Apostila de Drenagem
Apostila de Drenagem
Apostila de Drenagem
Entre 1850 e o fim do sculo XIX, Paris tornou-se uma referncia mundial por
construir uma importante rede de esgotos, denominada TOUT GOUT, ajudando a
cristalizar o conceito higienista (higiene pblica).
O conceito higienista no demorou a chegar ao Brasil como testemunham as primeiras
redes enterradas de esgoto sanitrio implantadas em 1864 no Rio de Janeiro, mas ele somente
seria aplicado mais decididamente aps a proclamao da Repblica em 1889 (Melo Franco,
1968). Nesta poca, havia no mundo um casamento bem sucedido a filosofia higienista e o
domnio da hidrulica de condutos e canais que permitia promover o saneamento junto com as
reformas urbansticas. Os sanitaristas da poca estavam atentos a isso e, no fim do sculo
XIX, o Brasil v surgir entre eles a grande figura do engenheiro fluminense Saturnino de
Brito (1864-1929), formado pela Escola Politcnica do Rio de Janeiro. Adepto do
positivismo, ele revoluciona o conceito higienista no Brasil ao trabalhar no saneamento da
cidade de Santos (Obras, 1943). Saturnino de Brito, apresenta argumentos slidos em favor do
sistema separador absoluto (redes de condutos separados para esgotos pluviais e cloacais)
contra o sistema dominante da poca que era o unitrio.
Em decorrncia da atuao de Saturnino de Brito, j no incio do sculo XX, o
conceito higienista, usando uma rede de drenagem pluvial separada dos esgotos domsticos,
ficou estabelecido como regra para as cidades brasileiras. Em 2000, cerca de 82% dos
municpios brasileiros com redes subterrneas tinham sistemas separadores (Pesquisa, 2002).
247
O conceito ambiental aplicado drenagem urbana fez com que os cones das solues
higienistas deixassem de reinar sozinhos, ou seja, o rol de obras tradicionais como condutos,
sarjetas, bocas-de-lobo, crregos retificados, entre outras, teria de ser ampliado para admitir
solues alternativas e complementares evacuao rpida dos excessos pluviais, dentro de
um contexto de preservao ambiental (Tucci e Genz, 1995). Obras de reteno e
amortecimento de escoamentos, como pavimentos permeveis, superfcies e valas de
infiltrao, reservatrios e lagos de deteno e a preservao dos arroios naturais passaram a
fazer parte do vocabulrio da drenagem urbana. Alm disso, o enfoque ambiental preconiza
tambm o tratamento dos esgotos pluviais que podem ser to poluidores quanto os esgotos
cloacais.
A maioria das obras de drenagem urbana no Brasil ainda segue o conceito higienista.
A razo principal que o conceito ambiental muito mais difcil e caro de aplicar porque
exige aes integradas sobre grandes reas, com conhecimento tcnico multidisciplinar, ao
contrrio das aes higienistas, voltadas a solues locais, e concebidas unicamente por
engenheiros civis. Alm disso, o conceito higienista, embora ultrapassado, exerce ainda um
atrativo muito grande pela sua simplicidade (toda gua circulante deve ir rapidamente para o
sistema de captao, evitando insalubridades e desconfortos, nas casas e nas ruas) e pelo fato
das obras de infra-estrutura por ele exigidas terem um comportamento dinamicamente restrito,
portanto fceis de dimensionar, pois s tm uma funo de transporte rpido, isto , pegar e
largar rpido.
