Relatorio 2008
Relatorio 2008
Relatorio 2008
2008
ÍNDICE
I - Introdução .............................................................................................................................................. 9
3
III - Indicação de sequência ....................................................................................................................... 21
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Círculo Judicial de Seia ................................................................................................................... 196
Círculo Judicial de Tomar ...............................................................................................................196
Círculo Judicial de Viseu .................................................................................................................196
Considerações finais .........................................................................................................................197
VII - Movimento Processual do Ministério Público nos Tribunais Judiciais .................................. VII - 1
Índice
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INTRODUÇÃO
Está hoje divulgada, a vários níveis, a ideia de que a Justiça funciona mal ou não funciona.
Queixa que, curiosamente, e sem surpresa, com maior ou menor intensidade, se tem ouvido em vários
países.
Enquanto Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, antes, pois, de ocupar o lugar de Procurador-
-Geral da República, foi escrito e afirmado que nenhum interveniente no processo judiciário está inocente
no deficiente funcionamento da Justiça. Desde o legislador, passando pelos aplicadores da lei e até ao
destinatário, todos têm responsabilidades no percurso acidentado que a aplicação da justiça enfrenta no
dia-a-dia.
Disse-se e mantém-se, hoje até com melhor conhecimento de causa.
Compete-me, contudo, falar somente do Ministério Público, respeitando assim a preocupação
manifestada logo na tomada de posse, quando foi defendido que não seriam ultrapassados os poderes
que a Constituição, os Estatutos e a Lei conferem ao Procurador-Geral da República, mas também não
se abdicaria de nenhuma competência nem se deixaria de exercer todos os poderes confiados, quer em
relação ao exterior, defendendo a autonomia do Ministério Público quer para o interior, recordando
que o Ministério Público é uma magistratura hierarquizada, competindo ao Procurador-Geral da
República, além do mais, dirigir, coordenar e fiscalizar a actividade do Ministério Público.
Dentro destes parâmetros falar-se-á do Ministério Público e da Justiça, aqui e agora.
A Constituição saída do 25 de Abril e o Estatuto respectivo consagraram a autonomia do Ministério
Público.
Autonomia externa no sentido de que o Ministério Público é uma magistratura independente de todos
os demais poderes do Estado, sendo um órgão de Justiça, integrado nos Tribunais e ao serviço dos
cidadãos e do Estado.
A Procuradoria-Geral da República, que compreende o Conselho Superior do Ministério Público e o
Procurador-Geral da República, é presidida por este e é o órgão constitucional responsável pelo
funcionamento do Ministério Público, tendo os poderes de gestão, de orientação geral, de avaliação e
disciplinares.
A Magistratura do Ministério Público está organizada e tem, necessariamente, de funcionar com uma
forte componente hierárquica.
A autonomia interna, por sua vez, no caso do Ministério Público, abrange o processo decisório do caso
concreto, estando os seus magistrados obrigados a respeitar critérios de objectividade e de legalidade
NOTA: A Introdução reproduz, com alterações e aditamentos, a intervenção que o Procurador-Geral da República realizou
na sessão solene de abertura do ano judicial de 2009.
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estrita, bem como a cumprir as directivas, ordens e instruções dimanadas da hierarquia, só as podendo
recusar com fundamento na ilegalidade das mesmas ou invocando “grave violação da sua consciência
jurídica”.
Essa autonomia, na sua dupla vertente, não é algo que tenha sido fixado como um privilégio dos
Magistrados do Ministério Público, destinando-se antes a ser uma garantia do cidadão na aplicação da
justiça, assegurando independência e isenção.
Sendo assim, a autonomia interna não se pode confundir com o livre exercício de vontade na área de
competência de cada um, nem com um corporativismo absolutamente desajustado da época em que se vive.
A independência dos tribunais, a autonomia do Ministério Público e o respeito institucional são
exigências do Estado de Direito, que não estão nem podem estar em discussão.
Mas, se no plano constitucional e legal se tem como indiscutível a autonomia do Ministério Público, já
assim não acontece com o figurino existente no que respeita ao concreto funcionamento da Instituição.
Tem-se repetidamente afirmado que é preciso restaurar e reforçar a credibilidade da justiça, tornando-a
mais transparente, mais eficiente, mais credível.
Para isso é necessário, além do mais, fortalecer a Magistratura do Ministério Público.
Não sendo este o lugar para enumerar reformulações do Estatuto, é, contudo, possível enunciar as
grandes linhas de necessária alteração, para que o Ministério Público se afirme como uma Instituição
fundamental do Estado de Direito ao serviço do cidadão.
Em primeiro lugar urge, com imaginação, desbloquear a carreira do Ministério Público. Permanecer 20
anos como Procurador-Adjunto, num início de carreira desgastante, cria rotinas nefastas e arrasta uma
falta de motivação, prejudicial ao exercício do cargo. Premiar o mérito e sancionar o demérito também
deve passar pela criação de incentivos, sendo um deles a ascensão mais rápida na carreira.
É necessário um Ministério Público especializado, com capacidade de adaptação e resposta a uma realidade
social em permanente mutação. Como proceder a essa especialização e como enquadrá-la nas atribuições
do Ministério Público é tarefa a estudar e desenvolver.
É fundamental acabar com o cinzentismo da uniformização, que procura instalar-se, para distinguir e
estimular os que se esforçam e lutam para melhor exercerem os seus cargos.
É imperioso viabilizar e defender a colocação dos Magistrados de acordo com o mérito, as aptidões e
especializações, abandonando o sistema de mera antiguidade ou interesse pessoal de colocação.
É preciso remodelar os serviços de inspecção e agilizar os seus procedimentos, por forma a obter rápidas
avaliações, que se preocupem com o mérito substancial e não meramente formal.
É necessário consolidar o papel das Procuradorias-Gerais Distritais e redefinir os poderes e os deveres
dos magistrados em funções de coordenação ou de direcção.
Importa melhorar os mecanismos de enquadramento e de apoio dos magistrados em início de carreira.
Introdução
Impõe-se ainda institucionalizar a criação de unidades especiais, dotando-as de meios adequados para
conseguir dar respostas em tempo oportuno a fenómenos ou acontecimentos de especial relevância,
gravidade ou complexidade.
Público e essa colaboração, por razões múltiplas, nem sempre é pronta e eficaz. Por carência de meios
humanos, por escassez de meios técnicos dessas instituições, por falta de pronta resposta internacional
(apesar dos múltiplos organismos hoje existentes, destinados a reforçar a colaboração internacional),
por limitações e imposições legais, por excesso de garantismo e por variadíssimos outros motivos,
grandes processos arrastam-se sem que o Ministério Público tenha possibilidade de só por si resolver os
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problemas criados. A lentidão daí resultante levará muitas vezes ao aparecimento de críticas e a insinuações
injustas.
Lança-se daqui um repto, que é também um pedido, aos Senhores Jornalistas.
Quando processos, hoje tão mediatizados, caírem no domínio público, o que, necessariamente,
acontecerá por força da lei vigente, consultem-nos com atenção e verificarão que a grande maioria de
casos com demoras processuais não se deve à actuação do Ministério Público.
Um exame que leva anos a realizar, uma perícia que se arrasta durante meses, uma rogatória que demora
anos a cumprir, são obstáculos que o Ministério Público não tem condições para superar. Algumas das
dificuldades poderão vir a ser minoradas com a recente criação dos Gabinetes de Apoio, ideia que se
saúda.
Com essa divulgação, uma Comunicação Social, isenta e esclarecida, contribuirá também assim para
uma justiça mais transparente, qualidade essencial para a credibilidade da mesma.
É imperioso que o país tenha um Ministério Público com dinamismo, eficácia e capacidade de adaptação
à realidade social.
Um Ministério Público capaz de responder à evolução dos tempos e aos desafios que vão surgindo.
O Procurador-Geral da República acredita, convictamente, que vamos ter esse Ministério Público de
que o país precisa.
E é também imperioso acreditar que se iniciaram novos caminhos na aplicação da justiça, que poderão
levar a melhores resultados do que aqueles que vêm sendo obtidos. É preciso dar o benefício da dúvida
e esperar. Este ano, é, e vai continuar a ser, um ano difícil para a Justiça, a todos os níveis: criminal,
cível, comercial, família e menores. Os tempos que se avizinham não são fáceis, mas crê-se que os
magistrados e os tribunais portugueses vão ser capazes de superar as dificuldades e conseguir uma melhoria
na difícil administração da justiça.
Esta cerimónia não teria, obviamente, o significado e a força que tem sem a presença prestigiante de Sua
Excelência o Presidente da República.
O Presidente da República é o garante máximo do regular funcionamento das instituições democráticas
e, por isso, nunca é demais enaltecer a atenção esclarecida, o interesse e a preocupação que Sua Excelência
dedica à causa da Justiça.
A Assembleia da República é a casa onde se discutem as grandes questões da Justiça, os Diplomas
fundamentais do País, pelo que assume grande relevo a presença de Sua Excelência o Presidente da
Assembleia da República.
É com toda a consideração que se saúda o Senhor Ministro da Justiça, salientando, com verdade, que,
em mais de dois anos de exercício do cargo de Procurador-Geral da República, sempre o Senhor Ministro
se mostrou disposto a dialogar, analisar e reanalisar toda e qualquer questão ligada à justiça, dentro de
um relacionamento institucional correcto.
Introdução
Ao Senhor Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e ao Senhor Bastonário da Ordem dos Advogados
repete-se parcialmente o que se disse o ano passado.
Pensa-se que a intensificação do diálogo entre Magistrados Judiciais, Magistrados do Ministério Público
Introdução
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II — INDICADORES GERAIS
1. Jurisdição Penal
Em 2008 foram registados 557.884 inquéritos, ou seja, mais 77.462 do que em 2007 o que representa,
assim, um aumento de 16,1% na criminalidade participada.
Foram movimentados 761.987 inquéritos, tendo sido concluídos 542.881 inquéritos — valor este
superior ao verificado no ano transacto (+50.595) — e ficado, por isso, pendentes 219.106.
Foi proferido despacho de acusação em 75.796 dos inquéritos findos o que representa uma percentagem
de 9,94% dos movimentados.
Ao nível da distribuição de novos processos constata-se a ocorrência de um aumento substancial nos
distritos judiciais de Lisboa e do Porto (224.436 em 2008, contra 185.780 em 2007, e 183.526 em
2008 contra 151.547 em 2007, respectivamente) e ainda um acréscimo significativo, no distrito judicial
de Coimbra (74.935 em 2008 contra 68.259 em 2007), enquanto no distrito judicial de Évora a
variação foi mínima (de apenas mais 151 novos processos — 74.987 em 2008 contra 74.836 em
2007). Relativamente à pendência, quando comparada com a registada no ano de 2007, verifica-se uma
subida em todos os distritos judiciais, a qual se cifra em 28,75%, a nível nacional.
O número de inquéritos arquivados foi de 418.863, o que representa cerca de 55% dos movimentados.
1.2. Intervenção do tribunal singular a pedido do Ministério Público — artigo 16º, nº 3, do Código
de Processo Penal
O uso da faculdade prevista no artigo 16º, nº 3, do Código de Processo Penal, por comparação com o
ano transacto, sofreu um aumento, tendo-se registado 9.062 processos em 2008 contra 8.854 em
2007. Tal faculdade representa 12% do total de acusados no ano.
Os distritos judiciais de Lisboa e Porto voltam a apresentar a maior expressão numérica, continuando a
verificar-se fortes oscilações de círculo para círculo e de comarca para comarca.
O uso da instrução diminuiu ligeiramente em 2008, registando-se 6.972 pedidos (menos 17 do que
em 2007) dos quais 4.946 formulados pelo arguido e 2.026 pelo assistente. Aos pedidos entrados
acrescem 5.063 provindos do ano transacto, o que totaliza 12.035 processos.
NOTA: A partir deste capítulo, a recolha, organização de dados, elaboração do texto, compilação dos mapas, apresentação
gráfica e paginação foram realizadas pelo Lic. Vítor Mendonça, técnico superior, Marina Pereira, técnica de informática, e
Lic. Sara Marques, técnica superior, com a supervisão do Procurador da República, Lic. Carlos Sousa Mendes.
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Findaram 7.634 processos de instrução (mais 254 do que em 2007) dos quais 3.774 com despacho de
pronúncia, 2.147 por despacho de não pronúncia e 1.713 por outros motivos. Estes valores quando
comparados com os do ano anterior, traduzem uma diminuição dos processos findos por despacho de
pronúncia (- 67) e um aumento dos concluídos por despacho de não pronúncia (+174). No final do
ano a pendência ascendia a 4.401 processos.
Embora permaneçam as deficiências de recolha de dados relativos aos processos penais na fase de
julgamento, deficiências decorrentes essencialmente da omissão de uma informação fiável por parte das
secretarias judiciais, os elementos estatísticos disponíveis permitem apurar alguns indicadores com
significado relevante.
Assim, e em sede do processo comum, a intervenção do júri foi requerida em 11 casos (contra 9, em 2007),
sendo certo que dos 23 movimentados se concluíram 8 por julgamento, com condenação total e parcial.
A intervenção do tribunal colectivo foi solicitada em 8.457 processos (menos 638 do que no ano
anterior), enquanto os novos processos submetidos a julgamento em tribunal singular atingiram o
número de 62.147, ou seja, menos 676 do que em 2007.
Os dados respeitantes a processos especiais mostram terem sido registados, em 2008, 32.856 processos
sumários (mais 3.316 do que em 2007) e 5.089 processos sumaríssimos (menos 565 do que em 2007).
No mesmo âmbito, registaram-se, ainda, 6.026 processos abreviados, 21.609 processos de transgressões
e contravenções e 3.617 processos de internamentos compulsivos.
O índice de procedência de acusações em julgamento — com exclusão dos processos de internamento
compulsivo — manteve expressão elevada, num valor superior a 87%, semelhante ao registado em 2007.
Num total de 41.224 processos de execução de penas (graciosos, complementares e outros), dos quais
29.193 foram registados no ano, findaram 30.920 e ficaram pendentes 10.304.
2. Jurisdição Cível
Foram movimentadas 12.375 acções (incluindo 6.702 vindas do ano anterior), respeitantes ao
contencioso patrimonial do Estado, à defesa de menores, incapazes e ausentes, a interesses difusos e
outras diversas, sendo certo que foram propostas 5.084 e contestadas 589.
Findaram 6.016 acções, tendo 5.367 sido julgadas procedentes e 649 improcedentes. Ficaram pendentes
Indicadores Gerais
Em 2008, no âmbito da jurisdição tutelar cível, foram movimentados 96.396 processos, dos quais
44.957 relativos aos entrados ao longo do ano. Findaram 41.497 processos, a maioria (35.188)
respeitando a acções relativas ao exercício do poder paternal: acções de regulação, de alteração à regulação,
de inibição ou de limitação do poder paternal.
Nas restantes espécies, e também ao nível dos processos findos, apuraram-se, em 2008, e por comparação
com 2007, valores ligeiramente inferiores, quer nos casos de tutela (426), quer nos casos de fixação,
alteração e execução de alimentos (1.548), e ainda nos de adopção plena e restrita (944). No que se
refere aos processos de entrega judicial registou-se uma ligeira diminuição, ao nível das entradas (de
1.512 em 2007, para 1.300 em 2008).
Ficaram pendentes 54.899, ou seja, mais 4.634 processos do que em 2007.
Foram movimentados 14.322 processos desta espécie, sendo que 8.151 vieram do ano transacto e
6.171 registados no ano. Destes, 5.884 foram a requerimento do Ministério Público e 287 a
requerimento de outros. Findaram 5.552 do total de movimentados e ficaram pendentes 8.770 para o
ano seguinte.
Indicadores Gerais
Em 2008 foram instaurados 9.159 novos inquéritos (mais 452 do que em 2007), tendo sido
movimentados 12.593 (incluindo 3.434 vindos de 2007). Findaram 5.247 inquéritos por arquivamento,
dos quais: 2.169 liminarmente e por aplicação do artigo 78.º da Lei Tutelar Educativa; 217 após suspensão
e por aplicação do artigo 85.º, nº 2, desse mesmo diploma; e 2.861 por falta de indícios, nos termos do
artigo 87.º Foram, ainda, remetidos para julgamento 2.003 e ficaram pendentes, para o ano seguinte,
4.135 processos, ou seja, mais 660 do que no final de 2007.
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4. Jurisdição Laboral
Foram movimentadas 5.989 acções declarativas com intervenção do Ministério Público, das quais 3.445
deram entrada no ano. Findaram 3.220 e ficaram pendentes, para o ano seguinte, 2.769 acções.
O volume de processos instaurados conheceu, por comparação com o ano de 2007, uma ligeira subida
no que respeita às acções por acidente de trabalho (de 21.559 para 22.256).
Findaram mais processos do que no ano transacto (22.924 em 2008 contra 21.830 em 2007), tendo
ficado pendentes 17.858.
No final do ano, encontravam-se a cargo do Ministério Público 418 acções para propor.
Registou-se um ligeiro aumento nos processos de doenças profissionais entrados (82 contra 75 em
2007), tendo sido movimentados, no total, 177.
O número total de processos findos foi de 78, contra 112 em 2007, tendo ficado 99 pendentes.
4.4. Actividade do Ministério Público em processos por acidente de trabalho (fase conciliatória e
contenciosa)
Foram realizadas 21.694 tentativas de conciliação. Para além disso, foram apresentados 2.454
requerimentos para realização de junta médica e 4.377 para actualização de pensão, tendo ainda sido
formulados 2.338 pedidos de revisão de incapacidade/pensão e realizadas 9.622 outras intervenções
processuais.
5. Outros Processos
O número de processos administrativos iniciados nos serviços do Ministério Público junto dos
Indicadores Gerais
tribunais judiciais conheceu uma ligeira diminuição em relação ao ano transacto (-305), já que dos
31.423 registados em 2007 se passou, em 2008, para os 31.118. Os distritos judiciais de Lisboa e do
Porto continuam a representar, no seu conjunto, mais de 2/3 dos registos (12.154 e 9.780,
respectivamente).
Foram movimentados, no total, 60.062 processos administrativos, tendo findado 31.000.
O número de acções propostas ou contestadas com base nos processos administrativos foi de 11.549,
inferior ao do ano transacto (12.417).
Foram apresentadas 7.345 reclamações de créditos em execuções, falências e processos análogos; cumpridas
35.020 cartas precatórias/rogatórias pelo Ministério Público; emitidos 9.835 pareceres em acções de
divórcio das conservatórias; assegurados 48.130 actos de atendimento de público; realizadas 4.776
intervenções, nos termos do artigo 72.º da Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo; e praticados
7.210 outros actos.
Movimentaram-se 284.393 acções executivas relativas ao contencioso patrimonial bem como à execução
de sentença laboral, custas, multas, coimas e outras. Deram entrada no ano 70.882 acções executivas,
findaram 90.116 e ficaram 194.277 pendentes para 2009.
5.4. Recursos
O Ministério Público interpôs recurso em 2.843 processos de jurisdição penal, cível, laboral e família
e menores, tendo figurado como recorrido em 8.042. Dos 3.683 recursos julgados no ano, 1.745
foram providos, total ou parcialmente.
6. Estruturas
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A situação respeitante às instalações disponíveis continua a revelar, nalguns casos, a insuficiência de espaços
para o Ministério Público, pontualmente agravada pela inadequação e degradação de diversos edifícios.
As casas de função disponíveis são em número insuficiente e, em muitos casos, têm vindo a degradar-se
progressivamente.
Em Junho de 2008, entrou em funcionamento, a nível nacional, uma primeira versão do portal interno
do Ministério Público, denominado SIMP (https://simp.pgr.pt), dando-se, assim, início à execução
do projecto de criação de uma intranet para o MP (projecto SIMP), aprovado por despacho de
Sua Excelência o Sr. Conselheiro Procurador-Geral da República de 31 de Julho de 2007.
Com o projecto SIMP, a PGR visa dotar o Ministério Público de um sistema integrado e centralizado
de recolha, tratamento, divulgação e partilha de informação, assente em tecnologias web, com as
características próprias de um portal corporativo.
O universo dos seus destinatários e utilizadores é constituído por todas as unidades orgânicas e todos os
magistrados e funcionários do Ministério Público a nível nacional. E o seu objecto funcional compreende
a multiplicidade de tarefas e actividades levadas a cabo pelo MP no âmbito do exercício das suas
atribuições (à excepção da actividade jurisdicional propriamente dita), com especial destaque para a
recolha, tratamento, partilha e armazenamento da informação pelas diversas unidades orgânicas e instâncias
hierárquicas, a simplificação e uniformização dos procedimentos burocráticos internos, a gestão de
meios e recursos humanos, a fiscalização e avaliação do desempenho, os instrumentos de auxílio à
prestação dos magistrados e o atendimento online dos cidadãos em domínios que exijam iniciativas
processuais por parte do Ministério Público (v.g., defesa da legalidade, representação de menores e
incapazes, defesa de interesses difusos e outros).
Decorrido cerca de meio ano de funcionamento do portal SIMP, e pese embora o seu carácter
embrionário, as naturais dificuldades de adaptação aos novos métodos de trabalho e à utilização das
novas tecnologias de informação, e a escassez de meios disponíveis para formação e apoio aos utilizadores,
pode afirmar-se que o projecto conheceu um sucesso bastante superior às expectativas, tendo merecido
a rápida adesão da generalidade dos magistrados e funcionários, que fazem do SIMP uma ferramenta de
utilização diária, sem a qual o funcionamento do Ministério Público seria gravemente afectado.
Para além dos milhares de acessos ao SIMP para efeitos de consultas nas diversas bases de dados, com motores
de pesquisa especificamente desenvolvidos e adaptados às necessidades dos magistrados (jurisprudência,
legislação, pareceres, peças processuais, docs. hierárquicos etc.), foram contabilizados até ao fim de 2008
cerca de 22.000 ofícios e 19.000 mensagens enviados pelo SIMP, a par de 6.000 comunicações hierárquicas
nos termos do art. 276º do CPP, 100 instruções hierárquicas, 150 notícias e 1.400 agendamentos, o que
Indicadores Gerais
Procuradoria-Geral da República
1. O Ministério Público nos Supremos Tribunais
1.1. Supremo Tribunal de Justiça
1.2. Tribunal Constitucional
1.3. Supremo Tribunal Administrativo
1.4. Tribunal de Contas
2. Conselho Superior do Ministério Público
3. Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República
4. Auditores Jurídicos
5. Gabinete do Procurador-Geral da República
6. Departamento Central de Investigação e Acção Penal
7. Núcleo de Assessoria Técnica (NAT)
8. Gabinete de Documentação e Direito Comparado
9. Eurojust
10. Serviços de Apoio
Distritos Judiciais
1. Distrito Judicial de Lisboa
2. Distrito Judicial do Porto
3. Distrito Judicial de Coimbra
4. Distrito Judicial de Évora
Tribunais Administrativos e Fiscais
1. Tribunal Central Administrativo do Norte
2. Tribunal Central Administrativo do Sul
3. Movimento processual
Na generalidade dos capítulos, o presente Relatório Anual baseia-se, com adaptações de harmonização,
nos relatórios sectoriais preparados pelos magistrados coordenadores de cada distrito judicial, tribunal,
departamento ou serviço bem como, em relação a outros órgãos ou serviços, nos relatórios preparados
pelos respectivos responsáveis.
Em anexo, reúnem-se, por áreas temáticas, os elementos estatísticos relativos a todos os serviços do Ministério
Público junto dos tribunais judiciais.
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IV — PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA
1. O Ministério Público nos Supremos Tribunais
SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
1.1.
Em 2008 foram distribuídos 2588 recursos cíveis, menos 489 do que no ano anterior, verificando-se
uma diminuição de 15,9%. Relativamente ao número de processos pendentes, verifica-se um decréscimo
percentual de 8,9%.
Dos 2480 recursos de revista e de agravo que findaram no ano de 2008, não mereceram provimento
1553.
Foram proferidos 3 acórdãos para uniformização de jurisprudência, todos eles com declarações de voto
e votos de vencido:
— Processo nº 1321/2007: “A cláusula de atribuição inserida num contrato de agência mantém-se em
vigor para todas as questões de natureza cível, mesmo que relativas ao respectivo regime de cessação.” —
Assento nº 3/2008, 2ª Secção, proferido em 28-2-2008 e publicado no DR nº 66, I Série-A, de 3 de
Abril de 2008;
— Processo nº 542/2006: “Uma instituição de credito sacada que recusa o pagamento de cheque,
apresentado dentro do prazo estabelecido no artigo 29º da LULL, com fundamento em ordem de revogação
do sacador, comete violação do disposto na primeira parte do artigo 32º do mesmo diploma respondendo por
perdas e danos perante o legitimo portador do cheque nos termos previstos nos artigos 4º, segunda parte, do
Decreto nº 13 004, e 483º, nº 1, do Código Civil.” — Assento nº 4/2008, 1ª Secção, proferido em
28-2-2008 e publicado no DR nº 67, I Série-A, de 4 de Abril de 2008;
— Processo nº 3965/2007: “A acção executiva na qual se penhorou um veículo automóvel, sobre o qual
incide registo de reserva de propriedade a favor do exequente, não pode prosseguir para as fases de concurso
de credores e da venda, sem que este promova e comprove a inscrição, no registo automóvel, da extinção da
referida reserva.” — Assento nº 10/2008, 1ª Secção, proferido em 9-10-2008 e publicado no DR
nº 222, I Série-A, de 14 de Novembro de 2008.
25
No final de 2008, encontravam-se pendentes de julgamento 2 recursos, nos processos nos 4716/2007,
da 2ª Secção, e 1992/2008, da 6ª Secção, com propostas do Ministério Público para uniformização de
jurisprudência.
Na secção do contencioso deram entrada 31 recursos, findaram 32 e transitaram para o ano seguinte
26.
C. Secção criminal
ou, no caso de o incidente se suscitar perante o Supremo Tribunal de Justiça, ao pleno das secções criminais,
decidir sobre a quebra do segredo, nos termos do nº 3 do mesmo artigo.” — Acórdão nº 2/2008, 3ª
Secção, proferido em 13-2-2008 e publicado no DR nº 63/2008, I Série-A, de 31 de Março de
2008.
— Processo nº 2569/2007: “No domínio da vigência do Código Penal de 1982 e do Código do Processo
Penal de 1987, nas suas versões originárias, a declaração de contumácia não constituía causa de suspensão
da prescrição do procedimento criminal.” — Acórdão nº 5/2008, 3ª Secção, proferido em 9-4-08 e
publicado no DR nº 92/2008, I Série-A, de 13 de Maio de 2008.
— Processo nº 4080/2007: “A exigência prevista na alínea b) do nº 4 do artigo 105º do RGIT, na
redacção introduzida pela Lei nº 53-A/2006, configura uma nova condição objectiva de punibilidade que,
nos termos do artigo 2º, nº 4, do Código Penal, é aplicável aos factos ocorridos antes da sua entrada em
vigor. Em consequência, e tendo sido cumprida a respectiva obrigação de declaração, deve o agente ser
D. Secção social
27
e de agravo, no ano de 2008 foram distribuídos 379, sendo 353 de revista e agravo.
No que respeita à pendência registou-se um ligeiro acréscimo relativamente ao ano anterior. Assim,
enquanto para o ano de 2008 transitaram 150 processos, sendo 130 de revista e agravo, no final do ano
2008 encontravam-se pendentes 156 processos, sendo 149 de revista e agravo.
Verificou-se um pequeno decréscimo no número de pareceres emitidos. Enquanto no ano de 2007
foram emitidos pelos magistrados do Ministério Público 303 pareceres, no ano de 2008 foram 286.
Percentualmente manteve-se idêntico o número de recursos de revista e agravo em que foi confirmada
na íntegra a decisão impugnada. Enquanto no ano de 2007 de 407 decisões foram mantidas 274, no
ano de 2008 de 339 decisões foram confirmadas 205.
No que respeita à uniformização de jurisprudência, no ano de 2008 não foi proferida nenhuma decisão.
1. SECÇÕES CÍVEIS
Movimentados
Pendentes p/ o
Vindos do Findos
Entrados Total ano seguinte
ano anterior
Recursos de Revista 575 2118 2693 2165 528
Recursos de Agravo 65 285 350 315 35
Recursos de Apelação 7 12 19 16 3
Recursos Contenciosos 6 24 30 18 12
Recursos de Revisão de Setença 2 5 7 5 2
Recursos p/ Fixação de Jurisprudência 0 0 0 0 0
Conflitos (jurisdição e competência) 4 33 37 34 3
Reclamações 2 111 113 107 6
Outros 0 0 0 0 0
Total 661 2588 3249 2660 589
Supremo Tribunal de Justiça
2. SECÇÕES CRIMINAIS
Movimentados
Pendentes p/ o
Vindos do Findos
Entrados Total ano seguinte
ano anterior
Recursos Ordinários 191 665 856 757 99
Recursos p/Fixação de Jurisprudência 41 110 151 133 18
Recursos de Revisão de Sentença 13 68 81 75 6
Conflitos (jurisdição e competência) 1 19 20 20 0
Reclamações 4 159 163 160 3
Habeas corpus 2 134 136 135 1
Única instância 15 47 62 51 11
Outros 10 17 27 19 8
Total 277 1219 1496 1350 146
MOVIMENTADOS DECIDIDOS
Pendentes
Vindos EM CONFERÊNCIA EM AUDIÊNCIA Total dos
para o ano
do ano Entrados Total decididos
Desis- Rejei- Providos Não Outros Providos Não Anula- Outros seguinte
anterior Total Total
tência ção a) providos b) a) providos ções b)
M.º Público
92 38 130 0 3 10 6 0 19 4 1 1 0 6 25 105
(Recorrente)
M.º Público
391 686 1077 0 70 169 148 1 388 52 35 3 0 90 478 599
(Recorrido)
Total
Pareceres (processos para resolução de conflitos) 16
Pareceres (recursos para fixação de jurisprudência) 0
Outros pareceres 230
Recursos para o Tribunal Constitucional 0
Requerimentos e respostas 17
Outras intervenções 2286
Totais 2549
29
2. SECÇÕES CRIMINAIS
Total
Pareceres (processos para resolução de conflitos) 15
Pareceres (recursos para fixação de jurisprudência) 58
Outros pareceres 408
Alegações e contra-alegações 25
Recursos para o Tribunal Constitucional 0
Requerimentos e respostas 51
Outras intervenções 487
Totais 1044
3. SECÇÃO SOCIAL
Total
Pareceres (processos para resolução de conflitos) 4
Pareceres (recursos para fixação de jurisprudência) 1
Outros pareceres 286
Recursos para o Tribunal Constitucional 0
Requerimentos e respostas 6
Outras intervenções 48
Totais 345
Supremo Tribunal de Justiça
A representação do Ministério Público no Tribunal Constitucional foi assegurada por dois procuradores-
-gerais adjuntos. Estão afectos ao serviço do Ministério Público, em edifício anexo ao tribunal, dois
gabinetes, um para cada um dos procuradores-gerais adjuntos, um gabinete para os dois assessores do
Ministério Público e um gabinete para os secretários dos referidos procuradores-gerais adjuntos. Integram
o gabinete do Ministério Público, como assessores, dois procuradores da República e uma secretária.
2. Movimento processual
Os dados referentes ao movimento processual, constantes dos mapas anexos, evidenciam a evolução da
distribuição e os resultados da actividade do Tribunal Constitucional ao longo do ano de 2008, do
seguinte modo: o rendimento obtido, permitindo comparar o número de processos vindos de 2007, o
número de entrados em 2008 e a pendência para o ano de 2009; a análise da actividade processual
desenvolvida pelo Ministério Público ao nível da produção de alegações, pareceres, reclamações e
respostas.
A análise dos dados referentes à actividade do próprio tribunal permite salientar: a nula utilização do
instituto da verificação da inconstitucionalidade por omissão, bem como o diminuto peso e relevância
da fiscalização preventiva, nos últimos anos; algum aumento do número dos pedidos de fiscalização
abstracta sucessiva; o grande peso dos recursos de fiscalização concreta da constitucionalidade e a tendência
para o aumento do número de reclamações deduzidas, no caso de rejeição do recurso no tribunal “a
quo”; e a drástica subida dos recursos eleitorais nos anos de eleições autárquicas.
Foram proferidos, durante o ano de 2008, 635 acórdãos e 552 decisões sumárias, dos quais 5 no
domínio da fiscalização preventiva, 10 no âmbito da fiscalização abstracta sucessiva, 30 no domínio do
contencioso eleitoral e dos partidos políticos e 583 em sede de fiscalização concreta (recursos e
reclamações).
De salientar que — perante o frequente abuso de meios dilatórios, traduzido na suscitação de pedidos
de aclaração, reforma ou nulidade de acórdãos, ou em reclamações para a conferência, reportadas à
impugnação de decisões sumárias, muitas vezes sem qualquer fundamento sério — é vulgar que em
cada processo sejam proferidas várias decisões, antes de o recurso findar e os autos serem remetidos ao
tribunal “a quo”; no entanto, os meios de defesa contra as demoras abusivas, previstos nos artigos 82º,
nº 8, da Lei do Tribunal Constitucional e 720º, nº 2, do Código de Processo Civil têm possibilitado,
em geral, uma actividade mais efectiva no tribunal na frustração do efeito dilatório pretendido,
permitindo, nomeadamente a imediata remessa dos autos ao tribunal “a quo” para nele prosseguirem os
seus termos, apenas ficando traslado neste Tribunal Constitucional.
No domínio da fiscalização concreta, importa salientar dois aspectos que continuam a traduzir efectiva
e substancial melhoria, em termos de celeridade de tramitação:
31
— o conferir-se efectiva urgência aos recursos inseridos em processos com arguidos presos, permitindo
um julgamento — mesmo de mérito — de tais recursos em prazo perfeitamente razoável (e isto mesmo
durante as férias judiciais);
— a possibilidade de — particularmente através do mecanismo da “decisão sumária” do relator — pôr
rapidamente termo a recursos interpostos sem que se verifiquem os pressupostos de admissibilidade,
manifestamente infundados ou respeitando a questões já debatidas e solucionadas na jurisprudência
constitucional. Daqui decorre uma inquestionável melhoria, em termos de celeridade de tramitação, ao
menos no que se refere aos recursos que não envolvam questões inovatórias de especial delicadeza,
grande melindre ou particular complexidade.
A contenção da pendência, no que se refere aos recursos de fiscalização concreta, é, deste modo, o
reflexo de uma maior “agilidade” encontrada pelo tribunal, pelo menos no tratamento das questões
simples, evitando o arrastamento de recursos interpostos com finalidades manifestamente dilatórias —
expressa, não só no referido mecanismo processual da decisão sumária do relator, mas também no facto
de tais decisões, quando impugnadas para a conferência — o que vem sendo algo frequente — serem
decididas identicamente com celeridade, implicando ainda, por força do disposto no regime de custas
do Tribunal Constitucional, constante do Decreto-Lei nº 303/98, de 7 de Outubro, pesada tributação
dos litigantes.
Por outro lado, torna-se perceptível, de forma crescente, um nível de elevada exigência na apreciação
dos pressupostos de admissibilidade dos recursos tipificados na alínea b) do nº 1 do artigo 70º da Lei
do Tribunal Constitucional, circunscrevendo os poderes cognitivos deste tribunal a um estrito controlo
normativo (expresso na apreciação da constitucionalidade apenas dos “critérios normativos” efectivamente
aplicados pela decisão recorrida, e não da actividade subsuntiva do juiz “a quo”, realizada perante a
especificidade do caso concreto “sub juditio”), apreciando, de forma assaz restritiva, as excepções à regra
da suscitação da inconstitucionalidade “durante o processo” e exigindo, de modo rigoroso, que o recorrente
enuncie, em termos claros e exaustivos, qual a interpretação normativa cuja constitucionalidade pretende
questionar (devendo coincidir rigorosamente a dimensão normativa cuja constitucionalidade foi
controvertida “durante o processo”, a interpretação normativa efectivamente aplicada na decisão recorrida
e a que constitui objecto do recurso, face ao requerimento da respectiva interposição).
Tais exigências jurisprudenciais, aliadas a um nível de impreparação e falta de rigor dos recorrentes —
sendo patente que, em muitos casos, não têm estes uma ideia minimamente adequada sobre a natureza
e os limites dos poderes cognitivos do Tribunal Constitucional, nem sobre os ónus que sobre eles
recaem, delineando uma estratégia processual consistente e adequada na suscitação das questões de
inconstitucionalidade — tem produzido efeitos devastadores quanto aos recursos fundados na alínea
Tribunal Constitucional
b), conduzindo — num nível estatístico elevadíssimo — a decisões de não conhecimento, por
inverificação dos respectivos pressupostos de admissibilidade (no universo das decisões do Tribunal
Constitucional, apenas 163 incidiram sobre o mérito da causa).
O Ministério Público produziu 114 alegações [na sua larga maioria na sequência de recusas de aplicação
normativa que originaram, nas várias jurisdições, a interposição de recursos tipificados na alínea a)] e
contra-alegações, tendo ainda emitido parecer em todas as reclamações entradas durante esse ano: 137.
Foram respondidas todas as reclamações, pedidos de aclaração e arguições de nulidades inseridas em
33
Em sede de direito administrativo e fiscal, merecem realce os seguintes temas, abordados em alegações
produzidas: a definição do âmbito do princípio da reserva da lei fiscal, nomeadamente no que toca à
utilização de conceitos indeterminados nas normas de incidência tributária; a exacta definição entre
as figuras da taxa e do imposto (a propósito das taxas a favor da ERCS); e ainda a questão da
constitucionalidade da norma transitória constante do artigo 9º, nº 5, do Decreto-Lei nº 287/93, com
directa incidência na delimitação da competência dos tribunais tributários para as execuções de que é
requerente e credora a CGD.
Vem assumindo um peso crescente na actividade do Ministério Público a intervenção nos processos
referentes à fiscalização das contas dos partidos políticos e, desde 2005, das campanhas eleitorais. Para
além de se promover a aplicação de coimas aos próprios partidos, na sequência da prolação pelo Tribunal
Constitucional de acórdão que enumera as “irregularidades” que considera verificadas, coloca-
-se presentemente, face ao quadro normativo em vigor desde 2000, a eventualidade de sancionar
pessoalmente os dirigentes partidários e mandatários financeiros que sejam responsáveis por tais
deficiências ou ilegalidades — sendo evidente que reveste particular delicadeza e dificuldade o apuramento
de tais responsabilidades “pessoais”, face à amplitude e dispersão das estruturas organizatórias dos
principais partidos políticos (e sendo certo que não vinha sendo, no âmbito das “auditorias externas” —
realizadas pelo Tribunal Constitucional, antes de ter sido criada a ECFP — suficientemente apurada e
concretizada a matéria de facto que poderia suportar, com total segurança, um tal juízo de censura
individual ou pessoal — a título de dolo — quanto a todas as infracções).
Realça-se que o regime previsto para esta responsabilidade contra-ordenacional — quer institucionalmente
quanto aos entes colectivos, quer quanto aos titulares de órgãos, individualmente considerados —
apenas confere relevância ao dolo — ao contrário do que ocorre com a quase totalidade dos ramos do
direito das contra-ordenações, que conferem idêntico relevo à negligência.
Embora enquadrado no âmbito do direito contra-ordenacional, o procedimento de verificação e
sancionamento das contas partidárias e das campanhas eleitorais apresenta uma fisionomia específica.
Assim, a “instrução” do processo — consubstanciada na realização de auditoria às contas apresentadas
— compete (desde a entrada em vigor da Lei Orgânica nº 2/2005) a um órgão independente, que
funciona junto do Tribunal Constitucional e que tem a função de o coadjuvar tecnicamente nessa tarefa
— a ECFP — culminando tal instrução na apresentação de um relatório em que se procede à verificação
de correspondência entre os gastos declarados e as despesas realizadas pelos partidos, notificando-os
para se pronunciarem e, posteriormente, elaborando parecer sobre a prestação de contas, identificando
as irregularidades verificadas (artigos 30º e 31º da citada Lei Orgânica nº 2/2005).
De seguida, o Tribunal Constitucional, em Plenário, profere acórdão, julgando quais as contas prestadas
Tribunal Constitucional
35
Nesta perspectiva — se se quiser dar um conteúdo real e efectivo à referida e inovatória competência do
Ministério Público, decorrente da citada alteração legislativa — será necessário complementar o lacónico
regime legal com normas de índole procedimental e de carácter organizatório, prevendo-se nomeadamente
um corpo mínimo de técnicos ou funcionários que realizem uma primeira e liminar análise dos
(provavelmente) vários milhares de declarações que, em cada ano, será necessário analisar e comparar,
assumindo ainda a realização complementar das indispensáveis diligências, tendentes ao suprimento de
eventuais deficiências ou insuficiências detectadas nas declarações, ou à obtenção de esclarecimentos
complementares ou adicionais que possibilitem a formulação de um juízo seguro e consistente.
Alegações e contra
Pareceres Total
alegações
Fiscalização concreta 0 0 425
> Outros 0 0 3
Actividade do Tribunal
Fiscalização preventiva 1 5 5 1
Fiscalização concreta
O Supremo Tribunal Administrativo ocupa dois edifícios contíguos situados na Rua de São Pedro de
Alcântara, n.os 73 a 79, em Lisboa.
Os magistrados e funcionários do Ministério Público mantiveram o espaço que lhes foi destinado no
primeiro dos referidos edifícios. Cinco dos magistrados ocupam gabinetes individuais, encontrando-se
os restantes agrupados noutros dois gabinetes.
A maioria dos gabinetes tem dimensões exíguas, sendo que os de dimensões mais amplas dispõem de
fraca luz natural. O gabinete onde se localiza o serviço de apoio ao Ministério Público tem espaço
suficiente para a satisfação das respectivas necessidades funcionais. Nele trabalham as duas funcionárias
afectas ao Ministério Público e aí se encontra também o arquivo. O gabinete não está servido de janela
mas apenas de três bandeiras que não fornecem luz natural bastante. Os gabinetes estão dotados de
mobiliário digno e adequado, bem como de ar condicionado.
Cada um dos magistrados do Ministério Público dispõe de um computador fixo, moderno, para uso
pessoal, com acesso à internet. Foram também atribuídos computadores portáteis.
O quadro de funcionários do serviço de apoio é constituído por uma técnica de justiça adjunta e três
técnicas de justiça auxiliar. Não está completo, em virtude de terem saído, anteriormente, uma técnica
de justiça auxiliar e, em Setembro de 2004, a técnica de justiça adjunta, que se aposentou, as quais não
foram substituídas. Apesar disso, o apoio aos magistrados do Ministério Público encontra-se assegurado
pelas duas funcionárias em exercício, uma das quais em regime de trabalho a tempo parcial. Nas situações
de faltas simultâneas de ambas as funcionárias, o serviço é assegurado por uma escrivã auxiliar.
O funcionamento da biblioteca do Supremo Tribunal Administrativo é assegurado por uma chefe de
divisão e documentação jurídica, que dirige conjuntamente a biblioteca e a área de apoio jurídico. A
biblioteca é coordenada por uma técnica superior, licenciada em direito, não dispondo, porém, de uma
técnica superior de BAD e de uma técnica de BAD, com vista a uma melhor organização de ficheiros e
de material bibliográfico.
Apesar de se haver iniciado durante o ano de 2005 a recuperação da informatização, sublinham-se as
múltiplas vantagens que poderiam retirar-se da dotação das referidas técnicas de BAD tendente a um
mais correcto funcionamento destes serviços, designadamente quanto à organização de ficheiros e ao
tratamento e difusão de material bibliográfico.
Exerceram funções no Supremo Tribunal Administrativo 7 procuradores-gerais adjuntos (4 na secção
do contencioso administrativo e 3 na secção do contencioso tributário) e 2 procuradoras da República
na 1ª secção, mantendo-se o destacamento para a Procuradoria-Geral da República de uma procuradora
da República, desde 28-4-2005. Durante o ano de 2008 dois procuradores-gerais adjuntos foram
desligados do serviço para efeitos de aposentação/jubilação, tendo um deles sido substituído por
magistrado de idêntica categoria.
37
B. Movimento processual
O movimento processual foi o constante dos mapas anexos, salientando-se que no contencioso
administrativo, foram distribuídos 738 processos, dos quais 37 de tramitação urgente, e no contencioso
tributário, 532 processos, sendo 56 de tramitação urgente.
Verifica-se que tanto no contencioso administrativo como no contencioso tributário se registou um
ligeiro acréscimo de processos distribuídos em relação ao ano anterior, na ordem dos 6.5%. Quanto à
distribuição de processos urgentes não se registam alterações significativas na área do contencioso
administrativo, notando-se um aumento de cerca de 30% na área do contencioso tributário.
Na secção do contencioso administrativo foram emitidos 426 pareceres finais e 3 articulados do
Ministério Público, na qualidade de parte.
Dos pareceres finais, 99 foram emitidos pelas procuradoras da República, dos quais 46 em questões
prévias, aclarações, reformas, nulidade de acórdãos e oposições de julgado. Regista-se ainda a sua
intervenção em 28 processos de acompanhamento e em 11 processos administrativos.
No que concerne à secção do contencioso tributário, foram emitidos 424 pareceres finais, tendo ficado
pendentes 13 para 2009.
Foram interpostos 5 recursos para o Tribunal Constitucional (3 relativos à secção do contencioso
administrativo e 2 relativos à secção do contencioso tributário).
Com vista ao estudo sobre eventual pertinência da intervenção do Ministério Público, designadamente
nos termos do artigo 85º, nº 2, do CPTA e ao correspondente acompanhamento, foram instaurados,
após 1-1-2008, 32 processos de acompanhamento, tendo findado 24.
Foram instaurados nos serviços do Ministério Público 15 processos administrativos, findaram 8 e ficaram
pendentes 7 para o ano de 2009.
Aos procuradores-gerais adjuntos está cometida basicamente a elaboração de pareceres finais. Aos da
Supremo Tribunal Administrativo
1ª. secção incumbe ainda a elaboração de peças processuais nos processos em que o Ministério Público
intervenha como parte, bem como a participação nas reuniões, efectuadas periodicamente, para notícia,
estudo e registo da jurisprudência.
As procuradoras da República tiveram a seu cargo a intervenção em processos administrativos, processos
de acompanhamento instaurados para eventual intervenção do Ministério Público, nos termos do CPTA,
e ainda emissão de parecer em questões prévias, reclamações, arguições de nulidade, vistos de conta, em
processos executivos e de inexecução de julgado e na elaboração das sínteses das reuniões de trabalho
para análise de jurisprudência. Tiveram ainda a seu cargo a elaboração de pareceres finais nos processos
de recurso afectos ao procurador-geral adjunto que se jubilou.
Quanto à 1ª secção (contencioso administrativo) e no que se refere às procuradoras da República tem-se
vindo a registar um aumento de pedidos de intervenção do Ministério Público na defesa da legalidade
em questões respeitantes a interesses difusos e outros interesses públicos especialmente relevantes, em
que estão em causa actos praticados por entidades referidas no artigo 24º, nº 1, alínea a), do ETAF,
nomeadamente resoluções do Conselho de Ministros. Nos termos deste normativo compete à secção
39
SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
1. PLENÁRIO
Vindos do ano Pendentes p/o
Entrados Findos Redistribuídos
anterior ano seguinte
Recursos de decisões jurisdicionais 5 1 4 0 2
Conflitos de jurisdição 0 2 0 0 2
Total - Plenário 5 3 4 0 4
2. CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO
2.1. Pleno
Vindos do ano Pendentes p/o
Entrados Findos Redistribuídos
anterior ano seguinte
Recursos por oposição de acórdãos 26 28 41 0 13
Outros 21 39 33 0 27
Sub-Total 53 69 79 0 43
2.2. Subsecções
Vindos do ano Pendentes p/o
Entrados Findos Redistribuídos
anterior ano seguinte
Outros recursos de decisões jurisdicionais 182 288 301 0 169
Recursos contenciosos 10 0 5 0 5
Supremo Tribunal Administrativo
3. CONTENCIOSO TRIBUTÁRIO
3.1. Pleno
Vindos do ano Pendentes p/o
Entrados Findos Redistribuídos
anterior ano seguinte
Recursos por oposição de acórdãos 27 55 38 0 44
Outros recursos de decisões jurisdicionais 0 0 0 0 0
Outros 0 4 1 0 3
Sub-Total 27 59 39 0 47
41
TRIBUNAL DE CONTAS
1.4.
A. Instalações
O Tribunal de Contas e respectivos serviços de apoio estão situados num edifício moderno e funcional
na Avenida da República. Os serviços do Departamento de Controlo Prévio e Concomitante, além de
outros, estão sedeados num outro edifício, objecto de obras de adaptação e muito próximo do principal,
na Avenida Barbosa du Bocage.
Os magistrados do Ministério Público estão instalados em três gabinetes individuais, condignos, bem
equipados e funcionais, estando dois localizados no edifício da Avenida Barbosa du Bocage e um no
edifício principal.
Todavia, continua a preconizar-se, para melhor coordenação e operatividade dos serviços, a instalação
de todos os gabinetes e apoios do Ministério Público no mesmo edifício e, se possível, no mesmo
andar.
Existem ainda duas salas de sessões, uma das quais, a do quarto piso do edifício principal, está agora
adaptada a sala de audiências, e um auditório.
O Tribunal de Contas dispõe dos meios informáticos mais modernos, com praticamente total
informatização de postos de trabalho. Desenvolve também sistemas de informação própria, como o
Sistema de Informação Jurídica (SIJURIS) disponível em todos os postos de trabalho ligados à rede, de
estrutura semelhante à internet.
Os gabinetes dos magistrados do Ministério Público estão dotados de equipamento informático
actualizado (PC portátil) com ligação à rede interna (intranet), à internet e com acesso a todos os
sistemas de informação.
B. Funcionários
Os funcionários do núcleo de apoio partilham o mesmo gabinete, salvo a assessora principal que exerce
funções de coordenação do núcleo, a qual dispõe de gabinete próprio. Estas instalações são exíguas,
insuficientes e, de algum modo, desadequadas face às necessidades do serviço, mas não diferem muito
das que são atribuídas a outros funcionários do Tribunal de Contas.
Os funcionários do Tribunal de Contas estão integrados na Direcção-Geral do Tribunal (cfr. Decreto-
-Lei nº 440/99, de 2 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 184/2001, de
21 de Junho — Estatuto dos Serviços de Apoio do Tribunal de Contas).
Nos termos do disposto no nº 4 do artigo 30º da Lei Orgânica e de Processo do Tribunal de Contas
(Lei nº 98/97, de 26 de Abril), conjugado com o disposto no artigo 3º, nº 2, do Estatuto dos Serviços
de Apoio, o gabinete do presidente assegura o apoio administrativo aos juízes e aos magistrados do
Ministério Público.
43
Em 2007 foi efectuada uma alteração no número de funcionários destacados pela Direcção-Geral do
Tribunal de Contas para o apoio ao Ministério Público. Depois de algumas peripécias relacionadas com o
preenchimento e manutenção deste novo quadro, o núcleo de apoio do Ministério Público, que dispunha
de dois técnicos superiores (um licenciado em Direito e outro em Economia) e uma assistente
administrativa, passou a contar, em 2008, de facto, com mais uma técnica superior licenciada em Direito.
O núcleo de apoio do Ministério Público é, assim, constituído por uma equipa que, desde há vários
anos, tem vindo a assegurar, em permanência, apoio técnico e administrativo, procedendo à preparação
dos processos e a análises sobre matérias de responsabilidade financeira, que servem de base à produção
dos despachos finais dos magistrados do Ministério Público nos relatórios de auditoria que lhes são
distribuídos segundo critérios pré-definidos.
Para além dos cinco funcionários já referidos, existem duas outras funcionárias que prestam serviço aos
magistrados do Ministério Público fora do núcleo de apoio: as funcionárias da área do secretariado.
Uma está sedeada no 4º piso do edifício da sede do tribunal em gabinete compartilhado com outras
secretárias dos juízes conselheiros e dá apoio ao gabinete do magistrado coordenador no 5º piso do
edifício sede da Av. da República e a outra está sedeada no edifício do DECOP (Departamento de
Controlo Prévio ou 1ª Secção do Tribunal) no nº 69 da Rua Barbosa du Bocage, justamente para apoio
aos magistrados do Ministério Público que se encontram instalados no 6º piso desse edifício.
Relativamente ao restante e necessário apoio funcional, ele também ocorre sempre que, pontualmente,
um dos magistrados do Ministério Público o solicita. Os técnicos e funcionários dos mais diversos
departamentos e secções do tribunal sempre têm dado resposta pronta e colaborante.
O modelo instituído no tribunal torna dependentes das decisões do Director-Geral do Tribunal de
Contas a gestão dos funcionários de apoio do Ministério Público. Tal situação traduz-se numa certa
rigidez administrativa que tem vindo a dificultar quer o reforço do núcleo de apoio com o número de
funcionários adequado às novas incumbências, quer a substituição das pessoas que ali prestam serviço.
Tal dificuldade manifesta-se ainda que seja tão-só para suprimento de necessidades pontuais do serviço
resultantes da entrada de um ou outro processo de maior complexidade e extensão que demande um
maior dispêndio de tempo por parte do técnico que tem de analisá-lo, o que provoca o protelamento
de todos os demais a seu encargo.
Apesar das melhorias já verificadas, as tarefas de maior complexidade que, crescentemente, vão sendo
cometidas ao Ministério Público nesta jurisdição, justificariam, a nosso ver, um modelo de gestão
administrativa mais elástico e menos rígido de forma a permitir respostas mais prontas do núcleo de
apoio e um tempo médio de resolução processual progressivamente mais abreviado com vantagens para
a maior eficácia e rapidez nas respostas, que devam ser produzidas ao nível da efectivação das
responsabilidades financeiras.
Face ao crescente grau de complexidade de alguns dos processos levados a julgamento pelo Ministério
Tribunal de Contas
Público, o número de factos em apreciação e o número dos advogados de defesa que, em julgamento,
comparecem nos diferentes e em cada um dos processos, seria de pensar na possibilidade de dotação do
gabinete do Ministério Público no Tribunal de Contas de um limitado quadro de assessores magistrados,
como já acontece em outros tribunais superiores.
C. Organização do serviço
45
O quadro dos magistrados do Ministério Público manteve-se estável ao longo do ano em análise,
composto por três procuradores-gerais adjuntos, tendo o mais antigo no tribunal funções de coordenador.
Manteve-se a incidência do visto prévio.
No âmbito da fiscalização prévia, o Ministério Público é notificado de todas as decisões de concessão,
recusa e isenção de visto, podendo recorrer de quaisquer decisões finais, está presente e intervém nas
sessões semanais e no plenário da secção e emite parecer nos recursos. Relativamente às auditorias de
fiscalização concomitante, o Ministério Público emite agora parecer prévio à aprovação do relatório de
auditoria, nos mesmos termos do que ocorre na fiscalização sucessiva. Tal tarefa tem vindo a ser realmente
implementada e tem determinado um esforço suplementar dos magistrados do Ministério Público e
do núcleo de apoio.
A partir da entrada em vigor da Lei nº 48/2006, de 29 de Agosto, o Ministério Público passou a poder
comparecer e emitir parecer nos processos de auditoria da 2ª secção, o que, por norma, acontece antes
da aprovação do respectivo relatório.
O momento útil e o prazo para o Ministério Público o fazer continua a não estar devidamente
regulamentado e só a disponibilidade do presidente do tribunal tem permitido em casos complexos
adequar as funções do Ministério Público aos agendamentos. Esta insuficiência de regulamentação tem
suscitado algumas dúvidas e problemas, designadamente quando o parecer do Ministério Público
contraria, de algum modo, as apreciações jurídicas contidas nos relatórios e estes se encontram já em
tabela para aprovação na respectiva sessão, o que, genericamente, leva a que tais observações, mesmo
quando consideradas e debatidas nas sessões, não obtenham, depois, o devido acolhimento, uma vez
que o projecto de relatório previamente preparado não dá delas conta.
Está, entretanto, em curso uma revisão do Regulamento Geral do Tribunal de Contas a cargo de uma
comissão de revisão, integrada também pelo Ministério Público, que propõe alterações capazes de fazer
suplantar as dificuldades até hoje verificadas.
No que concerne à fiscalização sucessiva, o Ministério Público é, depois, “notificado do relatório final
aprovado”, a fim de, sempre que neles se considerem verificados factos constitutivos de responsabilidade
financeira, serem, eventualmente, desencadeados procedimentos jurisdicionais — artigos 54º, nº 4, e
57º, nº 1, da Lei nº 98/97, de 26 de Agosto. Ao Ministério Público — na perfeita lógica do sistema —
não é, no âmbito da Lei nº 98/97, de 26 de Agosto, atribuída competência investigatória autónoma.
Porém, embora cingido aos factos constantes dos relatórios, antes submetidos a contraditório nos
processos e acções de controlo, desde a publicação da Lei nº 48/2006, de 29 de Agosto, foi explicitamente
reconhecido ao Ministério Público o direito de desenvolver diligências complementares de prova (artigo
29º, nº 6, da Lei nº 98/97, de 26 de Agosto).
Tribunal de Contas
Todavia, para além dos factos já estabelecidos nos relatórios, sem uma competência investigatória
traduzida em formas processuais devidamente reguladas, não é, ainda assim, possível ao Ministério
Público complementar quando se mostre necessário — o que com alguma frequência acontece —
algumas imprescindíveis diligências que deviam ter sido concretizadas, quer nas auditorias do próprio
tribunal, quer, fundamentalmente, nas averiguações realizadas pelos órgãos de controlo interno. A
concretização do contraditório — que é uma diligência do próprio processo de auditoria, que deve
ocorrer nos termos dos artigos 12º e 13º da Lei nº 98/97, de 26 de Agosto —, apesar dos pareceres do
Ministério Público nesse sentido, não respeita, muitas vezes, os normativos contidos no nº 2 deste
último artigo, nem é materializado relativamente a todos os possíveis agentes da infracção financeira.
que têm demonstrado ter tido efeitos positivos no funcionamento do Tribunal de Contas e do Ministério
Público.
Uma concretizou-se na possibilidade de relevação prévia pelas secções encarregadas da auditoria da
responsabilidade sancionatória nos casos previstos no artigo 65º, nº 8, da Lei nº 98/97, de 26 de
Agosto, que a Lei nº 35/2007 veio clarificar no sentido preconizado pelo Ministério Público neste
tribunal. Ultimamente, quer a 1ª quer a 2ª secções têm começado a utilizar com regularidade essa
medida. Importaria, no entanto, encontrar, por via «jurisprudencial», critérios comuns na utilização
deste instrumento legal que reduzissem disparidades e critérios subjectivos na sua concretização, o que,
47
por vezes, poderá ser interpretado como uma sua utilização algo aleatória.
A outra, traduziu-se no facto de o legislador — nº 3 do artigo 65º da Lei nº 35/2007 — ter vindo dar
forma de lei à prática iniciada pelo Ministério Público e acatada pela 2ª secção, que consiste na fixação
da multa pelo mínimo legal, quando houver pagamento voluntário. Tal facto tem potenciado essa
prática, o que tem permitido aumentar o volume das cobranças e simultaneamente diminuir o número
de acções intentadas junto da 3ª secção.
Questão importante e problemática é, contudo, o facto de os órgãos de controlo interno não poderem
exercer estas faculdades, o que poderá criar evidentes desigualdades relativamente aos infractores que
foram alvo das acções de controlo levadas a cabo pelo Tribunal de Contas e pelos outros organismos.
Ora, se bem se compreende essa diferenciação de estatutos, natural seria que se encontrasse uma solução
que igualasse os direitos dos responsáveis por infracções apontadas nos relatórios dos processos que
resultam de acções de controlo do Tribunal de Contas e dos órgãos de controlo interno.
É desejável que, em sede de revisão legislativa, — ou por via dos regulamentos do Tribunal de Contas
ou das 1ª e 2ª secções — devesse ser concedida aos indigitados responsáveis por infracções evidenciadas
em processos e relatórios de auditoria dos órgãos de controlo interno, a possibilidade de, em incidente
processual próprio, poderem requerer ao Tribunal de Contas, directamente ou através do Ministério
Público, a possibilidade desta relevação.
Outra alteração significativa refere-se ao facto de as secções de controlo prévio e sucessivo do Tribunal
de Contas poderem, directamente, passar a cominar as multas processuais previstas no artigo 66º da Lei
nº 98/97, de 26 de Agosto, facto que retirou muito trabalho burocrático ao Ministério Público e à
3ª secção e permitirá, no futuro, recentrar a actividade jurisdicional nos processos de responsabilidade
financeira.
Finalmente, importa referir a possibilidade concedida ao Ministério Público de emitir parecer escrito
ou oral nos processos e acções de controlo da 1ª e 2ª secções, antes da aprovação do relatório definitivo.
Tal possibilidade só ganha, contudo, interesse se esses pareceres puderem, como acontece já na 1ª secção,
ser apreciados previamente pelo colectivo de juízes que analisa o projecto de relatório e tem de votá-lo
na sessão. Assim, insiste-se em que importa regulamentar o prazo que o Ministério Público tem para a
sua prolação e o momento e fase processual certo em que o deve fazer para que ele se torne, efectivamente,
útil.
Mais uma vez, porém, se nota nesta nova formulação da Lei nº 98/97, de 26 de Agosto, uma distorção
processual entre os processos e relatórios movimentados pelos órgãos de controlo interno e pelo Tribunal
de Contas, uma vez que naqueles o Ministério Público não pode, naturalmente, emitir semelhante
parecer, o que cria desigualdades processuais, eventualmente capazes de afectar os direitos dos infractores
que venham a ser responsabilizados financeiramente.
Tribunal de Contas
Quanto à 3ª secção, compete ao Ministério Público requerer o julgamento dos processos que a lei
prevê, acompanhando depois o respectivo processo jurisdicional, quer em 1ª instância (juiz singular),
quer em recurso das decisões aí proferidas e também em recursos de decisões de fixação de emolumentos
da 2ª secção e secções regionais, bem como dos pedidos de revisão — artigos 79º, 89º a 95º e 96º a
103º da Lei nº 98/97.
O Ministério Público intervém no plenário geral, nomeadamente em sede de parecer sobre a Conta
Geral do Estado, planos de acção trienal e recursos extraordinários. Está ainda representado pelo seu
Na 1ª secção o número de processos entrados para fiscalização prévia foi de 1.800. O número total de
processos movimentados foi de 1.873, tendo sido visados em sessões diárias de visto e da subsecção
1.294, visados com recomendação 126 e recusados 44. Foram devolvidos 175 processos para
complemento de instrução ou por não estarem sujeitos a visto. Transitaram 161 processos para 2009.
O número total de vistos tácitos foi de 40.
No plenário da secção foram apreciados e decididos 45 recursos ordinários, incluindo os vindos da
Secção Regional da Madeira e os da Secção Regional dos Açores. O Ministério Público proferiu 30
pareceres em recursos ordinários interpostos na 1ª secção e ainda pareceres verbais em todos os processos
levados à subsecção. Emitiu, ainda, 40 pareceres em relatórios da fiscalização concomitante. Ainda
nesta sede iniciaram-se 33 auditorias de fiscalização concomitante.
Em sede de fiscalização sucessiva e concomitante (2ª secção), o número de contas entradas, inscritas em
plano de fiscalização, foi de 46, a que acrescem 936 transitadas de 2007. Após análise, foram devolvidas
com homologação 277 contas, 82 com recomendações e 7 não homologadas.
Foram iniciadas 55 auditorias de fiscalização sucessiva, transitaram do ano anterior 55, tendo sido
concluídas com relatório aprovado 57.
Foram, ainda, aprovados 7 relatórios de verificações internas de contas e 1 de verificação externa de
contas.
Com a publicação da Lei nº 48/2006, de 26 de Agosto, passou o Ministério Público, nos termos do
artigo 29º, nº 5, a assistir às sessões da 2ª secção e a emitir parecer sobre a legalidade das questões
emergentes nos projectos de relatórios submetidos à apreciação da secção ou subsecção. Nestes termos,
o Ministério Público proferiu 70 pareceres.
Apesar das dificuldades antes referidas entre a articulação do momento da prolação do parecer e o da
apreciação do projecto de relatório pela secção, mesmo assim em alguns casos, atenta a especial
preocupação de alguns conselheiros na preparação do projecto de relatório, a intervenção do Ministério
Público nesta fase, ainda que de modo informal, foi determinante para um mais rigoroso resultado na
tipificação dos factos e condicionantes de situações evidenciadas como infracções financeiras.
Relativamente à 3ª secção foram registados, para julgamento em 1ª instância, 4 processos de julgamento
de responsabilidades financeiras.
Tribunal de Contas
49
responsabilidade financeira. Foi ainda distribuído 1 recurso extraordinário de revisão de sentença.
Por causa dos processos julgados na 3ª Secção foram instaurados 2 processos de execução fiscal.
A diminuição do número de julgamentos na 3ª secção é o resultado positivo das alterações introduzidas
à Lei nº 98/97, de 26 de Agosto, pelas Leis n.os 48/2006, de 29 de Agosto, e 35/2007, de 13 de Agosto.
Com efeito, devido ao crescente número de pagamentos e reposições voluntárias ocorridas, ou
directamente na fase de auditoria ou já depois no Ministério Público, e ainda devido ao crescente uso
do instituto da relevação relativamente a infracções menores, diminui necessariamente o número de
acções intentadas. Acresce o facto de as multas processuais ou para-processuais previstas no artigo 66º,
que sancionam a não colaboração com o tribunal, terem passado a ser aplicadas directamente pelos
conselheiros, deixando assim de se impor, também nestes casos, a propositura de acções.
Foram participados ao Ministério Público, nos termos e para os efeitos do artigo 57º, nº 1, da LOPTC,
com infracções evidenciadas, 29 relatórios da 1ª secção, 15 da 2ª secção e 4 de órgãos de controlo
interno aos quais acrescem, transitados do ano anterior, 13 relatórios da 2ª secção e 1 de órgãos de
controlo interno.
Em 22 dos referidos processos, 103 responsáveis requereram o pagamento voluntário de multa no
montante global de 115.290,52 €, tendo 73 procedido à respectiva liquidação total.
É de referir que, quer o número de responsáveis que solicitaram emissão de guias para pagamento
voluntário, quer o valor total dessas guias tiveram um aumento bastante elevado relativamente ao ano
anterior, a saber: 286% e 241% respectivamente.
No que respeita à responsabilidade reintegratória, foi reposta a quantia de 38.188,91 €.
Durante o ano de 2008, foram apresentados 6 requerimentos acusatórios e proferidos 14 despachos de
arquivamento, tendo sido proferidos despachos finais de extinção de responsabilidade financeira
sancionatória por pagamento voluntário de multa em 11 processos. Transitaram para 2009, 2 relatórios
de órgãos de controlo interno e 31 relatórios de auditoria do tribunal, dos quais 10 se encontram em
fase de pagamento.
Foram também participados ao Ministério Público, sem evidência de infracções, nos termos do artigo
29, nº 4, 16 relatórios da 1ª secção e 46 da 2ª secção, aos quais se somam 3 relatórios da 2ª secção
transitados do ano anterior.
O Ministério Público procedeu ainda à devolução de 43 relatórios de órgãos de controlo interno ao
Departamento de Verificação Interna de Contas deste tribunal, por não reunirem as formalidades essenciais
necessárias ao prosseguimento do processo por parte do Ministério Público.
O Ministério Público interveio ainda nos processos de recurso dos concursos para juiz conselheiro do
Tribunal de Contas
Tribunal de Contas.
1ª SECÇÃO
Processos de Fiscalização Prévia (DECOP)
Findos
Vindos do Pendentes
Espécies processuais ano Entrados Devolvidos Outros p/o ano
Visados Recusado Visto
anterior Visados motivos Total seguinte
c/recomendação o visto tácito
2ª SECÇÃO
1 - Processos de Verificação Interna de Contas de Gerência (DVIC)
Findos
Entrados
Vindos do Homolo- Devolvidos Transitados Pendentes
(inscritas em Não
Espécies processuais ano Homo- gadas c/ p/ outra para o ano
Plano de homo- Com Total
anterior Sem seguinte
Fiscalização) logadas recomen-
logadas verificação forma de
dações verificação controlo
concluída
Verificação interna de
936 46 277 82 7 0 0 0 366 616
contas ordinárias
Análise dos documentos das
0 6045 0 0 0 6045 0 0 6045 0
entidades dispensadas
1ª e 2ª SECÇÕES
Auditorias e Verificação Externa de Contas
Findas
Vindas do ano Pendentes p/o ano
Auditorias Iniciadas Com relatório Outros
anterior Total seguinte
aprovado motivos
Pareceres 0 6 6 0 6 0
Tribunal de Contas
Outros Relatórios 0 7 7 0 7 0
51
3ª SECÇÃO
Processos de Efectivação de Responsabilidade Financeira e de Multa
Vindos Findos
Pendentes
do ano Antes julgamento Com julgamento
Espécies processuais Entrados p/o ano
anterior Total
Pagamento Outras Sentença Sentença seguinte
voluntário situações condenatória absolutória
Processos de julgamento de contas 4 0 0 0 1 3 4 0
Processos de multa 1 0 0 1 0 0 1 0
1ª SECÇÃO
Recursos em Processos de Visto
Findos
Vindos do
Julgados Pendentes
ano Indeferidos
Processos de Visto Entrados para o ano
anterior liminar- Findos (não Remessa ao Total
Proce- Improce- Outras seguinte
mente oposição de Plenário
dentes dentes situações
julgados) Geral
Recursos ordinários 8 37 0 2 20 0 0 2 24 21
Recursos extraordinários 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
3ª SECÇÃO
Recursos com origem em processos da Sede e das Secções Regionais
Findos
Vindos do Pendentes
Recursos ordinários ano anterior Entrados Indeferidos Julgados para o ano
liminar- Improce- Outras Total seguinte
mente Procedentes
dentes situações
Recursos em matéria de responsabilidades
6 3 0 0 4 1 5 4
financeiras e de multa
De multa 0 1 0 0 1 0 1 0
PLENÁRIO GERAL
Recursos extraordinários para fixação de jurisprudência
Tribunal de Contas
Findos
Vindos Pendentes
Espécies processuais e de recursos do ano Interpostos Indeferidos Com julgamento para o ano
anterior Total seguinte
liminarmente Procedentes Improcedentes
1. Participações ao MP nos termos e para os efeitos do art. 57º, nº 1 da LOPTC (com infracções evidenciadas)
Findos Pendentes
Pendentes do
Espécies processuais Entrados Total para o ano
ano anterior Pagamento
Com acção Arquivamento seguinte
voluntário
3. Outras situações
Baixa Pendentes
Pendentes do ano
Espécies processuais Entrados Estatística/Devolvidos/Remetidos a para o ano
anterior
outros Departamentos seguinte
Expediente Diverso 0 8 8 0
4. Recursos
Tribunal de Contas
1ª Secção 0 0 0 0 0 0
Do Ministério Público
3ª Seccão 2 1 0 1 0 2
1ª Secção 8 37 2 20 2 21
Dos demandados
3ª Seccão 4 3 0 4 1 2
53
5. Pareceres elaborados no ano
55
— Estatuto Disciplinar (Regime Geral da Função Pública);
— pareceres solicitados pelo Ministro da Justiça, no âmbito da actividade legislativa.
