maiores at do que o ramo cinematogrfico. Grandes empresas do entretenimento tm alterado suas vises para participarem deste mercado, que cresce cada vez mais. A Walt Disney, por exemplo, comprou uma grande produtora de games e a renomeou para Walt Disney Interactive Studios (antes chamada Buena Vista Games). Mas no s do desenvolvimento de jogos que as empresas sobrevivem. Grandes firmas que desenvolvem hardware tm obtido grande destaque neste mercado, em especial, AMD e NVIDIA so as protagonistas de um duelo de tits para definir quem ser o lder em GPUs, tanto para jogos, como para processamento de informaes com o GPGPU.

Na edio n 89 apresentamos ao leitor um comparativo com todas as placas de alto desempenho da NVIDIA para jogos e GPGPU que, at ento, existiam no mercado (leia gratuitamente em www.revistapcecia. com.br). Neste artigo descreveremos dois produtos deste fabricante de GPU voltados para a base da pirmide, jogadores casuais e pessoas que apenas querem uma boa VGA em seus computadores. Conhea as placas Geforce 210 e GT220, todos os seus detalhes, seu desempenho e recursos.

Geforce 210

A NVIDIA foi criticada por clientes e fabricantes por no oferecer inovaes tecnolgicas nas suas ltimas placas de vdeo. Apenas recentemente, devido a alguns integradores terem clamado por produtos revisados, passamos a ter placas de vdeo com suporte a DirectX 10.1 com o selo Geforce. A placa Geforce 210 o modelo mais simples da NVIDIA, que vem para substituir

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Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br No existem diferenciais na placa, o desenho dela simples, com perfil baixo, seu projeto de dissipao trmica tem um cooler ativo de alta rotao, mas apesar de no ser barulhento, nada garante que ele continuar com estas caractersticas com o passar do tempo. A placa oferece trs sadas de vdeo nos padres DB-15, DVI e HDMI. Este ltimo o padro nas TVs de LCD comercializadas no mercado brasileiro. Apesar da placa ter perfil baixo, no fornecido um espelho traseiro compatvel com este padro. As frequncias de operao so 590 MHz para a GPU, 1400 MHz para os SPs e 800 MHz para os 512 MB de memria DDR2 instalada.

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dois monitores simultaneamente. Caso estes tenham o mesmo tipo de conexo, ser necessrio a compra de um adaptador a parte. As frequncias de operao so 625 MHz para a GPU, 1360 MHz para os SPs e 800 MHz para o 1 GB de memrias DDR2. Um detalhe: j que a placa tem o triplo de SPs, o dobro do barramento disponvel para as memrias em comparao ao modelo Geforce 210, a Zogis poderia ter instalado memrias com frequncias de operao maiores. Isto traria um ganho de desempenho maior, uma vez que 1 GB de memria no faz grande diferena visto a potncia do chip ser fraca.

GT220

Testes

as placas 8400 e 9400 da gerao anterior. Seu chip, o GT218, uma reviso da arquitetura anterior da NVIDIA que acrescenta o suporte ao DirectX 10.1. Alm disso, este chip gravado em um processo de litografia de 40 nm (nanmetros), o que garante a esta GPU menores consumos eltricos e dissipao de calor. O TDP declarado pelo fabricante para este modelo de apenas 30,5 W. O GT218 tem 16 Stream Processors (SPs), oferece acelerao para vrios formatos de vdeo em alta definio, incluindo Blu-Ray, H.264 e X.264, atravs do PureVideo da NVIDIA. Suporta memrias DDR2 com um barramento de 64 bits. A tabela 1 apresenta todas as caractersticas desta placa. Zogis Geforce 210 O modelo recebido para testes foi fabricado pela Zogis, um parceiro da NVIDIA, facilmente encontrado no mercado brasileiro (figura 1).

A GT220 no uma placa voltada para entusiastas por jogos, mas consegue fornecer um desempenho bem melhor em aplicaes 3D e GPGPU do que a Geforce 210, seja CUDA, DirectCompute ou OpenCL. A GPU presente nesta placa, denominada GT216, tem um total de 48 SPs, ou seja, o triplo do modelo 210. Alm do maior nmero de SPs, tem tambm o dobro de unidades ROP, no total de oito. E barramento de memria duas vezes mais largo com 128 bits. As especificaes completas deste produto podem ser vistas na tabela 2. A maior potncia tem o seu preo, tanto o consumo quanto o TDP declarado pelo fabricante so superiores ao outro modelo testado da NVIDIA. Mas no algo to alarmante, considerando-se que os resultados normalmente so duas vezes superiores ao modelo Geforce 210. O chip GT216 presente na placa tambm fabricado no processo de 40 nm. Tem suporte a DirectX 10.1 e OpenGL 3.2. Zogis GT220 O modelo apresentado pela Zogis da GT220 tem um desenho simples, adequado para um tipo de baixo custo. No so oferecidos adaptadores ou algum CD bnus com o produto. Temos uma foto da placa mostrada na figura 2. A placa tem o perfil baixo, adequado para alguns gabinetes mini-ITX voltados para HTPC. Infelizmente, o espelho traseiro neste padro tambm no fornecido. Existem trs sadas de vdeo nos padres DB-15, DVI e HDMI. A placa suporta at

Para os testes das placas de vdeo, usamos a seguinte plataforma: Phenom X4 955 3,75 GHz; MSI 790FX-GD70; 2x 2 GB DDR3 1600 MHz Corsair; SSD Patriot 32 GB; Gabinete L-1100 Cool T-REX; Windows 7 64 bits. Para evitar qualquer gargalo por parte da CPU, foi feito um pequeno overclock no processador AMD para 3,75 GHz, ao invs de 3,2 GHz originais. Usamos os seguintes softwares para testar as placas de vdeo: 3DMark2006 Unigine Heaven Benchmark DirectX 10 Resident Evil 5 DirectX 10 X3 Terran Conflict DirectX 9c Sandra 2010 OpenCL Acompanhem os resultados conseguidos com estas duas placas de vdeo. 3DMark2006 Este benchmark sinttico um dos mais conhecidos. Desenvolvido pela FutureMark com base no DirectX da Microsoft tido como referncia entre muitos. Particularmente no concordamos com esta opinio, mas apresentamos os resultados como forma de comparao com outros sistemas. Na figura 3 so fornecidos os resultados das duas placas com nossa plataforma de testes. Como esperado, a Geforce 210 tem um resultado muito baixo, limitado pelos 16 SPs e seu barramento de memria de 64 bits.
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Geforce 210
Descrio da T1. GPU Processo fabricao Geforce 210 Nmero de Transistores
Streams Processors Frequncia GPU Frequncia SPs ROPs Tipo de Memria Barramento TDP GT218 40 nm 260 Milhes 16 590 MHz 1400 MHz 4 DDR2 / DDR3 64 bits 30,5 W

A GT220 apresenta um resultado 244% superior devido sua arquitetura, que no sofre as mesmas limitaes da 210. Porm, este resultado ainda no satisfatrio para os jogos lanados mais recentemente. Unigine Heaven Benchmark A Unigine uma empresa que desenvolve motores grficos para Software Houses. Como forma de divulgar seus produtos, oferece gratuitamente para o mercado benchmarks que utilizam suas ferramentas. Este o caso do Heaven Benchmark. Este teste foi criado utilizando toda a capacidade das placas de ltima gerao, com suporte a DirectX 11 e recursos como Tesselation. Todos os prx imos testes de placas de vdeo de alto desempenho feitos na revista utilizaro este software. Como nenhuma das placas testadas oferece suporte para os recursos presentes no teste, utilizamos o DirectX 10 como base para os testes. Usamos texturas e shaders em alta qualidade, mas sem filtros AA ou AF. A figura 4 exibe os resultados. Nenhuma das duas placas apresenta um bom resultado. O desempenho esperado seria algo em torno de 50 a 60 FPS de mdia, lembrando que o olho humano, em mdia, enxerga at 30 FPS. Resident Evil V A srie de jogos Resident Evil uma das mais conhecidas, quando nos referimos ao gnero terror/suspense. Nesta sua ltima verso, so apresentados grficos complexos que exploram os recursos de todos os consoles de videogames e PCs. Os resultados so vistos tambm na figura 4. Apesar das duas placas terem suporte a todos os recursos necessrios para do jogo, nenhuma delas apresenta bom resultado devido s suas limitaes de projeto. X3 Terran Conflict Desenvolvido com base no DirectX 9 da Microsoft, este jogo uma boa plataforma de testes para placas com pouco desempenho. Conforme notamos novamente na figura 4, apenas em baixas resolues a placa Geforce 210 tem um resultado satisfatrio. J a GT220, tem um bom resultado mesmo com uma resoluo mais alta.

Geforce 210, a placa mais F1. simples da NVIDIA com suporte a DirectX 10.1.

GT220
Descrio da T2. GPU Processo fabricao GT220 Nmero de Transistores 18
Streams Processors Frequncia GPU Frequncia SPs ROPs Tipo de Memria Barramento TDP GT216 40 nm 486 Milhes 48 625 MHz 1360 MHz 8 DDR2, 3 / GDDR3 128 bits 58 W

GT220, muito mais potn- F2. cia, mas infelizmente ainda longe do esperado para um jogador profissional.

F3. Resultado obtido no Benchmark 3DMark 2006.

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Sandra 2010 OpenCL Apresentamos ao nosso leitor o conceito de GPGPU na edio n 90 de nossa revista (leia gratuitamente em www.revistapcecia. com.br). Comparamos os dados obtidos com as duas placas com resultados posteriores para olharmos seu desempenho bruto. Note, na figura 5, que a Geforce 210 tem resultados um pouco melhores que uma antiga 8500GT, algo em torno de 10%. J a GT220 apresentou um resultado bem melhor, quase trs vezes mais potncia do que a verso mais modesta. Esta diferena de performance se deve ao conjunto de trs vezes mais SPs e barramento de memria com o dobro de vazo.

Concluso

F4. Resultados obtidos em vrios jogos, a performance da GT220 no mnimo o dobro frente a Geforce 210.

Os testes apresentam resultados j esperados devido s caractersticas das placas em prova. A Geforce 210 mostra-se como uma placa para quem quer substituir um vdeo integrado por outra que oferea alguns recursos como acelerao de 3D, Flash 10.1 e vdeos em alta definio. Mas no espere muito deste modelo, pois suas especificaes so muito limitadas. J o modelo GT220 atende o jogador casual, aquela pessoa que no exige um computador para jogos e no pretende ter instalados os ltimos lanamentos. Seu desempenho um pouco melhor do que as antigas placas 8600GT ou 9500GT. Se a ideia do leitor era montar um computador para os ltimos lanamentos, no aconselhamos nenhum dos dois modelos testados. Apesar de oferecerem suporte ao DirectX 10.1 e OpenGL 3.2, nenhum dos modelos tem potncia suficiente para oferecer uma boa quantidade de FPS com uma qualidade de imagem aceitvel. PC

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F5. Sandra 2010, benchmark de OpenCL. Um timo teste para vermos a performance em GPGPU das placas.

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Redes

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HTPC:
garantia de conforto e diverso, alm de satisfao do cliente.
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o que , e como dimension-lo


O Home Theater PC um dos maiores expoentes da convergncia digital, e uma das tendncias do mercado. Bem dimensionado e montado de forma adequada sua proposta, Alfredo Heiss Daniel Appel

ma das melhores partes de se trabalhar com arquiteturas de propsito geral que... bem, elas so de propsito geral. Isso significa que possvel fazer qualquer coisa com elas. O Home Theater PC fruto dessa flexibilidade. Com hardware e software de computador, mas funo de Home Theater, o HTPC um dos protagonistas do movimento de convergncia digital que ocorre no mundo todo.

com um HTPC coisas que outros aparelhos do mercado sequer sonham, especialmente se estiver conectado Internet.

funo, precisar ter os conhecimentos apresentados neste artigo.

Hardware especializado

Placa-me

O que um HTPC?

Definir um HTPC bem mais fcil do que parece: um computador fazendo o papel de um Home Theater. Home Theater significa Cinema em Casa, e um aparelho, ou conjunto de aparelhos, que tenta oferecer uma experincia prxima do cinema dentro de uma residncia. Infelizmente, o significado deste termo usado com liberdade demais pelos fabricantes: enquanto alguns oferecem Home Theaters realmente completos, outros tentam empurrar um DVD Player com caixinhas de som como se fosse um cinema em casa. O HTPC no apenas um reprodutor de DVDs, mas sim uma central de entretenimento. Graas quase infinita flexibilidade da arquitetura PC, possvel fazer
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Nada impede que um PC comprado em uma loja de eletrnicos seja transformado em um HTPC. A maioria dos computadores vendidos hoje, com exceo dos baseados na arquitetura Atom, tm a potncia necessria para exibir vdeos de alta definio, que no so grandes problemas nem para as controladoras de vdeo integradas, capazes de fornecer, em suas sadas de vdeo, resolues superiores a 1600 x 1200 pixels. Isso nos leva a uma reflexo: Se existe toda esta capacidade em um PC comum, por que no utilizar um destes ao invs de um hardware prprio para a funo? A resposta simples: por motivos de eficincia. Neste artigo, abordaremos hardware com perfil adequado para HTPCs, com ateno especial para a placa de vdeo, que hoje o segredo para um bom sistema. Avaliamos seu desempenho e consumo de energia e provamos que muito mais eficiente usar um circuito adequado para a funo do que um genrico. Se o leitor pretender um dia ter um verdadeiro HTPC, ou seja, um sistema dimensionado corretamente para esta

Este um dos componentes menos preocupantes para o bom desempenho do HTPC. Havendo um nmero suficiente de conexes USB, SATA, uma placa de rede onboard e suporte a quantidade de memria desejada, boa parte das placasme serviro muito bem. Mas claro que podemos elaborar um pouco mais. prefervel escolher um modelo microATX, que possibilitar o uso de um gabinete menor. Outra caracterstica desejvel (mas no obrigatria) o suporte a NCQ, que pode aumentar o desempenho do subsistema de disco. O mesmo ocorre com a rede Wi-Fi, que pode ser instalada parte mas, se j houver integrada, tanto melhor. Dos componentes onboard, certamente a maior ateno deve ser dada GPU. No difcil encontrar no nosso mercado placas-me com chipsets da AMD/ATI ou Nvidia, que trazem suas prprias controladoras grficas integradas. O desempenho de um IGP (Integrated Graphics Processor) ATI Radeon ou Nvidia GeForce muito superior ao dos oferecidos por outras companhias como Intel, Via e SiS.

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F1. Sistema para HTPC, processador de baixo consumo auxiliado por uma GPU.

Boas escolhas so as placas baseadas no chipset 780G, da AMD/ATI e 8200A, da Nvidia. Ambos so capazes de realizar decodificao de vdeos 1080p H.264 por conta prpria, sem depender da CPU, e esta caracterstica extremamente desejada em um HTPC.

Processador

O propsito do processador em um HTPC no terminar suas funes o mais rpido que for possvel. Um filme tem um tempo de durao, e se um processador de 2,4 GHz for suficiente para reproduzi-lo, no far diferena alguma ter um de 3,2 GHz. A escolha do processador deve ser feita em funo do nmero de tarefas que se pretende executar no sistema simultaneamente. Se o objetivo do sistema apenas reproduzir filmes, e nada mais, qualquer processador, mesmo SingleCore, com frequncia superior a 2,4 GHz ser suficiente. J se o sistema for um servidor de arquivos de mdia que precisa aceitar vrias conexes simultneas de outros dispositivos presentes na casa, ou executar outros programas em segundo plano, o uso de um processador dual-core ou quad-core se justifica. Novamente, o intuito no realizar o processamento no menor tempo possvel, mas sim garantir que as necessidades com-

putacionais de um programa no afetaro o desempenho de outro. Assim, prefervel um processador Triple-Core de 2,4 GHz do que um Dual-Core de 3,2 GHz. As recomendaes dadas at aqui so para um HTPC com vdeo onboard, onde todo o processamento incidir sobre a CPU. Se for utilizada uma placa de vdeo adequada, capaz de realizar a decodificao de vdeo na GPU, pode-se viver muito bem com um Dual-Core de 1,6 GHz para tomar conta das demais funes do sistema. Se o intuito for apenas reproduzir vdeos, e nada mais, at mesmo um Celeron ou Sempron Single-Core de 1,6 GHz dar conta do recado.

Placas de vdeo voltadas para jogos ou supercomputao de alto desempenho so caras, consomem muita energia e esquentam muito, por consequncia nos obrigam a ter bons sistemas de alimentao e resfriamento em nossos PCs, o que na grande maioria dos casos sacrifica algo primordial para um bom HTPC: o silncio. O erro Um dos erros mais comuns dos compradores de placas de vdeo acreditarem que, quanto mais poderosa, melhor. Nem sempre isto verdade. Nos HTPCs, muitas vezes, as placas mais poderosas podem ser substitudas, sem desvantagens, por modelos mais simples e econmicos. Por que? Porque o mais importante para estas centrais multimdias que cumpram suas funes de maneira eficiente e silenciosa, de forma que uma placa de vdeo mais poderosa do que o necessrio seria um desperdcio. Bons HTPCs possuem placas de vdeo apropriadas para oferecerem acelerao de vdeo em alta resoluo, seja no formato Blu-Ray, VC-1 ou H.264, sem sacrificar o silncio e consumo eltrico. Este seu maior diferencial (figura 1). Por que isso importante? Imagine-se em sua sala, assistindo um filme de sua preferncia com todo o conforto possvel oferecido pelo seu prprio lar. Agora
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Placa de Vdeo

Quando falamos de placas de vdeo, difcil no pensar em jogos. Hoje, este o maior mercado do entretenimento e movimenta bilhes de dlares, sendo que este nmero tem aumentado a cada ano. Apesar de ser um mercado importante para os fabricantes de placas de vdeo, no s de jogos que eles se sustentam. Como comentado na edio n 90 de nossa revista, os exmios processadores de ponto flutuante presentes nas placas de vdeo, conhecidos por GPUs, hoje so usados tambm para pesquisas cientficas e supercomputao.

