Este documento descreve um trabalho de conclusão de curso sobre a importância de um servidor para controle de serviços e fluxo de dados em uma rede. O trabalho analisa como um computador configurado como servidor pode centralizar programas e serviços para controlar o tráfego de dados de uma empresa ou provedor de internet. Além disso, o documento discute como o sistema operacional Linux é adequado para implantar ferramentas de controle e serviços de forma robusta, segura e de alto desempenho.
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Este documento descreve um trabalho de conclusão de curso sobre a importância de um servidor para controle de serviços e fluxo de dados em uma rede. O trabalho analisa como um computador configurado como servidor pode centralizar programas e serviços para controlar o tráfego de dados de uma empresa ou provedor de internet. Além disso, o documento discute como o sistema operacional Linux é adequado para implantar ferramentas de controle e serviços de forma robusta, segura e de alto desempenho.
Este documento descreve um trabalho de conclusão de curso sobre a importância de um servidor para controle de serviços e fluxo de dados em uma rede. O trabalho analisa como um computador configurado como servidor pode centralizar programas e serviços para controlar o tráfego de dados de uma empresa ou provedor de internet. Além disso, o documento discute como o sistema operacional Linux é adequado para implantar ferramentas de controle e serviços de forma robusta, segura e de alto desempenho.
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ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL ESAB
LATO SENSU EM REDES DE COMPUTADORES
ALESSANDRO PERUFO SUDATI
A IMPORTNCIA DE UM SERVIDOR PARA CONTROLE DE SERVIOS E FLUXO DE DADOS EM UMA REDE
CRUZ ALTA - RS 2008
ALESSANDRO PERUFO SUDATI
A IMPORTNCIA DE UM SERVIDOR PARA CONTROLE DE SERVIOS E FLUXO DE DADOS EM UMA REDE
Trabalho de Concluso de Curso de Ps-Graduao Lato Sensu em Redes de Computadores apresentado a ESAB-Escola Superior Aberta do Brasil, sob orientao do Prof. Dr. Jaime Roy Doxsey. .
CRUZ ALTA - RS 2008
ALESSANDRO PERUFO SUDATI
A IMPORTNCIA DE UM SERVIDOR PARA CONTROLE DE SERVIOS E FLUXO DE DADOS EM UMA REDE
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. JAIME ROY DOXSEY ORIENTADOR
Professor 2
Professor 3
CRUZ ALTA-RS 2008
Dedico este trabalho DEUS por me motivar todos os dias de minha vida, minha esposa e filha que sempre estiveram junto comigo apoiando e sempre me dando foras para a concluso deste curso. minha me que sempre esteve comigo nas horas boas e difceis que passamos juntos. Ao meu pai que sempre me orientou a ter o estudo como base de todos os meus princpios.
AGRADECIMENTOS
A ESAB e ao meu orientador pela oportunidade de concluir uma Ps Graduao em uma rea to nobre e indispensvel nos dias de hoje.
Ando devagar porque j tive pressa e levo esse sorriso porque j chorei demais... (Almir Sater)
RESUMO
Este trabalho teve por objetivo descrever a importncia de um servidor para controle de servios e fluxo de dados de uma rede. Foi analisado um computador caracterizado como servidor que concentra programas e servios que controlam o trfego de dados de uma empresa ou provedor de Internet. Relacionados aos equipamentos e programas, foram detalhados tambm assuntos pertinentes que complementam a descrio dos principais requisitos necessrios para implementao dos servios e sistemas. De acordo com a diversidade de sistemas operacionais disponveis no mercado atual, verificou-se que o Linux o que mais comtempla as necessidades para implantao de ferramentas de controle e de acessrios que trabalham em conjunto, disponibilizando assim uma performance satisfatria e segura ao administrador da rede. Sua robustez e clareza, aliada ao fator de ter seu cdigo aberto, facilita ao administrador que atenda suas necessidades de forma seletiva e centralizada, obtendo resultados positivos quando agrega o sistema operacional em conjunto com linguagens de programao e banco de dados.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Viso inicial da arquitetura do kernel....................................... 17 Figura 2 - Placa de Rede......................................................................... 18 Figura 3 - Estrutura dos servidores DNS................................................. 31 Figura 4 - Exemplo de pgina da internet................................................ 32 Figura 5 - Pgina do Google Maps.......................................................... 33
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Lista das distribuies Linux. ............................................... 14 Quadro 2 - Redes privadas.................................................................... 30 Quadro 3 - Parmetros de configurao do servidor Apache no Linux.. 36 Quadro 4 - Parmetros de configurao do servidor Samba.................. 42 SUMRIO
O compartilhamento de informaes e dos recursos so possveis atravs de sistemas centralizados, permitindo a troca de mensagens entre diversos usurios, acesso dados e programas de vrias fontes.
As formas de integrao de sistemas proporcionam uma convergncia de dados trazendo ao administrador de uma rede aspectos muito significativos para a melhora do desempenho de suas funes e servios.
O atrativo principal para qualquer servidor a integrao de um sistema operacional fcil de usar e livre de custos juntamente com outras ferramentas que proporcionam confiabilidade e estabilidade integrando solues que tornam aplicaes e equipamentos flexveis e dinmicos.
Este trabalho tem por objetivo descrever a importncia de um servidor para controle do fluxo de dados em uma rede, juntando ferramentas disponveis que centralizam recursos e servios. 13 CAPITULO 1 - CONSIDERAES GERAIS 1.1 A CENTRALIZAO DOS RECURSOS
A evoluo dos tempos se d proporcionalmente evoluo da informao contida nos meios de comunicao. A facilidade com que a informao nos chega nos dias de hoje to surpreendente quanto assustador pois muitas vezes o fato acaba de acontecer e a informao j esta disseminada pelo mundo a fora.
Quando falamos em tempo tambm temos que considerar o desperdcio que ocorre quando temos os recursos descentralizados em um ambiente de trabalho. Muitas vezes ou quase sempre utilizamos vrias ferramentas para determinadas funes, acarretando assim uma srie de manuais, procedimentos de buscas, pesquisas desnecessrias, desperdiando os recursos disponveis por carncia de um padro, uma centralizao ou uma ferramenta que proporcione a agilidade e eficcia.
Ao elaborar um projeto que concentre em um computador, todos os recursos necessrios, incluindo ferramentas e utilitrios, uma empresa seja ela qual for seu ramo de atuao, ganha muito em tempo, pois atravs de uma administrao dos recursos de forma segura e direcionada trar inmeros benefcios a empresa convertendo isso em pontos positivos.
Consiste em um computador denominado servidor que concentra em suas configuraes recursos necessrios para atender todas as necessidades de uma empresa, podendo dar acesso a determinadas informaes, barrar outras, bem como agilizar a pesquisa de documentos, arquivos, programas, planilhas que sejam do seu uso contnuo.
Para isso interessante termos em mente os custos, pois ao utilizarmos sistemas, banco de dados e aplicativos gratuitos, ficamos muitas vezes nas mos dos desenvolvedores que limitam determinados recursos nas verses que esto disponveis na internet para que possam prosperar forando o usurio ou empresa a adquirir outros produtos fornecidos por eles mediante pagamento. 14 Sendo assim, foi elaborado um projeto, utilizando softwares e aplicativos que hoje se encontram na internet gratuitamente. O maior custo para implantao e organizao do projeto se d ao adquirir um equipamento que seja compatvel e atenda as necessidades no s momentneas, mas prevendo tambm expanso dos prprios recursos e servios.
De posse do equipamento, estaremos configurando e instalando as ferramentas necessrias para que o computador possa gerenciar toda a rede e recursos necessrios. Utilizaremos um sistema operacional multitarefa, leve e que a cada dia ganha mais adeptos, o Linux.
O surgimento do Linux se deu atravs de seu idealizador Linus Torvalds, que necessitava de um sistema operacional com as caractersticas do Unix, mas que pudesse ser utilizado em um computador de pequeno porte. O Linux ganhou mais admiradores por ser um sistema operacional de cdigo aberto e de livre distribuio onde cada vez mais pessoas e empresas se empenham em torn-lo cada vez mais amigvel e competitivo com seu maior rival o Windows 1 . Aplicativos e ferramentas so desenvolvidos para facilitarem a administrao de redes e recursos bastante explorados e necessrios nos dias de hoje (MAXWELL, 2000).
Existem vrias distribuies Linux espalhadas ao redor do mundo pela facilidade de seu cdigo ser aberto. O que as diferencia a quantidade de aplicativos e ferramentas contidas em cada distribuio, que so montadas para atender fins especficos (TSUJI, 2000).
DISTRIBUIO LINK DA DISTRIBUIO Conectiva http://www.conectiva.com.br Kurumin http://www.guiadohardware.net/linux/kurumin Debian BR CDD http://cdd.debian-br.org Debian http://www.debian.org Fedora http://fedora.redhat.com Gentoo http://www.gentoo.org Knoppix http://www.knoppix.org Mandriva http://www.mandriva.com Red Hat http://www.redhat.com
1 Sistema Operacional pertencente a Microsoft Corporation 15 Slackware http://www.slackware.org SUSE http://www.suse.com Ubuntu http://www.ubuntulinux.org Yellow Dog Linux http://www.yellowdoglinux.com Quadro 1 - Lista das distribuies Linux Fonte: Baseado em MAXWELL (2000).
Juntamente com as distribuies estaremos analisando as principais ferramentas usadas, porm pouco notadas pela facilidade do uso em nosso cotidiano.