Foram ainda aprovados o plano de inspecções para 2009 e a lista de antiguidade dos magistrados do
Ministério Público relativa a 2007.
Foi avaliado o serviço prestado por 203 magistrados, tendo sido atribuídas as seguintes classificações: 3
de Medíocre, 12 de Suficiente, 34 de Bom, 92 de Bom com distinção e 62 de Muito Bom.
Das 4 reuniões em secção disciplinar resultou a aplicação de 12 penas disciplinares: três de aposentação
compulsiva, uma de 12 meses de inactividade, uma de suspensão por 100 dias, uma de transferência,
uma de multa de 40 dias, três de multa de 30 dias, uma de multa de 15 dias e uma de multa de 10 dias.
No que se refere à gestão dos quadros, realizou-se um movimento em 2008, abrangendo 235 magistrados
e a promoção de 2 à categoria de procurador-geral adjunto e de 22 à categoria de procurador da República.
Foram ainda nomeados 68 novos procuradores-adjuntos e destacados 69 procuradores-adjuntos em
regime de estágio.
Foram distribuídas 145 inspecções a magistrados (das quais 6 extraordinárias), 10 inspecções a serviços,
38 inquéritos e 17 processos disciplinares. Em resultado do trabalho desenvolvido pelos Inspectores
foram concluídos 206 processos, dos quais 156 de inspecção, 36 inquéritos e 14 disciplinares. Realizou-
-se uma reunião dos Inspectores do Ministério Público.
Foram publicados 26 Boletins Informativos (nos 112 e 115 a 139) — também disponíveis para consulta
no site da Procuradoria-Geral da República — prosseguindo-se, assim, com a divulgação da actividade
do Conselho.
Ao longo do ano houve diversas mudanças na composição do CSMP, sobretudo em virtude da eleição
de magistrados, que teve lugar a 25 de Janeiro, para um mandato de três anos.
Conselho Superior do Ministério Público
57
CONSELHO CONSULTIVO
DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA
3.
59
AUDITORES JURÍDICOS
4.
A Lei Orgânica da Assembleia da República (Lei nº 77/88, de 1 de Julho, na redacção da Lei nº 28/2003,
de 30 de Julho) prevê a figura de auditor jurídico, na dependência directa do Presidente da Assembleia,
para exercer funções no domínio da consulta jurídica e do contencioso administrativo.
As novas leis orgânicas dos diversos ministérios, publicadas em 2006, na sequência da reforma introduzida
pelo “PRACE”, deixaram de prever a existência de auditorias jurídicas e de auditores jurídicos, mantendo-
-se, estes, em diversos ministérios, por força, exclusivamente, da disposição legal ínsita no Estatuto do
Ministério Público (nº 1 do artigo 44º da Lei nº 47/86, na versão da Lei nº 60/98, de 27 de Agosto).
No caso da Assembleia da República, para além desta previsão no Estatuto do Ministério Público, a
existência de auditor jurídico continua especialmente prevista na Lei de Organização e Funcionamento
dos Serviços da Assembleia da República, estipulando o nº 4 do artigo 26º desta lei orgânica que “o
cargo de auditor jurídico será exercido por um procurador-geral-adjunto, nomeado e exonerado nos
termos do Estatuto do Ministério Público, ouvido o Presidente da Assembleia da República”.
Cabe ainda uma referência no que tange ao processo disciplinar, no qual se a decisão punitiva for da
competência exclusiva do Presidente da Assembleia da República, poderá previamente ser ouvido o
auditor jurídico — nº 5 do artigo 66º do Estatuto aprovado pelo Decreto-Lei nº 24/84, de 16 de
Janeiro (diploma entretanto revogado e substituído, com efeitos a 1-1-2009, pela Lei nº 58/2008, de
9 de Setembro).
O auditor jurídico encontra-se instalado na “Casa Amarela”, defronte do Palácio de S. Bento. As
instalações, tirando a sua exiguidade, são funcionais e encontram-se em bom estado de conservação,
tendo, nos últimos anos, beneficiado de pinturas e de pequenas obras de conservação.
Dispõe o serviço de dois PC’s instalados, um no gabinete do auditor jurídico e outro no da secretária,
com acesso à Internet. É de realçar a inovação introduzida, já no final do ano de 2004, que consistiu no
acesso, por parte do auditor jurídico, à rede interna (intranet) da Assembleia da República, denominada
ARnet e, também, à disponibilização da base de dados jurídicos comercial “Legix”.
Sublinha-se sempre ter existido plena vontade, compreensão e espírito de colaboração na solução de
todos os problemas logísticos, pelo gabinete do Presidente da Assembleia da República e pela Secretária-
-Geral, sendo excelente o relacionamento com todos os departamentos e serviços da Assembleia da
República.
Presta ainda serviço na auditoria jurídica, para além da secretária que exerce a totalidade das funções
administrativas e de secretariado, uma auxiliar administrativa, tendo ambas exercido as suas funções
com grande zelo, competência, assiduidade e dedicação ao serviço, sendo de realçar especialmente aquela
primeira funcionária.
O serviço dispõe de livro de registo de pareceres, informações, acções judiciais-administrativas ou outras
61
(petições, respostas, contestações, alegações, contra-alegações, alegações complementares, recursos
jurisdicionais), recursos hierárquicos, inquéritos, processos disciplinares ou sindicâncias e outros trabalhos,
e de pastas de arquivo dos pareceres e informações elaboradas, bem como de correspondência recebida
e expedida. Os registos encontram-se em ordem.
Os pedidos de parecer, após o seu registo, são entregues ao auditor jurídico para análise e respectiva
elaboração. Emitidos que sejam, são remetidos ao gabinete do Presidente da Assembleia da República,
o mesmo sucedendo quanto às contestações nas acções judiciais. Quanto às alegações, contra-alegações
e satisfação de outros pedidos ou informações formuladas às, ou pelas, instâncias judiciais, é o seu
cumprimento efectuado directamente pelo auditor.
Os prazos processuais foram sempre respeitados. As situações não sujeitas a prazos obtiveram pronúncia
com relativa celeridade, atenta a complexidade das questões afloradas, sendo que a média para a emissão
e remessa dos pareceres rondou entre oito e quinze dias.
Durante o ano foram vários os processos pendentes nas instâncias judiciais, maioritariamente no STA,
mas também no TCA/Sul e no TAF de Lisboa, iniciados em 2008 ou transitados do ano anterior, os
quais foram objecto de continuado acompanhamento, através, designadamente, de apresentação de
contestações e outros articulados, alegações e contra-alegações processuais e em recursos jurisdicionais e
outros requerimentos e respostas a requerimentos ou a despachos judiciais.
Destes processos destacam-se:
— Recurso contencioso para impugnação de actos administrativos alegadamente contidos na Lei
nº 91/95, de 2 de Setembro (recurso nº 39.032, 1ª Secção, 2ª Subsecção do STA);
— Acção de indemnização intentada pela “ENGIARTE — Engenharia e Construções, Lda.” contra
o Estado/Assembleia da República (processo nº 583/01, 3ª Secção do TAF de Lisboa);
— Acção administrativa especial intentada para impugnação de pena disciplinar de aposentação
compulsiva aplicada a funcionário de segurança da Assembleia da República (AAE nº 878/04,
1ª Secção, 1ª Subsecção, do STA);
— Acção administrativa especial intentada para impugnação da decisão relativa à cessação de comissão
de serviço como dirigente da Assembleia da República determinada em decorrência de assunção de
funções em gabinete ministerial (AAE nº 1.201/05, 1ª Secção, 2ª Subsecção, do STA);
— Acção administrativa especial intentada por ex-secretária-geral da Assembleia da República e
respectivos adjuntos, relativa a remunerações (AAE 288/06, 1ª Secção, 2ª Subsecção, do STA);
— Acção administrativa especial intentada pela “APEC-Associação Portuguesa de Escolas de
Condução” para impugnação de norma — artigo 25º-A do Decreto-Lei nº 175/91, de 11 de Maio
(AAE nº 1975/07, 2º Juízo, 2ª Secção do Contencioso Tributário do TCA Sul);
Auditores Jurídicos
— AJAR148 — sobre recurso hierárquico, interposto pela arguida, da pena disciplinar que lhe foi
imposta.
O auditor jurídico realizou, na qualidade de instrutor designado por despacho de 2-4-2008 do Presidente
da Assembleia da República, um processo disciplinar, nos termos do Estatuto Disciplinar (Decreto-Lei
nº 24/84, de 16 de Janeiro), na sequência de auto de notícia levantado pela chefe da Divisão de Recursos
Humanos e Administração contra uma funcionária parlamentar (auxiliar parlamentar) por violação dos
deveres de correcção, urbanidade e respeito.
63
O auditor jurídico participou nas sessões de 24 de Julho e de 25 de Setembro de 2008 do Conselho
Consultivo da PGR para discussão dos projectos de Parecer nº 50/2007, sobre qual a entidade (Tribunal
de Contas ou Tribunal Constitucional) competente para a fiscalização da legalidade da utilização das
verbas, inscritas no orçamento da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, destinadas
a apoiar o funcionamento dos gabinetes dos grupos parlamentares; representou o Procurador-Geral da
República em sessões públicas de oito concursos, nacionais e internacionais, para adjudicação de
empreitadas de obras públicas em 10 de Abril (Metropolitano), 12 de Junho (SimTejo), 4 de Julho
(Direcção Regional de Educação), 22 de Julho (Parque Escolar), 26 de Setembro (Metropolitano), 29
de Setembro (APL), 30 de Outubro (Metropolitano) e 10 de Dezembro (Parque Escolar); colaborou,
ainda, nos exames de aptidão para ingresso no Centro de Estudos Judiciários (XXVII Curso de Formação
de Magistrados) e presidiu a um dos júris encarregados das provas da fase oral (via académica).
Continuou a integrar o Conselho Pedagógico do ISPJCC (Instituto Superior de Polícia Judiciária e
Ciências Criminais), que passou a designar-se EPJ (Escola de Polícia Judiciária) a partir da entrada em
vigor da Lei nº 37/2008, de 6 de Agosto (Lei Orgânica da Polícia Judiciária), tendo participado em
quatro reuniões deste órgão (em 25 de Janeiro, 5 de Março, 5 de Maio e 22 de Outubro).
O auditor jurídico fez parte, por designação do Conselho Superior do Ministério Público, nos termos
previstos no artigo 2º, alínea c)-iii) da Lei nº 1/2008, de 14 de Janeiro, do júri do concurso extraordinário
para o preenchimento de 30 (+10) vagas de magistrados judicias dos Tribunais Administrativos e Fiscais,
exclusivamente aberto a juízes e magistrados do Ministério Público.
Tal como se sublinhou em relatórios reportados a anos anteriores, a Lei Orgânica do Ministério da
Defesa Nacional — Decreto-Lei nº 217/93, de 26 de Fevereiro (com as alterações introduzidas pelos
Decretos-Leis nºs 211/97, de 16 de Agosto, 217/98, de 20 de Agosto, 263/97, de 1 de Outubro,
290/2000, de 14 de Novembro, e 171/2002, de 25 de Julho), na sua redacção actual, não prevê a
existência de uma auditoria jurídica (extinta por força do disposto no artigo 10º do Decreto-Lei
nº 211/97, de 16 de Agosto) e também se revela omissa quanto à dotação de um auditor jurídico
pelo referido Ministério.
Assinala-se também que a extinção da auditoria jurídica do Ministério da Defesa Nacional deu lugar ao
departamento de assuntos jurídicos (DeJur), organismo que, ainda segundo o artigo 2º do citado Decreto-
-Lei nº 211/97, depende do secretário-geral e tem por objecto a prestação de apoio jurídico ao Ministério.
Apesar da extinção da auditoria jurídica e de não se prever na Lei Orgânica do Ministério da Defesa
Nacional a existência do auditor jurídico, este cargo continua titulado e preenchido por um procurador-
-geral adjunto, sob solicitação do Ministro da Defesa Nacional, e com suporte nos artigos 44º e 45º do
Auditores Jurídicos
— no processo nº 8/08 — matéria ainda relativa à escolha do procedimento para aquisição de bens
e serviços e concomitante análise dos pressupostos fácticos;
— no processo nº 9/08 — matéria relativa à atribuição do subsídio para pagamento de propinas,
ainda em face do disposto no Decreto-Lei nº 358/70 e da Portaria nº 445/71;
— no processo nº 10/08 — matéria referente à cessação das obrigações militares na situação de
deserção, e com referência ao Código de Justiça Militar e Lei do Serviço Militar nº 174/99, de 21
de Setembro;
65
— no processo nº 11/08 — breve parecer relativo à legalidade de acordo de licenciamento de
«software»;
— no processo nº 12/08 — matéria relativa à fundamentação de escolha do procedimento no
âmbito da aquisição de bens e serviços por órgão do Ministério da Defesa Nacional;
— no processo nº 13/08 — matéria relativa à pertinência da eventual anulação do procedimento
ainda em curso e destinado à aquisição de bens e serviços pelo Ministério da Defesa Nacional;
— no processo nº 14/08 — matéria referente a recurso interposto por militar e na sequência de
despacho punitivo proferido em sede de processo disciplinar;
— no processo nº 15/08 — matéria ainda relativa à escolha do tipo de procedimento adoptável em
sede de aquisição de bens e serviços pelo Estado;
— no processo nº 16/08 — matéria ainda reportada à fundamentação na escolha do tipo de
procedimento adoptável na aquisição de bens e serviços pelo Estado;
— no processo nº 17/08 — matéria relativa à natureza e validade das deliberações tomadas por
comissão designada para apreciar a eventual reconstituição da carreira de militares que participaram
na transição para a democracia (Abril de 1974), à luz da Lei nº 43/99, de 11 de Junho;
— no processo nº 18/08 — breve parecer reportado à tramitação para implementação dos acordos
de normalização OTAN (STANAG’S);
— no processo nº 19/08 — matéria referente ao sentido e alcance de várias normas constantes do
novo Código de Contratos Públicos;
— no processo nº 20/08 — matéria respeitante ao abate e alienação de navios e correspondente
fundamentação legal;
— no processo nº 21/08 — matéria referente à (in)constitucionalidade da Lei de Programação das
Infra-Estruturas Militares (Lei nº 3/2008, de 8 de Setembro) e “agitada” pelo Gabinete do Presidente
da Região Autónoma dos Açores;
— no processo nº 22/08 — matéria respeitante ao regime de pagamento das despesas de viagem de
militares providos em cargos internacionais ou integrados em missões militares junto da OTAN e
de representações diplomáticas no estrangeiro.
No decurso do ano de 2008, o auditor jurídico participou em seis sessões do Conselho Consultivo da
Procuradoria-Geral da República, em que foram debatidos pareceres sobre matérias respeitantes ao
Ministério da Defesa Nacional e esteve presente em nove actos públicos — concursos públicos de
empreitada de obras públicas —, em representação do Procurador-Geral da República.
Auditores Jurídicos
A anterior Lei Orgânica do Ministério da Cultura (Decreto-Lei nº 42/96, de 7 de Maio) previa, no seu
artigo 2º, nº 4, a existência, junto do Ministério da Cultura, de um magistrado do Ministério Público,
a designar nos termos da lei, com a categoria de auditor jurídico, a quem cabia prestar apoio, quando
solicitado, aos membros do Governo, nos domínios da consultadoria jurídica, elaboração de legislação,
contencioso e instrução de processos disciplinares ou similares. Porém, no domínio deste diploma, o
lugar de auditor jurídico só veio a ser preenchido em Março de 2001.
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com as conclusões e informações que o auditor jurídico entendeu submeter à respectiva apreciação.
O gabinete de trabalho inicialmente ocupado pelo auditor jurídico até Agosto de 2004, localizado no
3º andar do Palácio Nacional da Ajuda (onde também se encontram instalados os gabinetes dos membros
do Governo) reunia boas condições de iluminação e mobiliário. No entanto, dada a necessidade de
instalar, naquela data, duas Secretarias de Estado, após mudança de Governo, aquele gabinete foi afecto
a outras entidades.
Presentemente, o gabinete ocupado pelo auditor jurídico tem boas condições de iluminação e o mobiliário
indispensável, embora o estado de conservação do tecto continue a suscitar preocupações, dadas as
frequentes infiltrações de água. O principal problema é a poeira decorrente da deterioração progressiva
do tecto e a queda da respectiva pintura, o que implica a necessidade de se proceder à limpeza do
gabinete diversas vezes ao longo do dia. Tudo aponta, no entanto, para que a situação venha a ficar
resolvida, a médio prazo, dado o facto de decorrerem actualmente obras nos telhados e terraços do
Palácio da Ajuda, que terão directa influência no gabinete ocupado pelo auditor jurídico.
O auditor jurídico dispõe de um computador pessoal com acesso à Internet, embora de modelo já
antigo, designadamente para acesso às bases de dados do ITIJ do Ministério da Justiça e do Tribunal
Constitucional, bem como à homepage do Diário da República. O referido computador apresenta,
contudo, para além da lentidão resultante da sua antiguidade, algumas deficiências, designadamente o
facto de ter o drive de CD-ROM avariado e de, só muito recentemente, ter sido possível assegurar a
utilização de um dispositivo de memória externa, para segurança dos trabalhos produzidos. Sabe-se,
porém, que, a muito curto prazo, a situação será definitivamente ultrapassada pela entrega de um novo
equipamento informático, já adquirido pelo Ministério da Cultura.
O auditor jurídico não dispõe de apoio bibliográfico ou documental específico. Nessa medida, para
consultas bibliográficas, para além dos recursos próprios, o auditor jurídico tem-se socorrido da pequena
biblioteca jurídica existente no gabinete dos adjuntos do Ministro da Cultura, dos serviços de informação
e relações públicas da Secretaria-Geral deste Ministério e, sempre que necessário, após pesquisa
informática, da biblioteca da Procuradoria-Geral da República.
Sublinha-se, contudo, o facto de o acesso gratuito ao Diário da República, por via electrónica, não
permitir o acesso à Base Digesto, da Presidência do Conselho de Ministros, que possibilita reconstituir
a história legislativa dos diplomas consultados. Esta base não é, com efeito, gratuita, por ser considerada
um serviço de valor acrescentado. Isto não impede, porém, que seja um instrumento de consulta
indispensável para qualquer magistrado, sobretudo para os que exercem funções de consulta jurídica.
Ao invés, pelo facto de os respectivos computadores estarem integrados na rede do Governo — a que o
auditor jurídico não tem, naturalmente, acesso —, os membros dos gabinetes do Ministro e da Secretária
de Estado da Cultura dispõem de acesso à base Digesto. Sabe-se, porém, que esta dificuldade será
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ultrapassada em 2009, através de uma assinatura feita pela secretaria-geral do Ministério da Cultura,
especificamente para o auditor jurídico, para acesso à base de dados Digesto. Deixa-se, por isso, no
presente relatório, a devida referência a esta iniciativa da secretaria-geral, que muito irá facilitar o trabalho
do auditor jurídico.
Não existe quadro próprio de consultores ou de assessores jurídicos afectos ao auditor jurídico. Este
actua, por isso, sozinho, embora em estreita interligação e em plena colaboração com os diferentes
organismos do Ministério com quem precisa de articular posições, alguns dos quais dispõem de juristas
nos seus quadros de pessoal ou recorrem a consultores jurídicos externos. Entende-se, por isso, deixar
contenciosos e de jurisdição comum. Para além disso, foram produzidos: 39 informações com um
total de 409 páginas e 21 pareceres (601 páginas). Por outro lado, das peças produzidas no âmbito do
Ministério da Cultura 34 respeitaram a procedimentos e recursos administrativos, 21 a intervenções
em processos judiciais (17 – jurisdição administrativa, 2 – jurisdição penal e 2 – jurisdição cível) e uma
intervenção em processo tributário.
Relativamente às áreas cobertas, os pareceres e informações produzidos versaram matérias sobre
funcionalismo público (27), concessão de apoio financeiro às artes (7), preservação e salvaguarda do
património cultural (6), procedimentos disciplinares (5), queixas apresentadas contra os serviços (3),
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protecção dos direitos de autor (3), realização de touradas com morte de touro em lide (2), direito
comercial (2) e direito penal (1). Para além disso, houve, ainda, oportunidade de elaborar mais 5
informações/pareceres, designadamente pedidos por ou destinados à Procuradoria-Geral da República,
num total de 98 páginas. Assim, o total do trabalho produzido pelo auditor jurídico, em 2008, foi de
65 informações/pareceres, num total de 1108 páginas.
Os pareceres e informações elaborados incidiram, por outro lado, sobre questões do âmbito do direito
constitucional, direito administrativo, direito do funcionalismo público, direito disciplinar, direito
civil e processual civil, direito comercial, direito penal e processual penal, direito tributário, direitos de
autor, direito relativo ao património cultural, direito financeiro, etc.
Transitaram, para o ano de 2009, 37 processos, dos quais 8 entregues ao auditor jurídico no decurso do
mês de Dezembro de 2007 e 16 relativos a recursos em matéria de avaliações de desempenho.
Enquanto membro da Comissão de Fiscalização de Dados do Sistema de Informações da República
Portuguesa (SIRP), para a qual foi designado pelo Procurador-Geral da República, coube ao auditor
jurídico a preparação do projecto de relatório de actividades da mesma Comissão, relativo ao ano de
2007 e, na sequência de pedido formulado pelo Secretário-Geral do SIRP, a apreciação de um novo
projecto de “Regulamento conjunto dos Centros de Dados do SIS e do SIED”, no seguimento da
apreciação feita do projecto inicial do mesmo Regulamento. O referido parecer totalizou 58 páginas.
Para além disso, participou, com os restantes elementos da Comissão de Fiscalização de Dados (Secretário-
-Geral, Serviço de Informações de Segurança e Serviço de Informações Estratégicas de Defesa), nas
visitas efectuadas aos serviços que integram o SIRP e nas reuniões havidas com o Conselho de Fiscalização
do SIRP, sedeado na Assembleia da República
Por designação do Procurador-Geral da República, o auditor jurídico acompanhou o Vice-Procurador-
-Geral da República à Conferência Eurojustice, que agrupa procuradores-gerais da República de diversos
países europeus, grande parte dos quais membros da União Europeia. Esta sessão da Conferência
Eurojustice decorreu em Edimburgo, na Escócia, nos dias 29 e 30 de Outubro de 2008 e ocupou-se de
dois temas específicos: o papel do procurador-geral para garantir a confiança do público no sistema da
justiça penal e o desenvolvimento das tecnologias da informação e das comunicações para os
procuradores-gerais e as lições a retirar dessa experiência.
No âmbito desta sua participação, o auditor jurídico teve oportunidade de dar conta da situação existente
em Portugal relativamente aos dois temas analisados, tendo, para o efeito, colhido a necessária informação
quer junto da Procuradoria-Geral da República, quer junto da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa
(designadamente quanto ao segundo tema).
A convite da organização, o auditor jurídico foi igualmente convidado para participar na reunião da
Rede Judiciária Europeia em Matéria Penal, que teve lugar no Funchal, Madeira, em 13 de Outubro de
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2008. Esta reunião destinava-se a comemorar o 10º aniversário da criação da Rede Judiciária Europeia,
tendo o auditor jurídico assegurado uma intervenção de síntese sobre o trabalho já realizado pela mesma
Rede, bem como sobre os desafios que se lhe poderiam colocar no futuro. Este trabalho totalizou 11
páginas, tendo sido redigido directamente em inglês.
Finalmente, durante o período a que respeita o presente relatório, o auditor jurídico participou igualmente
em oito sessões de concursos públicos, para os quais foi designado em representação do Procurador-
-Geral da República: 15 de Fevereiro e 3 de Abril: ANA — ALS — Centrais térmicas; 27 de Junho:
EPAL — Novos laboratórios centrais da EPAL; 14 de Julho: Parque Escolar — Obras de modernização
Com a publicação da nova Lei Orgânica do Ministério da Justiça, aprovada pelo Decreto-Lei nº 206/2006,
de 27 de Outubro, na sequência da aprovação pela Resolução do Conselho de Ministros nº 124/2005,
de 4 de Agosto, do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), foi
determinada a extinção da auditoria jurídica, sendo objecto de fusão, e as suas atribuições integradas na
secretaria-geral — artigo 27º, nº 3, alínea b), da citada Lei.
Mas, prevendo-se no artigo 29º, nº 1, do citado decreto-lei que a integração na secretaria-geral apenas
produziria efeitos com a publicação do respectivo diploma orgânico, tal viria a suceder com a publicação
do Decreto Regulamentar n.º 50/2007, de 27 de Abril, em cujo artigo 10º se determina que a secretaria-
-geral do Ministério da Justiça sucede nas atribuições da auditoria jurídica.
Contudo, o processo de fusão só viria a dar-se por concluído com efeitos a 1-1-2008, nos termos do
Despacho nº 1181/2008 do Ministro da Justiça (in DR, 2ª série, nº 7, de 10-1-2008).
A auditoria jurídica do Ministério da Justiça fora criada pelo Decreto-Lei n.º 871/76, de 28 de
Dezembro, no domínio da Lei Orgânica do Ministério da Justiça aprovada pelo Decreto-Lei nº 523/72,
de 19 de Dezembro.
Posteriormente, a Lei Orgânica do Ministério da Justiça, aprovada pelo Decreto-Lei nº 146/2000, de
18 de Julho, veio prever a auditoria jurídica no elenco dos órgãos e serviços consultivos e de apoio a
funcionar junto do Ministro da Justiça e definir as suas atribuições e competências, cuja direcção cometeu
a um procurador-geral adjunto.
Em termos gerais, até à sua recente extinção, eram cometidas à auditoria jurídica do Ministério da
Justiça funções de consulta jurídica e, especificamente, a elaboração de pareceres e informações de carácter
jurídico, bem como a elaboração da resposta dos membros do Governo da área da justiça nos recursos
do contencioso administrativo interpostos de actos por eles praticados. A direcção da auditoria jurídica
era cometida pelo artigo 25º da Lei Orgânica do Ministério da Justiça a um procurador-geral adjunto
designado nos termos do Estatuto do Ministério Público.
Tendo a Lei Orgânica do Ministério da Justiça aprovada pelo citado Decreto-Lei nº 206/2006 deixado
de prever o lugar de auditor jurídico no elenco dos seus órgãos consultivos, a permanência em funções
de um auditor jurídico encontra base legal nos artigos 44º e 45º do Estatuto do Ministério Público,
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Seguindo as regras de intervenção nos processos jurisdicionais anteriormente adoptadas e que se
mantiveram, a auditoria jurídica, em regra, só interveio nos processos judiciais relativos a actos ou
omissões dos membros do Governo, não intervindo quando estavam em causa actos ou omissões de
dirigentes de serviços do Ministério da Justiça, caso em que os respectivos processos foram acompanhados
por juristas desses serviços, salvo indicação expressa em contrário do competente membro do Governo,
ditada pelas especiais razões a que acima se fez referência.
Pelo despacho ministerial acima mencionado, foram, ainda, afectados ao serviço da auditora jurídica os
três assessores jurídicos aí indicados, sendo o apoio logístico, v.g., ao nível informático e de recursos
humanos assegurado pela secretaria-geral, mantendo-se em funções na secretaria de apoio dois
funcionários.
Relativamente aos assessores jurídicos que lhe foram afectos, a auditora jurídica exerce a função de os
designar, caso a caso, para intervenção nos processos administrativos ou judiciais que constituem o seu
núcleo de intervenção, nos termos antes explicitados, tendo sobre tais consultores poderes de orientação
técnica e de coordenação do respectivo trabalho jurídico, à semelhança do que sucedia anteriormente à
extinção da auditoria, sendo a distribuição, em regra, efectuada por escala e por espécie, sem prejuízo
de, em casos concretos, a distribuição obedecer a outros critérios, por conveniência de serviço. Aquela
afectação não é exclusiva, pois tais assessores jurídicos também exercem funções idênticas na direcção de
serviços jurídicos e de contencioso da secretaria-geral, estando submetidos à respectiva hierarquia, sendo,
no entanto, a respectiva distribuição de processos mais reduzida do que a dos restantes assessores jurídicos
(mais seis) que aí exercem funções, de molde a atingir-se uma distribuição equitativa de serviço. É justo
salientar a disponibilidade e espírito de colaboração dos assessores jurídicos que integram o núcleo de
apoio da auditora jurídica.
A auditora jurídica tem reservado para si própria a elaboração de todos os pareceres cujos pedidos de
consulta lhe são dirigidos por despacho dos membros do Governo, sendo que os processos reservados
à auditora jurídica e demais expediente a eles respeitante são remetidos directamente pelo serviço de
apoio dos gabinetes dos membros do Governo ao núcleo de apoio administrativo comum à direcção de
serviços jurídicos e de contencioso, sendo objecto de registo informático e tramitação separada
relativamente aos demais processos e procedimentos.
Para além destes, outros, dos recebidos directamente pela secretaria-geral, são casuisticamente submetidos
à sua apreciação, mediante proposta do director de serviços jurídicos e de contencioso e com a
concordância da auditora jurídica, segundo o critério genérico estabelecido no referido despacho
ministerial da respectiva maior complexidade, repercussão social ou outro motivo atendível, sendo de
relevar especialmente o bom entendimento e a profícua colaboração que têm existido entre a auditora
jurídica e o director de serviços.
Quanto aos processos jurisdicionais, apenas as contestações ou oposições são submetidas a apreciação
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internacional; propostas de transacções judiciais e extrajudiciais; propostas de nomeação de pessoal
dirigente; direito de acesso a documentos administrativos.
Relativamente a todos os processos cujas intervenções não foram por si directamente subscritas, a auditora
jurídica coordenou o trabalho dos respectivos consultores, dirigindo a sua actuação e apondo a sua
concordância nas peças e pareceres por eles elaborados, após discussão conjunta dos temas a tratar.
Em termos conclusivos, ao fim de um ano de exercício de funções após a extinção da auditoria jurídica,
é possível concluir que a actuação da auditora jurídica se processou em moldes idênticos aos anteriores,
relativamente ao universo de processos e de pedidos de consulta que lhe foram reservados, definidos,
como se disse, em função do critério da sua maior complexidade, repercussão social ou outro motivo
atendível, tendo, também, exercido idênticas funções de direcção e de coordenação do trabalho dos
assessores jurídicos que lhe foram afectos.
No plano institucional, cabe sublinhar o bom relacionamento mantido com a secretária-geral e a secretária-
-geral adjunta, bem como com o director de serviços jurídicos e de contencioso, secundado pela pronta
colaboração dos serviços e funcionários da secretaria-geral. Importa, ainda, salientar o bom
relacionamento mantido com os gabinetes dos membros do Governo.
Refira-se, por fim, que a auditora jurídica participou em nove sessões do Conselho Consultivo da
Procuradoria-Geral da República, nas quais foram discutidos e votados pareceres relativos a matérias do
âmbito do Ministério da Justiça, e assegurou a representação do Procurador-Geral da República em
oito actos públicos de concursos, nacionais e internacionais, para adjudicação de obras públicas.
A auditora jurídica exerce funções no Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas
(MADRP), criado pela Lei Orgânica do XVII Governo Constitucional através do Decreto-Lei
nº 79/2005, de 15 de Abril, sucessivamente alterado pelos Decretos-Leis nos 11/2006, de 19 de Janeiro,
16/2006, de 26 de Janeiro, e 209/2006, de 27 de Outubro (actualmente vigente).
No relatório do ano transacto, deu-se conta da produção legislativa que — transversalmente ao ocorrido
em diversos ministérios — determinou a extinção por fusão da ex-auditoria jurídica do MADRP criada
ex vi do Decreto Regulamentar nº 30/87, de 24 de Abril, e mantida em funções pelo Decreto-Lei
nº 74/96 (artigo 4º, nº 1, alínea b)) de acordo com a redacção introduzida pelo artigo 2º do Decreto-
-Lei nº 246/2002, de 24 de Outubro, com as alterações resultantes do mesmo diploma, publicado no
DR nº 258, I Série-A, constituindo o Anexo II), passando as suas atribuições a estar integradas na
secretaria-geral — artigo 21º, nº 2,alínea b), da actual e supracitada Lei Orgânica do MADRP.
Na sequência do Decreto Regulamentar n.º 7/2007, de 27 de Fevereiro, que aprovou a Lei Orgânica da
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que coordena deve pronunciar-se e providenciar para que se proceda, quando é o caso, ao necessário
tratamento processual decorrente não só do contencioso em curso nas várias instâncias dos tribunais
administrativos (e é a esmagadora maioria dos casos), como de todas as matérias que careçam de apurada
e rigorosa análise em sede de pareceres, colaboração com o Ministério Público na propositura e sobretudo
contestação de acções propostas contra o Estado, estando em causa o MADRP, e fornecimento de
elementos de trabalho ou iniciativa de abordagem adequada no âmbito do direito.
A intervenção material da auditora continua a consubstanciar-se na análise e coordenação do NC nos
processos judiciais relativos a actos ou omissões dos membros do Governo (com a elaboração dos
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respectivos despachos de designação em juízo dos consultores, como representantes do MADRP —
artigo 11º, nos 2 e 3, do CPTA) e não já tanto quando estejam em causa actos ou omissões de dirigentes
de serviços do MADRP, caso em que os respectivos processos deverão ser acompanhados por juristas
que neles prestem serviço (nº 5 do citado normativo), embora tal tenha ocorrido, em casos mais delicados
em que foi entendido solicitar a intervenção directa, em juízo, de consultores do NC.
Há, também, que ressalvar a indicação expressa do competente membro do Governo, ditada por razões
de complexidade, uniformidade ou especial relevância social — por exemplo e tal como já havia sucedido
nos processos de SME (Sistema de Mobilidade Especial) a cuja crescente frequência, como já se previa,
se assistiu no ano de 2008 projectando-se para 2009 com a saída das listas de funcionários em mobilidade
especial da Autoridade Florestal Nacional — em que o Ministro centralizou as matérias jurídicas atinentes,
em sede de litígios a correr termos no TAC de Lisboa e nos TAF´s do país, no NC da secretaria-geral —
e, portanto, as intervenções ao nível judicial têm sempre sido realizadas pelos consultores do Núcleo
que a auditora jurídica coordena o que, por vezes, dado o volume de serviço, se revela quantitativamente
difícil quando se pretende elaborar um trabalho irrepreensível.
É considerável o número de pedidos de elementos indispensáveis, para a realização das exigíveis peças
processuais, que continuam a chegar muito no limite dos peremptórios prazos legalmente impostos em
sede de contencioso administrativo. A personalizada sensibilização dos serviços para a importância do
caso, tendo também em vista os objectivos a prosseguir, quer pela unidade orgânica, quer por cada um
dos técnicos que a integram, apenas com alguns serviços do ministério logrou êxito e resultados positivos.
Repetindo o que em relatórios anteriores tem sido referido, urge que os serviços do MADRP diligenciem
no sentido de uma actuação e envio célere dos dados que forem solicitados, visando a apresentação mais
rápida — e obviamente sempre atempada — de peças processuais a produzir no âmbito dos processos
judiciais.
Desejar-se-ia que em nenhum caso falhasse a articulação com as várias direcções-gerais e regionais do
ministério ao nível dos procedimentos administrativos, o que mais uma vez no corrente ano se verificou
nem sempre ter sido conseguido, com consequências que, embora não possam ser imputáveis ao serviço,
se traduziram numa menor celeridade na elaboração de algumas das peças finais do NC.
O gabinete da auditora jurídica funciona junto das instalações destinadas ao Núcleo de Contencioso da
Secretaria-Geral do MADRP, sedeada na Praça do Comércio, e situa-se no 3º piso do edifício central do
ministério, dispondo de alguma privacidade. Impõe-se também aqui, e de novo, assinalar que a secretária-
-geral do MADRP, com quem a auditora jurídica mantém um cordial, eficaz e consequente relacionamento
(o que igualmente é válido para a secretária-geral adjunta) é uma destacada profissional, muito competente,
pessoalmente disponível e portadora de especial sensibilidade quanto ao projectado bom andamento dos
serviços, o que, no que a esta unidade orgânica diz respeito, se traduz na dispensa de atenção para os
aspectos logísticos e de cooperação que se impõe sejam atendidos, procurando ao longo do ano ordenar
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não só uma melhoria na estrutura física das dependências afectas ao NC, como a aquisição de material e
equipamentos, sendo dadas condições de trabalho consideradas aceitáveis e funcionais.
Para o trabalho que tem sido desenvolvido na coordenação do NC e eficácia da unidade orgânica, tem
sido compreendida pela secretária-geral a necessidade de privacidade que tem vindo a ser possibilitada à
auditora jurídica, bem como aos juristas e demais funcionários que compõem o NC, em ordem ao
cuidadoso estudo, reflexão e processamento das matérias, tendo em conta (como já no antecedente
relatório se teve ocasião de assinalar) “a tramitação do actual e processualmente mais complexo
contencioso administrativo, sendo vital a tranquilidade que deverá ser permitido usufruir a este serviço
do material, em si. É consabido que, agora mais do que nunca, importa que os serviços públicos
disponham da máxima modernização e simplificação no campo informático para fazer face à evolução
acelerada no sector, a nível do mecanismo de tramitação computorizada, instrumentos de busca, numa
palavra, à global informatização dos serviços administrativos do ministério e dos tribunais em geral.
Nesse sentido e prosseguindo um dos objectivos traçados para 2008, desencadeou-se o processo de
atribuição e certificação pelo CEGER de assinaturas electrónicas qualificadas dos consultores,
procedimento de que se prosseguirá a monitorização no ano de 2009, tendo em vista a adesão aos
novos sistemas informáticos de tratamento da informação e de acesso aos meios judiciais e jurisdicionais.
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Dispõe o NC da base de dados designada LEGIX 8, que foi utilizada sempre que necessário com
resultados satisfatórios, revelando-se, no entanto, mais adequada e com possibilidade de maior
funcionalidade e abrangência de matérias, a base denominada JUSNET, a qual, em substituição daquela,
será adquirida pela secretaria-geral logo no início do ano de 2009 com quatro licenças para utilização
pelos elementos do NC.
O número de consultores jurídicos afectos ao trabalho do NC, que é de oito, achava-se preenchido no
final do ano, ocorrendo, ao longo do ano, a aposentação de dois assessores jurídicos principais, tendo
outro deixado de prestar serviço no Núcleo, em 30.10.08, por haver sido destacado para outro ministério
por convite ministerial. É previsível que se venha a concretizar, no início de 2009, a saída de uma
técnica superior e a aposentação de dois assessores jurídicos principais, tendo sido iniciado concurso
para a contratação de dois técnicos superiores, no final do ano. Em Agosto de 2008 passou a exercer,
com regularidade e de forma consolidada, funções de apoio jurídico no NC um técnico superior principal,
e, em meados de Dezembro, um assessor jurídico principal e um técnico superior.
É, assim, perceptível que ficará uma vaga em aberto, cuja necessidade de preenchimento é do directo
conhecimento da secretária-geral e da secretária-geral adjunta, sabendo-se haver o determinado propósito
de vir a ser preenchida esta lacuna, face à consciência de urgente restabelecimento do número de
consultores, com a manutenção, no mínimo, dos previstos, em ordem ao imperioso e aprofundado
estudo das candentes questões jurídicas suscitadas e à sua atempada resposta, voltando a realçar-se que,
dado o progressivo aumento de serviço e a entrada de outras, novas e diferentes matérias, continua a ser
a destacada e rara dedicação ao serviço de todos os elementos no NC que tem permitido a necessária
resposta às solicitações em termos que se afiguram juridicamente adequados e, tanto quanto possível,
com celeridade.
Pôde observar-se a continuação do aumento de conflitualidade a nível jurídico-administrativo com o
consequente acréscimo de processos, acções, providências (neste particular, assinala-se, desde logo, a
“monitorização” do largo número de providências cautelares e acções do sistema de mobilidade especial
(SME) que “invadiram” o NC no corrente ano, registando-se que já entraram e é suposto continuarem
a dar entrada outras, advindas da saída das respectivas listas de excedentes da Autoridade Florestal
Nacional) e recursos, o que faz antever que prossiga o significativo aumento do trabalho a nível do
contencioso administrativo para cuja análise e intervenção a unidade orgânica está vocacionada.
Antes, como no presente, assinala-se que, atento o mencionado volume e qualidade do serviço (e a
incontornável exigência do mesmo, atenta a especificidade e, em grande parte, inovação das matérias
apresentadas, que as torna pendentes de exame apurado) prosseguiu-se, à semelhança dos anos transactos,
numa situação de ponderado aproveitamento das capacidades dos senhores consultores jurídicos,
procedendo-se, em regra, a distribuições de serviço na base das valências respectivas, sempre que as
necessidades e urgências o permitem, sem nunca esquecer a equidade que se impõe no desenvolvimento
de uma almejada boa gestão. Insiste-se — mais uma vez e com relação ao corrente ano — em salientar
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que o normal cumprimento das funções desempenhadas no NC e o serviço prestado poderá extravasar,
na prática, a mera avaliação a que possa conduzir a simples observação numérica dos dados estatísticos
recolhidos.
O apoio administrativo tem sido dado por uma única funcionária, o que se considera insuficiente pela
dificuldade de, sozinha, acorrer às muitas e crescentes necessidades e solicitações exigidas à parte
administrativa, não havendo substituição da titular em caso de faltas, férias ou eventual ausência por
doença e tendo em conta o trabalho urgente que caracteriza o sector, situação de que a secretária-geral
está consciente havendo transmitido a sua intenção de logo que lhe seja possível, ponderadas as imposições
matéria tratada, são citados, quando se impõe de utilidade, nas informações e peças processuais, sendo
que a actual possibilidade de recurso à Internet e através de uma busca bem dirigida nas bases gerais de
dados disponíveis permite, como se sabe, aceder à informação mais actual que se pretende, nesse sentido.
Igualmente quanto ao arquivo de acórdãos do STA proferidos em recurso em que o ministério é parte
e que, pela matéria, possam ser considerados como doutrinais pela auditora jurídica procuramos sejam
circulados pelos consultores.
À semelhança dos anos transactos, em termos funcionais, após registo geral e recepção informática — a
par de entrega em papel — do expediente recebido, o mesmo vai a despacho à auditora jurídica, a qual,
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no que respeita às solicitações de informação, pareceres, ou peças processuais a apresentar nos tribunais
administrativos, os distribui pelos consultores jurídicos, que neles já tinham ou venham a ter intervenção.
Continua esta distribuição — por parecer a mais adequada e ter vindo a revelar-se conforme — a ter em
conta, no geral, os antecedentes que sobre cada caso, porventura, já existam no Núcleo — e que, por
vezes, é detectável porque vêm especialmente dirigidos ou existe anotação em informação sucinta ou
registo informatizado de imediato acesso pelo serviço administrativo — de modo a que, sendo caso disso,
e em princípio, o assunto ou expediente seja cometido ao consultor que já antes tratou a questão ou
matéria atinente. Nessa sequência e posteriormente, o trabalho realizado e a enviar é apresentado à auditora
jurídica, que, após análise e interacção com o consultor respectivo no sentido do possível ou eventual
aperfeiçoamento da peça, apõe o seu visto, com concordância, antes da remessa ou, sendo caso disso, a
questão é estudada em conjunto pela auditora e o consultor, precedendo a elaboração final do trabalho.
Reitera-se, na senda do que tivemos já ocasião de dizer no anterior relatório, que é no âmbito da gestão,
coordenação e de reporte directo ao nível técnico-jurídico do trabalho dos consultores que integram o
NC que se tem desenvolvido a actividade da auditora jurídica, com um cariz semelhante ao que lhe
incumbia aquando da existência da auditoria jurídica, sendo as sequentes funções desempenhadas no
essencial (maxime, contencioso, toda a ampla área jurídica que o envolve, recursos facultativos e
jurisdicionais, pareceres e apoio ao Ministério Público) similares às anteriormente desempenhadas, não
se nos oferecendo diferenças substanciais dignas de menção a nível técnico do trabalho da auditora
jurídica, no plano qualitativo, a que acresce a actual (após Janeiro de 2008) obrigatoriedade do envio
das peças elaboradas, via GESCOR, de que ora se revê a vantagem, em prol da imaterialização.
As mais complexas e inovadoras questões poderão sempre aconselhar apreciação mais abrangente em
reuniões com os consultores jurídicos, designadamente para efeitos de uniformização da posição do
Núcleo em importantes matérias. Tiveram lugar reuniões, ainda que sem necessidade de burocrática
formalização, mais alargadas ou parcelares, para análise da adequada abordagem e tratamento jurídico,
em sede, sobretudo, de contestação, a dar a várias das múltiplas acções propostas contra o ministério,
em diversas matérias de que, apenas a título de exemplo, destacamos a continuação de questões no
âmbito do SME e do SIADAP, prosseguindo a litigiosidade já recorrente de anos transactos no que
respeita às denominadas medidas agro-ambientais e outras matérias tão ou ainda mais candentes.
Para a reduzida biblioteca de que o Núcleo dispõe, foram adquiridos alguns livros actualizados e obras
necessárias, mas (por conhecimento das necessidades de contenção) nem aproximativamente aquelas
que se imporiam para uma boa renovação, com vista à consulta pela auditora jurídica e consultores,
tendo em conta as várias alterações legislativas ocorridas e esperadas (v.g. as alterações ao Código das
Custas Judiciais) ao nível de diversos códigos vitais para o desenvolvimento do trabalho. Urge, pois,
sejam adquiridos, com rapidez, os livros que venham a ser requisitados e que cuidamos se circunscrevam
ao essencial; caso contrário — o que não raro sucede — determinará a que auditora e consultores
utilizem os seus próprios ou comprem a suas expensas e sem contrapartida de ressarcimento e a “biblioteca”
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permaneça parca e desactualizada. O que foi trazido da ex-auditoria jurídica, em 2007, são alguns
códigos das matérias directamente relacionadas com o sector de actuação mais premente (muitos agora
já desactualizados) e algumas obras jurídicas seleccionadas nos anos anteriores pela auditora jurídica
titular, após audição dos consultores, ou compradas por sugestão directa destes. No decurso do ano
abandonou-se a recepção de algumas publicações, mantendo-se a assinatura dos Cadernos da Justiça
Administrativa.
O acesso on line, para consulta electrónica dos Diários da República (mas não dispondo o Núcleo de
senha para aceder às várias séries dos anos necessários, o que se recomendaria fosse obtida) e de alguns
do exame dos fundamentos da decisão em apreço, sobre os motivos de tal opção. Acrescem 5 intervenções
em intimações, 2 em processos disciplinares, e um número significativo, não contabilizável com
exactidão, de peças e apreciações de acórdãos e sentenças (também saneadores/sentenças), de intervenções
em processos tendo como objecto execução de acórdãos versando sobre a reforma agrária e de decisões
proferidas pelos tribunais administrativos nas acções intentadas contra o Estado tendo como objecto
pedidos de indemnização na decorrência da actuação do MADRP quanto aos designados “nitrofuranos”
e vistos, analisados e dado o adequado tratamento logístico pelos respectivos consultores que intervieram
nos processos em causa em representação do ministério e por nós ratificado, às dezenas de acórdãos dos
81
tribunais superiores enviados para conhecimento do Núcleo de Contencioso. Teve lugar a presença de
consultores em audiências preliminares, audiências de julgamento e em diligências processuais de outra
natureza em vários TAF´s do país, com maior incidência para o TAC de Lisboa e os TAF´s de Beja,
Coimbra e Loulé.
A pequena pendência transitada (15) é, na maioria, correspondente a processos entrados nos finais do
ano, cujos prazos peremptórios legais ainda não haviam expirado, acções administrativas especiais em
prazo para contestar ou pedidos de parecer a demandarem elementos indispensáveis à respectiva apreciação,
entrados nessa mesma altura, nomeadamente, por motivo de demora nas respostas aos pedidos do
Núcleo, e não a quaisquer assinaláveis atrasos.
Julga-se sempre importante registar o facto de que o volume de serviço existente terá de continuar a ser
visto e analisado não só em termos quantitativos, mas e acima de tudo qualitativos.
Reiterando a afirmação, plenamente válida e actual também quanto ao ano de 2008, e citando excerto
inserto no relatório do ano passado: “para uma correcta leitura dos elementos estatísticos, ora, enviados,
não poderá deixar de observar-se que a exacta avaliação do trabalho desenvolvido no Núcleo de
Contencioso, ultrapassa a linear observação dos dados insertos no mapa, havendo, em nosso entender
(…) de considerar, a especificidade e ponderável complexidade de muitas das matérias objecto de análise
(…) e seu tratamento processual, o que, definitivamente, continuou a determinar uma ampla abrangência
exegética dos aspectos técnicos e, previamente à emissão do respectivo parecer ou peça processual —
qualquer que seja a dimensão dos mesmos — um necessariamente maior trabalho de investigação, com
busca selectiva dos vários elementos fácticos, legislativos e doutrinais a atender”.
De salientar, mais uma vez, que as matérias objecto de análise, são, na sua preponderância, de índole
contenciosa e obrigam à realização de várias peças apresentadas em Tribunal, destinadas a cada um dos
processos em curso e, ainda, por vezes, a deslocações físicas dos consultores aos vários TAF espalhados
pelo país e exigem um trabalho muito cuidado, activo e responsável por parte do competente grupo de
juristas que integra o NC, com diária vigilância dos prazos processuais.
Quanto a algumas temáticas concretas que, no ano em reporte, ocuparam a análise e foram sujeitas a
tratamento jurídico neste serviço, referimos — quer por serem mais recorrentes quer por surgidas
inovatoriamente, envolvendo especial melindre, delicadeza ou complexidade — entre outras, as matérias
específicas atinentes a questões de direito no campo da agricultura, desenvolvimento rural, pescas e
florestas, de que destacamos aspectos concernentes à Reforma Agrária de resolução final (?) pendente e
reabertura de litigiosidade. Neste âmbito, “continuam a relevar as várias alegações, contestações e
intervenção contenciosa em geral produzida (…) a que se aditam outros trabalhos enquadráveis em
vertentes diversas atinentes a esta complexa problemática, sobre as quais se debruçaram os consultores,
tendo sido produzidos um destacado número de acórdãos dos tribunais superiores, inclusive do Pleno
do STA.”
Auditores Jurídicos
Continuou a verificar-se grande incidência nas entradas de providências cautelares e acções administrativas,
relativas a actos administrativos que visaram a colocação dos funcionários no SME e nas inúmeras e
diversificadas vicissitudes processuais subsequentes resultantes de acções administrativas interpostas contra
o ministério e outros organismos, decorrentes e na sequência das pendentes acções movidas no âmbito
da problemática de aplicação das medidas agro-ambientais em que, inclusive, foi pedida em muitos dos
processos pela parte contrária a condenação do MADRP, por litigância de má-fé como, ainda, outras
providências cautelares e acções que continuaram a ser movidas por associações ambientalistas
(QUERCUS, etc.) contra o MADRP e outros ministérios e, nalguns casos, também municípios,
informações e peças processuais, mas não só, de igual modo dirigidos aos vários TAF´s do país enviando
informações, processos, documentos vários e em resposta e cumprimento de despachos, sendo que, por
força da vinda do Núcleo para as instalações da sede do MADRP, as peças processuais para dentro do
ministério passaram a ter lugar por protocolo, evitando-se a circulação de ofícios, salvo casos excepcionais.
Procurou-se também que as informações sujeitas a prazo e as intervenções processuais fossem produzidas
em tempo (resolvendo-se a contento mas não raro com muitas dificuldades de coordenação temporal)
as situações contendentes com prazos peremptórios face à demora nas respostas dos serviços operativos
às solicitações, bastantes vezes ocorrida, o que tornou muito exíguo — criando situações de difícil
83
superação — dado o prazo de que se dispôs para a análise das questões, tratamento dos dados fornecidos
e consequente informação a prestar.
Mesmo as informações não sujeitas a prazo foram realizadas, em média, num tempo mínimo aceitável
e que temos por razoável, após a recepção dos dados necessários para o efeito, sendo que o NC sempre
diligenciou, sem delongas, pela obtenção atempada dos elementos indispensáveis à elaboração das
informações, não só providenciando, nesse sentido, logo que os pedidos dão entrada no serviço, mas
também através de ofícios de insistência nos casos em que se considera ultrapassado o prazo normal
para o respectivo envio.
O ano de 2008 trouxe, efectivamente, um excessivo e mais complexo aumento de trabalho na área do
contencioso administrativo para o número reduzido de juristas afectos ao serviço do Núcleo que técnico-
-juridicamente a auditora jurídica coordena e a afectação de apenas uma funcionária administrativa,
revela-se insuficiente para dar cumprimento rigoroso, célere, cabal e atempado ao exigente trabalho que
compete ao serviço.
Daqui decorre que a complexidade das matérias jurídicas sobre as quais tem incidido a actividade do
NC (como já acontecia com a ex-auditoria jurídica), impõe a representação em juízo por juristas com
a necessária experiência e formação profissionais, mormente na elaboração de peças processuais e na
intervenção em audiência de julgamento.
É também importante a supervisão e coordenação de tal actividade por quem tenha a adequada preparação
técnica e assegure uma visão de conjunto e a plena observância da legalidade.
Mais um ano decorrido sobre o início da vigência do novo contencioso (CPTA) persistimos na acentuação
de que se trata de um quadro legal em que os serviços de apoio jurídico e de contencioso do Ministério,
devem ser estruturados e apetrechados, de forma a disporem dos meios materiais e humanos que lhes
permitam não só uma eficaz e atempada recolha de elementos necessários à elaboração, que deverá ser
cuidada e ter em atenção os mais curtos prazos contemplados na Lei, das peças, mas ainda e sobretudo
fazer face às exigências que as alterações legislativas contemplam.
Uma vez mais e à semelhança do que salientámos no Relatório do ano passado, mantém plena actualidade,
mencionar, a este respeito, o exemplo que continua bem ilustrativo e prende-se com a circunstância de
os processos em 1ª Instância passarem a ser intentados, em regra, nos TAC´S da área de residência ou
sede do autor ou autores — de que resulta que os próprios actos dos membros do Governo são apreciados
nos Tribunais de 1ª Instância proliferados por todo o país — o que ocasiona a possibilidade (num
contexto temporal, em certos casos mais reduzido) de deslocação dos juristas designados para acompanhar
os processos respectivos nos casos em que se torna menos exequível a hipótese (com recurso aos
necessários expedientes legais) de concomitantes — eventuais — nomeações de juristas locais dos serviços
adstritos ao Ministério para efectivação das diligências processuais que se impuserem.
Auditores Jurídicos
Relembra-se que, na acção administrativa especial, em que se podem cumular pedidos de anulação de
actos e, ainda, de natureza executiva, deparamo-nos, como também prevíamos, com o considerável
aumento de impugnações em juízo de actos dos directores-gerais e regionais, sendo certo que, actos
administrativos impugnáveis passam a ser todos os actos administrativos com eficácia externa, considerada
a dedutível não subsistência (com excepção de casos pontuais) do recurso hierárquico necessário.
Impõe-se realçar a profunda consciencialização do esforço profissional e a disponibilidade temporal por
parte da extraordinária equipa de competentes e responsáveis juristas que prestam apoio ao NC e a que
continua a ser exigido um trabalho muito acima do razoável, com vista a que seja providenciada de
O auditor jurídico exerceu sempre as suas funções neste Ministério, actualmente denominado do Trabalho
e da Solidariedade Social, desde a data da sua posse, em 1 de Março de 1999, até ao momento em que
lhe foi conferido o estatuto de jubilação, em 23 de Outubro de 2008.
Importa salientar que a tutela não pretende a substituição do auditor jurídico. Escreveu-se no relatório
anterior e sobre esta matéria “ que o tempo se encarregaria de ditar o futuro dos auditores jurídicos “. E
assim aconteceu. É de registar o bom relacionamento sempre mantido com todos os membros da
tutela, secretários-gerais e respectivos adjuntos.
O auditor jurídico encontra-se instalado no edifício do Ministério , sito na Praça de Londres, nº 2 –
10º piso, em Lisboa. Não obstante o gabinete do auditor jurídico alojar também a respectiva secretária
de apoio funcional, tem, contudo, espaço suficiente, janelas amplas e mobiliário adequado. Os meios
de trabalho são satisfatórios, consubstanciados na disponibilidade de um computador “pentium”, com
acesso à Internet, dois telefones fixos e um telemóvel, tendo também acesso a todas as circulares e às
diversas publicações do Ministério. Foi sempre apoiado por uma unidade funcional durante o período
a que este relatório se reporta. Inicialmente, por uma técnica superior de 1ª classe, cujas qualidades
humanas e profissionais já foram evidenciadas em anteriores relatórios; posteriormente, e devido a
baixa prolongada desta, por uma técnica superior principal, que continuou a tarefa da colega anterior,
com o mesmo êxito, zelo e dedicação ao serviço.
Não foi emitido qualquer parecer, por não ter sido solicitado, tendo sido pedidas e respondidas por
correio electrónico cerca de uma dezena de informações de carácter laboral e administrativo. As mais
diversas entidades dirigiram ao auditor jurídico 50 ofícios, tendo sido expedidos 25.
O auditor jurídico esteve presente em 6 actos públicos de concursos e frequentou 6 acções de formação
permanente do Centro de Estudos Judiciários, tendo cessado as suas funções, por jubilação, em 24 de
Outubro de 2008.
Auditores Jurídicos
85
Os três consultores jurídicos vindos da secretaria-geral encontram-se instalados num só gabinete, amplo
mas com pouca luz natural; as três consultoras jurídicas que já antes exerciam funções na auditoria
jurídica ocupam um gabinete mais amplo e com mais luminosidade do que o anterior, onde se encontra
uma secretária vaga a aguardar a vinda de outro consultor jurídico, que tão necessário é para o contencioso
do Ministério.
Existe ainda um gabinete com dimensões normais, ocupado pelo chefe de divisão, que directamente
trabalha com os três consultores jurídicos, um gabinete idêntico ao anterior, assumido pelo director de
serviços e pelo único consultor jurídico com contrato de avença, um gabinete afecto ao auditor jurídico,
amplo, luminoso e funcional, e uma arrecadação, onde está instalado o arquivo, bastante ampla.
Relativamente às instalações refira-se ainda a supressão da sala de reuniões, que agora funcionará no
gabinete do auditor jurídico, suficientemente amplo para o efeito; e a supressão da sala da biblioteca,
cujos armários com livros estão distribuídos pelo corredor e pelo gabinete do signatário. A fotocopiadora,
a impressora e o fax encontram-se no corredor, situação que antes só ocorria com a fotocopiadora, pois
que as duas últimas estavam instaladas no gabinete dos funcionários administrativos, menos apertado
do que o actual.
As novas instalações são, no geral, mais amplas do que as anteriores. Todavia, os funcionários
administrativos dispõem de menor espaço e luminosidade do que antes, o gabinete dos consultores
jurídicos vindos directamente da secretaria-geral dispõe de pouca luz natural, as actuais instalações são
mais quentes no verão e mais frias no inverno do que as anteriores, pelo facto de se situarem a um nível
inferior e com menos circulação de ar e o acesso a estas instalações é feito através da garagem do edifício,
atravessando-a longitudinalmente quase na sua totalidade, o que se poderá evitar subindo ao 1º andar e
descendo as escadas ou tomando aí o elevador. Só por este último aspecto é que as novas instalações não
têm a mesma dignidade das anteriores.
As tentativas de adaptação do programa informático existente às especificidades funcionais destes serviços
continuaram a esbarrar em dificuldades que não compreendemos, visto que, no geral, se mantêm os
problemas de falta de eficácia e de controlo referidos em relatórios anteriores.
Desde 2005 não foi adquirida bibliografia, o que se impõe e urge fazer, ao nível da doutrina e jurisprudência
actualizadas e na área da legislação, através de códigos anotados. Assim, a biblioteca pouca valia vem tendo
para facilitar o trabalho, continuando todos a socorrer-se dos seus próprios livros e das bibliotecas da
Procuradoria-Geral da República, do Tribunal da Relação e da Ordem dos Advogados, entre outras, tão
diversificada é a matéria jurídica do âmbito das competências e atribuições do MAOTDR.
O número de consultores jurídicos hoje no exercício das funções tradicionalmente a cargo das ex-
-auditorias jurídicas reduz-se apenas a cinco (contando com o director de serviços que manteve os
processos que assumiu enquanto consultor jurídico e continua a realizar trabalho de contencioso), o
que é manifestamente insuficiente. É que, embora a DSAJC conte hoje com mais quatro consultores
jurídicos (incluindo um chefe de divisão), certo é que todo o serviço contencioso que sempre esteve a
Auditores Jurídicos
cargo da ex-auditoria jurídica continua a ser suportado exclusivamente por aqueles primeiros consultores
jurídicos (antes em número de oito), que assumem ainda os pareceres solicitados pelos membros do
Governo e grande parte do gracioso.
A amplitude das actividades do Ministério e o consequente aumento de solicitações feitas a estes serviços,
especialmente em complexidade e exigências, justificam a requisição ou recrutamento de mais consultores
jurídicos, já que os quatro existentes são manifestamente poucos para cumprimento cabal de todas
aquelas solicitações sem sacrifício dos mesmos.
Refira-se o facto de, por vezes, alguns gabinetes dos membros do MAOTDR nem sempre enviarem
com prontidão o expediente para a DSAJC (falando só do contencioso administrativo), atrasando esse
envio dois ou três dias. Pior ainda sucede com a generalidade dos restantes serviços, que quase sempre
registam atrasos — alguns nos últimos dias dos prazos judiciais — no envio dos elementos necessários
a instruir acções ou recursos.
Com a criação da DSAJC, essa comunicação directa com os gabinetes foi também afectada com a
remessa directa de todo o expediente desses gabinetes para a secretaria-geral e daqui para a DSAJC,
sendo certo que por vezes esse expediente aqui tem chegado alguns dias depois da entrada e do seu
87
recebimento neste Ministério, o que provoca redução dos prazos para os consultores jurídicos e dificulta
a tempestividade e a qualidade das respectivas peças processuais.
Quanto ao movimento processual, transitaram 36 processos de 2008, entraram 162 durante o ano,
tendo sido reabertos 183, o que perfaz um total de 381 processos movimentados.
Foram elaboradas 50 acções administrativas especiais, 7 acções administrativas comuns, 26 providências
cautelares e de contencioso pré-contratual, 29 recursos contenciosos, 9 recursos hierárquicos, 20 pareceres,
18 acções e recursos de intimação, 7 acções e recursos em execuções, 2 outros recursos, 30 articulados
supervenientes e alegações de direito, 5 contestações e resoluções fundamentadas, 16 exposições,
reclamações, aclarações, conclusões e outros e 163 informações genéricas, num total de 382 trabalhos.
Transitam para 2009 7 providências, acções administrativas e respectivos recursos, 20 recursos
hierárquicos, 9 pareceres, 1 processo de inquérito (disciplinar), 7 pedidos de informações e 2 pedidos
de reversão de terrenos, num total de 46 processos.
Relativamente ao movimento processual registado em 2008 verifica-se terem transitado 36 processos
do ano anterior (menos de metade do que em 2007 — 89 —, devendo-se tal ao grande esforço dos
consultores jurídicos que reduzirem ao máximo a pendência processual, mau grado terem recebido um
grande número de acções e providências cautelares muito complexas); foram reabertos 183 processos
(mais 10 do que no ano anterior, resultantes de interposição de recursos ou de novos pedidos ou
requerimentos dos interessados); relativamente aos processos entrados no ano, mantiveram-se as espécies
processuais do ano anterior constantes do programa informático, para definição das quais, como no
último relatório foi referido, não foi ouvido o auditor jurídico. Assim, há dificuldades em definir (por
exemplo, as “acções declarativas ordinárias de condenação” respeitam ao expediente que é enviado por
regra do Ministério Público a solicitar pronúncia ou simples elementos para preparar os respectivos
articulados; os “processos administrativos” respeitam a pedidos de informações semelhantes, mas em
que ainda não há acções ou estas não vêm indicadas) e alguns dados a elas atinentes poderão não ser
muito fidedignos. Seja como for, foi informado que em 2008 entraram 162 processos (menos 3 do
que em 2007), em que se contam, como os mais complexos, 56 acções administrativas especiais, 9
acções administrativas comuns, 23 providências cautelares e 8 pareceres.
Dos trabalhos realizados — 382 (menos 6 do que em 2007), contam-se como muito complexos, 50
em acções administrativas especiais; 7 em acções administrativas comuns; 26 em providências cautelares;
29 recursos contenciosos e 12 pareceres. Todavia, esclarece-se que algumas providências cautelares foram
acompanhadas da elaboração de resoluções fundamentadas, ao abrigo do artigo 128º, nº 1, do CPTA e,
no geral, revestiram grande complexidade, quer pelo prazo legal muito curto para as contestar, quer
pelos pedidos e causas de pedir formulados, quer ainda pelas dificuldades sentidas junto dos serviços
em obter de pronto elementos factuais pertinentes; sucedeu o mesmo com muitas acções administrativas
especiais e comuns e correspondentes actos conexos, pela abordagem que os autores — geralmente
Auditores Jurídicos
grandes empresas representadas por sociedades de advogados de renome — delas fizeram e pelos assuntos
e elevados montantes pecuniários subjacentes; os recursos hierárquicos distribuídos pelos consultores
jurídicos que transitaram da ex-auditoria jurídica continuaram a apresentar média complexidade; os
pareceres (20) continuaram a distribuir-se quase equitativamente entre a média facilidade e a média e
elevada dificuldade. Alguns respeitaram a elementos e pronúncias solicitados pelos magistrados do
Ministério Público, no contexto de acções em que interveio o Estado Português; nas «informações
genéricas» incluíram-se este ano apenas dois níveis de complexidade na sua elaboração, designadamente
complexidade média (47) e diminuta ou nula complexidade (116), sendo que estas envolvem aqueles
89
Os consultores jurídicos são insuficientes para fazer face a todo o processado gracioso, contencioso e
outro conexo.
Se tem havido razoável e eficaz capacidade de resposta a todas as solicitações, tal deve-se exclusivamente
ao esforço de todos, já que as condições existentes e os horários de trabalho normais são insuficientes
para garantir a eficiência dos serviços.
Insiste-se na necessidade de mais um funcionário administrativo, visto que os dois existentes são
insuficientes para o serviço.
Reafirma-se a necessidade de aquisição regular de bibliografia mais importante e actual, a fim de permitir
aos consultores jurídicos um melhor apoio doutrinário e jurisprudencial para a qualidade dos seus trabalhos.
A DSAJC continua a debater-se, quase sistematicamente, com dificuldades generalizadas de os diversos
serviços e organismos dependentes do MAOTDR cumprirem com a celeridade necessária e em tempo
útil as solicitações, em vista à instrução de processos de contencioso. Nestas dificuldades reside, em
grande medida, a principal razão de as peças processuais serem enviadas aos gabinetes dos membros do
Governo já próximo ou sobre o termo do prazo judicial.
Uma melhor organização desses serviços e uma maior sensibilização para a problemática processual
surgida com a nova reforma administrativa (a que se vem aludindo em todos os relatórios anuais),
bastarão para a sua colaboração se poder tornar suficientemente eficaz. O que também poderá passar
por muitas vezes deverem ser eles próprios a assumirem a resposta à facticidade alegada nas acções
contra o Ministério quando essa facticidade lhes disser respeito, quer por lhes pertencer a sua autoria e
quer por estarem envolvidos directa ou indirectamente por força das respectivas competências e
atribuições. Aliás, isto mesmo resulta do disposto nos artigos 10º, nos 2, 3 e 4, e 11º, nº 5, do CPTA.
Embora tendo melhorado em 2008, nesta sequência de dificuldades, continua a habitual prática de os
magistrados do Ministério Público solicitarem aos gabinetes ministeriais os elementos factuais e jurídicos
para as acções, quando é certo que raras são as vezes em que tais gabinetes dispõem desses elementos e
jamais estarão em condições de satisfazerem cabalmente os pedidos formulados. Já em 2004 se solicitou
aos magistrados para dirigirem tais pedidos aos respectivos serviços que no caso a peça processual
demonstrasse estarem envolvidos nos factos aí descritos, sendo óbvias as vantagens no pedido directo.
O excesso de trabalho continua a não permitir que previamente se preparem os julgamentos, discutindo-
-os em grupo na DSAJC ou apenas entre o auditor e o consultor jurídico afecto ao respectivo processo.
Vencer-se-ía, por certo, esta dificuldade se fossem afectos mais consultores jurídicos. Em 2008 ocorreram
dezenas de deslocações dos consultores jurídicos aos tribunais de todo o país, sensivelmente em número
idêntico ao do ano de 2007, para representação do MAOTDR em audiências de julgamentos ou simples
diligências de prova, em que ocuparam uma parte considerável do tempo de trabalho, em algumas situações
obrigados mesmo a pernoitar nas sedes desses tribunais para poderem estar presentes à hora aprazada.
Auditores Jurídicos
Junto do Representante da República para a Região Autónoma da Madeira exerce funções um procurador-
-geral adjunto, com a categoria de auditor jurídico.
O auditor jurídico dispõe, na secção regional do Tribunal de Contas, de boas instalações e moderno
equipamento informático. O apoio administrativo é assegurado por uma técnica verificadora superior
principal.