O livrar-se rapidamente da gua tornou-se praticamente um dogma no meio tcnico,
convencendo inclusive populao que aplica a mesma idia na suas propriedades
particulares urbanas. No Brasil, como parece ser em outros pases em desenvolvimento, h o
agravante ainda de o conceito higienista ser mal aplicado, seja por falta de recursos, mau
dimensionamento, m execuo ou por manuteno deficiente. Adicionalmente, as presses
scio-econmicas exercidas pela sociedade brasileira como um todo agravam o quadro
248
Acelerao do escoamento,
14.4.1. Inundaes
249
Esta faixa tem o nome de vrzea ou zona de inundao natural. Ainda hoje, muitos campos de
futebol so feitos nas vrzeas de rios, o futebol de vrzea. Muito antes que os homens
construssem as primeiras cidades, os rios inundavam suas margens durante a poca das
chuvas.
Rio
Vrzea (Zona de inundao)
14.4.2. Enchente
As enchentes so mais graves que as inundaes porque a gua das chuvas ocupa uma
rea maior do que simplesmente as vrzeas dos rios.
No caso de uma enchente, no se pode falar em transbordamento dos rios. Uma
enchente muito mais que isto porque mesmo que os rios sejam bem largos e profundos,
ainda assim no so suficientes para transportar a grande quantidade de gua das chuvas.
As grandes enchentes que ocorrem uma vez a cada 20 ou 30 anos so fenmenos
naturais provocados por chuvas excepcionais, ou seja, chuvas muito raras muito intensas ou
contnuas. Mas, se a cada vez que ocorre uma chuva mais ou menos forte, tambm ocorrem
enchentes nas cidades, alguma coisa est errada.
14.4.3. Drenagem
250
Isto demonstra que os aspectos relacionados com a infra-estrutura das guas urbanas
tm sido planejados de forma inadequada. Grande parte dos problemas citados est
relacionada com a forma setorial de como so tratados. Por isso, a gesto integrada das guas
urbanas v a drenagem urbana moderna enquadrada numa viso ampla de planejamento das
reas urbanas, que envolve principalmente:
251
transporte;
resduo slidos;
controle ambiental.
252
253
Vamos enumerar algumas coisas que podem estar ao nosso alcance. Primeiramente,
em nossa prpria casa e depois vamos tambm pensar em nosso bairro e na cidade em que
vivemos.
Evitar fazer grandes ptios cimentados. Um quintal mantido com grama, horta
ou rvores facilita a infiltrao da gua das chuvas no solo ou mesmo a
reteno desta gua nas folhas das plantas.
No jogar papis ou lixo nas ruas porque as bocas de lobo ficaro entupidas e
no podero dar entrada para a gua nas galerias pluviais.
Os loteamentos devem ter rea verde nas partes mais baixas e prximas dos
crregos. As reas verdes ajudam a infiltrao e a reteno da gua das chuvas.
254
15.1. DESEQUILBRIO
DO
CICLO
HIDROLGICO:
EFEITO
DA
URBANIZAO
rea no
urbanizada
rea no
urbanizada
255
Qmx.1
Qmx.2
t1
t2
tempo
Em sntese, a urbanizao desequilibra o fluxo natural das guas, seja ela mesmo
alterando os volumes dos diversos processos hidrolgicos, seja interpondo-se ao caminho
natural delas.
As consequncias objetivas da urbanizao so as seguintes:
256
As inundaes devido a urbanizao, por outro lado, acarretam nos seguintes impactos
principais (Tucci, 2002):
257
Deve-se buscar:
15.4.1. Consideraes
258
Temos:
259
16.1. RESPONSABILIDADE
16.3.CONSEQUNCIAS DA URBANIZAO
Na implantao de uma cidade, o desmatamento pode causar eroso num certo local
do terreno e consequentemente assorear outros locais mais baixos, isto se, o desenvolvimento
urbano ocorrer de forma desordenada.
Uma ocupao urbana bem planejada deve sempre prever obras que, possibilitem
adequado escoamento das guas pluviais excessivas, evitando inundaes, acmulo de gua
parada e velocidades excessivas. Com o aumento da rea impermevel (aumento da vazo)
muitas cidades esto passando por dificuldades (transtornos) nas regies sujeitas as
inundaes com prejuzos materiais, sociais e sanitrios.
