Apostila Bioquímica Atualizada Com Prática de Titulação
Apostila Bioquímica Atualizada Com Prática de Titulação
Apostila Bioquímica Atualizada Com Prática de Titulação
o
Aquecer gua
100C
1 Tubo 4 (tubo branco): colocar 2 mL da soluo de
ninhidrina + 0,5 mL de gua destilada;
2 Tubo 5: colocar 2 mL da soluo de ninhidrina +
0,5 mL da soluo diluda de protenas;
3 Tubo 6: colocar 2 mL da soluo de ninhidrina +
0,5 mL da soluo de aminocidos;
4 Ferver os tubos de ensaio 4, 5 e 6 por 5 minutos;
5 Comparar o desenvolvimento de cor nos tubos.
4.4. Precipitao cida:
13
1 Tubo 7 (tubo de centrfuga) : colocar 1 mL de TCA
10% (P/V). + 1 mL da soluo diluda de protenas;
2 Agitar e observar;
3 Centrifugar (por 10 minutos), separando as fraes
sobrenadante e precipitado;
4 Colocar 0,5ml do sobrenadante no Tubo 8;
5 Adicionar 1mL do reativo do biureto ao Tubo 8;
6 Adicionar tampo ao precipitado do Tubo 7. Agitar;
7 Comparar os resultados.
4.5. Efeito da adio de sais:
1 Tubo 9 : Colocar 2 mL da soluo diluda de
protenas + 2 mL da soluo saturada de sulfato de
amnio. Agitar. Centrifugar 3000rpm por 10
minutos, separar as fraes sobrenadante e
precipitado;
2 Colocar o sobrenadante no tubo 10. Adicionar igual
volume de TCA 10% (P/V)., agitar e centrifugar
novamente. Se aparecer algum precipitado, tentar
dissolv-lo com 1 mL de tampo;
3 Adicionar 1 mL de tampo ao precipitado do tubo
10 e agitar. Verificar o que acontece.
4.6. Efeito da adio de solventes orgnicos:
1 Tubo 11: colocar 1mL da soluo de protenas + 2mL
de etanol gelado (lentamente at o aparecimento de
uma ligeira turvao).
4.7. Cromatografia em peneira molecular:
Montagem da coluna: numa coluna de vidro (aprox. 30
x 1,5 cm), colocar o gel suspenso em tampo pH 7,0,
deixando a extremidade inferior da coluna aberta, at
que o gel se acame. Cuidado para no deixar secar o gel,
adicionando sempre tampo, at que o gel esteja
equilibrado e acamado.
Aplicao da amostra: aplicar 1mL da amostra sobre a
superfcie da coluna, que dever estar com cerca de2 cm
de tampo sobre o gel. Como a amostra est mais
densa, devido presena da sacarose, esta se depos itar
sobre o gel.
Continuar adicionando o tampo e acompanhar o
fracionamento dos componentes da amostra, anotando
os resultados.
5. Questes para discusso:
5.1- Explique o que ocorreu em cada etapa executada.
5.2- Pelos resultados obtidos no item 4.5, podemos
afirmar que a soluo de sulfato de amnio saturado
precipita todas as protenas? Por qu? Como podemos
saber se esta precipitao reversvel ou no?
5.3.- Pelos resultados obtidos no item 4.6, podemos
afirmar que o etanol gelado precipita todas as protenas?
Por qu? Como poderamos comprovar isto? O
precipitado obtido (aps centrifugao) seria redissolvido
em tampo? Por qu?
5.4 - Qual foi a ordem de eluio das amostras na c
oluna (item 4.7)? Por qu?
6 - Exerccios complementares:
6.1- Voc dispe num laboratrio de dois frascos
idnticos, porm, no rotulados. Um deles contm soluo
de aminocidos e, o outro, contm uma soluo de
protenas. Qual seria o seu procedimento para identificar
as duas solues e rotular os frascos?
6.2- Descrever um mtodo que permita separar a
protena n
o
6 de uma mistura que contenha seis
protenas, sabendo-se que: a) as protenas de n
o
1, 3 e 5
precipitam pelo sulfato de amnio a 40% de satura o;
b) as protenas de n
o
1, 2, 4 e 6 precipitam pelo etanol
gelado; c) as protenas de n
o
1, 3, 5 e 6 precipitam pelo
sulfato de amnio a 75% de saturao; d) os pontos
isoeltricos das protenas 1 e 3 so iguais a 6,5 ; o da
protena 2 7,2; o das protenas 4 e 6 se igualam a 6,3 e
o da protena 5 6,8.
