Muros de Arrimo
Muros de Arrimo
Muros de Arrimo
Muro de arrimo misto Calcular os pilares, a viga intermediria e a viga baldrame do muro de arrimo misto indicado na figura 40. Dados: Peso especfico aparente do solo: s = 18 kN/m3 ; Angulo de atrito natural do solo: j = 30; Tenso admissvel do solo: s,adm = 1,5 kgf/cm 2 (150 kN/m2 ) ; Peso especfico do tijolo: tijolo = 18 kN/m3 Concreto: f ck = 20 MPa ; Ao: CA-50; Cobrimento das armaduras: 3cm.
No caso dos muros de arrimo mistos (concreto armado e alvenaria), so feitas as seguintes consideraes no clculo dos elementos: Os pilares so calculados como vigas em balano, ou seja, engastados na base (no baldrame) e livres no topo; dessa maneira, os pilares transferem momento toror para a viga baldrame; As vigas intermedirias so calculadas para um carregamento lateral relativo ao empuxo de terra; As vigas baldrames so calculadas para um carregamento vertical relativo ao peso da alvenaria e para a toro transferida pelos pilares.
OBSERVAO: Neste exemplo no foram feitas as verificaes de estabilidade, admitindo que estejam satisfeitas. Essas verificaes devem ser feitas de modo anlogo ao exemplo anterior.
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h = 2,0m
Ea
Figura 41 Modelo de clculo dos pilares O empuxo ativo fica: 1 1 1 Ea = K a s h 2 Ea = 18 2,02 = 12,0 kN/m 2 2 3 O momento na base do pilar fica (a distncia entre pilares 2m): h 2 M Base = Ea 2m M Base = 12 2 = 16,0 kN m 3 3 A armadura longitudinal (de trao) fica: Md 1,4 16,0 = = 0,175 KMD = 2 b w d fcd 0,25 0,192 20000 1,4 KX = 0,2913 KZ = 0,8835 KMD = 0,175 Tabela 0 c = 3,5 00 0 s = 8,5154 00
As =
Md KZ d f
=
yd
= 3,07 cm 2
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h/3
h/2
h/4 h/4
1 h P = K a s P = 18 1,02 = 6,0 kN/m2 3 2 O carregamento lateral na viga intermediria fica (a distancia entre vigas 1m): Rviga = P 1,0 = 6,0 kN/m
h/2
22 Rviga = 6 kN/m 22
2m
2m
2m
1m
VI
2m
A favor da segurana, recomenda-se que os momentos sejam calculados considerando uma srie de trechos biapoiados. Assim, tanto o momento positivo como o negativo ficam: p l 2 6,0 2,02 M viga = = = 3,0 kN m 8 8 A armadura longitudinal (de trao) fica: Md 1,4 3,0 = = 0,037 KMD = 2 b w d fcd 0,22 0,192 20000 1,4 KX = 0,0603 KZ = 0,9759 KMD = 0,04 Tabela 0 c = 0,6414 00 0 s = 10 00 Md 1,4 3,0 = = 0,52 cm 2 As = 50 KZ d f yd 0,9759 0,19 1,15 A armadura mnima dada por:
7 kN/m
2m
2m
2m
2m
8.0
8.0
8.0
8.0
8.0
8.0
8.0
8.0
c.2) Armadura de flexo (momento fletor isoladamente) A armadura de flexo, calculada para o maior momento fletor na viga (no caso o momento negativo vide diagrama), fica: Md 1,4 3,0 = 0,0072 KMD = = 2 b w d fcd 0,30 0,37 2 20000 1,4 KX = 0,0148 KZ = 0,9941 KMD = 0,01 Tabela 0 c = 0,1502 00 0 s = 10 00
As =
Md KZ d f
=
yd
= 0,27 cm 2
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20 2 VRd 2 = 0,27 v 2 f cd bw d = 0,27 1 30 37 = 393,9kN 250 1,4 onde: f v 2 = 1 - ck , com f ck em MPa. 250 VRd 2 VSd OK!
A armadura de cisalhamento (estribos verticais) dada por: A VSd = sw 0,9 d f ywd s Adotando f = 6,3mm, o espaamento entre estribos fica: 50 2 0,32 1,4 8,5 = s = 78cm 0,9 37 1,15 s No caso de vigas, deve existir sempre uma armadura transversal mnima constituda por estribos colocados em toda a sua extenso e com a seguinte taxa geomtrica: A f sw = sw 0,2 ctm bw s f ywk onde:
2 f ctm = 0,3 3 f ck (com f ck em MPa), a resistncia mdia trao do concreto.
0,3 3 202 2 0,32 0,2 s mx = 24cm 500 30 s Por metro de comprimento da viga, essa armadura fica: 100 Asw / m = (2 0,32) = 2,67cm 2 /m 24
c.4) Armadura de toro (momento toror isoladamente) Determinao da seo vazada equivalente:
he
A90 .f ywd .2 Ae .cot g TSd s A90 1120 100 = 1,90cm 2 /m 50 s 2 677 ,25 1 1,15 TRd,3 =
2 Armadura longitudinal
Asl .f ywd .2 Ae .tg TSd u 1120 2 (21,5 + 31,5) Asl = 2,02cm 2 50 2 677 ,25 1 1,15 TRd,4 =
Verificao da Toro e Cisalhamento :
VSd T + Sd 1 VRd 2 TRd 2 11,90 1120 + = 0,33 < 1 OK! 393,9 3782,93
c.5) Detalhamento das armaduras As seguintes armaduras devem, ser utilizadas no detalhamento da seo: Armadura longitudinal de flexo = 1,80cm. Armadura de cisalhamento = 2,67 + 1,90 = 4,57cm/m. Armadura longitudinal de toro = 2,02cm (distribuda em todo o contorno da seo).
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 6118:2003. Projeto de Estruturas de Concreto Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2003. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 6120:1980. Cargas para o Clculo de Estruturas de Edificaes. Rio de Janeiro: ABNT, 1980. GUERRIN, A. Tratado de Concreto Armado. So Paulo: Hemus, 2003. MOLITERNO, A. Caderno de Muros de Arrimo. 2ed. So Paulo: Editora BLUCHER, 1994.
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