Análise Estatistica Na Germinação
Análise Estatistica Na Germinação
Análise Estatistica Na Germinação
RESUMO - Este texto representa um resumo do que foi tratado no mini-curso sobre o tema, ministrado
no 51 Congresso Nacional de Botnica. O referido curso foi ministrado para atender dois objetivos.
Primeiro, para fornecer ao iniciante em pesquisa informaes da estatstica bsica que permitem a escolha
de valores representativos das amostras estudadas e de testes estatsticos mais adequados para analis-los.
Por meio de exemplos especficos da rea de germinao, foi sugerida uma seqncia para a anlise
estatstica dos dados obtidos em laboratrio ou campo. O segundo objetivo foi discutir o significado
estatstico e fisiolgico de algumas medidas como tempo mdio e velocidade mdia de germinao,
ndice de velocidade de emergncia, ndice de Timson, coeficiente de uniformidade de germinao e
ndice de sincronizao, alm de suas limitaes.
TERMOS ADICIONAIS PARA INDEXAO: Tempo mdio de germinao, velocidade mdia de
germinao, ndice de velocidade de emergncia, ndice de Timson, coeficiente de uniformidade de
germinao, ndice de sincronizao.
1. Mini-curso ministrado durante o 51o Congresso Nacional de Botnica, Braslia - DF, de 24 a 28/07/2000.
2. Universidade Federal de Uberlndia, Caixa Postal 593, 38.400-902, Uberlndia - MG.
206
Santana e Ranal
207
208
Santana e Ranal
209
Md
Mo
s2
CV
sx
8,0 0,05
52
58
26
42
52
46,0
52
52
12,57
158,0
32
27,33
5,62
9,0 0,04
58
78
72
76
78
72,4
76
78
8,41
70,8
20
11,62
3,76
10,0 0,05
84
86
76
86
84
83,2
84
84;86
4,15
17,2
10
4,99
1,85
10,8 0,02
100
86
86
94
86
90,4
86
86
6,39
40,8
14
7,07
2,86
11,7 0,03
100
92
100
80
80
90,4
92
80;100
10,04
100,8
20
11,11
4,49
210
Santana e Ranal
211
(1) A
(2) B
(3) B
(4) B
(5) A
(6) B
(7) A
(8) B
(9) A
(10) A
(11) A
(12) B
(13) B
(14) A
(15) A
(16) B
1 Passo: Hipteses
Ho: As parcelas experimentais esto distribudas
aleatoriamente.
212
Santana e Ranal
TABELA 2 - Dados da matria fresca oriundos de uma amostra com 42 repeties de sementes de
Sesbania virgata (Caz.) Pers. Adaptado de Zayat (1996) que trabalhou com uma amostra de tamanho 30.
As caractersticas da espcie quanto s medidas de posio e variabilidade no foram alteradas.
Teste de aleatoriedade
Repeties
runs
748,9
807,8
...
...
...
40
759,9
41
776,8
42
742,8
Mediana
784,2
n1 = n2 =21
r
+ 1
n
+
n
2
1
zc =
2 n1 n2 (2 n1 n2 n1 n2)
= 0,9373
4o Passo: Concluso
Como - z c = 0,9373 > - z t = -1,96
(valores calculado e tabelado da distribuio z)
19
213
TABELA 3 - A matria fresca (mg) de 500 sementes de Vicia graminea Sm. Parte da tabela 1 de
Labouriau (1970).
Antes do agrupamento com fi < 1
Peso(mg)
Li
fi
zi
fr
Prob.