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adicione um zumbido, agudo, fraco e persistente. Por mais confortvel que esteja, aquele barulho irritante e persistente vai atrapalhar, e muito, o seu lazer. Qual a placa ideal para seu HTPC? Fabricantes de placas de vdeo costumam ter um vasto leque de opes para seus produtos. Isto porque eles tm interesse em atender do mais exigente entusiasta por jogos at pessoas que simplesmente no jogam, mas procuram por produtos que os atendam de forma eficiente, silenciosa e econmica. Este ltimo o caso de um HTPC: o produto deve ser escolhido pelos recursos oferecidos, e no pela potncia bruta. Uma das qualidades que a placa pretendida deve ter o baixo consumo. Presume-se que um HTPC domstico ficar ligado horas e horas por dia. Deixar uma placa de vdeo que no eficiente energeticamente ligada durante horas no uma atitude sbia. Outra caracterstica o nmero de sadas de vdeo oferecidas. A maioria das placas oferecem sadas analgica (DB-15) e digital de vdeo (DVI). Alm destas, sadas de vdeo composto, componente, S-Video, HDMI e Displayport so bem-vindas. Provavelmente ser uma destas portas a utilizada para ligar a TV, seja ela LCD ou no. Alm destas caractersticas, a placa de vdeo no pode ter um sistema de refrigerao barulhento. D preferncia por um cooler passivo, ou com uma ventoinha grande e de baixa rotao, o rudo gerado por estas menor do que ventoinhas pequenas e de alta rotao. E por ltimo, mas no menos importante, os recursos oferecidos para acelerao de contedo em alta definio. Os dois maiores fabricantes de GPUs no mercado, AMD e NVIDIA, oferecem produtos de baixo custo que suportam diversos formatos, incluindo Blu-Ray e H.264.

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SSD de apenas 30 GB F2. ideal para boot de sistema.

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Dada a f lexibilidade do sistema, natural querer executar vrias tarefas simultaneamente. Neste caso os requisitos de memria sobem consideravelmente. No mais necessria apenas a memria para reproduo do filme, agora ser preciso ter memria suficiente para o filme, para as demais tarefas e ainda uma margem considervel para garantir que, em hiptese alguma, faltar memria para a reproduo do vdeo. Cache Alm da f lutuao costumeira no uso de memria de programas, h que se levar em considerao tambm a necessidade de um bom cache de disco. Em um sistema que apenas reproduza vdeos, o cache de disco tem papel de menor importncia, pois no h outras tarefas requisitando I/O. J em sistemas multitarefa pode haver momentos em que vrios aplicativos decidam acessar o disco e, se no houver um bom cache (ou buffer), podero ocorrer travamentos na execuo do filme. Dessa forma, para sistemas multitarefa recomendamos 4 GB de memria RAM. Dessa forma teremos memria suficiente para executar vrias tarefas em segundo plano enquanto assistimos um filme, diminuindo muito a probabilidade de acontecerem travamentos.

Memria

Essencialmente, necessria apenas quantidade de memria suficiente para que o sistema execute vdeos. A menor quantidade de memria que pode ser adquirida hoje de 1 GB, que mais do que suficiente para esta funo. Portanto, com 1 GB seu sistema j deve ser plenamente funcional, como reprodutor de vdeos, msicas, imagens e etc.
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Linux x Windows De acordo com o sistema operacional escolhido para o HTPC, os requisitos de memria podem mudar. Por exemplo: mesmo servindo apenas para reproduo de vdeos, os sistemas operacionais Windows Vista e Windows 7 chegam a alocar 2 GB de memria apenas para iniciar. Considerando as diversas falhas de segurana e a propenso que estes sistemas tm de se infectarem com vrus, ser necessrio ainda executar um antivrus, de forma que melhor adquirir logo 4 GB para um HTPC baseado num destes sistemas. O Windows XP muito mais leve, e mesmo com antivrus, deve ser capaz de funcionar muito bem com 1 GB de memria. Um sistema baseado em GNU/Linux ter requisitos semelhantes aos do Windows 7 se tiver muitos servios sendo executados em segundo plano. Porm, graas sua flexibilidade, possvel criar distribuies realmente enxutas e otimizadas para o papel de HTPC, e neste caso a recomendao volta a ser de 1 GB. Acreditamos que esta ltima seja a melhor soluo de todas.

Armazenamento

Existem duas grandes vertentes no que diz respeito forma como armazenamos contedo multimdia.

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Uso de CPU com Pentium F3. 2140 de 1,6 GHz, com e sem o auxlio de uma GPU.

A primeira a de no armazenar contedo (filmes, msicas, etc) no HTPC, mas sim em um servidor de arquivos externo. As vantagens desse conceito que podemos ter vrios HTPCs conectados a um mesmo servidor, todos com acesso a todo o contedo, e mesmo que um dos HTPCs seja desligado, os outros continuaro tendo acesso a toda a informao do servidor. A desvantagem que o custo inicial mais alto, pois necessrio montar o servidor. J a segunda vertente mais preocupada com o custo inicial da soluo, e prope que o HTPC armazene o contedo ele prprio, disponibilizando aos demais por meio de protocolos como o UPnP. Tambm possvel ter vrios equipamentos, e eles compartilharo contedo entre si, mas se um deles for desligado seu contedo se tornar indisponvel aos demais. Imagine que o usurio deseje assistir na sala um vdeo que est armazenado no HTPC do quarto, ele precisar ligar dois HTPCs para isso, o que nem sempre prtico ou eficiente. Qual HD usar? Conhecendo estas duas propostas, voc precisar escolher o melhor disco para cada caso. Se a inteno armazenar todos os arquivos no servidor, ento nem necessrio

um disco rgido no HTPC. Pode-se usar um pendrive para iniciar o sistema, um carto de memria ou at, idealmente, um SSD. Recentemente a Kingston lanou um SSD de 30 GB, que a prpria empresa chama de Boot Drive (figura 2) pois, segundo ela, adequado para instalar o sistema operacional, os programas e mais nada (os arquivos ficariam em um HD). Apesar de mais caro que um HD, o SSD totalmente silencioso e tem tempo de acesso muito menor que o de um disco rgido. Por outro lado, se o prprio HTPC armazenar o contedo multimdia, recomendado adquirir um HD que produza pouco rudo, exija pouca energia e tenha grande espao. Dois produtos que se encaixam neste perfil so os discos Seagate Barracuda LP e Western Digital Caviar Green, que apresentamos na edio n 89 e podem ser considerados ideais para um HTPC. Bom desempenho no a prioridade principal, e normalmente est associado com maior nvel de rudo, e isso algo que ningum deve aceitar em um HTPC. Se possvel, o ideal ter dois HDs, um s para o sistema operacional (pode ser um SSD simples) e outro s para os arquivos.

so caros, porm a quantidade de filmes no formato vem crescendo bastante. Se seguidas as recomendaes de hardware deste artigo, o HTPC ter desempenho para reproduzir mdias Blu-Ray sem qualquer problema. Drives de DVD so muito acessveis e contam com grande oferta de filmes no mercado. Nada impede de comear o HTPC com um leitor de DVDs e posteriormente atualizar para um Blu-Ray. Os demais itens do conjunto, como fonte, cooler e gabinete, so de escolha do usurio. Preferencialmente devem ser silenciosos, e tambm no devem ter LEDs brilhantes pois um bom HTPC aquele que o usurio esquece que est al. Ele no deve ser to brilhante quanto a tela do televisor. Teclado e mouse devem ser do tipo sem fio, e melhor escolher um teclado que j conte com mouse tipo trackball integrado.

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Outros itens

Anlise de desempenho

Drive ptico

Este item depende exclusivamente do desejo do usurio. Leitores Blu-Ray ainda

Vdeos em alta definio exigem muito processamento para serem decodificados e exibidos. Processadores de baixo custo, como Celeron, Sempron e Atom, no conseguem realizar este tipo de tarefa sem se sobrecarregarem. Um dos prop2010 # 91 # PC&CIA

Redes

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Uso de CPU com Celeron 430 F4. de 1,8 GHz, com e sem o auxlio de uma GPU.

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sitos de se ter uma placa de vdeo em um HTPC aliviar a CPU da rdua tarefa de decodificao de vdeo em alta definio, alm do que, esta GPU tambm pode ser usada como um coprocessador para outras funes, como acelerar interfaces 3D. Hoje, a placa de vdeo o componente que define a eficincia do HTPC. Vamos deixar isto claro mostrando alguns testes de desempenho. O hardware e software utilizados para o demonstrativo foi o seguinte: Pentium 2140 1,6 GHz Celeron 430 1,8 GHz Zogis GeForce 210 Zogis GeForce GT220 PCWARE IPM41-D2 2 GB DDR2 800 MHz Corsair SSD Patriot 32 GB DVD-RW Samsung SATA Windows 7 64 bits O vdeo utilizado foi o filme opensource de dez minutos chamado Big Buck Bunny, no formato H.264. Este filme pode ser baixado gratuitamente no site http://www.bigbuckbunny.org, e por isso uma tima forma de padronizar nossos testes de modo que o leitor possa reproduzi-los com facilidade. Como primeiro teste usamos uma CPU que foi muito vendida em nosso mercado, um antigo processador Pentium DualCore 2140. Apesar de ser um processador com dois ncleos, um vdeo em alta definiPC&CIA # 91 # 2010

o pode sobrecarregar o seu desempenho, o que pode ser claramente visto na figura 3. Em trs momentos o uso de CPU chega a ser superior a 90%, e nestes pontos perceptvel a queda de frames. A mesma figura nos apresenta o resultado com a adio de uma placa de vdeo para o auxlio ao processador Pentium Dual-Core. Esta segunda linha apresenta apenas um pico, quando carregamos o vdeo, a partir deste momento o uso de CPU constante, os picos que acontecem so requisies do prprio sistema operacional, que no afetam em nada a exibio do vdeo, uma vez que o processador est livre para atend-la. Vemos que o sistema est superdimensionado, tem mais potncia do que necessrio para apenas reproduzir vdeos. Por que no usar ento uma CPU mais eficiente energeticamente? Vamos trocar o Pentium Dual-Core por um antigo Celeron 430. A figura 4 apresenta o resultado de um Celeron 430 decodificando o mesmo vdeo. Com o processador dual-core ocorria perda de quadros esporadicamente, mas com um processador mais fraco, sem o auxlio de uma GPU, a imagem chega a ficar congelada durante vrios segundos. Em vrios momentos notamos que 100% do sistema se encontra tomado. J com o auxlio da placa de vdeo o cenrio de um uso constante de CPU volta

a se repetir, neste caso o Celeron deve se preocupar apenas com o sistema operacional e suas requisies de IO, deixando a decodificao do vdeo para a GPU. Consumo Acrescentar uma placa de vdeo simples ao sistema no oneroso. Uma CPU consome tanto que a adio de um coprocessador para auxili-la com certas funes passa despercebida. A figura 5 mostra trs resultados. Um sistema, com um processador Pentium 2140 de 1,6 GHz consome aproximadamente 73 watts para decodificar um filme em alta definio. Se acrescentarmos uma placa de vdeo simples, como uma Geforce 210, o consumo eltrico fica praticamente empatado, mas nosso sistema ganha em responsabilidade, j que a CPU ficar livre para atender os servios que rodam em segundo plano ou ao sistema operacional. J no caso de um sistema com o Celeron, apesar do consumo aumentar alguns watts, este fraco processador ganha novas funes, antes impossveis para esta CPU. Fizemos alguns testes exibindo dois vdeos simultaneamente com o Celeron auxiliado por uma GT220, e mesmo nessa situao inimaginvel, no h perdas de quadros. Como prova de conceito, adicionamos o consumo de um sistema de alto desem-

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Redes
propsito muito especfico, ser uma central de entretenimento multimdia. Nada impede que utilizemos um computador comum como nossa central multimdia, ou HTPC, mas ter um computador desenhado para esta funo muito mais econmico, energeticamente falando, e trar melhores resultados, tanto para os servios e sistema, como para os usurios que interagem com o PC. Este conceito de ter uma CPU apenas para controlar o sistema operacional, e deixar as outras funes para a GPU controlar, a chave para o sucesso de alguns computadores, como a plataforma ION. Chegamos concluso que ter uma controladora grfica com acelerao para contedo digital primordial para um HTPC, esteja ela integrada ao chipset, processador ou placa de vdeo. Hoje, os dois maiores fabricantes de GPU oferecem produtos que atendem de forma satisfatria s pessoas que desejam PC ter um HTPC eficiente.
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F5. Consumo eltrico de alguns sistemas durante decodificao de vdeo em H.264.

penho. Note que um desperdcio, em termos de energia, ter um processador potente, como um Phenom X4 ou qualquer outro quad core, para ser um HTPC.

Concluso

Diferentes de computadores desktop que so usados para n funes dentro de casa ou escritrio, os HTPCs tm um

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XBMC: HTPCs
Interface definitiva para
Daniel Appel O XBMC uma das melhores interfaces para HTPC disponveis no momento. Gratuito, de cdigo aberto e suportando mltiplas plataformas, ele tem tudo para deixar seu HTPC ainda mais conveniente e prtico.
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HTPC uma obra de arte tecnolgica. No importa se comprado pronto ou montado no estilo do-it-yourself (faa voc mesmo), um HTPC caracterizado pelo dimensionamento cuidadoso do seu hardware, pelo cuidado com a esttica do gabinete e pela seleo de softwares, que deve oferecer o mximo de recursos e suportar o maior nmero de formatos de mdia. Uma obra de arte dessas precisa tambm de uma interface agradvel e moderna, mas, por incrvel que parea, tem muita gente por a que usa a interface do Windows para operar seu HTPC... No adianta: por mais intuitiva que a interface do Windows possa ser, ela ainda uma interface para sistema desktop, cujo propsito ser uma ferramenta de trabalho. Nenhum videogame ou home-theater usa uma interface de cones com janelas, e h alguns motivos para isso. A figura 1 nos ajuda a entender a diferena de propsito entre os dois tipos de interface. Basicamente, enquanto a interface de um sistema desktop precisa tornar
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simples a operao do computador para as mais variadas tarefas, a interface de um HTPC deve seguir o conceito 10 foot UI (veja Box 1), ser objetiva e oferecer apenas as funes necessrias para o desempenho do seu papel como central de entretenimento (figura 1). Se voc pretende montar um HTPC, seja para comercializar ou para uso prprio, precisa utilizar uma boa interface de usurio, portanto, est na hora de conhecer o XBMC.

A boa notcia que, h alguns anos, o foco do projeto mudou. Hoje ele se chama XBMC Media Center e um aplicativo

Box 1: 10 foot UI
Este o conceito de interface grfica mais aceito para HTPCs. O nome 10 foot UI (onde UI acrnimo de User Interface) traduzido como Interface de usurio para dez ps. Estes ps no tm relao alguma com os ps do usurio, mas sim com a unidade de medida de comprimento p, que equivale a 30,48 centmetros. No conceito 10 foot UI, a interface grfica tem de ser apropriada para que o usurio a utilize a dez ps de distncia (trs metros), talvez at sentado no sof. Uma interface dessas normalmente tem fontes grandes e menus simples, que, alm de facilitar a visualizao, tambm permitem controlar a interface com um controle remoto, um dispositivo muito mais limitado que a dupla teclado e mouse, mas bem mais adequado de se utilizar distncia.

XBMC

Esta impressionante interface de controle para HTPCs foi criada em 2003 com o nome de Xbox Media Center e originalmente era exclusiva do console de videogame Xbox (primeira gerao). Seu propsito era aproveitar o hardware do Xbox (que utilizava um processador baseado no Pentium III e uma placa de vdeo derivada da GeForce 3) para mais do que jogos. Afinal, j que o hardware o de um PC e est ligado ao televisor, por que no utiliz-lo para acessar contedo multimdia?

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XBMC como aplicativo

Em um PC tradicional podemos instalar o XBMC sobre um sistema operacional Windows ou um GNU/Linux pr-existente. Dessa forma, ele se comporta como aplicativo e o computador mantm sua funcionalidade de desktop. Windows Utiliza-se o mtodo tradicional de instalao de aplicativos no Windows. V ao site http://xbmc.org e baixe a verso mais recente (que na ocasio em que este artigo foi escrito, era a 9.11). Execute o instalador. A primeira tela ser de boas-vindas, e no h nada a fazer nela exceto clicar em Next. A seguir (figura 2) ser exibida a licena GPL v2, velha conhecida de todos os usurios de software livre. Se concordar com a licena, voc chegar tela de seleo de componentes (figura 3), onde podemos dispensar da instalao alguns itens como o suporte a mltiplas lnguas e os temas visuais (chamados de skins), mas recomendamos a instalao do pacote Full, que instalar o software com todos os seus recursos. O espao requerido para a instalao Full de apenas 95,6 MB.

Interface Desktop
Verstil, deve permitir fazer de tudo Janelas para abrir vrios programas na tela cones podem ser movidos livremente Fontes pequenas permitem mais informao na tela Usurio navega na rede livremente Teclado e mouse do controle total

Interface HTPC
Simples, deve oferecer funes relevantes Tela-cheia para maximizar aproveitamento da TV Menus estticos facilitam o uso por leigos Fontes grandes tornam fcil a leitura distncia Acesso rede deve ser transparente ao usurio Controle remoto deve ser capaz de fazer tudo

F1. H uma grande diferena entre interfaces para Desktops e HTPCs.

multiplataforma para Windows, Linux e Mac OS X, que continua com o mesmo objetivo original de oferecer uma interface integrada de acesso a contedo multimdia, mas agora para computadores pessoais. A quantidade de formatos de vdeo suportados de tirar o flego. A lista oficial est no Box 2. Tambm impressionante a quantidade de protocolos de rede suportados: UPnP, SMB/CIFS, DAAP

(iTunes), HTTP, HTTPS, FTP, RTSP, MMS, Podcasts e SFTP, isso para citar s os mais conhecidos. Todos os esforos so feitos para tentar manter o funcionamento idntico em todas as plataformas. Dessa forma, praticamente impossvel olhar simplesmente para a tela do HTPC e adivinhar qual sistema operacional est funcionando por baixo da bela interface grfica.