Uma coleta de lixo ineficiente, somada a um comportamento indisciplinado dos
260
cidados, acaba por entupir galerias, bueiros e poluir ainda mais as guas do corpo receptor
(rio, lago).
Os problemas de controle de poluio diretamente relacionados drenagem urbana
tm sua origem na deteriorao da qualidade dos cursos receptores das guas pluviais. Alm
de aumentar o volume do escoamento superficial direto, a impermeabilizao da superficie
tambm faz com que a recarga subterrnea, j reduzida pelo aumento do volume das guas
servidas (conseqncia do aumento da densidade populacional), diminua ainda mais,
restringindo as vazes bsicas a nveis que podem chegar a comprometer a qualidade da gua
pluvial nestes cursos receptores, no bastasse o fato de que o aumento do volume das guas
servidas j um fator de degradao da qualidade das guas pluviais.
Dentre os problemas relativos ocupao do solo, sobressaem-se as conseqncias da
proliferao de loteamentos executados sem condies tcnicas adequadas, decorrente da
desonestidade e da ausncia quase total de fiscalizao apropriada, idnea e confivel, o que
dificulta (e muito) a aplicao de critrios tcnicos na liberao de reas para loteamento.
Como conseqncia direta da ausncia absoluta da observao de normas que
impeam a ocupao de cabeceiras ngremes e de vrzeas de inundao, so ocupados
terrenos totalmente inadequados ao assentamento. Os problemas sociais decorrentes,
principalmente, da migrao interna, faz com que grandes contingentes populacionais se
instalem em condies extremamente desfavorveis, desprovidos das mnimas condies de
urbanidade, inviabilizando a imposio das mais bsicas normas de atenuao de inundaes.
Compostas em grande parte por indivduos analfabetos ou semi-alfabetizados, estas
comunidades no tem interesse em qualquer tentativa de elucidao de problemas tipicamente
urbanos.
O xodo rural e o conseqente crescimento desenfreado e catico das populaes
urbanas no Brasil tm contribudo negativa e significativamente aos problemas relacionados
s questes da drenagem urbana. A inexistncia de controle tcnico da distribuio racional
da populao dificulta a construo de canalizaes para que se possa eliminar reas de
armazenamento. Dentro da realidade brasileira, a hipertrofia acelerada e desordenada das
grandes cidades faz com que dificilmente seja possvel impedir o loteamento e a ocupao de
reas vazias, j que no h interesse do poder pblico em desapropri-las e ocup-las
adequada e racionalmente, fazendo que surjam reas extensas e adensadas sem qualquer
critrio (Professor: Antonio Cardoso Neto).
261
relativos
ao
escoamento
de
guas
pluviais,
procurando
controlar
impermeabilizao com mais reas permeveis (grama, brita, elementos vasados, etc),
preservar reas para reteno natural e principalmente rea para escoamento dos excessos de
gua ao longo dos fundos de vale.
Assim, um plano diretor deve considerar o problema do escoamento das guas
superficiais excessivas e, principalmente, adequar os fundos de vale para as vazes de
enchentes que ali podero ocorrer. Muitas vezes mais econmico adequar o uso de um
fundo de vale as inundaes peridicas do que construir obras de proteo contra essas
inundaes.
altamente recomendvel que um plano diretor de drenagem urbana evite medidas
locais de carter restritivo (que freqentemente deslocam o problema para outros locais,
chegando agravar as inundaes jusante), atravs da bacia hidrogrfica como um todo.
O plano diretor deve possibilitar a identificao das reas a serem preservadas e a
seleo das que possam ser adquiridas pelo poder pblico antes que sejam ocupadas, loteadas
ou que seus preos se elevem e tornem a aquisio praticamente impossvel. tambm
recomendado um estudo da zona de inundao. O plano de drenagem deve ser articulado com
outras atividades urbanas (abastecimento de gua, rede de esgoto, transporte pblico, planos
virios, etc). Do plano deve tambm constar a elaborao de campanhas educativas que visem
a informar a populao sobre a natureza e a origem do problema das enchentes, sua
magnitude e conseqncias.