Depois do agrupamento
fi
fi
fi
( f i fi )2
f
i
1,25
1,75
1,25
-3,78
0,4999
0,0010
0,50
1,75
2,25
1,75
-3,07
0,4989
0,0080
4,00
4,50
0,056
2,25
2,75
2,25
14
-2,36
0,4909
0,0414
20,70
14
20,70
2,169
2,75
3,25
2,75
74
-1,64
0,4495
0,1257
62,85
74
62,85
1,978
3,25
3,75
3,25
119
-0,93
0,3238
0,2406
120,30
119
120,30
0,014
3,75
4,25
3,75
155
-0,21
0,0832
0,2748
137,40
155
137,40
2,254
4,25
4,75
4,25
91
0,50
0,1915
0,1954
97,70
91
97,70
0,459
4,75
5,25
4,75
26
1,21
0,3869
0,0863
43,15
26
43,15
6,816
5,25
5,75
5,25
12
1,93
0,4732
0,0227
11,35
12
11,35
0,037
5,75
6,25
5,75
2,64
0,4959
0,0037
1,85
2,05
4,245
6,25
6,75
6,25
3,36
0,4996
0,0004
0,20
Total
500
1,0000
500
18,028
c2 =
= 18,028
4o Passo: Concluso
Como c2 = 18,028 > t2 = 12,592 (valores
calculado e tabelado da distribuio 2 ) para
=0,05 e v=6 (graus de liberdade), a hiptese Ho
214
Santana e Ranal
TABELA 4 - Dados da matria fresca (ordem crescente), de 1 amostra com 10 repeties (n=r=10) de
100 sementes de Dolichos biflorus L. Parte da tabela 1 de Labouriau & Pacheco (1979).
Repeties
Peso (g)
zi
F (z i )
F0,5
g = F (z i ) F0,5
2,9909
-1,56
0,0594
0,05
0,0094
3,0286
-1,05
0,1469
0,15
0,0031
3,0481
-0,78
0,2177
0,25
0,0323
3,0570
-0,66
0,2546
0,35
0,0954
3,0823
-0,31
0,3783
0,45
0,0717
3,1278
0,31
0,6217
0,55
0,0717
3,1590
0,74
0,7704
0,65
g mx = 0,1204
3,1737
0,94
0,8264
0,75
0,0764
3,1898
1,16
0,8770
0,85
0,0270
10
3,1935
1,21
0,8869
0,95
0,0631
zi: valores da distribuio de z; F (z i ) : valores da rea sob a curva normal padronizada; F0,5 : freqncia relativa
observada acumulada da repetio.
1o Passo: Hipteses
Ho: A matria fresca de sementes de Dolichos
biflorus segue a distribuio normal.
H1: A matria fresca no segue a distribuio
normal.
2o Passo: Significncia estabelecida =0,05
3o Passo: Estatstica apropriada
Dmx = gmx +
1
1
= 0,1204 +
= 0,1704
2n
20
4o Passo: Concluso
Como Dmx = 0,1704 < Dt = 0,21072
(valores calculado e tabelado da diferena D)
para n=10, = 0,5 (correo) e =0,05, a
hiptese Ho aceita e conclui-se que o peso de
matria fresca de Dolichos biflorus segue a
distribuio normal.
215
Temperaturas (oC)
35,0 0,04
96,0
100,0
98,0
100,0
96,0
37,8 0,04
76,0
92,0
88,0
84,0
94,0
38,5 0,03
72,0
94,0
64,0
82,0
32,0
39,2 0,06
38,0
30,0
54,0
40,0
42,0
TABELA 6 - Valores dos erros da porcentagem (ei) de sementes de Dolichos biflorus L. germinadas em
diferentes temperaturas, calculados da tabela 5, para obteno do valor da estatstica apropriada.
i
ei
zi
F (z i )
F0,5
g = F (z i ) F0,5
-36,8
-2,82
0,0024
0,025
0,0226
-10,8
-0,83
0,2033
0,075
0,1283
-10,8
-0,83
0,2033
0,125
0,0783
-4,8
-0,37
0,3557
0,175
0,1807
-2,8
-0,21
0,4168
0,225
g mx = 0,1918
-2,8
-0,21
0,4168
0,275
0,1418
...
...
...
...
...
...
19
13,2
1,01
0,8438
0,925
0,0813
20
25,2
1,93
0,9731
0,975
0,0018
Dmx = g mx +
1
1
= 0,1918 +
= 0,2168
2n
40
216
Santana e Ranal
g1 =
16 .466 .368
489 .264
(3 )(30,392 )
+ (2) (30,392 )2 = 54.438,186 g
500
500
54.438,186
7,414 3
= 133,581
(assimetria negativa)
g2 =
ou
m4
s4
8.370,734
g2 =
7,414 4
m4
s4
3 =
= 2,79
(platicrtica)
8.370,734
7,414 4
3 = 0,21
(platicrtica)
s12
s 22
= 1,4483
4o Passo: Concluso
Como Ft=0,3144 < Fc = 1,4483 < Ft=3,18
(valores tabelado e calculado da distribuio F de
"Snedecor") para =0,05 e v1 = v 2 = 9 (graus de
liberdade do numerador e denominador), aceita-se
Ho e conclui-se que as varincias da matria seca
de Dolichos biflorus aps 27 dias de secagem a
70oC e aps 24 horas de secagem a 105oC so
homogneas.