16 CAPTULO 2 - DEFINIES 2.1 SISTEMA OPERACIONAL
A partir do desenvolvimento da informtica reuniram-se esforos para viabilizar solues em empresas, estabelecimentos de ensino, provedores de internet, etc, onde fosse possvel utilizar um sistema operacional maduro, barato e estvel o suficiente para as mais diversas funcionalidades. O Linux por atender a todos estes requisitos pode ser usado tanto em um computador para uso pessoal, na edio de textos, navegar na internet, planilhas, grficos, desenvolvimento de programas, em poderosos servidores de redes, atuando tambm em redes heterogneas com outros sistemas operacionais (Windows, Novell, Unix, OS/2, Machintosh, etc.) ou ainda como servidor de arquivos, aplicaes, bando de dados, Internet, Intranet, firewall e sem limitao para o nmero de usurios (GOMES, 2001).
Um sistema operacional como Linux, possui diversas bibliotecas de funes bem como programas e aplicaes cujo objetivo de manter o sistema operacional em pleno funcionamento e oferecer recursos para facilitar o uso, como o ambiente grfico e o uso do mouse para execuo de tarefas.
Apesar de apresentar um maior desempenho, o Linux instalado em modo console, muitas vezes no muito amigvel, pois para executar tarefas necessrio a digitao de comandos com seus parmetros e opes, sendo que muitas vezes torna-se pouco prtico porm deixa o sistema mais leve, tendo mais performance para as aplicaes e ferramentas que esto instaladas, configuradas e em funcionamento (BALL, 1999).
O kernel a parte mais importante do Linux, pois ele o responsvel pelo gerenciamento de processos, memria, controle de dispositivos, gerenciador de arquivos e outros. Dentre suas funes as mais importantes so o gerenciamento de memria e de processos. O gerenciador de memria responsvel pela atribuio das reas de memria com as reas de troca (swap) para os processos. No gerenciamento de processos o kernel cria e implementa multitarefa entre os 17 processos ativos no processador e realiza as trocas necessrias (WIRZENIUS, 1998).
Figura 1 - Viso inicial da arquitetura do kernel Fonte: MAXWELL (2000).
O sistema operacional se comunica com cada dispositivo ou perifrico atravs de controladores (drivers) que contm as caractersticas necessrias para a inicializao e execuo das funes de cada dispositivo. Mas a comunicao entre dois ou mais computadores definida por rede, onde o Linux possui muitas vantagens tornando a administrao dos servios mais simples, uma vez que estes recursos esto de forma centralizada mantendo o processamento distribudo, gerando menores custos e melhor tolerncia a falhas (WIRZENIUS, 1998).
2.2 REDES
A idia de se comunicar surgiu h muito tempo atrs, desde as formas mais primitivas, tendo em vista que o homem necessitava de uma maneira de facilitar a execuo de atividades sem precisar se deslocar de um lado a outro. Este conceito 18 se espalhou em todas as formas de comunicao, tendo hoje computadores trocando informaes ao redor do mundo atravs de diversos recursos, sejam elas atravs de cabos, fibras pticas, via satlite, redes sem fio, etc.
A comunicao impossvel sem algum tipo de linguagem ou cdigo preestabelecido para que se tenha a troca de dados ou informaes entre equipamentos e computadores. Entre os computadores existe um tipo de hardware bem conhecido chamado Ethernet que possibilita a comunicao e troca de informaes entre si. Utilizando um cabo de par tranado que possui 4 (quatro) pares de fios se consegue um trafego de dados em alta velocidade podendo atingir bilhes de bits por segundo (KIRCH, 1999).
Figura 2 - Placa de rede FONTE: REITER (2006).
A criao de redes se d atravs de comutadores, repetidores e outros equipamentos que permitem a interligao de um computador a diversos podendo estar eles localizados dentro de uma sala como ao redor do mundo atravs da Internet (TSUJI, 2000).
A internet uma gigantesca rede de computadores espalhada pelo mundo possibilitando alm de acesso a dados estticos e mensagens instantneas a vdeo conferncias, transmisso de udio e muito mais. Aps a dcada de 80 comeou uma exploso de recursos possibilitando a comunicao em um grau bem mais elevado que o tradicional, permitindo que as empresas comprassem direto de seus fornecedores de uma forma mais gil e eficaz, sem a necessidade da visita de um 19 vendedor na porta de sua empresa para demonstrao de produtos. Facilitou tambm as transaes bancrias, pesquisas em universidades oferecendo a possibilidade de se estudar sem sair do conforto de sua casa e compartilhar informaes com diversas pessoas nos pontos mais distantes do planeta (REICHARD, 1998).
Com o advento da internet ofereceu tambm que a comunicao empresarial, utilizasse outros recursos que antes eram indisponveis e hoje so indispensveis para o crescimento econmico e empresarial. Com isso, surgiu as intranets que, possibilitaram a comunicao de um grupo de computadores da matriz de uma empresa que esto localizados em uma cidade com outro grupo de computadores que esto localizados na filial da empresa localizada a quilmetros de distncia, como se estivessem em uma mesma sala, compartilhando recursos, arquivos, aplicativos com total segurana, possibilitando ainda que os integrantes da empresa pudessem acessar os dados de qualquer lugar usando os meios mais variados (REICHARD, 1998).
Antes imaginvamos que rede eram apenas computadores trocando informaes, hoje com a evoluo e a tecnologia avanada temos outros dispositivos trocando informaes, acessando dados, executando tarefas sem a necessidade de se ter um teclado e um monitor sentado atrs de uma mesa, ou at mesmo estar de forma presente em um ambiente de trabalho, loja ou bancos.
2.3 SERVIDOR
O nome servidor se d ao computador que detm um sistema operacional multitarefa rodando aplicaes e que est interligado com os demais computadores compartilhando recursos para o gerenciamento de dados e servios.
Uma das solues mais inovadoras atualmente centralizar os recursos fazendo com que os demais usurios que trocam informaes e arquivos tenham em sua estao uma configurao mais simples no necessitando de equipamentos 20 muito sofisticados bem como uma diversidade de softwares para desempenhar suas funes (REICHARD, 1998).
A centralizao dos recursos traz de forma imediata algumas vantagens:
Unificao de dados: todos os dados ficam armazenados em um s lugar onde atravs de hierarquias conseguimos manter de forma organizada os arquivos, sistemas, aplicativos e diretrios e subdiretrios de dados e sistemas.
Centralizao de backups: a copia dos dados feita no servidor sem a necessidade que seja realizada em outros pontos ou por mais pessoas, podendo ainda ser agendado para que o servidor execute-as automaticamente.
Atualizao de sistemas: os sistemas e aplicativos instalados no servidor eliminam a tarefa de instalao em todos os pontos que o mesmo ser utilizado, fazendo com que uma vez atualizado todos os usurios em seus pontos de acesso j executem as novas verses com suas modificaes ou atualizaes.
Arquivos limpos: como todas as operaes esto centralizadas em um servidor a funo de um anti-vrus se torna mais eficiente pois o servidor controla o fluxo dos dados impossibilitando que vrus possam se propagar em toda a rede. Facilitando ainda mais para o processo de atualizaes para prevenes de novos vrus.
Estaes mais enxutas: como todos os sistemas e dados estaro centralizados no servidor, as estaes que utilizaro dos recursos no tem a necessidade de instalao dos aplicativos ou sistemas, ficando apenas na necessidade de um sistema operacional com todos os drivers para o funcionamento correto de todos os perifricos do computador e um anti-vrus para dar mais segurana quanto infeco de vrus.
Juntando os conceitos de servidor com os servios que podemos utilizar, associados aos recursos do sistema operacional, necessitamos que os mesmos 21 sejam instalados e configurados para usufruir de todos os seus servios (MOTA FILHO, 2000).
2.3.1 Alguns servidores implementados
SERVIDOR WEB: armazena arquivos contendo linguagem de programao que sero apresentadas por um navegador.
SERVIDOR DHCP: distribuem configuraes pr-estabelecidas aos demais computadores da rede.
SERVIDOR DE EMAIL: responsvel pelo recebimento e envio de mensagens eletrnicas
SERVIDOR FTP: controla a transferncia de arquivos dos usurios para o servidor.
SERVIDOR ARQUIVOS: responsvel pelas permisses e armazenamento dos arquivos de usurios.
SERVIDOR DNS: responsvel pela converso de nomes da internet/intranet.
SERVIDOR PROXY: controla o acesso de contedo e agiliza o trfego internet da rede local.
2.3.2 Servios implementados
ADMINISTRAO REMOTA: monitoramento, execuo de tarefas, configuraes realizadas atravs de conexo fora da rede local.
NAT: responsvel pela converso do trfego da rede interna ao mundo externo.
22 AGENDAMENTO DE TAREFAS: possibilita a execuo de tarefas sem a necessidade que o usurio tenha que realiza-lo manualmente.
2.4 INSTALAO DO SISTEMA OPERACIONAL
Inicialmente iremos instalar o sistema operacional que ir coordenar o funcionamento dos componentes e os programas que iro trabalhar em conjunto. A grande maioria das distribuies do Linux disponibilizada em CD. Hoje com a grande utilizao de ferramentas e complementos da instalao j esto sendo distribudos em DVD, contendo alm dos arquivos, bibliotecas e programas necessrios a instalao outras ferramentas complementares que muitas vezes so necessrias para obtermos o resultado esperado em um servidor. Alm disso, podem ser encontradas nos sites de cada distribuio podendo ser copiadas atravs da Internet.
Os passos para instalao de um sistema operacional como o Linux se d com o seguinte processo:
- Criao dos discos de inicializao (boot) a partir do CD de instalao; - Preparar o disco rgido com as ferramentas de formatao e particionamento; - Inicializar o Linux a partir do CD; - Instalao da verso integral e de suas ferramentas (REICHARD, 1998).
2.5 DESCRIO GERAL DO LINUX
O Linux est organizado da seguinte forma:
As informaes sobre o boot de inicializao ficam gravadas na primeira trilha do disco rgido, chamada de MBR 2 , onde nela esto todas as caractersticas do disco rgido, tamanho, parties, tamanho de cada partio, etc (STATO FILHO, 2002).
