Ovnis em Analise
Ovnis em Analise
Ovnis em Analise
OVNIs EM ANLISE
Uma obra
da
PUFOI Portuguese UFO Investigation
http://www.pufoi.com
Ttulo
2
OS OVNIS EM ANLISE
OS OVNIS EM ANLISE
O que a PUFO
II
Introduo .
III
IV
Os vizinhos csmicos
..28
Casustica nacional ..
..50
VI
Regras do observador ..
..55
VII
Investigao de campo .
..66
VIII
..73
IX
106
Ftima
127
XI
Pioneiros
175
XII
Abdues
187
XIII
Concluso ..
190
XIV
191
XV
Referncias bibliogrficas
194
I - O que a Pufoi
II - Introduo
Iremos de igual modo, falar sobre a histria dos pioneiros portugueses na rea
dos discos voadores, na saga das primeiras organizaes nacionais de
ovnilogia, na casustica nacional, nas aces de investigao de campo, em
resultados e mtodos de avaliao e nas reflexes e concluses temporais
destes fenmenos.
No se esgotar necessariamente aqui a nossa interveno. Digamos que este
trabalho pretende marcar uma etapa.
Esperamos que o nosso objectivo seja alcanado neste propsito, sendo uma
coisa certa: o que impera neste trabalho o esprito crtico e a anlise objectiva,
racional, logo, desapaixonada., destas matrias.
O mistrio dos Discos Voadores chegou ao nosso pas atravs dos rgos de
informao que, em 1946, do conta de estranhas luzes sobre Portugal: os
foguetes fantasmas observados tambm na Escandinvia?
Quatro anos depois, uma vaga de mais luzes estranhas so notcia da
imprensa. Esses e outros acontecimentos inslitos areos apaixonaram o
jornalista Hugo Rocha, que em 1951 publica o primeiro livro sobre a matria,
intitulado O Enigma dos Discos Voadores ou a Maior Interrogao do Nosso
Tempo e mais tarde Outros Mundos, Outras Humanidades.
Foi seguramente o primeiro portugus a interessar-se a fundo pela matria, o
pioneiro dos OVNIs.
Em 1 de Janeiro de 1973 surgiria no Porto o embrio de uma iniciativa indita
a criao de um grupo de curiosos investigadores dos Fenmenos Areos
8
naturalmente.
Em 1975 ainda, o CEAFI era a nica estrutura organizada e no perdeu tempo.
Promoveu protocolos de cooperao estreita com organizaes estrangeiras de
elevado nvel e experincia. Foi membro da U.G.E.P.I. (Union des Groupments
Dtudes sur les Phnomnes Insolites), da Blgica e de outros como:
G.E.P.A.N. (Groupment Dtudes des Phnomnes Ariens non Identifis),
Frana ; B.U.F.O.R.A. (British Unidentified Objects Research Association),
Gr-Bretanha; A.I.F.S.R. (Australian International Flying Saucer Research),
Austrlia; M.U.F.O.N. (Mutual Unidentified Flying Objects Network), EUA;
C.U.F.O.S.
Diversos privados estrangeiros constavam da longa lista de cooperantes e
interlocutores.
Iniciou-se a criao de dois grandes projectos:
a) Criao e efectivao de mtodos de pesquisa e trabalho, base de dados,
estudos multidisciplinares, informaes internas, formao de quadros.
b) Divulgao pblica de trabalhos, ideias, concluses. Temas tabu em
discusso, despertar de conscincias, interrogaes e dvidas em aberto, etc.
Meios: publicaes e palestras.
Nos primeiros anos de vida o CEAFI ultrapassou o previsvel, devido forte
dinmica de grupo.
Como investigador solitrio, Jos Sottomayor tinha em mente algo similar,
mas continuava apenas como lder de um grupo de tertlia sem dinmica. A
tantos anos de distncia, pensamos que esse drama foi vivido por outros: uns
com xito (Sanchez Bueno), outros que ficariam por fugazes experincias ou
cilindrados pelo caminho.
Algum tem que ser o primeiro em qualquer coisa e se o consegue por mrito,
deve merecer a considerao de terceiros ou ser apagado da histria. No foi o
caso do CEAFI!
Trabalhar solitariamente no leva a lado nenhum. Em todas as reas do
conhecimento s possvel atingirem-se nveis elevados se houver cooperao
e esprito de equipa Duas ou trs cabeas pensam mais e melhor do que uma
(princpio lgico). Assim, nos anos de 1974 a 1978, o CEAFI consolidou a sua
estrutura interna e externa. Foram definidos novos planos de actuao e leitura:
a) Os mtodos rigorosos do trabalho investigativo, viviam normalmente de
experincia de terceiros, os observadores, as testemunhas, os que contavam as
histrias vividas.
10
Aps alguns meses, verificou-se no ser possvel apostar nesse projecto mais
alargado, por no existirem as mnimas condies de um trabalho coerente.
Assim, os cinco membros da PUFOI, em finais de 2001, concluam no
existirem condies minimamente razoveis para a existncia de quaisquer
protocolos de cooperao com outros.
Verificou-se que, individualmente ou em grupo, no existiam personalidades
credveis capazes de mobilizarem as nossas atenes.
Neste meio tempo, a PUFOI, consciente da necessidade de informar com o
mximo de rigor, todos os interessados, sobre a temtica dos No
identificados, nas mos de uma informao avulsa e pouco credvel, projectou
um meio de contacto, de informao, formao, divulgao, utilizando a rea
das comunicaes multimdia.
No incio do ano 2000 j se encontrava disponvel uma homepage na Internet
(http://pufoi.home.sapo.pt), tendo evoluido e mudado posteriormente para um
domnio exclusivo ou seja: www.pufoi.com. O trabalho de Web Design
(webmaster) deve-se colaborao voluntria de Antnio Durval. Neste site
foram introduzidos todos os temas que se julgaram oportunos e necessrios
para fornecer elementos credveis de opinio e consulta.
Entre muitos outros temas mostrado o resultado da estatstica OVNI
nacional, onde a percentagem de casos insuspeitos ronda apenas 1% do total.
Destacaremos de seguida os eventos considerados de excepo:
- Caso n. 005 (1917) Cova da Iria / Ftima
- Caso n. 050 (1957) Comandante Lemos Ferreira FAP (OTA voo
nocturno)
- Caso n. 134 (1959) vora Objecto diurno / Queda de Fibralvina
- Caso n. 355 (1976) Observao Radar Tripulao de voo da TAP
- Caso n. 432 (1977) Barragem de Castelo do Bode Tripulao FAP
(objecto diurno)
- Caso n. 619 (1979) Objectos / Luzes em todo o pas (15 de Julho) OTA
(claro)
- Caso n. 673 (1982) Caso da OTA (2 avies + 3 pilotos militares)
Observao incomum
- Caso n. 687 (1990) Alfena Valongo (Objecto diurno estruturado + fotos)
Ao fim de 5 anos e alguns meses, a pgina da PUFOI j tinha sido visitada por
cerca de dezoito mil pessoas, merecendo os maiores elogios, oriundos de vrias
24
27
IV - Vizinhos csmicos
30
9.
A hiptese extraterrestre, como nica e possvel explicao para o
fenmeno dos No Identificados, ter por isso que ser analisada sob vrios
constrangimentos:
a)
b)
c)
a)
Como j foi exposto, admitir a existncia de vida em diversos lugares
espalhados pelo Cosmos, uma certeza indiscutvel, embora ainda no
confirmada. Outra coisa equacionar o problema sobre a existncia de criaturas
dotadas de inteligncia e raciocnio, que tenham desenvolvido uma filosofia e uma
tecnologia que lhes permita viajar no espao e percorrer, em tempo til de vida,
distncias fabulosas. Probabilisticamente, o nmero de lugares albergando esse
tipo de civilizao, ser na proporo de 5 para 1, o que poder significar um
reduzido ndice nas reas prximas Terra.
b)
Barreira que, para a nossa civilizao, tem condicionado a nossa prpria
aventura espacial, o limite da velocidade da luz, ditado por Albert Einstein, na
sua Teoria da Relatividade, inviabiliza a nossa presena em mundos afastados do
nosso. No tendo sido, at hoje, contrariada, esta teoria define que esta velocidade
, teoricamente, a mxima a que um corpo pode estar sujeito.
c)
Tendo em linha de conta os relatos das testemunhas, dificilmente se
consegue discernir quais os objectivos concretos dessas hipotticas incurses ao
nosso planeta, partindo do princpio lgico que tero que obedecer a projectos
extremamente bem elaborados e concretos, que naturalmente envolvem perigos
vrios e diferentes aces, dentro de um programa pr-estabelecido, do qual
haver que fornecer resultados, quando a realidade nos d conta de
permanncias espordicas e curtas, cujos resultados parecem no justificar os
meios.
10.
Pensamos que a investigao dever orientar a sua pesquisa tendo em
ateno outras vertentes possveis, sem contudo esquecer a possibilidade
31
O OVNILOGISTA
Esta palavra surge da anexao de uma sigla e do prefixo que designa a inteno
da pesquisa, entendimento, divulgao, etc. O tema e aquele que o estuda.
Ser-se ovnilogista ser-se independente das correntes pr ou contra, que
normalmente so o exerccio dos curiosos e especuladores.
Ser-se ovnilogista ser-se srio, isento, conhecedor.
Esta regra de ouro obriga o investigador a um constante aperfeioamento dos seus
mtodos de trabalho e a conhecer, em profundidade, os diversos cenrios onde
ocorrem esses fenmenos. Mas no apenas isso! Ele deve igualmente saber muito
mais coisas, que na maioria no passa pela cabea do vulgar cidado: psicologia
34
VIDA
A Vida acontece onde haja as mnimas condies para que ela se adapte, se fixe,
se reproduza e evolua, sabendo-se hoje que o leque de possibilidades superior
quele que se imaginava, mas mesmo assim, sujeita a um equilbrio minimamente
razovel.
35
36
A resposta tambm se encontra aqui no nosso lar, onde existem criaturas que
vivem e se reproduzem em condies extremamente desiguais s do Homem.
So os bichinhos que encontramos nos fundos marinhos, onde a presso
gigantesca, so os organismos que proliferam em ambientes normais para os
humanos; para as bactrias anaerbicas, respirar oxignio revela-se mortal, para os
grilos dos fornos a vida faz-se a mais de 600 graus centgrados, e para muitos
outros animais, o facto de suportarem temperaturas de 50 graus negativos, no os
condiciona. Apenas estes exemplos sero suficientes para que se entenda que o
leque de possibilidades de vida enorme.
Naturalmente que estas concluses no significam que a vida exista sorte e aos
pontaps. Apenas nos diz que o padro flexvel e que o milagre da vida no
aconteceu na Terra por vontade de ningum, sendo no entanto lgico e racional
pensar que a vida, na generalidade, prolifera pelo Universo, sem sombra de
dvida, o que no significa um argumento sustentado para advogar, sem mais
reservas, a ideia dos Discos Voadores ou dos OVNIs, como coisa banal.
Acontece porm que desde tempos remotos nos surgem referncias a fenmenos
celestes designando-os como um qualquer artefacto: crculos de fogo, carros e
cavalos de fogo, moradas de deuses, etc. Que pensar destes relatos ou de outros
tantos factos estranhos?
