Sebenta Direito Comercial
Sebenta Direito Comercial
Sebenta Direito Comercial
Actos de Comrcio:
Considerando o art 2 do Cdigo Comercial Sero considerados actos de
comrcio todos aqueles que se encontrarem especialmente regulados neste
Cdigo e, alm deles, todos os contratos e obrigaes dos comerciantes,
que no forem de natureza exclusivamente civil, se o contrrio do prprio
acto no resultar.
Neste mbito os actos a que o legislador se refere devem ser entendidos
num sentido amplo, alargado, e no no sentido restrito genericamente
utilizado no cdigo de conduta humana, pois abrange qualquer facto jurdico
que se verifique no contexto das actividades comerciais (ex contratos,
negcios unilaterais), sejam involuntrios (ex expirar determinado prazo
pelo decorrer do tempo) ou voluntrios (quer lcitos quer ilcitos), e negcios
jurdicos.
Os actos de comrcio podem ser:
Estabelecimento Comercial:
Conjunto de elementos reunidos e organizados pelo empresrio, para
atravs dele, exercer a sua actividade comercial.
- do direito ao arrendamento;
- dos direitos reais de gozo;
- dos crditos resultantes de vendas, emprstimos, locaes, etc.;
- dos direitos resultantes de certos contratos estritamente relacionados
com a esfera de actividade mercantil, como o de agncia, o de distribuio,
o de concesso, os contratos de edio;
- dos direitos emergentes dos contratos de trabalho e de prestao de
servios com os colaboradores do comerciante no estabelecimento;
- em especial, dos direitos de propriedade industrial, que tm em comum
a caracterstica de terem sido institudos e regulados na lei especificamente
com vista proteco da empresa e quer destes direitos seja directamente
titular o comerciante, quer a fruio deles advenha de contratos de
transmisso ou de licena.
E, evidentemente, so tambm elementos incorpreos do estabelecimento
as obrigaes do comerciante a ele relativas, quer o seu passivo, ou seja, as
dividas resultantes da sua actividade comercial, quer as demais obrigaes
que formam o correspectivo ou a face oposta dos direitos dos tipos acima
mencionados.
Teoria da Universalidade;
seguintes:
o
o
o
o
o
Extino da firma:
Quanto aos comerciantes em nome individual:
o a cessao da actividade, com a liquidao do estabelecimento
ou, se este no for liquidado, pela transmisso do
estabelecimento sem a firma;
o
o
Quanto s sociedades:
o se se dissolverem e liquidarem e no for transmitida a sua
firma com o estabelecimento (na fase de liquidao, firma
deve acrescentar-se a expresso sociedade em liquidao ou
em liquidao Art. 146/3 do Cdigo das Sociedades
Comerciais Liquidao das Sociedades, Regras Gerais.
Art. 18 do Cdigo Comercial Obrigaes especiais dos
comerciantes:
Os comerciantes so especialmente obrigados:
1 A adoptar uma firma;
2 A ter escriturao mercantil;
3 A fazer inscrever no registo comercial os actos a ele sujeitos;
4 A dar balano e, a prestar contas.
- Art. 29 do mesmo cdigo Obrigatoriedade da escriturao
mercantil;
- Art. 30 do Cdigo Comercial Liberdade de organizao da
escriturao mercantil.
o
o
o
o
o
o
o
Contrato penhor:
S vale por escrito.
A divida que se cauciona tem que ser de carcter comercial.
Contrato depsito:
A noo de contrato de depsito -nos dada pelo Art. 1185 do Cdigo
Civil Noo de disposies gerais, Depsito o contrato pelo qual
uma das partes entrega outra uma coisa, mvel ou imvel, para que
a guarde, e a restitua quando for exigida.
Por pressupor a entrega da coisa como elemento essencial para a sua
formao, o depsito um contrato real.
Art. 405 do Cdigo Comercial Depsitos de papis de crdito com
vencimentos de juros.
Contrato reporte:
So as estruturas comerciais dos derivados financeiros.