14
6.3- Num extrato biolgico existem hormnios proti cos
e isoenzimas, que devem ser isolados da maneira mais
pura possvel para uso posterior. Voc dispe de sulfato
de amnio, TCA, etanol, resinas cromatogrficas,
equipamentos cromatogrficos e de eletroforese. Que
mtodos voc poderia utilizar? Explique o seu princpio e
como execut-lo. Que mtodos no poderiam ser
utilizados?
6.4- Uma soluo a 1% de hormnio anti-diurtico
(nonapeptdio) foi submetida aos tratamentos abaixo
com os seguintes resultados: a) reao fortemente
positiva para o biureto e fracamente positiva para
ninhidrina; b) a adio de cido forte gelado e posterior
neutralizao do pH, no alteraram os resultados do
item anterior; c) Com a adio de cido forte que nte
(100
o
C por 2 h) e posterior resfriamento e neutralizao
do pH , a reao da ninhidrina foi positiva ( fortemente
positiva). Interprete e explique estes resultados.
15
PRTICA N
o
4 - CINTICA ENZIMTICA
1.
Introduo
Enzimas
so
catalisadore
s
biolgicos:
aceleram a
velocidade
das reaes
qumicas,
diminuindo
a energ ia
de ativao.
Possuem,
em geral,
estrutura
protica,
sendo que
foram
descritas
algumas
molculas
de RNA
com
atividade
cataltica.
As enzimas
no alteram
a constante
de
equilbrio
nem a
variao de
energia l
ivre das
reaes,
sendo
regeneradas
, sob a
forma origina
l, ao final da
catlise. As
molculas
reagentes so
denominadas
substratos (S)
e produtos
(P) so forma
dos ao final.
As enzimas
so,
geralmente,
bastante
especficas
com relao
aos
substratos,
formando um
complexo
com estes
durante a
catlise:
E +
S
ES
E +
P
Algu
mas teorias
procuram
explicar
esta
especificida
de: 1- teoria
de Fischer
(chave-
fechad ura)
, onde
enzima e
substrato
seriam
complement
ares; 2-
teoria de
Koshland do
encaixe
induzido, ou
seja, o
substrato
durante a
catlise se
encaixa na
enzima; 3-
teoria que
prope o
perfeito
encaixe no
estado de
transio,
estado onde
a barreira
energtica
(energia de
ativao) foi
vencida.
Diversos
so os fatores
que
influenciam a
velocidade de
uma reao
enzimtica.
Por terem
estrutura
protica,
alteraes no
pH, na
temperatur a,
na fora
inica do
meio
reacional
podem
modific-las
(s vezes,
at a
estrutura
dos
substratos
alterada),
modificand
o, assim, a
velocidade
das reaes.
Como
esperado, a
concentra
o de
substrato e
de enzima n
o
meio
reacional
so
determina
ntes para a
velocidade
reacional.
A
velocid
ade de
uma
reao
catalisa
da pode
ser
determinad
a, em
instantes
iniciais,
atravs da
determina
o do
produto
formado
por unidade
de temp o
(caso mais
comum) ou
atravs da
mensurao
do
substrato
consumido
por unidade
de tempo.
O produto
formado
pode ser
medido
diretamente
atravs de
alguma
propriedade
fsico-
qumica
caracterstic
a, ou ento
fazer uma
reao
qumica
com este
produto
produzindo
um outro
que possua
propriedade
s
apropriadas
para
medida.
Uma
propriedade
freqentem
ente usada
para tal fim
a
capacidade
do produto
a ser
quantificad
o de
absorver
determinad
os
compriment
os de onda
de
radiaes
luminosas
(o que no
deve, em
princpio,
acontecer
com
qualquer
outra
substncia
encontrad
a no meio
reacional),
aplicando-
se os
princpios
da
fotometria
.
Os
ensaios
de
atividade
enzimtica
desenvolv
idos na
aula
prtica
sero
realizados
com a
enzima
FOSFAT
ASE,
presente
no extrato
aquoso da
batata
inglesa.
No
ensaio, a
enzima
catalisar a
reao de
desfosforil
ao do
para-
nitrofenil
fosfato,
resu ltando
na
formao
de um
composto
de cor
amarelada
em meio
alcalino,
o
para-
nitrofenol.