262
263
Este crescimento faz com que os materiais slidos encontrados no interior da tubulao e
carregados pela chuva, se acumulem nos pontos de lanamento prejudicando o bom
funcionamento da galeria, podendo surgir reas alagadas.
As guas em rodovias devem ter seu escoamento controlado, pois poder ocorrer
eroso nos acostamentos e taludes de cortes, resultando em manuteno cara e perigosa
264
Devemos aplicar uma metodologia apropriada, iniciando pela coleta de dados tais
como, situao scio-econmica da rea a ser beneficiada; condies naturais do escoamento;
intensidades de chuvas; valores das vazes j ocorridas; dificuldades de implantao das
obras; tipo de terreno etc. Com os dados confiveis, justifica-se a necessidade da execuo da
obra, como por exemplo, indicando as reas que esto sujeitas s inundaes, os prejuzos
sociais, materiais e sanitrios.
de
escoamento
superficial
so
estimadas
considerando
previso
da
265
Infelizmente, na prtica, tem-se mostrado que a relao entre custos das obras e os
prejuzos previsveis quase sempre a soluo adotada no a mais tecnicamente conveniente.
Apesar de haver uma tendncia generalizada de se declarar prejuzos maiores que os
realmente ocorridos, os danos causados, por exemplo, por uma inundao so grandes,
podendo ocasionar perdas de vidas humanas, alm de prejuzos materiais e perda de prestgio
de administradores municipais.
266
17.2. SARJETAS
So pequenos canais situados ao longo da guia (meio fio) com a finalidade de dirigir o
escoamento superficial para a captao. As sarjetas devem manter o fluxo dentro de sua
capacidade e dentro das velocidades admissveis mnimas e mximas pr-estabelecidas por
normas.
17.3. CAPTAES
267
So caixas de concreto ou alvenaria sem tampo externo para visita (sem entrada para
os homens do servio). Destinadas a ligar galeria aos condutos de ligao de bocas de lobo
ou conectar duas ou mais canalizaes de esgotamento de bocas de lobo, quando se desejar
reuni-las em um nico conduto.
Poo de visita uma cmara visitvel atravs de uma abertura existente na sua parte
superior, ao nvel do terreno, destinado a permitir a reunio de dois ou mais trechos
consecutivos.
Proporcionam acesso as pessoas de servio aos condutos para inspeo, limpeza e
reparos e funcionam como caixas de ligao. So semelhantes aos P.V. de esgoto.
Podem ser previstos nas seguintes situaes:
-
junes de galerias;
mudanas de dimetro;
trechos longos, de modo que a distncia entre dois poos de visita sucessivos
no exceda cerca de 100 metros. Esta distncia pode ser maior ou menor de acordo
com a velocidade de escoamento e do sistema de limpeza e manuteno.
268
17.7. GALERIAS
17.10. PISCINES
269
17.11. APRESENTAO
EM
PLANTA
DAS
PRINCIPAIS
PARTES
CONSTITUINTES
270
45
45
Passeio
CL
45
CL
CL
Passeio
sarjeta
CX
CX
PV
Galeria
CL
45
Passeio
Passeio
faixa de
pedestre
271
18.1. INTRODUO
18.2.1. Consideraes
272
Um solo arenoso facilmente carregado pela chuva e mesmo quando ele se encontra
depositado no interior da boca de lobo, ele facilmente carregado pela chuva seguinte. Um
solo argiloso, por sua vez, se deposita no interior das bocas de lobo em muitas vezes junto
com folhas e flores compactado de forma que a chuva no consegue transport-los atravs da
galeria, permanecendo no interior da boca de lobo at sua retirada.
