(Relatório) Rede de Difração - LAB Básico III
(Relatório) Rede de Difração - LAB Básico III
(Relatório) Rede de Difração - LAB Básico III
BELM PA 2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR CENTRO TECNOLGICO FACULDADE DE ENGENHARIA QUMICA LABORATRIO BSICO III
Relatrio apresentado como parte da avaliao da matria Laboratrio Bsico III, cdigo EN02085, turma 025047A, do curso de graduao em Engenharia
BELM PA 2009 2
RESUMO A rede de difrao se utiliza da propriedade de difrao da luz para obter o espectro de luz emitido por um determinado material. Para evidenciar esse fato e calcular a constante de rede de uma rede de difrao, foram utilizados uma lmpada de mercrio e um espectroscpio. Foi possvel observar o espectro de primeira ordem produzido pelo mercrio e calcular atravs do experimento a constante de rede experimental, com um erro de 0,0031, a disperso de rede e a separao angular de uma rede de difrao.
SUMRIO 1 Introduo........................................................................................................... pag 05 2 A rede de difrao e a constante de rede.......................................................... pag 06 3 A rede de difrao e a disperso de rede.......................................................... pag 06 4 A rede de difrao e o poder de resoluo....................................................... pag 06 5 Procedimento Experimental.............................................................................. pag 07 5.1 Material............................................................................................................ pag 07 5.2 Mtodo ............................................................................................................. pag 07 6 Resultados e Discusso....................................................................................... pag 08 7 Concluso............................................................................................................ pag 09 Referncias............................................................................................................. pag 10
1 Introduo Quando a onda encontra uma barreira com uma pequena abertura, a onda curva e se espalha para fora. Esta dobra da onda chamada de difrao (TIPLER & MOSCA, 2003). Um dos dispositivos mais teis para o estudo da luz e corpos que emitem e absorvem luz a rede de difrao. Neste dispositivo h inmeras fendas, chamadas de ranhuras, podendo a chegar a milhares por milmetro, a luz s pode atravessar os espaos entre os sulcos que funcionam como fedas. As redes de difrao so muito utilizadas para determinar os comprimentos de onda emitidos por fontes luminosas de todos os tipos, desde lmpadas at estrelas. As primeiras redes de difrao eram constitudas por fios metlicos bastante delgados e separados por intervalos iguais. Hoje em dia so constitudas por uma lamina de vidro por onde se riscam, com diamante, um nmero de linhas ou sulcos separados igualmente, ou so moldados em plsticos. A disperso da luz pode ser observada por meio da superfcie refletora de um CD. A superfcie de um CD possui um rastro de sulcos em espiral da ordem de 1m, ela ento se comporta como uma rede de difrao. Quando o CD iluminado com luz branca, a luz difratada forma faixas coloridas que representam as figuras de difrao associadas aos diferentes comprimentos de onda da luz. O experimento relatado a seguir busca determinar a constante de uma rede de difrao e calcular a disperso da mesma.
2 A rede de difrao e a constante de rede Quando uma luz de diversos comprimentos de onda incide sobre uma rede de difrao, os diferentes comprimentos de onda produzem mximos e mnimos de difrao em ngulos diferentes. Considerando feixe paralelo de luz incidindo normalmente em uma rede de difrao, a condio para a ocorrncia de um mximo dada por: m = d sin onde m = ... -3, -2, -1, 0 +1, +2, +3 ..., d a distncia entre duas fendas contguas, tambm chamada de constante de rede, o ngulo entre a normal a rede de difrao e a direo de observao, m o nmero de ordem e o comprimento de onda da luz. Para a ordem zero, o ngulo o mesmo para todos os comprimentos de onda. O conjunto de mximos de uma determinada ordem, para todos os comprimentos de onda, constitui o espectro. Dessa maneira, temos espectros de primeira, segunda, terceira, etc. ordens. Ainda podemos a separao angular para um espectro definida como sendo a diferena entre as extremidades das raias visveis.
3 A rede de difrao e a disperso de rede Para um espectro de determinada ordem, quanto maior o comprimento de onda, maior o desvio. Portando o vermelho mais desviado do que o violeta. Uma rede de difrao deve espalhar as linhas de difrao associadas aos vrios comprimentos de onda. Este espalhamento a disperso de rede e definida por D = d/d, ento:
D= n tan ou D = d cos
Indicado que, quanto maior a ordem de difrao, maior a disperso. Redes de difrao so de grande importncia na anlise em amplas regies de espectro eletromagntico e apresentam diversas vantagens em relao a prismas, como no dependerem da geometria e propriedades dispersivas do material, mas somente da geometria da rede.
4 A rede de difrao e o poder de resoluo Quando duas ondas planas, de comprimentos de onda ligeiramente diferentes, incidem sobre uma rede de difrao, os mximos principais da mesma ordem para cada
comprimento de onda podem ficar to prximos um do outro que se torna impossvel distingui-los. Para distingui-las preciso que elas sejam suficientemente estritas. Em outras palavras, a rede de difrao dever ter uma alta resoluo, definida atravs da equao
R=
= Nm
Onde N o nmero total de fendas da rede e m o nmero de ordem. Portanto quanto maior o nmero de fendas da rede e quando mais alta a ordem do espectro maior o poder resolutivo da rede.
5 Procedimento Experimental 5.1 Material Lmpada de mercrio; Colimador; Rede de disperso com 570 fendas por milmetro; Telescpio. 5.2 Mtodo A rede foi posta no espectroscpio de tal forma que se formasse um ngulo perpendicular entre a rede e o colimador. A primeira observao foi o ngulo da luz sem difrao (349,6 ). Aps isso, o ocular foi girado para a direita e para a esquerda anotando-se os ngulos de cada linha do espectro. Um esquema da operao realizada pode ser observado na figura 1, sendo que o espectro observado no experimento corresponde ao de primeira ordem, e no o de segunda como sugere a figura.
6 Resultados e Discusso Aps a obteno dos dados seguindo o item 5.2, foram calculadas a separao angular, a constante de rede com base nas leituras do espectroscpio e a disperso de rede para a rede de difrao utilizada no experimento. Os resultados podem ser observados na tabela abaixo: ( A ) Violeta 4046 Azul 4358 Verde 5461 Amarelo 5780 Raia
o
A constante de rede da rede de difrao utilizada no experimento pode ser calculada como sendo o inverso do nmero de linhas por milmetro: d = 1/570
o
d = 17543,86 A Comparando com os resultados experimentais: Raia Violeta Azul Verde Amarelo dexp 17458,62611 17523,83279 17530,97415 17444,42818 d 17543,86 17543,86 17543,86 17543,86
7 Concluso A prtica mostrou-se produtiva tanto na observao do espectro de uma lmpada de mercrio quanto na determinao experimental da constante de rede uma vez que o erro cometido na medio foi baixo. Por no haver no momento da experincia o material necessrio para completar o roteiro, no foi possvel o clculo da constante de rede. As questes sugeridas pelo roteiro foram respondidas ao longo do texto.
Referncias ALONSO & FINN. Fsica Um curso universitrio 2 Campos e Ondas. 9 edio. Edgard Blucher, 2002. RESNICK, R. , HAIDAY, D. Fundamentos da Fsica, Volume IV, 6 Edio, LTC, 1996. TIPLER, P. A., MOSCA, G. Physics for scientists and engineers. 5edio, verso extendida. 2002.
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