A auditoria jurídica junto do Representante da República para a Região Autónoma dos Açores foi
criada pelo nº 3 do artigo 12º do Decreto-Lei nº 262/88, de 23 de Julho, competindo ao auditor
jurídico o desempenho das funções definidas no artigo 45º do Estatuto do Ministério Público.
A auditora jurídica tem o seu gabinete de trabalho no gabinete do Ministro da República, sito no
Convento de Belém, em Ponta Delgada. As instalações são meramente satisfatórias, possuindo suficientes
meios logísticos e equipamento adequado.
No entanto, a auditora jurídica desenvolve os seus trabalhos, preferencial e quase exclusivamente, nas
instalações que ocupa no Tribunal de Contas.
O nº 4 do artigo 12º do Decreto-Lei nº 262/88, de 23 de Julho, prevê a existência de um jurista,
designado pelo Ministro da República (entenda-se, agora, Representante da República) para coadjuvar
o auditor jurídico. Este lugar encontra-se preenchido por uma jurista, a qual, no entanto, não tem
prestado trabalho directamente no âmbito da auditoria, dado que vem tratando especificamente das
questões relacionadas com a audição da região autónoma (artigos 229º, nº 2, da Constituição e 8º do
Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores).
Não está legalmente prevista a existência de quaisquer funcionários administrativos que prestem apoio
específico ao serviço do auditor jurídico, sendo certo, porém, que a auditora jurídica tem recebido um
excelente apoio dos funcionários colocados no gabinete do Representante da República, em Ponta
Delgada, sempre que solicitado.
Anote-se, no entanto, o apoio excelente, que vem recebendo do secretariado de que dispõe no Tribunal
de Contas — também no que diz respeito ao trabalho do gabinete, o qual, pelas razões logísticas já
referenciadas, é desenvolvido quase exclusivamente nas instalações deste tribunal —, revelando-
-se, deste modo, um espírito de colaboração institucional que é de louvar.
Auditores Jurídicos
91
-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, estão sujeitos à assinatura do Representante da
República, ou seja, os decretos legislativos regionais e os decretos regulamentares regionais.
A auditora jurídica analisou e emitiu parecer escrito em 48 diplomas (19 decretos legislativos regionais
e 29 decretos regulamentares regionais), além de parecer verbal em 6 diplomas remetidos pelo Governo
Regional e pela Assembleia Legislativa Regional.
A auditora jurídica esteve ainda presente, em representação do Procurador-Geral da República, na sessão
pública de abertura de 5 concursos públicos.
Assembleia da República 0 10 10 0
Ministério da Cultura 19 78 60 37
(1)
Ministério da Justiça 131 112 237 6
162
Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do
36 + 381 46
Desenvolvimento Regional
183 (reabertos)
Auditores Jurídicos
(1)
Dos 272 processos transitados de 2007, foram distribuídos 141 à Direcção de Serviços Jurídicos e de Contencioso
5.1. Introdução
O Procurador-Geral da República é apoiado no exercício das suas funções por um gabinete, conforme
dispõe o artigo 12º, n.º 4, do Estatuto do Ministério Público.
O Gabinete do Procurador-Geral da República é constituído pelo chefe de Gabinete, por seis assessores
e por dois secretários pessoais, nos termos do artigo 1º, n.º 2, do Decreto-Lei nº 333/99, de 20 de
Agosto.
Compete ao Gabinete, nos termos do artigo 2º deste diploma:
a) estudar e prestar informação sobre as questões que lhe sejam submetidas pelo Procurador-Geral
da República e pelo Vice-Procurador-Geral da República;
b) analisar e propor o seguimento a dar às petições, exposições e reclamações dirigidas ao Procurador-
-Geral da República;
c) reunir e seleccionar informação relativa às decisões dos tribunais e do Ministério Público e elaborar
estudos e propostas, tendo em vista as competências do Procurador-Geral da República em matérias
de garantias constitucionais, legalidade, unidade do direito e igualdade dos cidadãos;
d) assegurar as relações da Procuradoria-Geral da República com outros departamentos e instituições.
93
Registaram-se 6.773 requerimentos, cartas e exposições, que mereceram análise, acompanhamento e/
ou encaminhamento, sendo que 1.161 deram origem a novos dossiers.
Foram analisados 163 novos processos confidenciais e decididos 2 novos processos relativos a
impedimentos, recusas e escusas.
Foram também examinados 230 novos pedidos de aceleração processual e preparados os respectivos
projectos de despacho.
Foram ainda apreciadas 32 reclamações hierárquicas e analisados 43 novos processos respeitantes a
conflitos negativos de competência.
Os membros do Gabinete participaram em acções de formação e grupos de trabalho de diversas áreas
do Direito, de que se destaca o Direito Civil, Direito Laboral, Direito da Família, Direito Penal e
Processual Penal.
Em representação da Procuradoria-Geral da República ou do Ministério da Justiça, participaram ainda
em diversos eventos realizados no âmbito de matérias como a Cooperação Judiciária Internacional,
Criminalidade Organizada Transnacional, Cidadania e Igualdade de Género, Luta contra a Discriminação,
Arbitragem Comercial, Adopção, Condutas Anti-sociais e Violentas e Conflitos Laborais.
Colaboraram, também, pontualmente, com outras instituições, quer prestando informações sobre a
actividade do Ministério Público, quer dando contributos para resposta a questionários que envolvam
a sua intervenção em diversas áreas.
De realçar que um elemento do Gabinete integra a Unidade de Missão para a Informatização do Ministério
Público.
No âmbito da colaboração prestada ao Gabinete de Imprensa, foram estabelecidos, no decurso de
2008, frequentes contactos com os magistrados nos tribunais e preparadas, para consideração superior,
Gabinete do Procurador-Geral da República
A Justiça tornou-se, cada vez mais, no mundo inteiro, matéria de grande interesse noticioso, sendo uma
boa parte da actividade dos media dedicada a assuntos judiciários, principalmente os que dizem respeito
a matéria penal.
No entanto, as relações entre a Justiça e a Comunicação Social, nos países onde existe Liberdade de
Imprensa, não têm sido fáceis, pois são pautadas muitas vezes por conflitos de difícil resolução.
A verdade é que a Comunicação Social e a Justiça possuem características e lógicas de funcionamento
diferentes e muitas vezes opostas.
A Justiça realiza-se num ritual com tempo próprio. A Comunicação Social rege-se, pelo contrário, por
critérios muito flexíveis e não burocráticos que, embora possam pôr em risco alguma correcção das
informações reveladas, permitem rapidez e eficiência na satisfação do interesse público. O jornalismo
faz-se em todos as situações que sejam notícia ou que se pretende que sejam notícia, com um grau de
formalidade muito reduzido para não prejudicar a adesão e o reconhecimento do leitor, espectador ou
ouvinte.
95
DEPARTAMENTO CENTRAL
DE INVESTIGAÇÃO E ACÇÃO PENAL
6.
6.1. Histórico
O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) foi criado pela Lei nº 60/98, de 28 de
Agosto, que verteu nos artigos 46.º e 47.º do Estatuto do Ministério Público (EMP) a sua natureza,
competências e organização.
São poucos os registos relativos às razões próximas que determinaram o legislador à concepção do
DCIAP. Não existem trabalhos preparatórios e, que se saiba, não há estudos ou documentos que se lhe
refiram.
Porém, o facto de a direcção do inquérito ter sido atribuída ao Ministério Público pelo legislador
processual penal de 1987 e a necessidade do Ministério Público se organizar em modelos ágeis, eficazes
e eficientes, por forma a coordenar e dirigir, efectiva e funcionalmente, a investigação, permite apreender
os relevantes objectivos que justificaram a criação deste departamento, designadamente:
— Concretizar um dos princípios estruturantes da Constituição da República de 1976, que é a
jurisdicionalização do inquérito;
— Responsabilizar o Ministério Público enquanto titular da direcção do inquérito, pelos resultados
da investigação e pelo exercício da acção penal.
Para alcançar tais objectivos, o legislador criou este departamento central, de competência nacional,
integrado na Procuradoria-Geral da República, destinado principalmente a coordenar a direcção da
investigação e a exercer a acção penal relativamente à criminalidade violenta, altamente organizada ou
de especial complexidade.
O Mundo estava a mudar, globalizava-se e o crime tendia a sofisticar-se, a organizar-se, a revestir-se de
características transnacionais. Ao Ministério Público impunha-se a modernização e a preparação para o
combate ao crime organizado, aliás como já a Polícia Judiciária o fizera com a criação das direcções
centrais contra o crime mais grave e ou organizado.
Pese embora a novidade de um departamento com competência investigatória a nível nacional, é a
função de coordenação da direcção da investigação, também a nível nacional, que constitui a verdadeira
inovação no nosso sistema, concretizada na desconcentração de poderes hierárquicos de coordenação,
até então centralizados na Procuradoria-Geral da República.
De sublinhar, ainda, a competência do DCIAP para a prevenção criminal relativamente à criminalidade
de “colarinho branco”, com especial ênfase para o branqueamento de capitais, funções estas que permitiram
ao Procurador-Geral da República delegar na directora do DCIAP a competência que a Lei n.º 11/2004,
de 27 de Março, lhe atribui no âmbito da prevenção.
Instalado a 15 de Setembro de 1999, o DCIAP iniciou o seu funcionamento, com um número de
magistrados, funcionários e OPC’s cujo enquadramento legal constava da Portaria n.º 264/99, de 12
97
de Abril, adequado, à época, exclusivamente à função de direcção de investigação, rapidamente
ultrapassado pelas vicissitudes de uma criminalidade cada vez mais sofisticada e organizada, que impôs
ao departamento a efectivação das suas outras competências, de coordenação e prevenção.
Com efeito, até Março de 2001, o departamento limitou-se a exercitar a sua competência de investigação,
no seguinte quadro de realidades:
— No ano de 1999 existiam: 1 procurador-geral adjunto como director, 4 procuradores,
7 funcionários judiciais, 10 OPC’s e 3 motoristas. Deram entrada nesse ano 3 inquéritos;
— No ano de 2000 existiam: 1 procurador-geral adjunto como director, 5 procuradores,
7 funcionários judiciais, 10 OPC’s e 3 motoristas. Deram entrada nesse ano 25 inquéritos, 2 processos
com instrução e 1 recurso penal;
— No ano de 2001 existia o mesmo pessoal e deram entrada 34 inquéritos, 12 processos com
instrução e 1 recurso penal.
6.2. Instalações
Não sofreram qualquer intervenção, pelo que se vem assistindo à degradação das condições já
anteriormente relatadas, com ocupação de andares sem as devidas condições de trabalho por não terem
sofrido qualquer obra de adaptação nem a conclusão das que foram suspensas no ano de 2001. Há
apenas a referir que tem sido permitido, à equipa do processo “Furacão”, usufruir de novas, bonitas e
funcionais instalações em 2 andares do edifício próximo da sede do DCIAP, que pertencia ao Ministério
da Defesa Nacional e entretanto passou para a esfera de responsabilidade da ESTAMO.
Os diversos serviços do DCIAP foram sendo instalados à medida das necessidades do momento e, por
consequência, ocupando espaços ainda livres, muitos inacabados, circunstancialismo que compromete,
necessariamente, a pretendida articulação funcional, encontrando-se actualmente dispersos pelos 1º,
2º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º pisos do edifício da Rua Alexandre Herculano, da seguinte forma:
1º Piso
Ocupado em 2004 e mobilado em 2007; tudo indica que irá ser utilizado para sala de leitura da
biblioteca, embora continue fechado.
2º Piso
Durante 2008 passou a estar ocupado por magistrados, funcionários e elementos provenientes de
99
À semelhança de anos anteriores, albergou, este diminuto espaço 7 dos funcionários judiciais que
desempenham funções no departamento, bem como todos os respectivos meios materiais,
designadamente:
— secretárias e cadeiras;
— PC´s;
— impressoras;
— armários, manifestamente insuficientes para o volume dos processos em movimento, não havendo
espaço para a instalação de outros;
— caixas com processos, bem como enorme volume de documentação, muita dela colocada, também,
no chão deste espaço, dada a inexistência de outras soluções.
Em consequência, os volumes dos processos permanecem sobre as mesas de trabalho dos funcionários,
sobre outro mobiliário ali existente, no chão, dificultando a movimentação dos utentes, tudo
determinando exiguidade de espaço e deficiência de instalações, objectivamente abaixo do limiar do
razoável.
Acresce que a parte envidraçada, que dá directamente para a Rua Alexandre Herculano, portanto virada
a sul, não permite qualquer abertura, somente sendo possível o arejamento desta sala através da única
porta existente, concretamente na parede virada a poente.
Salienta-se ainda que esta exiguidade e todas as demais descritas características deste espaço, determinam
que, durante o Inverno, quando as temperaturas exteriores são naturalmente baixas, ali se suporte um
Departamento Central de Investigação e Acção Penal
ambiente onde frequentemente são atingidas temperaturas que rondam os 30º-32º centígrados. Não
podem estas temperaturas ser minimizadas, considerando que o aquecimento, sendo central e estando
programado no Inverno para temperaturas quentes, não permite o arrefecimento daquele ambiente.
7º Piso
Foi ocupado desde o mês de Junho de 2005, em consequência da colocação de outro magistrado, com
o objectivo concreto de proceder à implementação da competência da coordenação atribuída ao DCIAP.
Esta “ocupação” ocorreu dada a inexistência de outros espaços livres, encontrando-se o piso até então
encerrado, sendo sucessivamente ocupadas todas as respectivas salas, ainda que as obras iniciadas em
2001 não se mostrassem concluídas.
Em Dezembro de 2007 foram as respectivas instalações adaptadas para albergar a equipa de magistrados
e OPC´s especialmente designados pelo Procurador-Geral da República para os processos relacionados
com a “Noite do Porto”, ficando aí instalados os serviços de direcção do inquérito e de coordenação.
Dado o volume de “dossiers de coordenação” é já manifesta a falta de espaço.
Este piso está ocupado da seguinte forma:
1 gabinete de magistrado — procurador da República;
1 gabinete magistrado — 2 procuradores-adjuntos;
1 gabinete de apoio — 3 funcionários;
1 gabinete de análise e de investigação — 3 inspectores da Polícia Judiciária;
1 gabinete — inspector-chefe;
Salienta-se que, cada vez mais, as investigações em curso, essencialmente de natureza económico-financeira,
intrinsecamente complexas, impõem a nomeação de especialistas e peritos o que, paulatinamente, tem
levado a que sejam ocupadas instalações inacabadas como única forma de fazer face às pertinentes
necessidades.
Ocupa ainda o DCIAP 4 pisos na cave, cujos espaços se destinam a estacionamento, designadamente
nos 1º, 2º e parte do 3º pisos. No 3º piso encontra-se também um espaço delimitado, fechado, seguro,
destinado a arquivo e guarda de documentação, objectos e valores apreendidos.
O 4º piso, na cave, vem sendo ocupado com materiais de obras e arrumação, designadamente de
101
possível em espaços que permitam real articulação funcional, tal como já aprofundadamente
identificado e praticado noutros departamentos da mesma natureza da União Europeia;
A complexidade e o volume dos inquéritos em curso no departamento, circunstancialismo que
implica que os procuradores da República titulares sejam assessorados por outros colegas adjuntos,
bem como coadjuvados por especialistas e peritos, bem como por elementos de OPC´s pontualmente
colocados no departamento;
A absoluta falta de condições de trabalho, conforme descrito, dos funcionários de justiça que
desempenham funções na secretaria;
A necessidade do departamento dispor de espaços para interrogatórios, inquirições, consulta de
processos, reuniões, apresentações, etc., próprios de um departamento com esta natureza.
A decisão de proceder à instalação de parte da biblioteca da PGR neste edifício, iniciada em 2006,
compromete a necessária boa instalação dos serviços e a imprescindível articulação funcional.
Mas, mais do que isso, a instalação de serviços da biblioteca neste edifício, onde simultaneamente
funciona o departamento, para além de comprometer a qualidade da instalação dos magistrados,
funcionários e OPC’s, impõe ainda maiores cautelas no que se refere ao controlo do edifício, sendo
difícil de conciliar os diferentes tipos de serviços com as exigências de funcionamento do único
departamento directamente dependente da Procuradoria-Geral da República, ao qual o legislador atribuiu
as referidas competências de luta contra a criminalidade violenta, altamente organizada ou de especial
complexidade, não sendo difícil equacionar a hipótese de pessoas estranhas ao serviço aparecerem nas
instalações do departamento não se sabendo com que intenção. A segurança é fundamental num
Departamento Central de Investigação e Acção Penal
Consciente desta realidade, o Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Justiça aceitou ponderar uma
solução para os problemas supra expostos, qual seja a mudança do DCIAP para instalações próprias e
exclusivas, estando a decorrer diligências no sentido de ultrapassar as preocupações e dificuldades do
DCIAP, em matéria de espaços e de segurança.
103
6.6. Funcionamento do DCIAP
Tendo sido atribuído, à Procuradoria-Geral da República, PIDDAC a executar em 2008, com o objectivo
de preparar a elaboração de estudo sobre o fenómeno da corrupção, pelo DCIAP em parceria com o
CIES/ISCTE, continuou-se em 2008 a proceder à recolha de elementos relativos à criminalidade
participada.
Continuou o departamento a colaborar directamente como o Centro de Estudos Judiciários, participando
em acções de formação.
Considerada como estruturante para a área penal, sendo transversal às demais competências do
departamento e aos serviços do Ministério Público que a nível nacional intervêm nesta matéria,
renovaram-se os esforços em 2008 no sentido do desenvolvimento da competência da coordenação.
Sedimentou-se o trabalho possível de análise de informação, respectiva estruturação e difusão pelos
diversos serviços do Ministério Público e também internamente, dando-se prioridade à comunicação
de situações identificadas como redundantes e ou de sobreposição de investigações.
Este trabalho foi fundamentalmente desenvolvido a partir da informação processual transmitida ao
DCIAP e posteriormente trabalhada em sede de coordenação e integrada no seu sistema central,
informação que é transmitida no quadro das circulares n.os 11/99, de 3 de Novembro, e 6/2002, de 21
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de Outubro, a que se junta a informação importada directamente dos sistemas Habilus e SGI, ocorrendo
frequentes solicitações complementares por parte da coordenação do DCIAP junto dos diversos serviços
do Ministério Público.
Salienta-se que, sempre com o objectivo de centralizar e integrar a informação processual, os dossier´s
que, por ora, fisicamente espelham o exercício da coordenação, acompanham os respectivos processos
até ao trânsito em julgado das decisões finais e, quando identificado como necessário, a execução da
pena imposta.
Passaram a ser individualmente tratadas as “fichas de coordenação” a que alude aquela circular nº 11/99,
relativamente a todos os tipos de criminalidade, com excepção dos crimes relacionados com a contrafacção
de moeda, por absoluta carência de recursos humanos.
O exercício da competência da coordenação implica aprendizagem e ajustamentos funcionais constantes.
Atenta a sua intrínseca natureza e ponderados os escassos meios disponíveis, identificam-se necessidades
urgentes tais como:
a) a coordenação enquadrar-se internamente num modelo organizacional e funcional dinâmico que
lhe permita permanente capacidade de interacção com todos os serviços do Ministério Público,
bem como com as instâncias de cooperação europeia e internacionais;
b) a coordenação ter efectiva valência pro-activa.
Estas exigências impõem melhorias sistémicas, designadamente ao nível do tratamento, registo, análise
e difusão da informação, por forma a que a resposta às necessidades da coordenação da criminalidade
Mau grado o conjunto de carências sentidas durante o ano de 2008, que obstou a que ao “salto
qualitativo”, em termos de conteúdos desta competência do DCIAP, a função da coordenação implicou
a movimentação constante do mapa anexo.
105
III. DIRECÇÃO DA INVESTIGAÇÃO
A competência para a direcção da investigação e exercício da acção penal no que se refere à criminalidade
violenta, altamente organizada ou de especial complexidade, define-se a partir dos respectivos contornos
transdistritais ou por decisão do Procurador-Geral da República, reunidos que sejam os requisitos da
alínea b) do n.º 3 do citado artigo 47º do Estatuto do Ministério Público.
Considerando-se as características e o número de processos remetidos ao departamento, conforme mapa
anexo, sublinha-se a necessidade de, cada vez mais, se imporem critérios restritos de aplicação da norma, com
cabal observância do conteúdo da circular n.º 10/99, de 16 de Julho, da Procuradoria-Geral da República.
O movimento do DCIAP, no ano de 2008, teve a expressão constante dos mapas anexos que aqui se
dão por reproduzidos. Saliente-se que foram registados 225 novos inquéritos, de grande complexidade
e dimensão, que demandaram, na sua maioria, a realização de morosas perícias ou a coadjuvação
especializada do NAT ou da Direcção-Geral dos Impostos.
Para fazer face às correlações e complexidade das referidas investigações e dedução das respectivas acusações,
foi utilizado o mecanismo de nomeação de equipas de, pelo menos, dois magistrados, com óptimos
resultados, não só pela discussão alargada das questões jurídicas subjacentes, mas também pela criação
de um espírito de corpo e de “departamentalização” por parte dos magistrados aqui em funções, relegando
para plano marginal a “personalização” do magistrado titular.
No que tange aos tipos de crime, predominaram os ilícitos relativos a infracções económico-financeiras
— tendo como objecto actividade criminosa de responsáveis de instituições bancárias e financeiras,
Departamento Central de Investigação e Acção Penal
burla, fraude fiscal, fraude na obtenção ou desvio de subsídio, subvenção ou crédito, contrabando,
branqueamento de capital, corrupção, contrafacção de moeda e passagem de moeda falsa —, tráfico de
estupefacientes e crimes de associação criminosa.
Desde o ano de 2004 foram até agora enviadas 363 cartas rogatórias às quais se obteve resposta em 111;
não há resposta atempada, demorando 2/3 anos, em média, a satisfação dos pedidos. Foram recebidas
156, tendo sido cumpridas e devolvidas 124.
Em 2008 foram registadas 47 cartas rogatórias que se juntaram a 22 vindas do ano anterior. Foram
concluídas 32 e ficaram pendentes 37.
Foram recebidas 906 comunicações relativas a operações financeiras suspeitas ou envolvendo numerário
em montante superior a 12.500,00 €, que deram origem a outros tantos PA´s.
Verifica-se, pois, uma redução das comunicações efectuadas na ordem dos 15%, situação algo estranha
se se atender à evolução da criminalidade económico-financeira nos últimos anos.
A percentagem baixa de PA´s que dão origem a suspensão de operações, cerca de 2%, é em grande parte
devida à oportunidade com que são feitas as comunicações, uma vez que, na maior parte dos casos, são
reportadas operações pretéritas e já consumadas, não existindo nas contas os montantes de origem
suspeita que se limitaram a transitar pelas mesmas. Tal procedimento poderá ser invertido com uma
maior sensibilização das entidades financeiras.
Constituída em 2002 com sete elementos da Polícia Judiciária colocados no departamento em comissão
de serviço, esta unidade tem vindo a perder, ao longo do tempo, uma parte significativa da sua
composição, sendo hoje constituída apenas por quatro agentes, o que representa cerca de 57% dos
efectivos iniciais.
As limitações em termos de recursos humanos, bem como as sucessivas anomalias que se verificam com
os sistemas informáticos utilizados na unidade, inviabilizam a execução de um trabalho com maior
qualidade e minuciosidade. As solicitações recebidas são cada vez em maior número e diversificadas,
pretendendo-se agora, inclusivamente, proporcionar respostas a organizações internacionais — GAFI e
GRECO, entre outras — com valores estatísticos quando, a montante, a informação necessária não se
encontra convenientemente disponível.
De facto, os problemas verificados não se restringem à manutenção e preservação da base de dados
existente, já que em finais de 2008 ela comportava cerca de 14,7 milhões de registos, mas, também, às
evidentes dificuldades que se verificam no acesso às bases de dados que, em parte, alimentam aquela e
que ultimamente, por razões várias, não dão a resposta necessária para que se obtenham dados fiáveis,
imprescindíveis para a eficácia da unidade em termos de coadjuvação nas funções de coordenação,
prevenção e direcção do inquérito.
Por outro lado, a necessidade de efectuar uma maior quantidade de inserções de dados de forma manual,
fruto não só do aumento do número de documentos e peças processuais que requerem tratamento, mas
ainda da elevada minúcia exigida, não se compadece com a redução de efectivos que se tem verificado,
107
Foram realizadas duas acções de formação: uma em colaboração com a DGI, sobre o crime tributário,
e outra sobre corrupção com o apoio do ISCTE.
Na área da prevenção, o número de processos administrativos registados, aumentou de 167 em 2004,
para 567 em 2005, 801 em 2006, 1.067 em 2007, tendo diminuído, em 2008, para 906.
Na vertente da direcção da investigação tem-se verificado um acréscimo do número de inquéritos que
são tratados manualmente na unidade. Situação análoga se verifica no que concerne ao tratamento da
informação decorrente de averiguações preventivas.
Esta realidade impõe adequação de meios humanos, com recrutamento de elementos com formação na
área do tratamento e registo da informação, permitindo potenciar-se a análise operacional fundamental
à melhoria dos níveis de desempenho do DCIAP.
6.7. Conclusão
Por todo o exposto, apresentam-se como objectivos prioritários para o ano de 2009:
109
DEPARTAMENTO CENTRAL DE INVESTIGAÇÃO E ACÇÃO PENAL
1. Dossiers de Coordenação
Movimentados
Pendentes p/o ano
Distritos Vindos do Findos
Iniciados Total seguinte
ano anterior
LISBOA 476 180 656 150 506
VÁRIOS 51 42 93 2 91
Movimentados Findos
Pendentes p/o ano
Departamento Central de Investigação e Acção Penal
1. Processos de Inquérito
Movimentados Findos
Pendentes p/o ano seguinte
Acusados
Suspensão
Vindos Arquivados
Trib. Singular provisória Outros + de 8 meses
do ano Entrados Total (Artº 277º 8 meses
Tribunal (Artº 281º motivos anos Total
anterior Total CPP) ou
colectivo Art.º 16º-3 Outros CPP) anterio- do ano pendentes
CPP menos
res
Vindos do ano
Entrados Pronúncia Não Pronúncia
anterior
Instrução Instrução
Instrução Instrução Instrução Instrução Instrução Instrução Instrução Instrução Total requerida requerida Total
Total
requerida requerida requerida requerida requerida requerida requerida requerida findos pelo pelo pendentes
Total Total
pelo pelo pelo pelo pelo pelo pelo pelo arguido assistente
arguido assistente arguido assistente arguido assistente arguido assistente
3. Recursos Penais
Interpostos Julgados
1 83 2 15
a) A favor do arguido
b) Interpostos pelo arguido
4. Cartas Rogatórias
Pendentes para o próximo
Vindas do ano anterior Entradas no ano Findas
ano
22 47 32 37
111
NÚCLEO DE ASSESSORIA TÉCNICA
7.
7.1. Instalações
Durante o ano de 2008, à semelhança do que se vem observando em anos anteriores, a actividade
desenvolvida pelo NAT caracterizou-se por uma dispersão institucional e geográfica significativa, bem
como por um diversificado leque de intervenções.
Com efeito, os trabalhos realizados tiveram origem nos diversos pedidos de intervenção efectuados por
magistrados do Ministério Público junto das várias comarcas do Continente e Regiões Autónomas, do
Departamento Central de Investigação e Acção Penal, dos Departamentos de Investigação e Acção Penal
do Porto, Coimbra e Lisboa, bem como do Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa.
Esses trabalhos envolveram assessoria, nas suas múltiplas formas, passando pela consultoria técnica e a
elaboração de estudos e pareceres.
Abrangeram a análise de um vasto leque de situações ilícitas (abuso de confiança, insolvências dolosas,
burla, corrupção, fraude fiscal, branqueamento de capitais, infidelidade, administração danosa, violação
das regras de execução de orçamental etc.), abarcando, muitas das vezes, dezenas de entidades e uma
elevada complexidade de investigação.
Durante o ano de 2008, os recursos humanos afectos ao NAT foram alterados no final de Janeiro com
o início de funções de 1 especialista, passando a 8 o total de especialistas, incluindo a coordenadora,
apoiados por duas funcionárias judiciais, sendo que, no período de 26 de Fevereiro a 3 de Setembro, foi
apenas assegurado por uma das funcionárias.
Como vem sendo salientado em relatórios de actividade anteriores, o limitado corpo de especialistas
constitui o principal factor de constrangimento à expansão da sua actividade, situação que não tem sido
possível corrigir dadas as dificuldades em recrutar técnicos com o perfil exigido para o exercício de
funções prestadas por este Núcleo.
Com efeito, a dificuldade em reunir, num mesmo candidato, experiência relevante nas áreas de auditoria,
polivalência de conhecimentos técnicos e disponibilidade total para assumir o ónus da função, associada
à incapacidade demonstrada pelo actual estatuto em atrair profissionais externos à Administração Pública
e os crescentes obstáculos colocados pelos serviços de origem à disponibilização de funcionários públicos,
fizeram realçar, mais uma vez, a importância da revisão do actual estatuto do NAT, com especial destaque
para o sistema de recrutamento de especialistas.
113
A apresentação dos dados respeitantes à actividade desenvolvida pelo NAT durante 2008 deve ser
precedida de uma chamada de atenção no sentido de se ponderarem os seguintes aspectos:
a) a não contabilização dos pedidos e das consultas esporádicas que pressupõem uma intervenção
rápida e circunscrita;
b) a frequente constatação de que muitos dos inquéritos para os quais se solicitou a intervenção do
NAT não contêm ainda os elementos mínimos necessários à análise e emissão de parecer, o que
determina que os mesmos permaneçam em situação de “pendentes”, enquanto se aguarda a junção
de mais informação, situação que, nalguns casos, chega a arrastar-se por períodos superiores a um
ano (caso típico dos pedidos de cheques a instituições bancárias);
c) assumindo a intervenção do NAT, no quadro processual, um carácter continuado (pode ser
solicitada em qualquer fase e em qualquer momento, bastando, para tal, que o magistrado a julgue
necessária), só em situações muito concretas, ou quando o magistrado titular comunica o despacho
de arquivamento, se pode dar um processo por concluído.
Para além disso o volume das actividades deve ser ponderado em função da complexidade inerente aos
processos de inquérito da criminalidade económica e financeira, o que impõe, quase sempre, a análise
de uma quantidade significativa de documentos e a articulação entre numerosas entidades e pessoas.
Porém, são de reter os seguintes dados quantitativos relativos à intervenção do NAT durante o ano de
2008:
Foram 123 os pedidos de intervenção acompanhados pelo Núcleo de Assessoria Técnica, dos quais 82
transitaram de anos anteriores e 41 deram entrada durante o ano. Desses pedidos de intervenção 59
foram concluídos.
Face ao número de inquéritos em que o NAT esteve envolvido durante 2008 (123) e tendo em atenção
a entrada de 1 especialista, em meados de Janeiro, aumentando assim para 8 (incluindo a coordenadora)
o quadro de especialistas afectos, constata-se que cada um, em média, teve intervenção simultânea em
mais de 17 inquéritos, envolvendo esse acompanhamento múltiplas funções. Tal situação deveu-se ao
facto de dois dos especialistas terem ficado afectos apenas a um dos inquéritos em análise neste Núcleo,
no período de Janeiro a Outubro, face à sua enorme complexidade (inquérito com arguidos presos) e
aos milhares de documentos envolvidos.
Núcleo de Assessoria Técnica
Para a resolução dos 59 inquéritos concluídos em 2008, contou-se, quase exclusivamente (em 89,8%
dos casos — 53 inquéritos) com as análises realizadas pelos especialistas do NAT, sendo que em 6
inquéritos se recorreu, em paralelo, a trabalho de peritos oficiais (4) e de perito não oficial (2).
Quanto ao leque de crimes indiciados nos pedidos dirigidos ao NAT e concluídos durante o ano de 2008,
destacam-se, por ordem decrescente e em termos quantitativos: os abusos de confiança, as insolvências
dolosas, a fraude fiscal, a corrupção, as burlas, a infidelidade e a participação económica em negócio.
Embora com menor expressão numérica, segue-se uma série de outros crimes, tais como branqueamento
de capitais, peculato, violação das regras de execução orçamental e outros, para além da intervenção em
acções cíveis os quais, contudo, envolvem um elevado esforço de recursos humanos.
Os trabalhos de assessoria e consultoria técnica desenvolvidos pelos especialistas do NAT compreenderam,
ainda, a intermediação ao nível pericial desenvolvido em 11 inquéritos, 5 dos quais ainda em curso.
Neste âmbito procedeu-se à definição do perfil mais adequado dos peritos, diligenciou-se junto das
entidades públicas com vista à sua disponibilização e acompanhou-se ainda a realização de buscas e
perícias, auxiliando os magistrados na colocação dos quesitos, sugerindo metodologias, apreciando
relatórios, esclarecendo dúvidas e propondo diligências complementares.
A participação e intervenção nas várias buscas e apreensões realizadas caracterizou-se pela selecção do
material a recolher em cada caso, evitando buscas “cegas” e procurando conferir eficácia acrescida ao
trabalho pericial a desenvolver posteriormente.
São, ainda, de salientar outros aspectos, tais como a realização de análises contabilísticas, financeiras e/
ou outras com a finalidade de circunscrever fases posteriores do trabalho de investigação, em particular
o pericial.
A participação de especialistas do NAT em acções de formação, na qualidade de formandos, foi
fortemente condicionada pelo ritmo de trabalho imposto devido ao enorme volume de solicitações, ao
reduzido número de especialistas, bem como ao enorme volume e complexidade da documentação a
analisar, limitando-se às seguintes iniciativas: “Criminalidade Informática”, seminário promovido pelo
CEJ; “Práticas de Gestão de Recursos Humanos” seminário promovido pelo STE; e “Criminalidade
Tributária”, seminário promovido pelo DCIAP e CIES (ISCTE); Núcleo de Assessoria Técnica
7.3. Recursos humanos
O NAT contou, durante o ano de 2008, com 7 especialistas até 28 de Janeiro, altura a partir da qual
passaram a 8.
Nos termos da Lei nº 1/97, de 16 de Janeiro, o número de especialistas do NAT é fixado anualmente
por portaria dos Ministros das Finanças, da Justiça e Adjunto, sob proposta do Procurador-Geral da
República.
Face à dimensão e natureza das intervenções do NAT foi, superiormente, considerado necessário, em
1999, alargar para dez o número de especialistas. No entanto, dadas as dificuldades de recrutamento
ainda não foi possível preencher a totalidade desses lugares.
115
O não preenchimento dos lugares desde 1999 deve-se a vários factores, dos quais se destacam três como
os mais importantes: os inúmeros obstáculos colocados pelos dirigentes dos serviços públicos que
impedem as requisições dos seus funcionários para o NAT; as insuficiências do Estatuto de Especialista
do NAT e as dificuldades orçamentais da Procuradoria-Geral da República.
Tal como já se referiu, uma das maiores dificuldades com que o NAT se depara consiste no recrutamento
de técnicos com o perfil exigido pelas características da intervenção do Núcleo — refira-se que todos os
especialistas possuem formação científica nas áreas de intervenção do Núcleo e são detentores de uma
experiência profissional polivalente, que varia entre os 11 e os 26 anos, granjeada no exercício de funções
de inspecção e auditoria no quadro dos seus serviços de origem — das quais fazem parte a obrigatoriedade
de disponibilidade permanente, a urgência exigida na resposta, a necessidade de efectuar frequentes
deslocações por todo o País e a intervenção, por vezes, em condições de risco e perigosidade.
No entanto, apesar da evidente escassez de recursos humanos, o NAT procurou que o ritmo de resposta
às inúmeras solicitações do Ministério Público não fosse prejudicado, o que só foi possível graças ao
aumento da pressão de trabalho, agravando ainda mais o elevado ónus da função, e não permitindo que
os especialistas disponham do tempo mínimo para a prossecução de um plano de formação consistente
e absolutamente indispensável para o cabal desempenho das funções que lhes foram atribuídas.
O apoio técnico — administrativo à actividade do NAT esteve a cargo de uma técnica de justiça adjunta,
requisitada ao DIAP de Lisboa e de uma escrivã-adjunta, requisitada ao Tribunal de Execução de Penas
de Lisboa, a qual entrou de baixa a partir de 25 de Fevereiro, por motivos de saúde, tendo cessado
funções no Núcleo em finais do mês de Junho, altura em que foi diligenciado pela sua substituição, o
que só veio a ocorrer no dia 3 de Setembro, data da tomada de posse da técnica de justiça adjunta pelo
que, durante a maior parte do ano, todo o serviço foi assegurado apenas por uma das funcionárias
requisitadas.
No que diz respeito aos recursos materiais, foram sendo resolvidas as necessidades mais urgentes
(equipamento informático e material de escritório), encontrando-se satisfeitas a um nível que se pode
considerar minimamente satisfatório, tendo em conta que dos 9 computadores portáteis anteriormente
atribuídos e devolvidos para substituição, face à sua completa desactualização, apenas 6 foram
substituídos, continuando a aguardar-se pelos outros 3.
Núcleo de Assessoria Técnica
Idêntica situação se verifica relativamente aos 8 telemóveis de serviço, atribuídos em Abril de 2004,
tendo-se procedido à entrega de um deles na Secção de Economato da Procuradoria-Geral da República,
em Novembro de 2005, por ter sido pedido a título de empréstimo e de momento não se encontrar
atribuído face à saída de um especialista. No entanto, quando solicitado para atribuição a um novo
especialista, já não foi devolvido a este Núcleo, continuando assim a aguardar-se o seu envio.
No que toca aos meios financeiros, estes são providenciados pela Procuradoria-Geral da República, não
havendo factos dignos de registo.
Quanto aos meios materiais destaca-se a ausência de viaturas de serviço, o que obriga os especialistas a
efectuarem deslocações em carro próprio ou em transportes públicos, traduzindo-se num desperdício
de tempo com prejuízo evidente na análise dos processos pendentes.
Durante o ano de 2008 foram realizadas 125 deslocações por todo o País, nas quais se percorreram
O crescente recurso ao NAT, por parte dos mais variados serviços do Ministério Público, afigura-se um
indicador claro de que o mesmo vem dando satisfação aos objectivos que presidiram à sua criação. Nos
últimos 5 anos o número de processos entrados atingiu os 231.
Não obstante as dificuldades no recrutamento de especialistas, as quais têm conduzido a um
preenchimento do quadro mais lento do que seria desejável, considera-se que o número de inquéritos
acompanhados, bem como os concluídos em 2008, são demonstrativos de um nível de desempenho
bastante satisfatório, tendo em conta a grande complexidade de alguns desses processos.
Contudo, saliente-se que o reforço da actual equipa de trabalho é absolutamente necessário, não só para
manter o nível de desempenho atingido, mas também para permitir o direccionamento do Núcleo para
outros tipos de intervenção junto do Ministério Público, até agora menos explorados, por falta de
meios humanos disponíveis.
A resolução dos constrangimentos na área do recrutamento de especialistas passa pela alteração do
actual estatuto do NAT, totalmente desajustado face à necessidade de desenvolvimento das actividades
de assessoria, permitindo que todos os magistrados do Ministério Público possam contar com técnicos
especialistas, designadamente na área da criminalidade económico-financeira.
117
GABINETE DE DOCUMENTAÇÃO
E DIREITO COMPARADO
8.
119
europeu e internacional, execução de sentenças estrangeiras, procedimentos criminais, autos de
natureza diversa, legislação vária, entre outros;
— tradução das línguas francesa e inglesa (nem sempre se tratando de uma versão original) e da
língua espanhola para a língua portuguesa dos pedidos entregues neste sector pela cooperação judiciária
relativos ao mesmo tipo de peças processuais e documentação acima referidas;
— traduções de instrumentos internacionais com vista à sua posterior legalização pelo Conselho
Consultivo da Procuradoria-Geral da República (declarações e reservas formuladas às Convenções
das Nações Unidas, do Conselho da Europa e da UNESCO);
— apoio ao Agente do Governo Português junto do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem
(TEDH), assegurando a retroversão para a língua francesa das alegações;
— tradução para a língua portuguesa de acórdãos do TEDH para divulgação na página web do
Gabinete de Documentação e Direito Comparado;
— colaboração com os sectores de apoio jurídico do gabinete e da Procuradoria-Geral da República
na tradução/retroversão de documentação e também na pesquisa de terminologia no âmbito das
línguas estrangeiras;
— além da participação nas reuniões do grupo de trabalho que integra vários serviços do Ministério
da Justiça, o sector Jurislingue contribuiu com 2.000 conceitos e/ou expressões de natureza jurídica
que foram devidamente revistos e actualizados nas línguas portuguesa, francesa, inglesa e espanhola;
— execução de todas as tarefas administrativas, em particular o registo dos pedidos de tradução na
base de tradução e na base de informações que permite o controlo de todos os trabalhos efectuados
e a elaboração de gráficos e estatísticas;
Gabinete de Documentação e Direito Comparado
Foi concluído o trabalho de tradução de instrumentos internacionais para oficialização pelo Conselho
Consultivo.
O sector do apoio jurídico tem uma vocação pluridisciplinar face aos demais sectores do gabinete, na
medida em que responde a todos os pedidos que não correspondam a uma área específica deste para
tratar do assunto que é solicitado. Com esta vocação abrangente, este sector presta informação jurídica
dentro dos estritos limites da competência atribuída ao gabinete nas mais variadas matérias, recolhe
documentação jurídica nacional e estrangeira que analisa, intervém como órgão de recepção e transmissão
na Convenção Europeia no domínio da informação sobre direito estrangeiro celebrada no quadro do
Conselho da Europa, responde aos mais variados questionários internacionais relativos a matérias jurídicas,
elabora pareceres relativos a convenções e acordos internacionais, etc.
No ano de 2008, o sector do apoio jurídico prestou 287 informações escritas em matéria jurídica, para
além de um sem número de outras respostas verbais em pedidos telefónicos que são respondidos de
imediato, porque recaem sobre matérias mais simples, ou em áreas cuja experiência dos técnicos no
atendimento assim o permite.
Destas respostas, sublinhamos que cerca de 195 destinaram-se a magistrados, colocados em tribunais,
incluindo os tribunais superiores e mesmo o tribunal de justiça das comunidades europeias, e as demais
82 foram prestadas a entidades muito diversificadas, públicas e privadas, desde o Ministério da Justiça
(incluindo entidades a ele afectas, nomeadamente o Gabinete de Relações Internacionais), ao Ministério
121
informação de direito estrangeiro, na qual se verificou um aumento de 200% dos pedidos de informação
e aplicação da legislação portuguesa recebidos de tribunais estrangeiros (versando, por exemplo, questões
de sucessões, ou de capacidade e incapacidade de pessoas colectivas em falências, ou de violência
doméstica) e um aumento de 300% dos pedidos de informação e aplicação da legislação estrangeira
solicitados pelos nossos tribunais (versando sobre matérias de sucessões, de relações de sociedades de
grupo, ou de adopção).
São funções do sector de informática manter, permanentemente, a instalação de hardwares e softwares,
o apoio aos utilizadores, a formação quer interna quer externa, a análise de sistemas, o planeamento e
organização dos sistemas de informação, a definição de regras de privacidade e segurança dos sistemas
informáticos e da informação, o planeamento, instalação e manutenção de infra estruturas de rede,
fornecimento de informação necessária à aquisição ou locação de bens e serviços de informática,
manutenção de aplicações, definição de linguagens e metodologias de programação, administração de
redes de comunicação e internet, manutenção de infra estruturas tecnológicas de rede e internet, pesquisa,
com vista à actualização, de novos sistemas operativos, gestão de projectos informáticos, a administração
de sites e de correio electrónico.
Este sector funciona, ainda, em colaboração com o sector da operação, na alimentação das bases de
dados do Gabinete de Documentação e Direito Comparado, às quais corresponde a identificação e o
volume de ocupação nos servidores de bases de dados.
Assinale-se, durante o ano de 2008, a conclusão dos trabalhos de desenvolvimento de uma zona do site
do gabinete integralmente dedicada ao Mandado de Detenção Europeu.
O sector de direitos humanos repartiu a sua actividade entre uma dimensão internacional (Ministério
dos Negócios Estrangeiros, Estados estrangeiros, Nações Unidas, Conselho da Europa, União Europeia,
Gabinete de Documentação e Direito Comparado
OSCE) e uma dimensão nacional (apoio a magistrados, advogados, juristas, Administração Pública,
cidadãos em geral).
Para além de actividades genéricas no contexto da defesa e promoção dos direitos humanos, verificou-
-se uma intensa actividade no sentido de ser alcançada a aprovação do protocolo facultativo ao PIDESC
relativo ao mecanismo de queixas individuais no contexto deste instrumento de direito internacional e
a eleição de uma técnica do sector como relatora especial das Nações Unidas para o direito à àgua.
Para além disto, foi relevante a participação de uma técnica na 63ª sessão da AGNU em Nova Iorque,
nos domínios do combate ao racismo, da elaboração de relatórios em matéria de direitos humanos e da
aplicação das convenções internacionais das Nações Unidas.
Numa vertente mais orientada para a perspectiva interna, destacaram-se a continuação da participação
de um dos elementos deste sector no projecto jurislingue, a resposta pronta a exposições, a participação
de um dos elementos deste sector em trabalhos do Gabinete de Documentação e Direito Comparado
orientados para a informação e investigação do direito estrangeiro e comunitário e em acções de formação,
e, por fim, numa vertente mista o sector desenvolveu uma importante actividade no domínio da educação
para os direitos humanos.
No contexto da defesa e promoção dos direitos humanos, destacam-se aqui as informações nºs 05/08
de 08.01, CTA (grupos regionais da ONU), 359/08 de 19.05, RVT (resolução — direito a alimentos,
7ª sessão CDH), 238/08 de 14.04, RVT (participação na 7ª sessão CDH), 442/08 de 23.06, RVT
(participação na 8ª sessão do CDH), 360/08, de 19.05, RVT (OSCE-ODHIR — questionário dos
123
prós e contras da aplicação do art.º 35º CRP), 103/08, 14/02, PMF (ligações, medidas alternativas a
penas de prisão/DGRS); 123/08, 28/02 (formação CEJ/mediação Penal/Coimbra); 130/08, 29/02
PMF (direito estrangeiro/direito Austríaco, EheG); 133/08, 04/02, PMF (regime jurídico da formação
médica com outros, apoio jurídico); 230/08, 02/04, PMF (legislação interna de combate ao terrorismo,
pedido da Embaixada da Turquia); 276/08, 22/04, PMF (direito estrangeiro/legislação austríaca); 520/
08, 24/07, PMF (“erro judiciário na jurisprudência do TEDH”, publicação de artigo na revista Julgar);
523/08, 28/07, PMF (protocolo de permuta de publicações/Centro Europeu Jacques Delors); 569/08,
18/08, PMF (averiguação de paternidade/legislação brasileira); 571/08, 19/08, PMF (código de barras/
direito comunitário); 572/08, 22/08, PMF (direito das sucessões/pesquisa de bibliografia); 575/08,
22/08, PMF (Convenção Genebra 1931); 591/08, 05/09 (Brasil/legislação relativa a interdição por
anomalia psíquica); 617/08, 19/09, TC/PMF (legislação alemã sobre aerossóis de defesa pessoal); 641/
08, 01/10, PMF (modo de designação do representante nacional no comité consultivo da convenção
europeia para estatuto-trabalhador migrante); 672/08, 14/10, PMF (projecto de rede nacional de
imigração no contexto da rede europeia para as migrações); 750/08, 11/11, PMF (reforma do regime
dos recursos/acção de formação do CEJ em Coimbra).
Em Outubro foi publicado no nº 13 da Revista Negócios Estrangeiros, de PMF, o artigo “Modelo
económico, integração, independência de Portugal”
No que concerne a educação para os direitos humanos destacam-se as seguintes informações: 687/08,
24/10, RVT (2º volume — compilação de instrumentos internacionais de DH); 688/08, 24/10, RVT
(DH e aplicação da lei — guia do formador); 689/08, 24/10, RVT (direitos humanos e prisões); 671/
08, 14/10, PMF (seminário sobre educação para a paz e os DH/Vitoria Gasteiz —País Basco/Espanha);
749/08, 11/11, PMF (educação para os DH — programa do Governo Regional Basco em parceria
com o ACNUDH — Vitória Gasteiz, País Basco, Espanha); 751/08, 11/11, PMF (30º aniversário da
adesão de Portugal à CEDH — sessão comemorativa no Supremo Tribunal de Justiça); PMF (participação
Gabinete de Documentação e Direito Comparado
no 60º aniversário da DUDH em Santarém); 853/08, 31/12, PMF (pedido de nova redacção do texto
oficial português da DUDH formulado por um Juiz Conselheiro).
9.1. Introdução
A representação de Portugal na Eurojust foi composta, em 2008, pelo membro nacional, com a categoria
de procurador-geral adjunto, por um adjunto, com a categoria de procurador da República, e por um
perito nacional destacado, também com a categoria de procurador da República.
Durante o ano de 2008 Portugal registou 79 casos, mais 23 do que no ano anterior. Este aumento de
cerca de 41% dos casos registados põe em evidência que a intervenção da Eurojust aporta uma mais
valia ao trabalho desenvolvido pelos magistrados através do apoio que presta à cooperação e à coordenação
no quadro de um combate efectivo e eficaz à criminalidade grave, organizada e de natureza transnacional.
As autoridades nacionais que, com maior frequência, requereram a intervenção da Eurojust foram o DIAP
de Lisboa (18 pedidos), o DCIAP (16), o DIAP do Porto (5) e o Tribunal da Relação de Lisboa (4).
Os Estados-Membros que, com maior frequência, foram envolvidos nos casos iniciados por Portugal
foram a Espanha (29 casos), o Reino Unido (16), a França (15) e os Países Baixos (10).
Fora do espaço da União Europeia, Portugal solicitou, através da Eurojust, o auxílio judiciário da Suíça,
Venezuela e Estados Unidos da América.
Por outro lado, 20 Estados da União Europeia (Áustria, Alemanha, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia,
Espanha, Estónia, Finlândia, França, Holanda, Itália, Irlanda, Luxemburgo, Lituânia, Letónia, República
Checa, Roménia, Suécia e Reino Unido) solicitaram, em 67 casos, a intervenção da delegação de Portugal
na Eurojust, o que corresponde a um aumento de 25%.
125
O Reino Unido, com 11 solicitações, foi o país da União Europeia que mais vezes requereu a cooperação
das autoridades portuguesas através da Eurojust, seguido da Espanha com 8 pedidos e da Holanda com 7.
c) Reuniões de coordenação
d) Divulgação da Eurojust
O Colégio, composto pelos 27 membros nacionais, é o órgão máximo da Eurojust quer no que se
refere às matérias de cooperação judiciária, quer no que respeita à organização interna e ao funcionamento
da instituição, incluindo a gestão orçamental e a supervisão da actividade da administração.
No caso de Portugal, a acumulação das funções de membro nacional com as de presidente do Colégio
acarreta um significativo acréscimo de trabalho, mas, ao mesmo tempo, abre portas a uma maior afirmação
do Ministério Público português ao nível europeu e internacional.
O grupo de trabalho relativo à criação e desenvolvimento do sistema informático de gestão de casos
(EPOC Team) é dirigido pelo Membro Nacional de Portugal.
Foi aprovada, em 16 de Dezembro de 2008, uma nova Decisão do Conselho, nos termos da alínea c)
do nº 2 do artigo 34º do Tratado da União Europeia, que visa o reforço da Eurojust e que veio ao
Eurojust
127
SERVIÇOS DE APOIO
10.
10.1. Generalidades
Os Serviços de Apoio Técnico e Administrativo (SATA) constituem a unidade orgânica de apoio técnico
e administrativo — nos domínios da gestão dos recursos humanos, financeiros e materiais bem como
da organização, planeamento e informática, da documentação e informação e, ainda, do apoio geral —
a todos os órgãos e serviços que integram a Procuradoria-Geral da República ou dela estão directamente
dependentes.
Dotar os SATA de uma maior capacidade de resposta — tanto em termos estruturais como do necessário
apoio humano, logístico e material — constituiu, em 2008, e face ao crescendo de solicitações dos
cidadãos e entidades externas, bem como dos serviços e órgãos da PGR, um dos principais objectivos
prosseguidos, aliás, alcançado com registo positivo.
Consolidada, em 2008, a reorganização e concentração de diversos sectores, criado um pólo informático
único e reforçados os aspectos ligados à fiabilidade, rigor e segurança de procedimentos torna-se agora
possível avançar para novas melhorias nos mais variados domínios da intervenção que incumbe aos
SATA assegurar.
Tendo sido concluídas as obras de restauro de diversas salas do edifício-sede da Procuradoria-Geral da
República — obras essas realizadas no âmbito de protocolo celebrado entre a PGR, o Instituto de
Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça, o Instituto de Emprego e Formação Profissional e a Fundação
Ricardo Espírito Santo Silva — prosseguiu-se, em 2008, e no âmbito desse mesmo protocolo, com a
recuperação do Palácio Palmela. Refira-se ainda que, em cerimónia presidida pelo Conselheiro
Procurador-Geral da República e que contou com a presença de diversas entidades oficiais e inúmeros
convidados, foram entregues diplomas de fim de curso aos formandos que trabalharam nesse restauro.
Os recursos humanos foram reforçados ao nível de diversos sectores com a entrada de novos trabalhadores,
tendo ainda sido preenchidos vários lugares de coordenação técnica e de chefia.
Controlo rigoroso e fiscalização apertada de todos os procedimentos, bem como equilíbrio, racionalização
e rentabilização de encargos e despesas constituíram, uma vez mais, o paradigma da gestão orçamental
e financeira desenvolvida ao longo do ano.
Em 2008 foi assinado entre a PGR e o Instituto Superior Técnico um protocolo de cooperação técnica e
científica com vista a desenvolver uma colaboração mútua e prospectiva na identificação, definição, discussão
e implementação de técnicas e procedimentos capazes de responder com eficácia aos problemas relacionados
com a organização e funcionamento do Ministério Público e tendo em vista garantir maior eficiência,
qualidade e economia no exercício das competências que lhe estão constitucionalmente cometidas.
Daí que, dentro do quadro dessa colaboração e inserido no projecto do Sistema de Informação do
Ministério Público (SIMP), tenha entrado em funcionamento, a partir de Junho de 2008, a nível
nacional, uma primeira versão do portal interno do Ministério Público (https://simp.pgr.pt), dando-
129
-se, assim, início à execução de um sistema integrado e centralizado de recolha, tratamento, divulgação
e partilha de informação do Ministério Público, assente em tecnologias “web” e com as características
próprias de um portal corporativo.
No ano de 2008 foi criada uma medalha da PGR, destinada a ofertas institucionais, bem como
aprovado modelo de colar — que não existia — para uso, em ocasiões solenes, pelo Procurador-
-Geral da República, Vice-Procurador-Geral da República e procuradores-gerais adjuntos que, nos
termos dos artigos 13º e 14º do Estatuto do Ministério Público, devam assegurar a sua substituição
(Portaria nº 1537/2008, de 30 de Dezembro). A ideia, pesquisa, concepção e desenho, tanto dessa
medalha, como do colar, foram desenvolvidas por uma pequena equipa interna e integrada por
funcionários e magistrados.
As visitas de delegações estrangeiras, tal como as visitas de estudo e reuniões de trabalho, assumiram,
em 2008, número expressivo e justificativo da designação de um funcionário responsável pela recepção
e acompanhamento de tais visitas, bem como pelo apoio à organização dos diversos eventos organizados
pela PGR.
No sector ligado à Documentação e Informação, aqui se incluindo os serviços de tradução, importa,
por um lado, sublinhar ter sido efectuada a tradução em 224 processos, correspondendo a 4.455 páginas,
e sido despendida a importância global de 62.656,05 euros com a aquisição necessária de serviços
externos e, por outro lado, dar nota, pela sua expressão, que existiam, no final do ano, cerca de 3.500
utilizadores da biblioteca com cartão de leitor atribuído.
No que respeita à gestão da magistratura do Ministério Público, a estrutura de apoio ao movimento de
magistrados melhorou as funcionalidades relativas ao requerimento electrónico criado em 2007,
nomeadamente na parte referente à escolha das comarcas pretendidas e à recolha automatizada dos
dados. Para além disso, foram introduzidas também novas funcionalidades ao nível do tratamento dos
pedidos, permitindo o cruzamento constante de dados e informação sobre vagas libertadas e ocupadas.
Sob a supervisão e acompanhamento de responsáveis do Ministério Público, a Divisão de Planeamento,
Organização e Informática e a Divisão de Apoio Jurídico colaboraram, em 2008, na criação de duas
bases de dados processuais (de suspensão provisória do processo e para cumprimento do disposto no
artigo 276º do Código de Processo Penal).
Tendo sido assinalados, sinteticamente, apenas alguns dos aspectos e iniciativas mais relevantes da
actividade desenvolvida em 2008, importa, para encerrar este ponto, dar nota do brio e espírito de
colaboração de todos quantos trabalharam, em 2008, nos SATA e que, assim, contribuíram, com o seu
empenho, para o bom e eficiente funcionamento dos serviços.
Para além disso, pela secção de expediente geral e arquivo, foram expedidas 8 circulares sobre as seguintes
matérias:
a) Directivas e Instruções Genéricas em matéria de execução da Lei sobre Política Criminal (Circular
nº 1/2008);
b) Suspensão Provisória do Processo (Circular nº 2/2008);
c) Produtos estupefacientes — Apreensão, armazenamento e destruição (Circular nº 3/2008);
d) Comunicação à Polícia Judiciária dos despachos de arquivamento dos inquéritos (Circular nº 4/2008);
e) Aplicação das normas processuais penais sobre o segredo de justiça ao processo contra-ordenacional.
(Circular nº 5/2008);
f ) Destino do produto das coimas tributárias (Circular nº 6/2008);
g) Código de Justiça Militar - Descriminalização do crime de deserção (Circular nº 7/2008);
h) Eliminação de processos de inquérito: adopção de novos procedimentos (Circular nº 8/2008);
i) Incêndios florestais (Circular nº 9/2008);
j) Instauração, pelo Ministério Público, de execução por custas de parte de que seja devedora a
Fazenda Pública, em processos judiciais tributários. (Circular nº 10/2008).
Foram apresentados e movimentados, pela secção de intervenção processual, 230 novos pedidos de
aceleração processual e movimentados, ainda, pela mesma secção, 57 processos respeitantes a conflitos
negativos de competência, sendo 43 novos. Foram também apreciadas 32 reclamações hierárquicas.
No que se refere à actividade desenvolvida tanto pela secção de apoio ao Conselho Superior do Ministério
Público como pela secção de apoio ao Conselho Consultivo, a mesma encontra-se já relatada, na parte
respeitante a esses mesmos órgãos.
De qualquer forma cabe referir, ainda, acerca da secção de apoio ao Conselho Superior do Ministério
Serviços de Apoio
Público terem ali sido instaurados 362 novos processos e elaborados 3.889.
A unidade de administração geral da Direcção de Serviços de Apoio Administrativo, à qual incumbe, de
um modo geral, assegurar as tarefas administrativas inerentes à gestão e administração de pessoal, à
preparação e execução orçamental e à gestão e administração do património, desenvolveu a sua actividade
através das secções que dela fazem parte, de seguinte forma:
— Na secção de pessoal salientam-se, entre outras actividades, e no que concerne à aplicação da Lei
nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro (LVCR) a elaboração dos mapas de pessoal da Procuradoria-
131
-Geral da República de 2009, a atribuição de prémios de desempenho e a alteração dos
posicionamentos remuneratórios. (Foi ainda executado o carregamento de títulos de transporte,
elaboradas requisições de emissão de bilhetes a diversas entidades e organizados os reembolsos de
transportes.)
Procedeu-se à abertura e conclusão dos seguintes concursos internos para o quadro de pessoal dos Serviços
de Apoio Técnico e Administrativo e do Gabinete de Documentação e Direito Comparado da
Procuradoria-Geral da República:
— de acesso limitado para provimento de um lugar de chefe da Secção de Apoio ao Conselho
Consultivo;
— de acesso limitado para provimento de um lugar de chefe da Secção de Apoio ao Conselho
Superior do Ministério Público;
— de acesso limitado para provimento de dois lugares na categoria de especialista de informática de
grau 3, nível 1;
— de acesso geral para provimento de um lugar na categoria de assessor principal da carreira de
técnico superior;
— de acesso misto para provimento de dezoito lugares na categoria de assistente administrativo
especialista;
— de acesso limitado para provimento de quatro lugares na categoria de técnico de informática de
grau 2, nível 1;
— de acesso misto para provimento de quatro lugares para a categoria de técnico de informática de
grau 1, nível 1, da carreira de técnico de informática;
— de acesso geral para provimento de um lugar na categoria de assessor da carreira de técnico
superior;
— de acesso geral para provimento de um lugar na categoria de assessor, área funcional dos direitos
humanos, da carreira de técnico superior.
Realizou-se, ainda, procedimento concursal para provimento de um lugar de Chefe de Divisão de Apoio
Jurídico do quadro de pessoal dos Serviços de Apoio Técnico e Administrativo da Procuradoria-Geral
da República, ainda a decorrer.
No âmbito de outras actividades foram elaboradas diversas propostas para nomeação de pessoal
(promoções, comissões de serviço e transferências) e organizados 8 processos de aposentação.
aos diversos serviços da PGR, NAT, DCIAP e GDDC; no carregamento dos bens móveis da PGR na
aplicação CIME — “gestão de bens móveis”; no registo no CIVE — cadastro e inventário dos veículos
do Estado - da informação relativa aos veículos atribuídos à PGR.
Sob orientação desta secção foram acompanhadas, tanto algumas obras de beneficiação como a
manutenção de diversas instalações e equipamentos da Procuradoria-Geral da República, e ainda as
obras de maior vulto efectuadas pela Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, no Palácio Palmela e, pelo
IGFIEJ, no edifício destinado à instalação do pólo informático.
133
10.3. Divisão de Documentação e Informação
Com vista à criação do pólo informático que centraliza os meios informáticos da PGR, foi necessário
criar uma nova estrutura de dados e áreas de utilizadores. Assim, efectuou-se a mudança das estruturas
Serviços de Apoio
dos domínios PGR/GDDC com instalação de novos servidores, reestruturação do serviço de mail,
integração de todos os recursos do GDDC e da PGR, mudança de DNS, WINS, etc. É de salientar que
esta mudança que afectou a generalidade dos utilizadores foi efectuada sem perturbar o trabalho diário
e sem que os utilizadores praticamente se apercebessem.
Além das tarefas correntes como gestão da rede, backups, actualização de conteúdos na internet e intranet,
assistência em matéria de informática aos utilizadores distribuídos pelos 4 edifícios da PGR, foi ainda
estudada a melhor forma de resolver problemas apresentados por algumas aplicações em funcionamento
135
(Habilus, Gestão Documental, iBase, mail, SRH, centro de custos, etc.) e foram criadas novas aplicações
e efectuadas melhorias em programas já existentes de forma a satisfazer os pedidos dos utilizadores,
entre outras:
—- Criação de um módulo, na base de dados “magistrados”, para contagem automática do tempo
de serviço;
— Criação de uma aplicação para o movimento de magistrados dando resposta aos critérios definidos
como criação de comarcas a vagar e afectação dos magistrados;
— Criação de uma base de dados para gestão das apostilas;
— Alterações ao projecto Jurislingue;
— Disponibilização na web do mandado de detenção europeu;
— Criação de uma base de dados para controlo de pagamento de transportes públicos;
— Colaboração na elaboração do relatório anual da Procuradoria-Geral da República.
Na divisão de apoio jurídico destacam-se as seguintes actividades desenvolvidas pelas juristas afectas ao
sector:
— Colaboração na elaboração do projecto de portaria que aprova o modelo do colar para uso, em
ocasiões solenes, do Procurador-Geral da República, do Vice-Procurador-Geral da República e dos
Procuradores-Gerais Adjuntos — Portaria nº 1537/2008, de 30 de Dezembro;
— Estudos sobre os efeitos de pena acessória de proibição do exercício de funções públicas;
— Estudos sobre o Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de
29 de Janeiro, tendo sido produzidas informações com propostas de alteração de procedimentos,
designadamente quanto à intervenção do Ministério Público;
— Colaboração na preparação da resposta ao Questionário da Rede de Procuradores junto dos
Supremos - “Ministério Público ou instituição equivalente junto dos Tribunais Supremos Judiciais
Serviços de Apoio
137
em conjunto com três outros docentes, todos eles magistrados do Ministério Público, com a leccionação
das 13 sessões dedicadas aos mecanismos de cooperação internacional em matéria penal.
Complementarmente a Procuradoria-Geral da República associou-se a duas acções de formação
permanente dedicadas a esta temática que tiveram lugar em Évora em Maio e Julho de 2008.
No tocante à Rede Judiciária Europeia, na senda do que se registou em anos anteriores assinala-se a
continuação das intervenções, levadas a cabo pelo ponto de contacto da Procuradoria-Geral da República,
com vista a obter informações pontuais sobre o andamento de pedidos, impulsionar a execução de
cartas rogatórias, trocar dados sobre execução de mandados de detenção europeus ou obter informação
sobre direito comparado, as quais correspondem a acção típica dos pontos de contacto da Rede Judiciária
Europeia e contribuíram para tornar mais eficaz a assistência judiciária mútua ou desbloquear pedidos
cujo andamento se encontrava prejudicado pela falta de prestações complementares.
Entre todos, continua a assinalar-se a crescente procura da intervenção da Rede Judiciária Europeia com
vista a obter a produção de prova através de vídeo-conferência assim como a sua contribuição eficaz na
prestação de elementos ou informações complementares para que a execução de mandados de detenção
europeus pudesse ser obtida dentro dos prazos curtos fixados pela Lei nº 65/2003. Durante o ano a
Rede Judiciária reuniu, em plenário, em Chatez ob Sávi (Eslovénia) e Paris, com a presença de um
representante da autoridade central, o qual na reunião sob presidência francesa, assumiu a responsabilidade
da dinamização de um workshop sobre a temática da aproximação das autoridades judiciárias aos
mecanismos de cooperação internacional desenvolvidos no âmbito da União Europeia.
No que concerne ao Conselho da Europa e dando continuação ao trabalho iniciado no ano de 2006 foi
concluída, no âmbito do Comité PC-OC do Conselho da Europa, em Novembro de 2008, a negociação
do III Protocolo Adicional à Convenção Europeia de Extradição, visando a criação de um mecanismo
de extradição simplificada.
Por indicação do Conselho da Europa a Procuradoria-Geral da República colaborou numa acção de
formação para magistrados do Ministério Público da Bósnia Herzegovina e do Tribunal Internacional
para a Bosnia Herzegovina, que teve lugar, em Sarajevo, em Outubro de 2008.
V — DISTRITOS JUDICIAIS
DISTRITO JUDICIAL DE LISBOA
1.
Introdução
O Distrito Judicial de Lisboa compreende 42 comarcas, uma delas (Lagoa criada, mas não instalada),
agrupadas em 14 círculos judiciais, que abrangem áreas que vão da grande Lisboa às regiões autónomas,
com zonas ribeirinhas e do interior, urbanas e rurais.
Esta realidade caracteriza e condiciona a actividade do Ministério Público, que se dispersa por dez
grandes comarcas, uma destas, a de Lisboa, com dimensão excessiva, seja pela densidade populacional,
seja pelo consequente volume processual.
A organização judiciária é diversificada, com comarcas dotadas de tribunal comarcão, com competência
genérica, passando por outras com tribunais especializados e de competência específica, com mais ou
menos juízes.
O Ministério Público no Distrito Judicial de Lisboa, ao longo do ano de 2008, continuou a dar uma
resposta bastante positiva em todas as áreas em que teve intervenção.
Mostra-se, porém, indispensável dar atenção aos quadros de magistrados e funcionários, melhorar a
organização, implementar uma adequada informatização, considerando agora as novas exigências
impostas quer pelas alterações ao Código de Processo Penal, quer pela Lei da Política Criminal.
A instalação de departamentos de investigação e acção penal nas grandes comarcas, devidamente
estruturados, em ligação com os órgãos de polícia criminal, pode melhorar quantitativa e qualitativamente
a investigação criminal e o exercício da acção penal.
Uma melhor atenção à jurisdição de família e menores e à articulação da intervenção na área dos menores
com a área criminal, nomeadamente no que se refere à criminalidade praticada por jovens adultos, foi
um passo que se iniciou já em 2007 e que teve continuidade em 2008.
Uma informatização ambiciosa dos tribunais, facilitando a actuação dos magistrados e funcionários,
possibilitando o controle processual, auxiliando as funções de direcção e gestão é, no presente, como já
o era no passado, uma imperiosa necessidade.
Não obstante o reconhecimento de algumas melhorias pontuais no passado próximo, ainda persistem
deficiências no distrito judicial, estando os principais problemas relacionados com a escassez de meios
humanos (especialmente funcionários), com a deficiente informatização, com a inadequação das
instalações e com as estruturas organizativas.
1. Generalidades
a) Instalações
Ocupa a Procuradoria-Geral Distrital o edifício na Rua do Arsenal, onde está o Tribunal da Relação.
141
A secção de processos da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) está instalada em espaço não
satisfatório para o seu quadro de funcionários; a secção administrativa está a funcionar noutro edifício,
com os evidentes inconvenientes; os magistrados do Ministério Público repartem-se por dois edifícios,
ora agrupados a dois, ora a três, nos respectivos gabinetes.
Os magistrados do Ministério Público instalados no Tribunal da Relação não dispõem de espaço de
trabalho adequado. Partilham três e quatro o mesmo gabinete, num ambiente que inibe a concentração
necessária ao trabalho.
Paralelamente, a actividade própria do Ministério Público, quer se refira ao Ministério Público da
Relação quer ao Distrito, está sempre condicionada à existência de espaço disponível, já que em primeiro
lugar estão sempre as sessões do Tribunal.
c) Funcionários
A Procuradoria-Geral Distrital é apoiada por uma secção administrativa e por serviços do Ministério
Público.
A primeira tem um quadro de sete unidades que, no final do ano, não se mostrava preenchido, faltando
dois elementos.
