Ectoparasita Animais Peconhentos
Ectoparasita Animais Peconhentos
Ectoparasita Animais Peconhentos
Vigilncia em Sade
Ectoparasitas e Animais
Peonhentos
Wilson da Silva
Ministrio da
Educao
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Vigilncia em Sade
Ectoparasitas e Animais
Peonhentos
Wilson da Silva
Montes Claros - MG
2011
Reitor
Joo dos Reis Canela
Vice-Reitora
Maria Ivete Soares de Almeida
Pr-Reitora de Ensino
Anete Marlia Pereira
Diretor de Documentao e Informaes
Huagner Cardoso da Silva
Coordenador do Ensino Profissionalizante
Edson Crisstomo dos Santos
Diretor do Centro de Educao Profissonal e
Tecnlogica - CEPT
Masa Tavares de Souza Leite
Diretor do Centro de Educao Distncia
- CEAD
Jnio Marques Dias
Coordenadora do e-Tec Brasil/Unimontes
Rita Tavares de Mello
Coordenadora Adjunta do e-Tec Brasil/
CEMF/Unimontes
Eliana Soares Barbosa Santos
Coordenadores de Cursos:
Coordenador do Curso Tcnico em Agronegcio
Augusto Guilherme Dias
Coordenador do Curso Tcnico em Comrcio
Carlos Alberto Meira
Coordenador do Curso Tcnico em Meio
Ambiente
Edna Helenice Almeida
Coordenador do Curso Tcnico em Informtica
Frederico Bida de Oliveira
Coordenador do Curso Tcnico em
Vigilncia em Sade
Simria de Jesus Soares
Coordenador do Curso Tcnico em Gesto
em Sade
Zaida ngela Marinho de Paiva Crispim
Ectoparasitas e Animais Peonhentos
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Elaborao
Wilson da Silva
Projeto Grfico
e-Tec/MEC
Superviso
Wendell Brito Mineiro
Diagramao
Hugo Daniel Duarte Silva
Marcos Aurlio de Almeida e Maia
Impresso
Grfica RB Digital
Designer Instrucional
Anglica de Souza Coimbra Franco
Ktia Vanelli Leonardo Guedes Oliveira
Reviso
Maria Ieda Almeida Muniz
Patrcia Goulart Tondineli
Rita de Cssia Silva Dionsio
AULA 1
Alfabetizao Digital
Prezado estudante,
Bem-vindo ao e-Tec Brasil/Unimontes!
Voc faz parte de uma rede nacional pblica de ensino, a Escola
Tcnica Aberta do Brasil, instituda pelo Decreto n 6.301, de 12 de dezembro
2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino tcnico pblico,
na modalidade a distncia. O programa resultado de uma parceria entre
o Ministrio da Educao, por meio das Secretarias de Educao a Distancia
(SEED) e de Educao Profissional e Tecnolgica (SETEC), as universidades e
escola tcnicas estaduais e federais.
A educao a distncia no nosso pas, de dimenses continentais e
grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso educao de qualidade, e promover o fortalecimento da formao de jovens moradores de regies distantes, geograficamente
ou economicamente, dos grandes centros.
O e-Tec Brasil/Unimontes leva os cursos tcnicos a locais distantes
das instituies de ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir o ensino mdio. Os cursos so ofertados pelas
instituies pblicas de ensino e o atendimento ao estudante realizado em
escolas-polo integrantes das redes pblicas municipais e estaduais.
O Ministrio da Educao, as instituies pblicas de ensino tcnico,
seus servidores tcnicos e professores acreditam que uma educao profissional qualificada integradora do ensino mdio e educao tcnica, no s
capaz de promover o cidado com capacidades para produzir, mas tambm
com autonomia diante das diferentes dimenses da realidade: cultural, social, familiar, esportiva, poltica e tica.
Ns acreditamos em voc!
Desejamos sucesso na sua formao profissional!
Ministrio da Educao
Janeiro de 2010
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetizao Digital
Indicao de cones
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetizao Digital
Sumrio
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Vigilncia em Sade
Atividades de Aprendizagem............................................ 90
Aula 15 Animais peonhentos: Aranhas ................................... 91
15.1 Biologia e comportamento das aranhas......................... 91
15.2 Mtodos de preveno, controle e sintomas.................... 94
15.3 As espcies mais importantes na sade pblica ............... 95
Resumo...................................................................100
Atividades de Aprendizagem...........................................100
Aula 16 Animais peonhentos: Serpentes................................ 101
16.1 Biologia e comportamento das serpentes...................... 101
16.2 Mtodos de preveno de acidentes, primeiros socorros e sinto
mas........................................................................ 103
16.3 As espcies mais importantes na sade pblica no Brasil...104
Resumo................................................................... 110
Atividades de Aprendizagem........................................... 110
Aula 17 Animais peonhentos: Lacraias.................................. 111
17.1 Biologia e comportamento das lacraias......................... 111
17.2 Mtodos de preveno de acidentes e sintomas.............. 112
17.3 As espcies mais importantes na sade pblica .............. 113
Resumo................................................................... 114
Atividades de Aprendizagem........................................... 114
Aula 18 Animais peonhentos: abelhas, vespas e formigas............ 115
18.1 Biologia e comportamento das abelhas, vespas e formigas.. 115
18.2 Mtodos de preveno de acidentes com abelhas, vespas e for
migas, primeiros socorros e sintomas...............................116
18.3 As espcies mais importantes na sade pblica no Brasil... 119
Resumo................................................................... 121
Atividades de Aprendizagem........................................... 121
Aula 19 Animais peonhentos: lagartas................................... 123
19.1 Biologia e diferenas entre borboletas e mariposas.......... 123
19.2 Lepidptera: Lonomia obliqua chamada de taturana assassi..
na.......................................................................... 125
19.3 Acidentes com taturanas da famlia Saturniidae............ 126
Resumo................................................................... 127
Atividades de Aprendizagem........................................... 127
Referncias..................................................................... 128
Currculo do professor conteudista......................................... 130
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetizao Digital
11
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetizao Digital
Projeto instrucional
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
MATERIAIS
CARGA
HORRIA
Caderno
didtico.
03
Caderno
didtico.
03
Caderno
didtico.
03
Caderno
didtico.
03
Caderno
didtico.
03
Caderno
didtico.
03
Caderno
didtico.
03
Caderno
didtico.
03
13
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Aula 12 Animais
peonhentos
Caderno
didtico.
03
Caderno
didtico.
03
Caderno
didtico.
03
Aula 13 Animais
peonhentos: Escorpies
Caderno
didtico.
03
Aula 14 Animais
peonhentos: Escorpies
Entender a importncia dos sintomas, mtodo de preveno e controle das espcies escorpies mais
importantes na sade pblica.
Caderno
didtico.
03
Aula 15 Animais
peonhentos:
Aranhas
Caderno
didtico.
03
Aula 16 Animais
peonhentos: Serpentes
Caderno
didtico.
03
Aula 17 Animais
peonhentos:
Lacraias
Caderno
didtico.
03
Aula 18 Animais
peonhentos:
abelhas, vespas e
formigas
Caderno
didtico.
03
Aula 19 Animais
peonhentos:
lagartas
Caderno
didtico.
03
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
14
Vigilncia em Sade
AULA 1
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Objetivos
Inserir o conhecimento em ectoparasitas;
Descrever a importncia da biologia e do comportamento das
pulgas;
Listar as espcies mais importantes de pulgas na sade pblica.
15
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Caro estudante,
somente o adulto das
pulgas hematfago,
isto , alimenta-se de
sangue.
rias, como peste bubnica, tularemia e salmonelose. Elas tambm transmitem vermes e viroses. Embora alguns indivduos no sintam as picadas das
pulgas, a irritao causada pelas secrees salivares delas pode se agravar
em algumas pessoas. interessante que certos indivduos sofrem uma reao
severa resultante de infeces secundrias causadas pela ao de coar a
rea irritada. Por exemplo, as picadas nas pernas e no tornozelo podem, em
alguns sujeitos, causar dor e, esta pode durar alguns minutos, horas ou dias,
que depender da sensibilidade da pessoa. Contudo, em certas pessoas no
acontece qualquer reao. A reao tpica da picada a formao de uma
pequena mancha dura, avermelhada, com um ponto em seu centro.
O ciclo biolgico das pulgas abrange a fase de ovo, larva, pupa e
adulto. Este ciclo concludo aproximadamente com 30 dias, e depender
das condies de umidade da temperatura ambiente.