Para o passado podemos incluir fenmenos astronmicos, decerto na origem de
confuses: carros de fogo tambm podem ser cometas, mas no podemos ser to
extremistas, tendo em considerao alguns textos ainda misteriosos, como o
caso de algumas passagens bblicas.
No decorrer dos sculos, especialmente no Ocidente, outros fenmenos, por vezes
associados a artefactos estranhos, ganharam alguma credibilidade.
As coisas complicaram-se, a partir de meados do sculo XX, onde um pouco por
todo o mundo se somam vises ET!
37
Nos ltimos 60 anos, segundo clculos por baixo, ter-se-iam detectado cerca de
um milho de OVNIs. Grosso modo, isto a ser verdade, resultaria em 45,6
aparies por dia! Um trfego de hora de ponta! Ningum com bom senso poder
aceitar uma leitura deste gnero. Como diria o povo: nem tanto ao mar, nem tanto
terra; sendo as vagas devidas a fraudes, confuses e por a fora, pouco
credvel que tal seja possvel!
Se a nossa Terra j foi alguma vez palco do interesse de vizinhos csmicos? Direi
que sim, muito provavelmente! Mas, com o mesmo cuidado de sempre, apenas so
apelativos alguns casos. Iremos v-los mais frente.
Embora sem absolutas certezas, devemos equacionar seriamente essa hiptese,
mas no fazer dela um cavalo de batalha.
A clebre equao de Drake poder no responder concretamente questo dos
OVNIs, mas fornece os ingredientes necessrios para pensarmos na possibilidade
de existirem vizinhos na nossa Galxia, capazes de comunicarem.
Eis a equao: N = R* x fp x ne x fe x fi x fc x L, em que,
38
sobreviver a uma acelerao desse tipo, fosse qual fosse a criatura, mas mesmo
que isso fosse possvel, confrontar-se-iam com as condicionantes do espaotempo. A Teoria de Albert Einstein universal, aplica-se a qualquer lugar do
Universo, a qualquer criatura. Se assim fosse, a histria acabaria por aqui, e no
haveria suspeitas fundadas para duvidar. Certezas absolutas no existem. Se
existissem, ainda hoje pensaramos ser impossvel que um corpo mais pesado que
a gua nela pudesse flutuar. Contudo, sem o auxlio das nossas leis fsicas, s nos
possvel especular.
Uma coisa parece certa; existem perodos de acalmia, que funcionam como o
intervalo necessrio para que as criaturas que se distinguem do resto dos animais
tenham tempo para atingirem elevados nveis tecnolgicos e progredirem at aos
limites das suas capacidades. So perodos entre extremos, calculados em cerca de
200.000 anos; extremos em que as criaturas superiores no conseguem sobreviver.
A nossa Terra encontra-se, neste momento, em situao de calma aparente, o
que j dura h cerca de 150.000 anos. Isto significa que ainda nos resta o tempo
suficiente para talvez nos tornarmos exploradores csmicos, antes que a Terra nos
sacuda.
Tal significa pois, que as possveis grandes civilizaes csmicas tm os dias
contados Nada imortal e infinito.
Ser que, no nosso Universo, algumas das civilizaes comunicantes, como
definido na equao de Drake em fc, conseguiram ultrapassar o ponto L?
Teoricamente, a hiptese de vida inteligente e tecnologi-camente superior aumenta
medida que nos afastamos do nosso planeta, mergulhando sucessivamente em
zonas cada vez mais povoadas de estrelas; mas isso, segundo - e sempre as
nossas leis, inviabiliza as capacidades de vencer distncias colossais, em tempo
(sem falar de espao) til para a vida dos possveis cosmonautas, exploradores os
tais vizinhos.
40
42
Centenas
de
vezes!
Entramos assim na pura especulao.
Ser que alguma civilizao galctica conseguiu ultrapassar todas as barreiras (luz
includa)?
Tudo parece indicar que algumas civilizaes o conseguiram, mas escassssimas
excepes regra. Quem seriam e de onde teriam vindo?
Ningum poder afirmar seja o que for, apenas verificar a inviabilidade do cenrio
que nos chega de todo o lado, exceptuando os grandes inditos.
Os media conhecem todos os gigantescos avanos cientficos da civilizao
humana e todos os dias surgem maravilhas, mas a rea espacial ainda se
encontra muito longe dessas aventuras, s possveis nos filmes de fico cientfica.
At aos dias de hoje a criatura humana s conseguiu pisar o solo de um lugar
extraterrestre a Lua depois de muitos anos de trabalhos e ensaios, algumas
mortes e bilies de dlares. Naves robotizadas so outra coisa, no envolvem as
fragilidades da criatura humana, s necessitam de energia elctrica e depsitos de
combustvel (no muito volumosos). Assim, podem, a velocidades lentas, viajar
at aos confins do nosso Sistema Solar, sem problemas, levando anos na execuo
das suas misses, algo que seria muito problemtico se a misso fosse tripulada.
Uma tripulao exige outros recursos: espaos maiores e complexos sistemas de
sobrevivncia, para alm das capacidades fsicas e psicolgicas dessa equipa. Ar,
gua e alimentos so aspectos que tm de ser considerados quando existem
43
44
47
48
V - Casustica nacional
717
100%
49
Casos negativos
230
32%
Casos duvidosos
359
50%
107
5%
21
3%
Casos credveis
Observaes nocturnas
580
81%
Observaes diurnas
137
19%
179
25%
150
21%
Cilndrica
78
11%
Discoidal
64
9%
Ovide
61
8,5%
Esfrica
Disco voador
43
6%
11
1,5 %
29
4%
50
15 de Julho de 1979
Distribuio Nacional
51
Classificao segundo
Hynek (*)
a menos de 200 metros. Por seu turno, e dada a variedade de estmulos que
suscitam, os relatos so feitos a uma distncia menor do que nas categorias
precedentes. No primeiro sub-grupo, que se designa por EI/1, integram-se
aqueles onde no foi registada nenhuma interaco entre o Ovni e a testemunha
ou o ambiente, resultando apenas dessa observao, a curta distncia, uma
emoo bem ntida nos seres vivos.
e) Encontros Imediatos do 2. Grau (EI/2) : - A partir do momento em que
um "Ovni" deixa qualquer trao visvel da sua passagem, provocando efeitos
nos observadores ou no ambiente, estamos perante um caso do 2. Grau. Estes
efeitos concretizam-se de diversas formas: marcas no solo, que perduram
durante tempo varivel, calcinaes ou desidrataes das plantas ou dos solos,
comportamento anormal dos animais, sensaes de calor, paralisia temporria,
asfixia, aumento de peso, etc., entre um sem nmero de alteraes psicofisiolgicas nas testemunhas, cortes de energia ou abaixamentos de tenso nas
redes de distribuio, apagamento dos faris dos automveis e paragem dos
motores, interferncias do campo gravtico/magntico local, com sensaes de
falta de peso e efeitos de inrcia, como se a respectiva lei fosse
temporariamente anulada, etc.
f) Encontros Imediatos do 3. Grau (EI/3) : - aqui que se integram todas as
notificaes de seres ou criaturas aos quais genericamente se atribuem as
designaes de "ocupantes", "humanides" ou "ufonautas". Dos vrios gneros
ou tipos, assinalados por centenas de pessoas, alguns pretendem dizer que se
trata de seres vivos respirando a nossa atmosfera, enquanto que outros se
apresentam dotados de artefactos diversos, indicando um complemento ou
adaptao tanto ao gs respirvel como da presso atmosfrica e da gravidade.
Talvez outros apontem para um gnero de "robot" ou mesmo "andride",
especialmente preparado para misses cujas finalidades nos escapam. Uma
coisa certa: de um vasto conjunto de testemunhos, oriundos das mais
diferentes latitudes, naes, culturas ou classes sociais, extrai-se a presena
"aliengena" como complemento da actividade dos Ovnis, o que no quer dizer
que uma ou outra classe de seres observados no seja independente da ideia de
veculo que a presena dos Ovni implica. Haver entidades autnomas extraOvni ou todas elas sero reflexos mltiplos de existncias exteriores
Humanidade ? Que responda quem souber !
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Zonas de Incidncia
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VI - Regras do observador
forma, luminosidade, rudo, cor, plano de voo etc., suscite srias suspeitas de
que se est em presena de algo cuja natureza seja verdadeiramente incomum.
2 - A distncia do observador ao objecto observado, as condies
meteorolgicas, o campo de viso e o tempo de observao, so naturalmente
de extrema importncia para o resultado final, mas o seu conhecimento sobre a
variedade, caractersticas e comportamentos dos artefactos convencionais,
assim como o de outros "fenmenos" conhecidos e de um pouco de
conhecimentos astronmicos, podero ajudar a efectuar um bom depoimento e
resultar numa informao importante.
3 - Na maioria dos casos, muito do que no passa de vulgar confundido com
um "no identificado".
- Aeronaves civis e militares, especialmente durante o perodo nocturno.
- Satlites artificiais.
- Estrelas e planetas muito brilhantes.
- Queda de meteoritos.
- Passagem de meteoros (sem rota de coliso).
- Fenmenos de ionizao (perto de jazidas minerais, cabos elctricos de
alta voltagem em dias de temporal/humidade etc.).
- Fenmenos elctricos vrios (trovoadas e efeitos colaterais).
- Bales sonda (meteorolgicos), publicitrios e congneres.
- Bandos de aves ou insectos (formao compacta/ luminosidade reflexa).
- Reflexos luminosos em postes, placas, cabos etc.
- Focos e outras projeces de luz dirigida, cuja origem se desconhea ou no
seja visvel.
- Raios laser (discotecas, espectculos exteriores etc.), cuja origem no seja
..visvel.
- Fogos de artifcio, quando observados demasiado longe da origem.
- Nuvens compactas de formas bizarras.
- Para-quedistas, sobretudo a grandes distncias ou com m visibilidade.
- Sinais luminosos de embarcaes (very-ligths).
- Fogos fatuos ou de santelmo (dificilmente confundveis).
- Artefactos areos experimentais (raros no nosso Pas).
4 - O bom senso dever imperar sempre. Devemos, em qualquer circunstncia,
56
manter a calma a lucidez e o "sangue frio". Devemos ser racionais nas nossas
observaes, duvidar at ao ltimo momento, mas gravar em memria todos os
detalhes do que estamos observando.
Quando no tivermos absoluta certeza do que observamos, o melhor no nos
excitarmos e desconfiar sempre. A "nossa" ignorncia pode ser nossa inimiga.
O que se passa num cenrio que no dominamos inteiramente, deve merecer
especial cuidado.
5 - Em caso de observar um objecto que se enquadre na categoria dos "no
identificados" e que se encontre a menos de 1500m, dever-se- tomar em conta
e anotar:
- Local (zona do Pas, urbana/citadina/outra, caractersticas fsicas, altitude,
coordenadas etc.).
- Data/hora (registar comeo e fim da observao).
- Condies meteorolgicas (o mais detalhado possvel).
- Distncia aproximada do observador ao observado.
- Como se iniciou e como terminou a observao (altitude, azimutes etc.).
- Qual o aspecto do objecto observado (forma, luz, cor, rudo, odor, tipo de voo,
pormenores de estrutura etc.).
- Efeitos secundrios (no ambiente, no solo em objectos, em seres vivos ).