2o Exemplo: Teste de Bartlett para mais
de duas amostras (Tabela 9).
1o Passo: Hipteses
H o : As varincias da porcentagem de germinao
entre as temperaturas so homogneas, ou seja,
. 2 = 2
12 = 22 =
4
3
217
xi
fi
x i2
x i3
x i4
f i xi
f i x i2
f i x i3
f i x i4
64
512
4.096
64
512
4.096
10 14 12
10
144
1.728
20.736
120
1.440
17.280
207.360
14 18 16
17
256
4.096
65.536
272
4.352
69.632
1.114.112
18 22 20
49
400
8.000
160.000
980
19.600
392.000
7.840.000
22 26 24
50
576
13.824
331.776
1.200
28.800
691.200
16.588.800
26 30 28
90
784
21.952
614.656
2.520
70.560
1.975.680
55.319.040
30 34 32
120
1.024
32.768
1.048.576
3.840
122.880
3.932.160
125.829.120
34 38 36
90
1.296
46.656
1.679.616
3.240
116.640
4.199.040
151.165.440
38 42 40
51
1.600
64.000
2.560.000
2.040
81.600
3.264.000
130.560.000
42 46 44
20
1.936
85.184
3.748.096
880
38.720
1.703.680
74.961.920
46 50 48
2.304 110.592
5.308.416
96
4.608
221.184
10.616.832
15.196
489.264 16.466.368
574.206.720
10
Total
500
TABELA 8 - Dados da matria seca de sementes de Dolichos biflorus L. Parte das tabelas 1 e 2 de Labouriau &
Pacheco (1979).
n1 = 10
n 2 = 10
Mdia
x1 = 2,7680g
x 2 = 2,6992g
Desvio Padro
s1 = 0,0645g
s 2 = 0,0543g
Tamanho da amostra
Varincia
s12 = 0,0042(g)
s 22 = 0,0029(g)
218
Santana e Ranal
ni 1
si2
ln si2
35,0 0,04
96
100
98
100
96
4,0
37,8 0,04
76
92
88
84
94
38,5 0,03
72
94
64
82
32
39,2 0,06
38
30
54
40
42
Total
(n i 1) ln si2
(n i 1)si2
1,3863
5,5452
16,0
51,2
3,9357
15,7428
204,8
549,2
6,3085
25,2340
2.196,8
75,2
4,3202
17,2808
300,8
63,8028
2.718,4
16
2
(n i 1)si
s 2 = i =1
a
(n i 1)
2.718,4
= 169,9
16
i =1
a
a
4o Passo: Concluso
Como c2 = 18,3606 > 2t = 7,815 (valores
calculado e tabelado da distribuio 2) para =0,05 e
v=3, rejeita-se a hiptese Ho e conclui-se que as
varincias das porcentagens de germinao entre as
temperaturas so heterogneas.
Quando os dados originais no
atendems pressuposies bsicas da estatstica
paramtrica, ou seja, quando a populao ou
populaes estudadas no apresentam distribuio
normal e possuem varincias heterogneas, h duas
decises a serem tomadas. O pesquisador pode
tentar a transformao dos dados para corrigir
desvios de normalidade e heterogeneidade, ou
pode optar diretamente pela estatstica noparamtrica. Entretanto, a transformao no
219
n=r
n=r
Temp. (oC)
1
35,0 0,04
96,0
100,0
98,0
100,0
96,0
36,3 0,02
98,0
100,0
96,0
98,0
100,0
37,2 0,02
92,0
84,0
80,0
94,0
92,0
37,8 0,04
76,0
92,0
88,0
84,0
94,0
38,5 0,03
72,0
94,0
64,0
82,0
32,0
39,2 0,06
38,0
30,0
54,0
40,0
42,0
220
Santana e Ranal
TABELA 11 - Condies de escolha para os testes de comparaes entre mdias e propores de duas
populaes.