Cidades que possuem uma topografia muito acidentada tem ruas e avenidas com
grande declividade o que em geral acarreta certa dificuldade para captar essas guas atravs
das bocas de lobo, onde uma percentagem considervel passa pela boca de lobo sem ser
captada trazendo transtornos jusante. J em lugares com baixa declividade, fundos de vale,
estas reas esto sujeitas a inundaes e alagamentos.
Nas cidades, devem ser feito um levantamento das caractersticas comerciais das
vrias regies, para a determinao da freqncia da limpeza das bocas de lobo.
273
274
Possui um reservatrio com capacidade para 6000 litros de gua, uma bomba de alta
presso, mangueiras e bicos especiais para a desobstruo e limpeza das tubulaes. O
caminho possui mais um reservatrio para 4000 litros equipado com bomba de suco
utilizada para a retirada de detritos das bocas de lobo, caixas de ligao e poos de visita.
275
A manuteno e limpeza das bocas de lobo como vimos um dos fatores mais
importantes para se evitar a obstruo da galeria de guas pluviais.
Observe que as chuvas rpidas e fracas na maioria das vezes prejudicam o escoamento
das guas pluviais, que transportam materiais levando-os at o interior das tubulaes
depositando-os ali mesmo sem atingir as bocas de descarga, j com as chuvas de longa
durao e de grande intensidade estas j por possurem um grande volume de gua, carregam
os materiais at o lanamento da galeria evitando assim a sua obstruo.
276
A presena de rvores de grande porte atravs de suas razes pode penetrar nas juntas
dos tubos (cimento e areia) indo para o interior da tubulao, formando uma malha onde os
materiais que esto sendo carregados pela gua da chuva so interceptados (parcialmente ou
totalmente) e assim obstruindo trecho.
277
19.1.1. Permanentes
19.1.2. No permanentes
278
279
19.3.
Devem ser feitas, na medida do possvel, de jusante para montante, pois o contrrio
quando ocorrer chuvas intensas, jusante poder sofrer ainda mais com as condies de
escoamento.
A retificao de canais e crregos deve ter cuidados especiais devido diminuio do
comprimento longitudinal com o aumento da declividade e conseqentemente da velocidade.
O projetista deve prever um aumento da rugosidade das paredes e fundo dos canais em
torno de 10 a 15% devido ao uso e m manuteno do mesmo.
19.3.3. Folga na altura dgua
Prever uma folga em torno de 20 a 25% da altura dgua, acima do nvel mximo de
projeto (40cm no mximo). Esta folga importante como fator de segurana, visto que,
poder haver deposio de materiais no fundo do canal e garantia na previso da vazo.
Prever drenos nas paredes e fundo, com certo espaamento longitudinal, para evitar
subpresso quando o nvel do lenol fretico estiver alto.
Devem prever drenos nos taludes, pois a alvenaria de pedras possuem uma certa
permeabilidade, considerando que o fundo seja de concreto magro.
280
Deve garantir uma velocidade mnima (mdia) para evitar deposio de materiais em
suspenso e crescimento de plantas aquticas e uma velocidade mxima (mdia) para evitar
eroso do material das paredes e fundo do canal.
A tabela 11 mostra alguns valores recomendados para a velocidade mdia de
escoamento em canais.
TABELA 11 Velocidade mdia em canais em funo dos materiais e das paredes.
Areia
0,30 a 0,60
Terreno arenoso
0,60 a 0,75
Terreno argiloso
0,75 a 0,85
Terreno de aluvio
0,85 a 0,90
Terreno argiloso-compacto
0,90 a 1,20
Solo cascalhado
1,20 a 1,50
Pedregulho, piarra
1,50 a 1,80
1,80 a 2,45
Alvenaria
2,45 a 3,05
Rochas compactas
3,05 a 4,00
Concreto
4,00 a 6,00
A mxima inclinao dos taludes deve ser menor que o ngulo de repouso do material
de revestimento.