Portant
o, a atividade
enzimtic
a ser detectada pelo aparecimento da
colorao amarela
n
o
mei
o reacional.
2.
Objeti
vos
valiar
o
efeito
de
alguns
fatores
que
interfe
rem
na
ativida
de
enzim
tica,
tais
como,
o
tempo de reao, a
concentrao de
substrato e a
concentrao de
enzim a.
16
3. Reagentes
1 Uma batata inglesa mdia (cerca de 110g).
2 Substrato: para-nitrofenilfosfato de sdio 1mM
(soluo fresca).
3 NaOH 0,02N.
4 Liquidificador.
4. Preparo de frao com atividade de fosfatase
alcalina
1 Descascar a batata;
2 Homogeneizar a batata descascada em 200mL de
gua, usando um liquidificador;
3 Filtrar o homogeneizado em algodo.
1 IMPORTANTE: O homogeneizado deve ser usado
no prazo mximo de 30 minutos.
5. Procedimentos
2 Enumerar os tubos de ensaio que seu grupo vai usar;
3 Colocar sempre os reagentes na mesma ordem em
todos os tubos;
4 O HOMOGENEIZADO DEVER SER
ADICIONADA SEMPRE POR LTIMO .
5 Aps adicionar o homogeneizado, agite a mistura
suavemente;
6 A incubao ser realizada temperatura ambiente.
5.1.
INFLU
NCIA
DO
TEMPO
DE
REA
O
TUB
O
SUBSTRATO
1
2
3
4
5
6
*Adicion
ar 2mL
de
NaOH
0,02N
antes da
adio
do hom
ogeneiza
do
(SOME
NTE NO
TUBO
1)
1 Obs
erve
a
cor
dese
nvol
vida
em
todo
s os
tubo
s.
2 Ano
te os
resul
tado
s.
5.2. INFLUNCIA DA
CONCENTRAO DA
ENZIMA
TUBO SUBSTRATO (mL)
7 3,0
8 3,0
9 3,0
10 3,0
1 Aps 5 minutos de
reao, adicione 2mL
de NaOH 0,02N em
cada tubo .
2 Observe a cor
desenvolvida nos
tubos (7-10). Anote os
resultados.
17
5.3. INFLUNCIA DA CONCENTRAO DO SUBSTRATO.
(curv a [S] x velocidade da reao)
TUBO
SUBSTRATO SUBSTRATO GUA
HOMOGENEIZADO (mL)
M (mL) (mL)
11 0,0 0,0
5,
0 0,5
12 54,5 0,3
4,
7 0,5
13 163,0 0,9
4,
1 0,5
14 272,0 1,5
3,
5 0,5
15 545,0 3,0
2,
0 0,5
16 909,0 5,0
0,
0 0,5
1 Aps 10 minutos de reao, adicione 2mL de NaOH 0,02N em cada tubo .
2 Observe a cor desenvolvida nos tubos (11-16). Anote os resultados.
6. Questes para discusso:
6.1- Por que a enzima (homogeneizado) s deve
ser adicionada por ltimo?
6.2- Como so fixadas as condies de dosagem de
um a determinada enzima em condies timas?
6.3- Explique os resultados de cada item.
7. Exerccios complementares
7.1- A variao da velocidade de reao de uma
enzi ma em funo de sua concentrao foi
analisada em 5 tu bos conforme o indicado na
tabela abaixo. Cada tubo recebeu 0,8 mL de uma
soluo de substrato 0,01mM. A enzima usada (E)
estava contida num homogeneizado heptico a 10g
% e na tabela abaixo esto indicados os volumes
deste homogeneizado adicionado a cada tubo. O
volume final em cada tubo foi o mesmo, ajustado
com tampo apropriado. Ao final de 30 minutos de
reao a quantidade de produto formado foi igual
em todos os tubos, exceto no tubo 5 que foi mantido
a 0
o
C durante toda a experincia. Com estas
informaes, discuta:
1) o fato de ter sido obtida a mesma quantidade de
produto nos quatro primeiros tubos;
2) sem alterar o tempo de reao, como seria possv
el aumentar a quantidade
de produto formado
nesses quatro tubos?
3)o que teria acontecido
no tubo 5?