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Box 2: CODECs de vdeo suportados


MPEG-1 (VCD/MPG) e MPEG-2 (MPEG/SVCD/DVD/VOB/DV/TY) MPEG-4 ASP (H.263): DivX (Pro), OpenDivX, XviD e Nero Digital ASP MPEG-4 AVC - Advanced Video Coding (H.264): Nero Digital AVC, x264, e DivX AVC Microsoft Windows Media Video v7, v8 e v9 (MSMpeg4/WMV v1, v2, e v3) VC-1 (SMPTE 421M) RealVideo codecs: 1.0, 2.0 (RealPlayer G2), 3.0 (RealPlayer 8.x) e 4.0 (RealPlayer 9.x) QuickTime 5.0, 6.0, 6.3 codecs de video e audio (QDMC / QDM2) 3ivx D4 / 3vi1 MPEG-4 video (inclusive containers com cabealho comprimido MSZH/ZLIB) Sorenson v1/v3 (SVQ1/SVQ3) QuickTime video Apple Graphics (SMC) Apple QuickDraw (qdrw) On2 Technologies VP3 (VP3.x), VP4 (VP4.x), VP5 (VP5.x), e VP6 (VP6.2) AVS (Audio Video Standard) Intel Indeo 2 (Indeo2) e 3.1/3.2 (Indeo3) NuppelVideo (NUV) VIVO 1.0 and 2.0 (VIV) Fraps FPS1 Snow DV50 (DVCPRO50) e DV100 (DVCPRO HD) ITU H.261 Creative Labs YUV (CYUV) Supermac Cinepak (CVID) ASUS V1 (ASV1) e ASUS V2 (ASV2) Smacker Motion Pixels BFI AMV Interplay C93 Zip Blocks Motion Video Duck TrueMotion 2 Delphine Software .cin Bethsoft VID QPEG Miro VideoXL (VIXL) Winnov WNV1 LOCO TechSmith Camtasia (TSCC) IBM Ultimotion (ULTI) Autodesk Animator Studio Codec (AASC) Animaes Autodesk FLI e FLC

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Falta ainda escolher o local onde o programa ser instalado (figura 4) e a forma como ele armazenar seus dados: se o far dentro da pasta do usurio que o executa (este o comportamento padro), ou se utilizar uma pasta comum para todos os usurios. Seguiremos a recomendao do programa e escolheremos a primeira opo (figura 5). Agora s ir clicando em Next at o final da instalao. Como vimos, no h nenhum segredo para instalar o XBMC no Windows. Linux Cada distribuio GNU/Linux tem um mtodo de instalao diferente e, como j era de se esperar, o XBMC tem pacotes para a maioria delas. Instalar no Mandriva 2010 to simples quando digitar o comando sudo urpmi xbmc, ou utilizar o instalador grfico e procurar pelo pacote xbmc. Se o seu Mandriva no tiver o repositrio contrib_ backports instalado, adicione-o atravs do site http://easyurpmi.zarb.org. No Gentoo ainda mais simples: sudo emerge xbmc . No necessrio se preocupar com repositrio, pois ele est no oficial. J no Ubuntu 9.10 necessrio adicionar o repositrio do XBMC. O procedimento no to simples quanto no Mandriva, mas ainda assim factvel. Execute os seguintes comandos:
sudo echo deb http://ppa.launchpad. net/team-xbmc/ppa/ubuntu karmic main >> /etc/apt/sources.list sudo echo deb-src http://ppa.launchpad. net/team-xbmc/ppa/ubuntu karmic main >> /etc/apt/sources.list sudo apt-key adv --recv-keys --keyserver keyserver.ubuntu.com 0x6d975c4791e7ee5e sudo aptitude update

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F2. A licena GPL V2 amplamente utilizada em software de cdigo aberto.

Selecione os F3. componentes que deseja instalar.

F4. Determine o local de instalao do programa

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Optamos por F5. armazenar os dados do programa dentro da pasta do usurio.

Substitua o nome karmic (que corresponde ao Ubuntu 9.10, chamado de Karmic Koala) pelo nome da verso que voc utiliza (o 9.04 chama-se jaunty, o 8.10 o intrepid e assim por diante). Agora o repositrio e as chaves de autenticao esto instalados e atualizados, basta instalar o XBMC com o comando sudo aptitude install xbmc.

HTPC dedicado com o XBMC Live

Nos casos anteriores, ensinamos a instalar o XBMC como um aplicativo dentro


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de um sistema desktop j existente. claro que funciona, mas no a forma mais eficiente de se fazer um HTPC. Contudo, podemos construir um HTPC verdadeiramente eficiente com o XBMC Live. Trata-se de uma verso do XBMC que j vem integrado a um sistema operacional enxuto, de forma totalmente transparente ao usurio. No h um desktop, no necessrio clicar em cones para nada, o usurio apenas tem que ligar o computador e j estar, em poucos

segundos, diante da interface do HTPC. Simples, rpido e impressionante. Instalao O download do XBMC Live bem maior que o do programa avulso: so 488 MB, mas vale a pena. Uma vez feito o download, grave a imagem em um CD e inicie o HTPC com o CD no drive. Logo no incio do processo de boot, o leitor ver a tela da figura 6, na qual poder escolher a forma de execuo do XBMC

Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br Live. possvel execut-lo diretamente do CD para fins de teste, ou instal-lo no disco, que uma opo bem melhor em termos de desempenho. Neste artigo nosso propsito instalar o XBMC no HD, portanto escolhemos a opo Install XBMCLive to disk. Aps selecionar idioma (figura 7) e pas, voc precisar escolher a forma como o HD do sistema ser particionado. Tome

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muito cuidado aqui, caso o leitor apenas deseje testar o XBMC Live melhor no continuar, pois qualquer uma destas opes pode eliminar irremediavelmente os dados do disco rgido. Como estamos criando um HTPC totalmente dedicado para a funo e o HD est vazio, escolheremos a opo Assistido usar disco inteiro, que entrega ao instalador do sistema operacional a deciso de particionamento (figura 8). A tela seguinte apresenta uma lista dos HDs presentes no sistema. Provavelmente s haver um, basta selecion-lo e pressionar Enter, e chegaremos a uma tela semelhante da figura 9, que apresenta um relatrio das alteraes de particionamento que sero executadas e solicita a confirmao final. Este um ponto sem retorno: ao permitir que o sistema escreva as mudanas no disco, todos os dados do HD sero

F6. Antes de instalar, possvel testar o XBMC Live diretamente do CD.

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F7. Este ser o idioma usado durante a instalao.

F8. Permitiremos que o instalador decida a melhor forma de particionar o HD.

F9. Aceite o esquema de particionamento apresentado pelo instalador.

F10. Crie um usurio. Ele no ser necessrio para utilizar o sistema, mas sim para administr-lo.

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F11. Defina uma boa senha.

F12. Instalao concluda. Pressione Continuar para reiniciar o sistema.

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apagados, portanto tenha certeza de que o disco no contm nenhuma informao til, ou que tenha um backup. Confirmadas as alteraes, o instalador particionar o disco, formatar as parties e copiar o sistema operacional. Parece bastante, mas na verdade estas operaes no levam mais do que alguns minutos. Terminada a cpia dos arquivos, resta ainda criar um usurio e uma senha para poder administrar o sistema (figuras 10 e 11). Pronto, estes foram os ltimos passos, o instalador informar que hora de reiniciar o sistema (figura 12). No esquea de remover o CD do drive, do contrrio o computador poder dar boot por ele novamente. Alterando o idioma O HTPC agora tem um sistema operacional dedicado, enxuto e com uma tima interface. Ao ser ligado, ele apresentar um bootsplash (figura 13) e, em poucos segundos, ficar pronto para uso (figura 14). Porm a interface est em ingls, que o padro do sistema, e antes de mais nada vamos trocar o idioma. Para fazer isso, utilize o teclado para selecionar o menu System e pressione Enter. A seguir ser aberta a janela Change your settings, onde devemos acessar o item Appearence (figura 15) e em seguida International. Agora, basta alterar o idioma para Portuguese (Brazil) (figura 16) e em alguns instantes o programa atualizar a interface com o novo idioma.

exibir pois no est conectado a nenhuma fonte de contedo. Nosso prximo passo adicionar uma. A fonte que utilizaremos como exemplo um servidor UPnP, que, neste caso, o mesmo que ensinamos a montar no artigo Aprenda a montar um servidor de

mdia, ainda nesta edio. No deixe de ler este artigo tambm. Para adicionar uma fonte, ou origem, de vdeo, primeiramente acesse o menu Video. Como o sistema foi recm-instalado a nica opo a Adicionar origem (figura 17), portanto esta mesmo que

F13. Bootsplash: porque ningum quer ver mensagens do kernel na televiso.

F14. O XBMC inicia automaticamente.

F15. Vrios aspectos do programa podem ser configurados.

F16. As particularidades do PT-BR so respeitadas no XBMC, ou seja, no temos que lidar com ficheiros.

Adicionando fontes de contedo

Neste ponto nosso HTPC est instalado e funcionando, mas ainda no tem nenhum vdeo, msica ou imagem para
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F17. Ainda no h uma origem de mdia configurada.

F18. possvel inserir uma URL ou realizar uma busca por servidores de mdia.

Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br vamos escolher. Ser aberta a janela Adicionar origem de vdeo, na qual podemos digitar a URL da fonte de vdeos desejada, ou ainda executar uma busca na rede local. O servidor de mdia proposto tem a capacidade de ser identificado automaticamente na rede, portanto vamos utilizar a funo Buscar (figura 18). O XBMC capaz de buscar vrios tipos de fonte de mdia e apresentar uma lista para que voc informe o tipo do dispositivo desejado, o que no caso proposto deve ser feito selecionando a opo UPnP Devices (figura 19). Se no houver nenhum tipo de problema com a rede e o servidor estiver funcionando corretamente, em poucos instantes ele ser encontrado. Observe na figura 20 que surgiu na lista o item Media-Server, que o nome que demos ao servidor de mdia proposto no artigo citado anteriormente. Clicando sobre ele, ou pressionando Enter, veremos os vrios tipos de contedo que ele exporta (figura 21), mas como estamos adicionando uma fonte de vdeo, selecionamos o item Video. Por fim, precisamos ainda escolher se queremos acessar a lista completa de vdeos ou se queremos apenas um dos diretrios presentes no servidor. Muitos usurios gostam de organizar seu contedo em pastas, como documentrios, filmes, seriados, etc, enquanto outros preferem tudo em uma lista s. Faa sua escolha como melhor lhe convier, e depois clique em OK. O painel de busca ser fechado e voc se ver novamente na janela Adicionar origem de vdeo, mas agora tanto a URL do servidor quanto o nome para esta fonte estaro preenchidos (veja na figura 22). Se voc quiser alterar o nome da fonte, faa isso antes de clicar em OK.

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Pronto. Lembra-se da lista de fontes da figura 17, que estava vazia? Pois agora ela tem sua primeira fonte de vdeos (figura 23), basta selecion-la e acessar os vdeos armazenados. Este procedimento de adio de fontes de mdia precisa ser feito novamente para o udio e para as imagens. O servidor pode at ser o mesmo, afinal ele exporta todo tipo de mdia, mas o procedimento deve ser repetido. Felizmente bem rpido. Neste ponto, o HTPC j funcional e pode ser usado para entretenimento (figura 24).

Controle remoto

Durante a instalao e configurao inicial do XBMC Live, bem prtico ter um teclado e um mouse disposio. Mas, depois de pronto, qual ser a melhor forma de controlar o HTPC? Ora, atravs de um controle remoto, claro.

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F19. H suporte para vrios tipos de fontes de mdia.

F20. Servidor UPnP encontrado com sucesso.

F21. Servidores podem disponibilizar vrios tipos de contedo.

F22. Se quiser mudar o nome da origem de vdeo, este o momento.

F23. Agora a lista no est mais vaza.

F24. Configurado corretamente, o HTPC fcil de usar.

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Mas quem j tentou instalar um controle remoto no PC, tanto no Windows quanto no Linux, j percebeu que se trata de um problema bem grande. Primeiro porque necessrio construir um receptor infravermelho, uma vez que praticamente impossvel adquirir um no mercado nacional. Em segundo lugar, porque a configurao trabalhosa e a funcionalidade limitada. Felizmente, h uma forma absolutamente fcil e prtica de adicionar um controle remoto no seu HTPC: usando um Wii Remote (figura 25). H muitas vantagens em usar o Wii Remote. Ele pequeno, leve, tem botes que lembram os de um controle remoto, utiliza comunicao Bluetooth, tem drivers para Windows e Linux e, graas ao sucesso do Wii, faclimo de adquirir no Brasil. Ou seja, alm de parecido com um controle remoto, ele ainda por cima facil de instalar no HTPC. Perfeito! Requisitos Como o Wii Remote funciona por Bluetooth e provavelmente a placa-me usada no HTPC no tem este suporte, precisaremos de um adaptador USB (figura 26). Estes dispositivos so muito acessveis, custam entre R$15,00 e R$30,00, e mesmo o mais barato deve funcionar bem para o nosso propsito. Apenas uma minoria apresenta algum tipo de incompatibilidade com o Wii Remote, mas sugerimos que o leitor pea para testar ao fazer a compra. Obviamente, tambm ser necessrio o prprio Wii Remote. Ele pode ser encontrado pelos mais variados preos, mas com um pouco de pesquisa pode-se encontrar o modelo original por cerca de R$180,00 e um modelo paralelo por R$100,00. No nosso teste utilizamos o modelo original que, diga-se de passagem, tem uma construo to forte que d a impresso de ser inquebrvel (o que justifica o grande nmero de vdeos no YouTube mostrando televisores quebrados por este controle). Instalao Existe um plug-in para o Wii Remote no XBMC, mas ele no vem instalado no XBMC Live por padro. Ser necessrio realizar a instalao manual. Pressione Ctrl+Alt+F1 para acessar um console de texto. Sero solicitados seu usuPC&CIA # 91 # 2010

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O joystick Wii F25. Remote uma forma excelente de controlar o HTPC.

rio e senha, aqueles que voc definiu durante a instalao (nas figuras 10 e 11) para liberar acesso ao prompt de comando. Antes de instalar qualquer pacote, necessrio atualizar a lista de pacotes do APT:
sudo aptitude update

Depois, o plug-in para que o XBMC suporte o Wii Remote :


sudo aptitude install xbmc-eventclientwiiremote

Por fim, vamos fazer com que o sistema execute automaticamente o cliente de eventos na inicializao:
sudo echo xbmc-wiiremote & >> /etc/rc.local

Como este o primeiro comando a ser executado com o sudo nesta sesso, ele pedir a senha novamente. Os prximos no precisaro dela. O tempo de atualizao da lista de pacotes depender da conexo com a internet disponvel, mas como a quantidade de dados pequena, no deve levar mais do que alguns minutos. A seguir vamos instalar o Bluez, que o pacote oficial de suporte a Bluetooth no Linux. O comando :
sudo aptitude install bluez

Podemos iniciar os servios manualmente, mas optamos por reiniciar o computador para evitar um pequeno probleminha com o redesenho do cursor do mouse, que percebemos quando retornamos do modo texto para o grfico. J que estamos no terminal, podemos reiniciar com o comando sudo init 6. Utilizando o Wii Remote Ao iniciar o sistema, voc ver na interface do XBMC uma janelinha informando que

Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br um dispositivo Bluetooth foi encontrado. Isto j um bom sinal, mas o Wii Remote ainda no funciona pois no foi pareado. Para fazer isso, pressione os botes 1 e 2 simultaneamente por alguns segundos. Logo surgir uma nova mensagem na tela informando que o controle foi encontrado e tambm a quantidade de carga que ainda resta nas suas pilhas (figura 27). Alis, o Wii Remote consome mais energia do que um controle remoto tradicional, por isso sugerimos o uso de baterias recarregveis no lugar das pilhas AA. Agora s comandar seu HTPC a distncia com um controle remoto plenamente funcional e que opera por Bluetooth, ou seja, sequer precisa ser apontado para o TV/HTPC. Conseguimos alcance de cerca de sete metros, e o sistema informa na tela quando o perifrico saiu de alcance.

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Adaptador F26. Bluetooth USB.

Adicionando outros pacotes

O XBMC Live baseado no Ubuntu MID Edition (Mobile Internet Device), que uma verso bastante enxuta do Ubuntu tradicional. Ele aceita a instalao de qualquer pacote compatvel com Ubuntu e at j vem com os repositrios oficiais configurados. Portanto, com um pouco de pesquisa possvel adicionar ainda mais funcionalidades no HTPC. Por exemplo, o modelo proposto neste artigo requer um servidor UPnP, mas nada nos impede de instalar os servios diretamente no HTPC e torn-lo um servidor de mdias tambm. Basta aplicar os conhecimentos obtidos no artigo Aprenda a montar um servidor de mdias neste sistema.

Fonte Enermax 270 W (EG285SVB) LG GSA-4082B DVD-RW O grande segredo do HTPC est na placa de vdeo baseada no GPU GeForce 8500GT (figura 28), que assume a funo de decodificao de vdeos. O Celeron single-core sozinho no teria condies de reproduzir um vdeo 1080p sem perder quadros, mas com a GPU isto plenamente possvel. S para termos uma ideia da eficincia do conjunto, ao reproduzir um vdeo 1080p (H.264) o processador apresenta
Wii Remote F27. reconhecido corretamente.

apenas 13% de uso, o restante est disponvel para processar a interface e todos os demais eventos envolvidos no funcionamento do HTPC. Poderamos usar um processador dual-core, mas ele no se faz realmente necessrio se houver um GPU fazendo a decodificao do contedo. A propsito, a 8500GT foi escolhida por um motivo muito simples: era a mais fraca disposio no nosso laboratrio. Entretanto mesmo uma acessvel GeForce 8400GS, que custa no mais de R$120,00, capaz de realizar as mesmas faanhas. Qualquer GeForce 8 (linha 8000) ou mais

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Requisitos de Hardware

Neste artigo, optamos por demonstrar como um sistema bem dimensionado pode ser eficiente mesmo baseando-se em hardware acessvel. Para tal, utilizamos uma configurao bem adequada para os padres de hoje: Processador Intel Celeron 430 (1,8 GHz, 512 KB L2) Placa-me Digitron IPM41-D2 1GB DDR2 9200 Patriot (PDC22G9200ELK) Gigabyte GeForce 8500GT (GVNX85T256H) Western Digital Caviar SE 80 GB (WD800)
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Sistemas Operacionais
recente capaz de realizar a decodificao de vdeos, tanto no Windows quanto no Linux. plenamente possvel utilizar um GPU integrado da Intel, mas neste caso no haver acelerao na decodificao de vdeo e o trabalho ter de ser feito pelo processador, assim, recomendamos o uso de um processador dual-core de pelo menos 2,8 GHz para evitar perdas de quadros. Um modelo de frequncia menor pode ser usado, mas as chances de ocorrerem travamentos no vdeo aumentam. Quem tiver uma placa de vdeo da ATI/AMD recente tambm contar com decodificao em hardware, mesmo GPUs integrados como o 780G j contam com este recurso. No testamos esta funcionalidade mas, caso no funcione automati-

Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br camente, um pequeno ajuste manual h de resolver o problema com facilidade. As consideraes acima so todas direcionadas ao contedo 1080p, que o grande apelo de marketing dos televisores LCD de 42 ou maiores. Quem no tiver um televisor desses, poder viver muito bem com a decodificao de vdeo por software, pois mesmo o Celeron utilizado no artigo d conta muito bem de um vdeo 720p. mento. Entretanto no vemos motivo para se fazer isso, visto que o funcionamento idntico ao da verso GNU/Linux e ainda h a verso XBMC Live, que de longe a melhor e mais conveniente. Um HTPC destes pode ser montado tanto para uso pessoal quanto comercializado. uma soluo que casa perfeitamente com o servidor de mdias proposto tambm nesta edio, sendo que com um nico servidor possvel servir contedo para vrios HTPCs. Alm do uso em residncias, vemos um grande campo de aplicao em hotis, onde cada quarto poderia contar com um; em escolas, para distribuir documentrios e vdeos educativos em cada sala de aula e; em empresas, para veicular vdeos de treinamento. Certamente h muitos outros nichos de mercado, o que caber ao leitor PC descobrir.