Pode-se afirmar sem nenhuma dvida que a pulga fmea, alguns
dias aps a fecundao, pe na superfcie da pele de seu hospedeiro, comumente, ces, gatos e ratos, uma quantidade de 200 a 400 ovos por dia, esses
ovos podem cair no solo com o movimento dos hospedeiros. Os ovos, quando
caem no solo, podem liberar a primeira larva, no perodo de dois at 14 dias,
dependendo das condies ambientais: umidade e temperatura. As trs fases de larva que se seguem, muito pequenas, alimentam-se principalmente
das fezes das pulgas adultas, que contm sangue semidigerido. Cerca de 7
a 10 dias depois, a larva III procura um local seco com ciscos e poeira para
formar um casulo, no interior do qual vai desenvolver-se a pupa.
interessante lembrar que no intervalo de sete a quatorze dias
aps, estar concludo, dentro do puprio, um pr-adulto completado para
emergir, se as condies ambientais forem favorveis. No entanto, em condies ambientais desfavorveis, o pr-adulto poder continuar no interior do
casulo por um perodo de doze meses sem se alimentar. Assim que a pulga
adulta emergir do casulo, fica faminta e comea a dar enormes saltos at
atingir seu hospedeiro, um co ou um gato (s vezes uma pessoa) onde procura sugar sangue. Depois de alimentados, machos e fmeas podem copular
tanto sobre o hospedeiro quanto no solo, reiniciando o ciclo.
Os ovos das pulgas podem ser colocados sobre o hospedeiro, no
cho ou em seu ninho. Eles tm uma colorao clara, formato oval e liso,
como mostra a figura abaixo.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
16
Vigilncia em Sade
As larvas das pulgas no sugam sangue, no tm pernas, nem enxergam; por isso, evitam a luz solar. Depois da ecloso, a larva alimenta-se
de fezes das pulgas adultas, plo, penas e pele. Por este motivo, os adultos ingerem mais sangue do que precisam. Sendo assim, uma pulga pode
alimentar-se de duas a trs vezes ao dia e cada tempo de alimentao dura
cerca de dez minutos. A hematofagia desempenhada tanto de dia como de
noite, e essencial para que as fmeas possam colocar seus ovos. Depois da
alimentao, a pulga segrega gotculas de sangue pelo nus, que, na maioria das vezes, vm misturadas com as fezes. Ser um sinal de que as pulgas
esto presentes, quando forem encontradas essas gotculas ressecadas em
roupas ou nos plos do animal.
17
Instar:
estgio de
crescimento entre
duas mutaes
(transformaes)
sucessivas
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Pesquisas realizadas em condies de laboratrio concluram que Pulex irritans pode viver at 513 dias e Xenopsylla cheopis 100 dias. Estas duas
espcies so extraordinrias saltadoras. Na posio vertical, elas saltam a uma
altura prxima de 18 cm e na posio horizontal podem alcanar 33 cm.
Falando um pouco mais sobre o comportamento das pulgas, deve-se notar que a sua longevidade varivel e depende da espcie e tambm
de outros fatores, como umidade e temperatura do ambiente, da atividade
e do estado de nutrio delas. Portanto, algumas pesquisas apontam sobre
longevidade de cada espcie desse inseto, de acordo, com o grupo de pulgas
estarem alimentadas ou sem alimentos. Os resultados foram: Xenopsylla cheopis (pulga do rato): alimentada, vive 100 dias; sem alimento, 38 dias; Pulex
irritans (pulga do homem): alimentada, vive 513 dias; sem alimento, 125 dias;
Ctenocephalides canis (pulga do co e do gato): alimentada, vive 234 dias;
sem alimento, 58 dias.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
18
Vigilncia em Sade
na Xenopsylla brasiliensis seus principais ectoparasitas, transmissores potenciais da temvel peste bubnica em algumas regies do Brasil.
19
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Conceitos de ectoparasitas;
Biologia e comportamento das pulgas;
As espcies mais importantes na sade pblica.
Atividades de aprendizagem
1. Questo. O que ectoparasita? D os exemplos.
3. Questo. As pulgas precisam concluir seu ciclo de vida em aproximadamente com 30 dias. Quais so os fatores externos de que as pulgas precisam
para completar seu ciclo biolgico? Faa um breve comentrio sobre o assunto.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
20
Vigilncia em Sade
AULA 1
Alfabetizao Digital
Objetivos
Oferecer uma viso sobre mtodos de preveno das pulgas;
Explicar o que so os mtodos de controle mecnico e qumico.
21
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Precisamos deixar claro que, alm da limpeza no interior da residncia, interessante que se faa a limpeza externa, como podar a grama
para que ela fique bem baixinha, fazer a limpeza peridica de quintais e
jardins para impedir que os ambientes fiquem midos e adequados para o
desenvolvimento das larvas das pulgas. Outros mtodos de preveno evitar o acmulo de areia ao redor da casa por perodos longos e, tambm,
fazer o controle de roedores no lote da residncia, sabe-se que os roedores
so hospedeiros de pulgas e que elas transmitem doenas.
As pulgas podem entrar em uma casa de vrias maneiras, mesmo
quando os animais so conservados no exterior da casa. As pulgas tm hbito
de saltar, assim, elas podem saltar do jardim para o interior da residncia,
tambm, elas podem ser introduzidas aderidas na pessoa ou mesmo ter sido
deixadas por moradores que residiram neste local.
Outro ponto essencial como mtodos de preveno saber se animal de estimao possui pulgas. Abra os plos e examine se a pele dele
apresenta-se irritada e se no lugar da picada da pulga o animal coa, irrintando a pele. fundamental observar o grau de infestao de pulgas, pois,
quando a infestao est alta, pode acontecer queda de plo em algumas
partes do corpo, alm de se formarem pequenas bolinhas marrons escuras
grudadas nos plos. Isto sinal da presena das pulgas que excretam sangue
digerido. importante tambm observar o local onde o animal dorme e procurar pelas fezes das pulgas e pelos adultos.
Figura 8: Abrir os plos do animal e examinar se sua pele se apresenta irritada com
a picada da pulga mtodo de preveno.
Fonte: Disponvel em: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://i51.tinypic.com/
zxm92p.jpg&imgrefurl=http://forum.adestradoronline.com/showthread.php%3F10890-Consumode-%25E1gua./page2&usg=__-2qW1XvjYsQ8O3kM6zxsrcMvT3A=&h=408&w=640&sz=28&hl=ptBR&start=303&zoom=1&tbnid=3Uba-qNVAxGm-M:&tbnh=87&tbnw=137&ei=IbNyTqOuDsmEtgeZ
mK2LBA&prev=/images%3Fq%3Dfoto%2Bde%2Bpulgas%2Bcom%2Bcontrole%26start%3D294%26hl%3D
pt-BR%26sa%3DN%26tbm%3Disch&itbs=1>. Acesso em 09 ago. 2011.
22
Vigilncia em Sade
23
Inseticidas :
so produtos que
contm substncias
ou misturas delas
com ingrediente
prprio que objetiva
matar, controlar ou
repelir quaisquer
espcies de insetos,
em vrios estgios
de crescimento.
Os inseticidas
so utilizados nos
domiclios, na
agricultura, na indstria
etc. e ambiente.
knockdown:
informa a capacidade
que certo inseticida
tem de matar as pulgas
alguns momentos aps
do contato.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Mtodos de preveno;
Mtodos de controle mecnico;
Controle qumico.
Atividades de aprendizagem
1. Questo. O aspirador de p muito importante como medida preventiva
no controle de pulgas. Que cuidado devemos ter ao descartar as sujeiras que
estiverem dentro do filtro do aspirador, aps a limpeza?
2. Questo. Que medidas tm que ser tomadas antes de se fazer o controle
qumico de pulgas?
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
24
Vigilncia em Sade
AULA 1
Alfabetizao Digital
Objetivos
1. Conhecer a biologia e comportamento do bicho-de-p;
2. Oferecer uma viso sobre sintomas de Tunga penetran;
3. Explicar os mtodos de preveno e de controle mecnico e qumico de bicho-de-p.
Figura 11: Fronte em ponta aguda de Tunga penetrans favorece sua penetrao na
pele do hospedeiro.
25
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Escara:
Caro estudante,
para que o biolgico
de Tunga penetran
acontea dentro de
17 dias, preciso que
a temperatura esteja
entre 24-260C; j em
temperaturas mais
baixas, o perodo de
ovulao bem maior,
aproximadamente de
uma semana.
Falaremos agora sobre ciclo biolgico de Tunga penetran que compreende a fase de ovo, larva, pupa e adulto. s 58 horas aps a postura,
nascem as larvas, no chamado primeiro estgio. As larvas do segundo instar
(estgio de crescimento entre duas alteraes sucessivas) surgem 24 horas
depois da emergncia da larva de primeiro instar. As duas formas de larvas
so subterrneas, elas se alimentam com grande apetite dos detritos orgnicos, principalmente, de fezes. As larvas geram as pupas que, em sua volta e
por um tipo de fios de seda delicado e pegajoso, tipo exoesqueleto, agregam
as partculas de areia, restos de folha e outros materiais. O perodo de pupao de 3 dias. O estgio de pupa vai acontecer 14 dias depois da postura.
Quando esta est pronta, rompe o casulo e sai, e acontece o surgimento do
adulto, ou seja, 17 dias depois da postura comea o ciclo novamente. O macho e a fmea no ambiente copulam. A fmea grvida busca hospedeiro para
adentrar na sua pele. Jamais se acha um macho inserido num hospedeiro, ele
est sempre procurando uma fmea para acasalar.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
26
Vigilncia em Sade
27
Animais
homeotrmicos ou
endotrmicos:
so os mamferos e
as aves, que mantm
a temperatura
corporal interna
sempre constante,
sem influncia
das alteraes da
temperatura do
ambiente externo.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Morbidade:
a relao entre o
nmero de casos de
molstias e o nmero
de habitantes em dado
lugar e momento
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
28
Vigilncia em Sade
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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Biologia e comportamento do bicho-de-p;
Sintomas de Tunga penetran;
Mtodos de preveno;
Mtodos de controle.
