Supervisão Pedagógica
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Supervisão Pedagógica
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Fim do Texto
Estágio na Escola
Maio de 2001
categorias, como nos propõem Mucchielli (1988) e Lüdke e André (1986). Utili-
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Supervisão pedagógica: Função do Orientador
de Estágio na Escola
estágio no exercício das suas funções, numa escola secundária onde funcio-
estágio?
dores de estágio?
3
Em suma, procurámos ficar mais conhecedores da forma como o orientador
supervisão com a sistemática avaliação da forma como cada actor vai evoluin-
1. Objectivos do Estudo
2 . Importância do Estudo
4
E. Stones, citado por Alarcão e Tavares (1987) e ainda por Vieira (1993),
diz que fazer supervisão é ensinar. Alarcão e Tavares (1987:34) afirmam que
mais se torna urgente que toda a comunidade escolar tome consciência de que
estágio, mas que terá que ser um trabalho longo e lento de aprendizagem e
desenvolvimento.
(art. 8). De acordo com Correia (1995:27), a escola pode "configurar espaços
te solucionados.
decisões sobre quem faz o quê, para quê, como, onde e quando" .
5
Vieira (1993), refere que em Portugal não é dado conhecimento ao pro-
ticas que deverá seguir, o que esta autora considera um mal. Sugere que deve-
todos e de cada um. Por outro lado, toda a comunidade beneficiará da presen-
identificar alguns elementos comuns de que nos falam Bogdan e Biklen (1994).
Um dos primeiros elementos é o foco nos contextos naturais como fontes direc-
entendem que as acções podem ser melhor compreendidas quando são obser-
6
O estudo efectuado é um estudo de caso, porque segundo Bell
dado que proporciona uma oportunidade para estudar, de uma forma mais ou
.". No dizer de Mucchielli (1987), o caso deve ser centrado numa única pro-
uma vez que no dizer de Barbosa o uso de meios técnicos pode inibir as pes-
soas com quem estamos a fazer investigação e desse modo alterar a realidade
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4. Fontes e Técnicas de Recolha, Tratamento e Análise de Dados
mesmo autor deverá ser planeada cuidadosamente determinando "o quê" e "o
por Lüdke e André (1986): iniciando cada registo com a indicação do dia, hora
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Segundo Lodi (1989:27), "não há método mais importante de colecta de
. ." .
observador vê.
Neste estudo, tentámos fazer o que Estrela (1990), nos refere que "é
orientadores de estágio.
dades apresentadas por Mucchielli (1988). Assim estas devem de ser exausti-
tam.
9
Propusemo-nos utilizar o que Bogdan e Biklen (1994:235), chamam a
rada zona dormitório da cidade de Lisboa, possuía largos espaços verdes, mui-
das freguesias vizinhas, devido às áreas que as escolas da área educativa ofe-
reciam.
10
Funcionavam alguns grupos de Estágio, a saber: Matemática; Portu-
sionais.
car, que a orientadora apesar da sua idade cronológica tinha pouco tempo de
11
6 - Tratamento e análise dos dados
categorias.
tágio A
Apresentamos a análise de alguns dos dados recolhidos a partir de observa-
ção que a orientadora deseja fazer ao assistir às aulas que informa, que com-
12
Quadro 1
Fre-
Frequên-
Sub- quência Sub-
Cate- cia de
Categoria cate- Indicadores de cate- Indicadores
goria ocorrên-
goria ocor- goria
cias
rências
1. Informa sobre o
♦ Resposta
tipo de avaliação
6 curta de 6
Sinais re- que faz na assis- Sinais
assentimento.
veladores tência às aulas. reve-
Estra Estra-
de orga- 2. Refere o tipo de lado- ♦ Resposta
tégia tégia
nização aula que deseja 3 res de curta de 3
de de
da infor- assistir. res- assentimento.
assis assis-
mação da posta ♦ Refere os
tên- 3. Combina com a tência
orienta- das dias possíveis
cia a estagiária para 2 a 2
dora para esta- de assistên-
aulas assistir a aulas. aulas
as esta- giá- cia.
giárias 4. Marca com as rias ♦ Resposta
estagiárias as 1 curta de 1
aulas a assistir. assentimento.
Totais: 4 12 4 12
como das estagiárias, muito embora a maioria das respostas destas últimas
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Quadro 2
Fre-
Fre- quên-
Sub-
Subca- quência Cate cia de
Categoria Indicadores cate- Indicadores
tegoria de ocor- goria ocor-
goria
rências rên-
cias
1. Deseja tomar conhe- ♦ Apresentam
cimento dos resulta- os resultados,
dos obtidos dos tes- caracterizando
3 9
tes sumativos nas os alunos com
Si-
turmas leccionadas piores resulta-
nais
Formula- pelas estagiárias. dos.
reve-
ção de ♦ A estagiária
lado-
questões e 2. Pergunta porque responde que
Sobre res Sobre
solicitação apresenta na grelha contou com
a ava- de a ava-
de infor- um número de nega- classificações
liação 2 res- liação 4
mação tivas e ao analisar as de 54% para
dos pos- dos
Da orien- classificações encon- atingir o núme-
alunos ta alunos
tadora tra outro. ro apresenta-
Das
para as do.
esta-
estagiárias 3. Pergunta se é justo
giá-
atribuir negativa a um
rias
aluno que falta, mas ♦ Resposta
1 1
que obteve boas negativa.
classificações no tes-
te.