- Nmero de testemunhas (dados pessoais de cada uma).
- Executar um relatrio escrito mencionando todos os detalhes da observao
incluindo esboos ou desenhos do objecto e demais anotaes que ache
importantes e que enriqueam o testemunho.
- Na existncia de captao de imagem e som, referir esse material em anexo,
tendo em ateno: caractersticas dos aparelhos utilizados, tipo de material
usado, tempos de gravao ou exposio etc..
6 - Se lhe acontecer uma observao semelhante, mas muito prxima,
acompanhada da visualizao ou percepo de entidades antropomrficas
(facto rarssimo, mas nem de todo impossvel), dever redobrar os cuidados e
estar com o mximo de ateno.
No entre em excessos. Nem demasiado temerrio, nem demasiado temeroso.
Mantenha a calma, dominando as suas reaces naturais. Pare e pense. Seja frio
e racional. S assim poder dominar-se.
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59
Luz nocturna
EI-2
EI-3
- Satlites artificiais.
Fenmenos
elctricos
vrios
(trovoadas
efeitos
colaterais).
Raramente podero produzir efeitos estranhos como por exemplo, raios bola ou
globulares, mas mesmo assim fenmenos perfeitamente identificados e naturais
apesar da cincia ainda no os explicar cabalmente
- Bales sonda (meteorolgicos), publicitrios e congneres.
Este tipo de artefacto confunde muitas vezes o observador menos perspicaz ou
atento
Os bales sonda ou meteorolgicos, constitudos por material bastante leve e
elstico, tm uma forma arredondada e o seu dimetro raramente atinge os trs
metros. Aps cheio de hlio, lanado na atmosfera e movem-se ao sabor das
correntes de ar. As suas cores so claras (branco, creme etc.) e reflectem
naturalmente a luz solar. Pendurada ao balo, alguns metros abaixo, existe uma
pequena caixa onde se encontra o transmissor de dados. Essa caixa ao mover-se
aleatoriamente, lana reflexos solares em todas as direces.
Os bales estratosfricos, so de grandes dimenses, podendo atingir algumas
dezenas de metros de envergadura. Este tipo de aparelho, raramente utilizado,
sobretudo no nosso Pas.
Na generalidade, so objectos facilmente identificveis.
- Bandos de aves ou insectos (formao compacta/ luminosidade reflexa).
Bandos de aves ou nuvens de insectos (ou uma ave solitria de envergadura
mdia: gaivota p.ex.), podem reflectir, durante a noite, a luz envolvente de um
aglomerado populacional (aldeia, vila ou cidade), e dar a sensao de um corpo
luminoso, embora muito tnue.
S uma observao repentina e em condies muito adversas, poder induzir o
observador em erro.
63
67
Locais de interveno da
equipa de campo
1 - Gardunha
2 - Telhal
3 - Odixere
4 - Borralheira
5-Castelo de Paiva
No foi tarefa fcil criar uma tal equipa. Era uma experincia inteiramente
nova. Uma aco pioneira, nessa poca, em Portugal, embora mais tarde
surgissem experincias semelhantes em outros pontos do Mundo. De facto, em
3 de Janeiro de 1983, um ano depois da primeira aco portuguesa em terras do
Algarve, nascia uma ideia liderada pelo investigador Dr. J. Allen Hynek, que se
havia celebrizado na participao do controverso Blue Book Project, como
consultor da Fora Area Americana na rea dos UFOs (unidentified fliying
objects). Um livro polmico que parecia provar que os ovnis no podiam
invadir espao areo americano.
68
Por essa altura, o governo Norte Americano, depositava nele grande confiana
e esse estado de graa, projectou-o mundo fora, como um dos mais importantes
investigadores desses fenmenos areos e por isso, a sua ideia em criar uma
equipa de campo, foi acarinhada sem reservas.
Deste modo, deu-se incio ao Hessdalen Project, que foi de imediato apoiado
por alguns investigadores Suecos e Noruegueses; Leif Harvik, Odd Gunnar
Roed, Erling Strand, Hkan Ekstrand, Jan Fjellander, entre outros.
A 27 de Agosto de 1983, o projecto foi apresentado no 3 Congresso
Internacional da BUFORA (British Ufo Research Association, England) e
desde logo com o apoio incondicional da Norwegian Defense Research
Establishment (orgo oficial) e tambm das universidades de Oslo e Bergen
que contriburam com todo o apoio e com a construo do equipamento
exigido.
A ideia de Hynek era a mesma da equipa portuguesa e resumia-se a isto:
At agora no se tem estudado os ovnis, mas sim quem os diz ter visto. A
proposta visa o contrrio. Ver para crer.
Enquanto que de um lado existia todo o apoio, por estas bandas, s a carolice e
as crticas mordazes de alguns colegas de profisso, que alm de nunca terem
encorajado a ideia, apelidavam os pioneiros de atrazadinhos mentais.
Perante todas as adversidades, o projecto no foi abandonado.
Para continuar com esse projecto, eram requeridas aptides especiais a todos os
elementos desse grupo. Abria-se um horizonte novo recheado de situaes para
as quais se deveria ter uma aco, concertada, imediata e com um razovel
suporte cientfico.
Novos conceitos tiveram que ser adoptados, assim como propostas diferentes
de pesquisa tiveram, igualmente de ser projectadas, ensaiadas e executadas.
Avanou-se entre a realidade e a quase fico; um mundo de experincias
jamais imaginadas.
Conscientemente, todos os elementos da equipa sabiam que iriam enfrentar
bastantes dificuldades. Ter-se-ia que penetrar num territrio extremamente
69
1 - 1981
2 - 1982
3 - 1983 e 1984
No obstante todo esse enorme esforo, nada foi registado ou observado que
pudesse constituir matria de interesse, e de algum modo contribuir para um
parcial esclarecimento do mistrio.
70
72
73
Tenta-se aqui dividir em apenas 17 itens quase tudo o que pode ser confundido
com um ovni / nave, etc., mas, mesmo assim, ficaro por mencionar muitas
outras situaes, como natural.
74
77
78
Desde o famoso Sputnik (1957), aquela pequena esfera metlica que emitia um
sinal radioelctrico de bip-bip, que o Mundo se haveria de tornar diferente.
Coube ex-Unio Sovitica esse xito. O princpio de uma louca corrida a um
outro continente at a desconhecido: o espao prximo. Um terreno frtil
para serem colocados aparelhos destinados a inmeros fins, no s civis como
militares. Os satlites artificiais estavam na ordem do dia e nunca mais se parou
at hoje. J se passou meio sculo desde o inocente Sputnik, 50 anos de uso e
abuso, milhares e milhares de objectos em rbita terrestre.
Com eles apareceu o lixo espacial composto pelos detritos originrios pelo
desgaste desses aparelhos, ou pelo bombardeamento e impacto de micro
meteoritos naturais (ver item anterior). O resultado assustador: bilies de
pedaos metlicos e at de outros materiais (tinta inclusive). Destroos de
vrias dimenses e constituies, rebites e parafusos, fios, placas, vigas,
motores, escapes, depsitos vazios, antenas, redes metlicas, etc. etc. Milhes e
milhes de pequenos e grandes satlites, pedaos de instrumentos e muitos
aparelhos que ultrapassaram o seu prazo de validade.
Todos estes detritos e ainda alguns complexos operacionais situam-se numa
zona designada de rbita baixa, entre os 180 a 200 km at aos 900 km de
altitude. Esta ser a zona de trfego regular. O poder do nosso Mundo
reconheceu que a zona mais sensvel se situa muito mais acima, naquilo que se
designou pelo sector geostacionrio, entre os 35000 a 40000 km acima das
nossas cabeas.
Faamos um esforo para entender este espao de modo a visualizar o que de
facto se passa. Vamos supor que por cima das nossas cabeas existe uma esfera
concntrica com a Terra, uma espcie de manto que comea aos 180 km e
termina perto dos 40000 km de altitude. Este manto colossal pois tem cerca
de 35000 km de espessura; uma rea to gigantesca como cerca de 6000 vezes
maior que a superfcie terrestre e milhares de vezes maior que a superfcie
lunar. Para um observador na Terra, os satlites de maiores dimenses
aparentes, situam-se numa rbita baixa, como o caso da Estao Espacial
Internacional, que visualmente podemos observar como um ponto luminoso em
80
Existe, porm, uma gama de satlites que tm provocado alguns fenmenos que
espantam o comum cidado o caso da gama de satlites Iridium que
orbitam a Terra a uma distncia prxima dos 800 km de altitude ( mdia de 780
km). Nesse posicionamento, eles no esto fixos relativamente a um ponto
especfico da Terra. Circulam lentamente, recebendo e enviando sinais de
rdio. Estes satlites so utilizados nas telecomunicaes mais comuns, como
por exemplo nos telemveis. O aparelho, com cerca de 4,50 metros de
envergadura possui dois painis solares e uma espcie de espelhado rectangular
que serve de receptor e transmissor. a que reside o seu mmistrio. Em
condies particulares mas que so perfeitamente previsveis, esse painel pode
reflectir os raios solares e project-lo em direco Terra. Quando isto
acontece um observador no solo ver um intenso mas breve claro de luz
branca. A intensidade de brilho varivel mas pode atingir uma magnitude de
-8 (muito superior ao do planeta Vnus). Os flashes originados pelo satlite
Iridium tm estado na origem de algumas confuses, uma vez que, por noite e
por localidade, se podem observar dois ou mais. De todos os flashes
provocados pelos Iridium, 60% so diurnos e como tal dificilmente
observveis, sendo que apenas 20% so observveis em noites lmpidas.
Por ltimo, nenhum satlite pode ser detectado nos radares convencionais.
4 - Aeronaves convencionais (civis e militares)
A nossa civilizao tem desde os anos 50 aumentado desmesuradamente o
trfego areo. Neste incio de sculo quase impossvel calcular o seu nmero
j que existem diversos meios areos militares e essencialmente civis mas estes
ltimos abrangem uma faixa diversificada de modelos: comerciais de
passageiros ou carga, turismo, busca e salvamento, etc. So aeronaves
convencionais de aspecto fusiforme, helicpteros, ultra-leves, asa delta,
dirigveis, bales de ar quente
Um avio sugere imediatamente uma forma cilndrica alongada com duas
grandes asas laterais, um leme vertical na cauda juntamente com mais duas
pequenas asas, mas nem sempre assim acontece. O seu aspecto caracterstico,
82
88
conhecido,
pode,
95
pouco mais), mas a luminosidade que pisca, irradiada por ele, v-se a mais de
50 metros. Como qualquer insecto, pode voar em enxame, mais ou menos
compacto, mas o seu comportamento de voo irregular, nunca em nuvens
compactas. Entre a Primavera e o Vero vulgar observar este curioso
bichinho, que jamais foi confundido com um OVNI, mas j alimentou
algumas histrias de fantasia.
Incluiremos aqui, como animais luminosos, outras espcies que, por vezes,
so observadas superfcie.
O fsforo um elemento que faz parte integrante dos organismos vivos, numa
situao directa ou indirectaExiste na natureza, por exemplo, em forma de
fosfato. Encontra-se nos ossos dos animais, no sistema nervoso e na urina. De
igual forma se encontra nos rgos reprodutores dos peixes. luminoso e
extremamente inflamvel. Este elemento simples, smbolo qumico P e nmero
atmico = 15, ligeiramente ambreado (branco/amarelo). No seu estado
natural e nas situaes descritas, produz uma luminosidade suave mas ntida,
sobretudo no escuro.