Atividades de aprendizagem
1a Questo. O que acontece quando a fmea do bicho-de-p morre? Explique.
2a Questo. O macho e a fmea do bicho-de-p acasalam-se em ambiente normal. Aps a cpula, o que acontece com a fmea e o macho dessa espcie?
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
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Vigilncia em Sade
AULA 1
Alfabetizao
Digital piolhos da cabeAula
4 Ectoparasitas:
a em humanos
Objetivos
Casos autctones:
Quando as pessoas so
infectadas no mesmo
lugar onde vivem. Ou
seja, a doena no
foi trazida de outras
regies por onde
passaram.
31
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
32
Vigilncia em Sade
de gnglios. Alm do mais, as feridas podem facilitar o acesso de microorganismos como germes e bactrias dentro da corrente sangunea, uma vez que
a cabea ricamente vascularizada. As pessoas que adquiriram o parasita
devem se tratar imediatamente. Ressalta-se que a transmisso mais fcil
em escolas, colnias de frias ou entre familiares.
Observaremos agora que, dependendo do grau de infestao do
parasita na pessoa, podem se apresentar coceiras intensas, vermelhido,
manchas. Nas pessoas alrgicas podem ocorrer reaes alrgicas, inflamaes, infeces, dermatites ou mesmo anemias. As principais causas de infestaes por esses insetos so descuidos em relao higiene pessoal, aglomeraes e o uso objetos contaminados pelo piolho.
33
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Ninfas:
so piolhos em estgio
de desenvolvimento
importante perceber que o piolho existe, e ele pode estar presente em vrios lugares, e, quando a pessoa percebe, o parasita j est
atuando em seu couro cabeludo. Deve-se fazer o controle do piolho no couro
cabeludo, pois quase impossvel retir-lo individualmente. Assim que se
detecta a infestao do inseto, pode se executar o tratamento com o produto adequado indicado pelo mdico. Portanto, precaues devem ser tomadas
no controle do parasita. Deve-se utilizar do mesmo tratamento para todas as
pessoas que tenham ou que esto infestadas com o parasita. Lembrando que
os produtos antipiolhos indicados pelo mdico, ao serem aplicados no couro
cabeludo do sujeito, no podem entrar em contato com os olhos, boca ou
nariz; tambm essencial lavar as mos depois de cada aplicao e guardar
os produtos longe do alcance das crianas.
Falando um pouco mais sobre o tratamento com o uso do pente-fino, ressalta-se que essencial us-lo diariamente. Ao pass-lo, utilize sempre um tecido branco para impedir que os piolhos caiam na veste. Lndeas,
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
34
Vigilncia em Sade
ninfas e piolhos que carem no tecido devem ser colocados em uma soluo
que contenha vinagre diludo em gua, por um perodo de 30 minutos, para
que sejam mortos. As lndeas devem ser retiradas empregando as seguintes
etapas: - molhar um pedao de algodo em vinagre dissolvido em gua na
proporo de 1:1; - selecionar trs ou quatro fios de cabelo que estejam com
lndeas; - com ajuda do algodo encharcado em vinagre dissolvido, envolver
os fios de cabelo de trs ou quatro no mximo, apertando-os entre os dedos;
- puxar pausadamente no sentido da base do cabelo para a ponta e com a
outra mo, segurar a base do cabelo para no machucar a criana; - alterar
sempre que necessrio o algodo, abandonando-o em um frasco com vinagre
dissolvido em gua para matar as lndeas.
35
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
nos olhos, boca ou nariz; observar o cheiro dos produtos, pois vrios tm
cheiro muito ativo e isso pode causar irritao na pessoa, principalmente
quando ficar por um perodo maior de tempo; - antes de aplicar um produto,
leia primeiro o rtulo na embalagem e aplique a dose recomendada, e nunca
use uma dose acima da dose recomendada do produto, na tentativa de eliminar de vez o parasita.
Falando um pouco mais sobre tratamentos qumicos; nunca utilize
inseticidas, lcool desnaturado, querosene, gasolina, etc. na cabea; - no
utilize secador de cabelo aps o tratamento, pois o calor pode deixar o
produto inativo e nem lave o cabelo pelo menos dois dias aps o tratamento; - aplique o produto em todos os fios de cabelo e faa massagem, deixe
ficar durante 20 minutos e penteie com pente-fino. - os produtos qumicos,
na maioria das vezes, s matam os piolhos adultos e no apresentam efeitos
sobre as lndeas. Por este motivo, deve se repetir a aplicao aps sete dias
da primeira aplicao, com intuito de matar quaisquer piolhos que tenham
nascido aps a aplicao inicial. No entanto, a existncia de piolhos vivos
mostra que o produto aplicado no eficaz. Portanto, deve ser aplicado um
novo produto com um ingrediente ativo diferente. Deve-se ler sempre o rtulo da embalagem antes de se utilizar um produto qumico.
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Biologia e comportamento do piolho da cabea;
Sintomas de Pediculus humanus var capitis;
Mtodos de preveno;
Mtodos de controle;
Tratamentos qumicos.
Atividades de aprendizagem
1. Questo. O que so lndeas e qual sua cor?
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
36
Vigilncia em Sade
AULA 1
Alfabetizao Digital
Objetivos
Conhecer a biologia e comportamento do percevejo de cama;
Descrever os sintomas de Cimex lectularius;
Explicar os mtodos de preveno e controle do percevejo de
cama.
37
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
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Vigilncia em Sade
39
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Nos ltimos anos, no pas, tem aumentado a ocorrncia de infestaes de Cimex lectularius, principalmente em lugares adequadamente higienizados, e tambm em locais que possuem um grande fluxo de pessoas,
como hotis, hospitais, laboratrios e aeroportos, alm de regies com baixo
nvel social e sanitrio. Pesquisas realizadas por Nagem e Williams (1992)
constataram a presena de percevejo de cama nas favelas ou habitaes da
periferia da Regio Metropolitana de Belo Horizonte.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
40
Vigilncia em Sade
habitao, incluindo a lavagem de roupas, tapetes, etc. a temperatura aproximadamente de 60o C; tambm devem ser removidos do local os animais
domsticos e pessoas. Depois de terem sido feitas as operaes anteriores,
deve-se pulverizar a casa com inseticida, todos os esconderijos provveis do
inseto. Aps aplicao do inseticida, as pessoas devem ficar fora da casa por
mais que trs horas.
A rapidez com que, nas populaes dessa espcie de percevejo, se
desenvolve a resistncia aos inseticidas de poder residual estimulou a pesquisa, visando a aplicao de outros meios de controle. O Cimex lectularius
praticamente desapareceu com o uso de inseticidas de efeito residual como
o DDT. Este inseticida proporcionou um eficiente controle desta praga, a
partir da dcada de 50. No entanto, nos ltimos anos, a ocorrncia de infestaes de Cimex lectularius comeou a aumentar depois vrios anos sem
muita alterao. A proibio do emprego do DDT acompanhado com aumento
das viagens internacionais e, tambm, com o acrscimo da densidade populacional de baixas rendas nas periferias das grandes cidades so os motivos
mais aceitveis para retorno desta praga.
Os inseticidas organoclorados mais empregados no controle de Cimex lectularius foram DDT, BHC (ismero gama), Aldrin e Dieldrin, porm,
depois da proibio do uso pela Organizao Mundial da Sade (OMS), os organofosforados como Diazinon e Malation passaram a ser usados. Ultimamente, os percevejos de cama tm se mostrado resistentes a esses inseticidas.
http://www.youtube.com/watch?v=3In90D2dsas
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Biologia e comportamento do percevejo de cama;
Sintomas de Cimex lectularius;
Mtodos de preveno do percevejo de cama;
Mtodos de controle.
Atividades de aprendizagem
1. Questo. Quais so as caractersticas mais comuns do percevejo de cama?
Faa um comentrio.
2. Questo. A picada do percevejo de cama transmite doenas para as pessoas? Justifique.
3. Questo. Ateno: sugiro que voc, aluno, faa uma pesquisa sobre percevejo de cama no site <http://www.youtube.com/watch?v=3In90D2dsas>.
Acesse o vdeo e, de acordo com ele, responda: o que mais lhe chamou a
ateno no item educao sanitria?
41
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetizao
Digital caros do p doAula
6 Ectoparasitas:
mstico
Objetivos
Entender biologia e comportamento do caro;
Reconhecer a importncia dos sintomas do caro da poeira.