2 Master Boot Record 23 Quando inicializado, o Linux carregar as configuraes do prprio sistema, para cada perifrico, e as configuraes dos servidores e servios que estaro em funcionamento. A partir deste momento, todos os processos iro obedecer s regras pr-configuradas que esto em seus arquivos de configuraes dando permisses e executando determinadas operaes (TSUJI, 2000).
Ao terminar de carregar os mdulos de configuraes, o Linux apresentar uma tela para que o usurio possa se identificar. Cada usurio possui um nome de usurio, senha e atributos para permisso de leitura, gravao e execuo de arquivos e programas. Ao logar-se, que o procedimento de identificao do usurio no sistema, pode-se comear a usar o Linux atravs de linhas de comando, que quando digitados, o sistema operacional resultar uma resposta para as operaes.
Os comandos podem ainda ter opes e argumentos que podem ser consultados atravs de um manual on-line contido no prprio sistema operacional. Argumentos e opes so entrados aps os comandos, separados por espaos ou ainda includos dentro de aspas simples, caractersticas estas, prprias de cada comando.
Como em outros sistemas operacionais, o Linux composto de arquivos e diretrios, mas sensvel aos caracteres maisculos e minsculos, tratando-os de forma diferenciada. No Linux, por ser um sistema que permite o gerenciamento de mltiplos usurios, somente os registrados, em seus arquivos de configuraes, podem ter acesso ao sistema. O usurio estando logado, ele estar em seu diretrio padro j pr-configurado, podendo navegar aos demais diretrios utilizando comandos para listagem dos mesmos.
Os arquivos e diretrios no Linux tm usurios proprietrios e grupos de proprietrios para os quais so definidas permisses de leitura, gravao e execuo mantendo assim o controle sobre estes arquivos e diretrios.
24 2.5.1 Clareza
Para simplificar um pouco, o objetivo do Linux ser o mais claro possvel dentro das restries de ser o mais seguro e robusto, e em contraste com o desenvolvimento de aplicativos mais modernos, em que o objetivo geralmente ser o mais rpido possvel. Dentro do Linux, a importncia normal relativa velocidade e clareza oposta. A clareza complementa a robustez: uma implementao que pode ser facilmente entendida e utilizada quando est correta, ou pode ser desmembrada quando est incorreta para os ajustes necessrios. Esses dois objetivos, portanto, raramente se opem. Mas a clareza e a velocidade esto freqentemente em conflito. Um programa que tenha sido desenvolvido e otimizado manualmente, raramente representa a mais clara de todas as implementaes. Quando os objetivos da clareza e velocidade entram em conflito no Linux, a velocidade geralmente vence. Mesmo assim, os desenvolvedores reconhecem, em sua maioria, a importncia da clareza e realizam um trabalho mais consistente para a escolha da forma mais clara de atingir uma maio$r velocidade (MAXWELL, 2000).
2.5.2 Compatibilidade
O Linux foi originalmente escrito para formar o ncleo de um sistema operacional completo compatvel com o Unix. Ao longo de seu desenvolvimento, foi incorporado o objetivo de tambm se tornar um kernel compatvel com o POSIX. No que diz respeito ao kernel, no h muita diferena entre ser compatvel com o Unix e estar de acordo com o POSIX. O kernel oferece outro tipo de compatibilidade. Um sistema baseado no Linux proporciona suporte opcional para a execuo de arquivos em Java como se fossem executveis dele prprio. Na realidade, o Linux foi reconhecidamente o primeiro sistema operacional a proporcionar esse suporte, embora na realidade a interpretao dos executveis em Java seja de responsabilidade de um processo em separado onde o kernel proporciona os mecanismos que possibilitam tornar este suporte transparente para o usurio (MAXWELL, 2000).
25 O suporte para outros formatos executveis tambm pode ser acrescentado ao kernel da mesma forma, com partes variveis do suporte proporcionadas pelo prprio kemel.
A ttulo de observao, o Linux como um todo oferece suporte para executveis dos antigos programas que rodavam no sistema operacional DOS por meio do emulador DOSEMU e oferece mais suporte para os executveis do sistema operacional Windows por meio de outro emulador, o WINE.
De forma similar, os servios de arquivos e impresso compatveis com o Windows so proporcionados pelo servidor de arquivos (SAMBA), mas estes no so produtos do Linux, e sim de desenvolvedores que criaram estas ferramentas para obter uma melhor compatibilidade, mesmo assim existem alguns problemas de compatibilidade que so contornados com as verses mais atuais.
Outro aspecto a compatibilidade com sistemas de arquivos "estrangeiros", o Linux suporta uma grande variedade de sistemas de arquivos - ext2 (o sistema de arquivos nativo), ISO-9660 (utilizado em CDROMs), MS-DOS, Network File System (NFS) e muitos outros.
A interligao em rede tambm outro aspecto da compatibilidade, que se toma ainda mais importante nesses tempos de conexes via Internet. O Linux, como uma variao do Unix, tem naturalmente suporte para TCP/IP desde o incio de sua existncia. O kernel tambm inclui cdigos para o protocolo AppleTalk, que permite que uma caixa Linux funcione bem em Macintoshes; protocolos da Novell, denominados Internetwork Packed Exchange (IPX), Sequenced Packed Exchange (SPX) e NetWare Core Protocol (NCP); a nova verso do protocolo IP, o IPv6, mais um grande nmero de protocolos menos conhecidos.
O aspecto da compatibilidade do Linux considerado a nvel de dispositivos de hardware, onde praticamente todas as placas de vdeo obscuras, placas de rede encontradas no mercado, interfaces de CD-ROM no-padro e drives de fita proprietrios possuem, de uma forma ou de outra, um driver para funcionar no Linux. 26 Apesar de que, alguns dispositivos foram fabricados para outros sistemas operacionais especficos.
Alm disso, o suporte para hardware do kernel est ficando cada vez melhor, onde os fabricantes vem que ao abrirem seus cdigos-fonte, tornam mais fcil a portabilidade para o Linux.
Toda essa compatibilidade atingida por meio de um objetivo secundrio importante: modularidade. O kernel define uma interface abstrata para um subsistema, de forma que a interface possa ser implementada de diversas formas.
O suporte do kernel para um novo sistema de arquivos, por exemplo, reduz a necessidade de criao de uma nova implementao para a interface Virtual File System (VFS). Outro exemplo, o suporte abstrato do kernel para manipuladores binrios, que seu mtodo para o suporte de novos formatos executveis, como os produzidos em Java.
A adio de suporte para um novo formato executvel basicamente um problema de implementao para aquele formato que se est se desenvolvendo.
2.5.3 Portabilidade
Um objetivo do Linux em parte relacionado com a compatibilidade de hardware que chamamos de portabilidade, onde pode se executar o kernel do Linux em diversas plataformas de hardware. O sistema foi originalmente desenvolvido para os processadores da lntel x86 utilizadas em equipamentos compatveis com o IBM-PC, sem pensar em dar-lhe portabilidade. Com o passar do tempo, as coisas mudaram, onde as portas do kernel oficial incluem portas para sistemas baseados em outros tipos de processadores como os Alpha, ARM, Motorola 680xO, MlPS, PowerPC, SPARC e SPARC-64. Dessa forma, voc pode executar o Linux em Amigas, em Macintoshes antigos ou novos, em estaes de trabalho da Sun e da SGl, em mquinas NeXT e outros. E estas so apenas as portas presentes na distribuio oficial do kernel. Os trabalhos tambm esto progredindo na elaborao 27 de portas no-oficiais para praticamente tudo, desde os antigos DEC VAXs at a srie de handhelds Palm da 3Com. As portas no-oficiais bem-sucedidas tendem a tornar-se oficiais mais adiante, de forma que muitas delas acabaro na rvore de desenvolvimento principal. A grande variedade de plataformas suportadas est habilitada, em parte, pela clara separao do cdigo-fonte do kernel em sees independentes e dependentes da arquitetura (MAXWELL, 2000).
2.5.4 Robustez e Segurana
A pretenso do Linux ser robusto e seguro. Ele no deve ter muitos bugs (erros de programao ou execuo) oriundos dele mesmo e deve proteger os processos e usurios uns dos outros, assim como deve proteger o sistema de outros sistemas como um todo. A grande vantagem o controle do espao para aplicaes confiveis criadas por usurios, embora o kernel deva proporcionar os cdigos sobre os quais a segurana possa ser baseada. A robustez e a segurana geralmente se sobrepem a quaisquer outras consideraes, incluindo velocidade.
O nico e mais importante fator que garante a robustez e a segurana do Linux seu processo de desenvolvimento aberto, que cada linha de cdigo presente no kernel, e cada alterao, sero examinadas por desenvolvedores pelo mundo afora. Um deles pode ser o responsvel por encontrar qualquer bug que possa estar escondido e testa-lo, pois todos desejam manter seus prprios sistemas Linux robustos e seguros tambm. Os bugs que no forem encontrados pela inspeo podero ser isolados e consertados por qualquer um que os encontrar, e os consertos sero incorporados de volta na rvore de desenvolvimento principal para o benefcio de todos. Tanto os alertas de segurana quanto os relatrios de bugs geralmente so consertados em dias, ou at mesmo em horas (MAXWELL, 2000).
O Linux pode no ser o sistema operacional absolutamente mais seguro, mas um concorrente muito forte. E sua robustez est prxima de chegar ao topo.