Em situaes espordicas, algumas zonas costeiras podem apresentar
luminescncias estranhas. A maioria das vezes, esse fenmeno deve-se
presena de criaturas marinhas, em quantidades colossaispeixes, medusas e
outros, que do costa em estado de putrefaco. Essa luminosidade anormal,
observada beira mar ou perto dela, tem provocado algumas interpretaes
erradas.
As pirrfitas so algas minsculas e geralmente marinhas. Algumas tm a
capacidade de emitir luz. Em noites escuras, podero ver-se pontinhos
luminosos nas ondas do mar, quando bilies destes animaizinhos do costa.
So as pirrfitas nocticula, apresentando um fenmeno conhecido por
bioluminescncia. Tambm provocam outro fenmeno, conhecido por mar
vermelha, que de dia apenas apresenta essa colorao.
15 Fogo-ftuo / gases do pntano
103
17 Diversos
Tudo o que pode ter escapado tentativa de dividir algumas curiosidades, em
argumentos justificativos da presena de naves extraterrestres, encontra aqui
o seu lugar especial.
Neste derradeiro item, podemos incluir manifestaes como os fogos-ftuos,
descargas de detritos, provenientes de aeronaves convencionais - em voo acima
dos corredores areos nacionais chuvas de objectos diversos, aps o
desencadeamento de fenmenos extremos da natureza (tornados e ciclones de
elevado grau destrutivo), halos estranhos em volta do sol, seces limitadas de
um simples arco-ris, que por efeitos nebulosos se apresentam invulgares,
luminosidades raras em vulgares nuvens, etc., etc.
Nota Final
Como pudemos analisar, a esmagadora maioria dos OVNIS tm uma
explicao lgica e cientfica. Caber a cada um de ns o cuidado de observar
as coisas estranhas com um esprito muito crtico e a vontade de no criar
mistrios avulsos, quando eles praticamente no existem.
Sejamos razoveis, comedidos, desconfiados, realistas. Se formos testemunhas
de algo nunca visto em nossas vidas, mantenhamos o sangue frio, o
discernimento, e registemos todos os detalhes possveis, sejamos rigorosos e
pragmticos: Data, hora, local, condies meteorolgicas, tipo de fenmeno,
etc., devidamente descritos. Depois, devidamente encaminhados para as
organizaes credveis, as quais ajudaro a decifrar as dvidas do observador.
Faamos sempre como o advogado do diabo. Tentemos encontrar uma
explicao para o nosso mistrio. Esgotemos todas as possibilidades de
resposta para aquilo que desconhecemos e provavelmente iremos concluir que
o nosso mistrio no conforme inicialmente imaginvamos.
105
Este resumo ajudar a fazer essa seleco, imprescindvel para que no nos
iludamos. Procuremos saber o que pode ter sido e no nos preocupemos
demasiadamente.
O que pode no ter sido, ser o resultado de uma anlise minimamente
consciente/cientfica. Para chegarmos a esse ponto, a nossa observao ter que
passar por um apertado crivo; aquele que aqui apresentado e mesmo assim
devemos contar com mais de 50% de probabilidades de uma falsa observao.
1 - Local onde a
suposta nave teria
colidido de raspo com
o solo
2 - Local do
despenhamento
107
108
Para a grande Amrica, possuir uma (ou mais) naves extraterrestres, assim
como os corpos dos seus tripulantes, significaria possuir um verdadeiro
manancial de novos dados cientficos e tecnolgicos. Significaria um
argumento de peso na sua estratgia persuasiva, contra os seus potenciais
rivais.
Do ponto de vista militar e tecnolgico, possuir de facto todo esse material
seria sem dvida uma arma intimidatria que suscitaria no Mundo a psicose
conveniente ou despertaria o velho papo da guerra fria!
A Amrica detentora de uma aeronutica insupervel! Tendo em sua posse um
desses engenhos, teria a supremacia total do Planeta.
Esta uma situao que, ao governo americano, lhe confere uma certa
tranquilidade. A dvida apresenta-se como verdadeira aliada. Verdade,
mentira... ...Porventura, talvez, porque no?...
A realidade, porm, volvidos todos estes anos, revela que da Amrica no
surgiu nada de verdadeiramente extraordinrio que pudesse justificar a posse de
tamanho valor cientfico/tecnolgico. Antes pelo contrrio. Roswell virou local
de culto, de romarias, de promessas e de um comrcio aberrante, com toda a
carga negativa subjacente.
Roswell passou a Ftima americana!
ANLISE DOS ACONTECIMENTOS
DADOS COMPLEMENTARES
Nmero de pessoas envolvidas directa ou indirectamente no caso (dados ao
incio das investigaes, finais da dcada de quarenta = 79 - constantes em toda
a documentao)
- 34 elementos civis
- 3 investigadores independentes
- 7 elementos civis com elevados cargos pblicos
109
111
Desde princpios dos anos quarenta, que a civilizao mais evoluda do nosso
planeta, se tem vindo a confrontar com os reflexos possveis da sua prpria
imaginao. Do progressivo conhecimento tcnico e cientfico e naturalmente
das conquistas inimaginveis que tal processo possa vir a atingir.
Assim, a possibilidade do nosso planeta estar sendo visitado ou vigiado por
entidades extraterrestres aceitvel, possvel, de acordo com essa filosofia.
Alguns fenmenos inexplicveis, crenas, mitos, lendas e histrias, bem como
alguma literatura, filmes etc., acabaram por fornecer um aparente suporte
consistente a essas convices, transformando-as em algo de verdadeiramente
possvel e real.
A esmagadora maioria, dos casos estudados pelos investigadores de
ovniogia, possui esta carga inicial! So eventos pouco credveis por
consequente falta de rigor e de baixos nveis de credibilidade e de estranheza.
Alguns sectores da Astronomia, em determinada altura (incios do sculo
vinte), contriburam, inadvertidamente, por simples ignorncia, para uma ideia
falsa que no s criou uma verdadeira psicose extraterrestre, como, ainda hoje,
povoa negativamente o imaginrio de muitos de ns.
Pode-se, pois concluir que o fenmeno ovni dentro da esfera de uma
manifestao extraterrestre, traduz uma parcela nfima de relatos, que podero
apontar para essa hiptese.
No entanto, o suficiente para justificar todo o empenho desenvolvido, por
aqueles que, como ns, em todo o mundo, continuam atentos e trabalhando
arduamente procura de respostas.
Por isso, de admitir que alguns casos possam ser indicadores de uma tentativa
de aproximao de vizinhos csmicos.
As estatsticas de relatos credveis, que parecem apontar para manifestaes de
origem aliengena so, no entanto, como foi referido, um nmero mnimo, de
112
idntico!
No se vislumbra, porm, que to cedo seja possvel utilizar outro meio, do que
os velhos e limitados propulsantes qumicos.
Do ponto de vista militar (rea to vital para os E.U.A.), tambm nada surgiu
de francamente importante no captulo da sua fora area!
no mnimo revelador de que tudo o que de novo tem surgido se deve apenas
ao natural percurso das pesquisas e ensaios nessas reas. Nada mais!
O argumento utilizado para justificar a demora em decifrar e compreender todo
esse material, parece-nos um falso argumento.
O pressuposto especulativo e ficcionista de que a tecnologia utilizada por essa
civilizao extraterrestre , comparativamente nossa inimaginavelmente
avanada, pode conter algo de verdadeiro, mas o facto de no se ter retirado
quaisquer dividendos significativos em termos tecnolgicos, ao fim de mais de
meio sculo, j no nos parece aceitvel.
A nossa espcie j ultrapassou, h muito, o estado primitivo!
Toda a vivncia tecnolgica terrestre est sustentada pelos princpios bsicos
das leis que regem a natureza e muito h ainda que descobrir, mas neste estgio
evolutivo, em que se equacionam novssimas formas de criao e em que a
filosofia cientfica constri novos mtodos e horizontes, no faz sentido a
desculpa de: no temos capacidade para entender nada disto!...Ponto final.
Todo o progresso evolutivo terrestre deve-se naturalmente a um acumular
progressivo e natural de conhecimentos, saberes e experincias. Eles devem-se
globalidade da inteligncia e criatividade humanas.
O motor a jacto, a manipulao do tomo, os progressos nas reas da
astrofsica, da biologia, da medicina, da qumica, das vrias engenharias etc.,
etc., so o resultado dessa dinmica.
Os avanos espectaculares hoje conhecidos, tm normalmente origem em
antigas reflexes e experincias. O computador, as telecomunicaes, a
120
aos que julgamos estarem correctos ou aos que correspondem aos nossos
desejos.
- Francamente no podemos imaginar quais os objectivos que uma outra
civilizao possa ter relativamente ao seu programa espacial.
- Temos que admitir ser possvel a existncia de veculos espaciais
aliengenas, e que estes nos possam visitar.
- Temos tambm que admitir a existncia de procedimentos contrrios ou
diferentes dos que julgamos correctos.
- Embora os nossos actuais conhecimentos nos refiram serem escassos os
lugares prximos em que condies de vida superior possam existir, teremos
que admitir essa vaga possibilidade e por outro lado a possibilidade de outra
civilizao ter ultrapassado as barreiras espao/tempo.
- Vamos admitir que um pequeno veculo, tal como nos descrito, tenha a
possibilidade de percorrer o espao, sem limitaes.
- Admitamos que os pilotos dessa nave fossem seres hbridos, robots ou
outro tipo de criatura semelhante. Neste caso, no seria necessrio espao para
armazenar os respectivos consumveis. Acontece porm, que as criaturas
descritas, seriam seres biolgicos, criaturas humanides, o que reduz a zero
este argumento.
- Os motivos que originaram o despenhamento da suposta nave, podem ter
sido vrios: avaria por defeito, avaria causada por um agente exterior natural (a
referida tempestade elctrica), erro de pilotagem, ter sido abatida pelas tropas
Americanas. Qualquer uma delas nos parece muito pouco provvel.
- Dos possveis motivos, aquele que nos parece mais plausvel de avaria
causada por um agente exterior natural, talvez algum efeito fsico terrestre;
presso, gravidade...
Mais uma vez a contradio: quem se prepara para uma odisseia espacial, tem
naturalmente a noo do que poder encontrar e dever ter todos os meios
capazes de os ultrapassar. O erro humano pode pesar, e vamos consider-lo
como nico elemento possvel.
Estas hipteses apontadas como possveis argumentos justificativos para o
despenhamento de uma nave aliengena em Roswell, so os nicos que
encontramos, mas mesmo assim no se nos afiguram suficientes para
credibilizar o evento.
OPINIES
122
Este ltimo factor muito importante, uma vez que influencia quase que
inconscientemente a opinio e o discurso de muita gente, sobretudo dos
investigadores.
A investigao ovnilgica enferma infelizmente deste tipo de posio,
conduzindo-a nefastamente para percursos pouco claros, afastando-a dos
padres cientficos.
A religiosidade, as crenas e os desejos ficcionistas de certos investigadores,
tm-lhes impedido de analisar com objectividade e coerncia, muitas destas
manifestaes anmalas.