Contrato troca:
mercantil
Art. 480 do Cdigo Comercial Requisitos da comercialidade da
troca, A troca ser mercantil nos mesmos casos em que o a
compra e venda, e regular-se- pelas mesmas regras estabelecidas
para esta, em tudo quanto forem aplicveis s circunstncias ou
condies daquele contrato.
Contrato aluguer:
Tambm mercantil.
Art. 481 do Cdigo Comercial Requisitos da comercialidade do
aluguer, O aluguer ser mercantil, quando a coisa tiver sido
comprada para se lhe alugar o uso.
Contratos bancrios e seguros:
comerciais.
As sociedades comerciais:
Lei
especial
consider-os
Contrato de sociedade:
O termo sociedade juridicamente utilizado em trs sentidos distintos:
Como Negcio Jurdico; Como relao jurdica; Como instituio
O negcio jurdico pela lei qualificado de contrato como refere o art. 980
C.CIV, e o ato da relao jurdica, ou seja, constitudo por direitos e
obrigaes entre os scios. No art 5 do CSC, as sociedades gozam de
personalidade jurdica e existem como tais a partir da data do registo
definitivo do contrato, pelo art. 6 CSC, a capacidade da sociedade
compreende direitos e as obrigaes necessrias.
Cada tipo de sociedade tem os seus requisitos de constituio, mas tambm
tm regras aplicveis a todas as sociedades. O contrato de sociedade um
negcio e tem de ser celebrado por escritura pblica art. 7 CSC. A sociedade
adquire personalidade jurdica com o registo definitivo da constituio art. 5
CSC e a sua firma ou denominao gozar de proteo da exclusividade em
todo o territrio nacional.
Tipos de Sociedades:
O quadro acima, mostra resumidamente quais os tipos de sociedade existentes e os requisitos minimos
para que funcionem com personalidade jurdica e comercia.
Sociedade Annima :
uma sociedade de responsabilidade limitada, no verdadeiro rigor do
conceito, porquanto os scios limitam a sua responsabilidade ao valor das
aces por si subscritas. O elemento preponderante neste tipo de sociedade
o capital, que titulado por um vasto nmero de pequenos investidores
ou por um reduzido nmero de investidores com grande poder financeiro,
sendo por esta razo vocacionada para a realizao de avultados
Pode adoptar:
Uma firma nome, composta pelo nome completo ou abreviado de todos,
alguns ou um dos scios;
Uma firma-denominao, composta por uma expresso atinente ao ramo de
actividade;
Uma firma mista, formada pelo nome ou firma de um ou alguns scios e a
referida expresso; seguida do aditamento obrigatrio "Sociedade Annima"
por extenso ou abreviado "SA".
Estrutura da Administrao e da Fiscalizao
A Administrao e fiscalizao da sociedade podem ser estruturadas
segundo uma das trs modalidades
Vcios do objecto:
Os vcios relativos ao objecto so previstos no Art. 280 do Cdigo Civil e
geram, em regra, a nulidade do negcio jurdico.
Art. 280 do Cdigo Civil Requisitos do objecto negocial:
1) nulo o negcio jurdico cujo objecto seja fsica ou legalmente
impossvel, contrrio lei ou indeterminvel.
2) nulo o negcio contrrio ordem pblica, ou ofensivo dos bons
costumes.
Assim , tambm, o que ocorre no contrato
designadamente, com o de sociedade comercial.
de
sociedade
e,
Contrato de sociedade:
Art. 7 do Cdigo das Sociedades Comerciais Forma e partes do
contrato:
- O contrato deve ser escrito e as assinaturas reconhecidas;
- O nmero mnimo de partes de um contrato de sociedade de dois;
- A constituio da sociedade por fuso, ciso ou transformao de outras
sociedades rege-se pelas respectivas disposies desta lei.