TUBO ENZIMA
(mL)
1 0,2
2 0,4
3 0,6
4 0,8
5 0,8
7.2 - Ao estudar-se in
vitro a cintica da
reao onde a formao
do produto P (fumarato),
a partir do subst rato S
(succinato) catalisada
pela enzima E (succinato
desidrogenase)
verificou-se que:
I) no sendo possvel
obter-se a enzima pura,
usou- se, sempre, um
mesmo volume do
mesmo extrato celular;
II) a quantidade de
substrato inicial estava
em ligeiro excesso; III) o
pH tinha sido
previamente estudado e
escolheu-se aquele que
proporcionava o mximo
de atividade enzimtica; IV) a formao de produto
cresceu entre o instante zero (incio da reao) at
20 min utos da reao; V) a partir do 20
o
minuto de
incubao, a velocidade de reao medida pela
quantidade de produto formado por minuto,
diminuiu.
VI) todas as
observaes acima
foram obtidas em
temperatura tima de
reao.
Pede-se:
discutir os fatores,
dentre aqueles
analisados, que
poderiam acarretar a
diminuio da
velocidade a partir do
20
o
minuto de
incubao.
1
8
PRTICA N
o
5 URINLISE
1.
Intro
du
o
O
s rins
dese
mpen
ham
suas
fun
es
mais
impor
tantes
ao
filtrar
em o
plasm
a
sang
neo e
remo
vere
m as
subst
ncia
s do
filtrad
o em
quant
idade
s
vari
veis,
depen
dendo
das
neces
sidad
es do
corpo.
Alm
disso,
eles
depura
m as
substnci
as
indesej
veis d o
filtrado
(e,
portanto,
do
sangue),
ao
excret-
las na
urina,
enquanto
devolve
m ao
sangue
as
substnci
as
indispen
sveis ao
metaboli
smo. A
intensida
de de
excreo
de
diferente
s
substnci
as na
urina
represe
nta a
soma de
trs
processo
s renais:
filtrao
glomerul
ar,
reabsor
o de
substnci
as dos
tbulos
renais
para o
sangue e
secreo
de
substnci
as do
sangue
para os
tbulos
renais.
A
urina
normal
essencia
lmente
compost
a de
gua,
tem
colora
o
varivel
entre o
incolor e
o
amarelo
(depe
ndent
e da
dieta,
ativi
dade
s
fsica
s e
princ
ipal
ment
e da
inges
to
de
gua)
, e
carre
ia
subst
ncia
s de
excre
o,
result
antes
do
meta
bolis
mo
do
orga
nism
o.
Todo
sang
ue,
ao
passa
r
pelos
rins,
filtrado
ou
depurad
o,
eliminan
do seus
catablit
os, que
so
veiculad
os pela
gua.
Entretan
to,
podem
aparecer
na urina
element
os
anormai
s, como:
albumin
a,
glicose e
altas
quantida
des de
corpos
cetnico
s, sais e
pigment
os
biliares
(urobilin
ognio e
urobilin
a). A
anlise
da urina
rnecefo
valiosas
informa
es no
diagnst
ico de
doenas
rena is,
das vias
urinrias
, do
trato
genital e
at de
doenas
sistmic
as.
Es
ta prtica
refere-se
a dois
dos
exames
de rotina
de urina,
atravs
dos quais
possvel
observar
o
metaboli
smo
anormal
envolven
do
algumas
substnci
as como
a glicose
e os
corpos
cetnicos
.
E
m
condi
es
norm
ais,
no
apare
ce
glicos
e na
urina
em
quant
idade
detect
vel
pelos
reage
ntes
conve
ncion
ais,
visto
que,
pratic
ament
e,
toda a
glicos
e
filtrada
reabsorvi
da pelos
rins.
Entretant
o,
quando a
carga
filtrada
excede a
capacida
de de
reabsor
o da
glicose, a
sua
excreo
urinria
se d em
nvel
detectve
l. Um
grande
aumento
da
concentr
ao
plasmtic
a de
glicose,
capaz de
elevar a
carga de
filtrao
renal
acima de
320
mg/minu
to,
ocasiona
a
excreo
do
excesso
de
glicose
na urina.
A glicose
plasmtic
a no
indivduo
sadio
quase
nunca
fica
elevada o
suficient
e para
causar a
sua
excreo
pela
urina. A
glicosri
a
(presena
de
glicose
na urina)
pode
estar
relaciona
da a
vrias
causas,
como,
por
exemplo:
fatores
endcrin
os,
hepticos
,
neurolgi
cos e
alime
ntares
. No
diabe
tes
mellit
us
no-
contr
olado,
o
nvel
plasm
tico
de
glicos
e
pode
atingi
r
valore
s
eleva
dos,
com
conse
qe
nte
excre
o
urinr
ia
desta
ose. A
prese
na
de
glicos
e na
urina
pode
ser
evidencia
da
atravs
da
reduo
alcalina
pelo
cobre.