Concluso

Com este artigo provamos que no necessrio muito dinheiro para montar um HTPC eficiente. O principal atrativo desta soluo a interface apropriada para a funo e o custo zero com software. A nica exceo seria no caso de instalar o XBMC no Windows, pois este obviamente tem custo de licencia-

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F28. A GeForce 8500GT a responsvel pelo bom desempenho. O custo total com hardware baixo.

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Hardware

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Redes

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Aprenda a montar um

servidor de

mdia
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Quer concentrar todas as msicas, fotos e filmes em um s local e distribuir o contedo para vrios tipos de equipamentos, desde computadores at videogames? Com um servidor de mdia de baixo custo, isto possvel. Aprenda como construir um.

Formado em Eletrnica e Tcnico em TI, com mais de 10 anos de experincia nas reas de hardware, sistemas operacionais para servidores e redes. Atualmente membro da equipe de redatores da revista.

Alfredo Heiss

natural ter vrios tipos de dispositivos em um mesmo lar. Na sala encontramos uma TV, um DVD, ou outro equipamento para reproduo de vdeos, e um videogame; no quarto, um computador; e no bolso do dono do lar, um celular. Todos estes equipamentos tm a capacidade de reproduzir contedo multimdia, mas, se por um lado isto parece uma convenincia, por outro acaba se tornando um transtorno, uma vez que o usurio precisar prover cada um deles com o contedo desejado e isto nem sempre fcil, j que estes equipamentos adotam formatos e mdias de armazenamento diferentes. interessante saber que a maioria destes equipamentos j compatvel com padres como o DLNA (vide Box 1), ou com alguns protocolos de compartilhamento, como o UPnP ou DAAP. Estas tecnologias permitem entregar contedo diretamente a um dispositivo atravs de uma rede, o que centraliza o armazenamento do contedo e isenta o usurio de copi-lo individualmente para cada equipamento que ser reproduzido. Neste artigo ensinaremos como o leitor pode montar, em casa, um servidor

de mdia que ter a responsabilidade de centralizar e compartilhar os arquivos multimdias em todos os equipamentos que tenham acesso a rede local.

Servidor de Mdia

Servidores de mdia, ou media servers, so centralizadores de contedo multimdia. Em vez de copiarmos nossas fotos, vdeos, filmes e outros arquivos em vrios dispositivos, usaremos este servidor

Box 1: DLNA
DLNA ou Digital Living Network Alliance um padro usado pelos fabricantes de eletroeletrnicos para compartilhar contedo digital. Equipamentos compatveis com este padro podem acessar o contedo digital de uma rede domstica. Existe uma estimativa de que, em 2009, foram vendidos aproximadamente 200.000.000 (duzentos milhes) de equipamentos compatveis com este padro de compartilhamento de informao. E este nmero s tem aumentado, j que a oferta de modelos e a demanda por estes tem crescido.

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Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br como base central e deixaremos na sua responsabilidade o compartilhamento de toda essa base para todos os outros equipamentos. Para um servidor de mdia ser completo no seu trabalho, ele precisa ser de fcil uso, compatvel com a maioria dos sistemas operacionais, e precisa oferecer seu contedo em padres internacionais para que possa ser acessado pelos vrios dispositivos que tm acesso a rede local. A maioria dos HD Players vendidos no mercado j so compatveis com este sistema de distribuio de contedo (figura 1). Alm deles, Blu-rays e videogames de ltima gerao tambm podem usufruir de um servidor de mdia. Fora suas preocupaes, existem outras consideraes que devem ser feitas para que alm de suas funes bsicas, ele tambm seja eficiente. HD Um dispositivo que merece a nossa ateno o HD. Esta importante parte do media server deve ter espao de armazenamento suficiente para guardar todos os arquivos multimdias, arquivos que normalmente no so pequenos. Novamente damos preferncia por dispositivos de baixo consumo, sejam estes hard disks de 3 ou 2 . Na edio n 89 de nossa revista, que pode ser lida gratuitamente no site http:// www.revistapcecia.com.br, testamos dois HDs que se encaixam no perfil necessrio

Redes
deste servidor, o GreenPower da Western Digital e o SEAGATE LP (Low Power) (figura 3). Memria Nossa proposta inicial de media server dimensionada para pequenas redes domsticas. Com este uso especfico, 256 MB de RAM o suficiente para atender a demanda do sistema operacional e exibir msica e vdeo em mais de trs equipamentos ao mesmo tempo. Como o maior limitador de nossa soluo a rede, a maior parte da memria

Dimensionamento de hardware

A principal funo de um servidor de mdia compartilhar e dar fotos e vdeos s pessoas, no momento em que elas precisam. Por causa disso, este o tipo de servidor que no ser desligado, funcionar 24/7, parando apenas para manuteno, quando necessrio. Outro detalhe o tipo de tarefa realizada por este servidor, que podemos resumir em leitura e escrita para o disco e atendimento das solicitaes da rede. Devido a este motivo, a principal caracterstica do hardware ser sua eficincia energtica. CPU Um processador mal dimensionado, como um Pentium 4 Prescott, seria um verdadeiro desperdcio de potencial e energia. Processadores com baixo poder de processamento e um bom controle energtico so os mais recomendados para esta funo. Todos os fabricantes no mercado tm modelos que atenderiam muito bem a proposta para um servidor de mdia. Nossa soluo foi baseada em um processador Atom Dual Core da Intel (figura 2), mas poderia tambm ser feito com um Celeron, a AMD tem processadores Sempron e Athlon de baixo consumo. Se tivssemos disposio os processadores VIA de baixo consumo, eles tambm serviriam muito bem.

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F1. WD TV Live, um equipamento da Western Digital compatvel com a DLNA. Este equipamento pode acessar o contedo digital guardado em um servidor de mdia.

Atom 330, um proces- F2. sador de baixo consumo que atende a demanda de processamento de um servidor de mdia.

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Redes
instalada ser usada para cache do filesystem, ou para adicionarmos mais funes ao nosso servidor de mdia, como uma secretria eletrnica.

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Sistema operacional e servios

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Nada impede de construirmos nosso servidor de mdia com um sistema operacional que oferece, alm dos servios necessrios, interface grfica com suporte a acelerao 3D e uma dezena de softwares que completam o sistema operacional para diversas outras funes. Mas seria um desperdcio de nossa parte, visto que esta licena de uso poderia ser melhor utilizada em outra mquina como um outro desktop. Para nosso media server utilizamos uma distribuio Linux como base, o Ubuntu Server e o personalizamos para atender nossas necessidades da melhor forma. Desta maneira, garantimos que os recursos disponveis em hardware sero usados somente para os servios que precisamos. At o momento em que escrevamos este artigo, a verso final do Ubuntu Server 10.04 LTS no estava pronta. Fizemos testes com a verso 9.04 e 10.04 Release Candidate, em ambas as verses os procedimentos so os mesmos. O uso desta distribuio foi escolhido devido a sua boa aceitao no mercado e ao suporte por parte da desenvolvedora, que nas verses LTS (Long Term Support) corresponde a 5 anos. Instalao do SO O primeiro passo baixar o CD de instalao atravs do link http://www. ubuntu-br.org/download e grav-lo em uma mdia. Iniciado o processo de instalao atravs do CD, selecione o idioma desejado e escolha a opo Instalar Servidor Ubuntu. Algumas perguntas para definir o hardware como modelo e layout do teclado sero feitas. Se o seu teclado possui a tecla , escolha a opo Brazil. Na figura 4 temos a primeira importante configurao, a escolha do nome para o nosso servidor de mdia. Para nossos testes escolhemos o nome media-server, um nome fcil e intuitivo, mas o leitor est livre para utilizar qualquer outro nome.
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HDs silencio- F3. sos e de baixo consumo

Aps a escolha da cidade para o fuso horrio, ser apresentada a tela de particionamento do disco (figura 5). Deixamos a cargo da distribuio Ubuntu fazer o seu dimensionamento, utilizando o disco inteiro, lembrando que neste caso todas as informaes do disco sero apagadas. Caso o HD no esteja livre, muito importante realizar um backup antes. Antes da realizao do particionamento, ser apresentado o HD utilizado e o tipo de particionamento realizado. Somente aps a confirmao de que tudo est correto, o disco ser apagado e particionado. O Ubuntu exige na instalao que seja criado um usurio para acesso e realizao de atividades no administrativas do sistema. Escolha o nome e senha do seu usurio, quando este for solicitado (figura 6). Ser necessria uma conexo com a internet, e se na rede local existe um roteador distribuindo internet entre os computadores, no ser requerida nenhuma configurao especial. Caso a rede local tenha um proxy, ser preciso configurar o endereo e portas de acesso no menu de configurao do gerenciador de pacotes. No nosso sistema preferimos controlar

quando sero feitas as atualizaes automticas, para evitar qualquer tipo de quebra de dependncia no mesmo (figura 7). Neste tutorial ensinaremos, passo a passo, cada servio a ser instalado e por causa disso, apenas o bsico ser instalado. No usaremos a seleo de softwares presente no Ubuntu Server. Terminada a instalao do sistema operacional, vamos subir os servios necessrios para ter nosso servidor de mdia funcional. A mquina ser reiniciada, e logo aps a inicializao do sistema ser solicitado o usurio e senha cadastrados na instalao. Faa o login. Como a maioria dos usurios hoje no tem o costume de usar ambientes de trabalho em modo texto, detalharemos todos os comandos que devem ser feitos para o trmino da configurao. Samba - Rede Windows Mais de 90% dos lares brasileiros tm computadores com sistemas operacionais proprietrios da Microsoft. Manter a compatibilidade com estes um passo bsico para facilitar a administrao do contedo do nosso servidor.

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O primeiro comando cria o diretrio media, que ser a pasta compartilhada. O segundo comando d esta para o usurio usado no SAMBA. Sem este comando, seria impossvel gravar msicas ou fotos pessoais dentro de nosso servidor. Terminada a criao das pastas, vamos configurar o servio. Apesar de ser muito complexo, e nos dar ferramentas para a criao de um domnio Windows, nossa ideia apenas utilizar os servios bsicos de compartilhamento de arquivos e, por causa disso, vamos ignorar o arquivo original de configurao do SAMBA e criar um novo. Digite os seguintes comandos:
sudo mv /etc/samba/smb.conf /etc/samba/smb.conf.backup nano /etc/samba/smb.conf

F4. Tela onde digitaremos o nome do servidor.

F5. Usamos a ferramenta assistida de particionamento de disco. No esquea de fazer o backup.

F6. Para acesso ao servidor de mdia necessrio que criemos um usurio.

O primeiro comando guarda uma cpia do arquivo original, j o segundo cria um novo arquivo de configurao. Digite o contedo da Box 2 dentro deste arquivo. As nicas recomendaes so: na linha WORKGROUP, use o nome de sua rede local. Na linha NETBIOS NAME deixe o mesmo nome usado na instalao. Terminado estes procedimentos, vamos reiniciar o servio e passar para a prxima etapa. Digite: sudo service smbd restart MediaTomb - Servio UPnP Equipamentos com o selo DLNA, como blu-rays e HD media players, so compatveis com um protocolo de compartilhamento de arquivo chamado de UPnP (Universal Plug and Play). No Linux instalaremos o MediaTomb, um servio que compartilha arquivos multimdia atravs deste protocolo.

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F7. Na nossa soluo, faremos as atualizaes manualmente, mas nada impede do leitor usar a opo automtica.

Box 2
[global] workgroup = PCECIA netbios name = media-server guest account = mediatomb security = share local master = yes [media] comment = Arquivos multimidia path = /mnt/media guest ok = yes browseable = yes writable = yes

O servio responsvel por manter a interoperabilidade entre sistemas Microsoft e Linux chamado de SAMBA. Usaremos este programa para nos comunicar atravs do protocolo netbios com outras mquinas Windows presentes na rede. Para instalar o SAMBA, digite o comando: sudo aptitude install samba Aps o comando, ser necessrio confirmar a senha do usurio. O gerenciador

de pacotes instalar o servidor e todas as dependncias do sistema, ser solicitada apenas uma confirmao do comando dado. Aps a instalao, vamos criar a pasta que ser compartilhada na rede para distribuio de contedo multimdia. Digite os comandos:
sudo mkdir /mnt/media sudo chown nobody:nogroup /mnt/media

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F8. Interface de configurao do servio MediaTomb.

Digite o seguinte comando no servidor:


sudo aptitude install mediatomb 40

Novamente, o gerenciador de aplicativos do Ubuntu instalar o software solicitado com todas as suas dependncias para o correto funcionamento. Vamos configurar o servio para o nosso uso. Abra o arquivo de configurao do MediaTomb com o seguinte comando:
sudo nano /etc/mediatomb/config.xml

No bloco <server>, verifique se a linha account user est escrita da seguinte forma <account user=mediatomb />. No campo <name> coloque o nome que voc gostaria que o seu servidor fosse identificado nos dispositivos. Para manter a compatibilidade com o Playstation 3 da Sony, tambm necessrio alterar a linha <protocolInfo extend=no /> para <protocolInfo extend=yes />. Salve o arquivo. necessrio reiniciar o servio para as novas configuraes entrarem em vigor. O comando para isto :
sudo service mediatomb restart

F9. Interface de configurao do servio FireFly.

Feito isso, vamos ao ltimo servio. Firefly - Servio DAAP / Itunes Equipamentos da Apple, como iPod e seu player de msica, o iTunes, so compatveis com um protocolo chamado DAAP (Digital Audio Access Protocol). Tambm possvel oferecer msica, filmes e fotos
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para estes atravs do programa Firefly no Linux. S recentemente o software passou a ser chamado de FireFly. Antes, o nome do projeto era mt-daapd, um nome no muito charmoso. Apesar da mudana comercial do nome, seu pacote no Ubuntu continua tendo o mesmo nome. Para instalar este servio, digite o comando:
sudo aptitude install mt-daapd

Vamos configurar este servio para o nosso uso. Edite o arquivo mt-daapd.conf com o seguinte comando:
sudo nano /etc/mt-daapd.conf

O primeiro passo configurar uma senha de acesso para este servio. Procure a linha admin_pw = mt-daapd e altere o contedo para a senha desejada, por exemplo admin_pw = minhasenha. A linha servername define como os equipamentos compatveis com o protocolo DAAP enxergaro o seu servidor. Altere para o nome desejado. Como este nome no tem nada a ver com os servios de rede local, pode ser usado qualquer nome que a criatividade do leitor desejar. A ltima alterao que fizemos na configurao na linha extensions, por

Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br padro, o servio DAAP no d suporte aos arquivos de udio no formato .wma (Windows Media Audio). Como desejamos que este arquivo tambm seja compartilhado, adicionamos este no final desta linha, como mostrado a seguir:
extensions = .mp3,.m4p,.ogg,.flac,.mpc,.wma

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Reinicie o servio para que as alteraes feitas passem a vigorar.


sudo service mt-daapd restart

A partir deste ponto, no precisaremos mais digitar nenhum comando dentro do Linux. A partir de nosso desktop Windows, vamos terminar de compartilhar os arquivos multimdias para todos os equipamentos nas casas que possuem acesso a rede e so compatveis com alguns dos protocolos instalados.

Copiando as msicas e compartilhando

O primeiro passo copiar msicas, fotos, filmes e vdeos que temos espalhados por todos os equipamentos para o nosso servidor de mdia. Para acess-lo, abra o gerenciador de arquivos do Windows, escolha a opo Ferramentas, e depois Mapear Unidade de Rede. Escolha uma letra e como caminho digite: \\mediaserver\media.

Crie as pastas para organizao do seu servidor, por exemplo, filmes, sries, msicas, vdeos. No aconselhamos o uso de acentuao nos nomes de pastas, j que alguns equipamentos no reconhecem estes caracteres. Por exemplo, em vez de Msicas, use Musicas. Centralizadas as informaes, vamos configurar o MediaTomb e o FireFly para distribuir estes arquivos atravs da rede. Para acessar a interface de compartilhamento do MediaTomb, abra o seu navegador preferido e acesse o endereo: http://media-server:49152. No lado direito, selecione Filesystem. Na rvore de diretrios Linux, selecione a pasta /mnt/ media. Clique no boto superior direito para adicionar um compartilhamento e marque as opes para procura e atualizaes de arquivos. Na figura 8 mostramos um exemplo de como isto pode ser feito. O procedimento de configurao do FireFly bem semelhante. Para acessar a interface de configurao acesse a pgina http://media-server:3689 com o seu browser preferido. Clique no link configuration na lateral esquerda do navegador. No campo Music Folder, digite o caminho onde as msicas esto guardadas no servidor (figura 9). Clique no boto Save.

Concluso

Quando centralizamos todo o contedo digital em um s local, acabamos com o transtorno que antes existia em ficar copiando o contedo multimdia para cada equipamento que temos na casa. Os equipamentos, softwares, players de msica e vdeo, mesmo os que utilizam algum protocolo proprietrio (figura 10), agora tm acesso a um nico servidor de mdia, a administrao dos arquivos pessoais e seus backups tambm ficam mais fceis, uma vez que todas as informaes esto juntas. Nossa soluo tem como base o Ubuntu, isto significa que qualquer computador que utilize este sistema pode ser transformado em um servidor de mdia, isto vale at para o XBMC Live, apresentado tambm nesta edio. Da mesma forma, adicionar funes neste sistema muito fcil (veja Box 3). A grande maioria dos equipamentos eletrnicos vendidos hoje em dia, como videogames, leitores de Blu-ray, HD Players, j so compatveis com algum tipo de protocolo de compartilhamento. A maneira mais fcil de prover contedo para todos estes dispositivos ter um servidor PC de mdia.