28 2.5.5 Velocidade
Este fator fala por si s. A velocidade est prxima de ser o critrio mais importante, embora esteja abaixo da robustez, da segurana e da compatibilidade. , um dos aspectos mais visveis do cdigo. O cdigo do kernel do Linux est exaustivamente otimizado, com as opes mais utilizadas. Quase a toda hora alguma coisa no cdigo parece estranha, mas est assim disposta porque a forma mais rpida. Algumas vezes, uma implementao mais direta pode tambm no ser a mais rpida e vice-versa (MAXWELL, 2000). 29 CAPTULO 3 - SERVIDORES
Sero descritos abaixo algumas implementaes de servidores que o Linux gerencia e tem obtido resultados satisfatrios tanto em desempenho como na administrao de seus servios e configuraes.
3.1 SERVIDOR DHCP
No conceito de redes de computadores, para que os mesmos estabeleam um padro para comunicao entre si, necessrio que a configurao dos computadores que iro acessar os recursos disponveis no servidor. Esta uma tarefa trabalhosa e que exige que o usurio tenha um certo conhecimento alm de que estas configuraes so necessrias em todos os computadores que pertencem a rede, o servidor DHCP 3 capaz de fornecer automaticamente todas as informaes necessrias a cada computador que esteja ligado na rede facilitando sua administrao (MOTA FILHO, 2000).
Quando definimos um padro que ser utilizado pela rede interna, utilizamos protocolos e um conjunto de regras para que os computadores possam de forma transparente trocar informaes entre si. O protocolo mais utilizado atualmente o TCP/IP 4 , por ele passam diversas informaes, divididas em funes de sistema que esto estruturados em camadas, onde cada uma possui responsabilidades dentro do protocolo.
Em uma rede, cada interface de rede (placa de rede), possui um nome atribudo a ela denominado host e um nmero identificador, o IP 5 . O IP consiste em um nmero formado por 4 octetos, separados por pontos, onde cada octeto composto por 8 bits, totalizando 32 bits. Cada octeto possui 8 nmeros entre 0 e 1, onde um quer dizer verdadeiro e zero falso, sendo o menor valor 0 (00000000) e o maior valor 255 (11111111). Ex: 192.168.100.100.
3 Dynamic Host Configuration Protocol 4 Transmission Control Protocol/Internet Protocol 5 Internet Protocol 30 Cada IP possui uma mscara de sub-rede, que um recurso obrigatrio em uma rede TCP/IP, definindo assim a quantidade de computadores presentes na rede. A mscara de sub-rede tambm possui as mesmas caractersticas do IP em sua apresentao. Ex: 255.255.255.0 (STATO FILHO, 2002).
Na montagem de uma rede TCP/IP, a faixa de endereos IP deve ser determinada de modo que no se utilize endereos vlidos que estejam em uso na internet para isso so designados e limitados por classe:
Redes IP Quantidade de Endereos Classe 10.0.0.0 a 10.255.255.255 1.677.216 Classe A 172.16.0.0 a 172.31.255.255 65.536 Classe B 192.168.0.0 a 192.168.1.255 256 Classe C Quadro 2 - Redes privadas FONTE: MOTA FILHO (2000).
Podemos criar sub-redes diferentes na mesma rede atravs das configuraes definidas pelo IP e sua mscara de sub-rede, mesmo que os computadores e demais equipamentos estejam interligados por cabos. Com este recurso podemos organizar melhor a forma de trabalho de cada setor de uma empresa.
Configurando o servidor DHCP podemos estabelecer configuraes especficas como o IP, mascara de sub-rede, servidores de DNS, IP dos gateways da rede, domnio, etc. Podemos ainda com um servidor DHCP estabelecer mltiplas configuraes em uma mesma rede, fixar um determinado IP para um computador de um determinado setor, reservar uma faixa de IP, estabelecer que determinada rede ir utilizar um caminho alternativo para internet, caso exista, determinar o tempo de renovao dos endereos IP na rede, sem a necessidade do departamento de informtica destacar um tcnico para ir configurar computador a computador tais configuraes.
Com a diversidade dos mtodos e meios que podemos hoje utilizar a internet em empresas o servidor DHCP tem papel fundamental, pois cada fornecedor do 31 servio internet hoje define suas caractersticas de rede que ser utilizado, bastando alterar uma vez a configurao para que toda a rede se torne operante com agilidade e rapidez.
3.2 SERVIDOR DNS
Na configurao padro de uma rede, existe endereos IP para identificar os computadores e servidores que esto interligados. Uma tarefa difcil seria memorizar todos os nmeros destes computadores, para isso, o papel do servidor de DNS (Domain Name System) justamente converter os nmeros IP em nomes de uso comum.
O servidor de DNS possui um banco de dados e est interligado a outros servidores de DNS para troca de informaes, tanto de um endereo local como um endereo que esteja em algum outro servidor ao redor do mundo. Estruturados de forma hierrquica um servidor pode apontar para vrios caminhos para obter a consulta desejada.
A estrutura da consulta dos servidores se d onde o servidor principal est no topo e os demais em camadas tornando suas consultas encadeadas (http://webinsider.uol.com.br/index.php/2007/10/13/o-que-e-dns-e-dnssec-bem- explicadinho/ Acesso em 2 jun.2008 14:58).
Figura 3 - Estrutura dos servidores DNS FONTE: http://webinsider.uol.com.br/index.php/2007/10/13/o-que-e-dns-e-dnssec- bem-explicadinho (Acesso em 2 jun.2008).
32 Exemplo de um domnio: http://www.google.com
O exemplo acima descreve o servidor da Google nos Estados Unidos, mas de forma hierrquica o servidor da Google para seu portal no Brasil http://www.google.com.br.
Figura 4 - Exemplo de pgina da internet FONTE: http://www.google.com.br (Acesso em 2 Jun 2008).
Outros servios disponveis ou setores de uma empresa podem ser organizados de forma que cada domnio tenha outros subdomnios e estes sejam direcionados para outros servidores.
Exemplo de um subdomnio: http://maps.google.com
Neste exemplo o subdomnio est direcionando para um outro servidor pertencente a empresa Google mas sua funo diferente do domnio principal. 33
Figura 5 - Pgina do Google Maps FONTE: http://maps.google.com (Acesso em 2 jun. 2008).
3.3 SERVIDOR WEB
Hoje a grande utilizao da internet voltada para as pginas que so armazenadas em servidores espalhados ao redor do mundo. A Web como chamada, nada mais do que uma troca de arquivos entre um servidor e um software instalado no computador do usurio que interpreta os cdigos contidos nas pginas armazenadas.
O servidor web tem uma funcionalidade mais operacional do que armazenar pginas estticas que contenham simplesmente um texto com imagens no formato 34 HTML 6 . A formatao, com o passar dos anos, evoluiu trazendo inovaes tanto nos padres de apresentao como nos recursos disponveis.
Podemos hoje utilizar um servidor web tanto para apresentaes multimdia como para sistemas integrados com acesso a banco de dados, gerao de relatrios, monitoramento de equipamentos, etc. Toda esta funcionalidade se d ao trabalho em conjunto do servidor web com outros servidores como a linguagens de programao, banco de dados, agendadores de tarefas, bibliotecas de funes, etc.
Um servidor web muito utilizado que tem vrias opes de configuraes podendo administrar mltiplos domnios como subdomnios o Apache, estvel, leve e de fcil instalao, trabalha nas plataformas Linux e Windows.
Inicialmente a segurana pode ser implementada definindo parmetros onde um determinado usurio ou grupo de usurios tenham acesso ao contedo que o servidor estar disponibilizando. Estes usurios podem ser os mesmos que esto contidos no cadastro principal do servidor que utiliza o Linux como sistema operacional ou pode ser definido um banco de dados ou arquivo que contenha todos os dados de quem possui acesso.
As pginas que informaro erros, restrio de acesso, e outras informaes no as de contedo ou sistema, tambm podem ser personalizadas para que o usurio tenha uma interao ainda maior com o servidor.
Definindo os domnios que sero utilizados, o servidor web pode criar reas especficas que contenham dados diferenciados dos dados principais para cada domnio ou subdomnio criado. Sua versatilidade disponibiliza que em um mesmo servidor possa ser configurado mais de um domnio e seus subdomnios consequentemente.
Os sistemas de hoje esto voltados para que os seus usurios possam acess-lo de qualquer lugar. Trabalhando em conjunto com um servidor web um
6 HyperText Markup Language 35 sistema desenvolvido para uma empresa pode ser utilizado no s de dentro da empresa como de um ambiente externo e com outros meios no s atravs de um computador como tambm de um celular ou outro dispositivo mvel. Assim o usurio tem mais mobilidade em extrair dados necessrios para apresentao de relatrios, bem como agilizar o procedimento de cadastramento de dados, efetivao de vendas, reserva de vagas, consulta de dados financeiros da empresa (HOLDEN, 2001).
Colocando um exemplo de nosso cotidiano, imaginemos que um vendedor de bebidas ao visitar seus clientes, de posse de um celular com acesso internet, pode fazer o pedido das quantidades e marcas que o cliente deseja e ao fechar o pedido o setor de entregas cria um roteiro para que em uma nica circulao, possa entregar todos os pedidos realizados no s por um vendedor como por um grupo de vendedores. O sistema emite um aviso ao controle de estoque dando baixa dos produtos e emite a nota fiscal da venda, agenda a preferncia dos produtos vendidos para o setor de ps-venda, avisa o setor de compras que determinados produtos foram vendidos e que necessitam de reposio, o financeiro da empresa j encaminha ao banco as faturas da venda prazo realizada e lana automaticamente os valores das vendas vista e contabiliza as comisses dos vendedores. Todos os setores ganham na rapidez e eficincia e principalmente no atendimento ao cliente.
No exemplo acima um sistema pode ser desenvolvido em linguagem de programao que estar trabalhando em conjunto com o servidor web. Uma linguagem muito utilizada atualmente o PHP, que possui inmeros recursos para tratamento de dados, gratuita e seu cdigo interpretado automaticamente pelo servidor web atravs de tags de identificao incorporadas no meio do cdigo das pginas HTML.