43
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Caro estudante, h
diversas espcies de
caros encontradas nos
municpios brasileiros
e estas espcies
alteram de regio
para regio. Dentro do
mesmo municpio, esta
diversidade pode mudar
de uma casa para outra.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
44
Vigilncia em Sade
Substncia alrgena:
a que desencadeia
a alergia contida nos
dejetos, secrees,
fragmentos de caros
mortos
45
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Falando um pouco mais sobre alergias, ressalta-se que a concentrao de 500 caros por grama de poeira suficiente para provocar crise alrgica num ser humano, deixando-o com sintomas de falta de oxignio. Binotti
e Oliveira (2011) esclarecem que a concentrao de 100 caros por grama
de poeira j o bastante para provocar alergia, embora no gere crise.
Esses autores mostram na pesquisa que Dermatophagoides pteronyssinus estavam presente em 55% das casas e que Blomia tropicalis foram encontrados
em 14% dos domiclios investigados. Eles relataram que a presena das fezes
e as carcaas em decomposio dessas duas espcies, acarretam as alergias
e, quando ficam em suspenso no ar, so aspiradas pelos seres humanos,
proporcionando-lhes irritao das mucosas da garganta e do nariz e, ainda,
em contato com o pulmo, provocam a asma brnquica, chamada popularmente como bronquite.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
46
Vigilncia em Sade
Figura 27: Temperatura, umidade e abundncia de alimentos prosperam a vida dos caros.
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Biologia e comportamento do caro;
Sintomas do caro da poeira.
Atividades de aprendizagem
1. Questo. Por que os caros da poeira so importantes para a patologia
humana?
3. Questo. Ateno: sugiro que voc, aluno, faa uma pesquisa sobre caros do p domstico no site <http://www.osacaros.com/os-acaros-do-po-da-casa.html>. Acesse o vdeo e, de acordo com ele, responda: o que mais lhe
chamou a ateno no item vigilncia em sade?
47
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetizao
Digital caros do p doAula
7 Ectoparasitas:
mstico
Objetivos
Oferecer uma viso sobre mtodos de preveno e de controle
do caro da poeira;
Descrever a importncia do mtodo de controle qumico.
49
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
50
Vigilncia em Sade
51
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Figura 30: Melhor controle dos caros manter o ambiente da casa limpo
utilizando servios profissionais para uma limpeza, lavagem, higienizao,etc.
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Mtodos de preveno e de controle de caros;
Mtodos de controle qumico de caros.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
52
Vigilncia em Sade
Atividades de aprendizagem
1. Questo. Por que na parte de baixo do colcho h maior concentrao da
populao de caros em comparao com a parte de cima? Justifique.
53
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetizao
Digital carrapatos em
Aula
8 Ectoparasitas:
humanos
Objetivos
Entender biologia e comportamento do carrapato da famlia Argasidae;
Reconhecer as espcies de carrapatos mais comuns no Brasil;
Oferecer uma viso sobre as doenas transmitidas pelos carrapatos, patgenos veiculados e sintomas.
55
Heteroxenos ou
digenticos :
so os parasitas que
somente concluem
o seu ciclo evolutivo
passando pelo menos
em dois hospedeiros
Monoxenos:
so os parasitas que
concluem o seu ciclo
evolutivo hospedandose em apenas em um
nico hospedeiro
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Ingurgitado:
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
56
Vigilncia em Sade
Figura 33: Fases de vida do carrapato ovos, larvas, ninfas, fmea e macho .
57
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Caro estudante, o
acasalamento dos
carrapatos do gnero
Ixodes s ocorre nos
hospedeiros.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
58
Vigilncia em Sade
59
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Biologia e comportamento dos carrapatos;
Biologia e comportamento do carrapato da famlia Ixodidae.
Atividades de aprendizagem
1. Questo. Comente a diferena que h entre os carrapatos heteroxenos e
carrapatos monoxenos.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
60
Vigilncia em Sade
AULA 1
Alfabetizao
Digital carrapatos em
Aula
9 Ectoparasitas:
humanos
Objetivos
Entender a biologia o e comportamento do carrapato da famlia
Argasidae;
Reconhecer as espcies de carrapatos mais comuns no Brasil;
Obter uma viso sobre as doenas transmitidas pelos carrapatos, patgenos veiculados e sintomas.
61
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
62
Vigilncia em Sade
63
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Podemos dizer que os carrapatos funcionam como um vetor de doena, por exemplo, uma larva, ninfa ou adulto suga o sangue de hospedeiro
infectado. Neste ato de sugar, a larva, ninfa e, ou, adulto introduz os organismos patognicos para dentro do corpo do hospedeiro. Os organismos patognicos permanecem no aparelho bucal e nas glndulas salivares do carrapato. A saliva contaminada do carrapato entra na ferida do hospedeiro e no
deixa que o sangue coagule. importante no deixar que o carrapato possa
regurgitar o sangue infectado dentro da ferida do hospedeiro, na tentativa
de ser espremido enquanto estiver preso na pele ou durante uma tentativa
de remov-lo. bom lembrar que hospedeiro infectado se torna um novo
reservatrio de doena para outros carrapatos.
Dentre as principais doenas transmitidas por carrapatos, temos:
Febre maculosa, que uma doena febril aguda causada por uma espcie
de bactria conhecida como Rickettsia ricketsii. Ela transmitida, especialmente, pelo carrapato-estrela ou carrapato-de-cavalo co,m o nome cientfico
de Amblyomma cajennense. Outras espcies de carrapatos tambm podem
transmitir a doena. A transmisso da febre maculosa acontece por meio da
picada do carrapato infectado, podendo acontecer depois de 4 a 6 horas do
incio da fixao do carrapato na pele. O co, alm de ser o reservatrio de
Rickettsia ricketsii, tambm age como um verdadeiro vetor, introduzindo os
carrapatos para dentro das residncias.
A febre maculosa, nas pessoas, acontece com o surgimento dos sintomas de jeito sbito, acompanhados de dores musculares, febre alta, dores
de cabea e manchas no corpo, que surgem no quarto dia. As manchas so de
colorao rsea nas extremidades, em torno dos punhos e tornozelos, palmas
das mos, face, pescoo, tronco, e solas dos ps das pessoas. Uma das maiores
dificuldades para se diagnosticar a febre maculosa porque esta doena semelhante aos sintomas iniciais de febre, dor de cabea, etc., de outras doenas
mais comuns como a gripe. Devido a este fato, as pessoas geralmente no buscam o tratamento adequado no incio do processo da doena, e esta evolui para
um quadro mais grave. Aproximadamente 80% das pessoas com a forma grave da
doena, se no diagnosticadas e tratadas no tempo certo, evoluem para bito.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
64
Vigilncia em Sade
A babesiose canina uma doena grave, causada por um protozorio chamado de Babesia canis, que infecciona os glbulos vermelhos dos ces
e multiplica-se. A febre marca o estgio em que essas clulas so rompidas
e os protozorios se deslocam para outras clulas. O principal transmissor
o carrapato-vermelho-doco, chamado de Rhipicephalus sanguineus. Os
cachorros doentes apresentam febre, anemia, anorexia, prostrao, tristeza e emagrecimento progressivo. O diagnstico da doena realizado pelo
veterinrio, que pode tratar os animais com medicamentos especficos. No
tm vacinas disponveis contra a babesiose canina, e o melhor mtodo de
preveno dessa doena o controle da populao dos carrapatos, principalmente, dos infectados.
No homem, as infeces ocorrem por meio do protozorio Babesia microti, que transmitida pelo carrapato Ixodes scapularis. Podemos
dizer que foram registradas inmeras ocorrncias, com incluso coinfeco com Borrelia burgdorferi, que proporciona a doena de Lyme nas
pessoas.
Erlichiose canina doena infecciosa grave causada pela bactria cuja principal espcie a Erlichia canis, transmitida por carrapatos
aos ces. Esta bactria tem trs fases: a) a aguda, no incio da infeco;
b) a subclnica, que geralmente no tem sintomas; c) a crnica, que tem
infeco persistente. No co, esta bactria proporciona: perda de peso,
anemia grave, prostrao, febre, vmitos e sangramento pelo nariz, na
pele, etc. O veterinrio pode realizar diagnstico da doena por meio
de exames laboratoriais. O tratamento pode ser feito com o emprego de
medicamentos especficos. Ainda no h vacinas disponveis no mercado
para preveno da erliquiose canina que, em virtude de sua gravidade, a
sua preveno deve ser feita por meio de um controle restrito da infestao por carrapatos.
Borreliose ou doena de Lyme uma infeco transmitida por
carrapatos aos ces e aos homens, especialmente, pelas ninfas do carrapato Ixodes scapularis, causada pela bactria Borrelia burgdorferi. A infeco
pode causar o acometimento de diversos rgos, inclusive a pele, o sistema
nervoso, o corao e as articulaes.
Nas pessoas, pode haver ainda o surgimento de leses eritematosas na pele com uma colorao avermelhadas que evoluem de forma
centrfuga do local da picada do carrapato chamado de eritema migratrio. Porm, esse achado nem sempre frequente. Em ces, os sintomas
mais comuns so dor articular aguda, letargia e febre. No Brasil, no
existem vacinas para esta doena, a nica maneira de preveno ainda
o controle dos carrapatos. A borreliose j foi diagnosticada em ces no
municpio de So Paulo, nos municpios da Baixada Fluminense e em reas
rurais do Estado do Rio de Janeiro. A doena j foi tambm diagnosticada
em seres humanos.