A tabela 12 mostra alguns valores para taludes de canais abertos.
281
Z = tg
0,3 a 0,5
0,50
Cascalho rolio
0,60
0,70
0,80
Rochas estratificadas
Rochas compactas, alvenaria acabada,
Concreto
2,00
V2
2g
Isto , a energia especfica a soma da altura dgua no canal (y) com a carga cintica
(V/2g).
A figura 72 mostra a seo de um canal para uma vazo constante e a figura 73 ilustra
a variao da energia especfica (E) com a altura dgua (y).
282
V2
, temos a equao das vazes.
2g
E y
Q2
2.g.S 2
Q 2 g .S. E y
283
CONCLUSES
01.
(figura 4).
02.
pequena de energia pode causar uma alterao significativa na altura da gua, razo pela qual
deve-se evitar projetos de canais funcionando nas proximidades do regime crtico.
04.
seguinte maneira:
Se y > yc
subcrtico ou fluvial
Se y = yc
crtico, e
Se y < yc
supercrtico ou torrencial.
19.5.1. Definio
Corresponde ao estgio em que a energia especfica mnima para uma dada vazo ou
o estgio em que a vazo mxima para uma dada energia especfica.
Vc =
g y m =>
Vc g. yc
284
V
g hm
Onde:
v velocidade mdia na seo
g acelerao da gravidade
hm altura hidrulica da seo.
subcrtico ou fluvial
Se Fr = 1
crtico
Se Fr > 1
supercrtico ou torrencial
19.6.1. Frmulas
Q=AV
V=C
RH I
285
Q=CA
V=
2
1
1
R H3 I 2
n
n Q
I
parmetros
de dimensionamento
= A R H3
forma
geomtrica
286
TABELAS
287
TABELA 14 Valores de n.
288
19.7.1.
Seo retangular
Bordo
livre
Q2
b2 g
19.7.2.
n Q
Ic
Ac .RH2 / 3
Seo trapezoidal
onde z = tg
Qc
g
b z y c y c 3 2
b 2 z yc
289
19.7.3.
Seo circular
Velocidade Mxima
Se = 257 ou
-
y
= 0,81
D
Vazo mxima
Se = 302,5 ou
-
y
= 0,94
D
AM = D2
RH =
-
- sen
8
Corda (B)
B = D sen = 2
2
Profundidade
-
Normal
1 - cos 2
yN = D
2
ngulo Central ()
y
= 2arc cos (1 2
)
D
D
- sen
yC =
8
sen 2
Crtica
y (D - y)
2 - sen D
2
Z=
2
32 sen
2
5
2
290
291
EXERCCIOS
01)
Bordo livre
yc
1.1
1.2
1.3
1.4
292
1.5
profundidade normal y.
1.6
supercrtico (torrencial).
02)
2.1
2.2
293
2.3
supercrtico (torrencial).
03)
dimetro de 1,20m e declividade de fundo de 0,0055m/m com uma lmina de gua igual
0,96m. Determinar os itens 3.1, 3.2, 3.3 e 3.4.
3.1
O ngulo central ;
3.2
3.3
294
3.4
A capacidade da galeria Q.
3.5
Para essa mesma galeria s que funcionando para uma vazo de 0,7m3/s, qual
295
EXERCCIOS
01)
02)
taludes e fundo, com taludes 1,5H : 1,0V, declividade do fundo 1% e a largura do leito junto
ao fundo de 4,00m, e conduz uma vazo de 20m3/s.
Bordo livre
Determinar:
2.1 a profundidade normal, yn;
2.2 a velocidade relativa y, V(y);
2.3 profundidade crtica, yc;
2.4 vazo crtica, Qc.
296
03)
04)
formao de um depsito de material solidificado, como mostra a figura. Supondo que o nvel
dgua na galeria permanea constante e que o coeficiente de rugosidade do material
solidificado seja o mesmo do concreto, determine em que percentagem foi reduzida a
capacidade de vazo da galeria.
y = 0,70D
y = 0,20D
297
A intensidade das chuvas (i) a medida da quantidade de chuva que cai numa rea
num certo tempo.