Os serviços do Ministério Público têm um quadro de 13 unidades (Portaria nº 721-A/2000, de 5 de
Distrito Judicial de Lisboa
Setembro) que, no final do ano, não se mostrava preenchido face à saída de um técnico de justiça
adjunto e à dispensa de quatro funcionários para as secções judiciais. A chefia cabe a um técnico de
justiça principal.
Estes quadros, quando estiverem totalmente preenchidos, são bastantes para o serviço.
A procuradora-geral distrital é apoiada por uma funcionária de justiça que a secretaria.
2. Área Processual
Na jurisdição penal, contabilizaram-se 3.841 intervenções, com os pareceres (escritos) a terem o maior
significado (2.913); as alegações/contra-alegações (sendo o número de alegações orais ligeiramente
3. Área Administrativa
Vieram, de 2007, 120 processos administrativos, tendo-se iniciado durante o ano 369; findaram 300,
ficando pendentes 189 em 31 de Dezembro de 2008. Nestes números se incluem os processos
administrativos que acompanham processos da primeira instância, número que vem diminuindo todos
os anos, o mesmo acontecendo com os iniciados na Procuradoria-Geral Distrital para intentar providência
jurisdicional.
Relativamente às cartas rogatórias e actos judiciários, entraram 16, que se somaram às 14 vindas do ano
anterior; foram concluídas 9 e transitaram 21 para o ano de 2009.
Expediram-se 3.181 ofícios, (1.363 foram da secção de processos e 1.818 da secção administrativa)
maioritariamente dirigidos à Procuradoria-Geral da República e às Procuradorias da República.
O número de papéis e processos entrados atingiu a expressão de 7.832 (4.479 na secção de processos e
3.353 na secção administrativa), registando-se uma redução, por referência ao ano anterior, explicável
pelo início do funcionamento do Sistema de Informação do Ministério Público (SIMP). Distrito Judicial de Lisboa
4. Outros assuntos
A página Internet da Procuradoria-Geral Distrital, a funcionar desde 2003, continua a ser um instrumento
de trabalho da maior relevância. Contém imensa jurisprudência, designadamente do Tribunal
Constitucional e do Supremo Tribunal de Justiça, com excelente nível de actualização e tratamento.
Tem, ainda, em actividade um fórum que, em 2007, tinha mais de 6.000 membros. A percepção de
que o fórum poderia estar a ser utilizado de modo indevido, com a formulação de perguntas cuja
resposta (assegurada pela PGDL) serviria para utilização profissional remunerada de privados, determinou
a limitação de inscrição a magistrados.
Boa parte do êxito que vem sendo a página na Internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa deve-se
143
à acção dos dois magistrados que constituem o núcleo da Coordenação do Contencioso do Estado,
investindo em dinamizá-la, especialmente com intervenções que fazem no fórum; mostrando-se de
extraordinário relevo a acção da funcionária judicial que lhe está afecta.
O SIMP foi considerado instrumento de comunicação obrigatório no Distrito Judicial de Lisboa a
partir de 1 de Junho de 2008. No final do ano tinham sido recebidas na PGD 391 comunicações via
SIMP, tendo sido expedidas 165.
1. Quadros de Magistrados
3. Movimento Processual
Movimentaram-se 14.582 processos, sendo 7.837 cíveis, 5.754 criminais e 991 laborais.
Neste ano entraram 11.352 processos (5.717 da jurisdição cível, 4.874 da jurisdição penal e 761 da
jurisdição social).
Distrito Judicial de Lisboa
Na jurisdição cível, dos processos iniciados no ano, o grande número foi de recursos: 4.235 (2.888
apelações e 1.347 agravos); as revisões de sentenças estrangeiras também tiveram algum significado
(1.200).
Na jurisdição penal, igualmente dentro dos processos iniciados, o número mais significativo também
foi o dos recursos (4.024), a que se somaram as reclamações (120) e os processos em que o Tribunal da
Relação funcionou em 1ª instância (693).
Na jurisdição social, nos processos iniciados, o maior significado está nos recursos: 733 (514 apelações,
172 agravos e 47 recursos penais).
Relativamente ao ano anterior, de entre os processos iniciados, na jurisdição cível houve uma descida
1.TÓPICOS GERAIS
Os quadros legais de magistrados carecem de revisão em algumas comarcas. Bastará, aliás, atentar no
número de auxiliares e na diferença de movimento processual verificada desde a data de fixação dos
quadros actuais, para se perceber essa necessidade.
O Conselho Superior do Ministério Público vem, desde há muito, pugnando pela reformulação de
quadros de magistrados e funcionários, com base em documentos elaborados pelos procuradores-gerais
distritais, o último dos quais foi apresentado em 2004.
Há comarcas onde o aumento de inquéritos, por um lado, e a estrutura judicial (com juízos e número
de juízes), por outro, e ainda situações de acumulação ou de faltas temporárias, impõem uma permanente
atenção e busca de soluções nem sempre possíveis e atempadas.
Paralelamente, o desajustamento dos quadros do Ministério Público relativamente ao dos juízes conduz
a que, em situações de nomeação de juízes auxiliares ou de criação de colectivos especiais para julgamento
de determinada causa — o que acontece com grande frequência no Distrito Judicial de Lisboa — não
haja capacidade de resposta por parte do Ministério Público. Acresce a isto que o Distrito Judicial de
Lisboa, pela sua proximidade em relação à Administração Central, constitui uma fonte permanente de
recrutamento de magistrados para comissões de serviço.
As grandes comarcas do distrito judicial, como é o caso de Lisboa, Almada, Cascais, Funchal, Loures,
Oeiras, Seixal, Sintra e Vila Franca de Xira exigem atenção permanente, de modo a obstar a indesejadas
acumulações de serviço.
As comarcas de média dimensão, mas onde se vivem algumas situações de dificuldade, como é o caso
das do Barreiro, Benavente, Caldas da Rainha, Mafra, Moita, Montijo, Ponta Delgada, Santa Cruz,
Sesimbra e Torres Vedras, demandam especial cuidado no acompanhamento da sua evolução.
No que se refere aos quadros de funcionários, não obstante terem sido legalmente reformulados (Portaria
nº 721-A/2000, de 5 de Setembro), em muitos casos não são os ajustados e muitas vezes nem sequer se Distrito Judicial de Lisboa
mostram preenchidos, factores a que se junta a falta de formação.
O carácter crónico de algumas situações, de que se destacam os casos de Sintra, Loures e Lourinhã,
acaba por gerar um quadro de irresponsabilização e de “deserção” dos melhores, com consequências
dramáticas no pleno do funcionamento dos serviços. Em Sintra, apesar das medidas especiais de reforço
adoptadas pela Direcção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) na perspectiva de instalação da
comarca piloto de Grande Lisboa-Noroeste, persistem atrasos consideráveis na movimentação dos
processos. Em Loures, na sequência de várias insistências e da apresentação ao Ministério da Justiça de
uma proposta de alteração do quadro dos oficiais de justiça, existe a expectativa de que, em 2009, se
consiga não só a alteração do quadro como o seu preenchimento a níveis substanciais.
Para as grandes comarcas impõe-se encontrar soluções que passam pela melhoria das prestações dos
órgãos de polícia criminal e certamente também por reestruturações orgânicas. Há uma cultura
145
burocratizante nos procedimentos, uma gritante impreparação para as funções próprias do Ministério
Público, uma enorme falta de direcção das unidades funcionais, uma cada vez maior falta de solidariedade
activa no desempenho funcional, uma rigidez excessiva nos critérios de colocação e uma notória falta de
estabilidade dos quadros.
Relativamente à situação nos serviços administrativos do Ministério Público, no que aos inquéritos
respeita, tem-se vivido uma situação difícil, que perdura há anos, com despachos por cumprir durante
longos períodos de tempo. A DGAJ, tem revelado espírito de colaboração e o estado dos serviços
administrativos do Ministério Público vem conhecendo melhorias.
2. ACTIVIDADE DESENVOLVIDA
a) Jurisdição penal
Durante o ano iniciaram-se 224.436 inquéritos, mais 38.656 do que no ano anterior, e findaram-se
217.621 (menos 6.815 do que os entrados). Vinham pendentes de 31 de Dezembro de 2007, 80.798
e ficaram pendentes, para 2009, 87.613 inquéritos (mais 6.815 relativamente ao ano anterior).
O aumento do número de inquéritos iniciados, para além de traduzir um aumento real do volume de
participações, espelha igualmente a recuperação de registos atrasados, designadamente nas comarcas de
Loures e de Sintra.
No número de inquéritos iniciados cerca de 43% eram contra agentes desconhecidos; os crimes contra
o património representaram cerca de 59%; os crimes contra as pessoas cerca de 20%; os crimes de
emissão de cheque sem provisão e os crimes de tráfico de estupefacientes cerca de 1%.
Dos processos findos (217.621), 26.448 conduziram à acusação (sendo 2.413 em tribunal colectivo,
3.039 com utilização do artigo 16º, nº 3, do Código de Processo Penal, 2.197 em processo abreviado
e 1.726 em processo sumaríssimo); decidiu-se pela suspensão provisória em 2.867 processos; arquivaram-
-se 172.324 inquéritos, destes, 303 por dispensa de pena.
Dos que ficam pendentes para 2009 (87.613) ainda é elevado o número de antigos, pois que cerca de
2.701 são dos anos de 2005 e anteriores, o que representa cerca de 3% dos iniciados. Embora se registe
uma melhoria em relação ao ano anterior, em que os antigos eram 4,7% dos iniciados, ainda há um
longo espaço para progredir.
Foi requerida a instrução em 2.499 processos, sendo 1.701 pelo arguido e 798 pelo assistente. Transitam
Distrito Judicial de Lisboa
para 2009, 1.458, valor inferior ao dos transitados de 2007 (eram 1.907).
Relativamente aos processos penais classificados, foram distribuídos durante o ano 61.430, sendo
processos comuns 23.454; findaram-se 124.024 (mais 62.594 do que os iniciados) e, de entre estes,
28.580 processos comuns (mais 5.126 do que os iniciados da mesma natureza).
Durante o ano iniciaram-se 11.108 processos sumários.
No tribunal de execução de penas movimentaram-se 22.121 processos, tendo sido iniciados 16.974,
dos quais 16.061 graciosos. Nesta jurisdição, no que respeita à prestação do Ministério Público,
prosseguiu-se numa evolução positiva que deve evidenciar-se.
Não obstante haver ainda boa margem para melhorar, a verdade é que no Distrito Judicial de Lisboa a
b) Jurisdição cível
Em 2008 iniciaram-se 2.261 acções cíveis, declarativas e especiais, em que o Ministério Público
peticionou e/ou contestou (seja em representação do Estado e demais pessoas colectivas públicas, seja
em representação de incapazes, ausentes ou outras pessoas a quem o Estado deve protecção).
Nesta jurisdição, não obstante a elevada importância da actividade do Ministério Público, os dados
ainda não são colhidos com o rigor desejável, considerando as diversas áreas em que intervém.
Por outro lado, ao referirmo-nos, a seguir, à jurisdição comum/residual/de suporte, verificar-se-á que
esta área tem a ver, na maior parte, com a jurisdição cível; na verdade, é o que sucede com os processos
administrativos, com reclamações de créditos, com acções executivas.
Regista-se que no chamado Contencioso do Estado os valores em discussão no Distrito Judicial de Lisboa
são muito elevados. A excelente representação do Ministério Público tem assegurado uma percentagem de
procedência superior a 80%. No ano de 2008 foram instaurados 792 processos administrativos para
propositura/acompanhamento de acções (686) ou contestação (106) em processos em que o Estado figurou
como autor ou réu, envolvendo um total de 525.977.151 euros. A estatística anual do contencioso
patrimonial do Estado, em anexo, é elucidativa das necessidades de coordenação nessa área.
A estrutura criada na Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, no ano de 2001, denominada Coordenação
do Contencioso do Estado (CCE) tem-se revelado absolutamente indispensável à adequada prestação
do Ministério Público, nesta jurisdição.
A existência de uma estrutura como a CCE tem-se revelado de grande utilidade, sobretudo no apoio
qualificativo que é possível prestar, quer aos magistrados do Ministério Público que exercem funções
nos diversos tribunais (e, nalguns casos, não só do Distrito Judicial de Lisboa), quer a outras entidades
como a Procuradoria-Geral da República e diversos organismos da Administração, no tratamento e
encaminhamento de diversos litígios de natureza cível que envolvem o Estado.
Assim, ao longo de 2008, a CCE foi chamada a dar resposta a numerosas e diversificadas solicitações,
designadamente no tocante à definição de estratégias de actuação processual do Ministério Público em
casos de especial relevo, na elaboração de projectos de articulados em acções mais complexas ou de valor
Distrito Judicial de Lisboa
consideravelmente elevado, na apreciação e encaminhamento de diversas propostas de transacção, no
aconselhamento de magistrados e outras entidades sobre questões relacionadas com litígios judiciais ou
extrajudiciais e no fornecimento de elementos processuais e jurisprudenciais úteis à elaboração de
articulados. Se é certo que esta estrutura apoia o Ministério Público e não só na área do distrito judicial,
também o é que a criação e implementação de departamento de âmbito nacional seria um significativo
passo na melhoria da prestação.
A reforma do contencioso administrativo, a vigorar desde Janeiro de 2004, já teve tradução nos tribunais
judiciais, diminuindo o número de acções; mas, até por isso, seria mais um motivo para se estruturar
um departamento do Contencioso do Estado, no âmbito da Procuradoria-Geral da República.
Foi dedicada atenção particular à intervenção do Ministério Público em matéria de interesses difusos,
147
tendo-se concentrado na Procuradoria da República junto dos Juízos Cíveis de Lisboa o estudo e
preparação dos pertinentes dossiers.
Neste âmbito foram instaurados 30 processos administrativos tendo por objecto cláusulas contratuais
gerais insertas em contratos de concessão de crédito ao consumo e para aquisição de habitação, dispostos
por instituições bancárias e/ou financeiras, cujos exemplares foram remetidos ao Ministério Público
pela Direcção-Geral do Consumidor.
No decurso do ano foram propostas 19 acções relativas a cláusulas contratuais gerais insertas em contratos
de adesão, sendo 7 relativas a contratos em uso por instituições bancárias/financeiras; 5 relativas a
contratos em uso por empresas de telecomunicações; 4 relativas a contratos em uso por ginásios; 2
relativas a contratos em uso por seguradoras; e 1 relativa a contrato utilizado por uma empresa prestadora
de serviços (compra e venda de automóveis).
Procedeu-se ainda ao arquivamento de 7 processos administrativos relativos a cláusulas contratuais
gerais e 16 outros processos foram transmitidos, com projecto de petição inicial, para o Ministério
Público junto de outras comarcas. Encontram-se em fase de instrução, nos juízos cíveis, 10 processos
administrativos. No seu conjunto, foram movimentados, relativamente à matéria das cláusulas contratuais
gerais, 87 processos administrativos.
dos iniciados (4.657 e 5.145), anotando-se que 1.732 foram arquivados por falta de indícios, 1.190
por despacho liminar e 562 tiveram abertura de fase jurisdicional.
Durante o ano foi implementada, ao nível do Distrito Judicial, a rede de magistrados da área de família
e menores, uma estrutura horizontal na qual se integram todos os magistrados que desempenham
funções nessa área. A rede, que reuniu duas vezes na PGD, constitui um espaço de análise dos modelos
de intervenção do Ministério Público em matéria de família e menores, de consensualização de
procedimentos e de troca de experiências. As reuniões são precedidas de preparação com escolha dos
temas, por sugestão dos magistrados ou indicação da PGD, e têm conclusões obrigatórias.
d) Jurisdição laboral
No ano movimentaram-se 2.849 acções declarativas. Em 2.694 dessas acções o Ministério Público
Titula-se esta jurisdição “comum/residual/de suporte” para se relatar toda uma actividade do Ministério
Público que tem muito significado e não cabe especificamente nas jurisdições até agora tratadas, por ser
comum ou de suporte de todas ou várias delas, ou meramente residual.
Na área dos processos administrativos, movimentaram-se 25.090 (tendo-se iniciado 12.154); com
base neles foram propostas 4.429 providências judiciais ou acções; e contestadas 596.
O Ministério Público instaurou 25.448 execuções. Deste número, a parcela com maior significado
respeita a execuções por custas, multas e coimas (22.443).
Na área dos recursos, o Ministério Público figurou como recorrente em 1.141 processos (1.021 penais,
47 cíveis, 32 de família e menores e 41 laborais) e como recorrido em 2.772 (2.545 penais, 90 cíveis,
73 de família e menores e 64 laborais).
A área dos recursos de impugnação em processo de contra-ordenação continua a assumir bastante relevo.
Movimentaram-se 10.980 processos, tendo-se iniciado 2.373.
Durante o ano de 2008, o Ministério Público reclamou créditos em 2.179 processos, cumpriu 10.370
cartas precatórias/rogatórias, deu 4.055 pareceres em acções de divórcio das conservatórias, teve 2.477
intervenções em Comissões de Protecção de Crianças e Jovens e atendeu mais de 19.198 cidadãos nos
seus serviços.
Distrito Judicial de Lisboa
3. OUTRAS INFORMAÇÕES
Vamos percorrer os diversos círculos, apontando em cada um dados respeitantes à organização judiciária,
situação dos quadros de magistrados do Ministério Público, funcionários, instalações, equipamentos e
uma ou outra nota de maior interesse colhida dos relatórios dos procuradores da República.
a arquivo e espólio não dão resposta adequada, o que dificulta, designadamente, a apreensão de bens de
maior porte, nas penhoras.
A integração na comarca da Grande Lisboa-Noroeste, cuja instalação foi adiada para Abril de 2009,
implicará a criação de instalações adequadas aos novos juízos e ao DIAP.
Compreende as comarcas de Angra do Heroísmo, Horta, Praia da Vitória, Santa Cruz das Flores, Santa
Cruz da Graciosa, S. Roque do Pico e Velas.
No círculo não existe tribunal do trabalho, o que significa que os processos desta jurisdição são
distribuídos pelos tribunais de comarca.
151
A criminalidade anda muito associada aos roubos e aos estupefacientes.
O círculo de Caldas da Rainha compreende as comarcas de Caldas da Rainha, Bombarral, Peniche e Rio
Maior.
A comarca de Caldas da Rainha tem 2 juízes de círculo e o tribunal do trabalho com área de jurisdição
no círculo; o tribunal de comarca desdobra-se em 3 juízos. O quadro total é de 6 juízes. As comarcas de
Peniche e Rio Maior têm, cada uma, o tribunal de comarca desdobrado em 2 juízos. A comarca de
Bombarral tem o tribunal de comarca, com 1 juiz.
O quadro de magistrados do Ministério Público é de 6 unidades (duas são procuradores da República)
nas Caldas da Rainha, 2 procuradores-adjuntos em Peniche e Rio Maior e 1 procurador-adjunto no
Bombarral.
O quadro de funcionários do Ministério Público comporta 10 unidades nas Caldas da Rainha, 4 em
Peniche, 3 em Rio Maior e 1 em Bombarral, quadro escasso para o volume de serviço e nem sempre
preenchido.
Nas Caldas da Rainha o tribunal está instalado no Palácio da Justiça, em edifício de 1965, sendo as áreas
disponíveis exíguas face ao volume de serviço e ao número de juízos. No final do ano decorriam obras
de reabilitação. O tribunal do trabalho está instalado em edifício destinado a habitação, gerando
dificuldades aos trabalhadores com deficiências físicas. Em Peniche, as instalações são de 1993, revelando-
-se exíguas as destinadas aos serviços de apoio ao Ministério Público. É igualmente inadequado o número
de salas de audiências: uma para dois juízos. Em Rio Maior, datam de 1961, carecem de obras e de
melhores condições de segurança, são exíguas, existindo uma única sala de audiências para dois juízos.
No Bombarral, foram inauguradas em 1 de Fevereiro de 2001 e, não obstante não serem vocacionadas
para tribunal, respondem satisfatoriamente.
Em qualquer das quatro comarcas há carência de equipamentos.
Existem casas de função, mas maioritariamente carecem de obras e de apetrechamento com mobiliário
e equipamento.
Estão instaladas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens.
A situação da comarca de Caldas da Rainha deteriorou-se, em matéria de inquéritos, em virtude da
Distrito Judicial de Lisboa
Círculo unicomarcão.
A comarca de Cascais tem 3 juízes de círculo, o tribunal de família e menores (que abrange na área de
jurisdição a comarca de Oeiras) com 3 juízos (o terceiro instalado em 1 de Setembro de 2007) e o
tribunal do trabalho; o tribunal da comarca desdobra-se em 4 juízos cíveis e 4 juízos criminais.
O quadro de magistrados do Ministério Público é de 20 unidades (quatro delas procuradores da
República) e esteve deficitário ao longo do ano.
Compreende as comarcas do Funchal, Ponta do Sol, Porto Santo, S. Vicente e Santa Cruz.
A comarca do Funchal tem uma vara mista com 4 juízes, o tribunal de família e menores, o tribunal de
trabalho e o tribunal marítimo (este não instalado); o tribunal de comarca desdobra-se em 4 juízos
cíveis e 3 juízos criminais. A comarca de Santa Cruz desdobra-se em 2 juízos; cada uma das restantes
comarcas tem o respectivo tribunal.
O quadro de magistrados do Ministério Público no Funchal é de 16 unidades (quatro delas procuradores
da República); em Santa Cruz e Ponta do Sol são 2 os procuradores-adjuntos do quadro; nas restantes
1 procurador-adjunto. Em Porto Santo vem exercendo funções um substituto de procurador-adjunto.
O quadro de funcionários no Funchal é de 31 unidades; em Santa Cruz são 5 as unidades, em Ponta do
Sol 4, em Porto Santo e S. Vicente 1 unidade; nem sempre o quadro se mostra preenchido, o que tem
reflexos nos serviços.
As instalações no Funchal espalham-se por três locais. Continuam a registar-se carências de espaço,
sendo insuficientes as do tribunal judicial também nas comarcas de Santa Cruz e S. Vicente. As
instalações, antigas, são deficientes. No Porto Santo, as instalações, num edifício restaurado em 1995,
são inadequadas. As instalações do tribunal de Ponta do Sol, inauguradas em 2005, são já insuficientes
para satisfazer as necessidades. Distrito Judicial de Lisboa
Há carências de equipamentos e, na comarca do Funchal, não existe sistema de ar condicionado.
As casas de função disponíveis não correspondem às necessidades no Funchal e em Santa Cruz. Esta é
uma situação a carecer de atenção, designadamente porque vários são os magistrados colocados na
Região Autónoma da Madeira que sentem dificuldades para solucionar o problema habitacional.
Ainda há dificuldades de resposta aos problemas dos jovens desadaptados e de menores.
A carência de oficiais de justiça, seja nos quadros legais, seja em exercício, é mais notória nas comarcas
do Funchal, Ponta do Sol e Santa Cruz.
A reorganização do serviço do Ministério Público da comarca do Funchal, em 2007, tem permitido
dar uma resposta mais adequada às necessidades e uma simplificação de procedimentos.
153
Registou-se uma evolução notória na capacidade de resposta na área da criminalidade económico-
-financeira, apesar da instabilidade dos quadros do Ministério Público.
Corresponde à comarca.
Tem 3 juízes de círculo. O tribunal de comarca desdobra-se em 5 juízos cíveis e 4 juízos criminais.
Distrito Judicial de Lisboa
Compreende as comarcas de Ponta Delgada, Nordeste, Povoação, Ribeira Grande, Vila Franca do Campo
e Vila do Porto; criada mas não instalada permanece a comarca de Lagoa.
A comarca de Ponta Delgada tem 2 juízes de círculo, o tribunal de família e menores com 2 juízes, o
tribunal do trabalho e o tribunal marítimo (este não instalado); o tribunal de comarca desdobra-se em
5 juízos; a comarca de Ribeira Grande desdobra-se em 2 juízos; cada uma das restantes tem o tribunal
de comarca.
O quadro de magistrados do Ministério Público é de 10 unidades (três delas procuradores da República)
em Ponta Delgada; na Ribeira Grande é de 2 procuradores-adjuntos, o que é manifestamente insuficiente;
nas restantes é de um procurador-adjunto. As comarcas de Nordeste e Povoação estão agregadas; nestas
e na comarca de Vila do Porto vêm desempenhando funções substitutos de procurador-adjunto.
O quadro de funcionários é de 15 unidades em Ponta Delgada, 4 na Ribeira Grande, 2 em Vila Franca
do Campo e 1 em cada uma das restantes comarcas.
No que se refere a instalações, no círculo judicial de Ponta Delgada, à excepção dos tribunais de Nordeste,
Vila Franca do Campo, Vila do Porto e Tribunal do Trabalho, todos têm instalações adequadas.
O tribunal do trabalho está sedeado em edifício pertença da Secretaria Regional do Trabalho, inadequado
às funções.
Há carências ao nível dos equipamentos.
Existem casas de função em algumas comarcas, nem sempre habitáveis, mas não em Vila Franca do
Campo. Também aqui importa evidenciar a necessidade de casas de função como instrumento que
viabilize a colocação de magistrados na Região Autónoma dos Açores.
Corresponde à comarca.
Tem 2 varas mistas (com 6 juízes), tribunal de família e menores (com 3 juízos) e tribunal do trabalho;
o tribunal de comarca desdobra-se em 6 juízos cíveis e 4 juízos criminais; este quadro evidencia dificuldades
na resposta ao serviço. Distrito Judicial de Lisboa
Como sede da futura comarca da Grande Lisboa-Noroeste, foi alvo de medidas de reorganização dos
serviços do Ministério Público, tendo igualmente sido objecto de uma intervenção da DGAJ no sentido
de reduzir os atrasos verificados nos serviços de apoio.
O quadro de magistrados do Ministério Público é de 22 unidades (seis delas procuradores da República).
O quadro de funcionários do Ministério Público, de 44 unidades, é insuficiente e nem sempre esteve
preenchido ao longo do ano.
As instalações são novas, tendo sido inauguradas em 2005.
Há Comissão de Protecção de Crianças e Jovens.
Apesar da intervenção da DGAJ, a situação dos serviços de apoio do Ministério Público não estava
155
saneada no final do ano, o que se deveu à insuficiência do dispositivo de reforço e à qualidade das
chefias.
A comarca de Vila Franca de Xira tem 4 juízes de círculo, tribunal de família e menores e tribunal do
trabalho (ambos com 2 juízos); o tribunal de comarca desdobra-se em 3 juízos cíveis e 2 juízos criminais;
os tribunais de comarca de Alenquer e Benavente desdobram-se, cada um, em dois juízos.
O quadro de magistrados do Ministério Público em Vila Franca de Xira é de 10 unidades (três delas
procuradores da República); o de Alenquer e de Benavente, é de 2 procuradores-adjuntos. Na comarca
de Benavente mostra-se necessário rever o quadro legal de magistrados.
O quadro de funcionários do Ministério Público é de 16 unidades em Vila Franca de Xira, 4 em
Alenquer e 5 em Benavente, notoriamente insuficiente na primeira e última das citadas comarcas.
As instalações do tribunal de Vila Franca de Xira caracterizam-se pela dispersão e escassez de espaço; as
do tribunal de Benavente carecem de manutenção e as de Alenquer são recentes.
O círculo/comarca de Lisboa tem uma organização judiciária específica que percorreremos partindo da
organização do Ministério Público.
A competência territorial do DIAP e dos tribunais criminais abrange o Município da Amadora. O
tribunal do trabalho alarga a sua área de jurisdição à comarca de Oeiras; o tribunal de execução de penas
tem competência alargada ao distrito judicial e a uma parte do distrito judicial de Évora; o tribunal
marítimo tem jurisdição nacional, já que outros estão criados, mas não instalados.
O quadro de magistrados do Ministério Público, global para a comarca, é de um procurador-geral
adjunto, 70 procuradores da República e 100 procuradores-adjuntos.
A criação e instalação da comarca da Grande Lisboa-Noroeste determinará a transferência de competências
nas áreas criminal, de família e menores e laboral de Lisboa para a nova circunscrição.
Percorramos então, agora, os diversos sectores em que se organiza o Ministério Público, com referências
à organização judiciária, quadros de magistrados e funcionários, instalações, equipamentos e outras
notas.
1. DIAP DE LISBOA
O departamento de investigação e acção penal é uma organização própria do Ministério Público, acolhida
no seu estatuto, mas que funciona com proximidade bastante do tribunal de instrução criminal.
O tribunal de instrução criminal, com competência nas áreas das comarcas de Lisboa e Amadora, instalado
na Rua Gomes Freire, em Lisboa, estrutura-se em 5 juízos, cada um com 2 juízes.
O DIAP, por sua vez, estrutura-se em 13 secções: 7 instaladas na Rua Gomes Freire e 6 (5ª, 6ª, 7ª, 10ª,
11ª e 12ª) sedeadas na Av. Casal Ribeiro. Na Rua José Estêvão está instalado o arquivo geral de processos
Distrito Judicial de Lisboa
e objectos.
Quatro secções do DIAP são especializadas, instruindo inquéritos que têm por objecto crimes de dada
natureza: a 1ª com processos respeitantes aos crimes de estupefacientes; as 3ª e 8ª com processos
respeitantes aos crimes de burla e delitos fiscais; a 9ª com processos relativos a crimes praticados no
exercício de funções públicas, a crimes informáticos e às fraudes contra os interesses financeiros da
União Europeia; e a 13ª vocacionada para a utilização das formas processuais simplificadas; as outras 8
secções (2ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 10ª, 11ª e 12ª) são genéricas, cabendo-lhes os inquéritos que têm por objecto
crimes que não são de distribuir àquelas especializadas.
Algumas secções genéricas têm afecta determinada natureza de processos, o que acontece com a 2ª, à
qual são distribuídos abusos sexuais e maus tratos de menores; com a 4ª, à qual são distribuídos crimes
157
envolvendo agentes de autoridade; com a 6ª, à qual se distribuem os inquéritos relacionados com
negligência médica; e a 10ª, com os crimes militares.
Durante o ano de 2008, por determinação do procurador-geral da República, foi criada no DIAP uma
unidade de combate ao crime violento, sedeada na 11ª secção.
O quadro de magistrados é composto por um procurador-geral adjunto, que o dirige, 8 procuradores
da República e 61 procuradores-adjuntos, uns e outros distribuídos pelas várias secções. No final do
ano o quadro estava preenchido.
O quadro de funcionários é de 169 unidades, divididas pela secção central e pelas secções de processos.
O não preenchimento do quadro, adicionado ao facto de não estar permanentemente preenchido e às
faltas ocasionais que atingem valores significativos, gera dificuldades no funcionamento dos serviços.
Está prevista para 2009 a mudança para as instalações do “Campus da Justiça”, circunstância que atenuará
as actuais dificuldades em matéria de instalações.
A problemática da informatização do Ministério Público e das necessidades de conexão com os sistemas das
polícias adquire no DIAP uma acuidade especial, face ao volume processual com que o departamento lida.
São 8 as varas criminais, cada uma com 3 juízes. No final do ano, porém, mantinham-se cerca de 40
juízes em exercício, causando dificuldades à resposta do Ministério Público.
O Tribunal de Execução das Penas (TEP) tem 4 juízos, cada um com 1 juiz.
O quadro de magistrados do Ministério Público é de 20 procuradores da República (18 nas varas
criminais e 2 no TEP). É um quadro adequado às necessidades, nas varas criminais, em audiências de
julgamento a carecerem de intervenção atenta, sabedora e eficaz do Ministério Público e no TEP, no
acompanhamento dos vários processos que aí têm tramitação. Contudo, a facilidade com que o Conselho
Superior da Magistratura autoriza a criação de colectivos paralelos que se dedicam, em exclusividade, ao
julgamento de um processo e a falta de comunicação com o Conselho Superior do Ministério Público
gera, amiúde, graves dificuldades de resposta por parte do Ministério Público.
O quadro de funcionários é de 12 unidades (10 nas varas criminais e 2 no TEP), mas no final de 2008,
nas varas, o nível de preenchimento mantinha-se baixíssimo, por má compreensão, por parte da DGAJ,
das necessidades de apoio ao Ministério Público em julgamento.
Distrito Judicial de Lisboa
Instaladas as varas criminais no velho edifício da Boa-Hora, os espaços para os serviços e arquivo não
abundam e a sua inserção geográfica traz dificuldades ao nível de espaços para estacionamento dos
veículos dos operadores judiciários, maxime dos magistrados. A situação alterar-se-á com a mudança
para o “Campus”, também prevista para 2009. O TEP está instalado em Monsanto.
Como notas relevantes destaca-se, relativamente às varas criminais, uma grande eficácia nos julgamentos
que superam em número os processos iniciados e a tendência para o aumento da complexidade e do
volume dos processos em julgamento, a exigirem especial atenção.
No TEP a actividade do Ministério Público pauta-se pela normalidade.
Têm ocorrido reuniões periódicas de coordenação entre os tribunais de julgamento (varas, juízos
criminais, pequena instância criminal e DIAP).
São 14 as varas cíveis, cada uma delas com 3 juízes. O Decreto-Lei nº 250/2007, de 29 de Junho,
extinguiu as 15ª, 16ª e 17ª Varas Cíveis, mantendo, todavia, a 15ª como liquidatária; são 10 os juízos
cíveis, instalados 5 no Palácio da Justiça e outros tantos na Rua Mouzinho da Silveira, cada um deles
com 3 juízes; mantêm-se em funcionamento 11 juízos de pequena instância cível que passaram a
liquidatários em 2001 e que ocupam instalações na Rua de Artilharia 1; estão instalados 10 juízos de
pequena instância, sedeados na Rua Filipe Folque; são 4 os juízos do tribunal de comércio, ocupando
instalações na Rua do Ouro, no edifício da Caixa Geral de Depósitos, cada um deles com 1 juiz. Há
ainda o tribunal marítimo, com jurisdição em todo o território nacional, instalado em edifício da
Marinha, em Alcântara, com 1 juiz; os 3 juízos de execução estão sedeados na Rua Braamcamp. Prevê-
-se a mudança para o “Campus da Justiça” da pequena instância cível, dos juízos do comércio e dos
juízos de execução.
O quadro de magistrados do Ministério Público para representação nos diversos tribunais é de 13
procuradores da República e 15 procuradores-adjuntos. Porém, para dar resposta ao serviço foi necessário
aumentá-lo com mais 4 procuradores da República e 2 procuradores-adjuntos.
O quadro de funcionários do Ministério Público é de 30 unidades (delas, 4 para o tribunal de comércio, Distrito Judicial de Lisboa
2 para a pequena instância cível e as restantes para as varas e juízos cíveis).
É uma procuradoria difícil, a carecer de permanente atenção e não só dos magistrados que nela prestam
funções. O carácter repetitivo de muitos procedimentos, em particular nos juízos de execução e na
pequena instância cível, justificaria uma ponderação adequada do modelo de informatização do
Ministério Público.
São 5 os juízos no tribunal do trabalho. Até 30 de Agosto de 2007 cada um dos juízos tinha 3 secções
e 3 juízes. A partir de 1 de Setembro, cada um dos juízos foi reduzido a 2 secções, com 2 juízes, embora
estejam colocados no tribunal juízes auxiliares.
159
O quadro de magistrados do Ministério Público previsto é de 15 procuradores da República.
O quadro de funcionários é de 32 unidades, o que seria razoável se preenchido e sem abstencionismo.
As novas instalações respondem às necessidades dos serviços e do acesso de portadores de deficiência
motora.
Há um elevado número de pessoas que são atendidas pelo Ministério Público, como elevado é o número
de pedidos de patrocínio. Regista-se, no entanto, uma grande dilação entre o pedido de entrevista com
o magistrado e a respectiva concretização (3 meses em média). O volume de acções propostas pelo
Ministério Público em representação dos trabalhadores e no contencioso emergente do contrato individual
de trabalho situa-se abaixo da média do distrito.
Em Setembro de 2007, o tribunal de família e menores passou a ter apenas 3 juízos, cada um com 3
juízes (uma secção para cada juiz) — Decreto-Lei nº 250/2007, de 29 de Junho. No entanto, mantêm-
-se em funções 12 juízes.
O quadro de magistrados do Ministério Público é de 12 procuradores da República.
O quadro de funcionários do Ministério Público é de 18 unidades, manifestamente insuficiente para o
volume e natureza de serviço, acrescendo a deficiente formação para a jurisdição e as ausências bastante
prolongadas.
As instalações estão concentradas num só edifício, adaptado a tribunal, situado na Rua Pedro Nunes,
nº 16, em Lisboa. Prevê-se igualmente a mudança para o “Campus”.
Como notas a evidenciar importa aqui deixar as seguintes: a jurisdição de família e menores carece de
ser ponderada, em termos de estrutura orgânica dos respectivos tribunais; durante o ano foram muitas
centenas de pessoas atendidas pelo Ministério Público; ocorrem significativos atrasos na elaboração de
relatórios sociais, da responsabilidade da Direcção-Geral de Reinserção Social.
O tribunal de pequena instância criminal é constituído por 3 juízos, cada um deles com 3 juízes.
Porém, o terceiro juízo não foi ainda instalado. Apesar disso e face ao estado de acumulação do tribunal,
Distrito Judicial de Lisboa
o Conselho Superior da Magistratura colocou 3 juízes auxiliares, o que obrigou a resposta do Ministério
Público através do Quadro Complementar.
Está instalado no Edifício Norte do Palácio da Justiça, em Campolide.
O quadro de magistrados do Ministério Público é de 7 unidades (uma delas procurador da República).
O quadro de funcionários do Ministério Público é de 13 unidades, manifestamente escasso para as
necessidades e não preenchido.
Subsistem os problemas associados à não realização de julgamentos em processo sumário. As alterações
ao Código de Processo Penal, alargando o número de situações susceptíveis de julgamento em processo
sumário, justificam a instalação rápida do 3º Juízo, o que permitirá adequar o quadro do Ministério
Público.
No Distrito Judicial de Lisboa persistem carências várias ao nível das instalações, dos quadros de
magistrados e funcionários do Ministério Público, dos equipamentos, da informatização, das respostas
dos órgãos de polícia criminal e sua articulação com o Ministério Público, da realização de perícias.
Os resultados globais obtidos foram positivos já que, embora se tenha registado um aumento da
pendência, esta se situa percentualmente abaixo do aumento das entradas que foi, em 2008, muito
significativo.
Indispensável se mostra avançar para informatização ambiciosa, com potencialidades para responder às
necessidades dos magistrados e funcionários, consentir uma boa direcção do universo processual, intervir
na gestão global e específica de todo o sistema de justiça.
Carecem de reformulação os quadros legais de magistrados e funcionários do Ministério Público,
adequando-os aos fluxos processuais, enquadrando-os organicamente, apoiando-os na execução das
tarefas e ministrando-lhes a necessária formação.
É necessário repensar a organização judiciária, racionalizando-a de acordo com o movimento processual,
especializando onde é conveniente, anexando ou extinguindo onde for rentável, aproveitando os meios
de mobilidade e a transmissão de informação; nesta reorganização judiciária, a criação e instalação de
DIAP’s de comarca é uma indispensabilidade.
Precisa-se de alterações pontuais de legislação substantiva e processual, considerando eficiência e menos
custos, mantendo os princípios, mas pragmatizando procedimentos.
Distrito Judicial de Lisboa
161
MOVIMENTO PROCESSUAL DO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA
1. SECÇÕES CÍVEIS
Movimentados
Pendentes p/o
ESPÉCIES Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Recursos de Revista 0 0 0 0 0
Recursos de Agravo 467 1.347 1.814 1.403 411
Recursos de Apelação 902 2.888 3.790 2.848 942
Recursos de Revisão de Sentença Estrangeira 655 1.200 1.855 1.181 674
Conflitos (jurisdição e competência) 42 70 112 102 10
Reclamações 10 186 196 193 3
Outros 44 26 70 60 10
TOTAL 2.120 5.717 7.837 5.787 2.050
2. SECÇÕES CRIMINAIS
Movimentados
Pendentes p/o
ESPÉCIES Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Recursos Ordinários 829 4.024 4.853 3.921 932
Conflitos (jurisdição e competência) 4 37 41 30 11
Reclamações 4 120 124 122 2
Processos em 1.ª instância 43 693 736 690 46
Outros 0 0 0 0 0
TOTAL 880 4.874 5.754 4.763 991
3. SECÇÃO SOCIAL
Movimentados
Pendentes p/ o
ESPÉCIES Vindos ano Findos
Entrados Total ano seguinte
Distrito Judicial de Lisboa
anterior
Recursos de Revista 0 0 0 0 0
Recursos de Agravo e Apelação 216 686 902 758 144
Conflitos (jurisdição e competência) 2 1 3 3 0
Recursos em processos penais 11 47 58 51 7
Reclamações 1 27 28 28 0
Outros 0 0 0 0 0
TOTAL 230 761 991 840 151
Movimentados Decididos
Renúncia a Pendentes
Vindos Em conferência Em audiência Total
Interpostos alegações p/o ano
do ano Total decididos
no ano orais Desis- Rejei- Não Não seguinte
anterior Providos Total Providos Reenvio Total
tência ção providos providos
Mº Público
* * * 0 * * * * * * * * * * *
Recorrente
Mº Público
* * * 0 * * * * * * * * * * *
Recorrido
1. JURISDIÇÃO CÍVEL
Total
Pareceres 79
Alegações/contra-alegações 1.204
Requerimentos e respostas 96
Outras intervenções 32
TOTAL 1.411
2. JURISDIÇÃO PENAL
Total
Pareceres 2.913
Alegações/contra-alegações 715
TOTAL 3.841
3. JURISDIÇÃO LABORAL
Total
Pareceres 521
Alegações/contra-alegações 19
Requerimentos e respostas 7
Outras intervenções 0
TOTAL 547
163
DISTRITO JUDICIAL DO PORTO
2.
Introdução
No presente relatório, apenas se referem os departamentos em que, com toda a urgência, por questões
de segurança, produtividade e, inclusive, até dignidade do Estado, se impõe que, rapidamente, se
encontrem soluções. Tudo o mais está dito e redito nos relatórios anteriores, para os quais se remete.
165
funcionários se vêem obrigados a passar entre os utentes, por vezes com grandes dificuldades, dado o
número de pessoas existente no local;
Não existem casas de banho para os utentes;
O quadro eléctrico é manifestamente insuficiente para a carga existente no tribunal, de tal forma que,
com muita frequência, acontecem cortes de energia;
Não existe qualquer sala para a realização de perícias e/ou inquirição de testemunhas. Estas são inquiridas,
normalmente, na secretaria do Ministério Público, várias ao mesmo tempo, com advogados presentes,
não havendo condições para os acomodar condignamente;
Não existem gabinetes para os juízes de círculo e de instrução criminal;
Só existem 2 salas de audiência para 3 juízos, 2 tribunais colectivos e uma juíza auxiliar, o que dificulta
a realização de todas as diligências designadas.
A isto acresce que, e segundo informação recente prestada por técnicos de engenharia civil, que vistoriaram
o tribunal no início do corrente ano, o tribunal encontra-se em risco de ruir.
O tribunal judicial da comarca da Maia está instalado em edifício originariamente projectado e destinado
a escritórios, constituído em fracções, mas adaptado para acolher o tribunal da comarca desde a cave ao
6º andar.
Os 7º e 8º andares estiveram afectos ao tribunal do trabalho mas, no final de 2006, tal situação alterou-
-se face à instalação do juízo de execução da Maia, em 22 de Dezembro de 2006, pela Portaria
n.º 1406/2006, de 18 de Dezembro, na sequência da sua anterior criação pelo Decreto-Lei n.º 148/
2004, de 21 de Junho, tendo o tribunal do trabalho da Maia sido transferido para instalações novas e
autónomas, conforme se deu conta nos relatórios de 2006 e 2007.
Com tal mudança, aproveitou-se a oportunidade para redistribuir o espaço entretanto desocupado,
instalando-se a secção de processos daquele novo juízo no 7º piso e destinando o 8º piso a gabinetes de
magistrados, designadamente para os juízes de círculo, de execução e de instrução (este apenas enquanto
o gabinete não for necessário para alojar qualquer outro magistrado da comarca, como aconteceu
recentemente com a nomeação de um juiz de círculo auxiliar, proveniente do quadro complementar/
bolsa), assim como para um magistrado do Ministério Público que porventura venha a ser nomeado
Distrito Judicial do Porto
para desempenhar funções a tempo inteiro naquele juízo de execução ou que por qualquer outra razão
necessite de ali ser instalado, sendo que, entretanto, o correspondente gabinete é ocupado, com
conhecimento e autorização do juiz-presidente e do Procurador-Geral Distrital, pelo inspector do
Ministério Público residente na comarca.
Na cave situam-se as celas, os arquivos e as salas de espólio, tendo estas sido devidamente apetrechadas
com estantes para colocação de objectos, cujo número vem aumentando assustadoramente e faz com
que os espaços a tanto destinados se revelem insuficientes, obrigando à sua acomodação, noutros espaços
menos apropriados.
No rés-do-chão, além de duas salas de audiências amplas, destinadas aos 1º e 2º juízos e aos colectivos
criminais, está instalada a secção central, com gabinete para o secretário judicial e um espaço para o
167
desse receio, a sua instalação física, para além dos transtornos e reafectações de espaços acima referidos,
tornou-se relativamente fácil mediante algumas obras de pequeno porte.
Todavia, ao invés do que se supunha e era de esperar, a sua instalação, porque logo mal preparada e sem
escrivão desde o início, não trouxe ao serviço da justiça criminal do círculo vantagens de relevo, podendo
mesmo dizer-se que se tornou num factor de mal disfarçada anormalidade, com processos mal
distribuídos e tramitados, quando não parados, deficiências de funcionamento ao nível das capacidades
de utilização do sistema informático, mesmo ao nível das liquidações de custas e penas de multa, o que
foi resolvido, após “ameaça” da respectiva juíza à DGAJ, mas sem evitar que, entretanto, tivessem
prescrito muitas daquelas penas e de contra-ordenações, quer em sede de impugnação judicial das decisões
administrativas, quer em sede de cobrança coerciva das coimas.
Daí que se possa e deva dizer que o temido e completo afundamento da justiça criminal no círculo, que
no ano passado se anunciava no relatório anual, veio a confirmar-se ao longo de 2008, apesar daquela
tardia e deficiente instalação, mais uma vez agravada pela circunstância de o Conselho Superior da
Magistratura ter colocado mais um juiz auxiliar do círculo, mantendo os dois juízes do colectivo em
regime de exclusividade e os dois afectos à área criminal colocados desde Setembro de 2007, não tendo
o trabalho intensivo dos juízes resposta adequada ou sequer satisfatória por parte das agora duas secções
de processos dos 1º e 2º juízos criminais instalados.
Tal circunstância, além de se reflectir negativamente na organização e realização das diligências agendadas,
tem-se vindo igualmente a sentir no retardamento da tramitação processual, em que praticamente só se
tramita o que é urgente, ainda assim com grave risco de descontrolo, como já sucede quanto à prescrição
do procedimento criminal e contra-ordenacional e das sanções correspondentes, em especial penas de
multa e coimas, como antes se assinalou, mas também com riscos sérios relativamente aos arguidos em
prisão preventiva e aos condenados em prisão efectiva, cujo número se situaria em 31 de Dezembro de
2008 na casa das duas centenas (a crer nos números pedidos e fornecidos pelas secções).
A comarca possui também um juiz de instrução o qual (dois enquanto o titular não recupera totalmente
a sua capacidade de trabalho, apesar de já ter regressado de período prolongado de doença em que se
encontrou ao longo de 2008), para exercício das suas funções, dispõe, para além do gabinete acima
referido, de espaço próprio para as diligências por si presididas, ambas situadas agora no 6º andar,
actualmente com equipamento adequado (computadores, impressoras e telefones) e já com luz directa,
mas com más condições acústicas e sem condições de insonorização capazes de resguardar o teor das
diligências da sala ao lado ocupada pela Ordem dos Advogados.
Neste piso funcionava também uma sala de audiências do tribunal do trabalho que, entretanto, passou
Distrito Judicial do Porto
a ser também utilizada pelos juízos da comarca segundo mapa de distribuição elaborado pelo juiz-
-presidente abrangendo todas as salas de audiências, visto haver mais juízes do que salas, dado que a
comarca vem sendo brindada com juízes auxiliares, às vezes em número de dois, como actualmente
sucede, para além de um número incerto de juízes estagiários, que no ano sob análise se cifrou em dois
até Setembro, com as tradicionais implicações negativas para a organização do serviço do Ministério
Público, face às acrescidas necessidades de resposta às solicitações judiciais.
Nos 7º e 8º andares estão agora instalados os gabinetes dos magistrados e o juízo de execução.
As instalações do tribunal apresentam muitas deficiências, conforme já foi descrito em relatórios
anteriores, deficiências essas que com o decurso do tempo e o avolumar de serviço se vêm agudizando,
mesmo ao nível das infiltrações, que se vão tornando visíveis a olho nu, sem que quem de direito tome
169
Os magistrados colocados na 6ª secção estão instalados em amplos gabinetes, no 7º andar esquerdo,
sendo a área disponível do 9 º andar quase exclusivamente afecta à respectiva secção, existindo, ainda,
dois gabinetes, um dos quais foi transformado em sala de advogados e de perícias. Não existem meios
humanos de segurança, apesar de solicitados.
Com a transferência da 1ª secção para o edifício supra referido, na Rua da Constituição, a partir de
Setembro de 2004 todos os magistrados colocados nas instalações da sede do DIAP ocupam gabinetes
individuais, amplos e arejados, dotados de mobiliário condigno.
A partir de 2007, no edifício-sede do DIAP, quatro magistrados passaram a partilhar dois gabinetes
existentes, ocupando os restantes gabinetes individuais de razoáveis dimensões.
Todos os magistrados do DIAP dispõem de computadores com ligação à rede intranet e acesso à internet.
O Tribunal de Instrução Criminal do Porto encontra-se instalado no antigo palacete, sito na curta e
estreita Rua S. Bento da Vitória, n.º 12, esta ainda pouco condizente, em termos urbanísticos, com as
mudanças do presente.
Mandado edificar por José Monteiro de Almeida foi arrendado em 8.6.1857, após autorização
ministerial, segundo periódico da época, o “Clamor Público”, para casa da Administração dos Correios,
instalados em 13.7.1857 e que aí permaneceram até 18.2.1881. Em consequência, o prédio passou a
ser correntemente designado e conhecido por “ Casa do Correio”. A partir de 1881, serviu de instalação
da Repartição de Obras Públicas do Distrito. Também nele esteve instalado o Liceu Rodrigues de
Freitas e, até Outubro de 2001, serviu como instalação da Polícia Judiciária. São vizinhos notáveis do
edifício o Convento da Vitória, a Igreja de S. Bento da Vitória, a antiga Cadeia da Relação e, já mais
distantes, o Palácio da Justiça e a inevitável Torre dos Clérigos.
Interiormente, destaca-se a formosa escadaria de pedra, que segue em toda a altura da casa, alumiada
pelo amplíssimo zimbório envidraçado, que se eleva acima dos telhados e ladeada por um conjunto de
azulejos de beleza e valor incalculáveis.
A fisionomia externa do edifício e o amplo átrio da entrada principal terão concorrido para a pomposa
designação de palacete, apesar de os espaçosos e imensos cómodos só por si deixarem adivinhar uma
bela casa fidalga.
A nascente, possui vista altiva para o secular e magnífico casario — cujos quintais interiores estão
Distrito Judicial do Porto
povoados de laranjeiras e ameixoeiras — e ainda para a Sé, Ponte D. Luís, Estação de S. Bento e rio
Douro, entre outras; na vista a este, encimada pela serra do Pilar, recorta-se o rio Douro, comprimido
pelas pacíficas margens da Ribeira, como diria, pensamos, Bertolt Brecht.
Os serviços do Ministério Público do tribunal de instrução criminal do Porto (secção de apoio) ocupam
as instalações ao nível do rés-do-chão do ex-edifício da Polícia Judiciária, sito na Rua S. Bento da
Vitória, n.º 12, para onde foram transferidos desde o início do mês de Outubro do pretérito ano de
2001.
Continua a verificar-se que tal mudança foi altamente benéfica para os serviços, em termos do espaço e
da qualidade de serviço, fruto das boas condições que as mesmas usufruem quanto à iluminação (recebida
directamente através de 2 janelas grandes) e ao pé-direito.
O tribunal da comarca de Santa Maria da Feira esteve instalado desde 15 de Dezembro de 1991 até
Abril de 2008 num edifício que apresentava várias deficiências de construção e que veio revelar a
necessidade de, com urgência, ser encontrada uma situação alternativa, dado o perigo que a permanência
nas instalações traria para quem lá trabalhasse e para quem ali tivesse que se deslocar. Estas deficiências
já haviam sido assinaladas em relatórios anteriores. Assim, em Abril de 2008 o Ministério da Justiça,
171
pela urgência da situação, ordenou o encerramento do edifício e a mudança provisória do tribunal para
um pavilhão que foi arrendado na zona industrial da cidade onde permaneceu até Outubro de 2008,
data em que foram concluídas as obras de um edifício que o Ministério da Justiça arrendou para instalar
o tribunal. Nos cerca de cinco meses em que o tribunal funcionou no pavilhão não existiam condições
necessárias para o funcionamento, não existindo gabinetes para os magistrados nem salas de audiências,
tendo sido necessário reduzir o funcionamento ao que foi entendido como serviços mínimos e
indispensáveis, o que veio acarretar uma acumulação de pendências.
O actual edifício tem uma área total de cerca de cinco mil metros quadrados e dispõe de oito pisos,
sendo três subterrâneos. No piso -1 estão instalados a segurança, o atendimento ao público, as salas de
audiências e as salas de testemunhas. No piso 0 está instalado o tribunal do trabalho e no piso 1 estão
instalados os serviços do Ministério Público e os dois juízos criminais. No piso 2 está instalada a secção
central do tribunal judicial e os quatro juízos cíveis, enquanto no piso 3 estão instalados todos os
gabinetes dos magistrados, os quais se mostram adequados e estão equipados com o mobiliário
indispensável. No piso 4 existem duas salas que se destinam a biblioteca e a reuniões. Nos pisos -2, -3
e -4 estão os arquivos, estacionamento e celas de detenção.
Dispõe o edifício de oito salas de audiências devidamente equipadas com sistemas de gravação, tendo a
apoiá-las salas para tradução simultânea. Existem oito salas para testemunhas que se encontram um
pouco distantes das salas de audiências o que se tem traduzido na sua não utilização.
Os serviços afectos ao Ministério Público estão instalados no piso 1 e oferecem boas condições de
funcionamento sendo apenas de realçar que agora não se dispõe de salas para efectuar reconhecimentos.
Não tem o actual edifício qualquer parque de estacionamento afecto ao tribunal, sendo que os
magistrados e alguns oficiais de justiça estacionam os seus veículos no aparcamento existente na cave
por mero favor do proprietário do parque, até à resolução do Ministério da Justiça, sendo que a
informação que se possui aponta no sentido de que esta situação será apenas “tolerada” até final de
Fevereiro de 2009.
Tribunal do trabalho
O ano de 2008 foi marcado por atribulações e vicissitudes várias no que às instalações do tribunal do
trabalho diz respeito.
Na verdade, na sequência de um despacho governamental datado de 24 de Abril de 2008 foi, nessa
Distrito Judicial do Porto
mesma data, ordenado o imediato encerramento do edifício onde há cerca de 17 anos o mesmo vinha
funcionando, em virtude de se ter concluído pela existência do perigo de ruína iminente.
Alojado, provisoriamente, numa ala dos serviços do Ministério Público da comarca da Feira, apenas aí
tinha espaço para funcionar a secretaria e, rotativamente, um funcionário de apoio ao Ministério Público
deste tribunal.
O Ministério Público partilhava um gabinete improvisado com as duas magistradas judiciais, também
em sistema de rotatividade de ocupação.
Tal situação manteve-se até 13 de Maio de 2008, data da mudança geral de instalações do tribunal do
trabalho de Santa Maria da Feira para um armazém situado na Zona Industrial do Roligo, freguesia de
Espargo, fora da área urbana desta cidade.
Em 15 de Setembro de 1997, foi inaugurado o Palácio da Justiça de Vila Nova de Gaia. Nos 9 pisos do
edifício, com a área bruta de 13.079 m2, no final do ano de 2008, encontravam-se instalados os seguintes
serviços: 2 varas mistas, 6 juízos cíveis, 1 juízo de execução, 4 juízos criminais, 2 juízos do tribunal do
trabalho, o tribunal de família e menores (2 juízes, sendo 1 auxiliar), os serviços do Ministério Público,
2 conservatórias do registo civil, o Instituto de Reinserção Social e a delegação da Ordem dos Advogados.
Trata-se de um edifício que mantém razoável funcionalidade, mas que (como se tem vindo a dar nota
em relatórios anteriores) se tornou insuficiente para albergar a diversidade e quantidade de serviços nele
173
instalados, tendo já sido necessário repartir espaços entre as secções de processos e transformar salas de
apoio e bibliotecas em gabinetes.
Com a instalação do tribunal de família e menores, no ano de 2001, tornou-se problemática a repartição
do espaço, sendo extremamente precárias as condições em que este tribunal vem funcionando. A situação
tende a agravar-se, dado o crescente volume processual, as exigências do atendimento dos utentes e a
conflitualidade associada a este tipo de jurisdição.
Em virtude do número crescente de processos distribuídos, após o mês de Setembro de 2008, passou a
exercer funções a meio-tempo, no tribunal de família e menores, mais uma juíza auxiliar, que assegura
o despacho e a realização de diligências nos processos tutelares cíveis, tutelares educativos e de divórcio
com numeração terminada em 0 e 7 e, ainda, nos processos de promoção e protecção com numeração
terminada em 0 e 2. A esta magistrada judicial apenas foi possível disponibilizar um gabinete no 3º piso
do edifício, distante, portanto, da secção de processos, situada no rés-do-chão, situação nada funcional
e até perturbadora, porque obriga a deslocações frequentes de funcionários e à circulação de intervenientes
processuais no interior do edifício, para acederem ao gabinete da magistrada, aquando da realização de
diligências.
No dia 1 de Setembro de 2007, foi instalado o juízo de execução de Vila Nova de Gaia e,
simultaneamente, extinto o 7º juízo cível (Decreto-Lei nº 250/07, de 29 de Junho).
Tendo o edifício sido concebido para três juízos criminais, quatro juízos cíveis, dois juízos do tribunal
do trabalho, serviços do Ministério Público, Instituto de Reinserção Social e delegação da Ordem dos
Advogados, a verdade é que, mantendo-se todos os restantes serviços referidos, existem, agora, quatro
juízos criminais, seis juízos cíveis, um juízo de execução e o tribunal de família e menores. A instalação
do juízo de execução foi feita à custa da compressão das instalações do tribunal do trabalho.
Após a reorganização a que se procedeu, em Setembro de 2007, por determinação da Direcção-Geral da
Administração da Justiça e sob orientação do juiz-presidente, visando, precisamente, a instalação do
juízo de execução, os espaços destinados às secções de processos ficaram distribuídos da seguinte forma:
1º e 2º juízos cíveis repartem o espaço existente no 4º piso; 3º e 5º juízos cíveis repartem o espaço do
5º piso; e os 4º e 6º juízos cíveis repartem o espaço do 6º piso. O juízo de execução ficou instalado no
espaço existente no 3º piso.
A secção do tribunal de família e menores deixou o 4º piso e passou a ocupar o espaço existente no rés-
-do-chão do edifício, antes utilizado pelo 2º juízo do tribunal do trabalho.
O 1º juízo criminal continua instalado no 4º piso, o 2º juízo criminal no 5º piso e os 3º e 4º juízos
Distrito Judicial do Porto
criminais repartem o espaço existente no 6º piso, enquanto a 1ª vara mista continua instalada no
2º piso e a 2º vara mista no 3º piso.
É cada vez mais problemática a acomodação de novos magistrados judiciais e do Ministério Público,
não havendo, actualmente, salas de apoio e bibliotecas, nos diversos pisos, que não tenham sido
transformadas em gabinetes.
Particularmente as salas originariamente destinadas às testemunhas têm, agora, um uso e afectação
completamente diferentes, já que todas as secções (cíveis e criminais) as vêm utilizando como salas de
reprografia, arquivo e arrecadação.
O Palácio da Justiça dispõe de 12 salas de audiências, 2 afectas às varas mistas, 3 aos juízos criminais,
4 aos juízos cíveis, 2 aos dois juízos do tribunal do trabalho e 1 ao tribunal de família e menores.
175
âmbito de averiguações oficiosas ou de processos administrativos, já que a única sala existente no espaço
destinado à 4ª secção é utilizada para as diligências de inquérito, ocorrendo, frequentemente, sobreposição
de agendamento.
No que respeita às instalações do tribunal do trabalho, com a reorganização resultante da instalação do
juízo de execução, em 1 de Setembro de 2007, o espaço sofreu alterações. Assim, se antes ocupava três
pisos de uma das alas do edifício, passou a ocupar apenas dois, com as consequências inerentes para
quem nele trabalha, pois que se passou de espaços amplos, para os dois juízos e para o Ministério
Público, para espaços exíguos para o Ministério Público e para um dos juízos.
O gabinete de atendimento ao público, a sala de exames médicos e o pequeno gabinete individual do
secretário de justiça continuam disponíveis. A secretaria funciona, agora, num pequeno espaço, antes
ocupado pelo secretário.
Particularmente afectados com a referida reorganização foram e continuam a ser os serviços de apoio do
Ministério Público. Com efeito, a solução encontrada não teve na devida conta a natureza das funções
exercidas pelo Ministério Público no tribunal do trabalho, que, como é sabido, tem a seu cargo,
nomeadamente, os processos de acidente de trabalho e a execução de diligências necessárias à realização
das tentativas de conciliação, as quais, presididas por magistrado do Ministério Público, trazem aos
serviços muitos milhares de pessoas todos os anos.
Na situação actual, face à exiguidade das instalações, não é possível garantir a celeridade do agendamento
das diligências com a presença dos sinistrados e das seguradoras que anteriormente caracterizava a actuação
dos serviços do Ministério Público, como era reconhecido pelos utentes, sob pena de se acumularem
pessoas num pequeno balcão, sem assegurar as condições mínimas de reserva e privacidade que a
salvaguarda da dignidade das mesmas impõe.
A instalação do tribunal de comércio de Vila Nova de Gaia, em 15 de Setembro de 1999, coincidiu
com a inauguração de novas instalações situadas nos espaços anteriormente ocupados pelos antigos
tribunal do trabalho e tribunal de pequena instância mista, espaços situados na Avenida da República,
521/541, em Vila Nova de Gaia.
Actualmente, o tribunal não está dotado de espaços físicos adequados e do conforto e funcionalidade
próprias para o exercício da administração da justiça em boas condições, tanto para magistrados e
funcionários, como para os utentes.
Na verdade, para além de continuar a não haver gabinete para um dos magistrados do Ministério
Distrito Judicial do Porto
a) Introdução
O Tribunal da Relação de Guimarães foi criado pelo Decreto-Lei n.º 186-A/99, de 31 de Maio, e
inaugurado no dia 19 de Setembro de 2001.
Tem competência sobre a área territorial das comarcas de Barcelos e Esposende (Círculo Judicial de
Barcelos); Amares, Braga, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho e Vila Verde (Círculo Judicial de Braga);
Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Fafe, Felgueiras e Guimarães (Círculo Judicial de Guimarães);
e Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima,
Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira (Círculo Judicial de Viana do Castelo). Abrange
apenas as matérias crime e cível, mantendo-se a matéria laboral no âmbito do Tribunal da Relação do
Porto.
O Tribunal da Relação de Guimarães encontra-se instalado num belo edifício setecentista, localizado
no Largo João Franco, e que foi recuperado para o efeito, tendo beneficiado de avultadas obras de
adaptação e restauro, que o trouxeram ao seu condigno estado actual.
A instalação definitiva só veio a ocorrer no dia 2 de Abril de 2002, por força do artigo 1.º do Decreto-
-Lei n.º 339/2001, de 27 de Dezembro, data em que tomaram posse os primeiros magistrados ali
colocados.
Distrito Judicial do Porto
177
que permitem uma utilização satisfatória, encontrando-se equipados com mobiliário mínimo, embora
desprovidos de computadores.
Ao serviço do procurador-geral adjunto coordenador está afecta uma viatura automóvel. Porém, o
quadro da Relação não dispõe do necessário motorista, o que corresponde a uma omissão
incompreensível, com todos os transtornos inerentes, e que se verifica desde a instalação do tribunal.
Pelo despacho conjunto n.º 666/2004 do Ministro das Finanças e da Administração Pública e do
Ministro da Justiça, de 24 de Outubro de 2004, naturalmente no sentido de desbloquear a situação de
existir uma viatura parada, foi concedida ao procurador-geral adjunto coordenador permissão genérica
de condução, ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 490/99, de 17 de
Novembro.
c) Organização
No que diz respeito à intervenção do Ministério Público, os processos-crime continuam a ser distribuídos
equitativamente pelos procuradores-gerais adjuntos. Os processos cíveis continuam a ser despachados
pelo procurador-geral adjunto coordenador, o qual, para além de processos da competência do presidente
da Relação, também teve a seu cargo os processos de cooperação judiciária internacional em matéria
penal (mandados de detenção europeus, extradições, revisões de sentenças estrangeira para transferência
de presos, etc.), os pedidos de solução de conflitos de competência e todos os processos cíveis de revisão
de sentença estrangeira. Mantêm-se na competência do Ministério Público junto do Tribunal da Relação
de Guimarães os inquéritos respeitantes a magistrados da respectiva área territorial.
Sempre que necessário, realizaram-se reuniões com todos os procuradores-gerais adjuntos onde foram
analisadas questões pertinentes, designadamente as que resultam da jurisprudência da Relação com que
o Ministério Público vai sendo confrontado.
d) Área processual
Na área criminal deram entrada 951 recursos penais (mais 25 do que no ano anterior), 108 processos
em 1.ª instância (mais 55), 20 reclamações (menos 19) e 4 processos para resolução de conflitos de
competência (menos 3). Nesta área, o Ministério Público elaborou pareceres em todos os processos,
fazendo-o em tempo e após análise cuidadosa das questões suscitadas. O entendimento do Ministério
Público foi acolhido, por regra, nos acórdãos subsequentes.
Na área cível deram entrada 1.139 apelações (mais 27 do que no ano anterior), 395 agravos (menos
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27), 152 pedidos de revisão de sentença estrangeira (mais 33), 32 processos para resolução de conflitos
de competência (mais 4) e 35 reclamações (menos 20).
Foi relativamente expressiva a intervenção do Ministério Público na área cível, destacando-se os inúmeros
pareceres em todos os processos para resolução de conflitos de competência e em todos os destinados a
revisão de sentenças estrangeiras, alguns dos quais tiveram por objecto questões complexas.
A nível interno, foram instaurados 47 processos administrativos (mais 10 do que no ano anterior) para
acompanhamento de resolução de conflitos negativos de competência, processos de extradição, mandados
de detenção europeu e cumprimento da regra da especialidade, e acompanhamento de processos
instaurados nas comarcas, por incumbência do procurador-geral distrital do Porto ou do procurador-
-geral adjunto coordenador.
e) Outras considerações
179
E, nos termos da directiva n.º 2/2006, publicada no Diário da República, II Série, de 17 de Novembro
de 2006, a delegação para apreciação e decisão dos casos a que respeita aquela directiva.
f ) Considerações finais
1. SECÇÕES CÍVEIS
Movimentados
Pendentes p/o
Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Recursos de Revista 0 0 0 0 0
Reclamações 0 35 35 34 1
Outros 1 16 17 16 1
2. SECÇÃO CRIMINAL
Movimentados
Pendentes p/o
Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Recursos Ordinários 324 951 1275 963 312
Reclamações 0 20 20 20 0
Outros 0 0 0 0 0
Movimentados Decididos
Renúncia a Pendentes
Em conferência Em audiência Total
Vindos Inter- alegações p/o ano
decididos
do ano postos Total orais Não Não seguinte
Desis- Rejei- Pro- Pro-
anterior no ano pro- Total pro- Reenvio Total
tência ção vidos vidos
vidos vidos
Mº Público
43 115 158 0 0 4 18 14 36 69 34 10 113 149 9
Recorrente
Mº Público
163 650 813 0 0 21 32 61 114 169 324 24 517 631 182
Recorrido
Totais 206 765 971 0 0 25 50 75 150 238 358 34 630 780 191
181
ACTIVIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO
1. JURISDIÇÃO CÍVEL
Total
Pareceres 40
Alegações/contra-alegações 130
Requerimentos e respostas 72
Outras intervenções 83
Totais 325
2. JURISDIÇÃO PENAL
Total
Pareceres 1038
Alegações/contra-alegações 0
Requerimentos e respostas 70
Outras intervenções 73
Totais 1181
Distrito Judicial do Porto
Introdução
1. Generalidades
a) Instalações
183
b) Quadro de magistrados e distribuição de serviço
O quadro de procuradores-gerais adjuntos na sede do distrito judicial é de oito unidades mas durante o
ano de 2008 foram colocados na Procuradoria-Geral Distrital dois procuradores-gerais adjuntos auxiliares,
tendo a nomeação do segundo decorrido da grave situação de doença que afectou, durante todo o ano,
um dos magistrados efectivos.
Um procurador da República desempenhou funções na Procuradoria-Geral Distrital, ao abrigo do
disposto no artigo 58º, nº 3, do Estatuto do Ministério Público, em regime de destacamento, durante
todo o ano. Em Setembro de 2008, foi também atribuída a assessoria da Procuradoria-Geral Distrital
a um segundo procurador da República, que estava colocado no círculo judicial de Coimbra.
A distribuição de serviço do Ministério Público na Procuradoria-Geral Distrital manteve-se durante o
ano de 2008.
Em 31 de Dezembro e à semelhança do que sucedia nos anos anteriores, o procurador-geral distrital
tinha a seu cargo, com o apoio dos procuradores da República em funções de coadjuvação, a
movimentação do expediente indispensável à orientação da actividade desenvolvida pelos magistrados
do Ministério Público nas procuradorias dos círculos e das comarcas do distrito judicial, bem como o
relacionamento com a Procuradoria-Geral da República e outras entidades.