Portanto,
utiliza-se
para a
pesquisa
de
glicose
na urina
o
reagente
de
Benedict,
que
consiste
de uma
soluo
de
sulfato
de cobre
em um
meio
alcalino .
O
s
chamado
s corpos
cetnicos
(acetoace
tato,
cido-
hidroxib
utrico e
acetona),
quando
presentes
em
nveis
elevados
na urina,
indicam
um
quadro
de jejum
severo e
prolonga
do ou
diabetes
mellitus
no
tratado.
Em
condie
s
normais,
o cido
acetoact
ico e o
cido -
hidroxib
utrico
que
entram
na
corrente
sangne
a s o
transport
ados, to
rapidame
nte, para
os
tecidos,
qu e suas
concentr
aes
plasm
ticas,
combi
nadas,
raram
ente
se
eleva
m
acima
de 3
mg/d
L. Os
corpo
s
cetni
cos
so
libera
dos
do
fgad
o e
transp
ortados
at as
clulas.
Todavia,
as
clulas
so
limitadas
, quanto
quantida
de de
corpos
cetnicos
que
podem
oxidar,
devido a
vrias
razes,
dentre as
quais
pode-se
destacar
a
quantida
de de
oxaloacet
ato que
necessri
o para
iniciar a
oxidao
de
Acetil-
CoA no
ciclo do
cido
ctrico.
Os
corpos
cetnicos
no
sangue e
na urina
podem
atingir
nveis
19
extraordinariamente altos, provocando uma condio
conhecida como: cetonemia e cetonria,
respectivamente. A pesquisa de corpos cetnicos na
urina realizada atravs do reagente de Imbert. Este
reativo de uma soluo de nitroprussiato de sdio em
cido actico glacial.
2. Objetivo
Analisar amostras de urina, quanto presena
ou ausncia de glicose e de corpos cetnicos.
3. Reagentes
1 8,5 mL de urina.
2 2,5 mL de Reativo de Benedict ( CuSO
4
; citrato de
sdio e Na
2
CO
3
).
3 1 mL de Reativo de Imbert ( nitroprussiato de sdio
e cido actico glacial).
4 3 mL de NH
4
OH 10% (p/v).
4. Procedimentos
4.1. Pesquisa de Glicose
1 colocar 2,5 ml do Reativo de Benedict em um tubo
de ensaio;
2 depositar 4 gotas de urina lmpida;
3 misturar e levar ao banho-maria at entrar em
ebulio;
4 deixar esfriar espontaneamente (aproximadamente
15 minutos);
5 observar a colorao do lquido.
RESULTADOS
cor inalterada (azul) negativo
verde-azulado ou verde traos
verde (qualquer tom) com positivo +
precipitado amarelo
castanho ou marrom positivo ++
vermelho tijolo positivo +++
4.2. Pesquisa de Corpos Cetnicos
1 colocar 8 ml de urina em um tubo de ensaio;
2 adicionar 12 gotas do Reativo de Imbert e misturar;
3 inclinar o tubo e com o auxlio de uma pipeta, deixar
escorrer pelas paredes do tubo aproximadamente 3
ml de NH
4
OH 10%, lentamente, de tal maneira que
os dois lquidos no se misturem;
4 observar a superfcie de contato entre os dois
lquidos.
RESULTADOS
Nenhuma alterao ocorrida negativo
Presena de um anel violeta positivo
5- Questes para Discusso
5.1- Comente (sucintamente) a participao dos
hormnios: adrenalina, cortisol, glucagon e insulin a no
controle da glicemia, envolvendo as vias metablica s e
os seus mecanismos de ao.
5.2- Por que em condies de jejum severo e
prolongado ou o diabete melito no compensado pode
acarretar uma cetonemia e conseqente cetonria?
5.3- Conceitue e
diferen
cie (metabolicamente):
diabetes
insipidus
e
diabetes
mellitus e
diabetes
renallis .
20
PRTICA N
o
6 - ISOLAMENTO DE DNA DE CLULAS DE CEBOLA
1. Introduo
Nos organismos
eucariontes e procariontes a
informao gentica est
localizada nas molculas ed
cido desoxirribonuclico
(DNA), que so polmerosde
nucleotdeos, nos quais o
acar a desoxirribose . O
DNA est localizado
principalmente no ncleo dos
eucariontes, associado com
protenas (principalmente
histonas) e dentro de
organelas como mitocndrias
e cloroplastos.