A bem da investigao relativa a este tipo de fenomenologia, importante
denunciar que seguramente a esmagadora maioria dos indivduos interessados
pelo fenmeno dos no identificados, muitos deles desenvolvendo trabalhos
de investigao, tm como crena intrnseca e pragmtica a origem
extraterrestre, como base de argumentao, de trabalho e de discurso.
A partir deste pressuposto, tudo possvel, mesmo que as evidncias
demonstrem o contrrio. Toda a histria da ovnilogia est repleta deste
efeito.
Assim, no ser de estranhar que alguns acontecimentos do frum ovnilgico
fiquem envoltos na capa do obscurantismo, das crenas individuais e do
misticismo colectivo, cego s dedues coerentes, lgicas, cientficas e
racionais.
Em nosso entender, e at provas concretas em contrrio, o caso de Roswell,
enquadra-se perfeitamente neste contexto.
Torna-se urgente criar nos espritos de todos os investigadores a ideia de que o
caminho correcto para se chegar a bom termo, passa pela anlise objectiva e
criteriosa do material a investigar. No adianta mentirmos a ns prprios,
acalentando falsas iluses.
Sobre Roswell, o dossier continuar em aberto, aguardando novos
desenvolvimentos. At l, este caso ir engrossar a longa lista dos de
124
Referncia a Roswell
Revista "TV Mais" 7-10-2001
125
126
X Ftima
Introduo e resumo
Corria o ano de 1917, estava-se em Portugal, um Pas pobre e inculto, que
atravessava uma das maiores crises da sua histria. As profundas convulses
polticas a par com o subdesenvolvimento de uma sociedade essencialmente
rural, o poder religioso debatendo-se entre a incerteza da continuidade, o
gigantesco esforo de guerra nas frentes sangrentas dos campos de batalha
franceses, a peste que dizimava o povo, a falta de recursos e o natural
afastamento das realidades sociais e filosficas desse momento histrico no
resto do Mundo, o isolamento que se vivia a quase todos os nveis, criaram a
vulnerabilidade que iria proporcionar as interpretaes surgidas aps um
conjunto de fenmenos ocorridos numa zona rural apagada, longe dos centros
urbanos sem quaisquer meios. Habitada por pacatos aldees, sem cultura e
instruo, profundamente devotos ao cristianismo, ingnuos e crdulos, dentro
da sua simplicidade, num cenrio buclico e parado num tempo de mudana
real mas inimaginada, iria acontecer um dos factos mais importantes da histria
das experincias humanas.
127
129
PUFOI:
E tudo parece ter acontecido no dia 13 de Maio de 1917 e continuou
sempre nesses dias, at Outubro desse ano. Existem contudo referncias de
vises anteriores, referenciadas como sendo anjos. Um pr-contacto?
Explica-nos a cronologia de todos os acontecimentos.
Fina DArmada:
Antes de tudo isso, existe um facto intrigante. Os espritas deixaram escrito em
alguns jornais da altura, (no dia 10 de Maro no Dirio de Notcias e no prprio
13 de Maio, no Jornal de Notcias, Liberdade e Primeiro de Janeiro), que
haviam recebido mensagens de algures, uma delas assinada por Stella
Matutina, e que essas mensagens, do tipo escrita automtica invertida (s
possvel decifrar atravs do seu reflexo no espelho), anunciavam um facto
extraordinrio que iria acontecer a 13 de Maio desse ano. A este facto
chamamos o pr-anncio. As mensagens iniciaram-se em 7 de Fevereiro desse
ano.
Os espritas relacionaram-nas com a grande guerra (1 guerra 1914/1918).
Isto significa a inexistncia de uma fraude, ou ento que teriam sido os espritas
os seus autores! Ora nada nem ningum, por essa altura, seria capaz de fazer
aquilo!
PUFOI:
Vamo-nos situar pois no local dos acontecimentos e no dia 13 de Maio de
1917. Como que tudo aconteceu?
Fina DArmada:
A Lcia, uma dos trs videntes (Jacinta e Francisco foram os outros), disse que
foi na Serra (Serra de Aire), onde costumavam guardar as ovelhas.
Foi no dia 13 de Maio, pelo meio dia solar. As crianas viram um relmpago.
Pensando que iria desencadear-se uma trovoada, comearam a juntar o gado.
De repente olharam para cima de uma azinheira e viram uma entidade! Era uma
figura de aspecto humano de sexo feminino, com 1,10m de altura, aparentando
ter 12 a 15 anos de idade. Muito bela, luminosa (corpo e vesturio), esttica,
imvel, vestida com vestido branco aos quadradinhos de luz, justo ao corpo,
com saia pelo joelho e uma capa. Trazia uma bola luminosa cinta e na mo
algo em forma de rosrio ou cromossoma feminino. Parecia ter argolas nas
zonas laterais do rosto, junto aos ombros. Na cabea havia luz. Falava mas no
mexia a boca. Parecia uma boneca. Segundo palavras do Francisco; no mexia
132
PUFOI:
Em alguns dos casos dos no identificados existem referncias queda
desse tipo de substncia fibrosa em forma de fios que em contacto com as
mos, por exemplo, se desfaz. Raul Berenguel, (estudioso destes
fenmenos) apelidou-a de fibralvina.
Que outros testemunhos?
134
Fina DArmada:
Um dos primeiros efeitos verificou-se na copa da azinheira (antes do povo
arrancar as folhas como recordao).
Essa copa tinha um crculo com uns trinta centmetros de dimetro, como se
fosse as abas dum chapu de homem, onde as folhas estavam viradas para
cima!... Isto tratou-se de um fenmeno fsico!
Veio o ms de Agosto e o administrador de Vila Nova de Ourm decidiu tomar
rdeas naquilo. Pegou nas trs crianas e, no dia 13 de Agosto de 1917,
levou-os para sua casa. O fenmeno deu-se hora prevista, mas como no
estavam ali os contactados, s o povo que ali estava assistiu. Viram objectos
no ar, viram nuvens fora do comum, viram cores, ouviram o trovo etc., s no
viram a entidade. A 19 do mesmo ms, a entidade apareceu s aos trs
videntes.
Em 13 de Setembro, devido ao fiasco do ms anterior, aconteceu um novo
fenmeno. Antes da costumada apario da mulherzinha, apareceram umas
bolas luminosas, como que para se assegurarem do sucesso do contacto. No
seriam muito grandes, pois as pessoas chamaram-lhes ovos, outros
lgrimas... Algo luminoso que deixava rasto. Uma dessas coisas tocou no
rosto de uma das pessoas presentes!
Depois disto que se deu a apario.
Foi nesse ms que apareceu o cnego Formigo, mais tarde o primeiro cronista
de Ftima. Ele referiu uma diminuio da luz solar durante o contacto (cerca de
10 minutos).
Tambm, segundo os videntes, a entidade ao partir, virava-lhes as costas
(rodopiava sobre si) e, segundo a Jacinta, entrava pelo cu adentro.
Jacinta dizia: olha, j se fecharam as portas! L dentro a Jacinta dizia que
havia umas luzes, como rosas albardeiras. Essa flor como um pequeno boto.
As portas fecharam-se e os ps quase que ficavam entalados - dizia.
PUFOI:
Voltemos de novo aos supostos pr-contactos, ou seja, aos pequenos seres
que teriam aparecido antes do primeiro contacto de 13 de Maio de 1917, os
chamados anjos. O que se passou efectivamente?
Fina DArmada:
Do ponto de vista histrico e religioso, esses eventos no podem ser
considerados. Lcia referiu-se a eles, s que 20 anos depois!
PUFOI:
135
referncias iniciais nos merecem algum crdito e porque pode ter existido
de facto um vazio no crebro da ltima vidente viva, talvez seja a razo
pela qual ela s o tenha referido tanto tempo depois, mesmo com outro
sentido. Parece-te lgico este raciocnio?
Fina DArmada:
Tudo assim o indica. A tese ovnilgica admite situaes semelhantes. No me
custa aceitar.
PUFOI:
As referncias que existem indicam que Ftima teria comeado em 1916,
precisamente com a viso desses anjos e culminado em 13 de Outubro de
1917. havendo, no entanto mais alguns fenmenos de queda de
filamentos, alguns anos mais tarde. Foi portanto um longo perodo de
contacto. Isto d muito que pensar...
Tendo sido, talvez aparentemente, o dia 13 de Outubro o culminar de toda
a histria, fala-nos desse dia.
Fina DArmada:
Realmente, o culminar de toda a srie de fenmenos aconteceu em 13 de
Outubro de 1917. Foi o chamado milagre do Sol. Foi algo que ningum na
Terra conseguiria reproduzir, fazer ou criar.... Fosse quem fosse, a favor ou
contra a Igreja. At porque foi um fenmeno previsto.
Na verdade, Lcia era inculta mas inteligente, e havia pedido entidade que
lhes aparecia que fizesse um milagre. A entidade disse que o faria trs meses
depois, nesse 13 de Outubro. Foi assim que, nesse dia, se reuniram nesse local,
entre 50 a 70 mil pessoas vindas de diferentes pontos do pas! Muitas delas,
sobretudo os jornalistas, no foram seduzidas pelas aparies, foram ao local
por curiosidade e na esperana de verem algo de extraordinrio. Foram pelo
imprevisto.
Ningum poderia prever o que iria acontecer, nem da rea cientifica,
astrnomos, meteorologistas, fosse quem fosse...Nem hoje seria possvel!
Para l foi gente de todas as classes sociais, com as mais diversas convices e
motivaes. Indiferentemente das crenas polticas ou religiosas. Foram
cristos e ateus, ricos e pobres, intelectuais e analfabetos. Gente do povo,
professores, homens de letras, polticos, jornalistas... Foram a p, de bicicleta,
de carroa, de automvel. Estava ali uma amostra magnfica da sociedade do
tempo.
137
PUFOI:
Desse tempo, mas de uma cultura especfica no contexto Mundial. Se os
acontecimentos tivessem sido em outro lugar?
Fina DArmada:
Se tivessem acontecido no Mundo Catlico, provavelmente o mesmo. Teriam
tido a mesma leitura. Se tivessem acontecido noutro lugar do Mundo, onde
existissem outras crenas e outras filosofias, seria interpretado de acordo com
essas convices. No Mundo Catlico e particularmente em Portugal, nesse
momento histrico, uma senhora que desce dos cus, quem mais poderia ser
seno Nossa Senhora, me de Jesus Cristo?
Lcia, desde o principio que sempre afirmou: eu no disse que era N. Sr., eu
disse que era uma mulherzinha bonita!
PUFOI:
Isto foi apenas um aparte. Continua por favor com a tua descrio.
Fina DArmada:
O povo precisava de algo que consolidasse as suas crenas ancestrais. Nesse
dia, j existiam pagelas venda com a imagem de uma Nossa Senhora, dos
videntes e dos soldados que combatiam em Frana...!
Eu insisto nisto porque muito importante analisar os factos do ponto de vista
histrico.
Nesse dia o tempo estava mau. Chovia, o cu estava encoberto e o terreno todo
enlameado.
Como nota, estavam l fotgrafos que nada conseguiram captar, para alm das
pessoas.