Cdigo
das
Sociedades
Comerciais
Convocatria
da
O capital social de uma S.A. no pode ser inferior a 50.000 euros, salvo se
se cumprir o disposto no n 1 do Art. 96 do Cdigo das Sociedades
Comerciais Tutela dos credores, ou seja tem que realizar o capital no
prazo de 60 dias. Tambm no pode ser inferior a 50.000 euros, a no ser
que seja deliberado a reduo de capital, pelos scios, previsto no Art. 95,
n 2 (j mencionado anteriormente).
Art. 96 do Cdigo das Sociedades Comerciais (j mencionado), em caso de
reduo de capital:
O credor pode exigir, se o crdito ainda no tiver vencido, que os lucros no
sejam distribudos aos accionistas.
Direito de informao:
Art. 214 do Cdigo das Sociedades Comerciais Direito dos scios
informao - sociedade por quotas.
Art. 181, n 1 do Cdigo das Sociedades Comerciais Direito dos scios
informao, a informao dever ser por escrita sociedade nome
colectivo.
Art. 288 do Cdigo das Sociedades Comerciais Direito mnimo
informao, o accionista deve ter pelo menos 1% - sociedade annimas.
Art. 291 do Cdigo das Sociedades Comerciais Direito colectivo
informao.
rgos Sociais:
As sociedades comerciais, como pessoas colectivas (Art. 5 do Cdigo das
Sociedades Comerciais Personalidade), formam e manifestam a sua
vontade atravs dos rgos sociais.
Mas, vigora aqui o princpio da tipicidade: os rgos com poderes
deliberativos e fora vinculativa so apenas aqueles que a lei prev e no
mbito das respectivas competncias.
So, rgos de uma sociedade as entidades ou ncleos de atribuio de
poderes que integram a organizao interna da sociedade e atravs dos
quais ele forma, manifesta e exerce a sua vontade de pessoa jurdica.
Classificao dos rgos:
Os rgos so classificados, segundo dois critrios:
a) Critrio de nmero de titulares:
- rgos singulares: composto por um s titular;
- rgos plurais ou colectivos: composto por dois ou mais titulares
(assembleias, conselhos, etc.).
Critrio das funes dos rgos:
- Deliberativos: so rgos que formam a vontade da sociedade, aprovando
directrizes fundamentais que devero ser acatadas pelos outros rgos;
- De administrao (tambm chamados executivos ou directivos): so os
que praticam os actos materiais ou jurdicos de execuo da vontade da
sociedade;
- De fiscalizao ou de controlo: so os que verificam a conformidade da
actividade dos outros rgos com a lei e os estatutos, denunciando as
irregularidades que descubram.
Os rgos sociais reconduzem-se a pessoas ou grupos de pessoas que so
os titulares dos rgos (Art. 162 do Cdigo das Sociedades Comerciais
Aces pendentes e Art. 164 do mesmo cdigo Activo superveniente.
Nos rgos plurais, podem ainda distinguir-se quanto ao modo de
funcionamento:
a) Sistema disjuntivo: quando cada um dos vrios titulares pode exercer
isolada e independentemente, por si s, as funes dos rgos:
b) Sistema colegial ou conjuntivo: quando os diversos titulares devem agir
colectivamente, segundo a regra da maioria ou at por unanimidade.
As sociedades so compostas pelos seguintes rgos:
a) A Assembleia-geral;
b) A Administrao;
c) O conselho fiscal ou fiscal nico;
d) O secretrio da sociedade.
Nas sociedades em nome colectivo, encontramos dois rgos:
- A assembleia-geral, com funes deliberativas (Art. 189 do Cdigo das
Sociedades Comerciais Deliberaes dos scios e Art. 190 do mesmo
cdigo Direito de voto);
- A gerncia, com funes de administrao e representao (Art. 191 do
C.S.C. Composio da gerncia.
Estas sociedades no tm rgo de fiscalizao, esta funo
desempenhada pelos scios, atravs do direito informao que o Art. 181
do Cdigo das Sociedades Comerciais, lhe garante, Direitos dos scios
informao.
Nas sociedades por quotas, a lei prev:
- A assembleia-geral, rgo deliberativo (Art. 248 do Cdigo das
Sociedades Comerciais Assembleias gerais e ss);
- A gerncia, rgo de administrao e representao (Art. 252 do C.S.C.