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Box 3
Complementar o servidor de mdia muito fcil, ainda nesta edio o leitor aprender a adicionar a funo de PBX-IP. Para integr-lo com os outros servios, temos que fazer configuraes adicionais. Os seguintes comandos do permisso de acesso pasta das gravaes de voz:
sudo gpasswd -a mediatomb asterisk sudo chmod g+w /var/spool/asterisk/voicemail

Por fim, adicione ao final do arquivo /etc/ samba/smb.conf as seguintes linhas: [voicemail] comment = Secretaria Eletronica path = /var/spool/asterisk/voicemail guest ok = yes browseable = yes writable = yes Voc pode acessar as gravaes pelo endereo de rede \\media-server\ voicemail, ou ainda adicionando uma fonte de udio via UPnP.
F10. iTunes acessando as msicas guardadas em nosso media server.

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PBX-IP residencial
F1. Modelo do Telefone IP e modelo do ATA PAP2-NA.

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Que tal disponibilizar um sistema digital de telefonia PBX-IP em residncias utilizando Asterisk, aproveitando os custos da soluo oferecida nas outras sees desta revista onde aprendemos o Media Server? Voc ter ramais digitais em Telefones IP, SoftPhone e ATA para o seu sistema de telefonia, com apenas o custo de uma placa de integrao entre a rede de telefonia convencional e o sistema digital. Bem-vindo ao futuro da telefonia digital.

O que um PBX-IP?

Ps-Graduado em Engenharia de Redes pela Cisco (UnicSUL), Bacharel em Cincias da Computao e Anlise de Sistemas. Especialista em infraestrutura e operaes na rea de provedores de internet e datacenters. Possui certificaes LPI 302, RHCE, Scrum Master. douglas@osupremo.com.br

Douglas H. Cetertick

Um PBX-IP um sistema digital de telefonia completo. O Asterisk um software PBX-IP open source que instalado no seu sistema operacional, permite que tenha funcionalidades de telefonia digital sem custo em uma rede interna, sem precisar gastar com sistemas proprietrios que so modulares e custam uma fortuna. Para utilizarmos os telefones como ramais, temos algumas possibilidades de utilizao com Telefone IP, SoftPhone e ATA. Telefones IP so telefones conectados na rede de dados. SoftPhone so softwares instalados nos computadores que funcionam como telefones, e ATA so adaptadores conectados a rede de dados que tm o papel de converter o telefone analgico para o sistema PBX-IP. O ATA tem portas de telefonia analgica e uma porta para se conectar na rede de dados. Nosso propsito nesta matria utilizar parte da infraestrutura j citada nas outras pginas desta revista.

Otimizao e aproveitamento de recursos que j esto disposio, popularizao dos sistemas digitais de telefonia PBX-IP, liberdade de escolha do software livre e facilidade de instalao, configurao e manuteno. Estes so os atrativos desta matria.

O Cenrio

O cenrio contar com quatro ramais internos em sua casa. Utilizaremos a placa X100P para a integrao entre o sistema de telefonia analgico, que a sua linha telefnica, e o asterisk. Esta placa conectada no servidor que ser o asterisk. A placa X100P tem uma interface de entrada FXO que significa Foreign eXchange Office. Esta interface recebe a sinalizao da operadora de telefonia. A placa X100P de baixo custo e serve exatamente para o nosso propsito. Ela encontrada em www. x100p.com. No recomendamos o uso da placa X100P clone. No Brasil podemos encontrar em sites

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Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br de pesquisa revendedores e vendedores da placa X100P original. Utilizaremos tambm um telefone IP, um SoftPhone e um adaptador ATA (figura 1). O adaptador ATA servir para duas linhas internas. Voc poder conectar um fax a uma destas entradas do ATA. O telefone IP o Intelbras modelo Voiper (www.intelbras.com.br), o modelo do SoftPhone o Ekiga (www.ekiga.org) e o modelo do ATA o PAP2-NA da linksys (www.linksys.com). pacotes devem estar presentes para que a compilao seja executada com sucesso. Iremos instalar estes pacotes digitando as seguintes linhas no terminal em linha de comando do Ubuntu.
# apt-get install build-essential linuxheaders-$(uname -r) gs-common libasound2-dev libc-client2007b-dev libcap2 libconfig-tiny-perl libcurl4-openssl-dev libfile-sync-perl libgsm1-dev libiksemel-dev libmime-lite-perl libncurses5-dev libnewt-dev libogg-dev libpaper-utils libpoptdev libpq-dev libspandsp-dev libsnmp9-dev libspeex-dev libsqlite0-dev libsqlite3-dev libssldev libtiff-tools libtonezone-dev libusb-dev libvorbis-dev libvorbisenc2 psutils unixodbc-dev zlib1g-dev dialog

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que contm vrias opes. Quando iniciamos um processo de compilao deste mdulo, comeamos com o comando ./configure. Este processo checa no sistema operacional quais os mdulos presentes e j os inclui para o prximo passo. Ento, no ser necessrio acrescentar e nem retirar opes neste passo do processo. Ao entrar no menu do comando make menuselect, basta apertar a tecla q para sair sem efetuar alteraes. O comando make config efetua a cpia e instala os processos de inicializao do mdulo zaptel nas pastas de incio de runlevel do sistema operacional. Isto faz com que ao iniciarmos o sistema operacional, o mdulo seja carregado automaticamente por este script.
# cd /usr/src # tar xvf zaptel-1.4.12.1.tar.gz # cd zaptel-1.4.12.1 # ./configure # make menuselect # make # make install # make config # cd ..

Instalao

Instalaremos o Asterisk na mquina Media Server do Home Theater. O Ubuntu, que o sistema operacional que j est instalado no servidor para o home theater, tem um pacote pronto de instalao do Asterisk. Entretanto, utilizaremos a verso compilada do Asterisk. A instalao atravs da compilao melhor para um servidor que ser usado em produo. Com a compilao, o Asterisk, a transcodificao de codecs, a CPU e mais alguns fatores de memria so ajustados dinamicamente para o servidor. Com isto, o Asterisk se torna mais gil. Instalando a Placa X100P Para inserir a placa X100P devemos desligar o servidor, abri-lo e inserir a placa em um slot PCI na placa-me, conforme nos mostra a figura 2. Feito isto, podemos fechar o servidor e lig-lo novamente. Aps lig-lo, j deveremos conectar o cabo que sai da linha telefnica na sua casa diretamente na porta de telefone que temos nesta placa. Passaremos todo o controle e gerncia para o asterisk. extremamente importante que a instalao desta placa seja feita antes de instalarmos o asterisk. Alguns procedimentos na instalao do asterisk fazem a verificao de hardware para liberar modularmente os drivers do que for detectado pelos seus scripts. O que ser detectado com a placa X100P so os mdulos do driver ZAPTEL, que veremos logo a seguir. Instalando e compilando o Asterisk Baixaremos da internet os pacotes e as bibliotecas de desenvolvimento e os cdigosfontes do Asterisk e seus componentes. Prepararemos o ambiente do servidor para a instalao do asterisk. Alguns

Algumas perguntas sero feitas pelo sistema operacional. Tecle enter para prosseguir com a instalao. Em seguida, baixaremos as fontes do Asterisk do site do desenvolvedor.
# cd /usr/src/ # wget http://downloads.asterisk.org/pub/ telephony/asterisk/asterisk-1.4.30.tar.gz # wget http://downloads.asterisk.org/pub/ telephony/asterisk/asterisk-addons-1.4.11. tar.gz # wget http://downloads.asterisk.org/pub/ telephony/libpri/libpri-1.4.10.2.tar.gz # wget http://downloads.asterisk.org/pub/ telephony/zaptel/zaptel-1.4.12.1.tar.gz

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Agora iremos descompactar e instalar o asterisk, explicando qual a finalidade de cada pacote que ser instalado. LIBPRI a biblioteca para placas E1. Nesta matria a placa que ir fazer a integrao entre a rede de telefonia e o asterisk uma placa que contm uma entrada FXO, que serve para uma linha residencial.
# cd /usr/src # tar xvf libpri-1.4.10.2.tar.gz # cd libpri-1.4.10.2 # make # make install # cd ..

ZAPTEL so os drivers de comunicao entre o asterisk e as placas que o asterisk aceita para fazer a interface entre vrias linhas telefnicas (E1), ou at uma linha residencial. Nesta configurao temos a opo de gerar um menu (comando make menuselect)

F2. Placa X100P, com uma entrada FXO para ser ligada na rede telefnica.

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ASTERISK o software PBX-IP que ser instalado em seu servidor. Neste processo de instalao tambm temos um passo em que ser necessrio rodar o menu de configurao dos mdulos. Se quisermos adicionar ou retirar algum mdulo carregado automaticamente pelo processo de preparao no comando ./configure, neste passo que faremos isto. Se quiser deixar como est, aps o processo make menuselect basta apertar a tecla q para sair. O passo make samples ir copiar para a pasta /etc/asterisk os arquivos de configurao-padro para que eles possam ser editados quando necessrio. Faremos isto em alguns arquivos posteriormente.
# cd /usr/src # tar xvf asterisk-1.4.30.tar.gz # cd asterisk-1.4.30 # ./configure # make menuselect # make # make install # make config # make samples # cd .. 44

Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br O comando /etc/init.d/asterisk restart reinicia o servio Asterisk para validar as alteraes feitas.

# cd /etc/asterisk/ # > zaptel.conf # vim zaptel.conf

Vamos incluir a configurao dentro do arquivo, como podemos ver no Box 1. Agora edite o arquivo zapata.conf com os comandos a seguir, e insira nele a configurao apresentada no Box 2.
# cd /etc/asterisk/ # > zapata.conf # vim zapata.conf

Habilitando o Voicemail (Correio de Voz / Secretria Eletrnica)

ASTERISK ADD-ONS so funcionalidades extras que acompanham o asterisk e que so instaladas a parte. Faremos igual aos dois passos anteriores. No mudaremos as opes do menu.
# cd /usr/src # tar xvf asterisk-addons-1.4.11.gz # cd asterisk-addons-1.4.11 # ./configure # make menuselect # make # make install # make samples

Criando os ramais IPs e configurando o Plano de Discagem Editaremos o arquivo /etc/asterisk/sip.conf. Nele ficam as configuraes dos ramais que utilizaremos. Para facilitar o exemplo didtico teremos os ramais 1001 at 1004. Neste arquivo temos a seo general, que descreve o funcionamento geral do PBX-IP e est presente tambm nos demais arquivos de configurao. As regras definidas por esta seo so tomadas como padro pelo sistema e s so modificadas mediante configuraes especficas adicionadas em cada ramal. Estas so feitas em sees separadas, onde colocamos os parmetros necessrios para cada ramal. Editando o arquivo sip.conf:
# cd /etc/asterisk # > sip.conf # vim /etc/asterisk/sip.conf

O Asterisk disponibiliza uma funcionalidade que permite o voicemail. Caso algum dos ramais que configuramos esteja indisponvel ou ningum atenda a ligao, a pessoa deixar, se quiser, uma mensagem
Box 1: Arquivo zaptel.conf fxsks=1 loadzone = us defaultzone=us

Box 2: Arquivo zapata.conf [channels] language=en context=entrada-fxo signalling=fxs_ks rxwink=300 usecallerid=yes hidecallerid=no callwaiting=yes usecallingpres=yes callwaitingcallerid=yes threewaycalling=yes transfer=yes cancallforward=yes callreturn=yes echocancel=yes echocancelwhenbridged=yes echotraining=yes echotraining=800 relaxdtmf=no cidsignalling=DTMF cidstart=polarity rxgain=1.0 txgain=1.0 group=1 callgroup=1 pickupgroup=1 immediate=no busydetect=yes busycount=4 musiconhold=default channel => 1 callerid=Linha Externa

Pronto. Estamos com o Asterisk instalado e preparado para configurarmos os arquivos necessrios para coloc-lo em funcionamento. Isto ser feito nos prximos passos.

Configurao do PBX-IP

Precisamos criar os ramais no asterisk. Isto feito editando apenas dois arquivos. Dissemos anteriormente que o nosso cenrio ter quatro ramais. Criaremos os ramais IP utilizando o protocolo de comunicao SIP. Com o protocolo SIP temos disponveis SoftPhones gratuitos, telefones IP digitais e o ATA. Edite o arquivo zaptel.conf, com os comandos:
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Vamos incluir a configurao do Box 3 para criar os ramais que utilizaremos como exemplo. Uma boa dica : para fazer a transferncia entre ramais, basta apertar a tecla FLASH do seu aparelho telefnico seguido do nmero do ramal desejado. Nosso prximo passo criar o plano de discagem para que um ramal possa se comunicar com outro e tambm para que o PBX-IP possa receber ligaes externas e direcion-las para um ramal ou grupo de ramais. O arquivo responsvel para que isto seja possvel o extensions.conf. Este arquivo o corao do Asterisk. nele que fica o dialplan, ou seja, o plano de discagem.
# cd /etc/asterisk/ # > extensions.conf # vim extensions.conf

Vamos incluir a configurao descrita no Box 4 dentro do arquivo que estamos editando.

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Box 3: Arquivo sip.conf [general] context=entrada-fxo bindaddr=0.0.0.0 bindport=5060 disallow=all allow=ulaw allow=alaw allow=gsm language=br maxexpirey=3600 defaultexpirey=1805 ;IP Fone [1001] callerid=IP Fone <1001> context=casa canreinvite=no host=dynamic nat=yes type=friend qualify=yes username=1001 secret=1001 ;ATA- Linha 1 [1002] callerid=ATA Linha 1 <1002> context=casa canreinvite=no host=dynamic nat=yes type=friend qualify=yes username=1002 secret=1002 ;ATA- Linha 2 [1003] callerid=ATA Linha 2 <1003> context=casa canreinvite=no host=dynamic nat=yes type=friend qualify=yes username=1003 secret=1003 ;SoftPhone [1004] callerid=SoftPhone <1004> context=casa canreinvite=no host=dynamic nat=yes type=friend qualify=yes username=1004 secret=1004 Box 4: Arquivo extensions.conf [ramais] exten => _100[1-4],1,Dial(Sip/ ${EXTEN},30,tTr) exten => _100[14],n,Goto(${DIALSTATUS}) exten => _100[1-4],n,HangUP() exten => _100[1-4],n(BUSY),VoiceMai l(${EXTEN},b) exten => _100[1-4],n,HangUP() exten => _100[1-4],n(NOANSWER),V oiceMail(${EXTEN},u) exten => _100[1-4],n,Hangup() exten => 2000,1,Dial(Sip/1001&Sip/ 1002&Sip/1003&Sip/1004,30,tTr) exten => 2000,n,Hangup() [saida-local] exten => _NXXXXXXX,1,Dial(Zap/1/ ${EXTEN},50,Ttr) exten => h,1,Hangup() [saida-ddd] exten => _ 0XXXXNXXXXXXX,1,Dial(Zap/1/ ${EXTEN},50,Ttr) exten => h,1,Hangup() [servicos] exten => _1XX,1,Dial(Zap/1/ ${EXTEN},50,Ttr) exten => h,1,Hangup() [cobrar-local] exten => _ 9090NXXXXXXX,1,Dial(Zap/1/ ${EXTEN},50,Ttr) exten => h,1,Hangup() [cobrar-ddd] exten => _ 90XXXXNXXXXXXX,1,Dial(Zap/1/ ${EXTEN},50,Ttr) exten => h,1,Hangup() [casa] include => ramais include => saida-local include => saida-ddd include => servicos include => cobrar-local include => cobrar-ddd [entrada-fxo] ;Esta entrada est configurada no zapata.conf ;E atrelada a placa de entrada de linha externa. ;Tocar em todos os ramais SIP que estejam conectados exten => s,1,Wait(4) exten => s,2,Answer() exten => 1,1,Dial(Sip/2000,40,Ttr) exten => h,1,Hangup()

Redes
que ser gravada em um arquivo, e este ser disponibilizado dentro de uma pasta no servidor. A principal ideia aqui compartilhar esta pasta no seu sistema Media Server e ouvir a mensagem a qualquer hora, quando desejar. O compartilhamento da pasta j foi explicado no artigo do Media Server. Apenas ativaremos a sua funo no Asterisk. No habilitaremos a funo de notificao por e-mail das mensagens do voicemail, visto que para tal seria necessrio um servidor de e-mail instalado e habilitado para que esta notificao pudesse ser enviada. No o escopo deste artigo montar um servidor de e-mail. Nosso primeiro passo ser editar o arquivo desta funcionalidade.
# cd /etc/asterisk # > voicemail.conf # vim voicemail.conf

Vamos incluir as configuraes descritas no Box 5 dentro deste arquivo. O comando /etc/init.d/asterisk restart reinicia o servio do Asterisk para que estas alteraes entrem em funcionamento. Deveramos incluir algumas linhas no arquivo /etc/asterisk/extensions.conf para instruir o Asterisk nas aes que o plano de discagem deve executar com esta nova funcionalidade. Entretanto, estas instrues (que so chamadas de aplicaes do Asterisk) j foram adicionadas no arquivo do dialplan quando fizemos as alteraes nele.

