Declaração de Princípios Sobre A Tolerância
Declaração de Princípios Sobre A Tolerância
Declaração de Princípios Sobre A Tolerância
Preâmbulo
Tendo presente que a carta das Nações Unidas declara “Nós, os povos das Nações
Unidas, decididos a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra,... a
reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor da pessoa
humana,... e com tais finalidades a praticar a tolerância e a conviver em paz como
bons vizinhos”,
Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz – parceria UNESCO-Associação Palas Athena
Lembrando também que a Declaração Universal dos Direitos do Homem proclama
que “Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião”
(art.18), “de opinião e de expressão” (art.19) e que a educação “deve favorecer a
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos
étnicos ou religiosos” (art. 26),
1
Tendo presentes os objetivos do Terceiro Decênio da luta contra o racismo e a
discriminação racial, do Decênio Mundial para a educação no âmbito dos direitos do
homem e o Decênio Internacional das populações indígenas do mundo;
Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz – parceria UNESCO-Associação Palas Athena
Ressaltando que incumbe aos Estados membros desenvolver e fomentar o respeito
dos direitos humanos e das liberdades fundamentais de todos, sem distinção fundada
sobre a raça, o sexo, a língua, a origem nacional, a religião ou incapacidade e também
combater a intolerância,
Declaramos o seguinte:
2
poderia ser invocada para justificar lesões a esses valores
fundamentais. A tolerância deve ser praticada por indivíduos,
pelos grupos e pelo Estado.
Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz – parceria UNESCO-Associação Palas Athena
e de ser tais como são. Significa também que ninguém deve
impor suas opiniões a outrem.
3
3.1 No mundo moderno, a tolerância é mais necessária do que nunca.
Vivemos uma época marcada pela mundialização da economia e
pela aceleração da mobilidade, da comunicação, da integração e
da interdependência, das migrações e dos deslocamentos de
populações, da urbanização e da transformação das formas de
organização social. Visto que inexiste uma única parte do mundo
que não seja caracterizada pela diversidade, a intensificação da
intolerância e dos confrontos constitui ameaça potencial para
cada região. Não se trata de ameaça limitada a esse ou aquele
país, mas de ameaça universal.
Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz – parceria UNESCO-Associação Palas Athena
indiferença à expansão das ideologias e dos grupos intolerantes.
Artigo 4º - Educação
4
intolerância que expressam as causas profundas da violência e da
exclusão. As políticas e programas de educação devem contribuir
para o desenvolvimento da compreensão, da solidariedade e da
tolerância entre os indivíduos, entre os grupos étnicos, sociais,
culturais, religiosos, lingüísticos e as nações.
Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz – parceria UNESCO-Associação Palas Athena
apreciar o valor da liberdade, respeitadores da dignidade dos
seres humanos e de suas diferenças e capazes de prevenir os
conflitos ou de resolvê-los por meios não violentos.
A Conferência Geral,
Considerando que, em virtude da missão que lhe atribui seu Ato constitutivo
nos campos da educação, ciências – ciências exatas e naturais, como também sociais -
, cultura e comunicação, a UNESCO tem o deve de chamar a atenção dos Estados e
dos povos sobre os problemas ligados a todos os aspectos da questão essencial da
tolerância e da intolerância.
5
Considerando a Declaração de Princípios da UNESCO sobre a Tolerância,
proclamada em 16 de novembro de 1995,
Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz – parceria UNESCO-Associação Palas Athena
racismo, o fascismo e o anti-semitismo, e também as medidas
mais eficazes para enfrentar tais problemas;