Totais: 4. 3 6 3 14
visão deve consistir numa visão que vê o que se passou antes e que entra no
processo para o compreender e actuar sobre ele. Pudemos inferir, a partir des-
14
que nos fala Hadji (1994) e que não se teve em conta, no início do ano lectivo,
mento.
segue, por parte das estagiárias uma explicação curta. Pudemos ainda referir
15
Quadro 3
Fre-
Fre-
Sub- Sub- quência
Cate- quência Cate-
cate- 1. Indicadores cate- Indicadores de
goria de ocor- goria
goria goria ocor-
rências
rências
2. Pergunta quando ♦ Silêncio.
entrega a grelha
1 -
de cotação dos
testes.
3. Pergunta como ♦ A estagiária
pode fazer uma responde que en-
avaliação, sem 1 trega na próxima 1
todos os elemen- semana, os res-
Formu-
tos. tantes elementos.
lação de
Sobre 4. Pergunta se a Sobre ♦ Resposta cur-
ques-
o ma- estagiária entrega o ma- ta de assentimen-
tões e 1 1
terial ou não material Sinais terial to.
solicita-
didác- didáctico. revela- didác-
ção de
tico 5. Pergunta como dores de tico ♦ Explicita que a
informa-
elabo- apresentou grafi- resposta elabo- questão se
ção
rado camente o teste Das rado encontrava em
Da
pelas aos alunos. estagiá- pelas folhas diferentes,
orienta- 1 2
esta- rias esta- mas facilmente
dora
giá- giá- os alunos podiam
para as
rias rias observar a ques-
estagiá-
tão no seu todo.
rias
6. Pergunta se as ♦ Resposta cur-
grelhas, vazias são 1 ta de assentimen- 1
para entregar. to.
7. Pergunta para que ♦ Explicação
servem alguns curta.
dados na capa de 2 2
apresentação dos
materiais.
Totais: 8. 6 7 6 7
16
1.2. Tratamento e Interpretação dos Dados Recolhidos no Núcleo de
Estágio B
Apresentamos a análise de alguns dos dados, relativamente aos Semi-
no Núcleo de Estágio B.
conflito que se gerou no final da aula assistida a uma das estagiárias. Dado o
anteriormente, para que ele fosse assistir. Constatámos que a estagiária justifi-
ca-se por ser matéria leccionada anteriormente, não concorda com o sentimen-
17
Quadro 4
Aulas.
Fre- Fre-
quên- quên-
Sub- Sub-
Catego- cia de Catego- cia de
cate- Indicadores cate- Indicadores
ria ocor- ria ocor-
goria goria
rên- rên-
cias cias
1. Informa da exis- ♦ Responde que pen-
tência de um sou que o professor
conflito, entre lhe estava a perguntar
orientador e se tinha preparado a
11 3
estagiária, em aula com os alunos,
Sinais
seguida à aula mas o seu à vontade
revela-
assistida. deve-se ao facto de
dores
ser matéria anterior.
de Estra- Sinais Estra-
2. Revela dificulda- ♦ Responde que não
organi- tégia revela- tégia
des em explicar preparou a aula com
zação de 5 dores de 1
à estagiária a os alunos, para o
da assis- de res- assis-
sua pergunta. orientador ir assistir.
informa- tência posta tência
3. Informa o senti- ♦ Responde que não
ção do a Das es- a
mento que a concorda com o senti-
orienta- aulas tagiárias aulas
estagiária reve- 2 mento expresso pelo 1
dor para
lou em seguida à orientador.
as esta-
aula assistida.
giárias
4. Informa ser um ♦ Responde que ficou
aparte à avalia- magoada com a
1
ção da aula, a observação feita. 1
descrição do
conflito.
Totais: 5. 4 19 4 6
ria ter esperado pelo momento da avaliação da aula para dar conhecimento,
18
tamente após a leccionação da mesma. Constatámos que não existiam dados
Por outro lado, este é um dos problemas, no dizer de Amado (1994), que
avaliação, uma vez que o objecto de análise é exterior ao próprio eu. Foi-nos
inserir nas provas como também em relação aos diversos conteúdos a abordar.
19
Quadro 5
Fre- Fre-
quên- quên-
Sub- Sub-
Catego- cia de Catego- cia de
cate- Indicadores cate- Indicadores
ria ocor- ria ocor-
goria goria
rên- rên-
cias cias
1. Pergunta em que ♦ Resposta curta
globais.
Totais: 6. 4 18 5 25
20
Procedendo da análise deste Quadro, pudemos afirmar que o papel
matrizes e provas.
borativa" preconizada por Wallace (1991, citado por Vieira, 1993) e do modelo
7- Conclusão
dizagem;
21
venham a surgir; colabora na realização de actividades; promove a reflexão
crítica e avalia;
supervisão referido por Alarcão e Tavares (1987) e por Vieira (1993). Este
de forma incipiente;
- foi-nos permitido ver que não existem estratégias que visem a inovação dos
tica de que nos fala Hadji (1994), visando detectar as necessidades dos
estagiários.
- Tendo em conta o que nos refere Blumberg (1980), deduzimos pelo que nos
foi concedido ver, que se a estrutura do estágio for mais flexível, onde pos-
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ções, as sugestões e o estabelecimento de critérios e avaliação são mais
Este nosso trabalho levou-nos a apontar algumas pistas de reflexão que jul-
gamos interessantes:
23
♦ analisar a importância que têm os orientadores de estágio e em que medida
rios;
gem;
24
Bibliografia
Blumberg, A. (1980) . Supervisors and Teachers: A Private Cold War (2nd ed.).
Editora.
Aveiro: Cidine.
de Investigação Científica.
25
Lightfoot, S. L. (1983). The Good High School. Portraits of Character and Cul-
Lodi, J. B., (1989) . A Entrevista . Teoria e Prática . São Paulo: Livraria Pioneira
Editora.
Asa.
26
Wallace, M. (1991) . Training Foreign Language Teachers . A Reflective Ap-
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