Era meio dia solar quando viram surgir uma nuvem de nascente, diferente de
todas as outras. Essa nuvem parou por cima da azinheira. O tal Gilberto dos
Santos, que tambm l estava, viu surgir a rampa.
Deu-se a apario, s vista pelos videntes, como sempre junto azinheira.
A entidade deu-lhes uma informao falsa, disse que a guerra iria acabar aquele
dia, o que no aconteceu e em minha opinio foi propositado...
PUFOI:
Porqu uma mensagem falsa? Qual o propsito?
Fina DArmada:
A entidade quis provar indirectamente que no era Nossa Senhora. Se o fosse
138
no mentia!
Entretanto a multido, depois de terminado o contacto, a entidade recolheu,
como sempre, l para cima e aconteceu o milagre.
Como se sabe estava l muita gente e existe uma enorme riqueza de
testemunhos.
A nuvem que ali pairava, abriu-se, como os panos de um teatro, deixando ver
uma esfera luminosa ou um disco de prata fosca. Alis, as definies so
bastantes, como a Lua, bola, redondo, circular, hstia, colher, enfim, algo de
forma esfrica. Isto foi a descrio geral.
Curiosamente existe o relato de um engenheiro, que o descreve como um
objecto que parecia magntico, cuja periferia circulava, irradiando luzes de
vrias cores, embora s irisado da parte detrs. A essas luzes e cores, houve
quem comparasse a fogo de artifcio.
De repente deixou de chover. O objecto executou vrias manobras, descendo a
determinada altura, sobrevoando a multido a pouca altitude.
Na faixa de terreno por onde passou o objecto, quando se aproximou das
pessoas, estas sentiram calor e as suas roupas ficaram secas.
Suponho que tenha havido ali uma enorme energia proveniente do objecto.
evidente que as pessoas que no se encontravam nesse corredor, nada
sentiram.
Houve tambm curas inexplicveis, sem as terem pedido, e avarias mecnicas.
PUFOI:
Que tipo de curas?
Fina DArmada:
Cicatrizes (a maior parte da guerra), inchaos de barriga, quistos, paludismo,
gripes...
PUFOI:
Como que tudo terminou?
Fina DArmada:
Foi quando as pessoas viram gente dentro do objecto... Este tornou-se
transparente. Viram trs pessoas e identificaram-nas com a Sagrada
Famlia, acenando ou abenoando a multido. Lcia disse ter visto um homem
da cintura para cima, tendo-lhe vindo ideia ser Nosso Senhor.
O povo ajoelhou-se na lama e foi a euforia quase geral.
PUFOI:
139
etc..
Havia ali de tudo!
PUFOI:
Isso significa que o propsito desse contacto, em tua opinio, foi
conseguido?
Fina DArmada:
Penso que houve um imprevisto entre o plano e o resultado, embora tivesse
sido um objectivo muito bem planeado, cujos resultados acabaram, decerto, por
serem positivos.
Eles actuaram dentro da nossa esfera. Penso que essa gente/civilizao,
esperaria que algum, com mais saber, acabasse por aparecer, o que no
aconteceu. De contrrio, tudo poderia ter sido diferente.
PUFOI:
Sempre se falou num segredo que teria sido revelado aos videntes. Seria
apenas para nos provar que existem outras civilizaes fora da Terra, em
outros lugares?
Fina DArmada:
No propriamente. Para alm disso, quiseram perpetuar o lugar, entendem...
PUFOI:
Segredo ou mensagem? Preferimos entender que tivesse sido uma
mensagem. A Igreja Catlica fala em segredo e j o revelou. Esse segredo
revelado traduz, em tua opinio, a verdade?
Fina DArmada:
No. A certa altura, eu e o Joaquim Fernandes chegamos a uma concluso...
Mas por enquanto achamos melhor nada dizer sobre isso.
PUFOI:
Porqu essa posio to radical?
Fina DArmada:
No ser nada fcil, porque as pessoas tm uma ideia negativa dos deuses que
s existem para castigar, da se aliar o segredo a desgraas, catstrofes, tiros em
Papas... E quem apareceu em Ftima trouxe uma mensagem positiva, bonita,
duvido que as pessoas aceitem, porque elas prprias tm uma ideia negativa de
si mesmas, consideram-se pecadores, que merecem ser castigados.
141
PUFOI:
A Igreja j se manifestou e tu dizes que a sociedade no est preparada.
Em posse desse segredo ou melhor dizendo da mensagem, a Igreja no a
conseguiu interpretar ou no o quis fazer?
Ou entre a espada e a parede, sabendo o verdadeiro contedo da
mensagem, ao divulg-la, iriam reconhecer um tremendo erro?
Fina DArmada:
No, a Igreja no conseguiu interpretar o segredo. Eles pegaram nele e
interpretaram-no dentro dos conceitos do cristianismo. De dentro para fora.
uma viso hermtica. No sairo da...Esto cercados! Foram de encontro aos
catlicos que - perdoe-lhes Deus - preferem ver em Nossa Senhora uma
madrinha da Mafia que contrata criminosos turcos para dar tiros aos Papas.
Os fenmenos de Ftima, so algo que pertence Humanidade! Tm que ser
entendidos por quem consiga olhar para a Terra do lado de fora!
PUFOI:
Se bem se entende, a Igreja, pode at duvidar intimamente de que no
fundo, todos os fenmenos no tenham sido prodgios Divinos.
Pressionados por um lado e satisfeitos por outro, mantm a sua verso.
Entretanto, Ftima o Altar do Mundo, isso rende astronmicos
dividendos. Mesmo sabendo a verdadeira verdade, j seria tarde para
voltar a trs. Ser isso?
Fina DArmada:
Igreja to consciente desse facto, que pegou em toda a documentao e
tornou-a secreta. A Igreja sabe que esses documentos no dizem respeito a
nenhuma N. Sr. Catlica. Mas o papel dela muito difcil. Acho que no pode
voltar atrs
142
PUFOI:
Voltaremos mais adiante a este tema, por ora, gostaria que
retrocedssemos e que nos falasses sobre os relatrios e inquritos iniciais.
Fina DArmada:
A primeira pessoa que recolheu os testemunhos dos videntes foi, como seria
natural, o proco da freguesia, o proco Manuel Marques Ferreira.
Fez um relatrio e acabou por abandonar a aldeia. Foi o inqurito paroquial,
feito em 1917 e enviado ao patriarcado em 28 de Abril de 1919.
Mais tarde, a Lcia disse que ele no queria assumir a responsabilidade dos
factos.
O cnego Formigo, que, como j referi, foi o primeiro historiador de Ftima,
deixou muito material na gaveta. Detalhes muito incmodos para a Igreja.
Publicou uns sete livros, mas guardou tudo o que fosse incmodo.
Agora, subtraindo o povo que queria que Ftima fosse um acontecimento
Divino, os Jesutas, como confessores da Lcia (nica testemunha viva),
levaram-na a escrever as tais memrias.
PUFOI:
Lcia, enclausurada e incomunicvel, desde, se no erramos, 1921 at aos
nossos dias, dificilmente poderia ter outra sada que no fosse interiorizar
os factos como Divinos!
Fina DArmada:
Como disse, foram os Jesutas que a levaram a escrever essa narrativa, uma
nova verso dos acontecimentos. Nessa histria, Lcia j no refere a
mulherzinha bonita, que no sabe quem , mas j diz que se tratou de Nossa
senhora, me de Jesus!
Surge essa imagem, como figura principal e tambm com uma mensagem
catlica!
PUFOI:
A imagem que hoje conhecemos da entidade que apareceu em 1917 tem
algo a ver com a entidade descrita logo no incio das aparies?
Fina DArmada:
No. Nada tem a ver com a realidade descrita em 1917.
entidade descrita, o padre que inicialmente fez o relatrio, alterou a
descrio. Felizmente que deixou um rascunho, do que os videntes haviam
visto. Esses rascunhos foram oferecidos ao Santurio na dcada de oitenta e
publicados em 1992 e 1999. Antes eu havia lido os relatrios passados a limpo.
143
PUFOI:
Recapitulando, para finalizar:
1 - Qual o verdadeiro papel dos Jesutas na histria conhecida?
2 - Algum dos videntes acabou por saber quem era aquela entidade?
3 - Quais as mensagens significativas transmitidas pela entidade aos
videntes, durante todas as aparies?
Fina DArmada:
Relativamente primeira questo, os Jesutas sempre foram os confessores de
Lcia durante o exlio forado. Claro que influenciaram a testemunha, de
acordo com a sua filosofia. Na segunda questo, nenhum dos videntes acabou
por saber a identidade e a provenincia do ser.
Numa altura, questionada sobre isso, a entidade limitou-se a apontar para cima,
com o dedo, para o cu. Isto nada significa.
Quanto terceira questo, foram sugeridos alguns conselhos, como o de
aprender a ler, ou para rezarem. Curiosamente ter-lhes-ia dito para rezarem
Senhora do Rosrio. No lhes disse: rezem a mim que sou a Senhora do
Rosrio! algo completamente diferente.
PUFOI:
Consta que a verdadeira me de Jesus morreu com alguma idade. Como
poderia aparecer com aspecto de uma menina?
Fina DArmada:
Quem quiser acreditar, acredite!... Mas continuando, a ter aparecido a me de
Jesus, isso inverte os valores patriarcais, nos quais a Igreja Catlica assenta.
Lcia, nas suas memrias afirma que a entidade dizia: Rezem a N. Senhora,
que s Ela vos pode valer. Quanto sei, isso contraria as bases do prprio
cristianismo, pois Nossa Senhora, me de Jesus Cristo, est c em baixo no
fundo da pirmide. Primeiro est Deus, depois Cristo... Ela a ltima
Ela teria invertido essa pirmide, colocando-se no topo!
PUFOI:
A ltima questo: Seres de tecnologia muito avanada, oriundos de um
outro sistema solar, mas no Deuses. Estudaram-nos, deram-nos alguns
conselhos, deixaram uma mensagem, apresentaram-nos um espectculo
deslumbrante e partiram misteriosamente, sem se saber quem eram e de
onde vinham. Concluses finais?
Fina DArmada:
145
So essas que disseram. Penso que o que aconteceu em Ftima foi uma
interveno, um contacto de uma qualquer civilizao muito avanada.
Deixaram uma mensagem para ser interpretada mais tarde... Perpetuando o
lugar, este no cairia no esquecimento, para existir esse mais tarde. Foi um
acontecimento extraordinrio, intemporal. Foi algo dirigido a toda a
Humanidade. Deixaram-nos tambm todos os procedimentos de um contacto
desnivelado para, um dia, ns os utilizarmos numa situao em que sejamos os
protagonistas.
PUFOI:
Uma srie de aces muito pouco Divinas...E a vossa concluso da
mensagem/segredo?
Para quando?
Fina DArmada:
A seu tempo divulgaremos as concluses do nosso raciocnio. Fica a promessa!
PUFOI:
Quando, como e porqu surgiu a ideia de pegar em Ftima, um assunto
quase que encerrado, e ressuscit-lo?
Joaquim Fernandes:
A ideia surgiu por volta de 1975-6 quando a propus Fina dArmada.
Aconteceu numa poca propcia a descobertas, na esteira do que algumas pistas
que ela havia entreaberto em relao a interpretaes relativos Bblia, em
textos publicados na revista Inslito, editada pelo CEAFI e de que eu era um
dos responsveis.