Ho
Condio
Estatstica apropriada
1. Independente do
tamanho das
1 2 = 0
amostras; 12 e 22
conh.
1 2 = 0
desconh.,
homogneas ou
heterogneas
1 2 = 0
x1 x 2
sp
sp =
1
1
+
n1 n 2
desconh.
e heterognas
5. n1 30 , n 2 30 ;
p1 p2 = 0 n1 p1 > 5 , n 2 p 2 > 5 ;
n1q1 > 5 , n 2q 2 > 5
n2
v=
v = n1 + n 2 2
s12 s 22
+
n1 n 2
(s12 /n1
(s12 /n1 )2
n1 1
z c tc =
q1 = 1 p1
Rejeita-se Ho quando
1 2 0
zc > z t ou zc < z t
1 2 > 0
zc > zt
1 2 < 0
zc < zt
1 2 0
tc > t t ou tc < tt
1 2 > 0
tc > t t
1 2 < 0
tc < t t
1 2 0
tc > t t ou tc < tt
1 2 > 0
tc > t t
1 2 < 0
tc < t t
1 2 0
tc > t t ou tc < tt
1 2 > 0
tc > t t
1 2 < 0
tc < t t
p1 p 2 0
tc > t t ou tc < tt
p1 p2 > 0
tc > t t
p1 p2 < 0
tc < t t
x1 x 2
s22
tc =
1 2 = 0
n2
v = n1 + n 2 2
22
desconh.
e homogneas
s12
n1
tc =
12
22
x1 x 2
z c tc =
22
12
n1
2. n1 30, n2 30 ;
12
x1 x 2
zc =
Hiptese
Alternativa
+ s 22 /n 2 )2
(s 22 /n 2 )2
+
n 2 1
p1 p 2
p1q1 p 2q2
+
n1
n2
e q2 = 1 p 2
sp =
2,7680 2,6992
1
1
0,00596
+
10 10
= 2,58
4o Passo: Concluso
tc = 2,58 > t t = 2,101
Como
(valores
calculado e tabelado da distribuio t) para
/ 2 = 0,025 (bilateral) e v=18, a hiptese H o
rejeitada e conclui-se que a mdia da matria seca
de sementes de Dolichos biflorus aps 27 dias de
secagem temperatura de 70oC, sob presso
221
222
Santana e Ranal
TABELA 12 - Anlise da varincia dos valores angulares dos dados apresentados na tabela 10.
Causas da variao
gl
Soma de Quadrados
Quadrado Mdio
Temperaturas
7223,5611
1444,7122
Resduo
24
1549,7489
64,5729
Total
29
FC
22,37
TABELA 13 - Testes de Tukey e Duncan para comparao das temperaturas do exemplo da tabela 10.
Temp. (oC)
Mdias originais
35,0 0,04
98,0
83,76 a
83,76 a
36,3 0,02
98,4
84,44 a
84,44 a
37,2 0,02
88,4
70,56 a b
70,56 b
37,8 0,04
86,8
69,24 a b
69,24 b
38,5 0,03
68,8
57,27
57,27
39,2 0,06
40,8
39,64
Tukey
Duncan
b
c
39,64
c
d
12 k Ri2
H=
3(N +1) =
N(N +1) i =1ni
152 402
12
3122
+
+ ... +
3 (65 + 1) = 62,20
(65) (65 + 1) 5
5
5
223
224
Santana e Ranal
r
3
postos
4
Soma dos
12,8
12,8
14,0
15,0
13,7
16,0
16,9
10
40,0
14,7
21,1
19,1
15
11
12
13
14
65,0
16,4
28,1
26,4
20
16
17
19
18
90,0
17,4
31,0
32,6
23,5
25
22
23,5
21
115,0
19,3
41,0
40,0
32
31
28
30
27
148,0
20,1
35,1
39,7
26
29
39
36
37,5
167,5
21,1
41,9
47,0
33
46
41
34
48
202,0
21,9
44,9
45,5
42
44
37,5
40
45
208,5
22,8
47,3
50,2
47
50
49
43
35
224,0
23,5
55,2
54,8
56
55
52
53
51
267,0
24,8
60,4
60,8
60
62
54
57
58
291,0
26,1
59,5
66,4
59
65
61
64
63
312,0
Postos (
Ri
Observaes empatadas ( t )
T = (t 1) t (t + 1)
31,0
43,7
C =1
T
(N 1) N (N + 1)
= 1 (64) (12
= 1,00
65) (66)
H* =
H
C
,20
= 62
= 62,20
1,00
225
TABELA 16 - Velocidade mdia de germinao ( v ) de sementes de Dolichos biflorus L., mantidas sob
duas diferentes temperaturas e postos atribudos. Parte da tabela 5 de Labouriau & Pacheco (1979).