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Configurando os ramais

Estamos quase finalizando. Nosso prximo passo configurar os ramais no Telefone IP, SoftPhone e ATA.
Box 5: Configuraes do arquivo voicemail.conf. [general] format=wav|wav49 skipms=3000 maxsilence=10 silencethreshold=128 maxlogins=3 [default] 1001 => 1001,Ramal 1001 1002 => 1002,Ramal 1002 1003 => 1003,Ramal 1003 1004 => 1004,Ramal 1004

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Redes
Configurando o Telefone IP Devemos conectar o Telefone IP rede da sua casa. O modelo que utilizamos o Intelbras Voiper, que tem uma forma de configurao especfica dele. Entretanto, a configurao manual do telefone para colocar o endereo IP e as configuraes via WEB deste (figura 3) e de outros modelos no entram no escopo deste artigo, e recomendamos que o leitor utilize o manual que acompanha o produto para efetuar facilmente as configuraes necessrias. Configurando o ATA No caso deste artigo foi utilizado um ATA da Linksys modelo PAP2-NA, mas o leitor est livre para escolher o modelo da sua preferncia, desde que suporte o protocolo SIP e funcione com o Asterisk. A configurao do ATA no ser detalhada aqui, pois varia de modelo para modelo. De forma resumida, a configurao do ATA se dar pela interface WEB (figura 4), onde o usurio dever registrar um ou mais ramais (dependendo do modelo do ATA) que foram criados no Asterisk. Novamente, a recomendao de que o usurio consulte o manual que acompanha o equipamento para fazer corretamente a configurao. Configurando o SoftPhone O nosso computador de uso pessoal j est conectado rede interna em sua casa, seja por conexo wireless ou cabeada. Basta instalarmos o SoftPhone Ekiga, que est disponvel via gerenciador de pacotes em quase todas as distribuies Linux. Para as distribuies Linux que no tm gerenciador de pacotes ou onde o Ekiga no est disponvel, a homepage do desenvolvedor tem os sources, e existe tambm uma verso para o sistema operacional Windows em http:// ekiga.org/download-ekiga-binaries-orsource-code. Aps instalado, ele estar disponvel nos menus do sistema operacional. Ao ser iniciado na primeira vez, entraremos no modo Assistente de Configurao ou modo Wizard, que permite completar os campos com os dados corretos para que o SoftPhone possa fazer o login no servidor Asterisk e mais um ramal ficar disponvel. No menu Edit, no item Accounts, podemos configurar ou editar contas manualmente, isto , sem o auxlio de um assistente.
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F3. Interface WEB do ATA com exemplo de configurao.

Este procedimento s ser necessrio caso o registro no servidor Asterisk no ocorra. Basta seguir a figura 5, que no ocorrero erros na configurao do SoftPhone.

Recebendo ligaes via PBX-IP

Ao receber as ligaes do seu nmero pela linha telefnica, o processo se inicia com a entrada do sinal na placa X100P que encaminha a mesma ligao para o Asterisk, que, por sua vez, tocar aquela ligao em todos os ramais que estiverem logados. Este o mtodo mais simples de atendimento e pode ser melhorado, fazendo com que a pessoa deixe uma gravao para que o usurio retorne posteriormente.

Concluso

Prezado leitor: esta matria foi apenas a ponta do iceberg do que um servidor Asterisk

pode fazer. Com um custo relativamente baixo em relao aos sistemas de PABX proprietrios e com mais alguns processos e ajustes que podem ser personalizados para o seu projeto. Basta agora fazer o que foi explicado. Com isto voc ter em sua casa um sistema PBX-IP totalmente digital, no qual vrias funes adicionais podem ser habilitadas. O Asterisk bastante extenso em contedo e funcionalidades. Faa uma boa leitura do material do Asterisk no site do desenvolvedor e tambm em artigos j publicados por esta revista. Somando seus estudos com esta base, voc incrementar as funcionalidades do seu servidor rapidamente, e ver o quo poderoso o Asterisk, tambm conhecido como O futuro da telefonia digital. Este futuro j est presente em suas mos. At a prxima! PC

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F4. SoftPhone registrado no Asterisk com o seu nmero do ramal mostrando as configuraes.

F5. SoftPhone registrado no Asterisk com o seu nmero do ramal mostrando as configuraes.

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Hardware

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Wind Top
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A MSI est trazendo computadores all-in-one com tela sensvel ao toque a preos acessveis para o Brasil, sendo um desses modelos o Wind Top AE1900. Acompanhe, a seguir, a avaliao dos seus recursos. Alfredo Heiss

or que se limitar a interagir com o computador apenas usando teclado e mouse, se at nossos aparelhos celulares j tm telas sensveis ao toque? Por que no ter isto nos nossos computadores? A maneira como interagimos com as informaes a nossa volta est mudando a favor de ser mais intuitiva e fcil para todos. Provavelmente, voc j deve ter visto algum telejornal onde o reprter interage com as notcias tocando em um painel e manipulando-as como quadros em um mostrurio a sua disposio. O fato de que mais intuitivo, para qualquer pessoa, interagir com objetos/ elementos com suas prprias mos do que por formas indiretas, ou seja, atravs de dispositivos como o mouse, no pode ser negado, nem mesmo para os mais incrdulos nesta mudana. Dessa forma, mais
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AE1900
natural encostarmos em um cone, ou link, com o dedo, do que movermos o mouse e clicarmos nele. Alm disso, este tipo de facilidade para pessoas que no esto acostumadas ou no tm prtica de interagir com o teclado e com o mouse, pode ser fundamental para a escolha do seu novo PC. A MSI est trazendo para o Brasil uma linha de all-in-one com tela sensvel ao toque. Tivemos a oportunidade de testar o modelo mais simples da srie, o AE1900 com um Atom 230. Acompanhe como este equipamento se saiu em nossos testes e como ele pode facilitar o seu dia-a-dia.

Wind Top AE1900

Apesar de ter o hardware de um nettop, a MSI preferiu adotar o padro all-in-one para o seu produto Wind Top AE1900. A edio n90 da revista PC&Cia que

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F1A. Detalhe da webcam integrada de 1,3 Mpixels e microfone. F1. Wind Top AE1900 e sua tela sensvel ao toque nos do mais opes de interao com o computador.

Lateral direita F1B. com botes de regulagem para volume e contraste, alm do liga/desliga. F1C. Lateral esquerda com o DVD-RW Slim, duas portas USB e leitor de cartes.

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pode ser obtida gratuitamente em nosso site http://www.revistapcecia.com.br, explica o que o conceito all-in-one, ou tudo-em-um. O design do produto, elegante e moderno, agradar a quase todos. O modelo recebido em nosso laboratrio brancomarfim e ao redor do equipamento existe uma moldura transparente de policarbonato (figura 1). No detalhe da parte superior, encontramos uma webcam com resoluo de 1,3 megapixels e o microfone embutido. No lado direito achamos os controles de volume, contraste do monitor e o liga/desliga do computador. No lado direito temos um drive de DVD Slim com bandeja retrtil, duas portas USB e um leitor de cartes 4x1 (SD, MMC, MS e XD). Alm destas conexes, ainda dispomos na parte de trs do all-in-one, de outras

Sistema Operacional
Processador Chipset / Southbrigde LCD Vdeo Memria HD udio Drive ptico Webcam Rede RJ45 Rede s/ fio LCD Anti-glare Brilho LCD Contraste LCD Touch Screen Leitor de Cartes Portas USB Entrada/Saida Som Dimenses Alimentao

Windows XP Home
Atom 230 Intel 945GC + ICH7 18.5 WXGA 16:9 LCD Display Integrado Intel GMA950 1 GB DDR2 533 2.5 160 GB SATA HD udio, 2 alto-falantes DVD Super-Multi 1.3 Mpixel 10/100/1000 Mbps 802.11 b/g/n SIM 250 cd/m2 1000:1 SIM 4x1 4 SIM (padro P2) 476 x 365 x 49 mm Adaptador AC/DC 65W

T1. Descrio das especificaes do Wind Top AE1900

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EasyViewer F2. um visualizador de imagens que interage com a tela touchscreen do Wind Top.

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portas de expanso. So oferecidas duas entradas USB adicionais e conexes do tipo P2 para fone de ouvido e microfone, alm do conector de energia. Para conectividade, o tudo-em-um da MSI vem com uma placa de rede no padro ethernet 10/100/1000 da Realtek (RTL8168C). No faz muito sentido fornecer um produto super integrado, que use apenas cabos para conexes externas, ento a MSI fornece neste Wind Top, alm das conexes citadas, uma placa de rede sem fio j no padro 802.11n, que evita o uso de cabos adicionais para integrar este dispositivo a rede domstica. O produto possui um bom espao para armazenamento de filmes, msicas e imagens. Isto devido ao HD interno da Western Digital de 160 GB. Este possui interface SATA de conexo e velocidade rotacional de 5400 RPM. Os pontos fracos deste produto so o vdeo integrado e o processador. Apesar da CPU Atom ser energeticamente eficiente, o uso deste com softwares que exijam um pouco mais de processamento pode ser comprometido por causa do seu fraco desempenho. E infelizmente a GPU da Intel no auxilia o econmico Atom em funes bsicas. A placa de vdeo integrada no oferece suporte a decodificao de vdeo e nem bom desempenho com aplicaes 3D, impossibilitando o uso desta central de entretenimento para mais funes.
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F3. O Touch-Note um software para pequenas notas que a MSI traz junto com o AE1900.

O monitor de 19 no padro 16:9 apresenta a resoluo de 1366 x 768 pixels. Apesar de no ter alta resoluo, temos uma boa rea disposio. Podemos manter uma janela de navegao aberta enquanto realizamos uma chamada de videoconferncia que usa a webcam integrada e o microfone frontal. A tabela 1 traz as especificaes completas deste produto. Alm do Atom 230, ele vendido com 1 GB de memria RAM e o sistema operacional Windows XP Home.

agora se sentiro convidadas a usar este computador e sua tela touchscreen. Existe ainda uma simples configurao no sistema operacional para abrir programas com apenas um clique, todos nos sentimos impelidos a explorar este novo nvel de interao com o computador. Alm disto, a MSI fornece alguns softwares que exploram ainda mais este recurso. EasyViewer A empresa desenvolveu um visualizador de imagens que interage com a tela touchscreen do Wind Top. Ao iniciarmos o programa, temos disposio uma tela com alguns botes de navegao na parte superior, como ampliao de imagens, apresentao em slide, seleo de pastas e modo de tela cheia.

Touchscreen

O maior diferencial do AE1900 frente a outros produtos encontrados sua tela de 19, com uma pelcula sensvel ao toque instalada no painel de LCD. Pessoas que no tenham intimidade com o teclado e mouse,

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que para este tipo de uso, o all-in-one da MSI tem boas qualificaes. Nos resultados seguintes, o 3DMark 2005 e 2006, so referentes a testes de 3D. Aqui, infelizmente, o vdeo integrado deixa muito a desejar. No so obtidos bons resultados, sendo que na ltima verso do 3DMark, no conseguimos nem mesmo 100 pontos. Um sistema com acelerador de vdeo, mesmo integrado, consegue, no mnimo, um resultado dez vezes melhor. Fizemos um teste de reproduo de filmes em alta definio neste computador. Um processador Atom com o auxlio de uma boa GPU, com suporte a decodificao de mdia em alta definio, seria o suficiente para um bsico HTPC. Mas, veja o que acontece neste computador quando tentamos reproduzir filmes. Para este teste utilizamos a animao Big Buck Bunny desenvolvida com o Blender, uma ferramenta opensource de renderizao 3D. Pode ser feito o download deste filme em vrias resolues e formatos de forma gratuita atravs do site http://www.bigbuckbunny.org/index.php/download. A figura 6 nos apresenta o uso de CPU com vdeos em alta definio nos formatos 480p, 720p e 1080p. Como no existe nenhum tipo de auxlio CPU, todo trabalho realizado por esta, no recomendamos o uso deste computador para vdeos acima da menor resoluo testada. Com resoluo de 720p, existem picos de processamento que causam perdas de quadros, dando a impresso de que o filme est em cmera lenta. Este fato repetido com vdeos no formato 1080p, aqui o uso da CPU intenso e a perda de quadros constante. J fizemos vrios testes de desempenho com processadores Atom em nossa revista. Este modelo no novo, e j foi testado na edio n 87. No produto da MSI fizemos um

F4. Wind Watch um jogo leve desenvolvido para interagirmos com a tela touchscreen do Wind top.

Aps selecionarmos a pasta, todas as imagens sero apresentadas na parte inferior em miniaturas. A navegao e seleo de fotos deve ser feita atravs da tela sensvel ao toque. Conseguimos rolar todas as figuras facilmente, apenas deslocando o dedo de um lado para o outro. Quando apontamos apenas para uma imagem e a selecionamos, o software entende e automaticamente amplia a mesma (figura 2). Ao tocarmos novamente na imagem, ela volta para o lbum. Assim sendo, mostrar as fotos da ltima viagem para os amigos, ou de algum outro evento, ficar bem mais divertido. Touch-Note Deixar um recado para a esposa na porta da geladeira, antes de sair de casa, j hbito para alguns, mas quando se tem um computador de baixssimo consumo e com webcam integrada disposio, este costume pode se tornar obsoleto. O Touch-Note um software para pequenas notas que a MSI traz junto com o AE1900. Com ele, escrever recados ganha uma nova vida, uma vez que agora podemos adicionar alm da mensagem, uma imagem do que queremos. Esta imagem pode ser um arquivo prsalvo no computador ou uma foto capturada pela webcam no instante que estivermos escrevendo o recado (figura 3). Ao tocarmos na nota, ela ampliada para facilitar a leitura. Wind Watch Wind Watch um jogo leve desenvolvido para interagirmos com a tela touchscreen do

Wind top. No jogo so apresentadas cinco imagens, onde devemos tocar no objeto que corresponde ao que o narrador est solicitando (figura 4). O jogo no est traduzido para o portugus e, por isso, pode ser usado como uma ferramenta para ensinar um pouco de ingls s crianas.

Testes

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Usamos algumas ferramentas sintticas para a avaliao do equipamento. Alm disso, fizemos algumas simulaes de situaes reais que este computador suportar no seu uso rotineiro e medies de consumo de energia. Para primeira etapa, escolhemos os aplicativos da Futuremark como ferramentas de benchmark para avaliar o AE1900 da MSI. Os resultados podem ser conferidos na figura 5. A primeira barra da figura se refere ao software PCMark 2005. Este software faz simulaes de uso cotidiano para um PC e avalia a velocidade de navegao em sites, alm de visualizao de filmes. A pontuao de quase 1700 pontos indica

Sequncia de F5. benchmarks sintticos desenvolvidos pela Futuremark, onde avaliamos o desempenho deste equipamento desde funes simples, como navegao, at jogos 3D.

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Uso da CPU durante a exi- F6. bio da animao Big Buck Bunny em alta definio em vrias resolues.

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teste com o software de compactao 7-Zip, que possui internamente um benchmark para o processador com suporte a multi-threads. Comparamos o Atom 230 com alguns processadores antigos que so facilmente encontrados em computadores de escritrios e residncias. A figura 7 nos mostra que, apesar de ter um desempenho fraco, ele pode ser usado e com a vantagem de ter um consumo de energia muito menor. Para computadores que no precisam de muito desempenho, os processadores Atom mostram para que finalidade vieram e que possvel ter um bom desempenho com baixo consumo de energia para determinadas funes. A tabela 2 indica o consumo do Wind Top AE1900. O conjunto Intel Atom, monitor de LCD e componentes de baixo consumo produzem um bom resultado quando o assunto economia de energia eltrica. O consumo mximo do equipamento no chega a 50 W.

Infelizmente, ele no pode ser classificado como uma verdadeira central multimdia, devido ao seu fraco poder de processamento, principalmente para decodificao de vdeos em alta definio. Em contrapartida, o seu consumo de energia, tamanho fsico, beleza e muitos perifricos integrados o transformam em um bom computador no formato tudo-em-um para as pessoas que no precisam deste alto poder de processamento.

E a sua tela touchscreen, para pessoas que procuram uma nova forma de interagir com o computador ou acham muito complicado usar o conjunto teclado/mouse para intermediar suas aes, ser muito bem aceita. O preo sugerido deste produto para venda de R$ 1.899,00, e ser distribudo por grandes revendas em todo o territrio PC nacional.

Desempenho F7. do processador Atom 230 com o software de compactao 7-Zip, sendo comparado com outros processadores.

Concluso

Os nmeros de produtos all-in-one esto ganhando fora no mercado brasileiro. Conseguimos encontrar desde produtos simples at centrais de entretenimento. O Wind TOP AE1900, analisado neste artigo, tem suas peculiaridades que o destacam entre outros.
Consumo
Consumo mdio Consumo mximo 40 W 49 W

T2. Ponto positivo do Wind Top: seu baixo consumo devido ao monitor de LCD e seu processador Atom eficiente energeticamente.

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para os Monitores
Novas Interfaces
A forma de conexo dos monitores com os computadores pessoais vem sofrendo rpidas mudanas. Conhea mais sobre as novas interfaces. t no muito tempo atrs as interfaces entre computadores e monitores se resumiam aos conectores VGA e DVI, sendo que o DVI se restringia a equipamentos intermedirios e topo de linha. Recentemente, dois novos integrantes se juntaram a esse grupo, o HDMI e o DisplayPort. Esses novos formatos esto sendo incorporados rapidamente s placas de vdeo de desktops e tambm aos notebooks e netbooks. Mais do que isso, esses novos formatos no vieram apenas complementar: novos equipamentos, mesmo de baixo custo, j esto trazendo apenas as novas interfaces. Por exemplo, o netbook Dell Mini 10 abandonou a porta VGA e oferece apenas uma porta HDMI. Os equipamentos da Apple abandonaram o DVI e agora trazem uma porta DisplayPort. Os monitores tambm mudaram de perfil. Se antes se restringiam a exibir a sada de vdeo do computador, novos modelos agregam diversos recursos, como entradas de vdeo composto, S-Video e componente, vrios conectores HDMI, som estreo de alta qualidade e at sintonizadores de televiso. Modelos com essas caractersticas so chamados pelos fabricantes de monitores multifuncionais. Com tantos recursos, o monitor sofreu um

reposicionamento, passando a ser utilizado tambm para ligar o videogame, o DVD Player ou pra ver as fotos da cmera digital via cabo A/V.

Interfaces de Vdeo

Para entender melhor essa mudana, necessrio conhecer mais detalhadamente cada uma das interfaces. Vamos a elas. VGA (Video Graphics Array) O formato VGA foi criado pela IBM e seu uso remonta a 1987, sendo um dos padres mais antigos ainda em uso nos computadores pessoais. O sinal analgico, convertido na placa de vdeo utilizando um componente chamado RAMDAC (RAM Digital to Analog Converter). Essa forma de transmisso era adequada aos monitores analgicos existentes na dcada de 80. No final da dcada de 90, com o advento dos monitores digitais, criou-se uma situao curiosa em que os dados so gerados digitalmente na placa de vdeo, convertidos para serem transmitidos de maneira analgica e novamente convertidos para o formato digital no monitor. A transmisso feita em 3 canais distintos, cada um transmitindo um componente de cor RGB (Red, Green e Blue), um pixel de cada vez. Seu conector pode ser visto na figura 1.