E reservou para a sua esfera de actuação as matérias respeitantes à cooperação judiciária internacional em
matéria penal (fazendo-se porém substituir, visto o volume de serviço a seu cargo, por colegas colocados
na Procuradoria-Geral Distrital), à decisão das reclamações hierárquicas deduzidas contra despachos
proferidos pelos procuradores da República e à resolução dos conflitos de competência entre magistrados
de diferentes círculos judiciais.
A nove dos procuradores-gerais adjuntos em serviço na Procuradoria-Geral Distrital coube a representação
do Ministério Público no Tribunal da Relação; sendo que, no final do ano de 2008, seis desempenhavam
essa tarefa na secção criminal e os três restantes nas secções cível e social.
Continuou delegada a competência para superintender e coordenar, em primeira linha, a actividade
processual dos magistrados do Ministério Público na 1ª instância em três dos procuradores-gerais adjuntos
(um na área cível, outro na área social e um terceiro na área penal, muito embora a doença de que
padece este último tenha limitado muito significativamente o seu exercício).
Continuou atribuída a um procurador-geral adjunto a tarefa de coordenar as actividades a nível
Distrito Judicial de Coimbra
informático que se mostram necessárias e seja possível desenvolver, em especial no que respeita à
identificação de novos métodos de trabalho, à determinação das melhores práticas a utilizar pelos serviços
do Ministério Público, assim como ao relacionamento a manter com o ITIJ e a DGAJ, e ainda entre a
Procuradoria-Geral Distrital e os tribunais do distrito judicial.
c) Funcionários
A secção do Ministério Púbico da repartição administrativa, legalmente composta por quatro elementos,
à qual estava confiada, até 31 de Dezembro de 2003, entre outras tarefas, a tramitação dos processos de
acompanhamento, ditos administrativos (um dos instrumentos utilizados para acompanhar a actividade
dos serviços do Ministério Público no distrito judicial), deixou de estar sob a supervisão do procurador-
-geral distrital. Ainda que, durante o ano de 2008, tenha estado colocada na unidade de apoio, também
2. Área processual
3. Área administrativa
Como tem sido prática tradicional no distrito judicial de Coimbra, as questões pendentes nas comarcas
cuja evolução importa acompanhar, dirigindo, coordenando e fiscalizando a actuação dos procuradores
da República e/ou procuradores-adjuntos, são seguidas prevalentemente através de processos
185
administrativos instaurados e tramitados na Procuradoria-Geral Distrital, os quais efectivamente
constituem dossiers de acompanhamento das questões às quais respeitam.
Nos processos administrativos recolhem-se os elementos extraídos dos relatórios sobre o estado dos
serviços do Ministério Público nas comarcas, os quais são elaborados pelos procuradores da República
com funções de coordenação; um intercalar no termo do primeiro semestre e outro no fim do ano.
Procura-se, deste modo, não só colher uma visão de conjunto do estado dos serviços, mas também
obter os elementos que proporcionem uma intervenção adequada e atempada sobre os problemas que
vão surgindo no dia-a-dia de cada procuradoria da República.
É também nesses dossiers que se processa o tratamento dos assuntos mais relevantes respeitantes ao
relacionamento com a Procuradoria-Geral da República e outras entidades ou serviços, bem como as
averiguações decorrentes das exposições recebidas directamente dos particulares.
Toda esta actividade, que assume uma dimensão muito significativa, foi assegurada pelo procurador-
-geral distrital na área geral e de acompanhamento do estado dos serviços nas comarcas e, normalmente,
por cada um dos três procuradores-gerais adjuntos com funções de coordenação nas áreas penal, cível e
social. Foram distribuídos 198 processos administrativos.
Ainda em referência à actividade burocrática, reunimos outros dados estatísticos, os quais dão uma
imagem bastante expressiva do volume de serviço desenvolvido pelos serviços do Ministério Público
no Tribunal da Relação (com a menção de que aí não são contabilizadas as comunicações electrónicas
ultimamente utilizadas em volume muito acrescido — nos últimos três anos diminuiu em 40% o
número de ofícios expedidos). Foi movimentado o seguinte expediente: 7 cartas rogatórias/actos
judiciários, 4.494 apostilas e 2.383 ofícios. A tudo isso acresce um muito relevante volume de expediente,
organizado no secretariado, relativo às questões do Conselho Superior do Ministério Público e outras,
genéricas, da actividade do procurador-geral distrital.
Continuam a decorrer com inteira normalidade os contactos — protocolares e funcionais — com
todas as entidades e serviços públicos, em especial com os sedeados na cidade de Coimbra, nomeadamente
com a delegação regional do Centro de Estudos Judiciários, a Direcção de Finanças, o Conselho Distrital
da Ordem dos Advogados, a Reitoria da Universidade, o Conselho Directivo da Faculdade de Direito,
o Governo Civil, a Câmara Municipal, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e a Direcção-Geral de
Reinserção Social.
Distrito Judicial de Coimbra
Merecem igualmente referência a facilidade e cordialidade das relações que têm sido mantidas com a
Directoria de Coimbra da Polícia Judiciária e também com o Comando Distrital da Polícia de Segurança
Pública e com o Comando da Brigada nº 5 da Guarda Nacional Republicana. Mantêm-se ainda excelentes
relações com o Instituto Nacional de Medicina Legal.
1. Quadro de magistrados
Para além da secção central, existem 3 secções de processos (secção cível com 3 subsecções, secção
criminal com 2 subsecções e secção social), tendo os serviços decorrido sem particulares anomalias.
3. Movimento processual
O número total de processos distribuídos estabilizou, comparativamente com o ano anterior, aumentando
ligeiramente, de 4.917 para 5.017. De referir, neste aspecto, que foram autuados na secção social do
Tribunal da Relação 227 recursos de apelação, que não podem ser mencionados no mapa 14 anexo a
este relatório por inexistência de campo para o efeito, devendo, consequentemente, esse valor ser
adicionado ao referido nesse mapa.
No que respeita aos processos findos, verifica-se que o seu número, nas três secções, foi de 5.196 que
significa, comparativamente com o ano anterior, um aumento de 3,3%.
1. Tópicos gerais
À semelhança do que se tem passado em anos anteriores, importa assinalar, como factor que coloca
graves dificuldades na actividade do Ministério Público, o da carência de magistrados.
Com efeito, em vários tribunais está colocado um significativo número de magistrados judiciais para
além dos quadros — na 1ª instância, no distrito judicial, estavam em serviço 218 juízes em 31 de
Dezembro de 2008, quando os quadros legais somam, na totalidade, apenas 173 (3 dos quais no
quadro complementar) — o que torna sobremaneira penoso o exercício das tarefas que incumbem aos Distrito Judicial de Coimbra
magistrados do Ministério Público. Ou seja, para além do quadro, exerciam funções em 1ª instância,
no distrito judicial de Coimbra, 45 juízes (mais 26,01% do que os dos quadros legais).
A esse propósito será de referir que, já em 12 de Julho de 2004, o Conselho Superior do Ministério
Público reconheceu a impossibilidade de os magistrados do Ministério Público estarem presentes em
todas as diligências marcadas pelos juízes e, por isso, recomendou até aos procuradores da República
com funções de direcção dos serviços do Ministério Público que levassem a cabo uma distribuição de
serviço que, ponderando aquela impossibilidade, atendesse aos casos concretos.
Para, de certo modo, obviar a essa dificuldade tem-se recorrido à colocação de substitutos de procuradores-
-adjuntos nas comarcas de menor dimensão (em 31 de Dezembro de 2008 eram 8 os colocados), o que,
porém, conduz a que o serviço se ressinta, vista a inexperiência e a falta de formação específica desses
licenciados, implicando uma sobrecarga para os procuradores da República nos círculos judiciais, aos
187
quais foram atribuídas funções de coordenação, que têm de ter uma atenção redobrada aos seus
desempenhos.
Será de considerar manifestamente insuficiente, para acorrer às necessidades de substituição que se fazem
sentir, o número de três unidades no quadro complementar de magistrados do Ministério Público
criado pela Portaria nº 412-A/99, de 7 de Junho. Pense-se nas situações de baixa por doença prolongada
ou incapacidade temporária, especialmente por parte das magistradas — durante o ano de 2008, só em
situações de gravidez de risco e licença de maternidade, estiveram oito magistradas, implicando 33
meses de ausência do serviço, Refira-se por contraposição, que a bolsa de juízes do distrito judicial de
Coimbra, que é também de 3 unidades, para além de preenchida, está dotada de 24 magistrados auxiliares.
Mas as graves dificuldades na actividade do Ministério Público decorrem sobremaneira da inadequação
dos quadros de funcionários de apoio e, também aqui, da sua falta de preenchimento, situação tanto
mais de lamentar quanto, cada vez mais, se exige celeridade e eficácia aos serviços. Ademais não se vêem
quaisquer progressos na formação dos funcionários — equiparados, aliás, a órgãos de polícia criminal
— no âmbito das funções que desempenham na tramitação do inquérito. O que gera a necessidade de
recorrer à delegação de investigações nos OPC’s, que, a ser outra a realidade nos serviços do Ministério
Público, poderia ser dispensada, mas que, vista a situação actual, é imperativa.
Outro tanto sucede em especial na área da jurisdição de família e menores e na área da jurisdição
laboral, nas quais o atendimento dos cidadãos é de especial relevo nas atribuições do Ministério Público,
implicando uma grande sobrecarga no trabalho que tem de ser desenvolvido pelos magistrados, que
realizam tarefas cujo cumprimento melhor se enquadraria no desempenho dos seus serviços de assessoria.
Os procuradores-gerais distritais expuseram ao Conselho Superior do Ministério Público as suas
preocupações, sugerindo novos quadros de magistrados e funcionários que permitam garantir a eficiência
mínima dos serviços, sendo que essa proposta foi aprovada na sessão de 7 de Junho de 2004. Não
obstante, a mesma (que se mostra já insuficiente) não teve ainda qualquer acolhimento.
Com efeito o significativo aumento do número de inquéritos entrados nas comarcas do distrito judicial
de Coimbra nos últimos anos — e é consabido que as variações dessa distribuição são índice seguro das
mudanças no volume do serviço global do Ministério Público — justifica, só por si, inequivocamente,
um inadiável aumento dos quadros de magistrados e funcionários do Ministério Público nas comarcas
do distrito. Acrescendo a esse aumento do volume de inquéritos aquilo que atrás se referiu — a
necessidade de o Ministério Público se fazer representar no serviço desempenhado por um elevado
Distrito Judicial de Coimbra
número de juízes colocados além dos quadros (mais 26,01% do que os legalmente previstos).
Comparando o número de inquéritos iniciados no ano de 1998 (ao qual se reportam os quadros de
magistrados em vigor, estabelecidos pelo Decreto-Lei nº 186-A/99, de 31 de Maio) e o número dos
iniciados no ano de 2008 (ao qual se reporta o presente relatório), vê-se que no distrito judicial de
Coimbra se verificou uma subida de 59.081 para 74.935, isto é, sucedeu um acréscimo na distribuição
de 26,83%.
A esse propósito, não pode deixar de ser sublinhado o enormíssimo acréscimo de trabalho burocrático
que tem de ser desenvolvido em virtude das alterações legislativas introduzidas em 2007 (em especial
no Código de Processo Penal e na Lei de Política Criminal), o significativo aumento das tarefas que
incumbem ao Ministério Público na área da família e menores (vistas as actuais Lei Tutelar Educativa,
Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo e Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13 de Outubro, que
atribuíram novas e relevantes competências ao Ministério Público — designadamente no
2. Actividade desenvolvida
Os diferentes mapas que acompanham o presente relatório fornecem uma informação estatística sobre
os aspectos mais expressivos da actividade do Ministério Público no distrito judicial, círculo por círculo
e área por área. A esse propósito devem especialmente ser tidos em conta os relatórios de cada um dos
magistrados do Ministério Público com funções de direcção/coordenação desses círculos/áreas, nos
quais consta uma análise detalhada sobre essa problemática nas circunscrições que têm sob a sua
responsabilidade.
Distrito Judicial de Coimbra
a) Jurisdição penal
189
2008 (31.110) comparativamente com o correspondente dia de 2007 (27.002), numa percentagem de
15,21%. De entre os pendentes no último dia do ano a que respeita o presente relatório, 22.142
(71,17%) estavam-no há menos de 8 meses. E só 5.201 (16,71%) tinham sido registados em anos
anteriores ao de 2008.
Quanto aos inquéritos ultimados em 2008, o número de acusações foi de 12.792, isto é, 18,01%. E,
de entre os processos acusados, foram 1.585 (12,39%) aqueles em que se fez uso do disposto no artigo
16º, nº 3, do CPP. Foram 1.054 (8,23%) aqueles em que se usou o processo abreviado, tendo sido 862
(6,73%) aqueles em que se usou o processo sumaríssimo.
Por outro lado, a suspensão provisória de processos de inquérito, nos termos do disposto no artigo
281º do CPP, continuando uma tendência que anualmente se tem verificado, subiu ainda em 2008 na
percentagem de 32,25%, comparativamente com o número de processos em que foi utilizado esse
expediente no ano de 2007.
No que respeita às instruções, tramitadas de acordo com o CPP de 1987, as requeridas pelos arguidos
e pelos assistentes foram 1.203, as globalmente movimentadas 1.981 e as findas 1.276, tendo ficado
pendentes 705 (isto é, 12,34% menos do que aquelas em que tal se verificou no início do ano de
2008).
O número de recursos penais apresentados pelo Ministério Público foi de 379 no ano de 2008, o que
significa um decréscimo de 27,17% relativamente aos interpostos no ano de 2007 (em que o seu
número foi de 482).
Quanto aos processos penais o número dos movimentados em 2008 foi de 36.816, dos quais findaram
22.214, sendo que dos julgados (em número de 19.586) a percentagem de condenações foi de 90,17%.
b) Jurisdição cível
d) Jurisdição laboral
Nas diversas áreas de intervenção, e para além do que atrás fica dito, o Ministério Público movimentou
9.414 processos administrativos (sendo que em 2007 o número correspondente tinha sido de 9.879), praticou
21.564 actos substanciais diversos (reclamações de créditos, cumprimento de cartas precatórias/rogatórias,
pareceres em acções de divórcio e atendimentos do público) e participou na movimentação de 38.883 acções
executivas e de 2.959 processos de contra-ordenação.
3. Outras informações
Distrito Judicial de Coimbra
Os quadros legais de magistrados do Ministério Público e de funcionários de apoio constam,
respectivamente, do Decreto-Lei nº 186-A/99, de 31 de Maio, e da Portaria nº 721-A/2000, de 5 de
Setembro.
Em concreto, nos círculos integrados no distrito judicial de Coimbra, a propósito dessa matéria, assim
como das instalações disponíveis, são de sublinhar as seguintes observações, sendo que neste aspecto e
por ora não se leva em conta a previsível, mas ainda não totalmente concretizada, reorganização judiciária.
191
Justificar-se-ia também a criação de um tribunal de família e menores, com competência territorial
neste círculo e no de Leiria, a não ser instalada, no prazo previsto, a comarca do Pinhal Litoral.
É urgente resolver as enormes carências de que padecem as instalações do Palácio da Justiça de Castelo
Branco, que são manifestamente insuficientes (os magistrados do Ministério Público acumulam-se em
salas inadequadas, como a da biblioteca; o público espera nos corredores junto aos gabinetes; os
Distrito Judicial de Coimbra
equipamentos são utilizados nos átrios) e em certos casos degradadas (instalação eléctrica do tribunal do
trabalho).
Assim como as necessidades de climatização do edifício onde funciona o Tribunal Judicial da Sertã.
Comarca de Coimbra
Justifica-se o aumento do quadro de procuradores da República com uma unidade, por forma a permitir
assegurar a representação do Ministério Público no tribunal de execução das penas por um magistrado
com essa categoria, isso para além de ser apenas uma procuradora-adjunta que nele tem vindo a exercer,
sozinha, essas funções, quando foram dois os juízes colocados no TEP durante o ano de 2008. Justifica-
-se também a criação de um quadro autónomo de funcionários de apoio nos termos atrás referidos.
Demonstra-se cada vez mais indispensável a construção de um novo edifício para alojar os serviços
judiciais de 1ª instância sedeados em Coimbra, vista a insustentabilidade da situação actual, no Palácio
da Justiça e nos edifícios pelos quais se encontram dispersos aqueles serviços. Distrito Judicial de Coimbra
Refira-se, a propósito, que o procurador da República com funções de direcção dos serviços do Ministério
Público no círculo judicial ocupa um gabinete em edifício próximo do Palácio da Justiça, não dispondo
de instalações onde possam realizar-se as reuniões de magistrados em serviço no círculo, tendo apenas
uma primeira sido efectuada na sala da biblioteca do Tribunal da Relação, mas não mais que essa, uma
vez que o presidente deste tribunal determinou a indisponibilidade daquela sala para tal efeito, mesmo
nos dias (pelo menos dois por semana) em que ela não está ocupada com qualquer actividade.
No Palácio da Justiça de Coimbra os gabinetes são pobremente mobilados e o equipamento informático,
embora já melhorado, ainda não é o ideal.
Também aí se verificam, por outro lado, deficiências nas ligações à internet e no acesso ao correio
electrónico profissional.
193
DIAP de Coimbra
Justifica-se o aumento do quadro de procuradores da República com uma unidade, que possa ser
encarregada não só da coordenação das investigações de maior complexidade em curso em toda a área
do distrito judicial (a praticada no exercício de funções públicas e a respeitante à criminalidade fiscal)
assim como do despacho pessoal dos inquéritos respeitantes a essas matérias cuja investigação seja deferida
ao departamento, nos termos do disposto no artigo 73º, nº 1, alínea c), do Estatuto do Ministério
Público.
Justifica-se, ainda, a autonomização do quadro de funcionários do Ministério Público na comarca de
Coimbra — neste momento englobado no do DIAP distrital — estabelecendo-se um para o DIAP e
outro para a comarca (juízos cíveis, juízos criminais, vara mista, TIC e assessoria do procurador da
República no círculo judicial).
Em consequência seria de reduzir o quadro do DIAP em 1 técnico de justiça adjunto e 2 técnicos de
justiça auxiliares e de estabelecer um quadro para a comarca com 1 técnico de justiça principal,
2 técnicos de justiça adjuntos e 2 técnicos de justiça auxiliares, por forma a operacionalizar a chefia dos
serviços de apoio e a possibilitar a assessoria dos magistrados do Ministério Público em serviço nos
tribunais da comarca, os atrás referidos, aliás dispersos por três edifícios distantes entre si (circunstância
que, além da bizarra necessidade de, não raro, uma funcionária de apoio ter de andar por ruas das mais
movimentadas da cidade carregando à mão — porque não há outros meios — caixas pesadíssimas com
processos, implica também um desperdício no trabalho dos oficiais de justiça).
Torna-se premente o preenchimento dos quadros de magistrados do Ministério Público nas comarcas
onde estão colocados substitutos do procurador-adjunto, como sucede nas de Figueira de Castelo Rodrigo
e Pinhel.
Na comarca da Guarda justifica-se o aumento do quadro de funcionários com mais um técnico de
justiça adjunto (com conhecimentos de secretariado e na área da informática, para organização e
desempenho do serviço de assessoria na procuradoria da República) e um técnico de justiça auxiliar.
Seria ainda necessária uma nova central telefónica.
Verificam-se, por outro lado, infiltrações pluviais no Tribunal de Almeida.
Como se disse atrás, justificar-se-ia a criação de um tribunal de família e menores, com competência
territorial para este círculo e o de Alcobaça, a não ser instalada, no prazo previsto, a comarca do Pinhal
Distrito Judicial de Coimbra
Litoral.
Para além das observações dos anos anteriores relativas à falta de funcionários, nada mais há a salientar.
195
CÍRCULO JUDICIAL DE SEIA
Mostra-se necessária a reorganização dos serviços de apoio ao Ministério Público na comarca de Seia,
com o estabelecimento de uma secção central e de uma secção de processos (aliás decorrente do disposto
nos artigos 60º, nº 4, do Estatuto do Ministério Público e 22º do Regulamento da LOFTJ),
aumentando-se correspondentemente o quadro de funcionários, um dos quais deverá ter formação em
secretariado e na área da informática, para a organização e o desempenho do serviço de assessoria na
procuradoria da República.
Como quer que seja é indispensável que se mantenha sempre preenchido o diminuto quadro actualmente
existente – durante o ano os serviços funcionaram com apenas 1 técnico de justiça adjunto e 1 técnico
de justiça auxiliar, muito embora com o prestimoso apoio de uma funcionária da carreira administrativa
com a categoria profissional de técnica de arquivo, dotação claramente insuficiente para o apoio a um
procurador da República e dois procuradores-adjuntos.
Seria ainda conveniente instalar em Seia uma extensão do Gabinete Médico-Legal e criar uma equipa da
Direcção-Geral de Reinserção Social para o círculo judicial.
Na comarca de Seia justifica-se o preenchimento do lugar de oficial porteiro, que está vago. E dever-se-
-ia ampliar o quadro legal das unidades de apoio do Ministério Público em Gouveia e Nelas.
É urgente alargar o quadro de procuradores da República para cinco unidades (e apenas isso na medida
em que não seja criado e instalado o tribunal de família e menores), uma vez que é necessário que o
Ministério Público seja representado por dois magistrados com essa categoria no tribunal do trabalho,
constituído por dois juízos, se torna indispensável afectar em exclusivo um procurador da República à
direcção do serviço de inquéritos da comarca e mesmo ao despacho pessoal de parte dos mais complexos
de todo o círculo, assim como à coordenação dos serviços dos procuradores-adjuntos, e bem assim
afectar em exclusivo dois outros procuradores da República à representação do Ministério Público nos
julgamentos de tribunal colectivo e de júri — presentemente estão já a funcionar no círculo judicial
3 colectivos (directiva de 13 de Dezembro de 2000, do Conselho Superior do Ministério Público).
Uma primeira nota é de toda a justiça deixar expressa no termo do presente relatório — a do empenho
e dedicação com que a generalidade dos magistrados e funcionários do Ministério Público tem vindo a
exercer as suas funções, as mais das vezes incompreendidos na impossibilidade em que se vêem de dar a
resposta célere que pretendiam aos casos que são postos à sua consideração.
Com efeito, não pode deixar de se salientar a carência de meios indispensáveis para o bom exercício das
funções legalmente atribuídas ao Ministério Público. Em certos casos, sem o preenchimento dos quadros
já há largos anos estabelecidos, de magistrados e funcionários, genericamente sem o seu reforço agora
que o volume de serviço é significativamente maior, tantas vezes sem instalações adequadas e meios de
actuação modernizados, dificilmente se conseguirá aprimorar a resposta às solicitações que os cidadãos
apresentam.
Isso não obstante se tente recorrer a estratégias de gestão dos recursos humanos disponíveis, às quais os
serviços centrais do Ministério da Justiça ou não deram resposta com a celeridade indispensável ou
chegaram mesmo a dá-la em sentido negativo, “por falta de verbas”.
Continua a ser objecto de particular atenção a ocorrência de situações de prescrição de procedimento
criminal. No ano de 2008 tal sucedeu em 41 situações, número superior ao do ano anterior em que tal
se verificou em 37 processos. O que, porém, é também sinal seguro de que o objectivo de movimentação
e ultimação dos processos mais antigos está a produzir resultados.
Sempre que não estava liminarmente excluída responsabilidade disciplinar de magistrados ou de
funcionários judiciais foi feita a correspondente participação à Procuradoria-Geral da República para a
eventual instauração de procedimento disciplinar.
Para o ano de 2009, planeou-se um conjunto de objectivos, nas diferentes áreas de intervenção do
Distrito Judicial de Coimbra
Ministério Público no distrito judicial de Coimbra, designadamente, na área cível, dar especial atenção
às acções em que o Estado Administração seja parte, desenvolver particular empenho na defesa dos
interesses difusos, propor atempadamente, sempre que se justifique, as acções ou providências cujos
pedidos tenham sido apresentados ao Ministério Público, acompanhar adequadamente os processos de
insolvência, ter em especial consideração as boas práticas já definidas quanto à instauração de execuções
por custas e demais quantias em dívida e no que concerne às reclamações de créditos da Fazenda Nacional.
No que respeita ao atendimento do público, incrementar a disponibilidade dos serviços do Ministério
Público e o correcto desempenho dessa tarefa.
Na área criminal, persistir no exercício da competência, que é do Ministério Público, de efectiva direcção
da investigação criminal, priorizar a conclusão dos inquéritos mais antigos — realizando-se as insistências
que forem consideradas necessárias junto dos OPC´s encarregados da investigação, quando necessário
197
com a intervenção da Procuradoria-Geral Distrital, em ordem a finalizar no 1º semestre os inquéritos
iniciados até ao ano de 2005 e finalizar no 2º semestre os inquéritos iniciados até ao ano de 2006 e
examinar em Julho de 2009 e em Janeiro de 2010, respectivamente, os casos em que não foi possível
cumprir esse propósito, procurando determinar e superar os obstáculos à sua consecução.
Outros objectivos são incrementar o respeito pelos prazos legais de duração máxima do inquérito e,
tendencialmente, conseguir até 31 de Julho de 2009 que a pendência de inquéritos em cada “delegação”
de competência genérica não exceda um terço da média anual de processos entrados nos últimos três
anos; conseguir, por outro lado, que inexistam processos a aguardar o cumprimento de despacho do
magistrado deles titular há mais de 30 dias ou a aguardar o cumprimento de despacho do magistrado
deles titular há mais de 10 dias; cumprir as directivas do Procurador-Geral da República em matéria de
execução da Lei de Política Criminal; concretizar, sempre que as condições o permitam, a especialização
dos magistrados encarregados da investigação criminal; analisar cuidadosamente as participações e as
subsequentes peças processuais em que tal se mostre necessário para apurar com rigor os factos em causa
e a data da sua prática, em ordem a imprimir aos inquéritos correspondentes a celeridade necessária,
assim se evitando, em especial, situações de prescrição do procedimento criminal — se necessário
determinando a separação de processos; privilegiar a utilização dos institutos de oportunidade e consenso,
das formas de processo especial e bem assim da singularização dos julgamentos, definindo-se, a nível do
DIAP e de cada círculo judicial a melhor forma de cumprir esse propósito e de promover a sua execução.
No âmbito da violência doméstica, priorizar a investigação, procurando reduzir a pendência dos
correspondentes inquéritos a não mais de 6 meses, garantir a protecção eficaz das vítimas e apostar em
medidas consensualizadoras e na ressocialização dos agressores nomeadamente usando, sempre que
justificada, a suspensão provisória do processo com a escolha das injunções mais adequadas à situação.
No âmbito da violência sobre grupos sociais merecedores de especial protecção (professores e profissionais
de saúde, grupos mais vulneráveis como crianças, idosos e deficientes, etc.), priorizar a investigação,
procurando reduzir a pendência dos correspondentes inquéritos a não mais de 4 meses e bem assim
partilhar as experiências dos magistrados interlocutores.
No âmbito da criminalidade violenta e/ou criminalidade altamente organizada, reforçar os procedimentos
de coordenação e operacionalização das investigações em articulação com a Unidade Especial para a
criminalidade violenta criada no DIAP distrital.
No âmbito dos crimes cometidos no exercício de funções públicas e da criminalidade tributária, reforçar
a coordenação a nível distrital, o apoio da respectiva equipa aos magistrados do distrito judicial e
Distrito Judicial de Coimbra
199
magistrado do Ministério Público e cada funcionário dos seus serviços de apoio;
— o redimensionamento dos quadros de magistrados em conformidade com as conclusões que a
esse propósito se chegar, completando-se o respectivo preenchimento com a realização de um curso
extraordinário para a admissão de magistrados do Ministério Público — condições, aliás,
indispensáveis para a sua estabilização (também nas comarcas de 1º acesso), logo a melhoria do
desempenho funcional e a obtenção de ganhos de eficácia nos serviços; sublinha-se, nesse aspecto,
que o Conselho Superior do Ministério Público já em deliberações de 7 de Junho e 12 de Julho de
2004 reconheceu a patente insuficiência do número de magistrados do Ministério Público, sobretudo
comparativamente com o de magistrados judiciais que exercem funções nos diversos serviços,
(divergência esta que não tem parado de provocar efeitos nefastos em cada ano que passa);
— que seja equacionado o aumento do número de magistrados do Ministério Público do quadro
complementar de procuradores-adjuntos, vista a manifesta insuficiência do actualmente previsto; a
este propósito refira-se que, no que respeita à magistratura judicial, para além do número de unidades
legalmente previstas, esse quadro é reforçado com 112 juízes auxiliares;
— o alargamento, que se tem por absolutamente indispensável, dos quadros de funcionários afectos
aos serviços do Ministério Público, ainda de acordo com os resultados daqueles estudos, em função
das necessidades existentes, a reorganização da sua carreira — com a introdução nos quadros dos
serviços que não sejam de diminuta dimensão de lugares de chefia (técnicos de justiça principais),
assim se melhorando a sua operacionalidade — e a melhoria da preparação profissional desses
funcionários, com assídua formação (não só a nível de especialização técnico-jurídica mas também
no âmbito dos conhecimentos informáticos, de secretariado e de assessoria/atendimento);
— para além disso, o permanente preenchimento dos quadros actualmente existentes com oficiais
de justiça que sejam capazes e estabilizem as suas colocações (só assim se conseguindo uma
produtividade suficiente);
— a realização dos movimentos de funcionários de apoio ao Ministério Público em tempos e
ciclos adequados à minorização dos prejuízos decorrentes das transferências que sucedam e, bem
assim, a implementação por parte da DGAJ de medidas de gestão desses funcionários que sejam
eficazes e permitam a pronta solução das dificuldades resultantes de situações de acumulação de
serviço/maternidade/doença;
— a reorganização dos serviços das procuradorias-gerais distritais, órgãos aos quais incumbe muito
mais do que a mera representação do Ministério Público nos respectivos tribunais da Relação,
dotando-as do número de magistrados e funcionários, assim como das instalações e equipamentos
Distrito Judicial de Coimbra
201
— a agilização dos serviços de imprensa do Ministério Público, em especial os da Procuradoria-
-Geral da República, maxime para que seja disciplinada a prestação de informações à comunicação
social por parte dos OPC’s e seus agentes; e
— a atribuição aos tribunais das verbas indispensáveis ao seu funcionamento adequado, ainda que
parcimonioso.
Distrito Judicial de Coimbra
Introdução
A estatística anual da criminalidade no Distrito Judicial de Évora registou, no ano de 2008, um aumento
do número de inquéritos instaurados da ordem dos 0,22 %, após haver registado no ano de 2007 um
aumento da ordem dos 5,82 %.
De facto, em 2007 haviam sido registados 74.819 inquéritos, enquanto que no ano de 2008 foram
registados mais 168, ou seja, 74.987 inquéritos.
Registou-se uma subida da criminalidade participada nos círculos judiciais de Évora, Faro, Loulé,
Portalegre e Santarém e diminuição da mesma nos restantes.
Assim, no círculo judicial de Évora foram registados mais 76 inquéritos do que no ano transacto, o que
corresponde a um acréscimo da ordem dos 1,29 %; no círculo judicial de Faro foram registados mais
315 inquéritos do que no ano transacto, o que corresponde a um aumento da ordem dos 2,59 %; no
círculo judicial de Loulé foram registados mais 741 inquéritos do que no ano transacto, o que
corresponde a um aumento da ordem dos 6,84 %; no círculo judicial de Portalegre foram registados
mais 13 inquéritos do que no ano transacto, o que corresponde a um aumento de 0,43 %; e no círculo
judicial de Santarém foram registados mais 115 inquéritos do que no ano transacto, o que corresponde
a um aumento de 1,71 %.
Por seu turno, no círculo judicial de Abrantes foram registados menos 84 inquéritos do que no ano
transacto, o que corresponde a um decréscimo da ordem dos 2,07 %; no círculo judicial de Beja foram
registados menos 126 inquéritos do que no ano transacto, o que corresponde a um decréscimo da
ordem dos 3,20 %; no círculo judicial de Portimão foram registados menos 412 inquéritos do que no
ano transacto, o que corresponde a um decréscimo da ordem dos 3,25 %; no círculo judicial de Santiago
do Cacém foram registados menos 294 inquéritos do que no ano transacto, o que corresponde a um
decréscimo da ordem dos 7,68 %; e no círculo judicial de Setúbal foram registados menos 176 inquéritos
do que no ano transacto, o que corresponde a um decréscimo da ordem dos 1,50 %.
Os círculos judiciais do Algarve e de Setúbal concentraram 63,84 % da criminalidade de todo o distrito
judicial, constituído por 10 círculos judiciais, representando o círculo judicial de Faro 16,64%, o círculo
judicial de Loulé 15,43%, o círculo judicial de Portimão 16,34% e o círculo judicial de Setúbal 15,43%.
São áreas junto ao litoral, mais densamente povoadas que as regiões do interior do distrito judicial e
onde o tipo de criminalidade é mais semelhante à dos grandes centros, alguma com afloramentos de
violência e outra virada para novas formas sofisticadas e evoluídas, designadamente ao nível dos negócios.
Tomando como ponto de referência o ano de 2001 — ano em que começou a produzir efeitos (em
15 de Setembro) a criação do círculo judicial de Loulé e entrou em funcionamento (em 1 de Fevereiro)
o tribunal judicial da comarca de Almeirim, sem que, posteriormente, entrassem em funcionamento
novos tribunais ou círculos judiciais — constata-se que as entradas de processos de inquérito registaram
203
— de 2001 a 2004 — um acréscimo de 15.788 processos e, assim, de 26%, sem que os quadros de
magistrados e funcionários hajam sofrido qualquer alteração, sendo certo que, no ano de 2008, deram
entrada 74.987 inquéritos, enquanto que, no ano de 2001, haviam dado entrada 60.636 processos
desta espécie.
Aferindo os níveis de eficácia do Ministério Público com base no número de processos que conduziram
a acusação, cumpre registar que, no decurso do ano de 2008, foram deduzidas 11.407 acusações, contra
13.294 no ano de 2007, tendo, assim, sido deduzidas menos 1.887 acusações do que no ano transacto.
Foram deduzidas mais acusações do que no ano anterior no círculo judicial de Portimão (mais 60),
havendo sido deduzidas menos acusações do que no ano anterior nos círculos judiciais de Abrantes
(menos 101), Beja (213), Évora (298), Faro (204), Loulé (372), Portalegre (45), Santarém (303),
Santiago do Cacém (193) e Setúbal (218).
No que concerne a inquéritos findos, cumpre registar que, no decurso do ano de 2008, findaram
74.148 inquéritos, contra 76.137 no ano anterior, havendo, assim, findado menos 1.989 inquéritos.
Aumentou o número de inquéritos pendentes nos círculos judiciais de Abrantes (mais 272), Évora
(54), Faro (562), Loulé (231), Portalegre (164) e Santarém (349).
A aplicação da faculdade concedida pelo n.º 3 do artigo 16.º do Código de Processo Penal foi usada em
1.352 casos, contra 1.340 no ano anterior.
E a suspensão provisória do processo foi usada em 926 casos, contra 695 no ano anterior.
Por seu turno, no ano de 2008 foram deduzidos 1.177 requerimentos para aplicação de sanção em
processo sumaríssimo, contra 1.448 no ano anterior.
O processo abreviado foi utilizado em 1.050 processos, contra 1.177 no ano anterior.
No domínio da informatização judiciária, cumpre salientar a implementação, no decurso do ano de
2002, do programa informático denominado “Habilus”, o qual, após aplicação ao registo e distribuição
dos processos cíveis, passou a contemplar também o registo e a tramitação dos processos penais. Ocorreu,
porém, que, a adaptação do mesmo à área dos processos crimes de inquérito, se revelou, numa fase
inicial, insatisfatória. Todavia, dada a receptividade que mereceram, na área do Distrito Judicial de
Évora, as objecções formuladas e as questões suscitadas, assistiu-se a uma progressiva melhoria da referida
aplicação informática, não sendo, porém, possível proceder a recolha de dados estatísticos com carácter
de exactidão, dada a não fixação de dados, o que constitui assinalável insuficiência.
Distrito Judicial de Évora
A instabilidade do quadro de magistrados continua a ser um dos maiores obstáculos à regularização dos
serviços em algumas comarcas, sendo, só por si, a desactualização dos quadros um factor que dificulta
uma resposta adequada às necessidades do serviço. Por outro lado, o não preenchimento dos quadros
em algumas comarcas de menor dimensão vem-se eternizando.
Relativamente aos funcionários afectos ao Ministério Público, foi operado o redimensionamento dos
respectivos quadros pelas Portarias n.os 467-A/99, de 28 de Junho, e 721-A/2000, de 5 de Setembro.
Todavia, tal redimensionamento mostrou-se insuficiente para assegurar o serviço de apoio às procuradorias
da República, sendo certo que não ocorreu, designadamente, redimensionamento em comarcas de
primeiro acesso com um volume de entradas de inquéritos superior a 300 processos. É de realçar que se
mostra necessário melhorar a qualificação profissional dos funcionários.
1. Generalidades
a) Instalações
De acordo com o mapa VII anexo ao Decreto-Lei n.º 186-A/99, de 31 de Maio, o quadro de magistrados
do Ministério Público no Tribunal da Relação de Évora integra 1 procurador-geral distrital e
7 procuradores-gerais adjuntos (4, a partir da instalação do Tribunal da Relação de Faro).
205
Todavia, apenas em Junho de 2004 foi tal quadro completamente preenchido — até então, apenas
6 procuradores-gerais adjuntos prestaram serviço na Procuradoria-Geral Distrital de Évora.
E, atenta a competência estabelecida para a Procuradoria-Geral Distrital no artigo 56.º do Estatuto do
Ministério Público, o apontado quadro mostra-se insuficiente, sendo desejável que tivesse a seguinte
composição: 1 procurador-geral distrital e 10 procuradores-gerais-adjuntos (7, a partir da instalação do
Tribunal da Relação de Faro).
c) Funcionários
2. Área processual
3. Área administrativa
Nesta área, justifica-se uma primeira consideração para vincar a existência de dois tipos de processos
administrativos: uma espécie, destinada a acompanhar e controlar os processos administrativos pendentes
nas diversas procuradorias de círculo e as acções por eles, porventura, acompanhadas, a correr termos
nos diversos Tribunais; e um segundo grupo, dito de processos administrativos de “capa verde” destinados
a acompanhar quer o estado dos serviços do Ministério Público em determinadas procuradorias e
comarcas, quer a sua movimentação processual e o preenchimento de quadros de magistrados e
Foram movimentados 102 processos administrativos (36 no primeiro grupo e 66 no segundo), 6 cartas
rogatórias e actos judiciais, 13 certidões executivas, 2.877 apostilas e expedidos 7.320 ofícios (destes,
838 da unidade de apoio). Deram entrada 7.536 papéis (1.541 da unidade de apoio), emitidas
21 circulares, 21 ofícios circulares e 9 ordens de serviço. Foram instaurados 19 inquéritos contra
magistrados e transitaram 20 do ano anterior, tendo ficado pendentes 25. Deram entrada 4 extradições
passivas e encontram-se pendentes 9. Registaram-se ainda 9 processos de transferência de condenados e
27 mandados de detenção europeus, encontrando-se pendentes o mesmo número de mandatos.
1. Quadro de magistrados
A estrutura orgânica do Tribunal da Relação de Évora, assenta, na parte judicial, numa secção central e
em três secções de processos. Destas últimas, uma funciona tão-só com os recursos e processos criminais
e as duas restantes recebem os recursos cíveis e sociais, numa distribuição de pares e ímpares. Distrito Judicial de Évora
Os quadros das secções em referência estiveram preenchidos no decurso do ano de 2008.
3. Movimento processual
O número global de recursos distribuídos foi de 2.860, sendo 1.514 de natureza penal, 1.088 cível e
225 social. Dos recursos penais, 335 foram interpostos pelo Ministério Público.
Foram deduzidos 41 conflitos de competência e distribuídas 122 reclamações, das quais 69 em processos
cíveis, 49 em processos penais e 4 em processos sociais. Foram distribuídos 68 processos de revisão de
sentença estrangeira e 250 processos relativos a causas que a Relação conhece em 1ª instância, dos quais
214 de natureza penal.
207
III. SERVIÇOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO DISTRITO JUDICIAL
1. TÓPICOS GERAIS
Pelo artigo 7º, n.º 3, do Decreto-Lei n.º 187/2000, de 9 de Agosto, foi criado o Círculo Judicial de
Loulé, com efeitos a partir de 15 de Setembro de 2001, passando, desde então, a ser 10 as procuradorias
de círculo que integram o Distrito Judicial de Évora e a correspondente Procuradoria-Geral Distrital:
Abrantes, Beja, Évora, Faro, Loulé, Portalegre, Portimão, Santarém, Santiago do Cacém e Setúbal.
Os quadros de procuradores da República foram redimensionados nos termos constantes do mapa VII
anexo ao Decreto-Lei n.º 186-A/99, de 31 de Maio, sendo certo que, então, apenas as procuradorias de
círculo de Abrantes, Évora, Setúbal e Portimão contavam com mais de um procurador da República.
Na sequência da referida alteração de quadros, no final do ano de 1999, a procuradoria da República no
círculo judicial de Abrantes contava com 2 procuradores da República, no círculo judicial de Évora
com 3, no círculo judicial de Faro com 2, no círculo judicial de Portimão com 3 e no círculo judicial de
Setúbal com 3, continuando as procuradorias de República nos círculos judiciais de Beja, Portalegre,
Santarém e Santiago do Cacém a ser servidas por 1 procurador da República.
No decurso do ano de 2000 foi, por movimento publicado em 25 de Janeiro de 2000, colocado mais
um procurador da República nos seguintes círculos judiciais: Beja, Évora, Faro, Portimão, Santarém e
Setúbal, ficando, porém, muito deficitária a situação ao nível de procuradores-adjuntos. Assim, e por
exemplo, na comarca de Loulé, ficaram vagos 4 lugares de procuradores-adjuntos, na de Setúbal 2, na
de Albufeira 2, na de Tavira 1, na de Santarém 1 e, em todo o círculo judicial de Beja, apenas ficaram a
servir 3 procuradores-adjuntos (que é o quadro da comarca sede — Beja, onde apenas ficaram a servir
2 procuradores-adjuntos), tendo também quedado vaga a comarca de Odemira, onde, no final de
1999, haviam ficado pendentes 682 processos de inquérito.
Por movimento publicado em 14 de Setembro de 2000, foram preenchidos os quadros de procuradores
da República nos círculos judiciais de Évora, Faro, Portalegre e Santiago do Cacém, e, por movimento
publicado em 17 de Setembro de 2001, foi colocado procurador da República no círculo judicial de
Loulé.
Num distrito judicial de tão vasta e diferenciada área geográfica, esteve e está, longe de ser fácil a
orientação, coordenação e controlo dos serviços do Ministério Público. O conhecimento dos serviços
continuou, na essência, a ser obtido a partir de informações periódicas (três por ano) e de outras
Distrito Judicial de Évora
2. ACTIVIDADE DESENVOLVIDA
Neste ponto, para além de um ou outro indicativo mais geral, será abordada a actividade desenvolvida
nos sectores processuais que melhor caracterizam a acção do Ministério Público.
Diminuiu, por comparação com o ano de 2007, o número de inquéritos distribuídos (-84) e o número de
acusações (-101), tendo aumentado o número de pendências (+272). Foram 80 as acusações com aplicação
do artigo 16º, nº 3, do Código de Processo Penal (+6 que em 2007). Verificaram-se
51 suspensões provisórias de processos ao abrigo do disposto no artigo 281º do Código de Processo Penal,
foram seleccionados 19 processos abreviados e deduzidos 62 requerimentos em processos sumaríssimos.
O número de processos penais distribuídos (987) foi inferior ao do ano anterior (993), tendo as
pendências diminuído: 988 em Dezembro de 2008 contra 1.004 em Dezembro de 2007.
Na jurisdição tutelar cível foram distribuídos 537 processos contra 482 em 2007, tendo havido um
aumento dos processos pendentes: 569 em Dezembro de 2008 contra 364 em Dezembro de 2007.
Foram ainda distribuídos 64 processos tutelares educativos/inquéritos, tendo ficado pendentes 47.
Houve um decréscimo de processos administrativos distribuídos (351 contra 378 em 2007) e acréscimo
de processos pendentes (437 contra 395 em 2007).
Nos processos de jurisdição laboral, todos concentrados no Tribunal do Trabalho de Abrantes, foram
distribuídos 43 processos administrativos e ficaram pendentes 35, tendo havido um acréscimo de
processos emergentes de acidentes de trabalho (233 em 2008 contra 228 em 2007).
209
CÍRCULO JUDICIAL DE ÉVORA E DIAP DE ÉVORA
Aumentou, por comparação com o ano de 2007, o número de inquéritos distribuídos (+76) e número
de pendências (+54), tendo diminuído o número de acusações (-298). Foram 151 as acusações com
aplicação do artigo 16º, nº 3, do Código de Processo Penal. (-22 que em 2007). Verificaram-se 176
suspensões provisórias de processos ao abrigo do disposto no artigo 281º do Código de Processo Penal;
foram seleccionados 127 processos abreviados e deduzidos 165 requerimentos em processos
sumaríssimos.
O número de processos penais distribuídos (1.022) foi inferior ao do ano anterior (2.099), tendo as
pendências diminuído: 1335 em Dezembro de 2008 contra 2.680 em Dezembro de 2007.
Na jurisdição tutelar cível foram distribuídos 584 processos contra 480 em 2007, tendo havido um
decréscimo dos processos pendentes: 420 em Dezembro de 2008 contra 329 em Dezembro de 2007.
Foram ainda distribuídos 82 processos tutelares educativos/inquéritos, tendo ficado pendentes 51.
Houve um acréscimo de processos administrativos distribuídos (666 contra 529 em 2007) e de processos
pendentes (427 contra 372 em 2007).
Nos processos de jurisdição laboral, todos concentrados no Tribunal do Trabalho de Évora, foram
distribuídos 243 processos administrativos e ficaram pendentes 58, tendo havido um acréscimo de
processos emergentes de acidentes de trabalho (203 em 2008 contra 202 em 2007).
Aumentou, por comparação com o ano de 2007, o número de inquéritos distribuídos (+315) e o
número de pendências (+562), tendo diminuído o número de acusações (-204). Foram 230 as acusações
com aplicação do artigo 16º, nº 3, do Código de Processo Penal (+57 que em 2007). Verificaram-se
132 suspensões provisórias de processos ao abrigo do disposto no artigo 281º do Código de Processo
Penal, foram seleccionados 181 processos abreviados e deduzidos 218 requerimentos em processos
sumaríssimos.
O número de processos penais distribuídos (2.800) foi inferior ao do ano anterior (4.160), tendo as
pendências diminuído: 7.011 em Dezembro de 2008 contra 7.558 em Dezembro de 2007.
Na jurisdição tutelar cível foram distribuídos 1.308 processos contra 1.261 em 2007, tendo havido um
decréscimo dos processos pendentes: 1.282 em Dezembro de 2008 contra 1.294 em Dezembro de 2007.
Distrito Judicial de Évora
Foram ainda distribuídos 168 processos tutelares educativos/inquéritos, tendo ficado pendentes 45.
Foram distribuídos 296 processos administrativos havendo uma pendência de 633.
Nos processos de jurisdição laboral, todos concentrados no Tribunal do Trabalho de Faro, foram
distribuídos 54 processos administrativos e ficaram pendentes 186, tendo havido um acréscimo de
processos emergentes de acidentes de trabalho (296 em 2008 contra 242 em 2007).
Registou-se um aumento, por comparação com o ano de 2007, do número de inquéritos distribuídos
(+741) e do número de pendências (+231), tendo diminuído o número de acusações (-372). Foram
Aumentou, por comparação com o ano de 2007, o número de inquéritos distribuídos (+13) e o número de
pendências (+164), tendo diminuído o número de acusações deduzidas (-45). Foram 84 as acusações com
aplicação do artigo 16º, nº 3, do Código de Processo Penal (-4 que em 2007). Verificaram-se 151 suspensões
provisórias de processos ao abrigo do disposto no artigo 281º do Código de Processo Penal, foram
seleccionados 131 processos abreviados e deduzidos 34 requerimentos em processos sumaríssimos.
O número de processos penais distribuídos (1.441) foi superior ao do ano anterior (1.349), tendo as
pendências diminuído: 848 em Dezembro de 2008 contra 1.109 em Dezembro de 2007.
Na jurisdição tutelar cível foram distribuídos 265 processos contra 311 em 2007, tendo havido um
decréscimo dos processos pendentes: 219 em Dezembro de 2008 contra 255 em Dezembro de 2007.
Foram ainda distribuídos 21 processos tutelares educativos/inquéritos, tendo ficado pendentes 25.
Houve um decréscimo de processos administrativos distribuídos (148 contra 209 em 2007) e um
acréscimo de processos pendentes (220 contra 197 em 2007).
Nos processos de jurisdição laboral, todos concentrados no Tribunal do Trabalho de Portalegre, foram
distribuídos 13 processos administrativos e ficaram pendentes 15, tendo havido um decréscimo de
processos emergentes de acidentes de trabalho (92 em 2008 contra 91 em 2007) e das pendências
(47 em 2008 e 55 em 2007).
Registou-se uma diminuição, por comparação com o ano de 2007, do número de inquéritos distribuídos
(-412) e do número de pendências (-516), tendo aumentado o número de acusações deduzidas (+60).
Foram 153 as acusações com aplicação do artigo 16º, nº 3, do Código de Processo Penal (-2 que em
2007). Verificaram-se 177 suspensões provisórias de processos ao abrigo do disposto no artigo 281º do
Distrito Judicial de Évora
Código de Processo Penal, foram seleccionados 109 processos abreviados e deduzidos 129 requerimentos
em processos sumaríssimos.
O número de processos penais distribuídos (2.487) foi superior ao do ano anterior (2.095).
Na jurisdição tutelar cível foram distribuídos 1.092 processos contra 1.023 em 2007, tendo havido um
aumento dos processos pendentes: 1.252 em Dezembro de 2008 contra 1.240 em Dezembro de 2007.
Foram ainda distribuídos 212 processos tutelares educativos/inquéritos, tendo ficado pendentes 63.
Houve um aumento de processos administrativos distribuídos (441 contra 225 em 2007) e de processos
pendentes (474 contra 341 em 2007).
Nos processos de jurisdição laboral, todos concentrados no Tribunal do Trabalho de Portimão, foram
211
distribuídos 82 processos administrativos e ficaram pendentes 69, tendo havido um acréscimo de
processos emergentes de acidentes de trabalho (249 em 2008 contra 232 em 2007).
3. OUTRAS INFORMAÇÕES
A partir dos relatórios dos procuradores e procuradores-adjuntos serão abordados neste ponto,
essencialmente, os aspectos referentes às instalações bem como às demais condições objectivas de trabalho
em que se desenvolveu a actividade do Ministério Público.
De um modo geral, o estado do parque judicial e habitacional disponíveis tem vindo a degradar-se,
mormente este último, necessitando, urgentemente, em muitos casos, que sobre eles incida um plano
de obras de conservação e reparação.
No que respeita propriamente ao Ministério Público as instalações ocupadas pelos funcionários
caracterizam-se, frequentemente, por uma evidente falta de espaço, que dificulta, quando não desvirtua,
a privacidade e o secretismo que devem envolver as diligências a realizar nos respectivos serviços.
213
Na comarca de Abrantes, cujo quadro, aliás, não esteve preenchido, seria desejável o concurso de mais
um funcionário, dado que nela se encontra instalada a procuradoria de círculo.
O quadro de magistrados é, genericamente, suficiente, embora na comarca de Ponte de Sor se esteja no
limite de tal suficiência.
No relatório referente ao ano de 2005, havia sido consignado que, a manter-se a subida de entradas
verificada nos anos de 2003, 2004 e 2005, já se estaria acima do patamar máximo do volume de
entradas ainda compatível com a prestação funcional de apenas um magistrado. Ocorre, porém, que,
nos anos de 2006, 2007 e 2008 — tal como resulta dos números indicados supra — se verificou
descida dos processos de inquérito entrados na comarca de Ponte de Sor.
A comarca de Mação continuou a ser servida por substituto do procurador-adjunto.
São boas as instalações dos tribunais judiciais das comarcas de Mértola e Serpa (inauguradas em 2000),
bem como as de Ferreira do Alentejo, Ourique, Moura e Portel.
Todavia, as instalações dos tribunais judiciais das comarcas de Ferreira do Alentejo, Ourique e Portel
ostentam debilidades decorrentes de deficiências de construção.
As obras de reparação e beneficiação do edifício do tribunal judicial da comarca de Cuba, concluídas
em Outubro de 2005, melhoraram as condições de funcionamento dos serviços, conquanto sejam
exíguas as instalações destinadas aos serviços do Ministério Público.
Por seu turno, não obstante terem ocorrido, no edifício do tribunal judicial da comarca de Beja, as
importantes obras de remodelação referidas no relatório referente ao ano de 2005 e que englobaram a
implantação de novo telhado, continuaram a verificar-se importantes infiltrações de águas pluviais.
São más as instalações do tribunal do trabalho de Beja, que se encontra instalado no edifício do Governo
Civil de Beja em condições que não asseguram a dignidade necessária ao funcionamento de um tribunal.
Em Almodôvar, o tribunal está instalado em edifício cedido pela câmara municipal, tendo a adaptação
às respectivas funções assegurado as condições mínimas de funcionamento dos serviços.
Em Beja, o quadro de funcionários dos serviços do Ministério Público é insuficiente, sendo desejável o
concurso de mais um técnico de justiça adjunto e um técnico de justiça auxiliar.
Distrito Judicial de Évora
Também no tribunal do trabalho seria desejável mais um funcionário (técnico de justiça auxiliar).
E igualmente nas comarcas de Ourique, Moura e Cuba, onde a média de processos de inquérito entrados
nos anos de 2002 a 2006 (cinco anos) foi, respectivamente, de 496, 476 e 419 inquéritos; no ano de
2007, deram, respectivamente, entrada 387, 398 e 424 inquéritos; e no ano de 2008, deram,
respectivamente, entrada 324, 377 e 440 inquéritos.
Revela-se ajustado ao volume de serviço o quadro de magistrados na generalidade das comarcas integrantes
do círculo.
Manteve-se, porém, até Setembro de 2008, a situação de prestação de serviço por substitutos de
procurador-adjunto nas comarcas de Ferreira do Alentejo e Serpa.
215
O departamento foi dirigido por um procurador da República e comporta um quadro legal de
1 procurador da República e de 3 procuradores-adjuntos, que é manifestamente insuficiente, dado
tratar-se de um departamento de investigação e acção penal distrital (tendo, nos anos de 2003, 2004,
2005, 2006, 2007 e 2008, dado entrada no distrito judicial de Évora, respectivamente, um número
global de 72.450, 76.424, 71.752, 70.703, 74.819 e 74.987 inquéritos).
Tal quadro não permite, sequer, estruturação por secções (cfr. artigo 72º, nº 1, do Estatuto do Ministério
Público), carecendo, assim, de redimensionamento (nos termos do n.º 2 da Portaria n.º 754/99, de
27 de Agosto, foram afectos ao DIAP de Évora apenas 1 procurador da República e 3 procuradores-
-adjuntos, enquanto que, por exemplo, ao DIAP de Coimbra foram afectos 2 procuradores da República
e 10 procuradores-adjuntos).
Por isso, passou o departamento a contar, após o movimento de magistrados do Ministério Público
publicado em 21 de Junho de 2004, com o concurso de mais 2 procuradores-adjuntos auxiliares, aos
quais acresceu, no ano de 2006, mais 1 procurador-adjunto auxiliar, o que também permitiu implementar
um tratamento diferenciado dos crimes de natureza sexual e de maus tratos, com distribuição dos
respectivos inquéritos a um único magistrado.
Por outro lado, não obstante se tratar de departamento de investigação e acção penal em comarca sede
de distrito judicial, ocorre que não se encontra sedeado em Évora nenhum serviço da Polícia Judiciária.
De facto, a Inspecção de Évora da Polícia Judiciária prevista em anterior Lei Orgânica da Polícia Judiciária
nunca chegou a ser instalada e a Lei Orgânica aprovada pelo Decreto-Lei n.º 275-A/2000, de 9 de
Novembro, não contemplava qualquer directoria ou departamento de investigação criminal com sede
em Évora, mas tão-só, a Directoria de Faro e os Departamentos de Investigação Criminal de Portimão
e Setúbal, tendo as comarcas que integram o círculo judicial de Évora permanecido na área territorial e
de acção da Directoria de Lisboa da Polícia Judiciária, sem que na área deste círculo judicial tenha sido
instalada qualquer extensão daquela directoria.
Por isso, houve a oportunidade de suscitar a questão da viabilidade de afectação de uma unidade orgânica
de investigação da Polícia Judiciária a este departamento, com vista a suprir a ausência de qualquer
serviço desta corporação em todo o Alentejo.
Por outro lado, não dispondo o departamento de qualquer veículo, não se mostra contemplado, no
respectivo quadro legal de funcionários, um lugar de motorista de ligeiros, anomalias que importa
suprir. De facto, a ausência de veículo afecto ao departamento é, no actual momento, a necessidade
mais premente com que o mesmo se depara.
Distrito Judicial de Évora
217
comarca com elevado volume processual (com entradas superiores a 5.000 inquéritos, desde o ano de
2000 e de 6.605 e 6.601, em 2007 e 2008, respectivamente), tem-se por adequada e necessária a criação
de um departamento de investigação e acção penal (cfr. artigo 71.º do Estatuto do Ministério Público).
Na comarca de Olhão, que comporta três juízos, deram entrada, no decurso dos anos de 2004, 2005,
2006, 2007 e 2008, respectivamente, 2.995, 2.274, 2.595, 2.830 e 2.808 processos de inquérito, o
que evidencia a desadequação do quadro de três procuradores-adjuntos. Seria, pois, desejável que tal
quadro fosse aumentado para quatro procuradores-adjuntos.
E nas comarcas de Tavira e Vila Real de Santo António seria desejável que o quadro de procuradores-
-adjuntos, que é de dois, fosse aumentado para três.
As instalações do tribunal de Albufeira são insuficientes, mas beneficiaram de obras no decurso do ano
de 2007, as quais permitiram solucionar o problema de instalação dos serviços do Ministério Público.
Seriam adequadas — se completamente utilizadas — as instalações do tribunal de Loulé, as quais,
todavia, apesar de recentes, apresentam problemas estruturais cuja gravidade se vem progressivamente
acentuando, ostentando fissuras e continuando a registar-se infiltração de águas pluviais, situação que se
agravou nos anos de 2006, 2007 e 2008, com extrema degradação das paredes do rés-do-chão do
edifício. O que torna premente a realização de obras de reparação, que também permitiriam a utilização
do espaço ora degradado.
No círculo judicial de Loulé, onde vêm funcionando dois tribunais colectivos e onde, nos anos de
2004, 2005, 2006, 2007 e 2008, deram entrada, respectivamente, 13.579, 11.746, 11.375, 10.833 e
11.574 processos de inquérito, é insuficiente o número de procuradores da República — apenas um —,
crendo-se que o quadro legal de procuradores da República no círculo judicial de Loulé deveria ser
aumentado para duas unidades (sem levar em conta a questão da criação de um departamento de
investigação e acção penal).
Na comarca de Loulé, que é, desde 15 de Setembro de 2001, sede do novo círculo judicial de Loulé,
seria desejável que o quadro de funcionários dos serviços do Ministério Público fosse aumentado em
dois técnicos de justiça auxiliares. Nesta comarca, onde existe um juiz de direito afecto, em exclusividade,
à instrução criminal, o quadro de 9 magistrados do Ministério Público era ainda adequado face ao
volume processual registado em 2003 (ano em que deram entrada 5.430 processos de inquérito), mas
o volume processual registado nos anos de 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008, com 7.108, 6.624, 6.083,
Distrito Judicial de Évora
Estão bem instalados, em edifícios próprios tipo “palácio da justiça”, os tribunais judiciais das comarcas
de Elvas, Fronteira, Nisa e Portalegre, tendo melhorado consideravelmente a instalação dos serviços do
Ministério Público neste último tribunal, com a saída dos serviços dos registos e notariado, já que
passaram a ocupar as antigas instalações do cartório notarial (embora funcione como arquivo daqueles
serviços uma cela situada na cave do edifício cuja humidade desaconselha tal afectação).
Está razoavelmente instalado em edifício próprio o tribunal de Castelo de Vide.
Está insatisfatoriamente instalado o tribunal da Comarca de Avis, que possui instalações exíguas e
inadequadas, que não asseguram a dignidade necessária ao funcionamento de um tribunal.
O tribunal do trabalho está instalado, desde 1999, num edifício de apartamentos, dispondo das necessárias
condições de funcionalidade.
Quanto a magistrados, os quadros são genericamente adequados. Todavia, relativamente à comarca de
Elvas, comarca fronteiriça onde, nos últimos seis anos, deram entrada 1.437, 1.520, 1.405, 1.240,
1.316 e 1.249 inquéritos e onde, no ano de 2008, foram distribuídos 229 processos crimes sumários,
é susceptível de se colocar a questão da necessidade do aumento do respectivo quadro em mais um
procurador-adjunto.
Os quadros de funcionários estão bem dimensionados nas comarcas de Avis, Castelo de Vide, Fronteira
e Nisa.
Na comarca de Elvas, a natureza, a dificuldade e o volume de serviço impõem a existência de secção
central e uma secção de processos (à semelhança do que acontece na comarca de Portalegre). E na
comarca de Portalegre, sede do círculo, seria desejável o aumento do quadro de funcionários dos serviços
do Ministério Público em mais um técnico de justiça adjunto.
Seria desejável que o quadro dos serviços do Ministério Público no tribunal do trabalho de Portalegre
fosse aumentado por forma a compreender um técnico de justiça adjunto e um técnico de justiça
auxiliar.
Distrito Judicial de Évora
CÍRCULO JUDICIAL DE PORTIMÃO
219
O tribunal judicial da comarca de Silves, que ocupa, desde Novembro de 2005, um edifício novo,
encontra-se agora bem instalado. Todavia, já nele se mostram necessárias obras de conservação.
O quadro de funcionários dos serviços do Ministério Público em Portimão (excluindo o tribunal do
trabalho) foi aumentado de 8 para 14 unidades pela Portaria n.º 467-A/99, de 28 de Junho. Todavia,
contrariamente ao que sucede na comarca de Faro, tendo sido instalado em 15 de Setembro de 1999 o
tribunal de família e de menores de Portimão, tal quadro engloba duas unidades para este último
tribunal, pelo que, atenta a circunstância de ser de 4 o quadro de procuradores da República no Círculo
Judicial de Portimão, consignou-se, no relatório anual referente ao ano de 1999, que seria desejável o
aumento do quadro de funcionários por forma a manter paralelismo com a comarca de Faro. Ora, pela
Portaria n.º 721-A/2000, de 5 de Setembro, foi o supra mencionado quadro aumentado de 14 para
16 unidades.
Seria, porém, desejável que os serviços do Ministério Público na comarca estivessem dotados, tal como
acontece na comarca de Faro, de uma secretaria, a qual, seria igualmente desejável que tivesse uma
secção central e duas secções de processos, com o seguinte quadro de funcionários: 1 secretário de
justiça, 2 técnicos de justiça principais, 8 técnicos de justiça adjuntos e 9 técnicos de justiça auxiliares.
O quadro de funcionários nos serviços do Ministério Público junto do tribunal do trabalho de Portimão
foi, pela Portaria n.º 721-A/2000, reduzido de 3 para 2 unidades. Seria, todavia, desejável que
compreendesse 1 técnico de justiça adjunto e 2 técnicos de justiça auxiliares.
Na comarca de Lagos, o quadro de funcionários — de 6 unidades — é manifestamente insuficiente,
sendo certo que deram entrada nesta comarca, nos anos de 2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008,
respectivamente, 3.970, 3.726, 3.445, 3.431, 3.078 e 3.101 processos de inquérito e nela se têm
registado as mais graves situações de acumulação de serviço, sendo necessário o aumento do respectivo
quadro, sem prejuízo das medidas de reforço que permitam evitar uma situação de completa ruptura.
Na comarca de Silves, o quadro de funcionários — de 4 unidades — é, igualmente, insuficiente, tendo em
consideração o número de processos de inquérito entrados, que foi de 1.786 em 2003, de 1.978 em 2004,
de 1.907 em 2005, de 1.932 em 2006 e já de 2.188 e 2.250, nos anos de 2007 e 2008, respectivamente.
Seria desejável que dispusesse de uma secção central e uma secção de processos com a seguinte
composição: 1 técnico de justiça principal, 2 técnicos de justiça adjuntos e 3 técnicos de justiça auxiliares.
Na comarca de Monchique o quadro de funcionários mostra-se preenchido e é suficiente.
No círculo judicial de Portimão, onde entraram, nos últimos seis anos, 12.513, 12.621, 11.738, 11.828,
12.666 e 12.254 (ano de 2008) processos de inquérito, é insuficiente o número de procuradores da
República, crendo-se que o respectivo quadro legal deveria ser aumentado de 4 para 6.
Distrito Judicial de Évora
Na comarca de Portimão, onde nos últimos seis anos deram entrada 6.572, 6.737, 6.236, 6.328,
7.270 e 6.715 (ano de 2008) processos de inquérito, sendo certo existir um juiz de direito afecto, em
exclusividade, à instrução criminal, seria desejável que o quadro de procuradores-adjuntos, que é de 8,
fosse aumentado em 2 unidades. Aliás, tratando-se de comarca com elevado volume processual (registou
nos anos de 2003, 2004, 2005, 2006 e 2008 entradas superiores a 6.000 inquéritos, tendo nela dado
entrada, no ano de 2007, 7.270 inquéritos), tem-se por particularmente adequada e necessária a criação
de um departamento de investigação e acção penal (cfr. artigo 71.º do Estatuto do Ministério Público).
Na comarca de Silves, atentos o volume de processos de inquérito entrados (já assinalado) e a circunstância
de lhe estar agregada a comarca de Monchique, seria desejável que o quadro de procuradores-adjuntos,
que é de 2, fosse aumentado para 3.
Os tribunais judiciais das comarcas de Cartaxo e Santarém, conquanto instalados em edifícios próprios,
tipo “palácio da justiça”, vêm-se progressivamente debatendo com carências de espaço, sendo certo que
na comarca do Cartaxo apenas existe uma sala de audiências e continuam a registar-se problemas de
infiltrações de águas pluviais. Aliás, ambos os edifícios carecem de obras, ostentando já o edifício de
Santarém fissuras ao nível da fachada principal e registando também já problemas de infiltrações de
águas pluviais.
São satisfatórias as instalações do tribunal do trabalho de Santarém.
Inauguradas em Setembro de 2000, as instalações do tribunal judicial da comarca de Coruche
consubstanciam um espaço perfeitamente adequado e funcional.
O tribunal judicial da comarca de Almeirim foi instalado em 1 de Fevereiro de 2001 em edifício antes
afecto à Guarda Nacional Republicana e para o efeito adaptado, sendo que as suas instalações se vêm
tornando exíguas e carentes de obras de conservação.
O quadro de funcionários dos serviços do Ministério Público na comarca de Santarém, onde se encontra
instalada a procuradoria de círculo e, nos últimos seis anos, deram entrada 3.039, 3.031, 2.793, 2.808,
2.822 e 2.885 (ano de 2008) processos de inquérito é já desadequado, sendo desejável o aumento em
1 unidade (técnico de justiça auxiliar). Este quadro continuou a não se mostrar preenchido, mantendo-
-se, no decurso do ano de 2008, a falta de preenchimento de 2 lugares de técnico de justiça auxiliar
assinalada no anterior relatório. Aliás, a situação agravou-se já no decurso do corrente ano, com o
destacamento para outra comarca de uma técnica de justiça auxiliar, passando a comarca de Santarém a
contar com o concurso de apenas 7 funcionários (sendo o respectivo quadro legal de 10).
O quadro dos serviços do Ministério Público junto do tribunal do trabalho de Santarém é igualmente
insuficiente para fazer face ao volume de serviço, sendo desejável o seu aumento em mais uma unidade
(técnico de justiça auxiliar).
Distrito Judicial de Évora
221
na comarca, em 2002, 1.934 inquéritos (ou seja, 967 inquéritos por magistrado), em 2003, 1.725
inquéritos (862 inquéritos por magistrado) e, em 2004, 1.905 inquéritos (952 inquéritos por
magistrado), o que evidencia a necessidade de o quadro passar a ser de 3 procuradores-adjuntos. Sendo
certo que, nos anos de 2005, 2006, 2007 e 2008, deram entrada na comarca, respectivamente, 1.854,
2.166, 1.872 e 2.029 processos de inquérito.
Na comarca de Almeirim, onde desde 1 de Fevereiro de 2001 (data da instalação) e até ao final do ano,
deram entrada 694 processos de inquérito, no ano de 2002 deram entrada 847 inquéritos, em 2003,
870 inquéritos, em 2004, 946 inquéritos, em 2005, 1.059 inquéritos, em 2006, 1.321 inquéritos, em
2007, 1.429 inquéritos e em 2008, 1.353 inquéritos, mostra-se necessário o aumento do quadro de
procuradores-adjuntos de 1 para 2.
Por seu turno, na comarca de Santarém, sendo certo existir um juiz de direito afecto, em exclusividade,
à instrução criminal, seria desejável que o quadro de procuradores-adjuntos, fosse ampliado de 6 para 7.
Os tribunais deste círculo judicial encontram-se instalados em edifícios do tipo “palácio de justiça”.
No mês de Dezembro de 2008, os referidos edifícios começaram a ser alvo de obras de remodelação e
ampliação, tendo em vista a instalação da comarca piloto do Alentejo Litoral.
O quadro de funcionários de Santiago do Cacém comporta 1 lugar de técnico de justiça adjunto para o
tribunal do trabalho, que, todavia, ainda não foi instalado, tornando-se tal unidade essencial para os
serviços do Ministério Público junto do tribunal de comarca, que continua a deter competência laboral
e, tendo em consideração as exigências do serviço de apoio aos 2 procuradores da República, bem como
o número de processos de inquérito entrados no ano de 2007, que foi de 1.606, sendo a média de
processos de inquérito entrados nos anos de 2003 a 2007 (cinco anos) de 1.618 inquéritos, seria desejável
o aumento desse quadro em, pelo menos, mais uma unidade.