PUFOI:
No incio do vosso trabalho, tiveste a percepo de que Ftima no podia
ser o que a Igreja dizia, que teria que ser algo s explicado por uma anlise
objectiva, racional e cientfica.
Quase no fim do vosso trabalho de pesquisa, achas que Ftima te
revelou
algo
mais
do
que
inicialmente
havias
prvisto?
Joaquim Fernandes:
Julgo que no sabamos bem o que iramos encontrar, o que normal em
investigao histrica.. Havia suspeitas, isso sim. Julgvamos que a questo de
Ftima poderia ter outras respostas, fora das convenes e da f. Fomos
caminhando e reunindo informao, inventariando a bibliografia conhecida e
outra indita. Quando terminmos, no incio da dcada de 1980, achamos que o
balano era inesperado, alm das expectativas.
PUFOI:
Dois anos antes de Fina DArmada editar o primeiro trabalho sobre o
tema Ftima (Ftima o que se passou em 1917), publicaste um livro
intitulado Ovnis em Portugal (1978).
Curiosamente nesse livro no existe qualquer referncia aos fenmenos de
Ftima-Cova da Iria.
Tratando-se de um apanhado exaustivo da fenomenologia ovni
Portuguesa, porqu essa ausncia?
Um lapso? Um propsito?
Joaquim Fernandes:
Nessa conjuntura, o tema Ftima passou-me um pouco ao lado, porque estava
centrado numa perspectiva de recolha de referncias totalmente fora do terreno
religioso. Ainda no tinha dados para fazer comparaes com as descries
147
luminoso que parecia favorecer, atravs de um qualquer tipo de meio que nos
escapa, o contacto e a visualizao dessa figura feminina, que tinha em Lcia o
mediador seleccionado. Dos elementos externos - pelo menos somos tentados a
defini-los como tal, exteriores subjectividade de cada um dos presentes - este
parece-nos um indcio difcil de aceitar se todo o processo fosse inteiramente
mental, ao nvel do imaginrio onrico dos sujeitos ali presentes. Ento para
que ter servido a representao da rampa ? que, introduzirmos aqui a
hiptese da induo ou manipulao mental - do gnero agora vais ver uma
rampa de luz - voltamos a ter novos problemas a resolver com a hiptese de
interveno externa em Ftima.
PUFOI:
Nuvem, trovo, entidade. Existe
sempre esta constante relao?
Trs elementos em constante
sintonia? Explica-nos a tua
anlise.
Joaquim Fernandes:
Traduz o cenrio plausvel que
comentei atrs: a sequncia da
fenomenologia e alguns dos
elementos mais repetidos acabam por promover a ideia de uma realidade, que
pode ser manipulada leia-se virtual, adaptada, selectivamente at ao nvel
sensorial de cada um dos protagonistas mas que no deixa de implicar a
hiptese de um processo. Em primeiro lugar, so sinais, fenmenos arcaicos,
que se repetem ao longo dos episdios clssicos dos contactos com revelao
do tipo religioso. Veja-se a Bblia e outras fontes. Depois, se h uma repetio
sistemtica dos passos sequenciais desse processo, ento revela-se a uma
qualquer forma de inteligncia. Mais ainda: esse processo conter algo que ns
hoje definimos como informao. Pode estar codificada, como suponho que
esteja. Mas, em que medida essa informao comparticipada em parte ou no
todo pelo inconsciente individual? possvel que, no caso exemplar de Ftima,
esteja fortemente modelada (transformada?) pela memria e cultura religiosa da
poca e da comunidade.
PUFOI:
A imobilidade, acessrios e demais caractersticas da entidade observada,
sugerem que fosse apenas um robot, um holograma ou algo semelhante.
150
tenha existido uma base fixa de apoio. Ser lgico pensar assim?
Equacionaram este problema?
c) - Se tudo se passou como estamos a imaginar, existem referncias? Em
termos de pesquisa global, o que te sugere dizer sobre este assunto?
Joaquim Fernandes:
Conforme ao raciocnio implcito na resposta que dei sobre a hiptese ET em
primeiro grau, poderia dizer que, se essa aco presume calculismo e
preparao, estamos a pensar imagem das nossas futuras expedies a outros
mundos. uma hiptese que pode ser subentendida do processo da operao
Ftima, mas que no podemos, certamente, provar. Julgo, alis, antes disso,
que o nosso projecto visou antes de mais estabelecer comparaes que nos
paracem inequvocas com processos actuais das aparies laicas
contemporneas, sobretudo aquelas que implicam contactos profticos, em que
parece existir uma aparente preparao/adequao dos mediadores/,mensageiros escolhidos.
PUFOI:
Um facto constatado a existncia de uma mensagem. Ftima viveu de
uma mensa-gem e parece ainda viver dela.
A Igreja interpretou-a, moldou-a e acabou por a divulgar.
Sabe-se ou adivinha-se que essa interpretao estanque. Existe uma
leitura diferente, racional, objectiva, pragmtica, cientfica.
Qual para ti o real significado dessa mensagem, para alm de poder
significar uma prova de contacto com algum exterior Terra?
Joaquim Fernandes:
A leitura da mensagem feita pelo mensageiro. Como disse o conhecido
Marshall Mc Luhan, o meio a mensagem; ou seja, se queres saber o
significado, a traduo da mensagem, procura saber quem o mensageiro. Se a
mensagem vem de fora ou de dentro da Terra uma tarefa que, espero, os
investigadores do futuro possam vir a resolver. Mas, parece pacfico que sem
mensageiro no h mensagem.
PUFOI:
Em termos de ovnilogia, este caso , como j foi referido, um dos mais
importantes, seno o mais importante de todo o Mundo.
Ele tem sido referenciado por vrias organizaes internacionais que
estudam a fenomenologia ovni. Entretanto, quem investigou Ftima
156
no referenciado.
Pensamos que no basta apenas divulgar este trabalho por meios
literrios. Nesse sentido, a justificao desta srie de entrevistas aos
autores.
Existe da tua/vossa parte algum plano mais abrangente de divulgarem este
caso to importante?
Joaquim Fernandes:
O grande bice que prejudica a divulgao da nossa investigao deriva de dois
pontos prvios: o primeiro o convencimento dos crentes na verso oficial de
Ftima que esta uma matria definida e definitiva e que no interessa procurar
outras verses da verdade. Como a sua verdade, ponto final. As crenas no
so racionalizveis, do seu ponto de vista. Em certo sentido trata-se de uma
perspectiva fundamentalista - cr e abstem-te - que o prprio existencialismo
cristo j havia definido, por exemplo, atravs da filosofia do pensador
dinamarqus Soren Kierkeggard, em finais do sculo XIX. Em segundo lugar, o
facto de as nossa obras serem escritas em portugus, impedindo a rpida
difuso e traduo das obras. Se estivssemos nos Estados Unidos, teramos
mais hipteses de ver os livros traduzidos e editados em diversas lnguas. At
pelos nossos confrades espanhis! De toda a maneira, neste momento, o livro
Ftima - nos bastidores do Segredo foi traduzido nos EUA e est pronto a ser
editado para o mercado de lngua inglesa. Aguardamos que o dr. John Mack
possa fazer o prometido prefcio.
PUFOI:
Para finalizar, gostaramos que, se algo de importante ficou omisso, o
comunicasses.
Joaquim Fernandes:
Julgo que a matria de Ftima continua a ser suficientemente apaixonante para
os investigadores criteriosos e que buscam a verdade, como os nossos colegas
que fazem parte do Projecto MARIAN. Para alm de apaixonante, o problema
de Ftima tem sido visto de forma demasiado apaixonada, se calhar no tanto
por parte da hierarquia da Igreja Catlica mas mais pela sua massa crente que
desconhece, na sua esmagadora maioria - diria mais de 95% - os aspectos
fenomenolgicos que apurmos na nossa investigao ao longo destes anos.
Mas, como disse atrs, quem vai a Ftima por necessidade - e aqui temos de
respeitar as suas opes - no lhe interessa todo o manancial de informaes
que o caso propicia. Ou seja, tudo quanto interessa generalidade dos crentes
em Ftima a utilidade imediata no seu comrcio de promessas, resolver
157
FICHA DO CASO
159
convincente.
A diversidade e a complexidade de fenmenos observados exterior s
nossas capacidades, sejam elas quais forem.
A leitura religiosa de todos os eventos de facto uma constante,
independentemente do tambm constante avano mental, cultural e intelectual
desta civilizao.
Os tremendos avanos tcnicos e cientficos, mantm-se marginais a
Ftima. Tudo parece marginal a Ftima.
Tal como o Pas das Maravilhas de Lewis Carroll, que fez as delcias das
criancinhas do princpio do sculo, Ftima continua parada no tempo e na
fantasia.
Tudo o que aconteceu na Cova da Iria, continua hoje a ter a mesma leitura que
h 86 anos!
Em Maio de 1978 (61 anos depois), o quinzenrio Nostra, h muito extinto,
inseria na sua primeira pgina um extenso artigo sobre os fenmenos de
Ftima. Destacava-se um dramtico anncio: Uma mensagem terrvel ser
conhecida em 1980!
Felizmente o anncio nunca se verificou, como seria lgico. Dez anos mais
tarde, seria a vez do jornal Primeira Pgina de 25 de Fevereiro de 1989,
publicar uma sondagem a nvel nacional sobre Ftima, qual 67% dos
inquiridos estavam convencidos que tinha sido N. Senhora (me de Jesus
Cristo) a entidade observada pelos pastorinhos!
Ftima caiu nas mos da Igreja Catlica e parou no tempo!...
...Mas parece continuar activa e a revelar a sua verdadeira faceta.
162
religio Catlica?
Quem ganha, quem perde? Faz algum sentido? Gostariam os nossos amigos
extraterrestres de charadas de mau gosto?
Perpetuar eternamente um lugar, at ao dia em que aparecesse algum com
capacidades para o entender? Assim parece ter sido, o objectivo desses vizinhos
csmicos. Contudo no se me afigura lgico, a no ser que lhes tenha falhado
algum meio, conforme referi no incio.
No ser por mero capricho ou toa, que se efectua uma viagem ao longo do
espao, sabe-se de que ponto de partida, para aqui chegar, permanecer um
longo perodo de tempo, sem que tenha havido um projecto inicial,
extremamente bem elaborado, com objectivos muito concretos e disciplinados.
Os mistrios, as contradies, as dvidas, continuam a fazer arder esta
enorme fogueira. So interrogaes sobre interrogaes, na esperana de
encontrar uma resposta plausvel e definitiva.
Se realmente Ftima um assunto Terrestre, ou seja, um fenmeno que a
todos diz respeito, embora se tenha passado em Portugal (aparentemente), ento
assim deve ser entendido e sobre esta perspectiva dever ser encarado.
E naturalmente se tem que voltar ao princpio. Deste talvez para o fim(?) da
histria e porventura saltar para o meio dela.
As simples palavras ditas pela entidade, conforme penso, conteriam alguma
mensagem importante para a humanidade?
Prevenir desgraas? Uma punio pelos erros dos nossos antepassados?
Ensinar-nos o bom caminho (qual caminho)? Provar humanidade que existe
vida fora da Terra? Pr em dvida a existncia de deuses? Orientarem-nos
sobre as questes da cincia e da tecnologia?