Temperatura 20,1oC
Repeties
Temperatura 21,1 oC
Posto
Posto
35,1
41,9
39,7
47,0
43,8
44,8
43,5
43,2
43,7
48,2
10
R1 = 21
U = n1 n 2 +
5 (5 + 1)
n1 (n1 + 1)
R1 = (5) (5) +
21 = 19
2
2
U = n1 n 2 +
R2 = 34
5 (5 + 1)
n 2 (n 2 + 1)
R2 = (5) (5) +
34 = 6
2
2
226
Santana e Ranal
t =
ni ti
i =1
k
(1)
ni
i =1
onde:
ti: tempo entre o incio do experimento e a i-sima
observao (dia ou hora);
ni: nmero de sementes que germinam no tempo ti
( no o nmero acumulado, mas o nmero
referido para a i-sima observao);
k: ltimo dia da observao.
Como j foi mencionado no incio,
importante o clculo de medidas de disperso para
se ter idia da variabilidade da medida na amostra
em estudo. Desta forma, deve-se calcular a
varincia do tempo mdio de germinao (2), de
onde podero sair o desvio padro, o erro padro e
o coeficiente de variao.
k
2
n i (t i t )
st2 = i =1
k
ni 1
(2)
i =1
onde:
t
t =
n i ti
i =1
k
n i
i =1
444
= 2,04
218
dias
227
st2 =
n i (ti
i =1
k
ni
i =1
t)
=
1
417,7162
= 1,9250 (dias)2
217
ento
(5)
onde:
VG =
A1 + A 2 + ... + A x
A1T1 + A2T2 + ... + A x T x
N 1G1 + N 2G 2 + ... + N n G n
G1 + G 2 + ... + G n
(3)
A1 , A2 ,..., A x
onde:
G1, G 2 ,...,G n :
N 1, N 2 ,..., N n :
C .V .G . =
fi
i =1
k
100
(6)
f i xi
i =1
N iG i
i =1
k
Gi
VG =
onde:
(4)
da leitura (i);
k: ltimo dia da observao.
i =1
228
Santana e Ranal
C .V . 1
=
100 t
(7)
onde:
t : tempo
mdio de germinao;
(8)
onde:
st2 :
v4:
(9)
229
ni
(t i t )
ni ti
(t i t )2
n i (t i t )2
82
82
-1,03
1,0609
86,9938
108
216
-0,03
0,0009
0,0972
12
0,97
0,9409
3,7636
12
1,97
3,8809
11,6427
10
50
2,97
8,8209
88,2090
30
3,97
15,7609
78,8045
42
4,97
24,7009
148,2054
218
444
Soma
417,7162
TABELA 18 - Tempo mdio e velocidade mdia de germinao, com suas respectivas varincias, para
sementes de Lycopersicum esculentum mantidas em diferentes temperaturas. Parte da tabela 3 de
Labouriau & Osborn (1984).