Na comarca de Odemira, onde nos anos de 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007 (ano em que, por
dificuldades anormais do serviço, apenas foi registado um processo de inquérito no mês de Dezembro)
deram, respectivamente, entrada, 1.072, 1.043, 993, 987 e 897 processos de inquérito, seria desejável
o aumento do quadro de funcionários em mais uma unidade — técnico de justiça auxiliar.
Na comarca de Grândola, que, tal como as demais comarcas do círculo, detém competência laboral,
em cuja área se situa o Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz e onde deram entrada, nos anos
de 2004, 2005, 2006 e 2007, respectivamente, 712, 781, 893 e 828 processos de inquérito, já se coloca
Distrito Judicial de Évora
223
O quadro de funcionários nos serviços do Ministério Público junto do tribunal do trabalho de Setúbal
é de 3 unidades.
No tribunal de família e menores, que comporta dois juízos, é insuficiente o número de procuradores
da República — apenas um — e de funcionários — dois —, crendo-se que o quadro dos serviços do
Ministério Público junto daquele tribunal deveria ser de 2 técnicos de justiça adjuntos e de 2 técnicos
de justiça auxiliares.
Por outro lado, o número de entradas anuais de processos de inquérito verificado nos anos de 2002,
2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008 — respectivamente, 9.089, 8.818, 9.928, 9.041, 8.911, 11.748
e 11.572 —, torna premente a criação de um departamento de investigação e acção penal na comarca de
Setúbal, sendo certo que nesse sentido foi apresentada proposta ao Conselho Superior do Ministério
Público, o qual, em sua sessão de 3 de Novembro de 1999, deliberou propor ao Ministro da Justiça a
criação e instalação desse departamento.
É desejável que o quadro de procuradores da República seja ampliado para 6 e o quadro de procuradores-
-adjuntos seja ampliado para 14 magistrados (a comarca de Setúbal compreende 1 vara com competência
mista cível e criminal com um quadro de 4 juízes, 4 juízos cíveis e 3 juízos criminais, existindo igualmente
juiz de direito afecto, em exclusividade, à instrução criminal).
Naquela vara estão colocados 6 juízes de direito (sendo 2 auxiliares para além do quadro), no tribunal
de família e de menores estão colocados 3 juízes de direito (sendo 1 auxiliar para além do quadro), no
tribunal do trabalho estão colocados 2 juízes de direito (sendo 1 auxiliar para além do quadro) e nos
3 juízos criminais estão colocados 4 juízes de direito (sendo 1 auxiliar para além do quadro), o que
postula a correspondente existência de magistrados do Ministério Público auxiliares.
Por outro lado, seria desejável que a secretaria dos serviços do Ministério Público do tribunal da comarca
de Setúbal dispusesse de uma secção central e três secções de processos com a seguinte composição:
1 secretário de justiça, 3 técnicos de justiça principais, 13 técnicos de justiça adjuntos e 15 técnicos de
justiça auxiliares.
Tal como se consignou no anterior relatório, entende-se que podia ter sido feito mais e melhor, caso as
condições de trabalho tivessem sido mais propícias.
E, tal como igualmente se consignou no anterior relatório, relativamente à função da magistratura do
Distrito Judicial de Évora
Ministério Público, esta não se esgota, em sede de inquérito, no despacho final de acusação ou de
arquivamento.
O nosso sistema processual penal, ao atribuir ao Ministério Público a direcção do inquérito, comete-
-lhe uma responsabilidade que se projecta, não apenas no resultado final, mas também na própria
investigação criminal, exigindo-lhe uma capacidade interventiva que nem sempre se afirma. Circunstância
que está ligada ao grande volume de serviço a cargo dos magistrados e à preocupação de apresentarem
estatísticas positivas, em termos de pendências, sacrificando os níveis de eficácia do sistema.
É absolutamente necessário redimensionar o quadro de magistrados em função da exigência, do tipo e
do volume de serviço de cada comarca, ponderando devidamente todas as atribuições do Ministério
Público e privilegiando-as do mesmo modo.
225
VI — TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS
Preâmbulo
Inclui-se neste capítulo a informação relacionada com a actividade e movimento processual dos Tribunais
Centrais Administrativos Norte e Sul (secções de contencioso administrativo e tributário) e Tribunais
Administrativos e Fiscais (TAF’s).
O movimento processual destes tribunais vai também incluído na parte final do relatório.
Introdução
O Tribunal Central Administrativo Norte (TCAN), com sede no Porto, resultou do desdobramento
do Tribunal Central Administrativo, operado pelo Decreto-Lei nº 325/2003, de 29 de Dezembro,
abrangendo o conjunto das áreas de jurisdição atribuídas aos tribunais administrativos e tributários de
Braga, Coimbra, Mirandela, Penafiel, Porto e Viseu.
Visou o legislador com a sua criação responder ao previsível crescimento do volume de processos do
Tribunal Central Administrativo, transformado em tribunal de segunda instância da jurisdição
administrativa e fiscal para todos os tipos de processos, pelo novo ETAF, aprovado pela Lei
nº 13/2002, de 19 de Fevereiro, e alterado pelas Leis nos 4-A/2003, de 19 de Fevereiro, e 107-D/2003,
de 31 de Dezembro, que entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2004.
Foi declarado instalado a partir de 1 de Janeiro de 2004 pela Portaria nº 1418/2003, de 30 de Dezembro.
1. GENERALIDADES
a) Instalações
O Tribunal Central Administrativo Norte funciona nas instalações do extinto Tribunal Administrativo
de Círculo do Porto, apesar do legislador ter determinado que aí deveria funcionar o 1º juízo liquidatário
do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto — artigo 2º, nº 3, da Portaria nº 1418/2003, de 30 de
Dezembro.
Trata-se de uma antiga moradia adaptada ao funcionamento do extinto TAC do Porto e que foi sujeita,
em 2006, a obras de remodelação que levou ao desdobramento de alguns gabinetes e à ocupação de
todo o espaço disponível. Mesmo assim, foi impossível a atribuição de gabinetes individuais a todos os
magistrados.
227
b) Quadro de magistrados e distribuição de serviço
O quadro de juízes deste tribunal, fixado pela Portaria nº 2-A/2004, de 5 de Janeiro, está totalmente
preenchido, estando, porém, um juiz do contencioso administrativo destacado no TCAS.
O quadro de magistrados do Ministério Público no TCAN, igualmente fixado pela Portaria 2-A/2004,
de 5 de Janeiro, está igualmente preenchido, comportando 9 procuradores-gerais adjuntos, 5 no
contencioso administrativo, 3 no tributário e 1 com funções de coordenação.
No entanto, em Junho de 2006 um dos magistrados do contencioso administrativo foi nomeado pelo
Conselho Superior do Ministério Público para o exercício de outras funções e, a partir de 18 de Setembro
de 2008, um dos magistrados do contencioso tributário entrou de baixa prolongada por doença, pelo
que o quadro apenas formalmente se mostra preenchido, tendo funcionado desde 2006 com menos
um magistrado e no último trimestre de 2008 com menos dois.
c) Funcionários
O quadro de funcionários, aprovado pela Portaria nº 1634/07, de 31 de Dezembro, ainda não se mostra
preenchido na totalidade, por insuficiência de dotação orçamental, continuando em regime de destacamento
9 funcionários, nos quais se inclui a técnica de justiça auxiliar afecta ao serviço do Ministério Público.
O serviço foi assegurado por 1 secretário de tribunal superior, 1 técnico superior de 2ª classe, 1 escrivão
de direito, 4 escrivães adjuntos, 7 escrivães auxiliares, 2 técnicos de justiça auxiliares, 2 assistentes
administrativos e 1 motorista.
O apoio informático foi dado por um técnico do ITIJ, sedeado no TAF do Porto.
d) Movimento Processual
movimentados 498 processos administrativos (373 vindos do ano anterior e 125 entrados no ano),
findaram 130 e ficaram pendentes 368 para o ano de 2009.
Na secção do contencioso tributário entraram 600 recursos jurisdicionais em 2008 (684 vindos de
2007, o que totaliza 1.284), findaram 519 e ficaram pendentes para o ano seguinte 765. Deram, ainda,
entrada 5 acções administrativas especiais (8 vindas do ano anterior, o que totaliza 13), tendo ficado
pendentes para o ano seguinte 12; entraram 8 processos cautelares, dos quais transitou 1 para 2009;
deram entrada 6 recursos de contra-ordenações (12 vindos de 2007, o que totaliza 18), tendo findado
4 e ficado pendentes 14; findou 1 outro processo entrado em 2008.
2. ÁREA PROCESSUAL
3. ÁREA ADMINISTRATIVA
1. Generalidades
229
Com excepção do TAF de Braga, mostra-se igualmente preenchido o quadro de pessoal das unidades de
apoio ao Ministério Público, estabelecido na referida portaria de 2008.
No que respeita às instalações, elas mostram-se satisfatórias, apesar de algumas deficiências que adiante
se especificarão.
a) TAF do Porto
Na Unidade Orgânica 1 pendem 123 processos administrativos, dos quais 88 acompanham acções em
que o Estado é parte e 35 encontram-se em fase de instrução. No decurso do ano de 2008 foram
contestadas 15 acções interpostas contra o Estado, tendo o Ministério Público interposto 2 acções em
representação do Estado. Foram interpostos pelo Ministério Público 2 recursos jurisdicionais com a
elaboração das pertinentes alegações e produzida 1 contra-alegação.
No contencioso tributário exercem funções três magistrados do Ministério Público, sendo oito os
juízes colocados nesse contencioso. Embora a Portaria nº 1634/2007, de 31 de Dezembro, tenha previsto
a colocação de dois procuradores da República no juízo liquidatário, esses lugares nunca foram preenchidos.
O enorme desequilíbrio entre o número de juízes e de procuradores, teve como consequência directa e
necessária, um grande acréscimo de serviço para estes últimos, pelo que urge reforçar o quadro, sob
pena do Ministério Público não conseguir dar resposta em tempo útil às variadas situações em que é
chamado a intervir.
No ano de 2008 entraram 1906 processos, menos 9 do que no ano anterior, de onde se conclui ser
estável, embora a um nível elevado, a litigiosidade nesta área. De salientar ainda o aumento da pendência
b) TAF de Coimbra
231
De salientar também que, quanto a processos vindos do extinto 1º Juízo Liquidatário, a pendência
processual é ainda muito grande, o que constitui uma sobrecarga da secção de processos.
Em 2008, entraram no contencioso administrativo 489 novos processos, ou seja, mais 64 do que no
ano passado. Nos processos antigos (LPTA) a pendência diminuiu significativamente, embora ainda
continue elevada. Contudo grande parte dos processos têm já decisão, aguardando pelo julgamento de
recursos ou pelo pagamento das custas. No que respeita a processos instaurados depois de 1 de Janeiro
de 2004, aumentou bastante (201), pelas razões já referidas decorrentes da falta de magistrados judiciais
e duplicação do serviço dos funcionários, o que torna premente o reforço dos respectivos quadros.
O Ministério Público propôs 1 acção para declaração de perda de mandato e 1 acção administrativa
especial, foram contestadas 9 acções comuns em representação do Estado, interposta 1 execução de
julgado em recurso contencioso de anulação, 1 recurso jurisdicional em acção em que o Estado é parte
e 2 recursos para o Tribunal Constitucional. Foram produzidas 3 contra-alegações em acções e recursos
contenciosos e 1 resposta a uma reclamação do não recebimento de um recurso jurisdicional, produzidas
alegações de direito em 6 acções e recursos contenciosos, apresentada resposta a 1 excepção suscitada em
acção administrativa especial interposta pelo Ministério Público e apresentado um articulado
superveniente numa outra acção administrativa especial instaurada pelo Ministério Público.
O Ministério Público emitiu 83 pareceres nos termos dos artigos 53.º e 54.º da LPTA e interveio em
23 acções nos termos do artigo 85.º do CPTA.
Deram entrada 43 processos administrativos, foram arquivados 34 e ficaram pendentes 102.
Dos processos instaurados, 14 destinam-se à recolha de elementos para permitir a intervenção do
Ministério Público nos termos do artigo 85º do CPTA, 8 a acompanhar acções administrativas comuns
em que o Estado é parte e, os restantes, à recolha de elementos para apreciação de queixas apresentadas
por particulares e ao acompanhamento de expediente vindo da IGAL e de outras entidades com vista à
interposição de acções administrativas especiais e acções para declaração de perda de mandato.
Dos 36 processos administrativos pendentes vindos do extinto 1º. Juízo Liquidatário, 23 acompanham
acções ordinárias em que o Estado é parte, ou execuções do decidido nas mesmas acções, e os restantes
13 acompanham recursos contenciosos ou execuções do julgado nos mesmos recursos. Por isso, tendo
em conta os atrasos já assinalados, esta pendência é normal.
É também normal a pendência de 102 processos administrativos, instaurados depois de 1 de Janeiro de
Tribunais Administrativos e Fiscais
2004, pois, destes, 56 processos acompanham acções para os efeitos do artigo 85º do CPTA, 15 acções
administrativas especiais interpostas pelo Ministério Público e 23 acompanham acções comuns em que
o Estado é parte ou execuções instauradas por apenso a estas acções.
No ano de 2008 entraram no contencioso tributário 666 processos, findaram 880 e ficaram pendentes
2944, o que se traduz numa pequena melhoria em relação ao ano passado: menos 214 processos.
Desses, um número elevado, 1228, vieram do extinto Tribunal Tributário.
Foram emitidos 966 pareceres neste contencioso, interpostos 6 recursos e feitas 161 intervenções
processuais. Foi instaurado 1 processo administrativo.
c) TAF de Braga
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga está instalado, desde 1 de Janeiro de 2004, num edifício
de cinco andares pertencente aos Serviços Sociais do Ministério da Justiça, concebido inicialmente para
habitação dos magistrados de Braga.
233
o ano passado. Os magistrados deram 1300 pareceres, interpuseram 54 recursos, apresentaram 5 contra-
-alegações e tiveram intervenções em 48 processos.
d) TAF de Viseu
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu foi instalado em 1 de Janeiro de 2004 com jurisdição
numa vasta área territorial, compreendendo 42 concelhos, incluindo os pertencentes ao distrito de
Aveiro. Está instalado no antigo Palácio da Justiça da cidade de Viseu, edifício onde igualmente se
encontra instalado o Tribunal do Trabalho. As instalações encontram-se em bom estado e são funcionais.
A representação do Ministério Público esteve a cargo de 4 procuradores da República, 2 em cada
contencioso.
Através do Decreto-Lei nº 182/2007, de 9 de Maio, foi criado o Tribunal Administrativo e Fiscal de
Aveiro que englobou os concelhos do distrito de Aveiro. Este novo tribunal foi declarado instalado
através do nº 1 do artigo 3º da Portaria nº 874/2008, de 14 de Agosto, com efeitos a 5 de Janeiro de
2009. Entretanto a data da instalação foi alterada para o dia 14 de Abril de 2009, em conformidade
com a Portaria nº 1553-B/2008, de 31 de Dezembro. Até àquela data, a entrada e movimentação de
todos os processos da jurisdição do TAF de Aveiro, continua a ser efectuada no TAF de Viseu.
O Conselho Superior da Magistratura já nomeou os magistrados judiciais que irão exercer funções em
Aveiro, os quais estão transitoriamente colocados no TAF de Viseu, onde têm trabalhado. O mesmo
não aconteceu com o Conselho Superior do Ministério Público que mantém os mesmos magistrados
até à instalação do tribunal de Aveiro. A partir de então e por força dos novos quadros do Ministério
Público fixados na Portaria nº 874/2008, Viseu vê reduzido o seu número para metade, com efeitos a
partir da instalação do TAF de Aveiro.
O serviço do Ministério Público é assegurado por uma funcionária, mostrando-se assim ultrapassados
todos os problemas relativos à não existência de funcionário referidos em relatórios de anos anteriores.
No contencioso administrativo entraram 458 processos, findaram 580 e passaram para o ano seguinte
977. O Ministério Público fez 3 intervenções ao abrigo do artigo 85º do CPTA, contestou 9 acções,
propôs 14, interpôs 6 recursos e contra-alegou noutro. Foram registados 53 processos administrativos,
Tribunais Administrativos e Fiscais
e) TAF de Penafiel
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel está instalado, desde 1 de Janeiro de 2004, nas antigas
instalações de um banco, na Praça do Município, é constituído por cinco pisos e alberga a totalidade
dos serviços do TAF de Penafiel. Está prevista a efectivação de obras neste TAF (a financiar pela Câmara
Municipal de Penafiel), visando criar uma nova sala de audiências, novos acessos do público e mais
gabinetes para magistrados.
O quadro de magistrados judiciais, fixado pela Portaria nº 2-A/2004, de 5 de Janeiro, é de 6 juízes no
contencioso administrativo (só 3 preenchidos) e 2 no contencioso tributário. A partir de Maio de
f ) TAF de Mirandela
O tribunal está instalado, desde 1 de Janeiro de 2004, nas antigas instalações de uma agência bancária
do BNU, estando em razoáveis condições de conservação, com gabinetes individuais para todos os
magistrados, pese embora algumas deficiências, designadamente na sala de audiências, a falta de bancada
para o Ministério Público, más condições acústicas e mobiliário inadequado.
O quadro comporta 2 magistrados judiciais, estando preenchido. No decurso do ano de 2007 foi
destacado mais um vindo do TAF de Penafiel. Os três magistrados judiciais estão, paulatinamente, a
debelar os atrasos e a eliminar as elevadas pendências.
Neste tribunal as funções do Ministério Público são exercidas por um único magistrado. No quadro
2. Actividade desenvolvida
O trabalho do Ministério Público tem-se desenvolvido com normalidade, apesar do grande volume de
serviço, sobretudo na área fiscal, onde o movimento processual atinge níveis elevados, conforme se
alcança da análise dos respectivos mapas.
235
A maior pendência para 2009 continua a registar-se no Tributário do Porto com 8.604 processos, logo
seguida pelo de Viseu que regista 7.190.
Com menor pendência seguem-se Coimbra, Braga, Penafiel e Mirandela com 2.944, 1.859, 776 e 281
processos pendentes para 2009, respectivamente.
Verificou-se uma diminuição da pendência no tributário em todos os tribunais com excepção do Porto
e Viseu onde a mesma se agravou.
Contrariamente, no contencioso administrativo, a pendência aumentou em todos os tribunais, tendo
quase duplicado no Porto. Apenas em Mirandela desceu ligeiramente, passando de 495 para 479
pendentes em 2009.
O Executivo prepara um conjunto de medidas legislativas para a modernização da justiça tributária que
se espera vir a dar resposta à enorme pendência que se verifica nesta área.
Com efeito, é imperioso que nesta área se avance para o reforço de meios humanos e materiais para a
contenção razoável das pendências, dando o impulso necessário ao regular funcionamento deste
contencioso.
Seria importante que o Ministério Público pudesse contar com a ajuda de peritos em determinadas
áreas, nomeadamente, urbanismo, ambiente, ordenamento do território, bem como em matéria fiscal
e contabilística, dado que se trata de matérias altamente especializadas que exigem conhecimentos técnicos
específicos.
Por último, será de ponderar a atribuição legal expressa de coercibilidade aos pedidos de documentação
e informação do Ministério Público às entidades e organismos públicos de forma a permitir o cabal
exercício das suas funções neste contencioso.
Tribunais Administrativos e Fiscais
Nota prévia
O presente Relatório de Actividades relativo ao ano de 2008 é elaborado com base nos elementos
obtidos de relatórios anteriores, de elementos documentais existentes e que foi possível coligir, bem
como de elementos fornecidos pelos Tribunais Administrativos e Fiscais integrados na jurisdição do
Tribunal Central Administrativo do Sul. O signatário — que tomou posse como coordenador em 26
de Fevereiro de 2009 — não tem ainda uma visão integrada do trabalho que foi desenvolvido no
decurso de 2008 e das carências ao nível dos Tribunais, que serão objecto do presente relatório.
Este aspecto, de particular relevância, deve ser considerado na leitura e abordagem do presente Relatório,
em especial se forem detectadas imprecisões que pressuponham um especial contacto com algumas
situações, que exijam um conhecimento mais aprofundado da realidade no decurso do ano de 2008.
Introdução
O Tribunal Central Administrativo Sul, criado pelo novo ETAF — aprovado pela Lei n.º 13/2002, de
19 de Dezembro, alterada pelas Leis n.os 4-A/2003, de 19 de Fevereiro, e 107-D/2003, de 31 de
Dezembro —, compreende duas secções (uma de contencioso administrativo e outra de contencioso
tributário) e foi declarado instalado a partir de 1 de Janeiro de 2004 pela Portaria n.º 1418/2003, de 30
de Dezembro.
Resultou do desdobramento do Tribunal Central Administrativo, que foi convertido num seu juízo
liquidatário — o 1.º Juízo Liquidatário do Tribunal Central Administrativo Sul — (cfr. artigos 8.º,
n.os 2 e 3, do Decreto-Lei n.º 325/2003, de 29 de Dezembro, 2.º, n.º 1, alínea a), da Portaria n.º 1418/
2003, de 30 de Dezembro, e 2.º, n.º 1, da Lei n.º 107-D/2003, de 31 de Dezembro).
Importa, aliás, assinalar, no que concerne ao 1.º Juízo Liquidatário do TCA Sul, a significativa pendência
processual em 31 de Dezembro de 2003. Na verdade, como se deu conta em anteriores relatórios
anuais, o Tribunal Central Administrativo, desde a sua instalação em 1997, vinha recebendo, anualmente,
Verifica-se que a pendência processual no 1.º Juízo Liquidatário do Tribunal Central Administrativo
Sul, apesar de continuar a merecer alguma atenção, diminuiu em quase 50% em relação ao ano de
2007. Efectivamente, em relação aos 676 processos pendentes em Dezembro de 2007, verificou-se que
findaram 301 processos, pelo que se mantêm pendentes, em 31 de Dezembro de 2008, 375 processos.
A área de jurisdição do Tribunal Central Administrativo Sul abrange — por força das alterações
introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 182/2007, de 9 de Maio, ao artigo 2.º, n.º 2, do Decreto-Lei
n.º 325/2003, de 29 de Dezembro —, o conjunto dos Tribunais Administrativos de Círculo e Tributários
de Almada, Beja, Castelo Branco, Funchal, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Ponta Delgada e Sintra. O
Decreto-Lei n.º 182/2007 apresentou um programa de acção que visava a «modernização da justiça
tributária tendo criado, nomeadamente, seis juízos liquidatários» (3 dos quais na área de jurisdição do
TCA Sul — Lisboa, TAF de Leiria e TAF de Sintra).
Na sequência daquele decreto-lei, a Portaria n.º 1634/2007, de 31 de Dezembro, aprovou o quadro
237
dos magistrados do Ministério Público nos respectivos juízos liquidatários (2 procuradores em Lisboa,
1 no TAF de Leiria e 1 no TAF de Sintra). Por seu turno, a Portaria n.º 874/2008, de 14 de Agosto, fixou
os quadros dos magistrados dos tribunais administrativos e fiscais e declarou instalados, com efeitos a
partir de 1 de Setembro de 2008, os juízos liquidatários criados pelo Decreto-Lei n.º 182/2007.
1. Generalidades
a) Instalações
O Tribunal Central Administrativo Sul tem sede em Lisboa (artigos 31.º, n.º 1, do ETAF, e 8.º, n.º 1,
do Decreto-Lei n.º 325/2003, de 29 de Dezembro), continuando instalado no edifício com o n.º 241
da Rua da Beneficência (antigas instalações do TCA).
No que toca ao Ministério Público, além do gabinete do coordenador, existem quatro gabinetes
individuais e quatro gabinetes duplos, embora um destes se situe no sótão, ao lado do serviço de PBX.
O quadro de juízes do TCA Sul é o que consta do mapa II anexo à Portaria n.º 2-A/2004, de 5 de
Janeiro, ou seja, o presidente, 10 juízes na Secção de Contencioso Administrativo e 8 juízes na Secção
de Contencioso Tributário.
Porém, em 22 de Dezembro de 2008, desempenhavam funções, na Secção de Contencioso
Administrativo, 11 juízes e, na Secção de Contencioso Tributário, 6 juízes. A partir de 22 de Dezembro
de 2008 passaram a desempenhar funções 9 juízes na Secção de Contencioso Administrativo e 8 na
Secção de Contencioso Tributário.
O quadro de magistrados do Ministério Público no TCA Sul é o que consta do Mapa III anexo à
Portaria n.º 2-A/2004, de 5 de Janeiro, isto é, o procurador-geral adjunto coordenador, 5 procuradores-
-gerais adjuntos na Secção de Contencioso Administrativo e 4 procuradores-gerais adjuntos na Secção
de Contencioso Tributário.
Tribunais Administrativos e Fiscais
c) Funcionários
Além do secretário de tribunal superior e da secretária de justiça, prestaram serviço na secção central: 1
escrivão de direito, 2 escrivães-adjuntos, 1 escrivão auxiliar e 2 assistentes administrativas principais.
d) Movimento processual
O movimento processual é o constante dos mapas anexos, devendo registar-se que continua a verificar-
-se — tal como já tinha sido salientado no relatório anterior — o aumento de processos entrados
(2.º Juízo do TCA Sul), desde a entrada em vigor da reforma do contencioso administrativo.
Na Secção de Contencioso Administrativo (1º Juízo), o movimento processual foi o seguinte: num
total de 113 recursos jurisdicionais não urgentes, vindos do ano anterior, findaram 53 e ficaram pendentes
60; vieram do ano anterior 551 recursos contenciosos, findaram 242 e ficaram pendentes 309; vieram
do ano transacto 11 pedidos de declaração de ilegalidade de normas, findaram 5 e ficaram pendentes 6;
um outro processo transitado do ano de 2007 foi findo, não havendo pendência desta espécie para
2009.
Na Secção de Contencioso Tributário (1º Juízo) verificou-se o seguinte movimento processual: vieram
239
No 2º Juízo da Secção de Contencioso Tributário entraram 530 recursos jurisdicionais, os quais acrescem
aos 347 vindos do ano anterior, findaram 411 e ficaram pendentes 466; vieram do ano anterior 91 acções
administrativas especiais, entraram 5 no ano, findaram 11 e ficaram pendentes 85; deram entrada 120
processos cautelares, que adicionam aos 7 vindos de 2007, findaram 109, tendo ficado pendentes 18;
1 execução vinda de 2007 findou e 1 recurso de contra-ordenação ficou pendente. Na espécie de outros
processos, aos 2 vindos de 2007 juntou-se outro em 2008, tendo findado 2 e 1 ficado pendente.
Dos mapas anexos verifica-se que transitaram, para 2009, 1582 processos no contencioso administrativo
e 571 no contencioso tributário. Anota-se, igualmente, o aumento do número de intervenções do Ministério
Público em relação ao ano anterior, quer no contencioso administrativo quer no contencioso tributário.
e) Outras informações
todos os magistrados do TCA Sul à respectiva base de dados, por solicitação a esta empresa, sem quaisquer
custos para o tribunal. Trata-se de mais um (relevante) instrumento de apoio de inegável utilidade que
permite disponibilizar, para além de conexões à doutrina e jurisprudência, a consulta actualizada das
alterações introduzidas à legislação.
Impõe-se, ainda, a informatização dos serviços do Ministério Público no TCA Sul e nos TAF’s Sul, que
vá muito para além do tratamento de dados atinentes ao contencioso do Estado, hoje existente. Porém,
as dificuldades com o SITAF não têm permitido desenvolvimentos mais profícuos.
2. Área processual
c) Actuação hierárquica
Além de trocas de impressões informais, foram efectuadas visitas aos TAF’s de Loulé e Beja.
3. Área administrativa
O movimento de processos administrativos é o que resulta do mapa anexo, tendo sido instaurados, no
ano de 2008, 272 processos (269 do contencioso administrativo e 3 do contencioso tributário), que
acresceram aos 782 vindos do ano anterior, tendo o movimento anual sido, portanto, de 1.054 processos.
Transitaram 873 processos (2 no contencioso tributário) para 2009.
4. Outros assuntos
Têm sido prestadas as informações solicitadas pelo Agente do Governo Português junto do Tribunal
Europeu dos Direitos do Homem.
Houve alguns contactos com o Ministério da Justiça, com vista ao preenchimento de quadros de
funcionários do Ministério Público.
1. Generalidades
241
Janeiro, devendo o preenchimento dos lugares, a partir de 1 de Janeiro de 2004, fazer-se de acordo com
o mapa II anexo àquela portaria. Esses quadros eram considerados, em alguns casos, totalmente
inadequados ao volume e complexidade do serviço.
A Portaria nº 874/2008, de 14 de Agosto, estabeleceu o novo quadro de magistrados do Ministério
Público (mapa II anexo). Importa, agora, ter em consideração este quadro e, ao mesmo tempo, o
quadro estabelecido para os juízos liquidatários.
Os processos pendentes nos TAF’s Sul, no final de 2008, eram, no contencioso administrativo, 12.220
(a que acrescem 1.526 processos anteriores a 31 de Dezembro de 2003) e, no contencioso tributário,
19.797 (a que acrescem 21 processos anteriores àquela data).
A actividade do Ministério Público tem-se desenvolvido com qualidade e eficácia (embora, naturalmente,
nalguns casos, aquém daquilo que é de esperar que seja feito). Merece destaque o exercício da acção
pública que teve mais visibilidade, desde logo, na própria tramitação dos processos administrativos
atinentes. Salienta-se que, no concernente ao contencioso do Estado, o valor total das acções propostas
contra o Estado e pelo Estado, pendentes em 31 de Dezembro de 2008, atingia o montante de
1.122.434.238,23 euros, um aumento de 2,92 % relativamente ao ano de 2007.
No contencioso tributário, o Ministério Público emitiu 6.641 pareceres, interpôs 100 recursos,
apresentou 29 contra-alegações e produziu 1.661 intervenções diversas. Estes números evidenciam um
substancial acréscimo de intervenção processual que deve ser especialmente sublinhado.
Relativamente ao SITAF, e apesar dos esforços desenvolvidos, não foram ainda ultrapassados alguns
problemas, como a distribuição automática pelo Ministério Público, a produção estatística e, mesmo,
a prática de actos processuais.
Importa dar atenção à instalação de bibliotecas nos novos tribunais e/ou à rentabilização das existentes
e, bem assim, aos serviços de apoio, pois não se pode resolver a questão da informação nestes tribunais
com o mero acesso a bases de dados, por mais importantes que elas sejam.
Continua a entender-se ser necessário dotar o Ministério Público de assessoria técnica para permitir
uma actuação mais eficiente no contencioso administrativo, especialmente, no que tem a ver com o
exercício da acção pública, em matérias como o ambiente, ordenamento do território e urbanismo.
Foram desencadeadas, para o efeito, diligências no sentido de poder vir a ser celebrado protocolo de
Tribunais Administrativos e Fiscais
a) TAF de Almada
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada está instalado num edifício pertença da Câmara Municipal,
sito no Largo Gabriel Pedro, no centro urbano de Almada.
O edifício, com três pisos, encontra-se em razoável estado de conservação. As instalações do TAF ocupam
o 1.º andar (no rés-do-chão está instalado o Tribunal do Trabalho e na cave funciona o arquivo), tendo
b) TAF de Beja
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja encontra-se instalado num edifício com diversos problemas Tribunais Administrativos e Fiscais
de construção (materiais de baixa qualidade, sendo muito frio no Inverno e muito quente no Verão;
quando chove, entra água na maioria das janelas, sendo visíveis marcas de humidade em diversos
gabinetes). O edifício deveria ser submetido a obras, essencialmente ao nível do telhado (já esteve
prevista a sua realização), de forma a evitar infiltrações de água. O tribunal dispõe de uma sala de
audiências equipada com sistema de gravação e de vídeo-conferência.
Todos os magistrados tinham gabinetes próprios e com boa dimensão. Na sequência da colocação de
2 novas magistradas, uma judicial e outra do Ministério Público, houve necessidade de as instalar nos
gabinetes das 2 magistradas titulares da judicial e do Ministério Público, que assim dividiram com
aquelas o seu próprio gabinete.
Os quadros de magistrados prevêem 1 juiz administrativo e tributário e 1 procurador da República —
cfr. mapas IV e V da Portaria n.º 2-A/2004.
243
Com a Portaria nº 874/2008 o quadro de juízes passou a 3 (1 para o contencioso administrativo, 1 para
o contencioso tributário e 1 para ambos) e o Ministério Público passou a ter 2 procuradores, um dos
quais só tomou posse em Setembro de 2008, como auxiliar.
O quadro de funcionários nunca esteve completo e revela-se manifestamente insuficiente para responder
ao volume processual. No decurso do ano de 2008 estiveram em funções 1 escrivão de direito (que
acumulou com as funções de secretário), 1 técnico de justiça adjunto (unidade de apoio do Ministério
Público), 1 técnico de justiça adjunto (destacado na unidade orgânica), 2 escrivães auxiliares (1 deles
requisitado) e 1 assistente administrativa. Na sequência do novo quadro de funcionários, estabelecido
pela Portaria n.º 874/2008, de 14 de Agosto, e do movimento que teve lugar em finais de 2008,
espera-se que o quadro seja totalmente preenchido.
O tribunal não dispôs, durante o ano, de um técnico de informática, tendo-se socorrido — quando
necessário — do apoio de um técnico do TAF de Loulé que não pode assegurar uma resposta rápida e
desejável, por força da necessidade de deslocação.
No contencioso administrativo, deram entrada 176 processos, que acresceram aos 554 vindos do ano
anterior, tendo findado 158 e transitado para o ano seguinte 572. Foram instaurados 23 processos
administrativos, que acresceram aos 64 vindos do ano anterior, tendo findado 25 e transitado para o
ano seguinte 62. Continua a verificar-se significativa entrada de participações de particulares,
essencialmente referentes a aspectos urbanísticos. Foram proferidos 24 despachos de arquivamento,
contestadas 9 acções, propostas 4 acções públicas, interposto 1 recurso e apresentadas 2 contra-alegações
(uma das quais no TAF de Loulé).
No contencioso tributário, entraram 267 processos, findaram 304 e transitaram para o ano seguinte
773 processos.
O Ministério Público acompanhou o volume processual, tendo emitido 155 pareceres, apresentado
1 recurso e efectuadas 19 outras intervenções.
conhecido por “edifício dos emblemas”, sito na Praça Rainha D. Leonor, em Castelo Branco.
Os 2 procuradores encontram-se instalados no mesmo gabinete, desde Setembro de 2008, na sequência
de tomada de posse de juiz cuja vaga estava por preencher.
Embora o quadro de funcionários não se encontre totalmente preenchido, o serviço do Ministério
Público conta com 1 técnico de justiça adjunto, que também tem apoiado algumas tarefas no serviço
de secretaria, mostrando-se adequado às necessidades de serviço. Têm-se sentido algumas dificuldades
no funcionamento do SITAF.
O quadro de juízes era o constante do mapa IV anexo à Portaria n.º 2-A/2004. Com a Portaria
nº 874/2008 o quadro passou a ser de 1 presidente, 3 juízes do contencioso administrativo e 2 do
contencioso tributário. Verifica-se a falta de 1 juiz na área administrativa.
De acordo com a mesma portaria o quadro de magistrados do Ministério Público é de 1 procurador da
República no contencioso administrativo e 1 procurador da República no contencioso tributário,
encontrando-se o quadro preenchido.
d) TAF do Funchal
O Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal está instalado no 2.º piso de um edifício antigo,
denominado Palácio dos Cônsules, sito na Rua da Conceição, n.º 29, no Funchal.
O edifício, de traça antiga, está classificado e é referenciado nos roteiros turísticos da cidade, tendo sido
bem recuperado. Assume aspecto agradável, funcional e adequado ao serviço, constituindo aspecto
menos positivo a acessibilidade para os utentes, uma vez que há muita dificuldade no estacionamento e
acesso automóvel.
O quadro de magistrados era, desde a instalação do Tribunal em 1999, constituído por um juiz e um
procurador da República. Estava completo até à entrada em vigor da Portaria nº 874/2008. Falta preencher
1 lugar de magistrado judicial, criado pela referida portaria, a qual alterou, igualmente, o quadro de
funcionários (cf. mapa III anexo), verificando-se que o quadro de pessoal não se encontra preenchido.
O funcionamento do SITAF tem apresentado algumas falhas, pelo que a sua eficácia é limitada e
determina que os processos continuem a ser tramitados em suporte físico.
No contencioso administrativo, verifica-se que estavam pendentes, em Dezembro de 2007, 400
processos. A este número acresce o de 199, entrados em 2008, tendo findado 127, ficando pendentes
472. Nos serviços do Ministério Público foram instaurados 15 processos administrativos e findaram
22, pelo que, considerando os 56 vindos do ano anterior (recontagem de processos), ficaram pendentes
49. Foram proferidos 22 despachos de arquivamento, propostas 21 acções públicas, contestadas 2 acções,
interpostos 4 recursos, apresentadas 2 contra-alegações e feitas 2 intervenções acessórias.
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria está instalado num edifício destinado a habitação, situado na
Rua João Paulo II, n.º 50, em Leiria, e em que o rés-do-chão e o 1.º andar foram adaptados para o tribunal.
De todo o modo, impõe-se referir que os andares em que se situa o tribunal não têm um mínimo de
privacidade; há, ainda, alguns gabinetes situados na parte Sul do edifício com uma iluminação natural
muito deficiente, através de pequenos postigos, e as salas de audiência foram instaladas num anexo
acoplado ao edifício com variações térmicas ao longo do ano.
Quanto aos gabinetes, o Ministério Público foi confrontado com uma distribuição inadequada, a qual
devia sofrer reajustamento, pois ficou com os que têm as piores condições. Com a instalação dos 3
juízos liquidatários as condições de instalação dos magistrados judiciais também se agravaram.
245
O quadro de magistrados judiciais estava previsto na Portaria n.º 2-A/2004. Com as Portarias
n.os 874/2008 e 1634/2007 (juízos liquidatários) o quadro de magistrados judiciais passou a ser a
seguinte: 1 presidente (preenchido); 8 juízes (sendo 4 do contencioso administrativo e 4 do contencioso
tributário) e 3 juízes dos juízos liquidatários; estão preenchidos 3 lugares no contencioso administrativo
e 3 no contencioso tributário, bem como os 3 juízes dos juízos liquidatários.
Quanto aos magistrados do Ministério Público, o quadro é de 5 procuradores (sem distinção em relação
à área administrativa ou tributária) e 1 para os juízos liquidatários. Estão colocados neste TAF 4
procuradores da República, estando 1 afecto ao contencioso administrativo e 2 no contencioso tributário.
O outro procurador presta funções em ambas as áreas. O procurador da República do juízo liquidatário
não foi, ainda, colocado.
O quadro dos funcionários é o constante, a partir da entrada em vigor da Portaria nº 874/2008, do
mapa III anexo, não se encontrando totalmente preenchido. Os serviços do Ministério Público dispõem
de 1 técnico de justiça adjunto.
Foram distribuídos computadores portáteis e novas impressoras a todos os magistrados.
No contencioso administrativo, entraram 426 processos. Vinham do ano anterior 658, verificando-se
que findaram 355, pelo que ficaram pendentes 729.
Foram instaurados pelo Ministério Público 65 processos administrativos. Vieram do ano anterior 167,
tendo findado 58 e ficado pendentes 174.
O Ministério Público instaurou 24 acções públicas, contestou 10, interpôs 8 recursos, apresentou 10
contra-alegações, fez 115 intervenções processuais nos termos do artigo 85.º do CPTA e proferiu 38
despachos de arquivamento.
No contencioso tributário estavam pendentes do ano anterior 3008 processos, deram entrada 1160,
tendo findado 762 e ficado pendentes 3406 para 2009.
O Ministério Público emitiu, na área tributária, 784 pareceres e 6 outras intervenções, interpôs 17
recursos e apresentou 14 contra-alegações.
f ) TAC de Lisboa
Tribunais Administrativos e Fiscais
O tribunal está instalado num prédio sito na Avenida Hellen Keller, n.os 17-B e 19-A, em Lisboa,
ocupando os três pisos inferiores.
As instalações são amplas e foram adaptadas para os fins a que se destinam, dispondo os magistrados de
gabinetes individuais.
O quadro de magistrados e da secretaria é o previsto nas Portarias n.os 2-A/2004 e 2-B/2004, ambas de
5 de Janeiro, no Decreto-Lei n.º 182/2007, de 9 de Maio, e na Portaria n.º 1634/2007, de 31 de
247
A tramitação de todos os processos que correm nas unidades orgânicas 1 e 2 é registada no SITAF. No
entanto, o processamento de todos os processos continua a ter lugar em suporte de papel. O SITAF
continua a não dar qualquer contributo para efeitos de processado ou para fins estatísticos.
Deram entrada 3.310 processos, findaram 3.889 e ficaram pendentes 7.764.
O Ministério Público emitiu 1.530 pareceres pré-sentenciais e 721 outras intervenções, interpôs 33
recursos e apresentou 11 contra-alegações. Foi instaurado 1 processo administrativo
h) TAF de Loulé
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé encontra-se instalado num edifício sito na Rua Dr.ª Laura
Aires, achando-se bem localizado geograficamente, de fácil acesso e próximo do Palácio da Justiça de
Loulé.
Os magistrados dispõem de gabinetes próprios e confortáveis.
O quadro de Juízes é composto de 1 juiz presidente, 2 juízes afectos à jurisdição administrativa e 2 à
jurisdição fiscal.
Quanto ao Ministério Público, a Portaria n.º 874/2008 manteve o quadro anteriormente existente de
2 procuradores da República.
O quadro da secretaria e dos serviços de apoio foi redimensionado pela Portaria n.º 874/2008, verificando-
-se que o actual quadro ainda não se encontra totalmente preenchido, com excepção dos lugares de
telefonista e de auxiliar de segurança. A unidade de apoio do Ministério Público tem apenas um elemento
e encontra-se provido.
O grande problema que se coloca — e que vem sendo evidenciado há algum tempo — prende-se com o
excesso de trabalho no contencioso administrativo, verificando-se que as exigências e volume do serviço
impõem o reforço do quadro com mais 1 procurador. Na pronúncia do procurador-geral adjunto
coordenador do TCA Sul sobre o projecto da Portaria nº 874/2008 foi referido que «o volume de serviço
é incomportável para um único magistrado» na área administrativa. Será de equacionar, no futuro, o
reforço do quadro, ainda que através da afectação de um procurador da República como auxiliar.
No contencioso administrativo foram instaurados 301 processos, findaram 340 e ficaram pendentes 136.
Tribunais Administrativos e Fiscais
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Ponta Delgada funciona num edifício de construção recente, sito
na Rua do Laureano, n.º 452, em Ponta Delgada.
j) TAF de Sintra
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra encontra-se instalado no 3.º piso do novo Palácio da
249
No concernente ao Ministério Público, e face aos mesmos diplomas, o quadro é de 7 procuradores
(6 no TAF e 1 no juízo liquidatário). No início de 2008 havia 6 procuradores em exercício de funções:
3 no contencioso administrativo e 3 no tributário. A partir de 2 de Dezembro de 2008 passaram a
exercer funções 2 procuradores no contencioso administrativo e 4 no tributário. Não se encontra
preenchido o lugar relativo ao juízo liquidatário.
O quadro de funcionários encontra-se muito incompleto; o Ministério Público apenas dispõe do apoio
de 1 funcionária.
São muitos os problemas técnicos associados à aplicação informática SITAF, que nem sempre está
operacional e que carece — no que se refere às necessidades do Ministério Público — de eventuais
ajustamentos.
No contencioso administrativo deram entrada 518 processos, findaram 569 e ficaram pendentes 758.
O Ministério Público, nesta área, apresentou 70 intervenções ao abrigo do artigo 85.º do CPTA,
interpôs 24 recursos (15 com intervenção principal e 9 com intervenção acessória) e contra-alegou em
1 processo, propôs 9 acções e contestou 7, tendo proferido 24 despachos de arquivamento. Teve 1.964
intervenções processuais acessórias. Foram instaurados 37 processos administrativos, que acresceram
aos 111 transitados do ano anterior, tendo findado 24, pelo que ficaram pendentes 124.
No contencioso tributário entraram 962 processos, verificando-se que existem 1.004 processos antigos
(entrados em data anterior a 1 de Janeiro de 2006), decorrentes da redistribuição dos processos afectos
ao juízo liquidatário, o que perfaz um total de 1.966 processos. Do ano anterior vinham 2.275 processos
novos (entrados após 1 de Janeiro de 2004) e 1.704 processos antigos (entrados antes de 1 de Fevereiro
de 2006). Findaram 2.078 processos, sendo 1.696 processos posteriores a 1 de Janeiro de 2006 e 382
anteriores a essa data.
A pendência global (que em 31 de Dezembro de 2007 era de 3.979) passou para 3.867 (sendo 1541
posteriores a 1 de Janeiro de 2006 e 2.327 anteriores a essa data).
Nesta área, o Ministério Público emitiu 754 pareceres ao abrigo do artigo 14.º, n.º 2, do CPPT, sendo
de 2.966 as restantes intervenções processuais. Nessas intervenções processuais encontram-se incluídos
16 recursos interpostos e 2 contra-alegações apresentadas. Foram instaurados 4 processos administrativos,
tendo sido todos arquivados.
Tribunais Administrativos e Fiscais
251
3. MOVIMENTO PROCESSUAL DOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS
1. Contencioso Administrativo
Movimentados
Pendentes p/o
Espécies Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Recursos jurisdicionais de acções administrativas comuns 55 72 127 95 32
Recursos jurisdicionais de acções administrativas especiais a) 218 263 481 369 112
2. Contencioso Tributário
Movimentados
Pendentes p/o
Espécies Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Recursos jurisdicionais 684 600 1284 519 765
Processos cautelares 0 8 8 7 1
Execuções 0 0 0 0 0
Recursos de contra-ordenações 12 6 18 4 14
Outros processos 0 1 1 1 0
1. Contencioso Administrativo
Total
2. Contencioso Tributário
Total
Pareceres / Intervenções 518
Recursos 0
Totais 518
1. Contencioso Administrativo
Movimentados Pendentes p/o ano
Findos
Vindos do ano anterior Entrados Total seguinte
1. Contencioso Tributário
Movimentados Pendentes p/o ano
Findos
Vindos do ano anterior Entrados Total seguinte
0 1 1 0 1
Contencioso Administrativo
Movimentados
Pendentes p/o
Espécies Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Acção administrativa comum (ordinária) 935 288 1223 219 1004
253
TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS
(síntese)
Contencioso Tributário
Movimentados
Pendentes p/o
Espécies Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Processo de impugnação 7454 1687 9141 1494 7647
Processos cautelares 38 38 76 45 31
Reclamação de actos do órgão de exec. fiscal 236 443 679 337 342
Representação do Estado 76 2 19 97 2 7 9 88
Representação de Pessoas Colectivas
0 0 0 0 0 0 0 0
Porto de Direito Público
Acção Pública 0 0 0 0 0 0 0 0
Prossecução de acção (Artº 62º
0 0 0 0 0 0 0 0
CPTA)
Representação do Estado 17 0 9 26 2 2 4 22
Representação de Pessoas Colectivas
0 0 0 0 0 0 0 0
Coimbra de Direito Público
Acção Pública 14 3 0 17 2 0 2 15
Prossecução de acção (Artº 62º
0 0 0 0 0 0 0 0
CPTA)
Representação do Estado 29 0 13 42 3 7 10 32
Representação de Pessoas Colectivas
0 0 0 0 0 0 0 0
Braga de Direito Público
Acção Pública 72 13 0 85 11 2 13 72
Prossecução de acção (Artº 62º
0 0 0 0 0 0 0 0
CPTA)
Representação do Estado 47 14 9 70 6 4 10 60
Representação de Pessoas Colectivas
0 0 0 0 0 0 0 0
Viseu de Direito Público
Acção Pública 0 0 0 0 0 0 0 0
Prossecução de acção (Artº 62º
0 0 0 0 0 0 0 0
CPTA)
Representação do Estado 15 1 7 23 1 1 2 21
Representação de Pessoas Colectivas
0 0 0 0 0 0 0 0
de Direito Público
255
TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS
(síntese)
Contencioso Administrativo
Actividade do Ministério Público
Recursos 10
Outras intervenções 23
Totais 217
Pareceres
TAF Recursos Contra-alegações Outras intervenções Total
Intervenções
Movimentados
Pendentes p/o Despachos de Acções propostas e
TAF Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte arquivamento contestadas
anterior
Porto 102 42 144 21 123 11 17
Penafiel 51 38 89 33 56 28 12
Mirandela 24 38 62 26 36 26 11
Porto e Coimbra
Movimentados
Espécies de Processos Vindos do ano Entrados no Findos Pendentes
Total
anterior ano
Estado 53 0 53 15 38
Acções Proposta conta:
Outras entidades 514 6 520 186 334
Processos Administrativos
Movimentados
Recursos Acções
Findos Pendentes
Interpostos Contestadas
Vindos do ano anteior Entrados no ano Total
117 0 117 41 76 0 0
257
B. TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL
1. Contencioso Administrativo
Movimentados
Pendentes p/o
Espécies Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Recursos jurisdicionais de acções administrativas comuns 163 130 293 55 238
795 679 1474 401 1073
Recursos jurisdicionais de acções administrativas especiais a)
(173 *) (130 *) (303 *) (109 *) (194 *)
Recursos de decisões arbitrais em matéria administrativa 5 2 7 0 7
2. Contencioso Tributário
Movimentados
Pendentes p/o
Espécies Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Recursos jurisdicionais 347 530 877 411 466
Execuções 1 0 1 1 0
Recursos de contra-ordenações 1 0 1 0 1
Outros processos 2 1 3 2 1
1. Contencioso Administrativo
Total
Recursos 2
Totais 1098
a)
Inclui pareceres emitidos em recursos jurisdicionais dos recursos contenciosos e em recursos contenciosos
2. Contencioso Tributário
Total
Recursos 0
Totais 633
1. Contencioso Administrativo
Movimentados
Pendentes p/o ano
Findos
Vindos do ano anterior Entrados Total seguinte
2. Contencioso Tributário
Movimentados
Pendentes p/o ano
Findos
Vindos do ano anterior Entrados Total seguinte
4 3 7 5 2
Contencioso Administrativo
Movimentados
Pendentes p/o
Espécies Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Acção administrativa comum (ordinária) 1179 * 490 1669 192 1477
259
TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS
(síntese)
Contencioso Tributário
Movimentados
Pendentes p/o
Espécies Findos
Vindos do ano ano seguinte
Entrados Total
anterior
Reclamação de actos do órgão de exec. fiscal 220 * 371 591 424 167
Contencioso Administrativo
261
TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS
(síntese)
Contencioso Administrativo
Representação do Estado 7 1 5 13 0 7 7 6
Representação de Pessoas
0 0 0 0 0 0 0 0
Colectivas de Direito Público
LOULÉ
Acção Pública 32 19 0 51 9 3 12 39
Prossecução de acção (Artº 62º
2 0 0 2 0 1 1 1
CPTA)
Representação do Estado 7 0 1 8 0 0 0 8
Representação de Pessoas
6 0 1 7 3 0 3 4
PONTA Colectivas de Direito Público
DELGADA Acção Pública 2 3 0 5 3 0 3 2
Prossecução de acção (Artº 62º
0 0 0 0 0 0 0 0
CPTA)
Representação do Estado 25 0 7 32 4 3 7 25
Representação de Pessoas
0 0 0 0 0 0 0 0
Colectivas de Direito Público
SINTRA
Acção Pública 32 9 0 41 1 1 2 39
Prossecução de acção (Artº 62º
0 0 0 0 0 0 0 0
CPTA)
Síntese
Acção Pública 395 528 0 923 199 49 248 675
Prossecução de acção (Artº 62º
6 0 0 6 0 1 1 5
CPTA)
Totais de controlo 867 531 104 1502 220 107 327 1175
ALMADA 1 0 12 10 0 2 3
BEJA 0 0 4 9 0 1 1
CASTELO BRANCO 1 0 4 2 0 3 2
FUNCHAL 0 0 21 2 0 4 2
LEIRIA 0 0 24 10 0 8 10
LISBOA 0 0 432 * 57 0 16 25
LOULÉ 1 0 19 5 0 2 14
PONTA DELGADA 0 0 3 2 0 0 0
SINTRA 0 0 9 7 0 15 1
CASTELO BRANCO 0 0 4 4
FUNCHAL 2 0 0 2
LOULÉ 39 0 13 52
PONTA DELGADA 0 0 0 0
263
TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS
(síntese)
Contencioso Tributário
Pareceres
TAF Recursos Contra-alegações Outras intervenções Total
Intervenções
ALMADA 571 11 2 44 628
FUNCHAL 56 0 0 0 56
PONTA DELGADA 65 0 0 0 65
Processos Administrativos
Movimentados
Pendentes p/o Despachos de Acções propostas e
TAF Findos
Vindos do ano ano seguinte arquivamento contestadas
Entrados Total
anterior
Tribunais Administrativos e Fiscais
ALMADA 66 * 28 94 13 81 7 23
BEJA 64 23 87 25 62 24 13
FUNCHAL 56 * 15 71 22 49 22 23
PONTA DELGADA 31 12 43 22 21 22 5
(1.º JUÍZO)
Contencioso Tributário
Movimentados
Pendentes p/o
Espécies Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Recursos de decisões jurisdicionais em processo de
39 0 39 33 6
impugnação (Cont. Tributário)
Totais 55 0 55 45 10
(1.º JUÍZO)
Contencioso Administrativo
Conflitos 0 0 0 0 0
Outros 1 0 1 1 0
a) Rectificação
265
TAF’s DE LISBOA (6.ª UNIDADE ORGÂNICA), FUNCHAL E DE PONTA DELGADA
Contencioso Administrativo
Movimentados
Pendentes p/o
Espécies Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Acções propostas contra o Estado 241 0 241 103 138
Contencioso Tributário
Movimentados
Pendentes p/o
Espécies Vindos do ano Findos
Entrados Total ano seguinte
anterior
Tribunais Administrativos e Fiscais
Recursos Contenciosos 0 0 0 0 0
Oposições do executado 47 0 47 43 4
Embargos de terceiro 0 0 0 0 0
Reclamações de créditos 0 0 0 0 0
Processos de contra-ordenação 33 0 33 33 0
Outros (execução dos Acórdãos, conflitos de
2 0 2 2 0
competência, etc.)
Totais 126 0 126 105 21
• Processos de inquérito
• Execução de penas
Processos de Inquérito
Movimentados Findos
Vindos Acusados
do ano Entrados Total Tribunal singular Proc.
Tribunal Proc. Total
anterior Art.16º- sumarís-
colectivo Outros abreviado acusados
3 CPP simo
TOTAIS NACIONAIS 204 103 557 884 761 987 5 980 9 062 50 144 5 474 5 136 75 796
DISTRITO JUDICIAL:COIMBRA 27 187 74 935 102 122 692 1 585 8 599 1 054 862 12 792
DISTRITO JUDICIAL: ÉVORA 28 707 74 987 103 694 840 1 352 6 988 1 050 1 177 11 407
DISTRITO JUDICIAL: LISBOA 80 798 224 436 305 234 2 413 3 039 17 073 2 197 1 726 26 448
DISTRITO JUDICIAL: PORTO 67 411 183 526 250 937 2 035 3 086 17 484 1 173 1 371 25 149
800000
700000
600000
500000
400000
300000
Jurisdição Penal
200000
100000
0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Processos de Inquérito
Findos (... Continuação) Pendentes p/o ano seguinte
Arquivados Suspensão + de 8 meses
provisória Outros Total 8 meses Total
Artº 277 Artº 280 dos anos
Total (281º motivos findos do ano ou menos pendentes
CPP CPP CPP) anteriores
TOTAIS NACIONAIS 417 979 884 418 863 6 080 42 142 542 881 53 493 30 744 134 992 219 106
DISTRITO JUDICIAL:COIMBRA 50 604 125 50 729 857 6 634 71 012 5 201 3 767 22 142 31 110
DISTRITO JUDICIAL: ÉVORA 56 295 201 56 496 926 5 323 74 152 4 911 5 515 19 120 29 542
DISTRITO JUDICIAL: LISBOA 172 324 303 172 627 2 867 15 679 217 621 23 124 13 463 51 026 87 613
DISTRITO JUDICIAL: PORTO 138 756 255 139 011 1 430 14 506 180 096 20 257 7 999 42 704 70 841
Processos de Inquérito
350 000
300 000
250 000
200 000
150 000
Jurisdição Penal
100 000
50 000
0
Coimbra Évora Lisboa Porto
VII - 5
Processos de Inquérito
Movimentados Findos
Vindos Acusados
Tribunal singular Proc.
do ano Entrados Total Tribunal Proc. Total
anterior Art.16º- sumarís-
colectivo Outros abreviado acusados
3 CPP simo
DISTRITO JUDICIAL:COIMBRA 27 187 74 935 102 122 692 1 585 8 599 1 054 862 12 792
DISTRITO JUDICIAL:COIMBRA 50 604 125 50 729 857 6 634 71 012 5 201 3 767 22 142 31 110
CIRC.: ALCOBAÇA 3 331 4 3 335 57 453 4 642 274 201 1 248 1 723
Alcobaça 1 684 1 1 685 12 179 2 273 78 73 561 712
Nazaré 571 0 571 12 70 769 99 44 318 461
Porto de Mós 1 076 3 1 079 33 204 1 600 97 84 369 550
CIRC.: ANADIA 3 321 19 3 340 48 497 4 816 458 415 1 634 2 507
Águeda 1 499 0 1 499 15 172 2 057 118 291 641 1 050
Anadia 748 0 748 2 131 1 067 55 37 334 426
Mealhada 454 18 472 14 96 760 23 29 261 313
Oliveira do Bairro 620 1 621 17 98 932 262 58 398 718
CIRC.: AVEIRO 6 532 12 6 544 134 775 9 143 440 435 2 886 3 761
Albergaria-a-Velha 539 0 539 18 75 905 87 166 172 425
Aveiro 3 493 5 3 498 81 441 4 886 235 149 1 537 1 921
Ílhavo 1 293 0 1 293 2 124 1 728 74 47 676 797
Mira 264 1 265 2 29 354 11 21 127 159
Sever do Vouga 296 6 302 8 51 409 18 28 131 177
Vagos 647 0 647 23 55 861 15 24 243 282
CIRC.: CASTELO BRANCO 2 539 3 2 542 31 379 3 479 512 297 1 460 2 269
Castelo Branco 1 612 0 1 612 10 303 2 266 356 134 796 1 286
Idanha-a-Nova 286 0 286 6 34 381 45 7 158 210
Oleiros 153 0 153 0 11 192 5 10 53 68
Penamacor 84 0 84 3 4 105 11 6 48 65
Sertã 404 3 407 12 27 535 95 140 405 640
CIRC.: COIMBRA 9 074 17 9 091 189 1 194 12 421 1 197 671 4 569 6 437
Arganil 393 0 393 3 74 618 27 26 158 211
Coimbra 6 754 15 6 769 156 817 8 898 877 466 3 401 4 744
Condeixa-a-Nova 387 0 387 1 47 515 80 33 125 238
Lousã 679 2 681 10 139 1 121 76 68 408 552
Pampilhosa da Serra 99 0 99 0 13 134 12 9 44 65
Penacova 397 0 397 6 48 582 53 31 180 264
Penela 141 0 141 3 16 189 6 2 62 70
Tábua 224 0 224 10 40 364 66 36 191 293
CIRC.: COVILHÃ 2 186 4 2 190 51 221 2 956 179 134 727 1 040
Covilhã 1 358 4 1 362 40 144 1 867 110 81 411 602
Fundão 627 0 627 11 60 836 45 41 229 315
Sabugal 201 0 201 0 17 253 24 12 87 123
CIRC.: FIGUEIRA DA FOZ 3 497 21 3 518 35 410 4 817 241 220 1 276 1 737
Cantanhede 912 0 912 4 140 1 243 67 44 318 429
Figueira da Foz 1 881 2 1 883 12 165 2 567 145 134 752 1 031
Montemor-o-Velho 704 19 723 19 105 1 007 29 42 206 277
Jurisdição Penal
CIRC.: GUARDA 2 342 0 2 342 34 468 3 416 280 112 877 1 269
Almeida 173 0 173 4 49 307 83 31 46 160
Figueira Castelo Rodrigo 108 0 108 0 49 177 22 11 75 108
Guarda 1 405 0 1 405 18 265 1 953 92 33 445 570
Meda 134 0 134 5 35 211 19 0 54 73
Pinhel 141 0 141 3 11 203 18 8 72 98
Trancoso 228 0 228 3 34 342 33 14 123 170
Vila Nova de Foz Côa 153 0 153 1 25 223 13 15 62 90
VII - 7
Processos de Inquérito
Movimentados Findos
Vindos Acusados
do ano Entrados Total Tribunal singular Proc.
Tribunal Proc. Total
anterior Art.16º- sumarís-
colectivo Outros abreviado acusados
3 CPP simo
CIRC.: LEIRIA 2 657 6 560 9 217 53 200 836 121 114 1 324
Leiria 1 864 4 801 6 665 39 151 585 108 52 935
Marinha Grande 793 1 759 2 552 14 49 251 13 62 389
CIRC.: POMBAL 933 3 698 4 631 27 82 481 72 34 696
Alvaiázere 81 344 425 1 4 48 3 0 56
Ansião 126 555 681 0 16 53 13 9 91
Figueiró dos Vinhos 155 460 615 3 7 74 7 1 92
Pombal 415 1 932 2 347 21 47 256 40 20 384
Soure 156 407 563 2 8 50 9 4 73
CIRC.: SEIA 1 117 2 653 3 770 18 74 352 21 33 498
Celorico da Beira 126 289 415 2 14 42 5 1 64
Fornos de Algodres 65 119 184 1 7 14 4 13 39
Gouveia 116 406 522 3 15 42 1 0 61
Nelas 218 406 624 3 2 68 6 8 87
Oliveira do Hospital 250 549 799 3 7 76 3 1 90
Seia 342 884 1 226 6 29 110 2 10 157
CIRC.: TOMAR 1 868 5 750 7 618 75 85 645 56 60 921
Alcanena 158 521 679 1 2 46 11 2 62
Ferreira do Zêzere 201 379 580 4 0 32 1 6 43
Tomar 434 1 873 2 307 24 20 183 25 28 280
Torres Novas 468 1 597 2 065 18 33 156 7 22 236
Ourém 607 1 380 1 987 28 30 228 12 2 300
CIRC.: VISEU 3 030 7 423 10 453 89 164 1 087 105 96 1 541
Mangualde 244 699 943 15 23 98 31 0 167
Oliveira de Frades 97 288 385 1 3 33 6 0 43
Santa Comba Dão 329 890 1 219 11 22 119 19 3 174
S. Pedro do Sul 122 376 498 4 5 75 1 3 88
Satão 139 320 459 2 3 41 0 14 60
Tondela 292 740 1 032 5 9 102 0 26 142
Viseu 1 692 3 753 5 445 47 90 580 41 45 803
Vouzela 115 357 472 4 9 39 7 5 64
DISTRITO JUDICIAL: ÉVORA 28 707 74 987 103 694 840 1 352 6 988 1 050 1 177 11 407
CIRC.: LEIRIA 4 585 6 4 591 63 577 6 555 447 307 1 908 2 662
Leiria 3 488 6 3 494 31 383 4 843 248 176 1 398 1 822
Marinha Grande 1 097 0 1 097 32 194 1 712 199 131 510 840
CIRC.: POMBAL 2 486 12 2 498 20 320 3 534 116 129 852 1 097
Alvaiázere 239 0 239 3 36 334 12 4 75 91
Ansião 352 1 353 1 36 481 15 77 108 200
Figueiró dos Vinhos 340 5 345 3 35 475 17 11 112 140
Pombal 1 232 5 1 237 11 195 1 827 39 26 455 520
Soure 323 1 324 2 18 417 33 11 102 146
CIRC.: SEIA 1 948 0 1 948 27 273 2 746 80 224 720 1 024
Celorico da Beira 215 0 215 1 48 328 15 10 62 87
Fornos de Algodres 65 0 65 0 21 125 2 11 46 59
Gouveia 282 0 282 14 39 396 27 11 88 126
Nelas 298 0 298 0 42 427 7 71 119 197
Oliveira do Hospital 404 0 404 3 46 543 0 82 174 256
Seia 684 0 684 9 77 927 29 39 231 299
CIRC.: TOMAR 4 156 18 4 174 31 402 5 528 203 165 1 722 2 090
Alcanena 364 0 364 2 52 480 28 26 145 199
Ferreira do Zêzere 246 0 246 5 38 332 20 14 214 248
Tomar 1 358 18 1 376 0 102 1 758 60 39 450 549
Torres Novas 1 222 0 1 222 6 80 1 544 18 76 427 521
Ourém 966 0 966 18 130 1 414 77 10 486 573
CIRC.: VISEU 4 607 9 4 616 137 665 6 959 774 457 2 263 3 494
Mangualde 421 0 421 2 64 654 28 64 197 289
Oliveira de Frades 224 0 224 10 30 307 5 4 69 78
Santa Comba Dão 566 0 566 36 121 897 147 13 162 322
S. Pedro do Sul 233 0 233 11 44 376 34 17 71 122
Satão 212 0 212 0 28 300 32 18 109 159
Tondela 445 0 445 27 89 703 52 41 236 329
Viseu 2 332 9 2 341 40 264 3 448 443 269 1 285 1 997
Vouzela 174 0 174 11 25 274 33 31 134 198
DISTRITO JUDICIAL: ÉVORA 56 295 201 56 496 926 5 323 74 152 4 911 5 515 19 120 29 546
CIRC.: ABRANTES 2 649 0 2 649 51 346 3 714 421 719 961 2 101
Abrantes 1243 0 1 243 16 106 1 549 248 379 81 708
Entroncamento 550 0 550 18 85 802 55 59 260 374
Golegã 289 0 289 0 81 444 0 207 276 483
Mação 162 0 162 9 20 212 15 12 137 164
Ponte de Sor 405 0 405 8 54 707 103 62 207 372
CIRC.: BEJA 2 576 17 2 593 47 367 3 836 344 243 1 161 1 748
Jurisdição Penal
VII - 9
Processos de Inquérito
Movimentados Findos
Vindos Acusados
Tribunal singular Proc.
do ano Entrados Total Tribunal Proc. Total
anterior Art.16º- sumarís-
colectivo Outros abreviado acusados
3 CPP simo
CIRC.: ÉVORA 2 544 5 955 8 499 57 151 760 127 165 1 260
Arraiolos 135 246 381 3 14 48 4 1 70
Estremoz 311 748 1 059 5 11 80 5 14 115
Évora 982 3 096 4 078 35 73 299 83 89 579
Montemor-o-Novo 535 1 018 1 553 10 32 207 28 28 305
Redondo 184 231 415 0 8 23 0 23 54
Reguengos de Monsaraz 168 322 490 2 3 39 2 7 53
Vila Viçosa 229 294 523 2 10 64 5 3 84
CIRC.: FARO 3 356 12 477 15 833 144 232 992 181 218 1 767
Faro 1 458 6 601 8 059 80 106 501 86 83 856
Olhão da Restauração 791 2 808 3 599 21 56 233 17 33 360
Tavira 279 1 410 1 689 15 21 93 43 37 209
Vila Real de Santo António 828 1 658 2 486 28 49 165 35 65 342
CIRC.: LOULÉ 3 268 11 574 14 842 123 173 964 242 33 1 535
Albufeira 1 343 5 127 6 470 39 65 402 67 16 589
Loulé 1 925 6 447 8 372 84 108 562 175 17 946
CIRC.: PORTALEGRE 1 429 3 009 4 438 45 84 470 131 34 764
Avis 56 152 208 0 4 22 6 1 33
Castelo de Vide 66 196 262 0 5 26 14 10 55
Elvas 875 1 249 2 124 23 42 219 59 11 354
Fronteira 89 217 306 2 11 42 12 0 67
Nisa 66 180 246 1 4 32 7 9 53
Portalegre 277 1 015 1 292 19 18 129 33 3 202
CIRC.: PORTIMÃO 5 530 12 254 17 784 152 153 957 109 129 1 500
Lagos 2 206 3 101 5 307 19 39 330 16 16 420
Monchique 45 188 233 1 5 20 10 13 49
Portimão 2 511 6 715 9 226 101 73 396 48 61 679
Silves 768 2 250 3 018 31 36 211 35 39 352
CIRC.: SANTARÉM 2 844 6 828 9 672 71 109 721 60 54 1 015
Almeirim 980 1 353 2 333 15 22 131 8 6 182
Cartaxo 619 2 029 2 648 14 34 195 29 2 274
Coruche 317 561 878 5 5 74 4 13 101
Santarém 928 2 885 3 813 37 48 321 19 33 458
CIRC.: SANTIAGO DO CACÉM 2 004 3 534 5 538 63 104 447 28 79 721
Alcácer do Sal 260 416 676 10 14 44 5 8 81
Grândola 484 669 1 153 9 23 142 0 31 205
Odemira 667 922 1 589 11 28 130 2 20 191
Santiago do Cacém 593 1 527 2 120 33 39 131 21 20 244
CIRC.: SETÚBAL 4 121 11 572 15 693 98 157 756 93 244 1 348
Jurisdição Penal
DISTRITO JUDICIAL: LISBOA* 80 798 224 436 305 234 2 413 3 039 17 073 2 197 1 726 26 448
CIRC.: ALMADA 6 597 22 056 28 653 132 251 1 548 187 117 2 235
Almada 3 571 10 729 14 300 109 125 820 110 48 1 212
Seixal 2 324 8 419 10 743 13 98 581 70 44 806
Sesimbra 702 2 908 3 610 10 28 147 7 25 217
CIRC.: ÉVORA 3 838 22 3 860 176 605 5 901 579 292 1 727 2 598
Arraiolos 177 0 177 10 10 267 37 11 66 114
Estremoz 403 2 405 27 72 619 154 85 201 440
Évora 2105 0 2 105 46 313 3 043 129 43 863 1 035
Montemor-o-Novo 637 0 637 20 121 1 083 122 75 273 470
Redondo 123 0 123 29 49 255 20 9 131 160
Reguengos de Monsaraz 192 0 192 23 34 302 66 56 66 188
Vila Viçosa 201 20 221 21 6 332 51 13 127 191
CIRC.: FARO 9 185 1 9 186 132 908 11 993 452 423 2 965 3 840
Faro 4970 0 4 970 30 563 6 419 198 157 1285 1 640
Olhão da Restauração 1968 0 1 968 28 150 2 506 76 200 817 1 093
Tavira 1042 1 1 043 39 73 1 364 21 15 289 325
Vila Real de Santo António 1205 0 1 205 35 122 1 704 157 51 574 782
CIRC.: LOULÉ 9 345 6 9 351 85 335 11 306 608 651 2 277 3 536
Albufeira 4132 6 4 138 39 120 4 886 239 483 862 1 584
Loulé 5213 0 5 213 46 215 6 420 369 168 1415 1 952
CIRC.: PORTALEGRE 1 740 9 1 749 151 181 2 845 435 308 850 1 593
Avis 91 0 91 4 9 137 7 7 57 71
Castelo de Vide 89 0 89 16 5 165 39 58 0 97
Elvas 796 9 805 19 81 1 259 296 152 417 865
Fronteira 127 0 127 19 11 224 10 24 48 82
Nisa 85 0 85 7 19 164 17 9 56 82
Portalegre 552 0 552 86 56 896 66 58 272 396
CIRC.: PORTIMÃO 10 111 116 10 227 177 866 12 770 842 927 3 245 5 014
Lagos 2890 97 2 987 47 199 3 653 98 655 901 1 654
Monchique 94 1 95 5 13 162 8 3 60 71
Portimão 5508 18 5 526 81 448 6 734 603 183 1706 2 492
Silves 1619 0 1 619 44 206 2 221 133 86 578 797
CIRC.: SANTARÉM 4 949 3 4 952 19 491 6 477 859 462 1 874 3 195
Almeirim 890 2 892 0 111 1 185 471 106 571 1 148
Cartaxo 1470 0 1 470 1 167 1 912 218 92 426 736
Coruche 385 0 385 6 43 535 45 164 134 343
Santarém 2204 1 2 205 12 170 2 845 125 100 743 968
CIRC.: SANTIAGO DO CACÉM 2 554 14 2 568 43 433 3 765 371 238 1 164 1 773
Alcácer do Sal 289 0 289 0 52 422 61 20 173 254
Grândola 537 0 537 0 93 835 128 0 190 318
Odemira 725 8 733 6 104 1 034 100 155 300 555
Santiago do Cacém 1003 6 1 009 37 184 1 474 82 63 501 646
CIRC.: SETÚBAL 9 348 13 9 361 45 791 11 545 0 1 252 2 896 4 148
Jurisdição Penal
DISTRITO JUDICIAL: LISBOA 172 324 303 172 627 2 867 15 679 217 621 23 124 13 463 51 026 87 613
CIRC.: ALMADA 17 599 51 17 650 168 1 257 21 310 2 245 2 125 2 973 7 343
Almada 8 882 51 8 933 90 602 10 837 898 507 2 058 3 463
Seixal 6 641 0 6 641 29 524 8 000 1 196 1 425 122 2 743
Sesimbra 2 076 0 2 076 49 131 2 473 151 193 793 1 137
VII - 11
Processos de Inquérito
Movimentados Findos
Vindo s Acusados
do ano Entrados Total Tribunal singular Proc.