65
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Biologia e comportamento do carrapato da famlia Argasidae;
Espcies de carrapatos mais comuns no Brasil;
Doenas transmitidas pelos carrapatos, patgenos veiculados e
sintomas.
Atividades de aprendizagem
1. Questo. Por que os carrapatos da famlia Argasidae normalmente no
continuam fixados no hospedeiro por perodos prolongados?
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
66
Vigilncia em Sade
AULA 1
Alfabetizao
Digital
Aula
10 Ectoparasitas:
carrapatos em
humanos
Objetivos
Oferecer uma viso sobre mtodos de preveno das pulgas;
Explicar os mtodos de controle das pulgas.
67
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
pois, dessa forma, s ser eliminado o corpo do parasita, visto que a parte
da boca que est presa pele do hospedeiro continua no lugar. Assim, o procedimento pode ocasionar reaes locais e inflamao prolongada ou pode
fazer com que o parasita penetre ainda mais nos tecidos, j que a bactria
pode adentrar em algum ferimento do hospedeiro.
Carrapaticida:
uma substncia
qumica que seve para
matar carrapatos
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
68
Vigilncia em Sade
Pode-se afirmar sem nenhuma dvida que em uma situao de elevada infestao por carrapatos, os efeitos imediatos com uma nica aplicao de carrapaticida servem apenas para combater infestao momentnea
de um animal com grande infestao. Por isso, deve-se avaliar a implantao
contnua de algum programa de controle de carrapato, mesmo que os seus
resultados possam ser comprovados somente a mdio ou longo prazo. O objetivo principal do programa de controle de carrapatos deve ser a reduo
da infestao desse ectoparasita no ambiente, em todas as fases de vida
livre do carrapato, por meio de tratamentos contnuos dos animais.
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Mtodos de preveno da infestao por carrapatos;
Mtodos de controle de carrapatos.
Atividades de aprendizagem
1. Questo. Quais so as medidas de preveno contra carrapatos?
69
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetizao
Digital
Aula
11 Ectoparasitas:
larva migrans
cutnea
Objetivos:
Entender a biologia e comportamento da larva migrans cutnea;
Descrever a importncia dos sintomas, tratamento e mtodos
de preveno e controle da larva migrans cutnea.
71
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
e tanques de areia. As pessoas, ao pisarem ou sentarem em lugares infestados, podem ter a pele perfurada superficialmente pelas larvas, as quais
iniciam a caminhada que abrir verdadeiros tneis na pele da vtima. A pessoa torna-se hospedeira de forma casual ao entrar em contato com as larvas
infectantes que penetram em sua pele por meio das glndulas sudorparas,
fissuras cutneas, folculos pilosos ou por meio da pele intacta.
Precisamos deixar claro que, no homem, as larvas no tm a capacidade de concluir seu ciclo vital, pois, por serem parasitas de animais (gatos
e ces), morrem algumas semanas aps a infestao, continuando entre a
epiderme e a derme. Mas lembramos que elas penetram na pele do gato ou
do co, vo para o intestino desses animais e do origem aos vermes adultos,
que reiniciam o ciclo.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
72
Vigilncia em Sade
Falaremos agora sobre sintomas que a larva migrans cutnea proporciona nos seres humanos. No momento em que o parasita penetra no organismo das pessoas, s vezes no ocasiona nenhuma mudana perceptvel,
porm, os sintomas mais caractersticos so reaes inflamatrias, inchao e
bastante coceira, principalmente, noite. Esses sintomas podem atrapalhar
o sono, propiciando irritabilidade. Quando as pessoas comeam a coar com
mais frequncia, pode ocasionar infeces secundrias. Alm desses sintomas, as larvas eliminam substncias txicas que podem originar tosse,
alergias e falta de ar. As larvas no conseguem se aprofundar para atingir o
intestino do homem, como acontece no gato e no co, mas caminham sob a
pele formando um tnel tortuoso e avermelhado.
73
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Figura 43: Fezes caninas espalhadas no ambiente uma forma de fazer prosperar
larva migrans cutnea.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
74
Vigilncia em Sade
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Biologia e comportamento da larva migrans cutnea;
Sintomas da larva migrans cutnea (LMC);
Tratamento da larva migrans cutnea (LMC);
Mtodos de preveno e controle.
Atividades de aprendizagem
1. Por que as larvas migrans cutnea tm o nome de bicho geogrfico?
75
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetizao Digital
Objetivos
Descrever os conceitos de animais peonhentos e de animais
venenosos;
Explicar as medidas de preveno contra animais peonhentos
e animais venenosos.
77
Veneno:
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Podemos dizer que os sapos possuem um lquido que jorra numa ocasio de perigo e stress, porm, este lquido no veneno. Ocorre o esvaziamento da bexiga sobre o predador no intuito de assust-lo, no entanto, a urina no
txica. Os sapos s liberam seu veneno quando so pressionados. Os sapos
usam um truque: quando esto em perigo, enchem os pulmes de ar e isso faz
com que as glndulas de veneno fiquem mais expostas, assim, um predador, ao
encostar, o veneno ser liberado.
Os animais peonhentos que esto presentes tanto em ambientes rurais
como em ambientes urbanos so responsveis por gerarem inmeros acidentes,
em diversas regies do Brasil. Os acidentes com esses animais esto aumentando
a cada ano que passa. So exemplos de animais peonhentos aranhas, cobras,
lacraias, escorpies, taturanas, formigas, vespas, abelhas e marimbondos.
Exemplo de serpentes: cascavel, jararaca, coral, surucucu e outras.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
78
Vigilncia em Sade
importante ressaltar que algumas precaues precisam ser tomadas para se evitar acidentes com animais peonhentos e venenosos, entre as
quais esto: manter limpos terrenos baldios e quintais; no deixar acumular
lixo domstico e entulhos, pois, debaixo de pedras, tijolos e madeira velha
e outros objetos costumam se abrigar escorpies, aranhas e lacraias; cortar com frequncia a grama dos jardins e recolher as folhas cadas. Vedar
soleiras de portas, tanque, cho e ralos de pia, colocar telas nas janelas.
importante tambm colocar lixo em sacos plsticos, os quais devem ser
mantidos fechados para impedir o aparecimento de moscas, baratas e outros
insetos, pois, estes so os alimentos preferidos de aranhas e escorpies; j os
pequenos roedores so propcios alimentos para as serpentes. Outra medida
preventiva observar as roupas, toalhas, roupas de cama e calados antes
de utiliz-los, pois, as aranhas gostam desses lugares.
Figura 45: Terreno baldio acmulo de lixo e abrigo para animais peonhentos.
79
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Conceitos de animais peonhentos e de animais venenosos;
Medidas de preveno contra animais peonhentos e animais venenosos.
Atividades de aprendizagem
1. Comente a diferena que h entre animais peonhentos e animais venenosos.
2. Qual a poca do ano em que aumenta o nmero de acidentes com animais peonhentos?
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
80
Vigilncia em Sade
AULA 1
Alfabetizao
Digital
Aula
13 Animais
peonhentos: Escorpies
Objetivos:
Entender a biologia e comportamento dos escorpies;
Explicar sobre a vida, alimentao e hbitos do escorpio.
81
Partenognese:
quando ovo se
desenvolve sem
a preciso de ser
fecundado por um
espermatozide.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
82
Vigilncia em Sade
ponta do ferro. O veneno bastante ativo em certas espcies de escorpies, e age sobre o sistema nervoso das vtimas, proporcionando, em muitas
vezes, a morte por paralisia dos centros respiratrios. O veneno chega a matar as pessoas, principalmente as crianas. O ferro do escorpio, chamado
de telson, tem as seguintes funes: segurar e inocular na presa o veneno,
defender, e auxiliar no acasalamento.
A espcie de escorpio Tityus serrulatus, na Amrica do Sul, apresenta seu veneno como o mais txico que as demais espcies de escorpies.
O veneno age sobre o sistema nervoso perifrico dos seres humanos, aumentando a pulsao cardaca, acarretando dor, diminuindo a temperatura
corporal e provocando sensao de pontadas. Estes sintomas so mais propcios em criana, em virtude de menor massa corporal, e em idosos devido
s condies fsicas. Todos os escorpies so venenosos, contudo, apenas 25
espcies podem ser mortais s pessoas. Sua ferroada assemelha-se em grau
de toxicidade ferroada de uma abelha.
Os escorpies vivem isolados ou em grupos, desde que as condies
ambientais beneficiem sua instalao. Uma curiosidade a destacar o fato
de, quando estiverem escassos animais vivos dos quais eles se alimentam,
os escorpies praticam o canibalismo para sobreviver, ou seja, devoram a
prpria espcie. Outra ocasio em que ocorre a prtica de canibalismo
em cativeiro ou quando eles esto em situaes estressantes. Eles tm duas
glndulas de veneno que finalizam num ferro. Ao caminhar, sua cauda se
conserva erguida e arqueada sobre o dorso.