Os mtodos
utilizados para a deteco e
dosagem do DNA celular
nuclear de eucariontes (pois
o de cloroplastos e
mitocndrias no em geral,
dete ctado pelas tcnicas
rotineiras) implicam no
rompimento das membranas
citoplasmtica e nuclear.
Neste experimento, o
rompimento das membranas
plasmtica e nuclear ser
realizado com o tratamento
do detergente aninico
duodecil sulfato de sdio
(SDS). Os tratamentos com
detergentes, inicos ou no,
so largamente utiliza dos na
solubilizao de protenas e
lipdeos de membrana.
Nestes processos de
solubilizao por
detergentes, so
formadas micelas,
que consistem de
protenas, lipdios e
detergentes. O
tratamento das
clulas com uma
concentrao
relativamente alta
de SDS resulta no
rompimento das
membranas
celulares com a
conseqente
liberao das
nucleoprotenas. A
ativid ade da
enzima digestiva
(DNAase) ser
inibida pela ao do
EDTA em meio
alcalino que altera
pH e quela os ons
divalentes
necessrios ao
da DNAase. A
adio d e etanol
sobre a fase aquosa,
contendo os cidos
nuclicos
dissolvidos,
resultar na
precipitao destes,
uma vez que o
etanol diminui a
constante dieltrica
da gua,
promovendo uma
menor solubilizao
das molculas de
DNA.
Nas
tcnicas de
biologia molecular,
o DNA deve estar
livre de protenas,
para isto, estas
devem ser
extradas.
Normalmente, esse
procedimento
realizado
utilizando-se uma soluo
de clorofrmio/lcool
isoamlico, que desnatura
as protenas e, aps
centrifugao, estas so
retiradas da soluo de DN
A.
2. Objetivo
Isolar DNA de
clulas de cebola.
3. Material
1 Cebola.
2 S
o
l
u
o
s
a
l
i
n
a
-
E
D
T
A
:
N
a
C
l
0
,
1
5
M
EDTA 0,1
M
(pH=8,0).
3 SDS 2% (P/V).
4 Etanol absoluto
95%.
5 Soluo Tris-
EDTA (TE)*
10 mM
Tris.Cl, 1
mM EDTA
- pH 7,5.
Obs:
*Esta soluo
mantm a fora
inica, dissolvendo
o DNA, alm de
quelar ons
divalentes,
necessrios par a
ao da DNase.
4. Procedimentos
1 Cortar 5 g de
cebola (fatia fina
e bem picotada);
2 Colocar a
cebola picada
em um tubo
Falcon de 15
mL;
3 Adicionar 2.5
mL de soluo
salina EDTA;
4 Adicionar 1.0
mL de SDS 2%;
5 Macerar a
cebola com
ajuda de um
basto de vidro
durante 5
minutos;
6 Filtrar a
soluo com
gaze para
retirar os
fragment os de
cebola;
7 Colocar o
filtrado em um
tubo de vidro;
8 Adicionar,
lentamente, com
pipeta, 4 mL de
lcool etlico
95% de modo
que os dois
lquidos no se
21
misturem. Notar que na interface, forma-se um
material insolvel filamentoso, o DNA;
1 Introduzir um basto at a regio de interface.
Imprimir-lhe um movimento circular e verificar que
o material filamentoso ir aderir ao mesmo;
2 Retirar o basto e dissolver o precipitado a ele
aderido em 2 mL da soluo de Tris-EDTA.
Desproteinizao (No realizada durante a aula
prtica):
1 Aps a dissoluo do DNA, adicione igual volume
(2 mL) da mistura de clorofrmio:lcool isoamlico
24:1 (V/V), e agite vigorosamente por 30 minutos;
2 Centrifugue a emulso resultante a 3000 rpm
durante 10 minutos;
3 A emulso ser separada em 3 camadas;
SOLUO DE
DNA
1 A camada superior (aquosa) contm os dois tipos de
cidos nuclicos (DNA e RNA) que devem coletados
para posterior utilizao.
5. Questes para discusso:
5.1- Qual a funo da soluo de SDS?
5.2- Ao romper a clula e, tambm, suas organelas,pela
tcnica descrita acima, o DNA no seria degradado por
enzimas lisossomais?
22