O PHP uma linguagem de programao muito verstil. Para sua implementao, basta digitar os comandos e funes em um arquivo texto, e salvar com extenso .php para que seu interpretador execute em ordem cronolgica as instrues requeridas. Possui diversas funes para formatao de textos, datas, manipulao de arquivos podendo ainda gerar grficos e imagens uma vez requisitado sua biblioteca de funes. 36
Atravs da linguagem de programao tambm estaremos acessando um banco de dados que gratuito, o MySQL. O Banco de dados trabalha diretamente com o kernel do sistema operacional, tem um sistema de alocao de memria muito rpido, pode misturar bancos de dados diferentes nas pesquisas, possui um sistema de privilgios e senhas que muito flexvel, seguro e que permite verificao baseada em estaes/mquinas. As senhas so seguras devido ao trfico de senhas ser criptografado. As mensagem de erros podem ser configuradas para vrias lnguas, suporta uma quantidade enorme de dados e em vrios formatos.
Para tanto devemos levar em considerao alguns parametros de configurao que o servidor web exige que sejam definidas pelo administrador da rede para que possa interpretar linguagens, vnculos bem como restries de acesso e demais configuraes:
PARMETROS DESCRIO ServerType standalone Mtodo de inicializao no Linux Port 80
Porta que o servidor web estar definida para seu funcionamento HostnameLookups off Registra os nomes DNS dos clientes ou apenas seus endereos IPs Ex: www.apache.org (on) ou 204.62.129.132 (off). User apache Group apache O nome do usurio e do grupo que executar o servidor web ServerAdmin root@dominio.com.br
Endereo de e-mail, onde os problemas com o servidor devem ser enviadas. Este endereo aparecer nas mensagens de erro do servidor. ServerRoot /var/www/htdocs Diretrios onde os arquivos de configurao do servidor, erros, e log so mantidos. BindAddress *
Usada esta opo em virtual hosts. Esta opo usada para dizer ao servidor que endereo IP de estar. Ele pode conter "*", um endereo IP, ou um nome de domnio. LoadModule config_log_module /usr/lib/apache/1.3/mod_log_config.so
Carrega os mdulos das bibliotecas de funes. Existem uma divesidade conforme a funcionalidade ExtendedStatus on Mostra detalhes completos de status do servidor ErrorLog /var/log/apache/error.log
Localizao do arquivo de log de erros LogLevel warn Controla o nmero de mensagens 37 registradas no ErrorLog LogFormat "%h %l %u %t "%r" %>s %b "%{Referer}i" "%{User-Agent}i" %T %v" full Diretrizes que definem o formato do log CustomLog /var/log/apache/access.log Localizao do arquivo de log de acessos ServerSignature On
Define a exibio da verso do servidor ScoreBoardFile /var/run/apache.scoreboard Usado para armazenar detalhes do processo interno do servidor ResourceConfig /etc/apache/srm.conf AccessConfig /etc/apache/access.conf Diretrizes para configuraes personalizadas de acesso e restrio LockFile /var/run/apache.lock
Parmetro onde o processo e detalhes sero executados ServerName www.dominio.com.br
Domnio principal que o servidor estar respondendo. UseCanonicalName off Referencia a URL do domnio e subdomnos Timeout 300
Tempo determinado em segundos para time out MaxKeepAliveRequests 100
O nmero mximo de requisies que sero permitidas durante uma conexo persistente KeepAliveTimeout 15
Tempo de segundos que aguardar a prxima requisio MinSpareServers 5 MaxSpareServers 10 Tamanho de pool do servidor StartServers 5
Nmero de servidores que sero iniciados MaxClients 150
Nmero de clientes que podem conectar simultaneamente MaxRequestsPerChild 30 Nmero de requisies que cada processo tem permisso de processar antes do processo filho ser finalizado <VirtualHost host.some_domain.com> ServerAdmin webmaster@dominio2.com.br DocumentRoot /var/www/dominio2 ServerName www.dominio2.com.br ErrorLog /var/log/apache/dominio2-error.log TransferLog /var/log/apache/dominio2- access.log </VirtualHost> Configuraes para um Quando o servidor web responde por mais de um domnio ou subdomnios necessita destes parmetros de configuraes. NameVirtualHost 192.168.0.100
Se desejar usar outros domnios virtuais baseados em nome, ser necessrio definir no um endereo IP Quadro 3 - Parmetros de configurao do servidor Apache no Linux FONTE: Baseado em HOLDEN (2001).
3.4 SERVIDOR E-MAIL
Outra utilizao que pode ser implementada em um servidor com sistema operacional Linux, o servidor de mensagens eletrnicas, conhecido como e-mail. O 38 e-mail est difundido ao redor do mundo para comunicao entre pessoas, empresas, departamentos e na atualidade valido como documento formal. Muitas empresas adotaram o e-mail como uma forma barata de documentar solicitaes, atas de reunies, avisos, sem a necessidade de gastar e armazenar em papel tais informaes.
Uma grande vantagem do e-mail sua versatilidade tanto na substituio de uma comunicao tradicional como a carta ou impresso como na agilidade da entrega. Hoje j dispomos de mensagens instantneas que esto tomando seu espao nos meios de comunicao, mas ainda o e-mail continua sendo a forma de confirmao de um pedido ou solicitao.
No servidor de e-mail pode ser configurado para envio e recebimento das mensagens dos usurios que esto cadastrados no servidor quanto para o envio e recebimento de mensagens de usurios pertencentes a outros servidores, internet, etc.
Podemos configurar um servidor de e-mail no qual um grupo cadastrado pode trocar informaes onde todos os componentes do grupo troquem mensagens sem a necessidade de enviar para cada um individualmente. Basta enviar uma mensagem a um email pr-definido e o servidor se encarrega de encaminhar a mensagem aos demais. Assim ao emitir um aviso ou solicitao que seja de interesse de todos, torna o processo gil, no correndo o risco ao usurio digitar um endereo errado ou ainda esquecer de algum membro do grupo.
Junto ao servidor de e-mail podemos configurar para que um anti-vrus trabalhe em conjunto limpando os arquivos que provavelmente possam estar infectados com vrus ou arquivos que possam comprometer o funcionamento de programas ou sistemas dos usurios. Tambm podemos atrelar ao servidor regras para que pessoas que tentem utilizar-se do servidor para envio de mensagens a terceiros sejam barrados, alertando com o envio de mensagens instantneas ao administrador da rede da empresa.
39 Ferramenta muito utilizada por empresas e provedores de internet para facilitar a troca de mensagens atravs de um servidor de e-mail, onde no preciso realizar a configurao de programas para visualizar, receber e enviar mensagens o webmail, que um programa que trabalha em conjunto com os servidores web e e-mail conjuntamente. Existe uma diversidade destas ferramentas disponveis na internet que facilitam muito a vida do usurio. Podendo ser acessado de qualquer parte atravs da internet, o usurio no precisa configurar praticamente nada bastando abrir uma simples pgina na internet e utilizando seu nome de usurio e senha executa as mesmas tarefas que os programas, com mais uma vantagem que todas as mensagens, com anexos ou no, ficam resguardadas no servidor.
Um dos servidores de e-mail mais conhecidos, e compatvel com o Linux o Sendmail. Com o Sendmail podemos:
Configurar as informaes bsicas: Estabelecer as contas dos usurios, domnios a que pertence, tamanho das mensagens, etc.
Configurar roteamento especial: Podemos informar um atalho para um domnio especial facilitando o trafego de mensagens;
Configurar roteamento complexo: Faz com que o servidor de e-mail encaminhe as mensagens baseado no nome do usurio e no domnio a que pertence de maneira a tratar todos os e-mails de um determinado domnio e fazer excees para determinados usurios. Esta funcionalidade no um substituto para apelidos normais de cada usurio que pode ser configurado mas tratado de maneira diferente.
Regras de mascaramento: Podem ser definidos filtros que trocam o remetente ou domnio de um e-mail. Isso til quando temos um servidor mal configurado onde envia os e-mails com o endereo errado, corrigindo o problema.
E-mail para fax: Faz o servidor de e-mail encaminhar as mensagens de e-mail para um aparelho de fax e suporta vrias regras de controle de acesso. O e-mail para fax oferece o protocolo universal de envio de fax de um computador. de fcil 40 utilizao e tambm pode ser configurado por qualquer usurio e de outros sistemas operacionais.
Domnio virtual de e-mail: Esta configurao permite que o servidor de e-mail tenha configurado outros domnios alm de uma lista de usurios independentes no mesmo servidor, com seus prprios administradores. Esta facilidade permite o gerenciamento de contas de usurios, onde cada domnio tem sua prpria lista de usurios. Alm disso, o domnio virtual pode ser movido de servidor para servidor de maneira prtica e gil.
Definindo apelidos para usurios: Alguns usurios podem querer receber seus e-mails sob nomes diferentes ou ainda definir um pseudo nome para direcionar o envio e recebimento de mensagens.
Apelidos de usurios de domnios virtuais: Como cada domnio pode ter seus usurios o servidor de e-mail tambm pode definir um apelido de usurio para um domnio virtual configurado no mesmo servidor de e-mail. Assim um usurio pode ter uma conta no domnio principal e outra conta do domnio virtual e ainda um apelido para cada uma das contas ou ainda redirecionar todas as mensagens para uma s conta.
Definindo remetentes rejeitados: Informa ao servidor de e-mails uma lista contendo os endereos de e-mails, domnios ou ainda os nmeros IP de quem o servidor pode descartar as mensagens.
Definindo regras para repetir os e-mails: O servidor de e-mail pode ainda, conter um arquivo que define quais os computadores da rede podero repetir os e- mails podendo ser descritos pelo nmero IP, nome do computador e domnios.