Os escorpies apresentam hbitos noturnos, escondendo-se durante
o dia, gostam de se abrigar sob pedras, em plantas, troncos podres, cascas
de rvores, madeiras empilhadas, dormentes de linha de trem, em galerias
no solo mido das matas, em entulhos, telhas ou frestas nas paredes, sapatos, toalhas, dentro das casas, etc. Algumas espcies habitam em reas ur-
83
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
banas, onde se deparam com abrigo dentro e prximo das casas, bem como
com alimentao abundante. Os escorpies podem sobreviver vrios meses
sem alimento e mesmo sem gua, o que torna seu combate muito difcil.
Os predadores naturais do escorpio so os macacos, galinhas, aranhas,
sapos, lacraias, louva-deus, lagartos, seriemas, corujas, gavies, quatis, camundongos, algumas formigas e os prprios escorpies.
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Biologia e comportamento dos escorpies;
Escorpio: vida, alimentao e hbitos.
Atividades de aprendizagem
1. O que reproduo por partenognese?
2. Os escorpies so onvoros?
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
84
Vigilncia em Sade
AULA 1
Alfabetizao
Digital
Aula
14 Animais
peonhentos: Escorpies
Objetivos
Descrever a importncia do mtodo de preveno e controle
de escorpies;
Reconhecer as espcies de escorpio mais importantes na sade pblica;
Oferecer uma viso sobre os sintomas, tratamento e primeiros
socorros.
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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
86
Vigilncia em Sade
Tityus stigmurus apresenta uma colorao amarelo-claro com um tringulo negro na cabea e uma faixa longitudinal mediana e manchas laterais
no tronco, mede 7 cm comprimento. Esta espcie conhecida pelo povo como
escorpio do nordeste do Brasil. Tem uma caracterstica de se camuflar com o
solo, para se confundir com o solo arenoso das regies ridas em que habita.
Tityus stigmurus possui uma especialidade na identificao, por ter um tringulo
de colorao negra sobre o celotrax, acompanhado de uma faixa, de colorao
tambm escura, ao longo do corpo.
87
Celotrax:
a parte da maioria do
corpo dos artrpodes
que agrupa a cabea e
o trax
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Tityus metuendus uma espcie que tem uma colorao vermelho-escuro no tronco, quase negro, com manchas amarelo-avermelhadas, patas com manchas amareladas; cauda da mesma cor do tronco. Esta espcie
mede de 6 a 7 cm de comprimento e est distribuda nos estados da Amazonas, Par e Acre.
Tityus costatus, chamado de escorpio-manchado, no to frequente quanto o escorpio marrom ou o preto, contudo, tambm encontrado nos estados Rio de Janeiro, So Paulo, Minas Gerais, Esprito Santo, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Paran. Seu corpo escuro, e apresenta a
cauda e as patas manchadas de marrom e amarelo.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
88
Vigilncia em Sade
89
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
dentes por aranhas e escorpies, que provocam dor intensa, prticas como
pressionar ou sugar o lugar da picada tm comprovado ser de pouca eficcia;
- o tratamento sintomtico, base de anestsicos e analgsicos, tem sido
usado com resultados satisfatrios na maioria dos casos; - levar a vtima
imediatamente ao servio de sade mais prximo para que possa receber o
tratamento a tempo. Se a vtima for criana menor de 7 anos, o procedimento mais indicado lev-la ao posto de sade mais prximo, para o mdico
diagnosticar e fazer tratamento correto e, se for possvel, levar o escorpio
que causou o acidente; - lavar o local da picada do escorpio, de preferncia
com gua e sabo; - fazer compressas mornas para alvio da dor at chegar
a um servio de sade para as medidas necessrias; - mantenha a vtima
deitada e evitar que ela se movimente para no beneficiar a absoro do
veneno; - se a picada for na perna ou no brao, coloc-los em posio mais
elevada; - No fazer torniquete para impedir a circulao do sangue, pois
isso pode proporcionar gangrena ou necrose; - no pode furar, cortar, queimar, espremer, no fazer suco no local da ferida e nem aplicar folhas, p
de caf ou terra sobre ela para no gerar infeco.
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Mtodos de preveno e controle de acidentes com escorpies;
As espcies mais importantes na sade pblica;
Sintomas, tratamento e primeiros socorros.
Atividades de aprendizagem
1. Por que difcil a erradicao dos escorpies?
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
90
Vigilncia em Sade
AULA 1
Alfabetizao Digital
Objetivos
Entender a biologia e comportamento das aranhas;
Descrever a importncia do mtodo de preveno, controle e
sintomas;
Reconhecer as espcies mais importantes na sade pblica.
91
Quelceras :
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
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Vigilncia em Sade
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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
94
Vigilncia em Sade
Em caso de acidentes com aranhas venenosas, os primeiros socorros so essenciais, principalmente, para as crianas menores de 7 anos. importante capturar o animal que causou o acidente e levar junto com a pessoa
picada para se fazer o diagnstico e o tratamento correto. Um ponto muito
importante que nunca deve aprisionar as aranhas em saco de plsticos,
pois as fugas e acidentes so inevitveis. Procure capturar esse aracndeo em
frascos de vidro e nunca pegar diretamente com as mos. Os acidentes que
envolvem as aranhas geram dor intensa, a prtica de espremer ou sugar o
local da picada quase sem efeito. Os resultados so satisfatrios, na maioria dos casos de picadas de aranha, com uso de tratamento sintomtico,
base de anestsicos e analgsicos. O procedimento mais eficiente e indicado
levar a vtima Unidade Bsica de Sade (posto de sade) mais prxima.
Os primeiros socorros para uma vtima picada por uma aranha
semelhante aos do escorpio. (Ver no item 14.3 Sintomas, tratamento e primeiros socorros.)
95
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
A viva-negra ou aranha-do-linho tem o nome cientfico de Latrodectus mactans, uma espcie pouco agressiva, pica somente quando
comprimida ao corpo, por exemplo, ao se calar um sapato ou usar roupas,
bons, etc., porm, a sua picada muitas vezes fatal. Vivem em grupo e em
teias que constroem sob vegetao rasteira, em arbustos, jardins, barrancos,
residncias, etc., em lugares escuros e frescos. Tm cor preta, com manchas
vermelhas no abdmen e s vezes nas pernas, o que caracteriza esta espcie. Essa espcie pequena, a fmea apresenta de 2,5 a 3 cm e o macho
de 3 a 4 vezes menor. O nome deriva do fato de a fmea comumente se alimentar do macho aps o acasalamento. As vivas-negras podem tecer teias.
Os sintomas da picada da viva-negra aparecem num perodo de 40
e 60 minutos depois da picada, a vtima apresenta como caracterstica dor
local intensa, dor no abdmen, dores musculares, perda de calor, sudorese,
que eliminao excessiva de suor nas glndulas, angstia, excitao, confuso mental, rigidez do abdmen, e em casos graves ocorrem choques.
importante levar a vtima para fazer tratamento com soroterapia.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
96
Vigilncia em Sade
Essa espcie vive aproximadamente dois anos e se acasala no inverno, sua ooteca branca e tem um formato parecido com prato. na ooteca
que a me fica por cima cuidando dos ovos. O desenvolvimento se d entre
20 e 25 dias, a postura tem aproximadamente 700 ovos. Aps o nascimento,
os filhotes tecem seu prprio fio, o que leva desenvolver um lenol horizontal, e, a cada noite, eles tecem um novo lenol, at que esse alcance meio
metro do cho. Esses fios servem para capturar a presa. Os filhotes dessa
espcie podem ter como a sua primeira refeio a prtica do canibalismo e
ficar longe de predadores at que alcancem uma vida independente.
A aranha armadeira tem hbitos crepusculares e noturnos, alimentam-se de insetos, em geral, no constroem teias e caminham em vrios
lugares a fim de buscar alimento. A picada provoca dor intensa por toda a
regio, as quais prosseguem durantes algumas horas. Sintomas mais caractersticos so tontura, queda de presso, vmitos, sudorese, prostrao, dispnia, aumento das secrees glandulares e espasmos. Esta espcie tpica
dos Estados do Esprito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Gois, Rio de
Janeiro, So Paulo, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
97
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
na mais os acidentes nas pessoas. Esta espcie est infestando certas cidades da Regio Sul, por isso tem sido feito um trabalho de controle da aranha.
A aranha marrom faz uma teia que se parece com fios de algodo,
em formato de lenol e sem uma forma definida, onde afunilam para um buraco nas razes, folhas cadas, barranco, montes de telhas, tijolos, etc., habitam em ambientes escuros e midos. Esta espcie alimenta-se de pequenos
insetos como grilos e baratas que penetram na regio de seu abrigo e ficam
presos em sua teia para depois servirem de alimentos. Produzem uma ooteca
arredondada, de colorao branca, que contm de 60 a 200 ovos, com gestao de aproximadamente 23 dias. Duram cerca de um ano e meio. interessante notar que o veneno da aranha marrom no gera muito efeito quando
aplicado em camundongos, ratos, coelhos, e outros animais de laboratrio.
Entretanto, para as pessoas, seu efeito muito intenso, podendo levar
morte uma criana ou um adulto debilitado. Sua toxina tem ao necrosante,
provocando aes lesivas como proteoltica, hemoltica e coagulante.