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Bacharel em Cincia da Computao e mestrando em virtualizao e sistemas multicore pela UFSCar. Entusiasta nas reas de desenvolvimento, sistemas operacionais e infra-estrutura.

Diego P. Vivencio

F1. Conector VGA

F2. Conector DVI

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DVI (Digital Visual Interface) O DVI foi criado em 1999, com foco nos monitores LCD e projetores digitais. Por esse motivo, seu principal meio de transmisso digital. Apesar disso, o conector DVI (figura 2) pode transmitir sinal analgico, compatvel com o padro VGA. o nico formato amplamente adotado que combina em um mesmo conector sadas digital e analgica. A transmisso digital tambm emprega canais distintos para os canais RGB. Existem trs tipos de conectores DVI diferentes, fisicamente compatveis entre si, variando no tipo de sinal transportado (figura 3). O DVI-I (Integrated) oferece os sinais digital e analgico, enquanto o DVI-D (Digital) fica restrito ao sinal digital e o DVI-A (Analog) transmite apenas a poro analgica. A sada digital do DVI capaz de transmitir at a resoluo de 1920x1200 pixels, com uma taxa de atualizao de 60 Hz. Resolues mais altas exigem a utilizao de dois canais (Dual Link), alcanando uma resoluo de 2560x1600 com os mesmos 60 Hz. Nem todos os conectores e cabos oferecem a infraestrutura necessria para o segundo link. HDMI (High-Definition Multimedia Interface) O HDMI (figura 4) foi criado em 2002 com o objetivo de ser uma interface capaz de transmitir contedo em alta definio para dispositivos eletrnicos em geral. Alm do sinal de vdeo, foi adicionada a capacidade de transmisso de adio. A transmisso do sinal de vdeo foi baseada na poro digital do DVI, sendo possvel converter uma sada HDMI em

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Pinagens pos- F3. sveis em um conector DVI

DVI-D Single Link e tambm o oposto empregando um adaptador passivo (figura 5), porm abrindo mo da transmisso de udio. Voc pode ver mais sobre o conversor no Box 1.

Box 1: Conversores Ativos e Passivos


Existem duas categorias de conversores de sinal, os ativos e os passivos. Os passivos so utilizados quando o sinal necessrio j transmitido, mas o conector no compatvel. o caso do adaptador DVI-I para VGA: os sinais j esto l, mas a pinagem fisicamente diferente. J conversores ativos efetivamente traduzem um tipo de sinal em outro, como nos conversores ativos DisplayPort para HDMI, que traduzem a transmisso em micropacotes para a transmisso por canais de cor do HDMI. preciso tomar cuidado com alguns detalhes. Por exemplo, um adaptador HDMI para DVI Single Link passivo, porm um adaptador para DVI Dual Link dever ser ativo, pois ter que distribuir a transmisso que ocorre em um clock mais alto no HDMI para os dois canais DVI.
Conector HDMI F4.

Adaptador F5. DVI - HDMI da Belkin

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Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br A gama de dispositivos que oferecem suporte a HDMI abrange muito mais do que monitores e computadores. Atualmente est presente em televisores LCD e plasma, reprodutores Blu-Ray, videogames, cmeras digitais compactas e profissionais. Nos computadores pessoais, atualmente uma parcela razovel dos desktops, notebooks e netbooks oferecem uma sada HDMI (Box 2). A maioria dos equipamentos traz o logotipo do HDMI (figura 6), pois o custo de licenciamento por aparelho diminui para um tero do valor com a simples incluso do logotipo em local visvel. O fabricante economiza. Dada a variedade de equipamentos que o empregam, o HDMI incluiu tambm recursos que no so explorados em monitores. Um deles o CEC (Consumer Electronics Control), um barramento que permite que um nico controle remoto possa gerenciar mltiplos dispositivos interligados. Alm disso, com o CEC possvel que um equipamento controle outro, permitindo, por exemplo, que, ao desligar o televisor o reprodutor Blu-Ray e o Home Theater tambm sejam desligados. DisplayPort (DP) Foi proposto pela VESA (Video Electronics Standards Association) em 2006 como formato de sada digital padro para monitores (figura 7). No possui compatibilidade direta com formatos anteriores, como o VGA e DVI. Uma de suas caractersticas mais alardeadas ser um formato livre de licenciamento (royalty-free), ao contrrio do HDMI (veja Box 3). Ao invs de transmitir os canais de cor como nos antecessores, a transmisso baseada em micropacotes de dados, modelo j adotado em barramentos como o PCIExpress e o HyperTransport. Essa tcnica de transmisso oferece duas vantagens. A primeira ser mais flexvel, facilitando a adio de novos recursos sem a quebra de compatibilidade. A outra uma maior imunidade a interferncias externas e internas, que permite a utilizao de cabos mais finos e alcanar maiores distncias sem a necessidade de repetidores ou amplificadores de sinal. Por ser mais recente, ainda no existe uma grande adoo por parte dos fabricantes de monitores. J existem placas-me e placas de vdeo com sadas DisplayPort, enquanto a oferta de monitores restrita a modelos topo de linha e profissionais. Uma das poucas empresas com apoio massivo a Apple, que vem adotando o padro em toda linha de produtos. A Dell tambm oferece equipamentos com suporte, mas restritos aos notebooks, workstations e monitores topo de linha. Devido a essa baixa penetrao inicial, uma alternativa que a VESA encontrou para popularizar o formato foi criar o DisplayPort MultiMode (DP++), identificado pelo logotipo visto na figura 8. Placas com conectores nesse formato detectam

Hardware
o formato de sada e podem transmitir no formato DVI (Single Link) ou HDMI, sendo necessrio um adaptador passivo (tambm explicado no Box 1). Quando esse recurso no est disponvel, a alternativa utilizar adaptadores ativos, que podem inclusive fornecer uma sada VGA ou DVI Dual Link. As principais caractersticas de cada formato esto condensadas na tabela 1. Essas informaes se referem aos formatos mais difundidos atualmente. Tanto o HDMI quanto o DisplayPort tm verses mais recentes, que ainda no chegaram ao mercado.

F6. Logotipo do HDMI 57

Box 2: Mini Conectores


Conectores mais compactos so necessrios para permitir a incluso em aparelhos mais compactos, como notebooks, tablets, cmeras digitais, telefones celulares e reprodutores portteis de mdia. A Apple chegou a criar verses mini-DVI e micro-DVI para equipar seus notebooks, mas eram restritas aos seus equipamentos. O HDMI, que j um conector muito menor que o DVI, adicionou uma verso mini-HDMI na reviso 1.3 e um conector micro-HDMI na reviso 1.4 (figura A). O DisplayPort no possua nenhuma verso mais compacta, mas na verso 1.1a foi includo como parte do padro o Mini-DisplayPort, desenvolvido originalmente pela Apple (figura B). Esses miniconectores integram todas as funcionalidades do conectores de tamanho padro, exceto pelo Micro-DVI, que se restringe a transmitir a poro digital do sinal DVI (DVI-D).

FA. De cima para baixo, conector HDMI e suas verses Mini-HDMI e Micro-HDMI

FB. Conector Mini DisplayPort. Compare com o conector USB esquertda.

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Hardware

Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br USB, e depois conectar ao PC utilizando apenas o cabo DisplayPort. Apesar da adio de tantos recursos, os conectores e cabos dos dois padres permaneceram os mesmos, com exceo do suporte a Ethernet no HDMI, que exige novos cabos, pois foi necessrio adicionar um novo canal de dados. Nota-se que o HDMI est chegando perto de seu limite tcnico, o que pode ser observado na baixa taxa de atualizao em altas resolues ou na necessidade de um novo cabo para

O que vem por a?

58

O HDMI 1.4 adicionou suporte a um canal Fast Ethernet (100 Mbps) para que os dispositivos que necessitam de conectividade possam faz-lo atravs do HDMI e no mais atravs de meios prprios, simplificando a instalao, configurao e tambm reduzindo custos, pois agora apenas um equipamento precisa estar conectado Internet (figura 9). Uma nova caracterstica a presena de um canal de retorno de udio, que poderia ser utilizado por exemplo para salvar marcas de voz em contedos armazenados em um Media Center. Foi includo tambm o suporte a 3D para resoluo FullHD (1920x1080) e a capacidade de atingir resolues mais altas, porm com menor taxa de atualizao, como a resoluo de 3840x2160 a 30 Hz ou 4096x2160 a apenas 24 Hz (veja mais sobre estas resolues no Box 4). A verso 1.2 do DisplayPort tambm trouxe diversas melhorias. A primeira delas que a velocidade do barramento dobrou, atingindo 21,6 Gbps. Com toda essa banda, possvel alcanar resolues to altas quanto 3840x2400 a 60 Hz ou uma resoluo 3D de 2560x1600 a 120 Hz. Outra forma de aproveitar esse aumento foi permitir a transmisso de mltiplos fluxos de udio e vdeo atravs do mesmo cabo, como quatro transmisses simultneas a 1920x1200 a 60 Hz com udio independente. Esse recurso especialmente interessante para notebooks, que por restrio de espao tipicamente oferecem apenas uma sada para monitor adicional. O canal de comunicao entre dispositivos, que antes era limitado a 1 Mbps, foi aumentado para 720 Mbps, agregando suporte a trfego USB 2.0 e um canal Fast Ethernet. O suporte a USB muito interessante para monitores, pois permite ligar mouse, teclados, webcam e outros acessrios diretamente no monitor, atravs de um hub
VersoAtual Lanamento TipodeTransmisso FormatodeTransmisso ResoluoMxima(a60Hz) Transmissodeudio ProteodeContedo CompatibilidadeDireta

F7. Conector DisplayPort

F8. LogotipoDisplayPort Multi-Mode

Box 3: Licenciamento de Formatos


Umadasprincipaiscrticasfeitas aoHDMIofatodeleterumcusto delicenciamento,aocontrriodo DisplayPort.Osvalorescobrados paragrandesfabricantessodezmil dlaresanuais,maiscincocentavos dedlarporaparelho(valorque triplicaseofabricanteoptarporno incluirologotipoHDMInoaparelho), caindoparaquatrocentavoscaso sejalicenciadoosuporteeproteo decontedo(HDCP).Considerando-seaproduodecentenas demilharesoumesmomilhesde equipamentos,equemesmouma cmeradigitaldeentradanocusta menosdeoitentadlares,ovalor dolicenciamentoporequipamento acabasendoirrisrio. Proteo de Contedo: HDCP e DPCP Comoformadeconterapirataria atravsdacapturadosinaldealta DVI
1.0 1999 AnalgicaeDigital CanaisdeCor 1920x1200(SingleLink) 2560x1600(DualLink) No Sim(HDCP) VGAeHDMI(semudio)

definio transmitido para televisoresemonitores,apartir doDVIexistesuporteaproteo decontedo,atravsdoHDCP (High-bandwidth Digital Content Protection).Nessecaso,osinalde imagemtransmitidoencriptado peloreprodutor,cabendoaomonitordecriptardeformaaexibira imagemcorretamente.Paracada quadrodaimagemutilizada uma nova chave, dificultando a tentativadequebrarocdigo compropsitosilcitos.Paraqueo HDCPfuncione,tantooreprodutorquantoomonitordevem oferecersuporte,casocontrrio nenhumaimagemserexibida. ODisplayPorttentouincluirum novopadrodeproteode contedo,oDPCP(DisplayPort Content Protection),masapartir daverso1.1foiincludosuporte tambmaoHDCP. DisplayPort
1.1a 2006 Digital Micro-Pacotes 2560x1600 Sim Sim(DPCPeHDCP) HDMIeDVI(DP++)

VGA
1.0 1987 Analgica CanaisdeCor 2048x1536 No No No

HDMI
1.3 2002 Digital CanaisdeCor 2560x1600 Sim Sim(HDCP) DVI-D(semudio)

T1. Comparativodosformatos

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Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br adicionar conectividade de rede. Enquanto isso, o DisplayPort 1.2 propicia altas taxa de atualizao em alta resoluo, suporte multimonitor e trfego de rede e USB 2.0 sem a necessidade de novos cabos. Grande parte disso se deve ao seu modelo de transmisso de dados, baseado em micropacotes e muito mais extensvel.

Hardware

Concluso

Nos encontramos em um momento de transio nas interfaces para monitores. De um lado, o tradicional VGA vem sendo lentamente abandonado em novos equipamentos, enquanto o HDMI vem ganhando mais fora a cada dia. Sua compatibilidade com o DVI do lado dos computadores e o fato de j ser o padro de interconexo digital de alta definio para televisores, videogames e reprodutores Blu-Ray propiciam uma adoo em larga escala, atingindo computadores e

F9. Ethernet via HDMI simplifica a instalao

monitores, que originalmente no eram equipamentos alvos do HDMI. O DisplayPort promete muito, mas ainda no deslanchou. pouco encontrado nas placas de vdeo e a oferta de monitores com suporte pequena, restrita a modelos topos de linha. Tecnicamente o formato mais avanado, e no demonstra ter chegado ao limite, ao contrrio do HDMI. Se nos computadores a popularidade ainda baixa, no mundo Mac

o DisplayPort o padro adotado em todos os equipamentos recentes. Considerando esses fatos, ao adquirir seu prximo monitor, analise com ateno a opo por um modelo com HDMI, ou pelo menos com interface DVI, que pode ser ligada a sadas HDMI com um conversor. Se a compatibilidade com a plataforma Apple for importante, no pense em desPC cartar o suporte ao DisplayPort.

Box 4: Formatos de Alta Definio (HD)


Os formatos de alta definio, tambm conhecidos pela sigla em ingls HD (de High Definition), so as resolues que foram definidas como padro para transmisso de contedo digital. O formato HD, tambm conhecido como 720p, possui resoluo de 1280x720 pixels. J o FullHD (1080i/p) atinge 1920x1080 pixels. Existem tambm o QuadHD, que alcana incrveis 3840x2160 pixels, mas ainda no adotado comercialmente. Uma comparao entre eles pode ser vista na figura C.
Comparativo entre as FC. resolues HD 59

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Hardware

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Interface

DisplayPort
da vesa
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No interesse de criar uma interface digital baseada em padres abertos, royalty-free e capaz de operar como interface externa e interna, um grupo de fabricantes desenvolveu o padro DisplayPort que foi proposto VESA (Video Electronics Standards Association) e que comea a ser encontrado em placas-me e placas de vdeo, alm de notebooks. Fisicamente, o conector DVI muito grande para notebooks. Em termos funcionais, a resoluo e profundidade de cores suportadas so fixas, alm de que, os nveis de tenso necessrios no permitem sua integrao em pastilhas de silcio de tecnologias mais novas. Adicionalmente, a necessidade da presena de sinal de clock introduz interferncia eletromagntica. Os novos displays de alto desempenho no so suportados pelo padro DVI de canal simples, e em muitos casos, nem por canais duplos.

O
Formado em Engenharia Eltrica, possui 24 anos de experincia no desenvolvimento de projetos em hardware e atualmente compe a equipe de redatores da revista.

Roberto Luiz R. Cunha

padro de interface DisplayPort foi criado para substituir o padro proprietrio DVI (Digital Visual Interface), usado entre computadores e monitores digitais, assim como a antiga interface LVDS (Low-Voltage Differential Signaling), utilizada internamente em notebooks, monitores e conexes entre LCDs e seus controladores. A verso atual do DVI no pode ser atualizada, e suas dimenses fsicas, funcionalidades e custo inibem sua aplicao.

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Hardware

Main Link ou canal principal

Estrutura do link DisplayPort

Eles apresentam caractersticas que incluem: Resolues maiores como QXGA (2048 x 1536 pixels). Painis LCD de cores sequenciais, que requerem maiores frequncias e larguras de banda. Essa tecnologia elimina a necessidade de filtros coloridos que diminuem o brilho do display, resultando em imagens mais brilhantes e vvidas. Profundidade de cor de 30 bpp (bits-per-pixel). Mltiplos streams de dados em um cabo simples em aplicaes PIP (picture-in-picture). Alta largura de banda para udio sem perdas (lossless).

Um link DisplayPort consiste de um canal principal (Main Link), um canal auxiliar (AUX) e um canal de deteco ou HPD (Hot Plug Detect). O canal principal unidirecional, com alta largura de banda e baixa latncia e usado para o transporte de streams sincronizados, como vdeo e udio sem compresso. O canal auxiliar bidirecional, half-duplex, usado para gerenciamento e controle de dispositivos. O sinal HPD tambm utilizado para requisio de interrupes pelo dispositivo secundrio. O diagrama do link DisplayPort pode ser visto na figura 1. Adicionalmente, o conector DisplayPort apresenta um pino de energia para alimentao de um outro equipamento.

O canal principal consiste de pares diferenciais com acoplamento AC e terminao dupla. O acoplamento AC permite que dispositivos transmissores e receptores conectados atravs de um link DisplayPort possuam diferentes nveis de tenso de modo comum. As duas taxas suportadas por par diferencial so: 2,7 Gbps e 1,62 Gbps. A taxa do link obtida da taxa de pixels, que regenerada a partir do clock de dados. A taxa do link, que ser ajustada para 2,7 ou 1,62 Gbps, escolhida de acordo com as capacidades do transmissor e receptor e a qualidade do cabo utilizado. O quantidade de pares do link principal poder ser 1, 2 ou 4. O nmero de pares obtido a partir da profundidade de bits por pixel (bpp) e da quantidade de bits por componente (bpc). O bpc poder ser 6, 8, 10, 12 ou 16 e so suportados para os formatos colorimtricos RGB e YCbCr444/422, independente do nmero de pares suportados. Os dispositivos DisplayPort devem poder trocar livremente profundidade de bits por pixel com resoluo e taxa de quadros dentro da banda disponvel para um stream de dados. Em todos os pares trafegam dados, isto , no existe um canal dedicado ao clock. O clock extrado do fluxo de dados e codificado no padro ANSI8B/10B. Aos dispositivos transmissor e receptor permitido o uso da mnima quantidade de pares necessrios para a aplicao, por exemplo, um dispositivo que suporte dois pares deve permitir a utilizao de um ou dois pares; um dispositivo que suporte quatro pares deve permitir a utilizao de um, dois ou quatro pares. O cabo externo de conexo deve possuir os quatro pares para a maior interoperabilidade entre dispositivos.