O controle de envio de mensagens permite decidir quem pode usar o servio do servidor de e-mails atravs do seu protocolo SMTP (Simple Mail Transfer Protocol). Muitos costumam se beneficiar de um servidor mal configurado para envio de mensagens de propagandas, ou no solicitadas enviadas em grande volume espalhando para uma lista enorme de pessoas. Este controle no controla a 41 funcionalidade de remetentes rejeitados, mas permite rejeitar e-mails vindos de usurios ou computadores conhecidos, no limitando assim a funcionalidade de repetir (KIRCH, 1999).
Outra funcionalidade do servidor de e-mail enviar as mensagens em um tempo hbil, ou seja, quando o canal de internet estiver fora do ar, o servidor armazena todas as mensagens que sero enviadas e as despacha quando o canal de comunicao estiver restabelecido, evitando assim que as mensagens fiquem armazenadas no computador dos usurios.
3.5 SERVIDOR FTP
Os arquivos pessoais, documentos de texto, planilhas, layouts, apresentaes, etc, so armazenados no disco rgido de cada computador, onde cada usurio tem suas prprias caractersticas para se organizar. Assim em uma rede onde vrios computadores com vrios usurios tambm geram vrios arquivos, como forma de melhor organizao e centralizao dos mesmos, podemos concentr-los em um nico lugar, onde cada usurio pode ter sua prpria pasta e dentro dela organizar como bem entender.
O servidor de FTP 7 um dos servios que podem ser implementados em um servidor, onde conta com toda a segurana para o usurio de qualquer parte (dentro da empresa ou de qualquer ponto onde esteja a internet presente) transferir arquivos. Sendo um dos protocolos mais antigos da Internet, um mtodo muito simples para troca de arquivos, independente do sistema operacional que os computadores esto utilizando, pois com um simples navegador, com programas especficos ou at com linhas de comandos os arquivos podem ser transmitidos. Com regras para garantir a segurana e com controle de acesso aos usurios cadastrados, os arquivos podem ser salvos em diretrios especficos para cada usurio ou em local onde todos os usurios possam acessar sem necessidade de cadastro de conta e senha tornando-os pblicos a todos que o acessarem (REICHARD, 1998).
7 File Transfer Protocol 42 3.6 SERVIDOR ARQUIVOS
O servidor de arquivos aparentemente possui a mesma finalidade do que o servidor de FTP, a sua diferena que configurado dentro de uma rede alm de armazenar os arquivos, ele possibilita a execuo de programas e ainda o acesso dos arquivos sem a necessidade de copi-lo para outro computador.
Com a grande utilizao de diversos sistemas operacionais como o Linux, Windows, OS2, etc, existiu a necessidade que a troca de arquivos fosse transparente, com segurana para os usurios, compartilhando os recursos de impressoras e podendo ainda ser administrado via web. Como no existia um protocolo padro e transparente para se comunicar, foi implementado o Samba, que permitiu que as estaes da rede trabalhassem e compartilhassem arquivos, impressoras, autenticassem os usurios atravs de senhas, fornecendo ainda a converso de nomes dos computadores que fazem parte da rede.
O sistema operacional Windows normalmente utiliza o mtodo de segurana baseado por recurso onde para trabalhar em conjunto com o Samba do Linux temos que realizar as alteraes necessrias para fazer a autenticao por usurio. Alm da autenticao do usurio possvel restringir ou permitir o acesso a partir de determinados computadores pertencentes rede, especificando seus nomes, endereos IP ou o endereo de rede com mais de uma mscara de sub-rede.
O servidor de arquivos, Samba, pode exportar qualquer diretrio definido pelo administrador da rede onde cada usurio possua sua prpria pasta ou ainda uma pasta para acesso aos usurios de forma global.
Para que a configurao tenha sucesso em sua execuo, o servidor de arquivos deve ser configurado e definido os seus parmetros:
PARMETRO DESCRIO [ global ] Define onde iniciam as configuraes da sesso global do servidor de arquivos. Comment = Comentrio que pode ser inserido para melhor visualizao do usurio na rede 43 Workgroup = Especifica o grupo de trabalho que pertence o compartilhamento dos arquivos Security Por padro o servidor de arquivos utiliza a segurana a nvel de usurio security = share Senhas de acesso sero solicitadas por cada recurso compartilhado e no por usurio, ou seja, cada diretrio ou impressora poder ter uma senha nica conhecida pelos usurios autorizados. Esta opo geralmente usada para estaes de trabalho Linux, onde em diversos casos simplifica o acesso a dados locais quando necessrio. security = user As permisses so dadas de acordo com o login do usurio ou atravs dos grupos. security = server O Samba tentar validar a senha do usurio, enviando os dados para outro servidor de arquivos, como outro servidor Samba ou um servidor Windows security = domain Usado se cada computador pertencer e for vinculado a um domnio os leveI Especifica o nmero que ir garantir que o servidor de arquivos seja eleito na escolha de validao da autenticao das estaes de trabalho. announce as Especifica o tipo de servidor que ser divulgado na rede domain logons Usado para validar o nome do usurio na rede em estaes windows. logon scripts Arquivo contendo comandos para serem executados automaticamente aos usurios identificados na rede logon path Caminho onde estaro os arquivos de configuraes para cada usurio. domain mster Indica qual ser o domnio principal da rede inteira. local mster Indica qual ser o computador ser o principal da rede local. preferred mster Especifica que o servidor de arquivos local ser o principal entre os demais guest account Nome da conta do usurio visitante caso no seja definido nenhuma wins server Indica qual o servidor Wins ( concentram uma lista dos nomes dos computadores pertencentes a rede no windows ) da rede, caso exista outro servidor alm do prprio. wins support Permite o prprio servidor de arquivos seja um servidor Wins da rede. keep alive Parmetro utilizado para verificar o estado da conexo, evitando trfego desnecessrio. debug level Usado para dar flexibilidade configurao do sistema. winpopup command Especifica os comandos a serem executados quando o servidor receber troca de mensagens log file Indica o nome do arquivo contendo as informaes sobre o servidor de arquivos null passwords Indica se ser ou no possvel que usurios tenham senha nula para acesso unix password sync Se ativado permite que os usurios troquem suas senhas. socket options Permite configuraes extras possibilitando uma melhor performance ao servidor em lidar com os pacotes da rede Printing Indica qual o sistema de impresso padro utilizada pelo Linux printcap name Indica o nome do arquivo para busca das definies das impressoras load printers Disponibiliza as impressoras da rede 44 hosts allow Define quais os computadores da rede podero ter acesso ao servidor de arquivos. hosts deny Restringe o acesso dos computadores descritos [ homes ] Define os parmetros da sesso de cada usurio pertencente a rede. Podem ser criados outros parmetros para definir um grupo ou compartilhamentos distintos. public / guest ok Permite que usurios no cadastrados tenham acesso Browseable Define se o compartilhamento ser ou no visvel a rede. Writeable Permite se os usurios podero salvar as alteraes no servidor de arquivos. force create mode Fora que os arquivos criados sigam determinado tipo de permisso force directory mode Fora que os diretrios criados sigam as permisses definidas admin users Indica quais usurios tero permisso completa para administrar o servidor de arquivos Copy Permite copiar os parmetros de outra seo. max connections Define o nmero mximo de conexes simultneas. dns proxy Diz ao servidor de arquivos se ir pesquisar os nomes em um outro servidor de nomes. Quadro 4 - Parmetros de configurao do servidor Samba FONTE: STATO FILHO (2002).
Ao utilizar os parmetros de configuraes podemos mesclar para que cada usurio ou grupo de usurios possam ter configuraes distintas, no ficando restrito a somente uma configurao do servidor de arquivos para concentrao dos arquivos ou sistemas armazenados por ele (STATO FILHO, 2002).
3.7 SERVIDOR PROXY
O servidor proxy configurado em um ambiente Linux, um programa robusto, simples e extremamente confivel que se tornou um dos pacotes mais utilizados e quase obrigatrio para qualquer provedor de internet ou empresa que deseja aumentar a performance do seu canal internet ou criar regras para controle de acesso aos servios web.
Um dos servidores proxy mais utilizados na atualidade o Squid, projeto desenvolvido por Duane Wessels, do National Laboratory for Applied Network Research.
Um proxy possui caractersticas especiais de filtragem de pacotes tipicamente executados por um firewall. O proxy aguarda que seja feita uma requisio do 45 firewall, repassa a um servidor remoto que est do outro lado do firewall, recebe a resposta e a envia de volta ao computador do usurio que solicitou a informao.
A principal vantagem dos proxies a capacidade de armazenamento temporrio dos documentos. Em um computador que utiliza o proxy para acessar uma pgina na Internet, realizada uma cpia da pgina acessada e colocada no chamado cache do proxy, rea delimitada pelo administrador do sistema que contm as requisies do sistema. Se outro usurio acessa a mesma pgina de outro computador, no existe a necessidade de pesquis-la na Internet novamente, pois o proxy carrega a pgina que o usurio est acessando no seu navegador pois ela j est em copia no servidor, aumentando assim a performance do canal de Internet.
O proxy ainda pode criar regras de acesso, permitindo ou no acessos sites. Muito utilizado e importante para evitarmos a navegao em sites com contedo explcito, ou salas de chat, redes de relacionamento, etc.
Um proxy tambm serve como um firewall baseado em um protocolo e que filtra estes acessos vindos de usurios da rede interna, fazendo papel de um canal de sada. No necessitam de nenhum tipo de equipamento especial, pois pode rodar conjuntamente com os outros servios instalados no servidor, bastando deixar um espao no disco rgido para alocar os dados por ele armazenados.
A mais comum vantagem inerente e interessante do proxy que como um filtro, permitindo ou no acessos a sites da web, permite que seja feita uma auditoria de acessos, j que tem a capacidade de armazenar as informaes dos computadores que requisitaram determinados acessos, ficando gravados em um arquivo de log.