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Vigilncia em Sade
Aranhas caranguejeiras ou tarntulas pertencem famlia Theraphosidae. Esse aracndeo temido, devido ao seu tamanho e aparncia e, geralmente, atingem 10 cm de corpo e 30 cm de envergadura e, ainda se caracteriza
por ter patas longas e com duas garras na ponta, e o corpo revestido de pelos.
Todavia, no Brasil, no so catalogadas espcies responsveis por envenenamento no ser humano. Mas, as picadas provocam somente dor de curta durao e de
pequena intensidade. Aranhas caranguejeiras vivem, geralmente, em locais isolados das pessoas, como galerias subterrneas, buracos em barrancos, cupinzeiros, rvores e etc. O ferro em posio vertical diminui o efeito do mecanismo
de picada. Portanto, essas aranhas raramente provocam acidentes, principalmente as aranhas de espcies de grande porte e peludas. importante lembrar
que, alm da inoculao de veneno, que no tem toxinas nocivas ao homem, as
aranhas caranguejeiras tm outro mecanismo de defesa, que inclui, com mais
frequncia, o uso de espalhar nuvem de pelos com ao irritante em direo ao
inimigo. Esses pelos podem ocasionar alergias com manifestaes cutneas ou
problemas nas vias respiratrias altas. As aranhas caranguejeiras so agressivas
e possuem ferres grandes, responsveis por ferroadas dolorosas. O tratamento
no precisa de soro. As tarntulas habitam as regies temperadas e tropicais das
Amricas, frica, Oriente Mdio e sia.
A caranguejeira da Amaznia pode alcanar a at 26 cm, sendo,
neste caso,, a maior aranha do mundo. Elas possuem pelos compridos nas
pernas e no abdmen. Esse aracndeo utiliza as teias apenas para colocar
seus ovos, no para caar suas vtimas. Apesar de ele ser muito temido, os
acidentes com esse aracndeo so raros e sem gravidade, no entanto, essa
aranha tem pelos soltos e os utilizam quando so ameaadas. Estes pelos
podem proporcionar coceira, irritaes e leses. No se produz o soro contra
seu veneno. As caranguejeiras ocorrem em florestas e matas de todo o pas.
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Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Biologia e comportamento das aranhas;
Mtodos de preveno, controle e sintomas;
As espcies mais importantes na sade pblica.
Atividades de aprendizagem
1. H uma pequena porcentagem de aranhas venenosas para os seres humanos, o que significa que elas podem injetar em suas vtimas perigosas
peonhas. Quais so as caractersticas peculiares das aranhas que fazem os
efeitos do veneno modificar?
2. Ateno: sugiro que voc, aluno, faa uma pesquisa sobre aranhas no site
http://pt.scribd.com/doc/52779427/23/As-aranhas-de-importancia-medica.
Acesse o vdeo e, de acordo com ele, responda: o que mais lhe chamou a
ateno no item vigilncia em sade?
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Vigilncia em Sade
AULA 1
Alfabetizao Digital
Objetivos
Entender a biologia e o comportamento das serpentes;
Descrever a importncia do mtodo de preveno de acidentes, primeiros socorros e sintomas;
Reconhecer as espcies de serpentes mais importantes na sade pblica no Brasil.
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Poiquilotrmicos:
so animais de
sangue frio, que no
possuem mecanismo
interno prprio para
regular a temperatura
do seu corpo, ou
seja, a temperatura
de seu corpo
varivel e depende
da temperatura
do ambiente onde
estiverem inseridos.
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Consideremos que as cobras peonhentas, geralmente, no so agressivas, elas picam apenas quando so molestadas, ou seja, elas agem mais no
sentido de defesa do que de ataque. Como exemplo, podemos citar a coral
verdadeira, que relativamente dcil, procurando fugir quando perseguida ou
molestada. J cascavel pouca agressiva, que anuncia sua presena com o
rudo tpico de seu guizo. Porm, a surucucu apontada por ser mais violenta
e hbil para perseguir as pessoas. preciso destacar que o bote da serpente
proporcional ao seu comprimento, pois o bote alcana, em mdia, um tero do
comprimento do animal, no entanto, pode alcanar quatro quintos do seu comprimento, como ocorre com a espcie surucucu. A pessoa no pode esquecer
que as serpentes, quando esto nadando, picam sem dar botes.
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Vigilncia em Sade
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Os sintomas e sinais so decorrentes da picada das serpentes peonhentas e so ajustados de acordo com quantidade de veneno inoculado na vtima. Entre os sinais e sintomas caractersticos esto: marca dos dentes na pele,
dor local e inflamao, problemas de viso, nuseas e vmitos, hemorragias,
pulso acelerado, respirao dificultosa e debilidade fsica. As serpentes pertencentes a diferentes grupos, como Botrpico, Crotlico e Elapdico, os quais
apresentam suas peculiaridades de sintoma, de acordo com a Tabela 1.
TABELA 1
Sintomas que podem orientar na classificao das serpentes causadoras do acidente
GRUPO BOTRPICO
(Jararaca, Urutu,
etc.)
GRUPO CROTLICO
(Cascavel)
GRUPO ELAPDICO
(Coral verdadeira)
Em geral no h
dor ou outra reao
local. Sensao de
adormecimento
ou formigamento
na regio atingida,
que se difunde para
a raiz do membro
afetado.
Fcies (expresso da
face)
Normal
Dores Musculares
Podem ocorrer
em uma ou vrias
partes do corpo,
particularmente na
regio da nuca.
Sangue
Incoagulvel (caso
grave)
Urina
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Vigilncia em Sade
O gnero Bothrops compreende cerca de 30 espcies, que so distribudas na Amrica do Sul, principalmente, em todo territrio brasileiro.
Essas serpentes existem em todo tipo de vegetao e solo dos biomas do
Brasil e podem, tambm,ser encontradas nas zonas rurais, em terrenos agrcolas e periferias de zona urbana. Esses ofdios gostam de ambientes midos
onde possuem alimentos, principalmente, onde exista grande nmero de
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roedores, que faz parte de sua alimentao, e esses roedores habitam depsitos de lenha, paiis, celeiros e outros locais. As espcies desse gnero de
serpente possuem hbitos predominantemente noturnos ou crepusculares,
que pode ser antes do nascer do sol e depois o pr do sol.
As serpentes desse gnero tm nomes populares conhecidos como
jararaca, jararacuu, urutu-cruzeiro, cotiara, jararaca-pintada, caiara e
outros mais. Podem alcanar mais de um metro de comprimento e apresentar comportamento agressivo quando se sentem molestadas, desferindo
botes sem produzirem rudos. Sua picada causa inchao e perda de sangue,
inclusive pelas gengivas. Como tratamento, usa-se o soro antiofdico, o soro
antibotrpico, que o especfico, mas pode aplicar ainda o soro antibotrpico-laqutico. O acidente botrpico responsvel por cerca de 90% dos envenenamentos no Brasil. Podemos citar aqui algumas espcies do Bothrops,
entre as quais esto Bothrops jararaca, Bothrops jararacussu, Bothrops alternatus e Bothrops neuwiedi.
Popularmente conhecida como jararaca, jararaca ilhoa, jararaca
pintada, jararaca-do-rabo-branco, jararacuu, urutu ou cruzeira, esta espcie tem colorido muito varivel, consistindo de uma cor de fundo dorsal,
que pode ser bege, cinza, amarelo, verde-oliva, marrom ou quase preta.
Tm corpo delgado, medindo aproximadamente 1 metro. Essa serpente
gil, sobe com facilidade em telhados baixos e arbustos e ainda tm grande
capacidade adaptativa, ocupando e colonizando reas agrcolas, suburbanas,
urbanas e silvestres. Esse rptil encontrado no Brasil, desde o Rio Grande
do Sul at a Bahia, em especial na regio de cerrado, mas tambm encontrada em regies adjacentes no Paraguai e na Argentina.
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Vigilncia em Sade
Bothrops alternatus, conhecida como urutu-cruzeiro, urutu ou cruzeira, uma serpente muito temida, talvez por ser uma das maiores produtoras
de veneno do Bothrops. um animal corpulento, que pode atingir at 2 m de
comprimento. A colorao marrom, porm, varia do tom mais claro amarelado, para um tom de marrom escuro. Vive nos campos e em outras reas abertas e solos pedregosos. Bothrops alternatus mais comum de se encontrar
no extremo sul do Brasil e reas prximas. Ao longo do corpo, h formas que
lembram um gancho de telefone ou uma ferradura, e cujo contorno interno tem
uma forma aproximada de uma cruz.
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Crotalus durissus o nome cientfico da espcie de cascavel, conhecida tambm como cascavel-de-quatro-ventas, boiquira, marac, maracaboia e boiununga. Os machos so maiores que as fmeas, podendo alcanar 1,5 m de comprimento. A cascavel identificada pelo chocalho ou guizo
em sua cauda, que uma caracterstica marcante, que a cobra faz vibrar,
produzindo um som. Sua inteno advertir animais de grande porte de sua
presena, para no ser incomodada. Pode ser encontrada nas regies de
campos, cerrados e regies secas em todo o Brasil, com exceo da floresta
amaznica, pois nunca so encontradas no interior das florestas. distribuda no continente americano, que vai do Mxico at Argentina.