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F1. Blocos de um link DisplayPort

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Hardware
Excluindo 20% de overhead, um link Displayport fornece as larguras de banda mostradas na tabela 1. Durante os perodos de apagamento horizontal e vertical do vdeo principal, pacotes de dados de udio e outros dados secundrios podem ser transmitidos. A maior largura de banda esperada para udio ser de 6 MB/s, aproximadamente (192 kS/s x 32 bits/s x 8 canais). Pode ser observada na tabela 2 uma comparao entre o padro DisplayPort e os outros padres de interface digitais utilizados em aplicaes de computadores.

Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br Os blocos Link e Stream Policy Makers gerenciam o link e o fluxo de dados, respectivamente. Como eles so implementados (mquinas de estado, firmware ou software do sistema) depende do projeto do equipamento. Abaixo dos blocos Policy Makers e Stream Source/Sink esto as camadas de Link e Physical. taxa de pacotes e nvel de corrente/equalizao adequados atravs de uma operao de handshaking entre o transmissor e o receptor, via canal AUX CH. Durante a operao normal, o dispositivo Sink poder notificar alteraes no link, como perda de sincronizao por exemplo, atravs do chaveamento do sinal HPD, solicitando uma interrupo. Neste ponto, o dispositivo Source ir verificar o status do link atravs do canal AUX CH e tomar as medidas necessrias para corrigir o problema.

Camada Link

Arquitetura do padro DisplayPort

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O diagrama da figura 2 apresenta a arquitetura modular em camadas utilizada pelo padro DisplayPort . No diagrama, o bloco DPCD (DisplayPort Configuration Data) descreve as caractersticas do receptor, assim como o EDID descreve as do dispositivo. Alm disso, DPCD armazena as informaes sobre o status do link, como exemplo, se o link est sincronizado ou no.
2,7 Gbps 1 par 2 pares 4 pares 270 MB/s 540 MB/s 1080 MB/s 1,62 Gbps 162 MB/s 324 MB/s 648MB/s

A camada de Link fornece os servios de transporte iscrono, alm dos demais servios necessrios para o link e para o dispositivo. Servios de transporte iscrono no dispositivo Source mapeiam os fluxos de vdeo e udio para o Main Link seguindo um conjunto de regras, de forma que os fluxos possam ser adequadamente reconstrudos em seu formato original e base de tempo pelo dispositivo Sink.

Camada fsica

Servios de Link e dispositivos

T1. Larguras de banda disponveis para links de 2,7 e 1,62 Gbps


DisplayPort N de pares diferenciais

Os servios de link so usados para deteco, configurao e manuteno do link atravs do acesso ao DPCD via canal AUX CH. Aps a deteco, o dispositivo Source faz a leitura das caractersticas do dispositivo Sink e configura o link atravs do servio Link Training. Um nmero apropriado de pares ser habilitado com uma

A camada fsica se divide em dois subblocos: lgico e eltrico. O sub-bloco lgico trata o embaralhamento/desembaralhamento (scrambling/ de-scrambling) dos dados do link principal e da codificao/decodificao, usando os padres ANSI8B/10B para o link principal e Manchester II para o canal AUX CH. O sub-bloco eltrico cuida da operao SERDES (serialization/de-serialization), controle de corrente para os pares diferenciais e controle de pr-nfase e equalizao do link principal. A ausncia de um canal de clock e o baixo nmero de pares ativos ajudam a reduzir os problemas de interferncia eletromagntica (EMI). Em adio, o uso de embaralhamento de dados antes

LVDS 4 pares para 18bpp link simples 10 pares para 24bpp link duplo 1 e 2 pares de clock respectivamente

DVI 4 pares com link simples 7 pares com link duplo 1 par para clock 4 pares 7 pares no aplicvel ou dois cabos At 1,65 Gbits/s

1, 2 ou 4 pares (sem linha de clock)

P/ 1680 x 1050 @ 18bpp P/ 1600 x 1200 @ 30bpp P/ 2048 x 1536 @ 36bpp Taxa de bits/par

1 par 2 pares 4 pares 2,7 Gbits/s, com taxa fixa 1,62 Gbits/s como opo

4 pares 12 pares 14 pares At 0,945 Gbits/s

Capacidade total bruta para 4 pares diferenciais Acoplamento AC para migrao de processo tecnolgico Suporte a udio Canais auxiliares Codificao Proteo de contedo Protocolo Conexo interna Controle das especificaes

10,8 Gbits/s Sim Sim 1 Mbits/s com 500us mximo de latncia ANSI8B/10B DPCP da Philips (opcional) Baseado em Micro-Packets Includa na primeira verso da especificaco VESA

2,835 Gbits/s No No No No No Padro atual para notebooks ANSI

4,95 Gbits/s No No DDC, sem limite de latncia TMDS (proprietria) HDCP (opcional) No Digital Display Working Group (dissolvido)

Video raster analgico digitalizado e serializado Video raster analgico digitalizado e serializado

T2. Comparao entre padres digitais

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Hardware

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F2. Estrutura em camadas usada pelo DisplayPort

da codificao ANSI8B/10B elimina o padro fixo de bits em srie, reduzindo a EMI quando da transmisso de um fluxo de dados com uma imagem parada (um exemplo o padro de letras H preenchendo a tela, que utilizado para testes de interferncia eletromagntica). O conector DisplayPort para ligaes externas pode ser visto na figura 3 e compacto o suficiente para ser utilizado em um bracket PCI-e ou ser montado na lateral de um PC notebook, mesmo em modelos ultra-slim. Um pino de energia tambm est disponvel com uma tenso na faixa de +5 at +12 V e uma corrente mnima de 500 mA. Esse pino servir para alimentao de um repetidor ou conversor, permitindo o aumento da extenso til de um cabo ou interoperabilidade com disposi-

tivos legados. Um conector para conexes internas tambm foi desenvolvido.

Concluso

O padro DisplayPort foi criado para atender as necessidades crescentes por largura de banda em conexes digitais em

equipamentos de vdeo e udio e displays, reduo do volume e peso dos conectores e custo das conexes tradicionalmente utilizadas: LVDS e DVI. Outro motivo para a sua criao a reduo do (alto) custo de licenciamento para o uso de padres proprietrios como o DVI e o HDMI. PC

Ilustrao do conector DisplayPort F3. para conexes externas

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Redes

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ITIL:
neste artigo.
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A Arte da Guerra Moderna


Brener Sena Srgio C. Jnior

O sucesso de uma empresa se estabelece j na etapa de planejamento inicial. Uma das leituras obrigatrias para qualquer administrador a obra A Arte da Guerra, de Sun Tzu. Para a rea de TI este livro pode ser substitudo por outro manual de boas prticas, mais recente, o ITIL, que apresentamos

bservamos que a rea de TI no mais um provedor de tecnologia, ela j uma parceira de negcios. Atualmente, no mais possvel que as empresas tenham lucro significativo sem os recursos e a estratgia da TI que um diferencial competitivo. Sendo assim, a Tecnologia da Informao ganhou mais responsabilidade e, com isso, mais desafios. E com esse cenrio de constantes mudanas, foram desenvolvidos frameworks para ajudar a TI a atingir as metas do negcio, buscando a otimizao dos processos e reduo de riscos e custos. Nesse intuito, surge uma ferramenta para nos auxiliar: a ITIL (Information Technology Infrastructure Library).

Histria

Criada no final de 1980 pela secretaria do comrcio ingls, a OGC (Office of Government Commerce), a partir de pesquisas realizadas por consultores, especialistas e doutores para desenvolver melhores prticas para a gesto da rea de TI nas empresas privadas e pblicas, a ITIL (em portugus, Biblioteca de Infraestrutura de Tecnologia da Informao) define um conjunto de melhores prticas do setor. o modelo mais aceito mundialmente como referncia para gerenciamento de processos de TI. Desde o incio, ela foi uma estrutura de domnio pblico, ou seja, todos podem
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comprar os livros e adotar as prticas do ITIL. No comeo do ano de 1990, a ITIL foi reconhecida como um modelo-padro de gerenciamento de servios de TI. Nos ltimos anos, as pesquisas apontam uma adoo ampla dessa referncia no mundo. No Brasil, a ITIL comeou a ter uma maior adoo a partir de 2004 e, atualmente, existem corporaes com os processos da ITIL implementados com vrios cases de sucesso. Hoje, ela no mais um modismo, como acontece com vrias ferramentas e metodologias de TI, pois, em dezembro de 2005, foi lanando o padro ISO 20000 baseado nos processos de ITIL para gerenciamento dos servios de TI. No Brasil, j existem empresas com a certificao ISO 20000 e a tendncia que muitas outras ainda obtenham essa certificao por ser vista como diferencial competitivo. Em meados de 2007, o lanamento da ITIL v3 marca outro ponto importante na histria dessa ferramenta.

demanda dos servios, aumentando assim a eficcia, eficincia e agilidade no fluxo de trabalho. Com o aumento da dependncia da TI, os processos da ITIL iro ajudar a reduzir os riscos dos negcios, como por exemplo, a indisponibilidade de um servio fundamental para a sua sobrevivncia. A ITIL tambm define as atividades de entrada e sada de cada um dos processos encontrados em uma organizao de TI. No h um padro a ser adotado, ou seja, no existe receita pronta. Ela no um modelo e sim uma referncia comprovada, tornado-se assim flexvel, dependendo da organizao e dos processos que essa necessita. O foco est em sugestes que foram provadas na prtica.

Organizaes envolvidas com a ITIL

A figura 1 apresenta as organizaes que esto envolvidas na manuteno e disseminao da ITIL. OGC (Antigo CCTA) A ITIL era originalmente um produto da CCTA, que era a Agncia de Processamento de Dados e Telecomunicaes do governo britnico. No dia 1 abril de 2001, a CCTA foi fundida com o OGC (Office of Government Commerce) que agora o novo proprietrio da ITIL. O objetivo do OGC ajudar seus clientes no setor pblico britnico a atualizarem suas atividades

Objetivos

A adoo da ITIL tem como objetivo reduzir custos com os processos de TI para as empresas, evitar a reincidncia de problemas e diminuir os prejuzos com mudanas mal planejadas, alm de desenvolver um controle financeiro eficaz. Contribui tambm para o aumento da disponibilidade dos recursos, dimensionando corretamente a capacidade da

Edio Gratuita. Download em www.revistapcecia.com.br de procurement (licitaes) e melhorarem seus servios fazendo o melhor uso possvel da TI e de outros instrumentos. O OGC promove o uso das melhores prticas em muitas reas, por exemplo, gesto de projetos, procurement e gerenciamento de servios em TI, e tambm publica diversas sries de livros escritos por especialistas britnicos e outros internacionais de vrias empresas. A Biblioteca consiste em um nmero claro de Cdigos de Prticas para promover e fornecer servios em TI de forma eficiente e eficaz. ITSMF O Frum de Gerenciamento de Servios de Tecnologia da Informao (ITSMF), originalmente ficou conhecido como o frum do Gerenciamento em Infraestrutura de TI (ITIMF) e foi criado no Reino Unido em 1991, seguido pelo ITSMF holands, criado em 1993. Em 2001, o ITSMF teve mais de 500 empresas como membros, entre fornecedores e grupos de usurios. Atualmente existem outros chapters do ITSMF em vrios pases tais como frica do Sul, Blgica, Alemanha, ustria, Sua, EUA, Austrlia e Brasil que participam do grupo internacional do frum. O ITSMF promove a troca de informao e experincias que permitem s organizaes melhorarem os servios que fornecem, alm de organizar congressos, encontros especiais, e outros eventos sobre assuntos ligados a Gerenciamento de Servios em TI. Os associados contribuem tambm ao desenvolvimento do assunto. A associao publica um boletim de notcias e fornece um site com informaes sobre suas atividades, confira no link: http://www.itsmfi.org/. EXIN e ISEB O Examination Institute for Information Science (EXIN) e o Information Systems Examinations Board (ISEB), desenvolveram uma certificao profissional para a ITIL, feita em cooperao com o OGC e o ITSMF. Ambas so organizaes sem fins lucrativos que cooperam para oferecer uma escala de qualificao ITIL. V2 em trs nveis: Foundation Practitioner Manager V3 em quatro nveis: Foundation em IT Service Management Intermediate Level Expert Certificate Master Qualification O sistema de certificao baseado nas exigncias para cumprir o papel relevante dentro de uma organizao de TI. Para datar, os certificados foram concedidos para mais 170.000 profissionais de TI em mais 30 pases. APMG Com o lanamento da ITIL v3 no incio de 2007, surge a figura de uma nova entidade. A APMG passou a ser a entidade acreditadora para os prximos anos. Ela quem define os padres e fornece os exa-

Redes
mes. tambm quem acredita instrutores, materiais e provedores de treinamento sobre ITIL v3. Inicialmente, a APMG foca apenas nos materiais em idioma ingls, mas poder fornecer exames em diversos idiomas, porm as datas ainda no foram anunciadas. A ao mais recente da APMG foi acreditar o EXIN para fornecer exames de ITIL v3 em diversos idiomas, alm de servios para o mercado global.

Resumo das verses

Para a melhoria dos processos, a ITIL tem passado por atualizaes, visando a atual realidade do alinhamento da TI ao negcio. ITIL v2 No momento, a verso mais utilizada pela maioria das empresas. Baseada em processos, composta por dez livros: Suporte a Servios; Entrega de Servios; Planejando para a implementao da gesto de servios; Gesto da Infraestrutura de TI; Perspectivas de Negcio - Volumes I e II; Gesto de recursos de Software; Gesto de Aplicaes; Gesto de Segurana; ITIL Implementao em pequena escala. ITIL v3 Baseada em ciclos de vida de servios, considera o que h de melhor na verso anterior, e conta agora com cinco publicaes: Estratgia de servios; Desenho de servios; Transio de servios; Operao de servios; Melhoria contnua de servios. Apesar de mudanas na estrutura, todos os processos j definidos em uma aplicao na prtica baseados na v2, esto alinhados com os modelos definidos na v3.

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Concluso

F1. Organizaes envolvidas na manuteno e disseminao da ITIL

Se voc um profissional de TI e deseja obter qualidade, benefcios, eficincia e satisfao dos usurios, a implementao dos processos da ITIL pode servir como trampolim para o crescimento profissional e tambm pode acarretar ganho potencialmente significativo para os negcios, agrePC gando a valorizao do setor de TI.
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Opinio

O
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ano de 2010 comeou muito promissor para o Brasil de um modo geral e para os mercados de TI e Telecom em particular. Driblamos a crise com maestria, o nmero de lares equipados com PCs continuou em rota de crescimento, e empresas e governos retomaram seus planos de investimento com fora total. O governo federal renovou a Lei do Bem, o que acelera a inovao e a adoo de novas tecnologias pelo mercado, e agora trabalha no Plano Nacional de Banda Larga e a Banda Larga Popular. Terminamos o ano 2009 com 67,5 milhes de brasileiros acessando a Internet, de acordo com pesquisa do Ibope. J a 5 Pesquisa Sobre Uso das Tecnologias da Informao e da Comunicao no Brasil (TIC Domiclios 2009), realizada pelo CETIC.br, aponta que o nmero de lares com computadores cresceu de 25% para 32% no ano passado o computador domstico inclusive ultrapassou a LAN House como ponto de acesso para a populao. Todas essas caractersticas apontam para um crescimento bastante significativo no nmero de PCs e especialmente no nmero de brasileiros conectados Internet. Iremos trocar muitos dados pela rede em 2010, e esse nmero dever crescer exponencialmente na prxima dcada. E tudo isso muito bom para o desenvolvimento do pas, mas o mercado tambm precisa conscientizar-se dos gargalos e obstculos do caminho que leva a este cenrio ideal. Um ponto crtico neste cenrio que tem potencial de enviar para o exterior boa parte dos servios de Internet o desequilbrio entre o nmero de PCs com acesso a Internet e o nmero de servidores existentes no pas para suprir a demanda de dados. Ou seja, tm-se cada vez mais dispositivos acessando
PC&CIA # 91 # 2010

...enquanto os pases desenvolvidos possuem um servidor para cada 25 PCs, no Brasil a mdia de um servidor para cada 100 PCs...
a Internet, mas o nmero de equipamento que fornecem os contedos continua com crescimento pequeno. Apenas para fins de comparao: enquanto os pases desenvolvidos possuem um servidor para cada 25 PCs, no Brasil a mdia de um servidor para cada 100 PCs, ao passo que pases considerados emergentes, como Rssia e ndia, possuem mdia de 70 PCs por servidor. O resultado direto deste desequilbrio quando aliado a problemas na infraestrutura de telecomunicaes aparece nos acessos intermitentes, nas quedas bruscas na velocidade das conexes, em sites e servios derrubados ao menor sinal de atividade acima do normal. Outro reflexo se d na nossa capacidade de oferecer Internet de Banda Larga a uma velocidade decente, essencial para que a populao do Brasil tenha acesso aos mais modernos servios oferecidos na rede. Uma pesquisa recente da consultoria Akamai coloca o Brasil na 35 posio na velocidade mdia de banda larga, de uma lista de 45 pases, com uma velocidade mdia de 1,08 Mbps. Consideravelmente abaixo da mdia

Maurcio Ruiz Diretor para o Segmento Corporativo da Intel Brasil

mundial (1,7 Mbps) e de nossos vizinhos, como Chile (2,22 Mbps) e Colmbia (1,45 Mbps), e correspondendo a menos de 10% da velocidade mdia na Coria do Sul, que de 14,6 Mbps. Como podemos pensar no crescimento do Brasil sem rever nossa infraestrutura bsica de servios de comunicao e Internet? Est na hora do pas repensar essa estrutura e comear a investir de forma inteligente para melhorar a disponibilidade dos servios e conexes, caso contrrio o Brasil Digital que queremos no vir a se concretizar. Perderemos competitividade frente aos demais pases emergentes e uma grande oportunidade para a educao, a cultura e os negcios no pas. Portanto, j comeou a contagem regressiva para que o Brasil trabalhe esta questo e no se veja em um beco sem sada digital. O aquecimento vir neste ano, durante a Copa de 2010 que dever ser acompanhada online pela primeira vez por vrios apaixonados pelo futebol e tambm com as primeiras eleies com campanhas no mundo virtual. A prova dos nove acontecer dentro de poucos anos, com a Copa de 2014 e as Olimpadas de 2016. Em outras palavras, temos menos de meia dcada para absorver todos os novos milhes de brasileiros utilizando banda larga, resolver os gargalos na infraestrutura de comunicao e oferecer uma experincia online de qualidade para todos os cidados do mundo que iro acompanhar esses grandes eventos. PC

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