Composio da gerncia e ss);
- Facultativamente, quando previsto no contrato social, o conselho fiscal,
rgo fiscalizador.
De acordo com o n 2 do Art. 262 do Cdigo das Sociedades Comerciais
Fiscalizao, as sociedades que no tiverem conselho fiscal devem
designar um revisor oficial de contas para proceder reviso legal
Se a sociedade no tiver um rgo de fiscalizao, esta funo, ser
exercida pelos scios, atravs do direito informao.
Titulares dos rgos:
Os rgos sociais reconduzem-se a pessoas ou conjunto de pessoas, que
so os titulares dos rgos (Art. 162 do Cdigo Civil rgos e 164 do
mesmo cdigo Obrigaes e responsabilidade dos titulares dos rgos da
pessoa colectiva.
Nos rgos plurais, distinguem-se quanto ao modo de funcionamento:
- Decises disjuntivas (quando um titular pode exercer sozinho, as funes
do rgo, ou seja, tem todo o poder);
de
certificados
digitais,
a) Requisio do Registo
Aps a deliberao de assembleia-geral, um scio-gerente ou um gerente,
mandatrio com procuraes bastantes, advogado ou solicitador, podem
requerer, no prazo de dois meses sob pena de coima, o registo junto do
Gabinete de Apoio ao Registo Comercial da Loja da Empresa.
A comunicao DGCI e Segurana Social da cessao da actividade
feita electronicamente, dispensando a entrega de declarao.
Custos:
A dissoluo com liquidao tem um custo de 300,00
3. Dissoluo e liquidao com partilha (com activo e sem passivo)
Se data da dissoluo a sociedade no tiver dvidas, os scios podem
proceder de imediato partilha dos bens sociais (conforme artigo 147
CSC).
Condies necessrias:
Deliberao tomada por maioria qualificada de dos votos, excepto nos
casos previstos nas alneas a), c) e d) do n.1 do art. 141 do CSC;
A no existncia de passivo.
O procedimento igual ao anterior sendo que deve constar da acta a
relao de bens a partilhar e a sua adjudicao ao(s) scio(os), bem como
as respectivas tornas.
Procedimentos
a) Requisio do Registo
Aps a deliberao de assembleia-geral, um scio-gerente ou um gerente,
mandatrio com procuraes bastantes, advogado ou solicitador, podem
requerer, no prazo de dois meses sob pena de coima, o registo junto do
Gabinete de Apoio ao Registo Comercial da Loja da Empresa.
A comunicao DGCI e Segurana Social da cessao da actividade
feita electronicamente, dispensando a entrega de declarao.
Custos:
A dissoluo, feita por acta, tem um custo de 200,00 , a que acresce 87,50
da nomeao dos liquidatrios.
Caso a dissoluo seja feita por escritura, h que acrescentar o respectivo
custo.
O prazo para a liquidao de dois anos, prorrogvel por mais um por
deliberao dos scios, finda a qual dever ser elaborada acta de
encerramento da liquidao e da aprovao das contas.
A partilha de bens imveis carece de escritura pblica.
2 Fase Encerramento da liquidao
Procedimentos
Os procedimentos e os prazos so iguais fase anterior, com as seguintes
diferenas:
No GARC, apresentada a acta de encerramento da liquidao e
encerramento das contas e requerido o respectivo registo;
A comunicao DGCI e Segurana Social da cessao da actividade
feita electronicamente, dispensando a entrega de declarao.
Concluso
Este trabalho foi realizado com muita dedicao e prazer, j que a cadeira
de Direito Comercial, muito til para a vida de um futuro gestor.
As noes bsicas e o manuseamento do cdigo comercial sero muito teis
na minha vida quotidiana.
No est expresso tudo o que aprendi nas aulas mas uma boa parte dos
conceitos e conhecimentos adquiridos.
Bibilografia:
Cdigo Comercial
Cdigo Civil