A cascavel tem uma colorao marrom do corpo com losangos verticais escuros, e cores claras na margem. A parte dorsal da cauda escura
com barras transversais da mesma tonalidade. A regio ventral mais clara.
Os sintomas da sua picada so a dificuldade de abrir os olhos, a viso dupla,
a chamada cara de bbado e a urina cor de coca-cola. O tratamento consiste na aplicao do soro anticrottico ou do soro antiofdico polivalente. Os
componentes de sua peonha agem especialmente em nvel renal e nervoso.
Alimentam-se de pequenos mamferos e aves. Seus principais predadores
naturais so os gambs, emas, gavies, seriemas, guars, corujas, cobra muurana e coral verdadeira. Possui hbitos noturnos e crepusculares. Contudo,
pode caar tambm durante o dia. Como a maioria das cobras peonhentas,
possui fosseta loreal que lhe permite ver no infravermelho.
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VENENOSA
NO VENENOSA
CABEA
Triangular
Arredondada
OLHOS
Pequenos
Grandes
Tem
No tem
Irregulares
Simtricos
CAUDA
Afina rapidamente
Afina gradativamente
DENTES
2 presas
PICADA
FOSSETA
DESENHOS DAS
ESCAMAS
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Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Biologia e comportamento das serpentes;
Mtodos de preveno de acidentes, primeiros socorros e sintomas;
As espcies mais importantes na sade pblica no Brasil.
Atividades de aprendizagem
1. Qual o significado de animais poiquilotrmicos?
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Vigilncia em Sade
AULA 1
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Objetivos
Entender a biologia e comportamento das lacraias;
Descrever a importncia do mtodo de preveno de acidentes, primeiros socorros e sintomas;
Reconhecer as espcies de lacraias mais importantes na sade
pblica.
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Vigilncia em Sade
As centopias ou lacraias so animais peonhentos, pois tm glndula de veneno e presas inoculadoras que podem causar acidentes dolorosos. Os acidentes mais comuns nas pessoas, geralmente, ocorrem na manipulao de locais onde este animal possa estar abrigado. O sintoma varia
de acordo com o nmero de picadas e da hipersensibilidade ao veneno por
parte do acidentado. interessante destacar que as lacraias so benficas
na natureza, porque auxiliam no controle de outras pragas, principalmente
os insetos nocivos. Quando esto em lugares fechados ou acuados, so consideradas perigosas, apesar do seu veneno no matar, provoca dor intensa.
Segundo alguns registros, os acidentes com lacraias, representam apenas
0,5% de atendimentos por animais peonhentos.
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Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Biologia e comportamento das lacraias;
Mtodos de preveno de acidentes e sintomas;
As espcies mais importantes na sade pblica.
Atividades de aprendizagem
1. Como formado o corpo da centopeias?
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Digital
Aula
18 Animais
peonhentos: abelhas,
vespas e formigas
Objetivos
Entender a biologia e comportamento das abelhas, vespas e
formigas;
Descrever a importncia do mtodo de preveno de acidentes
com abelhas, vespas e formigas, primeiros socorros e sintomas;
Reconhecer as espcies mais importantes na sade pblica no Brasil.
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As abelhas so conhecidas por produzirem o mel e viverem em colnias, nas quais se encontra uma rainha frtil, os zanges, que so machos
frteis, e milhares de operrias fmeas que so infrteis. No entanto, h
bastantes espcies de abelhas que no so produtoras de mel e vivem como
animais solitrios. Elas habitam em todos os continentes, com exceo do
Antrtico, e so indivduos importantes de diversos ecossistemas que desempenham a funo insetos polinizadores. O mel produzido nas colmeias
empregado na alimentao da prpria colnia e dos seres humanos. importante informar que somente as abelhas operrias so responsveis pela
defesa da colnia, ou seja, elas que picam, e ao picarem perdem parte do
aparato inoculador, morrendo, em seguida. Este aparato tem msculos prprios que permanecem injetando a peonha mesmo depois da separao do
restante do corpo. Porm, as mamangavas ou mamangabas, que so abelhas
das subfamlias Bombinae e Euglossinae, no perdem o ferro, podendo ferroar diversas vezes. As abelhas da subfamlia Meliponinae, conhecidas como
abelhas sem ferro, embora tenham este aparato, no ocasionam acidentes
por picadas, contudo, podem produzir mel txico.
As formigas so insetos que tm em sua estrutura social as guerreiras e operrias, que so incapazes de reproduo e, as rainhas e machos
alados, responsveis pelo nascimento de novas colnias. Certas espcies tm
aguilho abdominal ligado a glndulas de veneno. Em geral, elas atacam
quando so molestadas e o acidente envolvendo mltiplas picadas raro.
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Vigilncia em Sade
Falando um pouco mais sobre o assunto, destacamos algumas medidas preventivas contra os insetos peonhentos, tais como: evitar fazer barulhos, usar perfumes fortes ou desodorantes, cores escuras, principalmente
pretas e azul-marinho e juntamente com o suor do corpo, pois isso desencadeia o comportamento agressivo e consequentemente o ataque de vespas
e abelhas. As abelhas liberam hormnio que um sistema de comunicao
muito eficiente entre as abelhas de uma mesma comunidade, existindo 4 tipos diferentes de hormnios, cada um transmitindo uma orientao distinta.
Esses hormnios so volatilizados no ar em menos de dois segundos depois
da picada da abelha operria, e continuam at 20 segundos para atrair rapidamente outras operrias com sinal que devem atacar a vtima. Esse o
motivo pelo qual grande parte das ocorrncias de ataques acontece com
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Vigilncia em Sade
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As formigas pertencem a uma subfamlia Ponerinae e famlia Formicidae a que inclui a espcie Paraponera clavata e possuem nomes
populares como formiga cabo-verde, tocandira e vinte-e-quatro-horas. Essa
espcie atinge at 3 cm de comprimento e ocasionar uma picada extremamente dolorosa com sintoma de edema e eritema locais, sudorese, calafrios
e taquicardia. J as formigas de correio pertencem ao gnero Eciton, so
carnvoras, locomovem-se em grande nmero e proporcionam picadas pouco
dolorosas. As formigas lava-ps do gnero Solenopsis atacam em grande nmero e se tornam agressivas se o formigueiro invadido. Deve-se destacar
que uma s formiga lava-ps tem uma capacidade de ferroar, no mesmo
local, de dez a doze vezes, porque fixa sua mandbula na pele da vtima. Sua
picada muito dolorosa. So localizadas no Brasil a Solenopsis invicta (formiga lava-ps vermelha) e a Solenopsis richteri (formiga lava-ps negra), que
causam o quadro clssico do acidente. O formigueiro dessas espcies de formigas tem inmeras aberturas e fica localizado em jardins, hortas, quintais
etc. Sua picada dolorida, provoca bolhas, alergias e at choque anafiltico.
Sua cor varia do amarelo claro ao marrom at o preto brilhante; de difcil
identificao, pois existem vrias espcies.
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Vigilncia em Sade
As formigas Ephuta temperalis, conhecidas como formigas chiadeiras, pertencem famlia Mutillidae, so coberta por cerdas coloridas, curtas
e finas. Esta espcie, em geral, tem uma colorao negra com manchas vermelhas ou amarelas, formando algum desenho. Os machos so alados e as
fmeas so pteras e sua ferroada causa forte dor local.
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Biologia e comportamento das abelhas, das vespas e das formigas;
Mtodos de preveno de acidentes com abelhas, vespas e formigas, primeiros socorros e sintomas;
As espcies mais importantes na sade pblica no Brasil.
Atividades de aprendizagem
1. Comente a diferena que h entre abelha e vespas.
2. Ao picar uma pessoa, quais insetos liberam o ferro: as abelhas ou as vespas? Faa um breve comentrio sobre isso.
3. O que deve ser feito quando ocorre acidente com abelhas ou vespas? Explique.
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AULA 1
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Objetivos
Entender a biologia e a diferenas entre borboletas e mariposas;
Descrever a importncia da Lonomia obliqua, conhecida como
de taturana assassina;
Listar os acidentes com taturanas da famlia Saturniidae.
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Mudas:
so as transformaes
de um estgio de
desenvolvimento para
o outro.
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Figura 77: Estgio de desenvolvimento dos lepidpteros com ovo, larva, pupa e adulto.
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Vigilncia em Sade
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Ecdise:
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Vigilncia em Sade
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu:
Biologia e diferenas entre borboletas e mariposas;
Lepidptera: Lonomia obliqua chamada de taturana assassina;
Acidentes com taturanas da famlia Saturniidae.
Atividades de aprendizagem
1. Comente a diferena que h entre mariposas e borboletas, de acordo com
o comportamento, forma de seus corpos ou morfologia.
2. Quais so os sintomas que os acidentes com as lagartas de Lonomia obliqua podem proporcionar?
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Referncias
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