Muitos profissionais da rea de informtica e tecnologia da informao abordam alguns aspectos de desvantagens do proxy:
Poucos servios suportados: Nem todos os servios so suportados pelos proxies mais comuns do mercado. A relao entre um usurio e o servidor proxy deve ser muito bem estruturado e em muitos sistemas operacionais isso no ocorre. 46 Grande trabalho de atualizao: Existe uma carga muito grande de atualizao e modificao dos usurios que torna extremamente desvantajosa devido aos ambientes mistos evidenciando um problema mais grave.
Problemas de segurana: O proxy no protege um computador de possveis falhas de segurana em protocolos e aplicaes, ou seja ao executar um aplicativo ele no ser bloqueado pelo proxy, abrindo uma falha e tendncia a ocorrer erros e perdas que a aplicao gerou.
Normalmente o servidor proxy trabalha em conjunto com o firewall, complementando assim sua segurana que em diversos aspectos so importantes no intuito de evitar as tentativas de invaso e acesso indevido. Este mecanismo cria uma dificuldade ainda maior para o invasor (MARCELO, 2004).
3.7.1 Restrio de acesso por listas
A restrio de acesso a sites no autorizados uma das caractersticas mais interessantes do servidor proxy. Isto inibe o usurio ao acesso sites porn, sites de jogos ou outros que possam prejudicar o andamento do trabalho. No servidor proxy podemos configur-lo para que execute a restrio por horas e datas, tornado um recurso muito til, pois deixa mais flexvel a utilizao da internet fora de horrios comerciais ou em dias que a empresa no tem atendimento externo.
Os mtodos de restrio de acesso podem ser:
Por hora: onde definido um intervalo de tempo ou hora especfica para liberao do acesso internet, assim o servidor proxy entender que todos os usurios que acessarem no perodo definido podero utilizar todo o contedo sem restrio.
Por MAC ADDRESS: Este tipo de restrio ideal para negar o acesso de um determinado computador ou de uma lista de computadores que esteja utilizando o mesmo canal de internet. 47 Por tipo de arquivo: Evita que determinados arquivos pr-definidos possam ser baixados de sites da Internet, aumentando assim o fluxo de dados do canal no acontecendo gargalos e lentido (MARCELO, 2004).
3.7.2 Restrio por autenticao
Normalmente ao abrirmos o navegador de Internet, j consultamos de imediato uma pgina pr-definida nas configuraes de cada computador. Um recurso bastante interessante que possvel atravs de um servidor proxy a autenticao de usurios. Ao abrir o navegador, ao invs de abrir a pgina que estaria pr-configurada o usurio se depara com uma tela que pede um nome de usurio e senha, onde de acordo com o seu nvel de segurana ele poder ou no acessar determinados sites.
Para estabelecer este tipo de padro no servidor proxy, temos que utilizar os mdulos de autenticao do mesmo. O mdulo ser instalado e compilado para que juntamente com o servidor carregue as informaes para funcionamento da autenticao mediante uma lista de senhas geradas pelo administrador e podendo ser modificada mais tarde pelo prprio usurio (MARCELO, 2004).
3.7.3 Proxy transparente
O que acontece geralmente quando utilizamos os servios do servidor proxy que temos que configurar manualmente computador a computador para que as configuraes tenham resultado.
Podemos facilitar muito o servio do administrador da rede da empresa ou de um provedor de internet quando conseguimos juntar os recursos do servidor proxy com o firewall do sistema, fazendo com que, os recursos para bloqueio de acesso aos sites, regras de restrio , estejam ativas sem a percepo do usurio, pois muitas vezes os usurios sabendo das configuraes podem modifica-las tornado-as ineficazes quanto a finalidade do uso do servidor proxy.
48 Bastando apenas o administrador executar um conjunto de regras podemos:
- Ocultar a utilizao do servidor proxy aos usurios que acessam Internet; - Forar os usurios a utilizarem o servidor proxy mesmo que eles no queiram; - Implementar uma poltica de uso da Internet proibindo o acesso desnecessrio e evitando que usurios possam desabilitar as configuraes para sua navegao (MARCELO, 2004).
O firewall detecta que o fluxo de dados da rede est sendo utilizado e redireciona para que o proxy faa o seu trabalho, mesmo que as configuraes no computador do usurio no estejam ativas.
Para isso, no kernel do Linux temos que ativar algumas opes para que este trabalho em conjunto do servidor proxy com o firewall tenham sucesso:
a) Em opes gerais do Kernel localizadas na opo Networking Support devemos ativar: Sysctl support;
b) Em opes gerais, na opo Networking Options devemos ativar: Network packet filtering, TCP/IP networking;
c) Em opes gerais, na opo Networking Options, subopo IP:Netfilter Configuration, ativar: Connection tracking, IP tables support, Full NAT, REDIRECT target support;
d) Em opes gerais, na opo File System, ativar: /proc filesystem support.
Aps configurado o kernel , devemos recompil-lo e reiniciar o sistema para que estas opes tenham efeito. 49 CAPTULO 4 - SERVIOS
Como nos servidores, o Linux pode gerenciar outros servios que auxiliam na administrao do controle do fluxo de dados de uma rede, obtendo assim uma melhor performance e segurana.
4.1 NAT
Hoje ao definirmos as configuraes utilizadas na rede interna da empresa, devemos observar os padres utilizados e o conceito de redes, utilizando os protocolos atuais que comunicam com todos os tipos de equipamentos, do conjunto TCP/IP para que possamos ter um timo desempenho no fluxo dos dados. Mas muitas vezes o que acontece que ao contratarmos um servio de internet ficamos limitados ao nmero de endereos IP disponveis fornecidos pela empresa que presta este tipo de servio. Para resolver este tipo de problema entra em cena uma ferramenta muito importante, o NAT 8 . Tem por papel principal converter todo o fluxo dos dados da rede interna em um nico IP fazendo com que todos os servios que precisam ser utilizados no s por um nico computador que esta servindo os dados ou no, usem e consigam interagir com outras redes distintas presentes na internet.
Esta ferramenta capaz de mapear todos os dados da rede interna de vrios computadores e converter como se fosse apenas um nico. Um problema encontrado neste tipo de ferramenta que o caminho inverso fica confuso ou ineficaz, pois quando uma resposta aos dados enviados de um computador de dentro da rede interna tenta interagir com outro computador pertencente a outra rede que esto se comunicando atravs da internet, assim so necessrios um conjunto de regras de roteamento para que isso possa se tornar eficiente. Podemos utilizar regras atravs de um roteador ou de um firewall configurado no servidor para interagir entre os sistemas, neste caso conseguimos que os recursos ou ferramentas utilizadas fiquem operacionais.
8 Network Address Translation 50 4.2 AGENDAMENTO DE TAREFAS
Uma tarefa que muitas vezes fica de lado em nosso dia-a-dia, mas de fundamental importncia, lembrar de atividades rotineiras, que, por muitas vezes, pela alta carga de tarefas acabamos deixando de lado algumas que iremos notar sua falta nas piores horas. Isso acontece geralmente quando esquecemos de realizar copias dos arquivos importantes que usamos e so importantes para o nosso cotidiano.
Um recurso muito interessante utilizado em um servidor que controla o fluxo de dados de uma rede o agendamento de tarefas. Configurado para realizar inmeras tarefas, desde backup de dados, rastreamento de vrus, organizao e desfragmentao de dados do sistema, envio automtico de emails at o prprio desligamento do servidor em caso de falta de energia eltrica quando monitorado atravs de um no-break.
Na hora em que um equipamento apresenta uma pane ou quando um sistema falhe e seja necessria a reinstalao, ou quando por uma falta de energia, os dados se corrompem, sentimos falta de tais recursos. O agendamento de tarefas uma ferramenta de fcil configurao em um servidor, agilizando e aliviando a sobrecarga do administrador da rede, onde diariamente poderamos agendar quantas vezes for necessrio, o backup dos dados mais importantes de todo um sistema e aps executado realizar a gravao dos mesmos em CD ou DVD de dados. Outro exemplo muito interessante no monitoramento de links que necessitem que o sistema fique operacional em 100% do tempo, utilizando o agendamento de uma tarefa a cada minuto, por exemplo, o Linux pode verificar se o link esta OK ou no e em caso de falha enviar um SMS para o celular do administrador da rede comunicando a falha.
4.3 ADMINISTRAAO REMOTA
Uma alternativa segura para realizarmos administrao remota de um servidor, ou seja, realizar configuraes, digitar linhas de comandos, executar 51 tarefas, monitorar o servidor de algum ponto externo sem precisar estar presente na frente do computador para realizar estes servios.
Existem servios e programas disponveis que tornam esta tarefa possvel, utilizando um canal de comunicao criptografado, ou seja, por mais que algum tente burlar as informaes que esto trafegando por um ponto externo como a internet, no conseguir visualizar os dados na integra, pois os dados se utilizam de frmulas para mescl-los tornando-os praticamente incompreensveis.
Um programa que permite essas facilidades o SSH 9 , que do ponto de vista prtico, ao utiliz-lo, como se o administrador ou usurio estivesse efetivamente sentado em frente ao computador remoto, podendo rodar programas e utilizar os recursos do servidor.
Alm da caracterstica de utilizar pacotes de comunicao criptografados, que impedem a utilizao de programas farejadores para capturar informaes como logins e senhas, o SSH apresenta como vantagem uma forma de autenticao mais avanada, podendo utilizar chaves assimtricas para usurios e computadores, alm da capacidade de criar tneis criptografados, rodando at aplicaes grficas remotamente.
A configurao padro do servidor SSH bastante completa e segura. Temos dois elementos que so os principais: a porta de comunicao e as escutas de endereos. Na porta de comunicao ser definido um valor padro, que os usurios utilizaro para acessar o servidor atravs desta porta e com programas cliente. Na escuta dos endereos definida quais endereos de rede do servidor utilizar para receber as conexes SSH. Pode ser definido mais de um endereo de rede ou simplesmente um nico.