Tribunal Proc. Total
ante rior Art.16 º- sumarís-
colectivo Outros abreviado acusados
3 CPP simo
CIRC.: AMADORA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Amadora 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: ANGRA DO HEROÍSMO 2 925 11 2 936 109 266 3 949 1 271 278 1 669 3 218
Angra do Heroísmo 1 034 0 1 034 71 53 1 319 318 63 878 1 259
Horta 435 9 444 18 65 670 363 62 165 590
Praia da Vitória 649 0 649 7 54 846 369 102 264 735
Santa Cruz da Graciosa 61 0 61 5 8 105 0 0 73 73
Santa Cruz das Flores 104 2 106 5 3 150 9 5 49 63
S. Roque do Pico 507 0 507 0 64 656 184 26 184 394
Velas 135 0 135 3 19 203 28 20 56 104
CIRC.: BARREIRO 8 675 9 8 684 158 1 171 11 237 1 172 731 2 847 4 750
Barreiro 2 556 2 2 558 88 305 3 247 460 234 881 1 575
Moita 2 741 5 2 746 33 234 3 520 248 177 872 1 297
Montijo 3 378 2 3 380 37 632 4 470 464 320 1 094 1 878
CIRC.: CALDAS DA RAINHA 4 511 6 4 517 124 292 5 469 1 092 450 2 388 3 930
Bombarral 393 4 397 34 64 555 100 30 159 289
Caldas da Rainha 2 078 0 2 078 30 125 2 521 817 232 1 562 2 611
Peniche 1 309 0 1 309 15 61 1 499 85 60 509 654
Rio Maior 731 2 733 45 42 894 90 128 158 376
CIRC.: CASCAIS 8 296 16 8 312 627 1 022 10 936 1 203 180 2 625 4 008
Cascais 8 296 16 8 312 627 1 022 10 936 1 203 180 2 625 4 008
CIRC.: FUNCHAL 7 266 57 7 323 330 2 053 11 414 993 589 3 687 5 269
Funchal 4 558 17 4 575 173 1 617 7 232 717 409 2 414 3 540
Ponta do Sol 840 0 840 83 87 1 271 69 36 298 403
Porto Santo 127 38 165 27 32 321 29 24 80 133
Santa Cruz 1 488 0 1 488 25 294 2 244 173 107 827 1 107
S. Vicente 253 2 255 22 23 346 5 13 68 86
CIRC.: LISBOA 60 238 71 60 309 548 4 832 75 788 4 962 2 407 12 513 19 882
Lisboa-D.I.A.P. 59 480 71 59 551 319 4 409 70 930 4 676 2 316 11 172 18 164
Lisboa-J.Criminais 428 0 428 130 143 999 286 90 310 686
Lisboa-T. P. I. Criminal 330 0 330 99 280 3 859 0 1 1 031 1 032
CIRC.: LOURES 22 747 0 22 747 43 679 25 531 2 373 3 310 7 143 12 826
Loures 22 747 0 22 747 43 679 25 531 2 373 3 310 7 143 12 826
CIRC.. OEIRAS 6 311 22 6 333 103 587 8 060 320 284 1 874 2 478
Oeiras 6 311 22 6 333 103 587 8 060 320 284 1 874 2 478
CIRC.: PONTA DELGADA 6 046 18 6 064 252 1 273 8 950 712 768 3 079 4 559
Nordeste 85 1 86 19 32 176 3 3 41 47
Ponta Delgada 4 291 10 4 301 131 593 5 886 503 398 2 118 3 019
Povoação 175 7 182 8 139 383 30 8 127 165
Ribeira Grande 992 0 992 67 414 1 690 172 342 619 1 133
Vila do Porto 109 0 109 1 10 187 1 3 76 80
Jurisdição Penal
VII - 13
Processos de Inquérito
Movimentados Findos
Vindos Acusados
do ano Entrados Total Tribunal singular Proc.
Tribunal Proc. Total
anterior Art.16º- sumarís-
colectivo Outros abreviado acusados
3 CPP simo
CIRC.: VILA FRANCA DE XIRA 4 339 9 851 14 190 169 169 1 084 117 118 1 657
Alenquer 1 072 1 662 2 734 31 22 158 46 6 263
Benavente 1 184 2 344 3 528 33 74 361 7 84 559
Vila Franca de Xira 2 083 5 845 7 928 105 73 565 64 28 835
DISTRITO JUDICIAL: PORTO 67 411 183 526 250 937 2 035 3 086 17 484 1 173 1 371 25 149
CIRC.: VILA FRANCA DE XIRA 7 372 18 7 390 177 744 9 968 963 487 2 772 4 222
Alenquer 1 343 2 1 345 20 189 1 817 339 94 484 917
Benavente 1 716 7 1 723 88 205 2 575 224 81 648 953
Vila Franca de Xira 4 313 9 4 322 69 350 5 576 400 312 1 640 2 352
DISTRITO JUDICIAL: PORTO 138 756 255 139 011 1 430 14 506 180 096 20 257 7 999 42 704 70 960
CIRC.: BARCELOS 3 557 7 3 564 110 537 5 098 248 141 1 114 1 503
Barcelos 2 512 2 2 514 107 372 3 680 140 93 761 994
Esposende 1 045 5 1 050 3 165 1 418 108 48 353 509
CIRC.: BRAGA 9 033 0 9 033 61 1 012 12 099 830 485 3 089 4 404
Amares 491 0 491 0 57 652 30 65 217 312
Braga 6 260 0 6 260 38 705 8 429 497 251 2040 2 788
Póvoa de Lanhoso 564 0 564 18 62 771 36 21 171 228
Vieira do Minho 578 0 578 5 44 729 57 48 214 319
Vila Verde 1 140 0 1 140 0 144 1 518 210 100 447 757
CIRC.: BRAGANÇA 1 941 1 1 942 36 315 2 711 319 137 651 1 107
Bragança 1 066 1 1 067 17 190 1 497 99 49 343 491
Macedo de Cavaleiros 370 0 370 10 64 543 65 23 124 212
Miranda do Douro 169 0 169 3 18 228 61 40 42 143
Vimioso 165 0 165 1 28 216 76 13 48 137
Vinhais 171 0 171 5 15 227 18 12 94 124
CIRC.: CHAVES 2 515 26 2 541 43 347 3 384 223 212 623 1 058
Boticas 211 1 212 9 24 285 29 4 63 96
Chaves 1 232 25 1 257 16 232 1 684 119 44 400 563
Montalegre 491 0 491 2 17 574 52 14 110 176
Valpaços 581 0 581 16 74 841 23 150 50 223
CIRC.:GONDOMAR 10 884 0 10 884 67 986 13 527 603 507 2 548 3 658
Gondomar 6 909 0 6 909 49 666 8 499 411 356 1659 2 426
Valongo 3 975 0 3 975 18 320 5 028 192 151 889 1 232
CIRC.: GUIMARÃES 8 777 15 8 792 55 966 11 798 2 833 380 3 165 6 378
Cabeceiras de Basto 399 11 410 5 41 515 195 54 197 446
Celorico de Basto 395 0 395 3 61 613 58 26 204 288
Fafe 1 444 0 1 444 0 0 1 826 274 0 405 679
Felgueiras 1 660 4 1 664 16 378 2 454 487 300 423 1 210
Guimarães 4 879 0 4 879 31 486 6 390 1819 0 1936 3 755
CIRC.: LAMEGO 2 694 38 2 732 140 500 4 250 1 142 368 1 192 2 702
Armamar 77 0 77 0 17 132 12 5 37 54
Castro Daire 249 2 251 31 26 418 50 52 97 199
Cinfães 359 2 361 13 48 542 82 50 193 325
Lamego 547 4 551 55 137 889 494 106 229 829
Jurisdição Penal
VII - 15
Processos de Inquérito
Movimentados Findos
Vindos Acusados
Tribunal singular Proc.
do ano Entrados Total Tribunal Proc. Total
anterior Art.16º- sumarís-
colectivo Outros abreviado acusados
3 CPP simo
CIRC.: MATOSINHOS 2 262 11 963 14 225 164 232 926 203 118 1 643
Matosinhos 2 262 11 963 14 225 164 232 926 203 118 1 643
CIRC.: MIRANDELA 1 245 2 470 3 715 14 31 215 19 5 284
Alfândega da Fé 91 163 254 2 3 18 2 1 26
Carrazeda de Ansiães 174 264 438 2 3 19 0 0 24
Mirandela 268 1 048 1 316 7 15 90 3 3 118
Mogadouro 123 318 441 2 3 27 5 0 37
Torre de Moncorvo 437 459 896 0 7 39 9 1 56
Vila Flor 152 218 370 1 0 22 0 0 23
CIRC.: OLIVEIRA DE AZEMÉIS 2 812 5 870 8 682 64 154 789 49 73 1 129
Arouca 224 512 736 0 12 95 0 17 124
Estarreja 901 1 459 2 360 14 50 184 16 16 280
Oliveira de Azeméis 815 1 829 2 644 34 34 320 14 32 434
S. João da Madeira 524 1 485 2 009 12 39 121 13 2 187
Vale de Cambra 348 585 933 4 19 69 6 6 104
CIRC.: PAREDES 2 332 6 331 8 663 85 123 883 53 61 1 205
Lousada 749 1 379 2 128 13 30 167 12 6 228
Paços de Ferreira 714 1 857 2 571 52 35 332 15 46 480
Paredes 869 3 095 3 964 20 58 384 26 9 497
CIRC.: PENAFIEL 4 969 7 937 12 906 31 136 685 27 101 980
Amarante 1 413 2 355 3 768 8 18 152 13 0 191
Baião 312 652 964 1 20 72 7 0 100
Castelo de Paiva 204 525 729 2 24 44 3 13 86
Marco de Canavezes 1 416 1 780 3 196 6 32 207 0 20 265
Penafiel 1 624 2 625 4 249 14 42 210 4 68 338
CIRC.: PORTO 10 337 36 329 46 666 595 260 2 099 187 59 3 200
Juízos Criminais 0 0
Porto - D.I.A.P. 10 337 36 329 46 666 595 260 2 099 187 59 3 200
P. Instância criminal 0 0
CIRC.: STª MARIA DA FEIRA 4 305 9 483 13 788 97 201 1 022 54 122 1 496
Espinho 827 1 820 2 647 17 58 239 4 20 338
Ovar 697 2 373 3 070 9 54 272 23 16 374
Santa Maria da Feira 2 781 5 290 8 071 71 89 511 27 86 784
CIRC.: SANTO TIRSO 2 278 4 094 6 372 51 76 520 9 33 689
Santo Tirso 2 278 4 094 6 372 51 76 520 9 33 689
CIRC.: VIANA DO CASTELO 3 602 8 775 12 377 60 147 994 110 166 1 477
Arcos de Valdevez 330 779 1 109 3 20 76 7 57 163
Jurisdição Penal
CIRC.: MATOSINHOS 9 389 0 9 389 30 759 11 821 264 367 1 773 2 404
Matosinhos 9 389 0 9 389 30 759 11 821 264 367 1773 2 404
CIRC.: MIRANDELA 1 957 2 1 959 23 163 2 429 488 124 674 1 286
Alfândega da Fé 135 0 135 0 11 172 41 6 35 82
Carrazeda de Ansiães 211 0 211 5 16 256 74 14 94 182
Mirandela 742 0 742 6 86 952 77 37 250 364
Mogadouro 253 0 253 4 5 299 30 16 96 142
Torre de Moncorvo 440 2 442 6 44 548 199 38 111 348
Vila Flor 176 0 176 2 1 202 67 13 88 168
CIRC.: OLIVEIRA DE AZEMÉIS 4 027 0 4 027 56 613 5 825 748 343 1 766 2 857
Arouca 357 0 357 23 38 542 38 32 124 194
Estarreja 984 0 984 0 181 1 445 258 119 538 915
Oliveira de Azeméis 1 279 0 1 279 23 159 1 895 182 67 500 749
S. João da Madeira 1 044 0 1 044 10 178 1 419 116 63 411 590
Vale de Cambra 363 0 363 0 57 524 154 62 193 409
CIRC.: PAREDES 4 086 2 4 088 21 816 6 130 514 351 1 668 2 533
Lousada 812 2 814 13 69 1 124 252 182 570 1 004
Paços de Ferreira 1 274 0 1 274 8 169 1 931 126 73 441 640
Paredes 2 000 0 2 000 0 578 3 075 136 96 657 889
CIRC.: PENAFIEL 4 568 92 4 660 49 554 6 243 2 448 613 3 602 6 663
Amarante 1 139 0 1 139 7 310 1 647 867 228 1026 2 121
Baião 511 0 511 0 54 665 60 45 194 299
Castelo de Paiva 324 0 324 4 48 462 57 30 180 267
Marco de Canavezes 1 158 92 1 250 13 79 1 607 602 44 943 1 589
Penafiel 1 436 0 1 436 25 63 1 862 862 266 1259 2 387
CIRC.: PORTO 30 166 6 30 172 98 2 227 35 697 4 343 1 159 5 467 10 969
Juízos Criminais 0
Porto - D.I.A.P. 30 166 6 30 172 98 2 227 35 697 4343 1159 5467 10 969
P. Instância criminal 0
CIRC.: STª MARIA DA FEIRA 6 458 0 6 458 129 637 8 720 1 238 685 3 145 5 068
Espinho 1 310 0 1 310 11 167 1 826 151 105 565 821
Ovar 1 640 0 1 640 40 102 2 156 85 92 737 914
Santa Maria da Feira 3 508 0 3 508 78 368 4 738 1002 488 1843 3 333
CIRC.: SANTO TIRSO 2 722 0 2 722 29 597 4 037 497 214 1 624 2 335
Santo Tirso 2 722 0 2 722 29 597 4 037 497 214 1624 2 335
CIRC.: VIANA DO CASTELO 6 274 51 6 325 161 863 8 826 944 406 2 201 3 551
Arcos de Valdevez 579 0 579 39 88 869 54 45 141 240
Jurisdição Penal
VII - 17
Processos de Inquérito
Movimentados Findos
Vindo s Acusados
do ano Entrados Total Tribunal singular Proc.
Tribunal Proc. Total
ante rior Art.16 º- sumarís-
colectivo Outros abre viado acusados
3 CPP simo
CIRC.: VILA DO CONDE 4 930 0 4 930 94 583 6 552 490 313 1 818 2 621
Póvoa do Varzim 2 356 0 2 356 24 194 3 019 257 168 924 1 349
Vila do Conde 2 574 0 2 574 70 389 3 533 233 145 894 1 272
CIRC.: VILA NOVA DE FAMALICÃO 3 929 2 3 931 66 305 5 181 515 212 1 343 2 070
Vila Nova Famalicão 3 929 2 3 931 66 305 5 181 515 212 1343 2 070
CIRC.: VILA NOVA DE GAIA 13 401 0 13 401 35 856 15 949 599 464 2 891 3 954
Vila Nova de Gaia 13 401 0 13 401 35 856 15 949 599 464 2891 3 954
CIRC.: VILA REAL 2 813 12 2 825 63 365 3 902 404 241 1 065 1 710
Alijó 304 0 304 2 46 401 104 32 239 375
Mondim de Basto 213 6 219 9 16 318 0 70 39 109
Murça 145 2 147 5 17 192 16 17 64 97
Sabrosa 112 0 112 8 21 163 10 12 58 80
Vila Pouca de Aguiar 595 2 597 18 64 811 66 31 166 263
Vila Real 1 444 2 1 446 21 201 2 017 208 79 499 786
Jurisdição Penal
VII - 19
I ns t r u çã o
(1ª Parte)
Moviment ados Findos (continua...)
DIS TRITO JUDICIAL:CO IM BRA 54 8 23 0 882 321 1 981 524 104 628
DIS TRITO JUDICIAL: ÉVORA 44 7 * 24 1* 552 227 1 467 278* 58* 373
DIS TRITO JUDICIAL: LISBO A 1 30 2 60 5 1 701 798 4 406 1 071 201 1 272
DIS TRITO JUDICIAL: PORTO 1 24 9 44 1 1 811 680 4 181 1 214 287 1 501
* O Círculo de Setúbal não forneceu os dados referentes aos vindos do ano anterior em matéria de instrução requerida pelo arguido, os parciais
findos e os parciais pendentes para o ano seguinte.
Não pronúncia
31%
Jurisdição Penal
Pronúncia
69%
In s tr uç ão
(2ª Parte)
Findos (... C ontinuação) Pendente s p/o ano seguinte
T OTAIS NACIO NAIS 1 349 775 2 14 7 1 713 7 634 3 011 1 297 4 401
DIS TRITO JUDICIAL:CO IMBRA 23 1 141 372 276 1 276 484 2 21 705
DIS TRITO JUDICIAL: ÉVORA 18 5* 95 * 303 143 819 403* 1 52* 648
DIS TRITO JUDICIAL: LISBO A 48 4 304 788 888 2 948 943 5 15 1 458
DIS TRITO JUDICIAL: PORTO 44 9 235 684 406 2 591 1 181 4 09 1 590
Pronúncia
50%
Não pronúncia
50%
Jurisdição Penal
VII - 21
I ns t r u ç ã o
(1ª Parte)
Movimentados Findos (continua...)
Vindos do ano anterior Entrados Pronúncia
Total
Instrução Instrução Instrução Instrução Instrução
movimen Instrução
requerida requerida requerida requerida requerida
tados requerida Total
pelo pelo pelo pelo pelo
pelo arguido
arguido assistente arguido assistente assistente
DISTRITO JUDICIAL:COIMBRA 548 230 882 321 1 981 524 104 628
CIRC.: COVILHÃ 17 10 47 18 92 18 3 21
Jurisdição Penal
Covilhã 8 5 35 14 62 13 3 16
Fundão 9 3 10 3 25 3 0 3
Sabugal 0 2 2 1 5 2 0 2
CIRC.: ALCOBAÇA 13 5 18 8 74 50 28 78
Alcobaça 11 3 14 1 43 24 12 36
Nazaré 0 1 1 4 11 3 4 7
Porto de Mós 2 1 3 3 20 23 12 35
CIRC.: ANADIA 11 3 14 26 66 49 13 62
Águeda 8 1 9 24 43 13 5 18
Anadia 2 1 3 0 9 19 4 23
Mealhada 1 0 1 2 11 9 3 12
Oliveira do Bairro 0 1 1 0 3 8 1 9
CIRC.: COVILHÃ 10 7 17 16 54 24 14 38
Jurisdição Penal
Covilhã 6 3 9 10 35 18 9 27
Fundão 4 2 6 6 15 6 4 10
Sabugal 0 2 2 0 4 0 1 1
VII - 23
I ns t r u ç ã o
(1ª Parte)
Movimentados Findos (continua...)
Vindos do ano anterior Entrados Pronúncia
Instruçã o Instruçã o Instruçã o Instrução Total Instrução
Instrução
requerida requerida requerida requerida movimen requerida
tados requerida Total
pelo pelo pelo pelo pelo
pelo arguido
arguido assistente a rguido assistente assistente
CIRC .: SEIA 18 3 30 7 58 14 2 16
Celorico da Beira 3 1 2 1 7 2 1 3
Fornos de Algodre s 1 0 1 0 2 1 0 1
Gouveia 1 0 2 0 3 1 0 1
Nelas 2 0 5 2 9 3 1 4
Oliveira do Hospital 3 1 6 2 12 0 0 0
Seia 8 1 14 2 25 7 0 7
DISTRITO JUDICIA L: ÉVORA 447 241 552 227 1 467 278 58 373
CIRC.: GUARDA 14 6 20 21 70 25 10 35
Almeida 1 0 1 0 4 2 0 2
Figueira Cast. Rodrigo 1 1 2 0 3 0 0 0
Guarda 5 1 6 12 29 12 6 18
Meda 1 0 1 2 7 4 1 5
Pinhel 2 2 4 0 9 1 0 1
Trancoso 3 0 3 0 5 2 1 3
Vila Nova de Foz Côa 1 2 3 7 13 4 2 6
CIRC.: SEIA 7 3 10 4 30 24 4 28
Celorico da Beira 1 1 2 0 5 2 0 2
Fornos de Algodres 0 0 0 0 1 1 0 1
Gouveia 0 0 0 1 2 1 0 1
Nelas 1 0 1 0 5 3 1 4
Oliveira do Hospital 3 1 4 0 4 6 2 8
Seia 2 1 3 3 13 11 1 12
CIRC.: TOMAR 12 13 25 17 84 29 9 38
Alcanena 0 0 0 3 6 5 0 5
Ferreira do Zêzere 0 2 2 0 5 0 0 0
Tomar 9 6 15 2 30 7 1 8
Torres Novas 1 5 6 6 25 6 5 11
Vila Nova de Ourém 2 0 2 6 18 11 3 14
DISTRITO JUDICIAL: ÉVORA 185 95 280 143 759 403 152 555
CIRC.: ABRANTES 12 3 15 14 61 33 13 46
Abrantes 3 2 5 0 17 10 8 18
Entroncamento 1 0 1 6 12 15 0 15
Golegã 1 0 1 0 5 3 1 4
Mação 0 1 1 1 4 1 0 1
Ponte de Sor 7 0 7 7 23 4 4 8
VII - 25
I ns t r u ç ã o
(1ª Parte)
Movimentados Findos (continua...)
Vindos do ano anterior Entrados Pronúncia
Total
Instrução Instrução Instrução Instrução Instrução
movimen Instrução
requerida requerida requerida requerida requerida
tados requerida Total
pelo pelo pelo pelo pelo
pelo arguido
arguido assistente arguido assistente assistente
CIRC.: BEJA 19 7 32 12 70 26 4 30
Almodôvar 4 0 4 0 8 4 0 4
Beja 8 3 13 2 26 10 2 12
Cuba 0 0 2 4 6 2 0 2
Ferreira do Alentejo 0 0 4 2 6 4 2 6
Mértola 1 0 0 1 2 0 0 0
Moura 0 1 2 1 4 0 0 0
Ourique 2 3 0 0 5 0 0 0
Portel 3 0 6 0 9 5 0 5
Serpa 1 0 1 2 4 1 0 1
CIRC.: PORTALEGRE 22 12 29 11 74 21 5 26
Avis 3 0 2 0 5 3 0 3
Castelo de Vide 1 1 0 0 2 1 1 2
Elvas 8 1 11 5 25 3 2 5
Fronteira 2 3 2 0 7 2 1 3
Nisa 2 0 1 0 3 3 0 3
Portalegre 6 7 13 6 32 9 1 10
Monchique 1 2 0 0 0 0
Portimão 19 17 41 11 88 12 6 18
Silves 15 1 18 8 42 14 0 14
CIRC.: BEJA 7 7 14 9 53 13 4 17
Almodôvar 2 0 2 0 6 2 0 2
Beja 3 2 5 4 21 4 1 5
Cuba 0 2 2 1 5 0 1 1
Ferreira do Alentejo 0 0 0 0 6 0 0 0
Mértola 1 0 1 1 2 0 0 0
Moura 0 0 0 1 1 2 1 3
Ourique 0 1 1 2 3 1 1 2
Portel 0 0 0 0 5 4 0 4
Serpa 1 2 3 0 4 0 0 0
CIRC.: ÉVORA 39 17 56 7 92 17 1 18
Arraiolos 0 1 1 0 3 1 1 2
Estremoz 11 4 15 2 21 1 0 1
Évora 17 7 24 1 42 11 0 11
Montemor-o-Novo 8 2 10 2 16 0 0 0
Redondo 0 2 2 0 2 1 0 1
Reguengos Monsaraz 1 1 2 0 3 1 0 1
Vila Viçosa 2 0 2 2 5 2 0 2
CIRC.: PORTALEGRE 5 6 11 3 40 25 9 34
Avis 0 0 0 1 4 1 0 1
Castelo de Vide 0 0 0 0 2 0 0 0
Elvas 1 0 1 0 6 15 4 19
Fronteira 2 1 3 1 7 0 0 0
Nisa 0 0 0 0 3 0 0 0
Portalegre 2 5 7 1 18 9 5 14
CIRC.: PORTIMÃO 11 15 26 13 78 64 16 80
Lagos 1 0 1 0 8 13 4 17
2 3 0
Jurisdição Penal
Monchique 1 1 1 0 0
Portimão 7 7 14 11 43 35 10 45
Silves 2 7 9 1 24 16 2 18
CIRC.: SANTARÉM 14 10 24 32 91 30 17 47
Almeirim 2 1 3 3 10 4 0 4
Cartaxo 1 2 3 9 23 8 5 13
Coruche 3 1 4 2 10 4 4 8
Santarém 8 6 14 18 48 14 8 22
VII - 27
I ns t r u ç ã o
(1ª Parte)
Movimentados Findos (continua...)
DISTRITO JUDICIAL: LISBOA 1 302 605 1 701 798 4 406 1 071 201 1 272
CIRC.: SETÚBAL * * 23 35 95 * * 93
Setúbal * * 23 35 95 * * 93
DISTRITO JUDICIAL: LISBOA 484 304 788 888 2 948 943 515 1 458
CIRC.: FUNCHAL 8 9 17 13 53 42 29 71
Funchal 5 6 11 1 21 14 16 30
Ponta do Sol 1 2 3 6 13 4 0 4
Porto Santo 0 1 1 0 2 1 0 1
Santa Cruz 2 0 2 4 11 22 13 35
S. Vicente 0 0 0 2 6 1 0 1
CIRC.: LISBOA 227 142 369 472 1 427 261 129 390
Lisboa-T.I.C. 227 142 369 472 1 427 261 129 390
VII - 29
I ns t r u ç ã o
(1ª Parte)
Movimentados Findos (continua...)
Vila Verde 10 6 20 9 45 6 0 6
CIRC.: BRAGANÇA 15 4 24 10 53 14 0 14
Bragança 12 4 10 5 31 4 0 4
Macedo de Cavaleiros 2 0 6 2 10 3 0 3
Miranda do Douro 1 0 5 0 6 5 0 5
Vimioso 0 0 0 1 1 0 0 0
Vinhais 0 0 3 2 5 2 0 2
Não pronúncia
Instrução
Instrução Instrução Instrução
Outros requerida Total
requerida requerida Total findos requerida
Total motivos pelo pendentes
pelo arguido
pelo pelo assistente
arguido assistente
Vila Verde 3 2 5 19 30 8 7 15
CIRC.: BRAGANÇA 9 8 17 7 38 11 4 15
Bragança 8 6 14 6 24 5 2 7
Macedo de Cavaleiros 1 2 3 1 7 3 0 3
Miranda do Douro 0 0 0 0 5 1 0 1
Vimioso 0 0 0 0 0 0 1 1
Vinhais 0 0 0 0 2 2 1 3
VII - 31
I ns t r u ç ã o
(1ª Parte)
Movimentados Findos (continua...)
CIRC.: CHAVES 35 0 43 15 93 26 13 39
Boticas 1 0 4 1 6 1 0 1
Chaves 26 0 10 10 46 14 13 27
Montalegre 6 0 16 4 26 7 0 7
Valpaços 2 0 13 0 15 4 0 4
CIRC.: MATOSINHOS 0 0 0 0 0 0 0 0
Matosinhos 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: MIRANDELA 32 6 19 17 74 18 6 24
Alfândega da Fé 2 1 5 3 11 1 2 3
Carrazeda de Ansiães 3 0 2 0 5 4 0 4
Mirandela 13 2 5 9 29 4 1 5
Mogadouro 2 1 3 2 8 3 2 5
Torre de Moncorvo 7 2 2 3 14 4 1 5
Jurisdição Penal
Vila Flor 5 0 2 0 7 2 0 2
CIRC.: CHAVES 8 1 9 2 50 32 11 43
Boticas 1 1 2 1 4 2 0 2
Chaves 0 0 0 0 27 12 7 19
Montalegre 3 0 3 1 11 11 4 15
Valpaços 4 0 4 0 8 7 0 7
CIRC.: MATOSINHOS 0 0 0 0 0 0 0 0
Matosinhos 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: MIRANDELA 11 3 14 13 51 10 13 23
Alfândega da Fé 1 0 1 4 8 2 1 3
Carrazeda de Ansiães 0 0 0 0 4 1 0 1
Mirandela 6 1 7 4 16 4 9 13
Mogadouro 0 1 1 1 7 1 0 1
Torre de Moncorvo 3 1 4 1 10 1 3 4
Jurisdição Penal
Vila Flor 1 0 1 3 6 1 0 1
VII - 33
I ns t r u ç ã o
(1ª Parte)
Movimentados Findos (continua...)
Vindos do ano anterior Entrados Pronúncia
Instrução Instrução Instrução Instrução Total Instrução
Instrução
requerida requerida requerida requerida movimen requerida
tados requerida Total
pelo pelo pelo pelo pelo
pelo arguido
arguido assistente arguido assistente assistente
VII - 35
JURISDIÇÃO PENAL
Movimentados Findos
Pendentes
Vindos do Julgados p/o ano
Total
ano Entrados Total Condenação Outros seguinte
Absolvição Total findos
anterior a)
TOTAL NACIONAL
Tribunal de júri 12 11 23 8 0 8 0 8 15
Processo
comum
Tribunal colectivo 21 310 8 457 29 767 5 839 965 6 804 2 773 9 534 20 233
Tribunal singular 102 424 62 147 164 571 40 585 8 862 49 447 20 172 68 944 95 627
Sumários 6 475 32 856 39 331 23 209 535 23 744 7 264 30 465 8 866
Processos especiais
Síntese
Abreviados 11 386 6 026 17 412 5 600 419 6 019 4 804 10 711 6 701
Sumaríssimos 5 815 5 089 10 904 3520* 49* 3 688 1751* 5 448 5 456
Transgressões e contravenções 57 915 21 609 79 524 1607* 43* 1 942 74169* 76 111 3 413
Internamentos compulsivosb) 1 126 3 617 4 743 1904* 387* 2 380 1276* 3 654 1 089
Totais 206463 139812 346275 75241* 10781* 94032 35013 204875 141400
100 000
90 000
80 000
70 000
60 000
50 000
40 000
30 000
20 000
10 000
0
Coimbra Évora Lisboa Porto
VII - 37
Processos Penais Classificados
Movimentados Findos
Pendentes
Vindos do Julgados
Total p/o ano
ano Entrados Total Condena ção Outros seguinte
Absolvição Total findos
anterior a)
Tribunal de júri 1 2 3 0 0 0 0 0 3
Processo
com um
Tribunal colectivo 2 156 892 3 048 978 144 1 122 196 1 248 1 800
Tribunal singular 12 801 10 488 23 289 9 010 1 490 10 500 2 211 11 901 11 388
Sumários 723 5 518 6 241 5 124 116 5 240 602 5 158 1 083
Processos esp ecia is
Síntese
Abreviados 855 1 079 1 934 1 182 99 1 281 144 1 277 657
Sumaríssimos 597 861 1 458 962 7 969 74 1 007 451
Transgressões e contravenções 122 24 146 39 3 42 47 89 57
b) 167 531 698 367 65 432 142 572 126
Internamentos compulsivos
Totais 17 422 19 395 36 817 17 662 1 924 19 586 3 416 21 252 15 565
CIRC.: ALCOBAÇA
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: ANADIA
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: COIMBRA
Tribunal de júri 0 1 1 0 0 0 0 0 1
Processo
com um
CIRC.: COVILHÃ
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: GUARDA
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: LEIRIA
Jurisdição Penal
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
VII - 39
Processos Penais Classificados
Movimentados Findos
Pendentes
Vindos do Julgados p/o ano
Total
ano Entrados Total Condena ção Outros seguinte
Absolvição Total findos
anterior a)
CIRC.: POMBAL
Tribunal de júri 1 0 1 0 0 0 0 0 1
Processo
com um
CIRC.: SEIA
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.:TOMAR
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: VISEU
Tribunal de júri 0 1 1 0 0 0 0 0 1
Processo
com um
Tribunal de júri 3 4 6 2 0 2 0 2 4
Processo
com um
Tribunal singular 1 8 790 8 643 27 433 6 159 1 258 7 41 7 1 088 8 640 18 793
Processos especiais
Sum ários 1 329 5 467 6 796 4 394 138 4 53 2 266 4 939 1 857
Síntese
Abreviados 2 201 1 000 3 201 1 442 97 1 53 9 116 1 691 1 510
Sum aríssim os 1 241 1 027 2 268 637 3 75 9 32 836 1 432
Transgressões e contravenções 726 5 731 90 1 32 0 8 328 403
b)
Internamentos compulsivos 133 294 427 96 39 22 4 47 271 156
T otais 26 838 17 399 44 236 13 592 1 679 14 708 1 650 17 742 26 494
* O Círculo de Setúbal não forneceu os totais parciais
CIRC.: ABRANTES
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: BEJA
Tribunal de júri 1 0 1 1 0 1 0 1 0
Processo
com um
CIRC.: ÉVORA
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: FARO
Tribunal de júri 1 1 2 0 0 0 0 0 2
Processo
com um
CIRC.: LOULÉ
Jurisdição Penal
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
Sumaríssimos 36 32 68 32 0 32 0 32 36
Transgressões e contravenções 19 0 19 19 0 19 0 19 0
b)
Internamentos compulsivos 2 31 33 0 4 4 16 20 13
VII - 41
Processos Penais Classificados
Movimentados Findos
Pendentes
Vindos do Julgados p/o ano
Total
ano Entrados Total Condenação Outros seguinte
Absolvição Total findos
anterior a)
CIRC.: PORTALEGRE
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: PORTIMÃO
Tribunal de júri 0 1 1 0 0 0 0 0 1
Processo
com um
CIRC.: SANTARÉM
Tribunal de júri 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: SETÚBAL
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jurisdição Penal
Processo
com um
Tribunal colectivo 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Tribunal singular 3 861 1 121 4 982 499 194 693 242 935 4 047
Processos especia is
Tribunal colectivo 13 113 3 505 16 618 2 008 277 2 285 2 006 4 291 12 327
Tribunal singular 44 900 19 946 64 846 10 617 2 720 13 337 10 950 24 287 40 559
Processos esp eciais
CIRC.: ALMADA
Tribunal de júri 2 1 3 1 0 1 0 1 2
Processo
com um
CIRC.: AMADORA
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
Tribunal colectivo 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Tribunal singular 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processos esp eciais
Sumários 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Abreviados 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Sumaríssimos 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Transgressões e contravenções 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Internamentos compulsivosb) 0 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: BARREIRO
Jurisdição Penal
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
VII - 43
Processos Penais Classificados
Movimentados Findos
Pendentes
Vindos do Julgados
Total p/o ano
ano Entrados Total Condenação Outros seguinte
Absolvição Total findos
anterior a)
CIRC.: CASCAIS
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: FUNCHAL
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: LISBOA
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
Tribunal colectivo 8 592 1 630 10 222 769 124 893 930 1 823 8 399
Tribunal singular 13 978 6 463 20 441 3 567 1 357 4 924 1 949 6 873 13 568
Processos especiais
CIRC.: LOURES
Jurisdição Penal
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: OEIRAS
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: SINTRA
Tribunal de júri 1 1 2 0 0 0 0 0 2
Processo
com um
Tribunal colectivo 636 154 790 123 20 143 196 339 451
Tribunal singular 4 603 1 449 6 052 591 133 724 672 1 396 4 656
Processos esp ecia is
Tribunal de júri 2 0 2 1 0 1 0 1 1
Processo
com um
VII - 45
Processos Penais Classificados
Movimentados Findos
Pendentes
Vindos do Julgados
Total p/o ano
ano Entrados Total Condena ção Outros seguinte
Absolvição Total findos
anterior a)
Tribunal de júri 2 2 4 4 0 4 0 4 0
Processo
com um
Tribunal colectivo 3 626 3 101 6 727 2 081 401 2 482 478 2 960 3 767
Tribunal singular 25 933 23 070 49 003 14 799 3 394 18 193 5 923 24 116 24 887
Sumários 1 209 10 763 11 972 8 898 204 9 102 827 9 929 2 043
Processos especia is
Síntese
Abreviados 1 124 1 371 2 495 1 403 89 1 492 191 1 683 812
Sumaríssimos 720 1 388 2 108 1 159 34 1 193 145 1 338 770
Transgressões e contravenções 493 805 1 298 355 31 386 452 838 460
Internamentos compulsivosb) 324 1 088 1 412 586 172 758 231 989 423
Totais 33 431 41 588 75 019 29 285 4 325 33 610 8 247 41 857 33 162
CIRC.: BARCELOS
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: BRAGA
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: BRAGANÇA
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
Tribunal colectivo 57 41 98 47 3 50 5 55 43
Tribunal singular 305 357 662 261 50 311 114 425 237
Processos especia is
CIRC.: CHAVES
Jurisdição Penal
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: GONDOMAR
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: GUIMARÃES
Tribunal de júri 0 1 1 1 0 1 0 1 0
Processo
com um
CIRC.: LAMEGO
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: MAIA
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: MATOSINHOS
Jurisdição Penal
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
VII - 47
Processos Penais Classificados
Movimentados Findos
Pendentes
Vindos do Julgados
Total p/o ano
ano Entrados Total Condenação Outros seguinte
Absolvição Total findos
anterior a)
CIRC.: MIRANDELA
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
Tribunal colectivo 47 26 73 22 7 29 3 32 41
Tribunal singular 441 258 699 228 38 266 99 365 334
Processos esp ecia is
CIRC.: PAREDES
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
CIRC.: PENAFIEL
Tribunal de júri 0 1 1 1 0 1 0 1 0
Processo
com um
CIRC.: PORTO
Jurisdição Penal
Tribunal de júri 2 0 2 2 0 2 0 2 0
Processo
com um
Tribunal colectivo 1 087 667 1 754 450 131 581 73 654 1 100
Tribunal singular 4 644 2 463 7 107 1 483 513 1 996 1 256 3 252 3 855
Processos esp ecia is
Tribunal de júri 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Processo
com um
VII - 49
Processos Penais Classificados
Movimentados Findos
Pendentes
Vindos do Julgados
Total p/o ano
ano Entrados Total Condenação Outros seguinte
Absolvição Total findos
anterior a)
Execução de Penas
Mov im enta dos P end ente s
Espécies V indos d o F indos p/ o a no
En tr ados To tal
an o ant erior s egu in te
T OT AL N A CIO N AL 1 2 0 31 29 193 41 224 30 920 10 304
D IST RITO JU D ICIAL : C O IM BR A
P roces sos g ra cios os 1 3 68 3 847 5 215 3 978 1 237
P roces sos comp lem enta res 2 91 105 396 78 318
Outr os 37 27 64 25 39
To tais 1 6 96 3 979 5 675 4 081 1 594
D IST RITO JU D ICIAL : É VO RA
P roces sos g ra cios os 1 9 53 2 552 4 505 2 807 1 698
P roces sos comp lem enta res 1 85 94 279 82 197
Outr os 19 45 64 40 24
To tais 2 1 57 2 691 4 848 2 929 1 919
D IST RITO JU D ICIAL : L ISBO A
P roces sos g ra cios os 4 6 61 16 061 20 722 17 071 3 651
P roces sos comp lem enta res 4 42 354 796 366 430
Outr os 44 559 603 535 68
To tais 5 1 47 16 974 22 121 17 972 4 149
D IST RITO JU D ICIAL : PO RT O
P roces sos g ra cios os 2 7 81 5 389 8 170 5 816 2 354
P roces sos comp lem enta res 2 19 149 368 103 265
Outr os 31 11 42 19 23
To tais 3 0 31 5 549 8 580 5 938 2 642
22 000
20 000
18 000
16 000
14 000
12 000
10 000
8 000
6 000
4 000
2 000
0
Movimentados
findos
Pendentes
Movimentados
findos
Pendentes
Movimentados
findos
Pendentes
Movimentados
findos
Pendentes
VII - 51
JURISDIÇÃO CÍVEL
TOTAIS NACIONAIS
Contencioso patrimonial do Estado 783 462 113 1358 384 67 451 907
Defesa de menores, incapazes e ausentes 4328 2981 413 7722 3059 378 3437 4285
Síntese
Relativas a interesses difusos 168 196 14 378 172 21 193 185
Outras acções diversas 1423 1445 49 2917 1752 183 1935 982
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
Coimbra Évora Lisboa Porto
VII - 55
Acções Cíveis (declarativas e especiais) com intervenção principal do Ministério Público
CIRC.: ALCOBAÇA
Contencioso patrimonial do Estado 3 1 1 5 0 0 0 5
Defesa de menores, incapazes e ausentes 19 11 4 34 6 2 8 26
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 34 2 7 43 23 1 24 19
CIRC.: ANADIA
Contencioso patrimonial do Estado 6 0 0 6 1 0 1 5
Defesa de menores, incapazes e ausentes 27 6 0 33 27 0 27 6
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 8 6 0 14 8 0 8 6
CIRC.: AVEIRO
Contencioso patrimonial do Estado 20 31 0 51 33 2 35 16
Defesa de menores, incapazes e ausentes 36 28 0 64 23 1 24 40
Relativas a interesses difusos 1 0 0 1 0 0 0 1
Outras acções diversas 9 10 0 19 13 0 13 6
CIRC.: COIMBRA
Contencioso patrimonial do Estado 3 4 6 13 2 0 2 11
Defesa de menores, incapazes e ausentes 30 32 0 62 23 8 31 31
Relativas a interesses difusos 14 0 0 14 3 1 4 10
Jurisdição Cível
CIRC.: COVILHÃ
Contencioso patrimonial do Estado 0 0 1 1 0 0 0 1
Defesa de menores, incapazes e ausentes 12 18 0 30 15 0 15 15
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 0 1 0 1 0 0 0 1
CIRC.: GUARDA
Contencioso patrimonial do Estado 0 0 0 0 0 0 0 0
Defesa de menores, incapazes e ausentes 20 20 0 40 16 2 18 22
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 2 1 0 3 1 0 1 2
CIRC.: LEIRIA
Contencioso patrimonial do Estado 5 0 3 8 1 3 4 4
Defesa de menores, incapazes e ausentes 44 145 20 209 63 5 68 141
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: POMBAL
Contencioso patrimonial do Estado 4 3 1 8 2 0 2 6
Defesa de menores, incapazes e ausentes 73 47 6 126 58 7 65 61
Relativas a interesses difusos 4 0 0 4 4 0 4 0
Outras acções diversas 11 18 1 30 8 2 10 20
CIRC.: SEIA
Contencioso patrimonial do Estado 0 0 2 2 0 2 2 0
Defesa de menores, incapazes e ausentes 16 51 0 67 54 1 55 12
Relativas a interesses difusos 0 2 0 2 2 0 2 0
Outras acções diversas 27 20 0 47 20 9 29 18
CIRC.:TOMAR
Contencioso patrimonial do Estado 3 0 2 5 2 0 2 3
Defesa de menores, incapazes e ausentes 107 89 5 201 117 17 134 67
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Jurisdição Cível
CIRC.: VISEU
Contencioso patrimonial do Estado 5 0 2 7 1 0 1 6
Defesa de menores, incapazes e ausentes 54 60 0 114 61 2 63 51
Relativas a interesses difusos 1 0 0 1 0 0 0 1
Outras acções diversas 13 18 0 31 10 1 11 20
VII - 57
Acções Cíveis (declarativas e especiais) com intervenção principal do Ministério Público
CIRC.: ABRANTES
Contencioso patrimonial do Estado 3 1 0 4 3 1 4 0
Defesa de menores, incapazes e ausentes 50 57 9 116 71 5 76 40
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: BEJA
Contencioso patrimonial do Estado 10 2 0 12 3 1 4 8
Defesa de menores, incapazes e ausentes 31 5 3 39 30 1 31 8
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 0 4 0 4 1 1 2 2
CIRC.: ÉVORA
Contencioso patrimonial do Estado 8 4 1 13 3 0 3 10
Defesa de menores, incapazes e ausentes 45 57 0 102 46 0 46 56
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 4 8 0 12 7 1 8 4
CIRC.: FARO
Contencioso patrimonial do Estado 10 2 1 13 5 0 5 8
Defesa de menores, incapazes e ausentes 53 26 4 83 25 0 25 58
Relativas a interesses difusos 1 0 0 1 1 0 1 0
Outras acções diversas 63 2 1 66 3 0 3 63
CIRC.: LOULÉ
Contencioso patrimonial do Estado 6 1 3 10 3 0 3 7
Defesa de menores, incapazes e ausentes 33 13 1 47 11 6 17 30
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Jurisdição Cível
CIRC.: PORTALEGRE
Contencioso patrimonial do Estado 1 1 1 3 1 0 1 2
Defesa de menores, incapazes e ausentes 60 55 1 116 61 9 70 46
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 28 19 2 49 25 5 30 19
C IRC.: PORTIMÃO
Contencioso patrim onial do Estado 1 2 1 4 1 0 1 3
Defesa de menores, incapazes e ausentes 13 15 1 29 12 0 12 17
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 10 6 4 20 8 4 12 8
C IRC.: SANTARÉM
Contencioso patrim onial do Estado 0 2 0 2 0 0 0 2
Defesa de menores, incapazes e ausentes 107 92 0 199 104 6 110 89
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 64 0 1 65 57 7 64 1
C IRC.: ALMADA
Contencioso patrim onial do Estado 80 35 5 120 17 0 17 10 3
Defesa de menores, incapazes e ausentes 196 50 59 305 99 4 103 20 2
Relativas a interesses difusos 1 5 0 6 4 0 4 2
Jurisdição Cível
C IRC.: AMADORA
Contencioso patrim onial do Estado 27 3 1 31 0 0 0 31
Defesa de menores, incapazes e ausentes 209 27 47 283 25 0 25 25 8
Relativas a interesses difusos 0 2 0 2 2 0 2 0
Outras acções diversas 0 0 0 0 0 0 0 0
VII - 59
Acções Cíveis (declarativas e especiais) com intervenção principal do Ministério Público
CIRC.: BARREIRO
Contencioso patrimonial do Estado 4 11 0 15 7 5 12 3
Defesa de menores, incapazes e ausentes 2 2 0 4 2 0 2 2
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 255 6 0 261 252 2 254 7
CIRC.: CASCAIS
Contencioso patrimonial do Estado 10 13 2 25 4 0 4 21
Defesa de menores, incapazes e ausentes 106 25 0 131 24 0 24 107
Relativas a interesses difusos 2 0 0 2 2 0 2 0
Outras acções diversas 25 5 0 30 4 0 4 26
CIRC.: FUNCHAL
Contencioso patrimonial do Estado 17 13 1 31 1 13 14 17
Defesa de menores, incapazes e ausentes 58 27 19 104 12 0 12 92
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 51 0 0 51 1 0 1 50
CIRC.: LISBOA
Contencioso patrimonial do Estado 334 173 24 531 177 18 195 336
Defesa de menores, incapazes e ausentes 860 156 142 1158 400 141 541 617
Relativas a interesses difusos 93 145 12 250 107 16 123 127
Jurisdição Cível
CIRC.: LOURES
Contencioso patrimonial do Estado 12 1 1 14 0 0 0 14
Defesa de menores, incapazes e ausentes 107 73 0 180 0 0 0 180
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.:OEIRAS
Contencioso patrimonial do Estado 18 3 6 27 7 5 12 15
Defesa de menores, incapazes e ausentes 63 38 20 121 56 0 56 65
Relativas a interesses difusos 0 3 0 3 0 0 0 3
Outras acções diversas 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: SINTRA
Contencioso patrimonial do Estado 24 2 1 27 11 1 12 15
Defesa de menores, incapazes e ausentes 138 76 1 215 56 6 62 153
Relativas a interesses difusos 23 2 0 25 3 0 3 22
Outras acções diversas 28 14 2 44 25 0 25 19
CIRC.: BARCELOS
Contencioso patrimonial do Estado 8 1 2 11 2 1 3 8
Defesa de menores, incapazes e ausentes 92 177 5 274 170 16 186 88
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 0 0 0 0 0 0 0 0
VII - 61
Acções Cíveis (declarativas e especiais) com intervenção principal do Ministério Público
CIRC.: BRAGA
Contencioso patrimonial do Estado 4 6 5 15 3 1 4 11
Defesa de menores, incapazes e ausentes 35 28 3 66 37 0 37 29
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 36 53 11 100 63 6 69 31
CIRC.: BRAGANÇA
Contencioso patrimonial do Estado 0 2 1 3 0 1 1 2
Defesa de menores, incapazes e ausentes 0 4 0 4 2 0 2 2
Relativas a interesses difusos 0 1 0 1 1 0 1 0
Outras acções diversas 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: CHAVES
Contencioso patrimonial do Estado 1 0 0 1 0 0 0 1
Defesa de menores, incapazes e ausentes 2 6 0 8 4 0 4 4
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 1 0 0 1 1 0 1 0
CIRC.: GONDOMAR
Contencioso patrimonial do Estado 0 2 4 6 0 0 0 6
Defesa de menores, incapazes e ausentes 50 30 3 83 18 2 20 63
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 4 0 0 4 4 0 4 0
CIRC.: GUIMARÃES
Contencioso patrimonial do Estado 0 0 1 1 0 0 0 1
Defesa de menores, incapazes e ausentes 9 7 0 16 6 8 14 2
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 3 81 0 84 72 9 81 3
CIRC.: LAMEGO
Contencioso patrimonial do Estado 2 2 0 4 3 0 3 1
Defesa de menores, incapazes e ausentes 83 26 0 109 58 7 65 44
Relativas a interesses difusos 0 3 0 3 0 0 0 3
Jurisdição Cível
CIRC.: MAIA
Contencioso patrimonial do Estado 0 0 0 0 0 0 0 0
Defesa de menores, incapazes e ausentes 28 17 1 46 2 1 3 43
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 2 12 0 14 6 0 6 8
CIRC.: MATOSINHOS
Contencioso patrimonial do Estado 6 2 6 14 4 2 6 8
Defesa de menores, incapazes e ausentes 12 25 2 39 17 2 19 20
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: MIRANDELA
Contencioso patrimonial do Estado 5 1 0 6 2 1 3 3
Defesa de menores, incapazes e ausentes 22 26 3 51 28 1 29 22
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 5 2 4 11 3 2 5 6
CIRC.: PAREDES
Contencioso patrimonial do Estado 2 20 8 30 13 0 13 17
Defesa de menores, incapazes e ausentes 44 75 40 159 22 36 58 101
Relativas a interesses difusos 0 1 0 1 0 0 0 1
Outras acções diversas 0 65 0 65 11 36 47 18
CIRC.: PENAFIEL
Contencioso patrimonial do Estado 1 0 0 1 0 0 0 1
Defesa de menores, incapazes e ausentes 242 177 0 419 230 4 234 185
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções diversas 135 93 2 230 99 3 102 128
CIRC.: PORTO
Contencioso patrimonial do Estado 13 8 0 21 21 0 21 0
Defesa de menores, incapazes e ausentes 35 67 0 102 84 0 84 18
Relativas a interesses difusos 0 0 0 0 0 0 0 0
Jurisdição Cível
VII - 63
Acções Cíveis (declarativas e especiais) com intervenção principal do Ministério Público
S ín tese Autoriza ção para prá tic a de actos 57 5 1 97 7 1 632 144 1 776 7 76 6 72 6
300
250
200
150
100
50
Procedentes improcedentes
VII - 67
Procedimentos do M.P. previstos no DL 272/2001 - Cível Família e Menores
Findos Findos
Vindos Pendentes
Espécies do ano Entrados Proce- Improce- p/o ano s/pedido de c/pedido de
anterior Total seguinte reapreciação reapreciação
dentes dentes
judicial judicial
Suprimento de consentimento 9 19 11 5 16 12 8 0
Autorização para alienação/oneração 28 11 15 18 33 6 25 0
Síntese Autorização para prática de actos 92 160 138 22 160 92 98 3
Confirmação de actos 1 15 15 0 15 1 2 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
Totais 130 205 179 45 224 111 133 3
CIRC.: ALCOBAÇA
Suprimento de consentimento 2 0 2 0 2 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 9 21 18 7 25 5 9 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: ANADIA
Suprimento de consentimento 2 7 1 1 2 7 1 0
Autorização para alienação/oneração 0 1 0 0 0 1 0 0
Autorização para prática de actos 3 13 6 0 6 10 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: AVEIRO
Suprimento de consentimento 0 2 0 0 0 2 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 4 10 11 2 13 1 13 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Jurisdição Família e Menores
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: COIMBRA
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 33 15 26 2 28 20 26 2
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: COVILHÃ
Suprimento de consentimento 1 1 1 0 1 1 0 0
Autorização para alienação/oneração 1 1 1 0 1 1 0 0
Autorização para prática de actos 1 3 3 0 3 1 3 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: GUARDA
Suprimento de consentimento 0 3 2 1 3 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 3 11 5 1 6 8 2 0
Confirmação de actos 1 4 4 0 4 1 1 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: LEIRIA
Suprimento de consentimento 3 3 3 3 6 0 6 0
Autorização para alienação/oneração 22 0 6 16 22 0 22 0
Autorização para prática de actos 3 22 12 0 12 13 12 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: SEIA
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 2 2 0 2 0 0 0
Autorização para prática de actos 5 5 6 0 6 4 0 0
Confirmação de actos 0 1 1 0 1 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
VII - 69
Procedimentos do M.P. previstos no DL 272/2001 - Cível Família e Menores
Findos Findos
Vindos Pendentes
Espécies do ano Entrados Proce- Improce- p/o ano s/pedido de c/pedido de
anterior Total seguinte reapreciação reapreciação
dentes dentes
judicial judicial
CIRC.:TOMAR
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 1 25 21 2 23 3 1 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: VISEU
Suprimento de consentimento 1 2 2 0 2 1 1 0
Autorização para alienação/oneração 4 2 1 2 3 3 1 0
Autorização para prática de actos 14 10 13 2 15 9 13 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
Suprimento de consentimento 8 7 7 2 9 6 1 0
Autorização para alienação/oneração 1 1 1 0 1 1 0 0
Síntese Autorização para prática de actos 78 224 173 24 197 105 76 0
Confirmação de actos 0 40 37 1 38 2 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
Totais 87 272 218 27 245 114 77 0
CIRC.: ABRANTES
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 3 83 63 4 67 19 2 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Jurisdição Família e Menores
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: BEJA
Suprimento de consentimento 1 2 1 1 2 1 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 1 1 0 1 0 0 0
Autorização para prática de actos 16 18 10 7 17 17 6 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: ÉVORA
Suprimento de consentimento 1 1 2 0 2 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 10 49 48 1 49 10 44 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: FARO
Suprimento de consentimento 0 2 1 0 1 1 1 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 2 11 5 0 5 8 5 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: LOULÉ
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: PORTALEGRE
Suprimento de consentimento 4 1 2 1 3 2 0 0
Autorização para alienação/oneração 1 0 0 0 0 1 0 0
Autorização para prática de actos 3 6 5 0 5 4 5 0
Confirmação de actos 0 5 5 0 5 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: PORTIMÃO
Suprimento de consentimento 2 1 1 0 1 2 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 7 16 8 3 11 12 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
VII - 71
Procedimentos do M.P. previstos no DL 272/2001 - Cível Família e Menores
Findos Findos
Vindos Pendentes
Espécies do ano Entrados Proce- Improce- p/o ano s/pedido de c/pedido de
anterior Total seguinte reapreciação reapreciação
dentes dentes
judicial judicial
CIRC.: SETÚBAL
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 11 10 9 1 10 11 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
Suprimento de consentimento 30 28 14 5 19 39 8 0
Autorização para alienação/oneração 16 72 24 9 33 55 8 0
Síntese Autorização para prática de actos 194 554 503 51 554 194 455 2
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 1 1 1 0 1 1 1 0
Totais 241 655 542 65 607 289 472 2
CIRC.: ALMADA
Suprimento de consentimento 15 8 0 0 0 23 0 0
Autorização para alienação/oneração 2 7 1 0 1 8 1 0
Autorização para prática de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: AMADORA
Suprimento de consentimento 0 1 1 0 1 0 1 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 1 8 8 1 9 0 9 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Jurisdição Família e Menores
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: BARREIRO
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 2 14 6 7 13 3 0 0
Autorização para prática de actos 0 2 0 0 0 2 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: CASCAIS
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 44 379 364 13 377 46 376 1
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: FUNCHAL
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 3 13 9 1 10 6 1 0
Autorização para prática de actos 16 20 28 0 28 8 27 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: LISBOA
Suprimento de consentimento 4 3 3 1 4 3 0 0
Autorização para alienação/oneração 1 0 1 0 1 0 0 0
Autorização para prática de actos 83 38 25 16 41 80 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: OEIRAS
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
VII - 73
Procedimentos do M.P. previstos no DL 272/2001 - Cível Família e Menores
Findos Findos
Vindos Pendentes
Espécies do ano Entrados Proce- Improce- p/o ano s/pedido de c/pedido de
anterior Total seguinte reapreciação reapreciação
dentes dentes
judicial judicial
CIRC.: SINTRA
Suprimento de consentimento 1 2 0 1 1 2 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 6 25 15 5 20 11 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
Suprimento de consentimento 9 16 11 2 13 12 7 0
Autorização para alienação/oneração 124 382 458 8 466 40 13 2
Síntese Autorização para prática de actos 211 1 039 818 47 865 385 43 1
Confirmação de actos 2 86 82 3 85 3 80 2
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
Totais 346 1 523 1 369 60 1 429 440 143 5
CIRC.: BARCELOS
Suprimento de consentimento 0 1 0 0 0 1 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 2 13 6 3 9 6 9 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: BRAGA
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 26 343 350 0 350 19 0 0
Autorização para prática de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: BRAGANÇA
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 3 0 1 1 2 1 0
Autorização para prática de actos 1 12 9 1 10 3 1 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: CHAVES
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 5 5 4 2 6 4 4 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: GONDOMAR
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: GUIMARÃES
Jurisdição Família e Menores
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 4 2 0 2 2 0 2
Autorização para prática de actos 26 876 609 23 632 270 1 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: LAMEGO
Suprimento de consentimento 0 4 3 0 3 1 0 0
Autorização para alienação/oneração 4 1 2 0 2 3 0 0
Autorização para prática de actos 4 15 9 1 10 9 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
VII - 75
Procedimentos do M.P. previstos no DL 272/2001 - Cível Família e Menores
Findos Findos
Vindos Pendentes
Espécies do ano Entrados Proce- Improce- p/o ano s/pedido de c/pedido de
anterior Total seguinte reapreciação reapreciação
dentes dentes
judicial judicial
CIRC.: MAIA
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 7 2 4 6 1 6 0
Autorização para prática de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: MATOSINHOS
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: MIRANDELA
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 6 2 1 4 5 3 0 0
Confirmação de actos 2 3 2 1 3 2 1 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: PAREDES
Suprimento de consentimento 1 0 1 0 1 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 1 1 0 1 0 1 0
Autorização para prática de actos 3 6 6 0 6 3 1 0
Confirmação de actos 0 1 1 0 1 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: PENAFIEL
Suprimento de consentimento 4 2 2 1 3 3 3 0
Autorização para alienação/oneração 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para prática de actos 19 9 5 1 6 22 5 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: PORTO
Suprimento de consentimento 0 0 0 0 0 0 0 0
Autorização para alienação/oneração 0 1 0 0 0 1 0 0
Autorização para prática de actos 27 38 35 7 42 23 0 0
Confirmação de actos 0 0 0 0 0 0 0 0
Aceitação/rejeição de liberalidades 0 0 0 0 0 0 0 0
VII - 77
Procedimentos do M.P. previstos no DL 272/2001 - Cível Família e Menores
Findo s Findos
Vindos Pende ntes
Espé cies do ano Entrad os Proce- Improce - p/o ano s/pedido de c/pe dido de
anterior Total seguinte reapreciação reapreciação
dentes dentes
judicial judicial
45000
40000
35000
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
Coimbra Évora Lisboa Porto
VII - 79
Acções Tutelares Cíveis e Incidentes
Movimentadas Pendentes
Vindas do
Findas p/o ano
ano Entradas Total
seguinte
anterior
Tutela 32 38 70 43 27
CIRC.: ALCOBAÇA
Tutela 4 2 6 2 4
Confiança judicial para adopção 2 4 6 4 2
Consentimento prévio para adopção 0 1 1 1 0
Plena 4 12 16 12 4
Adopção
Restrita 0 0 0 0 0
Acção de regulação 186 207 393 207 186
Exercício do
Acção de alteração à regulação 251 193 444 166 278
poder paternal
Acção de inibição ou de limitação 3 4 7 2 5
Acção de fixação 2 0 2 1 1
Alimentos Acção de alteração 1 3 4 1 3
Execução 0 0 0 0 0
Entrega judicial 1 2 3 1 2
De paternidade 23 9 32 27 5
Averiguação
De maternidade 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impugnação da paternidade presumida 0 0 0 0 0
Outras 10 6 16 11 5
CIRC.: ANADIA
Jurisdição Família e Menores
Tutela 0 0 0 0 0
Confiança judicial para adopção 0 2 2 2 0
Consentimento prévio para adopção 0 0 0 0 0
Plena 4 5 9 7 2
Adopção
Restrita 0 1 1 1 0
Acção de regulação 113 175 288 189 99
Exercício do
Acção de alteração à regulação 135 159 294 136 158
poder paternal
Acção de inibição ou de limitação 0 0 0 0 0
Acção de fixação 2 5 7 5 2
Alimentos Acção de alteração 4 1 5 1 4
Execução 9 0 9 0 9
Entrega judicial 0 2 2 1 1
De paternidade 17 18 35 29 6
Averiguação
De maternidade 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impugnação da paternidade presumida 0 0 0 0 0
Outras 1 7 8 1 7
C IRC.: CO IM BRA
Tu tela
Jurisdição Família e Menores
6 0 6 6 0
C onfiança ju dic ial para adopç ão 4 0 4 4 0
C onsentimen to prévio p ara ad opção 6 10 16 12 4
Plen a 4 54 58 54 4
Adopç ão
Restrita 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 39 8 7 94 11 92 816 376
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 80 8 10 50 18 58 804 1 054
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 34 46 80 46 34
Ac ção de fixação 4 8 12 6 6
Alimentos Ac ção de altera ção 34 51 85 48 37
Exe cução 9 26 35 23 12
Entrega judicial 2 4 6 3 3
De pate rn id ade 74 84 1 58 60 98
Ave rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 42 43 85 51 34
VII - 81
Acções Tutelares Cíveis e Incidentes
Movimentadas Pend entes
Vin das do
Findas p/o ano
ano Entradas Tota l
se guinte
anterior
C IRC.: CO VILHÃ
Tu tela 2 0 2 1 1
C onfiança ju dic ial para adopç ão 1 2 3 1 2
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 0 0 0 0
Plena 0 4 4 4 0
A dopç ão
Restrit a 0 1 1 1 0
Ac ção de regulação 58 1 14 1 72 116 56
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 57 1 18 1 75 93 82
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limitação 0 0 0 0 0
Ac ção de fixação 1 1 2 2 0
A limentos Ac ção de altera ção 3 7 10 5 5
Exe cução 2 31 33 18 15
Entrega judicial 0 0 0 0 0
De pate rn id ade 10 13 23 15 8
A ve rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 0 3 3 3 0
C IRC.: FIGUEIRA D A FO Z
Tu tela 1 0 1 1 0
C onfiança ju dic ial para adopç ão 0 0 0 0 0
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 2 2 0 2
Plena 1 6 7 5 2
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 12 2 2 10 3 32 182 150
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 14 3 2 01 3 44 168 176
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limitação 2 5 7 3 4
Ac ção de fixação 2 5 7 1 6
A limentos Ac ção de altera ção 2 1 3 3 0
Exe cução 3 0 3 3 0
Entrega judicial 1 1 2 2 0
De pate rn id ade 19 22 41 25 16
A ve rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 1 19 20 7 13
Jurisdição Família e Menores
C IRC.: GUARDA
Tu tela 2 2 4 3 1
C onfiança ju dic ial para adopç ão 2 0 2 2 0
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 0 0 0 0
Plena 0 7 7 4 3
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 47 76 1 23 65 58
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 41 79 1 20 58 62
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limitação 1 1 2 0 2
Ac ção de fixação 0 2 2 1 1
A limentos Ac ção de altera ção 0 1 1 0 1
Exe cução 13 5 18 6 12
Entrega judicial 0 0 0 0 0
De pate rn id ade 12 12 24 15 9
A ve rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 1 0 1 1 0
O utras 0 0 0 0 0
C IRC.: LEIRIA
Tu tela 0 1 1 0 1
C onfiança ju dic ial para adopç ão 2 0 2 2 0
C onsentimento prévio p ara ad opção 2 0 2 0 2
Plena 4 7 11 11 0
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 16 9 1 33 3 02 81 221
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 31 4 1 15 4 29 108 321
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 7 4 11 3 8
Ac ção de fixação 3 0 3 0 3
A limentos Ac ção de altera ção 20 1 21 1 20
Exe cução 4 3 7 5 2
Entrega judicial 1 0 1 0 1
De pate rnid ade 35 51 86 68 18
A ve rigu ação
De mate rn ida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 12 1 13 12 1
C IRC.: PO MBAL
Tu tela 0 3 3 2 1
C onfiança ju dic ial para adopç ão 1 0 1 1 0
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 2 2 2 0
Plena 1 7 8 6 2
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 82 1 13 1 95 116 79
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 14 0 1 68 3 08 140 168
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 1 3 4 1 3
Ac ção de fixação 1 1 2 1 1
A limentos Ac ção de altera ção 2 4 6 2 4
Exe cução 11 11 22 8 14
Entrega judicial 0 3 3 2 1
De pate rnid ade 4 14 18 16 2
A ve rigu ação
De mate rn ida de 1 0 1 1 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 3 3 6 4 2
C IRC.: SEIA
Tu tela 1 2 3 1 2
Jurisdição Família e Menores
C onfiança ju dic ial para adopç ão 1 0 1 1 0
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 1 1 1 0
Plena 0 0 0 0 0
A dopç ão
Restrit a 2 2 4 2 2
Ac ção de regulação 52 99 1 51 87 64
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 66 91 1 57 78 79
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 2 2 4 0 4
Ac ção de fixação 5 0 5 2 3
A limentos Ac ção de altera ção 12 19 31 20 11
Exe cução 6 0 6 6 0
Entrega judicial 0 0 0 0 0
De pate rnid ade 11 9 20 12 8
A ve rigu ação
De mate rn ida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 21 6 27 16 11
VII - 83
Acções Tutelares Cíveis e Incidentes
Movimentadas Pendentes
Vindas do
Findas p/o ano
ano Entradas Total
se guinte
anterior
C IRC.: TO MAR
Tutela 7 9 16 12 4
C onfiança judic ial para adopç ão 2 3 5 4 1
C onsentimento prévio para adopção 0 1 1 1 0
Plena 4 4 8 7 1
Adopç ão
Restrita 1 2 3 3 0
Ac ção de regulação 126 190 316 210 106
Exercício do
Ac ção de alteração à regulação 214 240 454 267 187
p oder paternal
Ac ção de inibição ou de limitação 2 9 11 8 3
Ac ção de fixação 9 5 14 10 4
Alimentos Ac ção de alteração 4 5 9 5 4
Exe cução 1 1 2 2 0
Entrega judicial 0 3 3 1 2
De pate rnid ade 9 13 22 13 9
Ave riguação
De mate rnidade 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impugnação da p aternidade presumida 0 0 0 0 0
O utras 0 0 0 0 0
C IRC.: VISEU
Tutela 3 15 18 9 9
C onfiança judic ial para adopç ão 2 5 7 4 3
C onsentimento prévio para adopção 1 2 3 3 0
Plena 2 15 17 15 2
Adopç ão
Restrita 1 1 2 0 2
Ac ção de regulação 131 271 402 266 136
Exercício do
Ac ção de alteração à regulação 168 251 419 219 200
p oder paternal
Ac ção de inibição ou de limitação 4 11 15 5 10
Ac ção de fixação 4 3 7 2 5
Alimentos Ac ção de alteração 4 6 10 4 6
Exe cução 21 6 27 10 17
Entrega judicial 0 1 1 0 1
De pate rnid ade 22 34 56 30 26
Ave riguação
De mate rnidade 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impugnação da p aternidade presumida 0 0 0 0 0
Jurisdição Família e Menores
O utras 52 57 109 54 55
Tutela 51 53 104 68 36
C IRC.: BEJA
Tu tela 4 4 8 5 3
C onfiança ju dic ial para adopç ão 1 2 3 2 1
C onsentimen to prévio p ara ad opção 0 0 0 0 0