Tempo mdio de germinao
Velocidade de Germinao
Temp (oC)
t (h )
st2 (h 2 )
v (h 1.10 4 )
sv2 (h 2 10 7 )
8,7 0,02
998,6
43.300,0
10
0,4
11,6 0,02
421,6
78.803,0
24
2,5
13,9 0,02
216,5
27.414,0
46
12,5
15,8 0,02
139,9
8.893,0
72
23,2
17,9 0,03
101,5
6.971,0
98
65,7
20,4 0,10
78,2
4.435,0
128
118,0
23,3 0,05
56,8
3.662,0
176
352,0
29,5 0,10
51,8
4.094,0
193
570,0
34,0 0,10
82,1
10.121,0
122
222,0
35,8 0,10
116,7
16.819,0
86
90,6
230
Santana e Ranal
TABELA 19 - Germinao de duas amostras de sementes de uma determinada espcie e suas respectivas
velocidades de germinao ou emergncia.
Amostra A
di
ni
Amostra B
ni / di
di
ni
ni / di
0,6667
15
0,1333
0,0000
16
0,0000
0,6000
17
0,1765
0,0000
18
0,0000
0,2857
19
0,1053
0,0000
20
0,0000
0,0000
21
0,0000
10
0,6000
22
0,2727
11
0,3636
23
0,1739
12
0,0833
24
0,0417
13
0,0769
25
0,0400
14
0,0714
26
0,0385
Soma
20
2,7476
Soma
20
0,9819
Resumindo:
VE alto quando:
a amostra tem alta germinabilidade e alta
velocidade mdia de germinao (cerrado 1,
Tabela 20)
a amostra tem baixa germinabilidade e alta
velocidade (cerrado 2, Tabela 20).
VE baixo quando:
a amostra tem baixa germinabilidade e baixa
velocidade (cerrado 3, Tabela 20)
a amostra tem alta germinabilidade e baixa
velocidade (mata 3, Tabela 20)
T = gi (t j )
231
sendo: j = i 1
i =1
(10)
onde:
gi: porcentagem de germinao acumulada no
intervalo de tempo i;
t: nmero total de intervalos de tempo do
experimento;
i: intervalo de tempo entre as observaes.
Timson (1965) sugeriu fixar o intervalo
de tempo dos experimentos em 10 dias de
observaes (t=10), uma vez que a maioria das
sementes de espcies cultivadas termina de
germinar nesse intervalo. No entanto, nada
impede que se calcule 5 ou 20, utilizando-se a
expresso (10). Este ndice d uma idia da
velocidade de germinao das sementes,
podendo ser usado para comparaes, somente
se as amostras ou tratamentos tiverem a mesma
porcentagem final de germinao. Uma tentativa
para minimizar o efeito da porcentagem final de
germinao foi sugerida por Labouriau
(comunicao pessoal), ponderando-se o prprio
ndice por esta porcentagem. Assim:
gi
i =1
g i (t j )
i =1
CUG =
ni
i =1
2
(D Di ) ni
i =1
sendo :
100
D=
= t ; CRG =
CRG
ni
i =1
k
(12)
Di n i
i =1
onde:
sendo: j = i 1
(11)
gi
i =1
apresentados
ilustrar as
ndice. Para
dado pelo
nmeros da
232
Santana e Ranal
TABELA 20 - Germinao de sementes de Matayba guianensis Aubl. em solo de mata e de cerrado, sob
luz contnua (Santos & Ranal, dados no publicados).
Tratamento/repetio
ni
VE
CUG
mata/1
13
0,2826
3,9167
1,7979
3,5385
mata/2
19
0,2088
4,6246
0,2597
4,7895
mata/3
18
0,1935
3,9841
0,2628
5,1667
mata/4
17
0,2698
5,3190
0,4530
3,7059
Mdia
16,75
0,2387
4,4611
0,6934
4,3002
cerrado/1
20
0,3077
6,7262
0,8421
3,2500
cerrado/2
16
0,2807
4,6500
2,0157
3,5625
cerrado/3
15
0,2459
4,3333
0,4294
4,0667
cerrado/4
15
0,2632
4,0667
2,3438
3,8000
16,5
0,2744
4,9440
1,4078
3,6698
Mdia
TABELA 21 - Dados de germinao de sementes de uma determinada espcie ao longo de 10 dias, para o
clculo do ndice de Timson.
Dia da observao (i)
j=i-1
(t - j)
gi (t j)
10
(15) (10)
(18) (9)
(21) (8)
(25) (7)
(38) (6)
(40) (5)
(68) (4)
(75) (3)
(85) (2)
10
(88) (1)
Soma
1838
R. Bras.Fisiol.Veg. 12(Edio Especial):205-237, 2000
233
TABELA 22 - Germinao de sementes de Matayba guianensis Aubl. em solo de mata e de cerrado, sob luz
contnua (Santos & Ranal, dados no publicados).