Em regra, os segredos ou as mensagens Divinas traduzem-se em punies ou
castigos. assim que a humanidade entende estes avisos.
Teria algum, vindo do espao, s para isso?
Se por um lado os autores da mensagem revelaram (a esta ter existido) pouco
senso nesta matria, a Igreja proprietria da mesma, ao revel-la por fim, no
divulgou nada de interessante que dissesse directamente respeito humanidade
e que por isso justificasse tanto mistrio e silncio sua volta.
Muitas perguntas e dvidas para nenhuma resposta convincente.
Eis pois mais outro mistrio para somar ao rol!
Ftima acaba por ser um inesgotvel mundo de interrogaes, um colossal
enigma ou uma meada com alguns fios, mas longe de se revelar por inteiro.
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CASOS CONTEMPORNEOS
1918 (?) Cerca de 150 pessoas viram objecto tipo charuto. Texas, E.U. A.
1918 (?) Objecto nos cus da Austrlia.
1919 (?) Foram vistas esferas nos cus de Wiltshire, Inglaterra.
LEITURA FINAL
Ftima hoje um edifcio. Como em todas as construes constitudo por
tijolos. Como seria natural, tudo comeou com um primeiro tijolo.
Se esse tijolo original estiver defeituoso, vamos-lhe chamar errado, todos
os outros enfermaro desse erro original.
Se for retirado esse tijolo original errado, todo o edifcio, se desmoronar!
Seria o ruir de uma construo defeituosa, mas aparentemente slida.
esse tijolo original, no qual assenta todo o edifcio, que h muito se
encontra sobre forte suspeita.
Descoberta a deficincia dessa base de sustentao, ser que o edifcio ir
realmente ruir?
Essa ameaa real, na estrutura fundamental de Ftima, ir necessariamente
acontecer um dia. inevitvel, e tanto o senhorio como os inquilinos,
sabem-no bem, ou pelo menos estes ltimos devero ter poucas certezas.
Esses inquilinos, vivem nos quartos do edifcio Ftima.
Quem so, perguntaro?
So a vontade do povo inculto e fantico, os interesses polticos, o comrcio
florescente, o turismo e a publicidade, as autarquias envolventes, as indstrias
de recordaes, etc., etc..
174
XI - Pioneiros
HUGO ROCHA
RECORDANDO UM PIONEIRO DA OVNILOGIA PORTUGUESA
O jornalista Hugo Rocha ao publicar, h 50 anos, (1951) o seu livro "O Enigma
dos Discos Voadores" tornou-se um pioneiro, por excelncia, da Ovnilogia em
Portugal. Atravs da referida obra e de muitas outras que se lhe seguiram,
(como foi o caso da obra mpar "Outros Mundos Outras Humanidades"
publicada em 1958)
175
NOTAS BIOGRFICAS
Extrado de um recorte do Jornal O Comrcio do Porto noticiando o seu
falecimento (obtido no Centro de Documentao do JN em 9/8/2001)
Hugo Rocha foi chefe da Redaco do Comrcio do Porto. Faleceu em 24 de
Fevereiro de 1993.
Nascido em 1907 no Porto, comeou por trabalhar numa firma comercial
exercendo paralelamente a funo de professor do Ensino Livre, contudo a sua
vocao levou-o para a rea do jornalismo e com apenas 18 anos comeou a
colaborar na edio da tarde de O Comrcio do Porto. Cedo se fez notar pelas
suas qualidades pelo que passados quatro anos passou a integrar de forma
definitiva o quadro redactorial desta casa ao mesmo tempo que colaborava com
vrias revistas literrias e de actualidade.
A sua ascenso levou-o, como j referimos, chefia da Redaco cargo que
deixou em Agosto de 1961, manteve-se, no entanto no jornal por mais vinte
anos at se reformar quando contava j 74 anos de idade.
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179
de molde a interessar a toda a gente, no cuido, com este estudo, de dar lies a
quem quer que seja. Longe disso. Digne-se, pois, o leitor sentar-se comigo
banca da escola e acompanhar-me, se tal lhe aprouver, na apreciao do que
vou expor. Vamos, pois, ver, embora de relance, o que se sabe de mais
interessante acerca de outros mundos e outras humanidades. Quando lhe
apetecer sorrir ou, mesmo, rir, sorria ou, mesmo, ria -vontade. Nem tudo
para, ser tomado a srio. Com este estudo, nada se pretende impor. Pretende-se,
apenas, expor - e estudar..."
Excertos de algumas apreciaes da crtica edio Portuguesa de O
Enigma dos Discos Voadores ou a Maior Interrogao do Nosso
Tempo:
Hugo Rocha, nosso prezado colaborador, escritor consagrado pela Academia
das Cincias, lanou-se a esta obra mais para responder s inquietaes e
interrogaes dos homens do seu tempo do que para colher louvores, de que
no precisa para ser quem na realidade . Artista como , pois sabe contar e
expor como poucos (mesmo que no se trate de obras de fico, como no caso
presente) o autor seccionou o seu volume em captulos que do um corpo de
exposio e explicao (possveis) de tais mistrios.
Guedes de Amorim (O Sculo Ilustrado)
Hugo Rocha estudou o problema a fundo, e com a sua prosa flamejante,
intencional, por vezes, interrogativa, porque assim a obriga a alucinante
matria, d-nos diversos aspectos, uns mal conhecidos, outros constituindo
autnticas revelaes sobre os famosos discos, que continuam sulcando a
abbada celeste.
Artur Portela <Dirio de Lisboa)
Nas 250 pginas do seu estudo, Hugo Rocha faz perpassar ante os olhos do
leitor tudo quanto sobre o assunto se tem dito e escrito, no apenas nos ltimos
anos, mas acerca do mesmo ou anlogo fenmeno observado em 1762, a dar
crdito a certas informaes com vises de autenticidade
J. VALRIO (Novidades)
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Sanchez Bueno
Sanchez Bueno
A morte de um investigador
(Extrado do Anurio Anomalia publicado pela CNIFO em 1995)
Faleceu em 1 de Janeiro de 1994 um dos mais antigos investigadores do
fenmeno OVNI em Portugal. Justifica-se, pois, fazer aqui uma breve
homenagem ao homem e sua obra.
183
Prefcio
com grande prazer que fao a apresentao deste livro, fruto de paciente e
constante labor, realizado pelo meu bom e velho amigo Eng. o Tc. Bernardino
SJnchez Bueno. Acho que necessrio que obras de divulgao sobre o tema
OVNlS se publiquem, para dar a conhecer ao grande pblico o que alguns
cientistas j denominaram 0 maior mistrio do nosso sculo. evidente que
o problema dos OVNls no apenas um mistrio do sculo XX, j que desde a
mais remota antiguidade tm sido observados e existem diversos e variados
relatos de tais observaes em todos os cantos do nosso planeta.
O esforo do Eng. o Tc. Sanchez Bueno na compilao e catalogao destes
factos, atravs da imprensa e revistas de vrios pases, assim como de contactos
com outras pessoas e centros dedicados a estes estudos, espantoso e digno de
todo o louvor.
No quero deixar de referir que o arquivo que possui cataloga j alguns seis
milhares de observaes, assim como mais de uma centena de obras de
diversos autores e vrias revistas especializadas. Tudo isto permite-lhe a
autoridade suficiente para, agora, publicar esta obra, que estimo de grande
utilidade no s para os j conhecedores do tema mas, sobretudo, para aqueles
que no conhecem, ou conhecem pouco, a problemtica dos OVNls - problema
que, infelizmente, no tem sido sempre bem tratado e estudado, existindo
muitas obras escritas com af de sensacionalismo, pouca honestidade e,
fundamentalmente, com o intuito de obter lucro.
por tudo isso que me permito realar a absoluta honestidade do autor da
presente obra e o seu af, totalmente desprovido de todo e qualquer
sensacionalismo, para conseguir fazer um estudo sinttico, claro e, ao mesmo
tempo, profundo do tema. Espero que obtenha o sucesso que merece.
DR. FERDINAND WILHELM MORI
Membro do International Institute of Space Law (Paris)
Membro do Instituto ibero-americano de Aeronutica y del Espacio (Madrid);
Membro do Centro de Estudios Interplanetrios-CEI (Barcelona); Membro do
CECOP - Centro de Estudos Cosmolgicos e Parapsicolgicos (Lisboa)
185
Prefcio
Os OVNls (objectos voadores no identificados) constituem um fenmeno, no
sentido de facto extraordinrio ou de manifestao da matria ou energia.
Como lgico, natural e humano, qualquer fenmeno desconhecido suscita
controvrsia e, neste caso, a reaco por descrena ou cepticismo foi
considervel.
Hoje, passados 30 anos, em face da inexistncia de um desmentido formal e
provado, por um lado, e, por outro, como resultado de exaustivas
investigaes, o fenmeno OVNl pode sintetizar-se assim:
1. - Trata-se de um facto real, portanto no imputvel' a
fantasia, viso, psicose ou equvoco em relao a casos de
origem atmosfrica ou outros.
2. - Os OVNIs no so, nem podem ser, engenhos fabricados
em qualquer dos pases da Terra.
3. - Em face das duas premissas anteriores, a origem dos
OVNIs s pode ser extraterrestre.
4. - A concluso anterior classifica esse fenmeno como o
mais transcendente de toda a histria do nosso planeta, por
poder ser susceptvel de proporcionar aos terrestres um
contacto formal com seres extraordinariamente mais evoludos.
Por tudo isto se torna apaixonante o estudo do fenmeno OVNls.
Propositadamente, procurei que o texto que se segue fosse o mais claro,
simples e objectivo possvel, de forma a ser acessvel ao maior nmero de
pessoas que se interessem por este assunto e lhes poder proporcionar uma
iniciao para o estudo de outras fases mais complexas. O meu maior desejo
consiste em poder conseguir esse objectivo.
B. SNCHEZ BUENO
186
XII Abdues
187
XIII Concluso
por isso que este nosso contributo pretende ser uma espcie de manual, onde se
pode encontrar a informao bsica, essencial, apresentada numa linguagem o
mais acessvel possvel, para um melhor entendimento das principais questes que
gravitam volta dos OVNIS.
evidente que s depois de recebermos o feedback dos nossos possveis leitores,
poderemos constatar se os nossos objectivos foram, ou no, alcanados.
Esperamos poder corresponder aos anseios de informao que, apesar de j
estarmos em pleno sc. XXI, no que diz respeito a esta problemtica, continua a
falhar.
Oxal sejamos merecedores do vosso interesse e ateno, por um fenmeno que
teima em continuar a ser a maior interrogao do nosso tempo.
XV Referncias bibliogrficas
- BERENGUEL, Raul OVNI: Portas Para o Ano Zero, Nova Crtica, Porto,
1978.
- BUENO, B. Sanchez Os Ovnis e a Vida no Universo, Antnio Ramos,
Lisboa, 1978.
- D ARMADA, Fina Ftima O Que Se Passou em 1917, Bertrand, Lisboa,
1980.
- DEUS, Jorge Dias de Da Crtica da Cincia Negao da Cincia,
Gradiva, Lisboa, 2003.
- FERNANDES, Joaquim Ovnis em Portugal, Nova Crtica, Porto, 1978.
194
196