Outra opo que o servidor SSH disponibiliza a verso utilizada podendo ser especificada em ordem de preferncia. Existem 2 verses que podem ser utilizadas, a de nmero 2 a mais completa e utiliza mais recursos de criptografia e
9 Secure Shell 52 autenticao. A de nmero 1, que foi lanada anteriormente, mais simples, mas eficaz tambm.
O servidor SSH tambm disponibiliza algumas outras opes que juntamente com as opes principais, conseguem requisitar uma segurana ainda maior:
Opes de Chave de Mquina: So configuradas opes relativas s chaves de autenticao do servidor. O pacote de instalao do servidor SSH gera automaticamente essas chaves e as coloca em locais pr-definidos, onde o administrador da rede no necessita alterar estes dados.
Controle de Acesso: Nesta opo podem ser configuradas restries ao acesso do servidor SSH. Permite a restrio de grupos ou apenas de usurios determinados ou ainda o acesso destes. Um detalhe importante que possibilita que o administrador da rede possa se logar diretamente com seu usurio e senha, ou para uma maior segurana se restringe este tipo de opo para que seja utilizado um usurio secundrio e com os devidos comandos ele assuma os privilgios para execuo de comandos, programas, de criao e visualizao de arquivos, etc.
Opes de Segurana: Define qual o tipo de autenticao que o servidor de SSH utilizar, podendo utilizar a autenticao por senhas em texto plano atravs de tunelamento encriptado, ou seja, o usurio poder utilizar sua senha do sistema. Podemos utilizar outra forma, forando os usurios a utilizarem apenas a autenticao com um conjunto de frases com chaves criptogrficas assimtricas. Tambm necessrio definir o tempo que o servidor SSH deve esperar pela autenticao do usurio antes de desconectar a conexo (STATO FILHO, 2002).
Opes Gerais: Relativas ao comportamento do servidor aps o usurio estabelecer a conexo, se o mesmo deve ou no verificar se h mensagens novas ou ainda imprimir a mensagem do dia.
Opes do X11: Estas opes so configuradas para que o servidor SSH possa rodar aplicaes grficas atravs do tunelamento.
53 Suporte do skey: Possibilita que o servidor SSH autentique a senha do usurio que ir se conectar atravs de um outro padro utilizado, chamado de skey.
Suporte a Kerberos: Outro mtodo de autenticao que o servidor de SSH tambm disponibiliza.
Quando o usurio for acessar o servidor de SSH no necessita de nenhuma configurao especfica para funcionar, no entanto, se a autenticao for por chaves assimtricas ser necessrio gerar essas chaves. 54 CAPTULO 5 - SEGURANA
Uma das questes primordiais tanto para os sistemas quanto para os dados sua segurana. A quantidade de dados existente em um computador j grande e ainda estamos suscetveis ao abrir um programa desconhecido e infectar nosso computador com vrus colocando em risco todos os dados contidos nele. A dimenso aumentada progressivamente quando estamos com muitos computadores interligados e todos estes dados trafegando de um lado para outro sem controle nem segurana.
Quando disponibilizamos servios e dados em um servidor, a segurana de extrema importncia, pois no adianta colocar todos os servios e sistemas em funcionamento sem controle, regras para uso, permisses de acesso, deixando as portas abertas para que qualquer usurio manipule os dados e arquivos.
Em um sistema instalado em um servidor os dados so tratados atravs dos servios onde para seu uso so disponveis protocolos e portas distintas dando proteo e permitindo o trafego entre usurio, sistema, servidor e componentes da rede.
Podemos definir regras para utilizao para aumentar a segurana em um servidor, evitando dar permisses desnecessrias a usurios que no precisam ter acesso determinados recursos e dados do sistema, no deixando rodar programas desnecessrios no servidor, estabelecendo um padro eficiente para senhas cadastradas, no utilizando nomes e senhas curtas facilitando a utilizao por terceiros, trocando periodicamente as senhas dos administradores do servidor e sistemas, rodando programas que testam possveis falhas, analisando os arquivos de log, evitando rodar servios desnecessrios no servidor, fechando portas que no esto sendo utilizadas, fazendo backup de configuraes, atualizando os recursos do sistema operacional constantemente, etc. Tudo para que os servios e os sistemas permaneam estveis e sempre disponveis aos usurios, mas falando em segurana tambm devemos levar em conta a integridade fsica dos equipamentos , pois nada adianta estarmos focados em sistemas, softwares, dados se a parte 55 bsica no estiver em um padro normal de utilizao como energia eltrica, temperatura, cabeamento estruturado, acesso restrito ao local dos equipamentos, sistema contra-incndio e demais que esto focados no conjunto software, hardware e peopleware ( sistemas, equipamentos e pessoas ).
5.1 CONFIDENCIALIDADE
A confidencialidade o princpio que garante que a informao estar acessvel somente a pessoas autorizadas, ou seja, somente as partes interessadas em um determinado processo devero acessar as informaes. Pode ser includo aqui o acesso a informaes armazenadas, impressas e arquivadas e at mesmo o envio de uma informao por e-mail.
Atualmente, a informao considerada o bem mais valioso de uma empresa e no possvel saber exatamente o quanto se perderia se determinadas informaes fossem divulgadas indevidamente.
Muitas vezes, em incidentes como o roubo de informaes importantes da empresa, a perda financeira no to significativa quanto o custo da imagem da empresa, que pode ter sua idoneidade comprometida em poucos segundos.
Por isso procedimentos de segurana devem ser definidos e adotados pela empresa para evitar inconvenientes (FREUND, 2007).
5.2 INTEGRIDADE
Esta outra preocupao que a empresa deve ter ao desenvolver um sistema que armazene informaes em um banco de dados, por exemplo. O princpio da integridade, assegura que a informao no seja alterada a partir de um determinado momento por pessoas no autorizadas, ou seja, garante que a informao recuperada fiel que foi armazenada, ou que uma informao recebida a mesma que foi enviada.
56 A falta deste servio pode causar grandes problemas a uma empresa, pois a confiana na veracidade de uma informao armazenada e/ou recebida fundamental para o sucesso de um negcio. De nada adianta uma empresa possuir um controle financeiro dirio, por exemplo, se as informaes contidas nele no forem verdadeiras e os relatrios apresentarem resultados falsos (FREUND, 2007).
5.3 DISPONIBILIDADE
Este princpio garante que a informao estar disponvel no momento em que for necessria sua utilizao e tambm depende de outros fatores relacionados a Tecnologia da Informao (TI). Porm, deve ser motivo de preocupao alm da empresa dos profissionais que trabalham na empresa para garantir uma maior segurana. Quando um sistema solicitado, faz-se o levantamento de requisitos para reconhecer as necessidades dos usurios, nesta etapa importante saber, por exemplo, questes referentes capacidade da rede a qual o sistema dever rodar. Na maioria das vezes, o motivo que compromete a disponibilidade da informao a indisponibilidade da rede de dados e da rede eltrica. Sendo assim, ao desenvolver um sistema que depender de uma infra-estrutura de rede, necessrio conhec-la para evitar que problemas aconteam em funo do mau redimensionamento de sua capacidade. Por esse motivo, alguns requisitos importantes devem fazer parte de seu check-list do levantamento de requisitos, para garantir a disponibilidade das informaes (FREUND, 2007).
5.4 IRRETRATABILIDADE
Irretratabilidade ou no-repdio o princpio que garante a autoria de uma mensagem ou a participao em uma transao. O princpio da irretratabilidade garante que o emissor no possa negar a autoria e/ou o envio de uma informao.
Se o princpio da irretratabilidade no estiver aplicado, por exemplo, em um envio de e-mail, a mensagem no possui validade alguma, assim o emissor poder dizer que a mensagem no foi enviada por ele, apesar de ter sado da sua caixa 57 postal e, se no tiver nenhuma ferramenta que prove o contrrio, o e-mail no ter validade jurdica nenhuma (FREUND, 2007).
5.5 AMEAAS, RISCOS E VULNERABILIDADES
A segurana da informao, para ser eficaz, necessita que todos os ativos de informao de uma empresa, ou seja, tudo que manipula a informao, inclusive ela prpria, sejam protegidos em igual proporo, ou seja, situaes isoladas no garantem o sucesso de um projeto.
Imaginemos que uma empresa realize um investimento alto na compra de equipamentos de rede como roteadores, firewall, processos de autenticao, entre outros e os implemente. Porm o controle de acesso sala de equipamentos no foi pensado. Certo dia, o servidor de arquivos desaparece da sala e no possvel identificar quem o fez. Observe que foram implementadas solues isoladas, preocupando-se to somente com o acesso lgico s informaes. Porm para o controle de acesso fsico no foi implementado nenhum recurso. Este tipo de estratgia no trar bons resultados a um projeto de segurana, pois somente os ativos informao receberam proteo deixando a infra-estrutura de lado (FREUND, 2007).
58 CAPTULO 6 - CONCLUSO
Baseado na anlise das caractersticas do sistema Linux possvel concluir que este sistema operacional oferece segurana, praticidade, menor custo, clareza, robustez, velocidade e suporta grande variedade de aplicaes.
Em todos as opes, o que mais chama a ateno a versatilidade que um sistema operacional como o Linux pode oferecer em recursos aos mais diversos sistemas, linguagens de programao e moldagem , pois seu cdigo sendo de livre acesso e aberto proporciona uma modelagem melhor para sua prpria utilizao.
Fornece desde os mais avanados recursos para desenvolvimento de projetos grficos como ferramentas em modo console que atendem todas as necessidades para os mais diversos servios utilizados desde uma rede corporativa at servidores de internet.
59 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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