Plen a 1 4 5 5 0
Adopç ão
Restrita 2 1 3 3 0
Ac ção de regulação 10 6 1 85 2 91 172 119
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 18 9 1 74 3 63 160 203
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 9 11 20 4 16
Ac ção de fixação 0 1 1 1 0
Alimentos Ac ção de altera ção 9 9 18 7 11
Exe cução 7 0 7 5 2
Entrega judicial 4 0 4 1 3
De pate rn id ade 13 12 25 10 15
Ave rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 2 3 5 0 5
C IRC.: ÉVORA
Tu tela 2 1 3 3 0
Jurisdição Família e Menores
C onfiança ju dic ial para adopç ão 5 0 5 3 2
C onsentimen to prévio p ara ad opção 0 0 0 0 0
Plen a 6 8 14 9 5
Adopç ão
Restrita 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 14 1 2 74 4 15 281 134
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 22 3 2 29 4 52 198 254
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 2 2 4 2 2
Ac ção de fixação 0 1 1 1 0
Alimentos Ac ção de altera ção 2 17 19 15 4
Exe cução 1 0 1 1 0
Entrega judicial 0 0 0 0 0
De pate rn id ade 18 26 44 27 17
Ave rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 3 5 8 6 2
VII - 85
Acções Tutelares Cíveis e Incidentes
Movimentadas Pend entes
Vindas do
Fin das p/o an o
ano Entradas Tota l
se guinte
anterior
C IRC.: FARO
Tu tela 4 7 11 7 4
C onfiança ju dic ial para adopç ão 1 3 4 4 0
C onsentimento prévio p ara ad opção 1 0 1 1 0
Plena 2 11 13 12 1
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 37 3 5 36 9 09 491 418
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 82 2 6 54 14 76 716 760
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 8 17 25 10 15
Ac ção de fixação 1 2 3 0 3
A limentos Ac ção de altera ção 0 0 0 0 0
Exe cução 26 3 29 3 26
Entrega judicial 1 1 2 2 0
De pate rnid ade 49 52 1 01 55 46
A ve rigu ação
De mate rn ida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 6 22 28 19 9
C IRC.: LOULÉ
Tu tela 0 0
C onfiança ju dic ial para adopç ão 0 0
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 0
Plena 0 0
A dopç ão
Restrit a 0 0
Ac ção de regulação 0 0
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 0 0
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 0 0
Ac ção de fixação 0 0
A limentos Ac ção de altera ção 0 0
Exe cução 0 0
Entrega judicial 0 0
De pate rnid ade 0 0
A ve rigu ação
De mate rn ida de 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0
O utras 0 0
Jurisdição Família e Menores
C IRC.: PO RT ALEGRE
Tu tela 0 4 4 1 3
C onfiança ju dic ial para adopç ão 4 0 4 3 1
C onsentimento prévio p ara ad opção 2 2 4 3 1
Plena 7 3 10 9 1
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 98 1 41 2 39 144 95
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 10 9 94 2 03 108 95
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 1 0 1 1 0
Ac ção de fixação 2 0 2 2 0
A limentos Ac ção de altera ção 0 0 0 0 0
Exe cução 6 1 7 2 5
Entrega judicial 0 0 0 0 0
De pate rnid ade 17 13 30 17 13
A ve rigu ação
De mate rn ida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 3 7 10 5 5
C IRC.: PO RT IM ÃO
Tu tela 3 6 9 7 2
C onfiança ju dic ial para adopç ão 2 5 7 4 3
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 0 0 0 0
Plen a 1 9 10 9 1
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 39 4 4 31 8 25 388 437
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 66 8 5 02 11 70 441 729
p oder pa ternal
Ac ção de in ib içã o ou d e limita ção 2 3 5 2 3
Ac ção de fixação 7 0 7 4 3
A limentos Ac ção de altera ção 1 2 3 2 1
Exe cução 0 0 0 0 0
En trega judicial 0 0 0 0 0
De pate rnid ade 50 33 83 60 23
A ve rigu ação
De mate rn ida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gn ação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 36 1 01 1 37 87 50
VII - 87
Acções Tutelares Cíveis e Incidentes
Movimentadas Pendentes
Vindas do Findas p/o ano
ano Entradas Tota l
se guinte
anterior
C IRC.: ALMADA
Tutela 18 13 31 14 17
C onfiança judic ial para adopç ão 0 1 1 1 0
C onsentimento prévio para adopção 2 0 2 0 2
Plena 3 37 40 31 9
Adopç ão
Restrita 0 1 1 1 0
Ac ção de regulação 187 3 10 40 29 13 1 137 1 776
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 148 8 9 75 24 63 484 1 979
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou de limita ção 8 17 25 4 21
Ac ção de fixação 13 9 22 8 14
Alimentos Ac ção de altera ção 37 13 50 3 47
Exe cução 10 6 6 1 12 25 87
Entrega judicial 7 3 10 5 5
De pate rnid ade 10 7 1 52 2 59 259
Ave riguação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impugnação da p aternidade presumida 0 0 0 0 0
O utras 8 21 29 18 11
C IRC.: AMADORA
Tu tela 13 12 25 9 16
C onfiança ju dic ial para adopç ão 1 0 1 1 0
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 0 0 0 0
Plena 0 3 3 2 1
A dopç ão
Restrit a 0 1 1 0 1
Ac ção de regulação 33 3 6 13 9 46 455 491
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 26 1 3 07 5 68 311 257
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 8 1 9 4 5
Ac ção de fixação 1 1 2 1 1
A limentos Ac ção de altera ção 4 2 6 5 1
Exe cução 4 2 6 5 1
Entrega judicial 0 3 3 1 2
De pate rnid ade 42 73 1 15 62 53
A ve rigu ação
De mate rn ida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 0 2 2 1 1
VII - 89
Acções Tutelares Cíveis e Incidentes
Movimentadas Pend entes
Vin das do
Findas p/o ano
ano Entradas Tota l
se guinte
anterior
C IRC.: CA SC AIS
Tu tela 23 14 37 17 20
C onfiança ju dic ial para adopç ão 7 3 10 6 4
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 4 4 4 0
Plena 6 18 24 21 3
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 88 9 7 48 16 37 790 847
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 128 8 8 39 21 27 625 1 502
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limitação 10 6 16 3 13
Ac ção de fixação 4 2 6 4 2
A limentos Ac ção de altera ção 40 19 59 23 36
Exe cução 32 0 90 4 10 68 342
Entrega judicial 7 4 11 5 6
De pate rn id ade 73 97 1 70 106 64
A ve rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 71 12 83 48 35
Jurisdição Família e Menores
C IRC.: LISBO A
Tu tela 47 34 81 32 49
C onfiança ju dic ial para adopç ão 33 5 38 14 24
C onsentimento prévio p ara ad opção 13 8 21 10 11
Plena 21 53 74 45 29
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 165 8 11 39 27 97 779 2 018
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 256 4 12 93 38 57 739 3 118
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 17 7 24 5 19
Ac ção de fixação 37 6 43 5 38
A limentos Ac ção de altera ção 13 7 63 2 00 56 144
Exe cução 9 23 32 11 21
Entrega judicial 13 8 21 10 11
De pate rnid ade 46 7 4 26 8 93 397 496
A ve rigu ação
De mate rn ida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 71 61 1 32 38 94
C IRC.: LOURES
Tu tela 55 20 75 37 38
C onfiança ju dic ial para adopç ão 7 0 7 0 7
C onsentimento prévio p ara ad opção 7 0 7 0 7
Plena 20 11 31 16 15
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 297 8 9 02 38 80 1 054 2 826
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 192 6 10 45 29 71 1 018 1 953
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 8 5 13 3 10
Ac ção de fixação 15 3 18 3 15
A limentos Ac ção de altera ção 39 20 59 24 35
Exe cução 49 0 49 0 49
Entrega judicial 3 0 3 0 3
De pate rnid ade 11 1 1 60 2 71 154 117
A ve rigu ação
De mate rn ida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 88 40 1 28 59 69
C IRC.: OEIRAS
Tu tela 0 0
Jurisdição Família e Menores
C onfiança ju dic ial para adopç ão 0 0
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 0
Plena 0 0
A dopç ão
Restrit a 0 0
Ac ção de regulação 0 0
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 0 0
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 0 0
Ac ção de fixação 0 0
A limentos Ac ção de altera ção 0 0
Exe cução 0 0
Entrega judicial 0 0
De pate rnid ade 0 0
A ve rigu ação
De mate rn ida de 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0
O utras 0 0
VII - 91
Acções Tutelares Cíveis e Incidentes
Movimentadas Pend entes
Vindas do
Findas p/o ano
ano Entradas Tota l
se guinte
anterior
C IRC.: SINTRA
Tu tela 25 35 60 21 39
C onfiança ju dic ial para adopç ão 0 0 0 0 0
C onsentimen to prévio p ara ad opção 0 8 8 5 3
Plen a 10 17 27 19 8
Adopç ão
Restrita 2 3 5 4 1
Ac ção de regulação 93 5 7 66 17 01 773 928
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 109 8 7 33 18 31 728 1 103
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 0 2 2 0 2
Ac ção de fixação 6 5 11 7 4
Alimentos Ac ção de altera ção 0 0 0 0 0
Exe cução 14 3 93 2 36 61 175
Entrega judicial 4 0 4 2 2
De pate rn id ade 65 1 42 2 07 129 78
Ave rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 0 0 0 0 0
Jurisdição Família e Menores
VII - 93
Acções Tutelares Cíveis e Incidentes
Movimentadas Pend entes
Vin das do
Findas p/o ano
ano Entradas Tota l
se guinte
anterior
C IRC.: BRA GA
Tu tela 0 1 1 0 1
C onfiança ju dic ial para adopç ão 10 2 12 6 6
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 0 0 0 0
Plena 3 21 24 18 6
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 25 7 5 57 8 14 399 415
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 11 3 2 14 3 27 118 209
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limitação 15 16 31 14 17
Ac ção de fixação 5 5 10 3 7
A limentos Ac ção de altera ção 23 24 47 21 26
Exe cução 25 1 51 1 76 16 160
Entrega judicial 0 1 1 1 0
De pate rn id ade 35 35 70 42 28
A ve rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 0 11 11 8 3
C IRC.: CH AVES
Tu tela 0 5 5 2 3
C onfiança ju dic ial para adopç ão 2 1 3 1 2
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 0 0 0 0
Plena 1 3 4 4 0
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 68 75 1 43 77 66
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 54 36 90 35 55
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limitação 1 1 2 1 1
Ac ção de fixação 0 0 0 0 0
A limentos Ac ção de altera ção 1 12 13 13 0
Exe cução 0 3 3 3 0
Entrega judicial 0 0 0 0 0
De pate rn id ade 3 18 21 16 5
A ve rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 0 1 1 1 0
VII - 95
Acções Tutelares Cíveis e Incidentes
Movimentadas Pend entes
Vin das do
Findas p/o ano
ano Entradas Tota l
se guinte
anterior
C IRC.: M AIA
Tu tela 0 0 0 0 0
C onfiança ju dic ial para adopç ão 0 0 0 0 0
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 0 0 0 0
Plena 0 0 0 0 0
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 0 0 0 0 0
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 0 0 0 0 0
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limitação 0 0 0 0 0
Ac ção de fixação 0 0 0 0 0
A limentos Ac ção de altera ção 0 0 0 0 0
Exe cução 0 0 0 0 0
Entrega judicial 0 0 0 0 0
De pate rn id ade 0 0 0 0 0
A ve rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 0 0 0 0 0
C IRC.: M IRANDELA
Tu tela 1 1 2 2 0
C onfiança ju dic ial para adopç ão 0 0 0 0 0
C onsentimento prévio p ara ad opção 0 0 0 0 0
Plena 0 2 2 1 1
A dopç ão
Restrit a 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 48 95 1 43 79 64
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 46 85 1 31 54 77
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limitação 2 0 2 2 0
Ac ção de fixação 0 0 0 0 0
A limentos Ac ção de altera ção 1 2 3 2 1
Exe cução 0 0 0 0 0
Entrega judicial 0 1 1 0 1
De pate rn id ade 13 7 20 14 6
A ve rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 5 6 11 2 9
C IRC.: PA REDES
Tu tela 0 2 2 1 1
C onfiança ju dic ial para adopç ão 0 1 1 0 1
C onsentimen to prévio p ara ad opção 0 0 0 0 0
Plen a 1 7 8 7 1
Adopç ão
Restrita 2 1 3 2 1
Ac ção de regulação 56 2 80 3 36 229 107
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 97 2 09 3 06 161 145
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 3 17 20 11 9
Ac ção de fixação 3 5 8 7 1
Alimentos Ac ção de altera ção 0 3 3 1 2
Exe cução 0 42 42 11 31
Entrega judicial 0 2 2 2 0
De pate rn id ade 10 13 23 13 10
Ave rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 3 6 9 5 4
VII - 97
Acções Tutelares Cíveis e Incidentes
Movimentadas Pend entes
Vindas do
Findas p/o ano
ano Entradas Tota l
se guinte
anterior
C IRC.: PO RT O
Tu tela 18 15 33 30 3
C onfiança ju dic ial para adopç ão 8 16 24 19 5
C onsentimen to prévio p ara ad opção 0 0 0 0 0
Plen a 14 44 58 49 9
Adopç ão
Restrita 0 0 0 0 0
Ac ção de regulação 138 7 11 43 25 30 1 683 847
Exercício do
Ac ção de altera ção à regulação 209 0 12 80 33 70 1 895 1 475
p oder pa ternal
Ac ção de inib içã o ou d e limita ção 63 35 98 57 41
Ac ção de fixação 19 17 36 23 13
Alimentos Ac ção de altera ção 57 38 95 53 42
Exe cução 47 5 80 5 55 280 275
Entrega judicial 1 4 5 5 0
De pate rn id ade 94 86 1 80 105 75
Ave rigu ação
De mate rnida de 0 0 0 0 0
oficiosa
Para impu gnação da p aternidade p resumida 0 0 0 0 0
O utras 81 86 1 67 110 57
VII - 99
Acções Tutelares Cíveis e Incidentes
Movimentadas Pendentes
Vindas do Findas p/o ano
ano Entradas Total
seguinte
anterior
oficiosa
Para impugnação da paternidade presumida 0 0 0 0 0
Outras 1 1 2 0 2
Movimentadas Findas
Pendentes
Vindas p/o ano
Viabili- Inviabili- Perfilha- Caduci-
do ano Entra das Total Outros Total seguinte
dade dade ção dade
anterior
T OTAL NACIONAL 2 107 2 177 4 284 247 502 1 148 18 374 2 289 1 995
Outros
Caducidade 16%
1%
Viabilidade
24%
Perfilhação
49% Inviabilidade
20%
VII - 101
Averiguações Oficiosas de Paternidade e de Maternidade
Movimentadas Findas
Pendentes
Vindas p/o ano
Viabili- Inviabili- Perfilha- Caduci-
do ano Entradas Total Outros Total seguinte
dade dade ção dade
anterior
CIRC.: ALCOBAÇA 23 9 32 2 0 24 0 26 6
CIRC.: ANADIA 17 18 35 1 3 19 0 23 12
CIRC.: AVEIRO 30 39 69 3 5 26 0 34 35
CIRC.: COVILHÃ 10 13 23 0 3 10 0 13 10
CIRC.: GUARDA 13 12 25 1 3 10 0 14 11
CIRC.: LEIRIA 35 51 86 12 10 29 0 51 35
CIRC.: POMBAL 5 14 19 1 2 8 4 15 4
CIRC.: SEIA 11 9 20 0 1 11 0 12 8
CIRC.: TOMAR 9 13 22 0 7 6 0 13 9
CIRC.: VISEU 22 34 56 1 4 23 0 28 28
CIRC.: ABRANTES 20 13 33 3 2 13 0 0 18 15
CIRC.: BEJA 14 12 26 1 1 11 0 2 15 11
CIRC.: ÉVORA 19 30 49 1 0 27 0 2 30 19
CIRC.: FARO 40 55 95 7 13 35 0 5 60 35
Jurisdição Família e Menores
CIRC.: LOULÉ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: PORTALEGRE 14 11 25 3 1 10 0 0 14 11
CIRC.: PORTIMÃO 54 33 87 4 16 28 0 0 48 39
CIRC.: SANTARÉM 27 25 52 6 3 19 0 0 28 24
CIRC.: SETÚBAL 23 43 66 7 0 14 0 3 24 42
DISTRITO JUDICIAL: LISBOA 1 220 1 124 2 344 119 364 482 13 226 1 204 1 140
ALMADA 107 99 206 23 9 18 0 58 108 98
Círculo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
T.Família e Menores 107 99 206 23 9 18 0 58 108 98
Movimentadas Findas
Pendentes
Vindas p/o ano
Viabili- Inviabili- Perfilha- Caduci-
do ano Entradas Total Outros Total seguinte
dade dade ção dade
anterior
AMADORA 54 73 127 4 25 31 6 8 74 53
ANGRA DO HEROÍSMO
32 16 48 0 3 31 0 0 34 14
BARREIRO
27 47 74 9 20 24 0 0 53 21
Círculo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
T.Família e Menores 27 47 74 9 20 24 0 0 53 21
CALDAS DA RAINHA 19 26 45 0 6 18 0 3 27 18
Círculo 19 26 45 0 6 18 0 3 27 18
CASCAIS 66 106 172 22 12 50 0 21 105 67
Círculo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
T.Família e Menores 66 106 172 22 12 50 0 21 105 67
FUNCHAL 47 45 92 10 8 19 0 11 48 44
Círculo 10 14 24 0 1 3 0 8 12 12
T.Família e Menores 37 31 68 10 7 16 0 3 36 32
LISBOA 467 426 893 24 209 126 3 35 397 496
T.Família e Menores 467 426 893 24 209 126 3 35 397 496
LOURES 112 98 210 4 11 11 1 1 28 182
Círculo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
T.Família e Menores 112 98 210 4 11 11 1 1 28 182
OEIRAS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
PONTA DELGADA 31 28 59 3 5 21 0 9 38 21
Círculo 2 3 5 0 0 1 0 1 2 3
T.Família e Menores 29 25 54 3 5 20 0 8 36 18
SINTRA
140 105 245 14 21 48 0 77 160 85
Círculo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
DISTRITO JUDICIAL: PORTO 390 490 880 67 52 259 1 133 512 368
CIRC.: BARCELOS 6 12 18 0 4 6 0 1 11 7
CIRC.: BRAGA 35 35 70 2 6 34 0 0 42 28
CIRC.: BRAGANÇA 7 10 17 1 1 7 0 1 10 7
CIRC.: CHAVES 2 18 20 4 2 9 0 1 16 4
VII - 103
Averiguações Oficiosas de Paternidade e de Maternidade
Movimentadas Findas
Pendentes
Vindas p/o ano
Viabili- Inviabili- Perfilha- Caduci-
do ano Entradas Total Outros Total seguinte
dade dade ção dade
anterior
CIRC.: GUIMARÃES 42 43 85 13 2 21 1 6 43 42
CIRC.: LAMEGO 16 28 44 2 0 13 0 5 20 24
CIRC.: MAIA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: MATOSINHOS 20 34 54 2 4 21 0 7 34 20
CIRC.: MIRANDELA 13 7 20 3 0 10 0 1 14 6
CIRC.: PAREDES 10 15 25 4 0 9 0 2 15 10
CIRC.: PENAFIEL 15 27 42 4 2 16 0 1 23 19
Movimentados
Entrados Pendentes
Findos p /o ano
Vind os do A A Tota l seguinte
ano anterior
requerime nto requerimento
do MP de outros
A requerimento
de outros
7%
A requerimento do
MP
93%
VII - 105
Processos de Promoção e Protecção
M ovimentados
Entrados Pendentes
Findos p /o ano
Vind os do A A Tota l seguinte
ano anterior
requerime nto requerimento
do MP de outros
CIRC.: AN ADIA 51 45 2 98 46 52
CIRC.: COVILHÃ 53 25 0 78 35 43
CIRC.: GUARDA 39 36 0 75 36 39
CIRC.: POMB AL 46 26 5 77 39 38
CIRC.: SEIA 48 41 0 89 40 49
CIRC.: AB RANTES 62 39 6 10 7 40 67
CIRC.: BEJA 53 36 3 92 43 49
CIRC.: LOULÉ 0 0 0 0 0 0
CIRC.: SANTARÉM 90 54 2 14 6 51 95
M ovimentados
AMADORA
0 0 0 0 0 0
ANGRA DO HEROÍSMO
88 54 0 14 2 58 84
BARRE IRO
202 16 3 0 36 5 112 253
Círc ulo 3 0 0 3 2 1
T.Fa mília e M en ores 199 16 3 0 36 2 110 252
CALDAS DA RAINH A
60 50 6 11 6 58 58
Círc ulo 60 50 6 11 6 58 58
CASCAIS
140 38 6 0 52 6 150 376
Círc ulo 0 0 0 0 0 0
T.Fa mília e M en ores 140 38 6 0 52 6 150 376
FUNCHAL 277 23 6 4 51 7 248 269
Círc ulo 159 63 4 22 6 74 152
T.Fa mília e M en ores 118 17 3 0 29 1 174 117
LIS BOA 1 033 39 8 0 1 43 1 454 977
T.Fa mília e M en ores 1 033 39 8 0 1 43 1 454 977
LOURES 418 26 2 0 68 0 319 361
Círc ulo 0 0 0 0 0 0
T.Fa mília e M en ores 418 26 2 0 68 0 319 361
OEIRAS 0 0 0 0 0 0
PONTA D ELGADA 55 87 1 14 3 77 66
Círc ulo 3 9 1 13 8 5
T.Fa mília e M en ores 52 78 0 13 0 69 61
SINTRA 279 33 3 0 61 2 199 413
Círc ulo
T.Fa mília e M en ores
0
279
0
33 3
0
0 61 2
0
199
0 0
413
Jurisdição Família e Menores
TORRES VEDRAS 66 96 20 18 2 85 97
Círc ulo 66 96 20 18 2 85 97
VILA FRANCA DE XIRA
86 14 4 56 28 6 29 257
Círc ulo 0 0 0 0 0 0
T.Fa mília e M en ores 86 14 4 56 28 6 29 257
CIRC.: BRAGANÇA 41 23 0 64 25 39
VII - 107
Processos de Promoção e Protecção
Movimentados
Entrados Pendentes
Findos p/o ano
Vindos do A A Total seguinte
ano anterior
requerimento requerimento
do MP de outros
CIRC.: CHAVES 68 29 0 97 27 70
CIRC.: MAIA 0 0 0 0 0 0
CIRC.: MIRANDELA 47 14 0 61 15 46
A rq uivamento
Sus-
Vindos A bertura 3 meses
Entra- Fal ta Reme- +3 pensos
do ano Total fase jurisd. Liminar A pós sus- Total ou Total
do s ind ícios tidos meses (Artº
anterior (Artº89º ) (Artº pensão
(Art.
Total menos
78º) (Artº85 -2 ) 84 )
8 7º)
T OTAL NACIONAL 3 434 9 159 12 593 1 208 2 169 217 2 861 5 247 2 003 8 458 1 863 2 187 85 4 135
DISTRITO JUDICIAL: COIMBRA 469 853 1 322 186 178 31 266 475 168 829 272 200 21 493
DISTRITO JUDICIAL: ÉVORA 388 930 1 318 172 193 22 258 473 189 834 280 192 12 484
DISTRITO JUDICIAL: LISBOA 1 775 5 145 6 920 562 1 190 109 1 732 3 031 1 064 4 657 894 1 342 27 2 263
DISTRITO JUDICIAL: PORTO 802 2 231 3 033 288 608 55 605 1 268 582 2 138 417 453 25 895
7 000
6 000
5 000
4 000
3 000
2 000
1 000
0
Coimbra Évora Lisboa Porto
VII - 109
Processo Tutelar Educativo - Inquéritos
Movimentados Findos Pendentes p/o ano seguinte
Arquivamento
Sus-
Vindos Abertura Fal ta 3 meses
Entra- Reme- +3 pensos
do ano Total fase jurisd. Liminar Após sus- Total ou Total
do s indícios tidos meses (Artº
anterior (Artº89º) (Artº pensão
(Art.
Total menos
78º) (Artº85-2) 84)
87º)
DISTRITO JUDICIAL: COIMBRA 469 853 1 322 186 178 31 266 475 168 829 272 200 21 493
CIRC.: ALCOBAÇA 17 79 96 21 10 2 15 27 28 76 5 12 3 20
CIRC.: COVILHÃ 4 18 22 4 7 0 4 11 0 15 4 3 0 7
CIRC.: GUARDA 5 47 52 6 9 2 10 21 8 35 3 14 0 17
CIRC.: POMBAL 10 24 34 6 4 3 11 18 3 27 3 3 1 7
CIRC.: SEIA 11 27 38 10 3 2 8 13 9 32 3 3 0 6
CIRC.: TOMAR 22 68 90 10 11 6 21 38 20 68 7 15 0 22
DISTRITO JUDICIAL: ÉVORA 388 930 1 318 172 193 22 258 473 189 834 280 192 12 484
CIRC.: ABRANTES 28 64 92 4 2 1 28 31 10 45 32 15 0 47
CIRC.: LOULÉ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: PORTALEGRE 26 21 47 1 5 0 15 20 1 22 7 16 2 25
DISTRITO JUDICIAL: LISBOA 1 775 5 145 6 920 562 1 190 109 1 732 3 031 1 064 4 657 894 1 342 27 2 263
ALMADA 168 444 612 30 18 11 175 204 111 345 117 149 1 267
Círculo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
T.Família e Menores 168 444 612 30 18 11 175 204 111 345 117 149 1 267
AMADORA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Arquivamento
Sus-
Vindos Abertura Falta 3 meses
Entra- Reme- +3 pensos
do ano Total fase jurisd. Liminar Após sus- Total ou Total
dos indícios tidos meses (Artº
anterior (Artº89º) (Artº pensão
(Art.
Total menos
78º) (Artº85-2) 84)
87º)
CALDAS DA RAINHA 42 52 94 2 5 4 22 31 6 39 45 10 0 55
Círculo 42 52 94 2 5 4 22 31 6 39 45 10 0 55
T.Trabalho 0 0 0 0
CASCAIS 82 471 553 18 116 21 170 307 105 430 61 62 0 123
Círculo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
T.Família e Menores 82 471 553 18 116 21 170 307 105 430 61 62 0 123
FUNCHAL 50 108 158 23 25 12 58 95 2 120 20 18 0 38
Círculo 29 33 62 5 4 9 26 39 0 44 13 5 0 18
T.Família e Menores 21 75 96 18 21 3 32 56 2 76 7 13 0 20
LISBOA 769 2 217 2 986 121 746 17 668 1 431 529 2 081 300 605 0 905
T.Família e Menores 769 2 217 2 986 121 746 17 668 1 431 529 2 081 300 605 0 905
LOURES 101 352 453 32 17 0 101 118 10 160 110 183 0 293
Círculo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
T.Família e Menores 101 352 453 32 17 0 101 118 10 160 110 183 0 293
OEIRAS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
DISTRITO JUDICIAL: PORTO 802 2 231 3 033 288 608 55 605 1 268 582 2 138 417 453 25 895
Jurisdição Família e Menores
CIRC.: BARCELOS 8 42 50 15 4 3 12 19 8 42 2 6 0 8
CIRC.: BRAGA 46 35 81 12 18 2 16 36 10 58 13 10 0 23
CIRC.: BRAGANÇA 16 83 99 8 6 1 27 34 32 74 18 7 0 25
CIRC.: CHAVES 13 23 36 4 13 1 9 23 4 31 0 5 0 5
CIRC.: MAIA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: MIRANDELA 16 24 40 0 4 2 18 24 0 24 12 4 0 16
VII - 111
Processo Tutelar Educativo - Inquéritos
Movimentados Findos Pendentes p/o ano seguinte
Arquivamento
Sus-
Vindos Abertura Fal ta 3 meses
Entra- Reme- +3 pensos
do ano Total fase jurisd. Liminar Após sus- Total ou Total
do s indícios tidos meses (Artº
anterior (Artº89º) (Artº pensão Total menos
(Art. 84)
78º) (Artº85-2)
87º)
CIRC.: PAREDES 11 63 74 18 3 0 34 37 5 60 2 12 0 14
CIRC.: PORTO 219 981 1 200 99 310 10 95 415 414 928 101 171 0 272
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
Coimbra Évora Lisboa Porto
VII - 115
Acções Comuns Laborais (declarativas) com intervenção principal do Ministério Público
CIRC.: ALCOBAÇA
Acções e m representação do Estado
Acções e m representação do Trabalhador área de jurisdição do Tribunal do Trabalho de Leiria
Outras acçõ es
CIRC.: ANADIA
Acções e m representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções e m representação do Trabalhador 29 24 53 25 0 25 28
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: COIMBRA
Acções e m representação do Estado 0 4 4 1 0 1 3
Acções e m representação do Trabalhador 8 2 10 7 0 7 3
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: COVILHÃ
Acções e m representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções e m representação do Trabalhador 0 0 0 0 0 0 0
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: GUARDA
Acções e m representação do Estado 1 2 3 2 0 2 1
Acções e m representação do Trabalhador 26 14 40 29 0 29 11
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: LEIRIA
Acções e m representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções e m representação do Trabalhador 52 34 86 38 7 45 41
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
C IRC.: POMBAL
Acções em representação do Estado
Acções em representação do Trabalhador área de jurisdição do Tribunal do Trab alho de Leiria
Outras acçõ es
C IRC.: SEIA
Acções em representação do Estado
Acções em representação do Trabalhador área de jurisdição do Trib unal do Trabalho da Guarda
Outras acçõ es
C IRC.:TOMAR
Acções em representação do Estado 0 5 5 2 1 3 2
Acções em representação do Trabalhador 2 8 10 8 0 8 2
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
C IRC.: VISEU
Acções em representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções em representação do Trabalhador 24 25 49 18 2 20 29
Outras acçõ es 0 4 4 3 0 3 1
C IRC.: ABRANTES
Acções em representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções em representação do Trabalhador 15 16 31 22 2 24 7
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
C IRC.: BEJA
Acções em representação do Estado 1 1 2 0 0 0 2
Acções em representação do Trabalhador 35 128 1 63 89 8 97 66
Outras acçõ es 13 44 57 45 7 52 5
C IRC.: ÉVORA
Acções em representação do Estado 1 0 1 1 0 1 0
Acções em representação do Trabalhador 16 27 43 35 2 37 6
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
Jurisdição Laboral
C IRC.: FARO
Acções em representação do Estado 2 3 5 0 0 0 5
Acções em representação do Trabalhador 2 1 3 1 0 1 2
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
C IRC.: LOULÉ
Acções em representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções em representação do Trabalhador 0 4 0 4 0 0 0
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
VII - 117
Acções Comuns Laborais (declarativas) com intervenção principal do Ministério Público
C IRC.: PO RT ALEGRE
Acções e m representaçã o do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções e m representaçã o do Trabalhador 0 4 4 4 0 4 0
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
C IRC.: PO RT IMÃO
Acções e m representaçã o do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções e m representaçã o do Trabalhador 19 17 36 21 0 21 15
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
C IRC.: SANTARÉM
Acções e m representaçã o do Estado 3 3 6 4 0 4 2
Acções e m representaçã o do Trabalhador 0 0 0 0 0 0 0
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
C IRC.: ALMADA
Acções e m representaçã o do Estado 3 4 7 4 0 4 3
Acções e m representaçã o do Trabalhador 23 22 45 21 1 22 23
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
C IRC.: AMADORA
Acções e m representaçã o do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções e m representaçã o do Trabalhador 0 0 0 0 0 0 0
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
Jurisdição Laboral
C IRC.: BARREIRO
Acções e m representaçã o do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções e m representaçã o do Trabalhador 84 22 106 60 10 70 36
Outras acçõ es 12 20 32 0 0 0 32
CIRC.: CASCAIS
Acções em representação do Estado 1 0 1 0 0 0 1
Acções em representação do Trabalhador 25 15 40 0 0 0 40
Outras acções 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: FUNCHAL
Acções em representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções em representação do Trabalhador 18 101 119 23 2 25 94
Outras acções 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: LISBOA
Acções em representação do Estado 52 41 93 12 3 15 78
Acções em representação do Trabalhador 719 463 1 182 406 35 441 741
Outras acções 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: LOURES
Acções em representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções em representação do Trabalhador 5 5 10 7 0 7 3
Outras acções 9 0 9 7 2 9 0
CIRC.: OEIRAS
Acções em representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções em representação do Trabalhador 0 0 0 0 0 0 0
Outras acções 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: SINTRA
Acções em representação do Estado 0 1 1 0 0 0 1
Acções em representação do Trabalhador 68 37 105 42 1 43 62
Outras acções 0 5 5 0 0 0 5
Jurisdição Laboral
VII - 119
Acções Comuns Laborais (declarativas) com intervenção principal do Ministério Público
CIRC.: BARCELOS
Acções e m representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções e m representação do Trabalhador 0 529 529 349 1 350 179
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: BRAGA
Acções e m representação do Estado 0 2 2 2 0 2 0
Acções e m representação do Trabalhador 6 12 18 7 0 7 11
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: BRAGANÇA
Acções e m representação do Estado 3 0 3 1 0 1 2
Acções e m representação do Trabalhador 39 72 111 73 0 73 38
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: GUIMARÃES
Acções e m representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções e m representação do Trabalhador 23 14 37 20 0 20 17
Outras acçõ es 10 23 33 23 0 23 10
CIRC.: LAMEGO
Acções e m representação do Estado 0 1 1 1 0 1 0
Acções e m representação do Trabalhador 27 26 53 33 0 33 20
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: MAIA
Acções e m representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções e m representação do Trabalhador 54 105 159 82 0 82 77
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
Jurisdição Laboral
CIRC.: MATOSINHOS
Acções e m representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções e m representação do Trabalhador 43 53 96 26 0 26 70
Outras acçõ es 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: PENAFIEL
Acções em representação do Estado 0 1 1 0 0 0 1
Acções em representação do Trabalhador 3 7 10 7 1 8 2
Outras acções 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: PORTO
Acções em representação do Estado 11 0 11 10 1 11 0
Acções em representação do Trabalhador 222 651 873 412 200 612 261
Outras acções 0 0 0 0 0 0 0
CIRC.: VALONGO
Acções em representação do Estado 0 0 0 0 0 0 0
Acções em representação do Trabalhador 8 23 31 18 0 18 13
Outras acções 0 0 0 0 0 0 0
VII - 121
JURISDIÇÃO LABORAL
12 000 000 8
000 7
10 000
000 6
8 000
000 5
6 000 000 4
000 3
4 000
000 2
2 000
000 1
0 0
Coimbra Évora Lisboa Porto Porto Lisboa Évora Coimbra
VII - 123
Processos por acidentes de trabalho
Movimentados Findos
Acções a
Entrados Pendentes
Vindos Fase Fase propor
Total p/o ano
do ano Acidente Acidente concilia- conten- Total pelo
seguinte
anterior mortal não tória ciosa M.P.
mortal
DISTRITO JUDICIAL: COIMBRA 3 640 115 3 158 6 913 1 781 1 651 3 432 3 481 231
CIRC.: ALCOBAÇA 0 0 0
CIRC.: POMBAL 0 0 0
CIRC.: SEIA 0 0 0
CIRC.: VISEU 399 15 474 888 351 213 564 324 180
DISTRITO JUDICIAL: ÉVORA 2 033 71 2 111 4 215 1 606 814 2 420 1 795 32
CIRC.: ABRANTES 208 7 226 441 132 122 254 187 1
CIRC.: LOULÉ 0 0 0 0 0 0 0 0 0
DISTRITO JUDICIAL: LISBOA 4 527 188 5 583 10 298 4 060 1 994 6 054 4 244 23
ALMADA 107 21 498 626 462 0 462 164 3
Círculo 0 0 0 0 0 0 0 0 0
T.Trabalho 107 21 498 626 462 0 462 164 3
AMADORA 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ANGRA DO HEROÍSMO 75 23 70 168 67 43 110 58 1
Movimentados Findos
Acções a
Entrados Pendentes
Vindos Fase Fase propor
Total p/o ano
do ano Acidente Acidente concilia- conten- Total pelo
seguinte
anterior mortal não tória ciosa M.P.
mortal
VILA FRANCA DE XIRA 1 366 32 724 2 122 767 705 1 472 650 2
Jurisdição Laboral
Círculo 0 0 0 0 0 0 0 0 0
T.Trabalho 1 366 32 724 2 122 767 705 1 472 650 2
DISTRITO JUDICIAL: PORTO 8 326 230 10 800 19 356 7 611 3 407 11 018 8 338 132
CIRC.: BARCELOS 285 8 528 821 485 32 517 304 0
VII - 125
Processos por acidentes de trabalho
Movimentados Findos
Acções a
Entrados Pendentes
propor
Vindos Total Fase Fase p/o ano
do ano Acidente Acidente concilia- conten- Total pelo
seguinte
anterior mortal não tória ciosa M.P.
mortal
CIRC.: OLIVEIRA DE AZEMÉIS 484 12 485 981 398 175 573 408 2
CIRC.: SANTA MARIA DA FEIRA 863 9 643 1 515 297 167 464 1 051 3
CIRC.: VILA NOVA DE GAIA 415 14 701 1 130 233 465 698 432 6
CIRC.: VILA REAL 310 11 363 684 301 104 405 279 2
Jurisdição Laboral
Movim entados
Pendentes p/o
Vindos do Findos
ano seguinte
Entrados Total
ano anterior
DISTRITO JUDICIAL:COIMBRA 7 6 13 7 6
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Coimbra Évora Lisboa Porto
VII - 127
Processos Especiais: doenças profissionais e outros
Movim entados
Pendentes p/o
Vindos do Find os
Ent rad os Total ano seguinte
ano anterior
CIRC.: AN ADIA 1 0 1 0 1
CIRC.: AVEIRO 0 0 0 0 0
CIRC.: COIMB RA 0 0 0 0 0
CIRC.: COVILHÃ 0 0 0 0 0
CIRC.: GUARDA 0 1 1 0 1
CIRC.: LEIRIA 2 4 6 4 2
CIRC.: POMBAL 0 0 0 0 0
CIRC.: SEIA 0 0 0 0 0
CIRC.: TOM AR 1 1 1 0
CIRC.: VIS EU 2 1 3 2 1
CIRC.: BEJA 0 0 0 0 0
CIRC.: ÉVORA 0 0 0 0 0
CIRC.: FARO 0 0 0 0 0
CIRC.: LOULÉ 0 0
CIRC.: PORTALEGRE 1 0 1 1 0
CIRC.: PORTIM ÃO 0 0 0 0 0
CIRC.: SANTARÉM 0 1 1 0 1
CIRC.: SETÚBAL 7 5 12 6 6
Círc ulo 0 0 0 0 0
T.Tra balho 0 0 0 0 0
AMADORA 0 0 0 0 0
ANGRA DO HEROÍ SMO 0 0 0 0 0
BARRE IRO 7 1 8 0 8
Círc ulo 0 0 0 0 0
T.Tra balho 7 1 8 0 8
Movim entados
Pendentes p/o
Vindos do Find os
ano seguinte
Ent rad os Total
ano anterior
CALDAS DA RAINH A 1 0 1 1 0
Círc ulo 0 0 0 0 0
T.Tra balho 1 1 1 0
CASCAIS 0 0 0 0 0
Círc ulo 0 0 0 0 0
T.Tra balho 0 0 0 0 0
FUNCHAL 0 0 0 0 0
Círc ulo 0 0 0 0 0
T.Tra balho 0 0 0 0 0
LIS BOA 13 15 28 12 16
T.Tra balho 13 15 28 12 16
LOURES 2 1 3 1 2
Círc ulo 0 0 0 0 0
T.Tra balho 2 1 3 1 2
OEIRAS 0 0 0 0 0
PONTA D ELGADA 0 0 0 0 0
Círc ulo 0 0 0 0 0
T.Tra balho 0 0 0 0
SINTRA 0 2 2 1 1
Círc ulo 0 0 0 0 0
T.Tra balho 0 2 2 1 1
TORRES VEDRAS 0 0 0 0 0
Círc ulo 0 0 0 0 0
T.Tra balho 0 0 0 0 0
VILA FRANCA DE XIRA 5 3 8 6 2
Círc ulo 0 0 0 0 0
T.Tra balho 5 3 8 6 2
CIRC.: BRAGA 3 7 10 4 6
Jurisdição Laboral
CIRC.: BRAGANÇA 0 0
CIRC.: GONDOM AR 1 0 1 1 0
CIRC.: GUIMARÃES 7 2 9 5 4
CIRC.: MAIA 3 1 4 2 2
CIRC.: MATOSINHO S 0 0 0 0 0
VII - 129
Processos Especiais: doenças profissionais e outros
Movim entados
Pendentes p/o
Vindos do Findos
ano seguinte
Entrados Total
ano anterior
CIRC.: PENAFIEL 0 0 0 0 0
CIRC.: PORTO 9 4 13 11 2
CIRC.: VALON GO 2 2 4 0 4
12 000
10 000
8 000
6 000
4 000
2 000
0
Coimbra Évora Lisboa Porto
VII - 131
Processos por acidentes de trabalho
C IRC.: A LC OBA ÇA 0 0 0 0 0
C IRC.: SEIA 0 0 0 0 0
C IRC.: LOU LÉ 0 0 0 0 0
C IRC.: PORTALEGRE 91 15 21 0 0
Círc ulo 0 0 0 0 0
T.Tra balho 462 32 27 0 0
C IRC.: A MA DORA 0 0 0 0 0
Círc ulo 0 0 0 0 0
T.Tra balho 273 21 13 41 0
Círculo 0 0 0 0 0
T.Trabalho 222 22 11 0 0
Círculo 0 0 0 0 0
CIRC.: OEIRAS 0 0 0 0 0
Círculo 4 0 0 0 4
T.Trabalho 243 14 12 9 118
Círculo 0 0 0 0 0
Círculo 0 0 0 0 0
T.Trabalho 356 43 173 41 0
Jurisdição Laboral
VII - 133
Processos por acidentes de trabalho
• Processos administrativos
• Actos diversos
• Recursos
PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
Providências
Movimentados Pendentes p/o ano seguinte
judiciais ou acções
Para propor
Findos
Vindos /contestar
(a) Contes-
do ano Entrados Total providência Outros Total Propostas
tadas
anterior judicial
ou acção
TOTAL NACIONAL 28 944 31 118 60 062 31 281 11 549 17 232 28 781 10 572 823
DISTRITO JUDICIAL: COIMBRA 4 547 4 867 9 414 4 897 1 755 2 762 4 517 1 766 70
DISTRITO JUDICIAL: ÉVORA 3 986 4 317 8 303 4 083 1 859 2 361 4 220 1 815 45
DISTRITO JUDICIAL: LISBOA 12 936 12 154 25 090 11 994 4 429 8 667 13 096 4 489 596
DISTRITO JUDICIAL: PORTO 7 475 9 780 17 255 10 307 3 506 3 442 6 948 2 502 112
(a) Não inclui os PA's que acompanham providências judiciais/acções ainda pendentes.
Processos administrativos
30 000
25 000
20 000
15 000
10 000
5 000
0
Coimbra Évora Lisboa Porto
VII - 137
PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
Providências
Movimentados Pendentes p/o ano seguinte
judiciais ou acções
Para propor
Findos
Vindos /contestar
(a) Contes-
do ano Entrados Total providência Outros Total Propostas
tadas
anterior judicial
ou acção
DISTRITO JUDICIAL: COIMBRA 4 547 4 867 9 414 4 897 1 755 2 762 4 517 1 766 70
ALCOBAÇA 208 236 444 237 55 152 207 75 7
ANADIA 483 333 816 444 274 98 372 140 3
AVEIRO 267 487 754 433 133 188 321 116 2
CASTELO BRANCO 233 265 498 214 163 121 284 159 0
COIMBRA 387 344 731 348 116 267 383 112 26
COVILHÃ 166 359 525 338 142 45 187 106 0
FIGUEIRA DA FOZ 541 572 1 113 638 167 308 475 119 5
GUARDA 318 413 731 365 80 286 366 42 3
LEIRIA 528 419 947 488 115 344 459 173 7
POMBAL 255 251 506 273 57 176 233 86 7
SEIA 242 176 418 213 46 159 205 131 2
TOMAR 381 291 672 299 127 246 373 131 5
VISEU 538 721 1 259 607 280 372 652 376 3
DISTRITO JUDICIAL: ÉVORA 3 986 4 317 8 303 4 083 1 859 2 361 4 220 1 815 45
ABRANTES 395 351 746 309 198 239 437 88 0
BEJA 486 426 912 487 112 313 425 241 10
ÉVORA 486 666 1 152 725 261 166 427 114 5
FARO 561 296 857 224 216 417 633 535 8
LOULÉ 213 135 348 146 61 141 202 15 1
PORTALEGRE 217 148 365 145 31 189 220 78 4
PORTIMÃO 497 414 911 437 138 336 474 493 8
SANTARÉM 231 223 454 168 114 172 286 34 6
SANTIAGO DO CACÉM 216 410 626 371 80 175 255 127 0
SETÚBAL 684 1 248 1 932 1 071 648 213 861 90 3
DISTRITO JUDICIAL: LISBOA 12 936 12 154 25 090 11 994 4 429 8 667 13 096 4 489 596
ALMADA 1 255 1 244 2 499 1 587 413 499 912 230 14
Círculo 859 782 1 641 1 166 361 114 475 44 9
T.Trabalho 104 138 242 137 52 53 105 27 5
T.Família e Menores 292 324 616 284 0 332 332 159 0
AMADORA 227 186 413 191 151 71 222 533 4
ANGRA DO HEROÍSMO 156 143 299 160 110 29 139 63 6
BARREIRO 550 394 944 472 306 166 472 543 5
Círculo 550 394 944 472 306 166 472 543 5
T.Trabalho 0 0 0 0 0 0 0 0 0
T.Família e Menores 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outros
CALDAS DA RAINHA 463 351 814 223 136 455 591 407 0
Círculo 240 219 459 197 120 142 262 94 0
T.Trabalho 223 132 355 26 16 313 329 313 0
DISTRITO JUDICIAL: PORTO 7 475 9 780 17 255 10 307 3 506 3 442 6 948 2 502 112
Outros
VII - 139
PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
Providências
Movimentados Pendentes p/o ano seguinte
judiciais ou acções
Para propor
Vindos
Findos
/contestar
(a) Contes-
do ano Entrados Total providência Outros Total Propostas
tadas
anterior judicial
ou acção
BRAGANÇA 136 167 303 190 13 100 113 27 1
CHAVES 220 123 343 161 6 176 182 72 0
GONDOMAR 185 163 348 229 13 106 119 43 7
GUIMARÃES 327 471 798 448 208 142 350 97 4
LAMEGO 436 506 942 541 174 227 401 144 0
MAIA 240 91 331 241 70 20 90 27 6
MATOSINHOS 598 588 1 186 798 253 135 388 307 0
MIRANDELA 83 94 177 94 45 38 83 49 0
OLIVEIRA DE AZEMÉIS 503 448 951 425 304 222 526 147 1
PAREDES 196 116 312 182 86 44 130 23 0
PENAFIEL 588 320 908 339 149 420 569 79 3
PORTO 1 013 3 329 4 342 3 144 838 360 1 198 62 72
SANTA MARIA DA FEIRA 268 333 601 259 224 118 342 84 1
SANTO TIRSO 106 368 474 319 100 55 155 107 1
VIANA DO CASTELO 618 593 1 211 562 433 216 649 228 3
VILA DO CONDE 216 282 498 259 147 92 239 63 4
VILA NOVA DE FAMALICÃO 257 144 401 105 102 194 296 131 0
VILA NOVA DE GAIA 782 892 1 674 1 012 133 529 662 636 0
VILA REAL 162 156 318 143 118 57 175 48 3
Outros
Actos Diversos
Reclamações de
Cartas
créditos em Pareceres em Intervenção
precatórias /
execuções, acções de Atendimento em CPCJ (b)
rogatórias
falências e divórcio das de público (Artº72º-LP) Outros
cumpridas
processos Conservatórias a)
pelo MP
análogos
Actos diversos
20000
18000
16000
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
COIMBRA ÉVORA LISBOA PORTO
Reclamações de créditos em execuções, falências e processos análogos
Cartas precatórias / rogatórias cumpridas pelo MP
Pareceres em acções de divórcio das Conservatórias
. Atendimento de público
Intervenção em CPCJ (Artº72º-LP)
Outros (b)
VII - 141
OUTROS
120000
100000
80000
60000
40000
20000
0
Coimbra Évora Lisboa Porto
VII - 143
Acções executivas instauradas pelo Ministério Público
Movimentados Pend entes
Espéc ies Vin das do Fin das p/o a no
En tra das Total se guin te
ano ant erior
C IRC.: A LC OB AÇA
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de senten ça la bora l 0 0 0 0 0
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 88 6 337 1223 533 690
Outras execuções 76 1 77 58 19
C IRC.: A NAD IA
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de senten ça la bora l 7 6 13 4 9
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 278 8 1 231 4019 1 892 2 127
Outras execuções 6 2 8 3 5
C IRC.: A VE IRO
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de senten ça la bora l 0 0 0 0 0
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 257 9 1 466 4045 1 595 2 450
Outras execuções 22 0 22 11 11
C IRC.: CO IM BRA
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0
Execu ções de senten ça la bora l 13 5 13 148 16 132
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 213 1 811 2942 1 047 1 895
Outras execuções 40 0 216 616 209 407
C IRC.: CO VILHÃ
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de senten ça la bora l 0 1 1 1 0
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 322 5 1 801 5026 1 634 3 392
Outras execuções 35 0 34 384 128 256
C IRC.: FIGUEIRA D A FO Z
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Outros
C IRC.: G UARDA
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sen ten ça la bora l 16 16 32 6 26
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 73 5 322 1057 569 488
Outras execuções 24 18 42 16 26
C IRC.: LEIRIA
Conte ncioso pat rimonial do Estado 1 0 1 1 0
Execu ções de sen ten ça la bora l 11 8 19 10 9
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 180 5 853 2658 1 158 1 500
Outras execuções 0 0 0 0 0
C IRC.: PO MB AL
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sen ten ça la bora l 0 0 0 0 0
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 105 7 345 1402 569 833
Outras execuções 3 3 6 2 4
C IRC.: SEIA
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sen ten ça la bora l 0 0 0 0 0
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 76 4 306 1070 526 544
Outras execuções 89 6 338 1234 255 979
C IRC.:TOM AR
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sen ten ça la bora l 18 34 52 22 30
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 67 4 569 1243 679 564
Outras execuções 0 0 0 0 0
C IRC.: VISEU
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sen ten ça la bora l 24 1 78 319 122 197
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 217 9 1 177 3356 1 259 2 097
Outras execuções 20 10 30 8 22
VII - 145
Acções executivas instauradas pelo Ministério Público
Movimentados Pend entes
Espéc ies Vindas do Findas p/o a no
Entra das Total se guinte
ano ant erior
C IRC.: BEJA
Conte ncioso patrimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sentença la bora l 78 19 97 24 73
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 170 3 683 2386 766 1 620
Outras execuções 25 4 29 17 12
C IRC.: ÉVORA
Conte ncioso patrimonial do Estado 2 0 2 0 2
Execu ções de sentença la bora l 26 31 57 28 29
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 167 0 865 2535 969 1 566
Outras execuções 13 8 134 272 167 105
C IRC.: FARO
Conte ncioso patrimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sentença la bora l 28 5 33 2 31
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 128 9 612 1901 500 1 401
Outras execuções 5 4 9 1 8
C IRC.: LOULÉ
Conte ncioso patrimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sentença la bora l 0 0 0 0 0
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 211 7 460 2577 1 124 1 453
Outras execuções 11 5 16 0 16
C IRC.: PO RT ALEGRE
Conte ncioso patrimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sentença la bora l 40 12 52 18 34
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 134 3 603 1946 825 1 121
Outras execuções 76 10 86 24 62
C IRC.: PO RT IM ÃO
Conte ncioso patrimonial do Estado 5 0 5 5 0
Execu ções de sentença la bora l 9 9 18 6 12
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 89 6 630 1526 608 918
Outras execuções 22 7 86 313 36 277
C IRC.: SANTARÉM
Conte ncioso patrimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sentença la bora l 5 5 10 7 3
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 45 1 448 899 458 441
Outras execuções 35 1 0 351 351 0
C IRC.: SET ÚB AL
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sen ten ça la bora l 5 4 9 1 8
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 27 2 498 770 437 333
Outras execuções 1 1 2 0 2
C IRC.: A LM A DA
Conte ncioso pat rimonial do Estado 59 41 100 52 48
Execu ções de sen ten ça la bora l 29 3 32 13 19
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 253 9 2 157 4696 1 241 3 455
Outras execuções 24 8 16 264 124 140
C IRC.: A MA DORA
Conte ncioso pat rimonial do Estado 1 1 2 0 2
Execu ções de sen ten ça la bora l 0 0 0 0 0
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 52 18 70 20 50
Outras execuções 4 0 4 3 1
C IRC.: B ARREIRO
Conte ncioso pat rimonial do Estado 37 169 206 119 87
Execu ções de sen ten ça la bora l 14 9 20 169 30 139
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 83 1 834 1665 500 1 165
Outras execuções 286 9 1 210 4079 642 3 437
C IRC.: CA SC AIS
Conte ncioso pat rimonial do Estado 2 0 2 1 1
Outros
VII - 147
Acções executivas instauradas pelo Ministério Público
Movimentados Pend entes
Espéc ies Vindas do Findas p/o a no
Entra das Total se guinte
ano ant erior
C IRC.: LISBO A
Conte ncioso patrimonial do Estado 30 4 83 387 63 324
Execu ções de sentença la bora l 40 8 223 631 305 326
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 4278 9 9 820 5 2609 23 702 28 907
Outras execuções 18 1 10 191 165 26
C IRC.: LOURES
Conte ncioso patrimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sentença la bora l 13 6 69 205 64 141
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 348 5 471 3956 945 3 011
Outras execuções 35 3 38 0 38
C IRC.: OEIRAS
Conte ncioso patrimonial do Estado 5 3 8 0 8
Execu ções de sentença la bora l 0 0 0 0 0
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 439 0 610 5000 1 237 3 763
Outras execuções 0 0 0 0 0
C IRC.: SINTRA
Conte ncioso patrimonial do Estado 18 1 19 10 9
Execu ções de sentença la bora l 26 10 36 13 23
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 390 1 606 4507 2 703 1 804
Outras execuções 32 519 551 349 202
C IRC.: B ARCELOS
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sen ten ça la bora l 18 51 69 30 39
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 50 0 306 806 386 420
Outras execuções 0 0 0 0 0
C IRC.: B RAGA
Conte ncioso pat rimonial do Estado 1 0 1 0 1
Execu ções de sen ten ça la bora l 24 6 10 256 11 245
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 112 9 834 1963 936 1 027
Outras execuções 37 10 47 14 33
C IRC.: B RAGANÇ A
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sen ten ça la bora l 16 32 48 20 28
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 90 6 326 1232 781 451
Outras execuções 52 7 59 80 -21
C IRC.: CH AVES
Conte ncioso pat rimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sen ten ça la bora l 0 0 0 0 0
Execu ções por cu stas, mu lta s e coimas 154 1 771 2312 583 1 729
Outras execuções 11 9 139 258 159 99
VII - 149
Acções executivas instauradas pelo Ministério Público
Movimentados Pend entes
Espéc ies Vindas do Findas p/o a no
Entra das Total se guinte
ano ant erior
C IRC.: M AIA
Conte ncioso patrimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sentença la bora l 3 8 11 6 5
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 49 8 1 562 2060 218 1 842
Outras execuções 0 28 28 1 27
C IRC.: M IRANDELA
Conte ncioso patrimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sentença la bora l 0 0 0 0 0
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 62 4 110 734 497 237
Outras execuções 4 5 9 3 6
C IRC.: PAREDES
Conte ncioso patrimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sentença la bora l 0 0 0 0 0
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 83 7 683 1520 650 870
Outras execuções 0 0 0 0 0
C IRC.: PO RT O
Conte ncioso patrimonial do Estado 0 0 0 0 0
Execu ções de sentença la bora l 68 6 256 942 458 484
Execu ções por custas, mu lta s e coimas 830 8 2 015 1 0323 1 641 8 682
Outras execuções 5931 9 8 798 6 8117 6 150 61 967
VII - 151
OUTROS
Recursos
Interpostos Julgados
Jurisdições Mº Públic o Mº Público Providos
Não providos
recorrente recorrido a)
T OTAL NACIONAL
Recursos
Interpostos Julgados
9 00 0
8 00 0
7 00 0
6 00 0
5 00 0
4 00 0
3 00 0
2 00 0
1 00 0
0
M º Púb lico M º Púb lico Não providos
recorrente recorrido Providos
VII - 153
Recursos
Interpostos Julgados
Jurisdições Mº Públic o M º Público Providos
Não prov idos
rec orrente recorrido a)
C IRC.: A LC OB AÇA
Pen al 45 80 35 14
Cível 2 6 1 0
Fam ília e M enor es 0 4 1 0
La bora l 0 0 0 0
C IRC.: A NAD IA
Pen al 40 40 23 21
Cível 0 0 0 0
Fam ília e M enor es 3 1 3 1
La bora l 1 2 2 1
C IRC.: A VE IRO
Pen al 35 137 41 69
Cível 4 5 0 0
Fam ília e M enor es 0 3 2 0
La bora l 0 17 2 10
C IRC.: CO IM BRA
Pen al 85 195 48 71
Cível 2 4 2 0
Fam ília e M enor es 4 6 4 1
La bora l 0 9 0 0
C IRC.: CO VILHÃ
Pen al 19 69 11 10
Cível 0 0 0 0
Fam ília e M enor es 0 0 0 0
La bora l 0 0 0 0
C IRC.: F IG U EIRA D A FO Z
Pen al 16 77 14 49
Outros
Cível 0 0 0 0
Fam ília e M enor es 0 2 0 2
La bora l 2 7 2 1
C IRC.: G U ARDA
Pen al 18 50 15 10
Cível 0 1 0 0
Fam ília e M enor es 0 3 0 0
La bora l 5 5 6 3
C IRC.: LEIRIA
Pen al 23 103 17 41
Cível 13 3 6 1
Fam ília e M enor es 8 4 3 5
La bora l 1 2 1 2
C IRC.: PO MB AL
Pen al 7 95 14 18
Cível 1 5 1 0
Fam ília e M enor es 0 0 0 0
La bora l 8 102 16 18
C IRC.: SEIA
Pen al 31 52 9 9
Cível 0 3 0 0
Fam ília e M enor es 0 2 1 0
La bora l 0 0 0 0
C IRC.:TOM AR
Pen al 33 106 22 29
Cível 1 7 0 7
Fam ília e M enor es 3 3 1 2
La bora l 7 11 5 5
C IRC.: VISEU
Pen al 17 184 28 45
Cível 1 2 0 1
Fam ília e M enor es 1 3 0 1
La bora l 0 10 1 4
Cível 3 2 1 0
Fam ília e M enor es 0 1 0 0
La bora l 0 0 0 0
VII - 155
Recursos
Interpostos Julgados
Jurisdições Mº Públic o M º Público Providos
Não providos
rec orrente recorrido a)
C IRC.: BEJA
Penal 49 70 12 10
Cível 2 5 0 2
Fam ília e M enores 2 3 0 2
La bora l 6 4 4 1
C IRC.: ÉVORA
Penal 49 70 12 10
Cível 2 5 0 2
Fam ília e M enores 2 3 0 2
La bora l 6 4 4 1
C IRC.: FARO
Penal 40 138 10 15
Cível 1 7 4 1
Fam ília e M enores 2 22 0 2
La bora l 10 4 2 1
C IRC.: LOULÉ
Penal 41 134 22 11 7
Cível 0 2 0 0
Fam ília e M enores 0 0 0 0
La bora l 6 1 1 3
C IRC.: PO RT ALEGRE
Penal 0 62 12 25
Cível 0 6 0 2
Fam ília e M enores 0 0 0 0
La bora l 6 1 1 3
C IRC.: PO RT IM ÃO
Penal 36 179 16 21
Cível 2 2 1 0
Fam ília e M enores 0 3 0 0
La bora l 16 7 5 4
C IRC.: SANTARÉM
Penal 43 68 22 5
Cível 5 4 2 0
Fam ília e M enores 5 1 2 1
La bora l 1 8 7 2
Cível 0 0 0 0
Fam ília e M enores 1 0 0 1
La bora l 0 1 0 1
C IRC.: SET ÚB AL
Pen al 43 95 8 4
Cível 16 0 1 0
Fam ília e M enor es 20 4 18 1
La bora l 7 19 9 2
C IRC.: A LM A DA
Pen al 92 214 59 70
Cível 11 1 8 1
Fam ília e M enor es 5 0 5 0
La bora l 2 7 5 0
C IRC.: A MA DORA
Pen al 0 0 0 0
Cível 0 0 0 0
Fam ília e M enor es 0 2 2 0
La bora l 0 0 0 0
C IRC.: A NG RA DO HEROÍSMO
Pen al 48 4 10 4
Cível 0 0 0 0
Fam ília e M enor es 6 0 1 0
La bora l 3 8 0 0
C IRC.: B ARREIRO
Pen al 19 94 5 31
Cível 20 11 0 0
Fam ília e M enor es 1 0 0 0
La bora l 0 0 0 0
C IRC.: CA SC AIS
Pen al 16 130 9 22
Outros
Cível 1 5 1 0
Fam ília e M enor es 1 8 0 0
La bora l 0 0 0 0
VII - 157
Recursos
Interpostos Julgados
Jurisdições Mº Públic o M º Público Providos
Não providos
rec orrente recorrido a)
C IRC.: LISBO A
Penal 6 32 1 230 244 14 1
Cível 3 1 0 0
Fam ília e M enores 5 24 0 0
La bora l 29 27 2 1
C IRC.: LOURES
Penal 3 107 0 0
Cível 0 0 0 0
Fam ília e M enores 2 7 0 0
La bora l 2 3 2 1
C IRC.: OEIRAS
Penal 30 179 0 0
Cível 0 3 0 0
Fam ília e M enores 0 0 0 0
La bora l 0 0 0 0
C IRC.: SINTRA
Penal 17 115 4 26
Cível 9 6 0 4
Fam ília e M enores 0 8 2 1
La bora l 1 4 4 0
Cível 1 4 2 1
Fam ília e M enores 5 0 0 0
La bora l 0 0 0 0
C IRC.: B ARCELOS
Pen al 34 122 50 43
Cível 3 19 14 3
Fam ília e M enor es 1 3 2 1
La bora l 4 9 6 0
C IRC.: B RA G A
Pen al 31 179 43 10 3
Cível 2 14 9 6
Fam ília e M enor es 12 0 12 0
La bora l 2 6 5 0
C IRC.: B RA G ANÇ A
Pen al 11 41 8 16
Cível 0 0 0 0
Fam ília e M enor es 0 1 0 1
La bora l 2 5 0 0
C IRC.: CH AVES
Pen al 7 44 0 0
Cível 0 2 0 0
Fam ília e M enor es 1 0 0 0
La bora l 0 0 0 0
C IRC.: G U IM ARÃ ES
Pen al 76 130 91 59
Cível 4 6 2 8
Fam ília e M enor es 1 1 1 0
La bora l 0 0 0 0
C IRC.: LAM EG O
Pen al 5 70 21 6
Outros
Cível 2 2 0 0
Fam ília e M enor es 0 2 0 0
La bora l 2 10 1 0
VII - 159
Recursos
Interpostos Julgados
Jurisdições Mº Públic o M º Público Providos
Não providos
rec orrente recorrido a)
C IRC.: M AIA
Penal 14 74 7 7
Cível 0 0 0 0
Fam ília e M enores 0 0 0 0
La bora l 0 4 0 1
C IRC.: PA REDES
Penal 14 127 11 17
Cível 6 1 0 1
Fam ília e M enores 2 3 3 1
La bora l 0 0 0 0
C IRC.: PO RT O
Penal 1 41 418 71 13 9
Cível 17 4 0 0
Fam ília e M enores 11 7 11 3
La bora l 26 18 16 6
Cível 3 11 1 2
Fam ília e M enores 2 8 2 1
La bora l 0 4 1 1
Interpostos Julgados
Jurisdições Mº Público Mº Público Providos
Não providos
recorrente recorrido a)
VII - 161
OUTROS
Movimentados Findos
Pendentes
Vindos d o Ju lgad os p/o ano
Arquiva-
a no Entra dos Total Provid os Não Total segu inte
d os
an terior a) p rovid os
20 000
18 000
16 000
14 000
12 000
10 000
8 000
6 000
4 000
2 000
0
Coimbra Évora Lisboa Porto
VII - 163
Recursos de Impugnação em Processo de Contra-Ordenação
Movimentados Findos
Pendentes
Vindos do Ju lgados p/o ano
Arquiva-
a no Entra dos Total Providos Não Total seguinte
dos
anterior a) providos
DISTRITO JUDICIAL: COIMBRA 1 683 1 276 2 95 9 799 897 307 2 003 956
ALC OBAÇA 1 00 75 17 5 40 50 16 106 69
ANADIA 1 10 75 18 5 69 35 18 122 63
AVEIRO 1 29 145 27 4 93 1 00 52 245 29
CASTELO BRANC O 2 52 77 32 9 38 1 62 18 218 1 11
CO IMBRA 1 75 228 40 3 64 1 10 24 198 2 05
CO VILHÃ 68 50 11 8 59 28 0 87 31
FIGUEIRA DA FOZ 1 02 71 17 3 41 45 34 120 53
GUARDA 1 36 84 22 0 11 1 14 42 167 53
LEIRIA 2 66 176 44 2 159 1 34 9 302 1 40
POMBAL 61 48 10 9 38 17 13 68 41
SEIA 35 31 66 19 9 9 37 29
TOM AR 1 11 100 21 1 56 51 48 155 56
VISEU 1 38 116 25 4 112 42 24 178 76
DISTRITO JUDICIAL: ÉVORA 1 790 1 109 2 89 9 727 381 311 1 419 1 480
ABRANTES 87 115 20 2 127 22 20 169 33
BEJA 1 74 84 25 8 87 31 28 146 1 12
ÉVORA 3 34 91 42 5 111 44 1 30 285 1 40
FARO 2 48 133 38 1 67 52 36 155 2 26
LOULÉ 0 0 0 0 0 0 0 0
PORTALEGRE 80 47 12 7 23 43 20 86 41
PORTIMÃO 1 01 177 27 8 114 58 7 179 99
SANTARÉM 1 41 112 25 3 29 68 33 130 1 23
SANTIAGO DO CAC ÉM 89 94 18 3 90 39 15 144 39
SETÚBAL 5 36 256 79 2 79 24 22 125 6 67
DISTRITO JUDICIAL: LISBOA 11 989 3 546 15 53 5 2 577 636 2 336 5 549 9 986
ALM AD A 432 232 66 4 175 22 20 217 447
Círc ulo 4 15 158 57 3 137 13 20 170 4 03
T.Trabalho 17 74 91 38 9 0 47 44
T.Fa mília e Menores 0 0 0 0 0 0 0 0
AMADORA 0 0 0 0 0 0 0 0
ANGRA DO HEROÍ SM O 25 64 89 15 1 29 45 44
BARRE IRO 201 221 42 2 11 16 270 297 125
Círc ulo 2 01 221 42 2 11 16 2 70 297 1 25
T.Trabalho 0 0 0 0 0 0 0 0
T.Fa mília e Menores 0 0 0 0 0 0 0 0
Outros
Movimentados Findos
Pendentes
Vindos do Julgados p/o ano
Arquiva-
ano Entrados Total Providos Não Total seguinte
dos
anterior a) providos
DISTRITO JUDICIAL: PORTO 1 862 1 732 3 594 1 225 736 503 2 464 1 130
BARCELOS 42 52 94 17 46 5 68 26
BRAGA 129 115 24 4 76 103 17 196 48
BRAGANÇA 19 27 46 15 12 1 28 18
Outros
CHAVES 68 16 84 3 60 6 69 15
GOND OMAR 62 101 16 3 66 11 14 91 72
VII - 165
Recursos de Impugnação em Processo de Contra-Ordenação
Movimentados Findos
Pendentes
Vindos do Julgados p/o ano
Arquiva-
ano Entrados Total Providos Não Total seguinte
dos
anterior a) providos
O PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
IMPRESSÃO INCM
TELEFONE 21 3921900
FAX 21 3975255