Trat/repetio
ni
G(%)
VE
CUG
T(Timson)
T(Labouriau)
mata/1
13
52
3,5385
0,2826
3,9167
1,7979
1664
4,2886
mata/2
19
76
4,7895
0,2088
4,6246
0,2597
1848
3,9152
mata/3
18
72
5,1667
0,1935
3,9841
0,2628
1572
3,7428
mata/4
17
68
3,7059
0,2698
5,3190
0,4530
2132
4,2984
Mdia
16,75
67
4,3002
0,2387
4,4611
0,6934
1804
4,0612
cerrado/1
20
80
3,2500
0,3077
6,7262
0,8421
2760
4,4516
cerrado/2
16
64
3,5625
0,2807
4,6500
2,0157
2024
4,2521
cerrado/3
15
60
4,0667
0,2459
4,3333
0,4294
1720
4,1346
cerrado/4
15
60
3,8000
0,2632
4,0667
2,3438
1784
4,1296
16,5
66
3,6698
0,2744
4,9440
1,4078
2072
4,2420
Mdia
E = f i . log 2 f i
i =1
sendo: f i =
ni
k
ni
i =1
onde:
fi :
(13)
n i : nmero
234
Santana e Ranal
TABELA 23 - Nmero de sementes germinadas (ni) a cada dia (ti), para sementes de Ficus enormis
(Mart. ex Miq.) Miq. que passaram pelo trato digestivo de morcegos e foram colocadas para germinar na
luz (DL) e sementes submetidas escarificao qumica (EQ), tambm mantidas para germinar na luz
(Bobrowiec & Ranal, 2000).
DL
ti
ni
fi
log 2 f i
EQ
f i log 2 f i
ni
fi
log 2 f i
f i log 2 f i
20
0,1587
-2,6554
-0,4215
0,0000
40
0,3175
-1,6554
-0,5255
0,0100
-6,6439
-0,0664
24
0,1905
-2,3923
-0,4557
0,0400
-4,6439
-0,1858
18
0,1429
-2,8074
-0,4010
11
0,1100
-3,1844
-0,3503
10
10
0,0794
-3,6554
-0,2901
15
0,1500
-2,7370
-0,4105
11
0,0476
-4,3923
-0,2092
13
0,1300
-2,9434
-0,3826
12
0,0159
-5,9773
-0,0949
0,0600
-4,0589
-0,2435
13
0,0000
12
0,1200
-3,0589
-0,3671
14
0,0238
0,0900
-3,4739
-0,3126
15
0,0000
14
0,1400
-2,8365
-0,3971
16
0,0079
-6,9773
-0,0554
0,0200
-5,6439
-0,1129
17
0,0079
-6,9773
-0,0554
0,0500
-4,3219
-0,2161
18
0,0000
0,0200
-5,6439
-0,1129
19
0,0794
0,0300
-5,0589
-0,1518
20
0,0000
0,0100
-6,6439
-0,0664
21
0,0000
0,0200
-5,6439
-0,1129
126
1,0000
100
1,0000
E DL = 2,6924
bits
-5,3923
-6,9773
-0,1284
-0,0554
-2,6924
E EQ = 3,4890
bits
-3,4890
235
Medida
Unidade
O que mede
Adequado quando
Tempo mdio ( t )
h ou d
tempo
qualquer situao
Velocidade mdia ( v )
h-1 ou d-1
velocidade
qualquer situao
Coeficiente de velocidade de
velocidade
qualquer situao
Plnt./dia
velocidade
germinao (C.V.G.)
germinabilidades forem iguais
Velocidade de emergncia (VE)
germinao concentrada no
tempo (CUG alto)
Somatrio de 10 (T)
%.dia
velocidade
Coeficiente de uniformidade de
h-2 ou dia-2
variabilidade
germinao (CUG)
em torno do
tempo
ndice de sincronizao ( E )
bits
sincronia
qualquer situao
236
Santana e Ranal
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