EXEMPLO:
Uma chuva de 10mm/h, significa que em 1 hora caiu por m, uma altura de gua de
10mm = 1cm = 0,01m. Considerando que no h evaporao nem infiltrao.
Chuva
h = 1cm
1m
1m
298
im =
3462,7 T 0,172
(So Paulo)
( t 22)1,025
im =
5950 T 0,217
(Curitiba)
(t 26)1,15
im =
2085 T 0,213
(Maring)
( t 10)1,09
OBSERVAO: Para transformar a unidade mm/h para l/s . ha, basta dividir pelo
fator de transformao 0,36.
20.2.1. Conceito
Para se decidir o grau de proteo conferido populao com a construo das obras
de drenagem, deve-se determinar a vazo de projeto. Deve-se, tambm, conhecer a
probabilidade (possibilidade de ocorrncia) P de o valor de uma determinada vazo ser
igualado ou superado em um ano qualquer. A vazo de projeto imposta de tal forma que sua
299
EXEMPLOS:
1.
Significa: Essa chuva s ocorre com essa intensidade (ou maior) uma vez em cada 5
anos. Tambm podemos dizer que a possibilidade de ocorrncia de 20% (1/5).
2.
1.
Quanto maior for o perodo de retorno, maiores sero os valores das vazes de
obra e as conseqncias quando no fizer tal obra, como os transtornos para a comunidade
quando houver inundaes, alagamentos com certa freqncia e acidentes com prejuzos
calculveis como, por exemplo, a destruio de aterros e incalculveis como morte de
animais, pessoas, etc.
O emprego de um perodo de retorno maior, qualquer que seja o seu valor, significa
que o engenheiro quer adotar um risco calculado. Todavia, h uma possibilidade de que
aquele perodo de retorno da chuva ser excedido ao menos uma vez em N anos.
4.
cruzamentos (depende da freqncia e durao), tem menos importncia que numa zona
300
Tipo de obra
Tipo de ocupao
Perodo de retorno (anos)
Micro-drenagem
Residencial
2
Micro-drenagem
Comercial
5
Micro-drenagem
Edifcios de servios ao pblico
5
Micro-drenagem
Aeroportos
2-5
Micro-drenagem reas comerciais e artrias de trfego
5-10
Macro-drenagem
reas comerciais e residenciais
50-100
Macro-drenagem
reas de importncia especfica
500
Fonte: CETESB
De um modo geral:
-
o tempo que decorre entre o cair da primeira gota at o cair da ltima gota na rea
em estudo.
Escolhido o tempo de recorrncia ainda h a necessidade de se estabelecer o tempo de
durao da chuva que deve estar associado precipitao que poder causar a maior vazo de
pico em uma seco considerada.
Mostra-se que essa durao da chuva, para a qual ocorre a maior vazo de pico
aproximadamente igual ao perodo de tempo que uma gota de gua terica precipitada no
301
ponto da bacia mais distante da seco considerada, leva para atingir essa seco, ou seja, o
tempo necessrio para que toda a rea de drenagem passe a contribuir para a vazo na seo
estudada. Portanto, a maior vazo de pico dada quando: o tempo de durao da chuva
igual ao tempo de concentrao.
Em sntese:
CHUVAS
-
302
GEORGE RIBEIRO
ts
16 L
(1,05 0,2. p) . (100.I ) 0,04
Onde:
L comprimento do maior percurso (talvegue) em Km.
I declividade mdia do percurso em m/m.
TAL
VEG
UE(
L)
KERBY
nL
ts = 1,44
0 , 47
Onde:
ts tempo de escoamento superficial em minutos
L comprimento do maior percurso em metros
I declividade do percurso (mdia) em metro por metro
n coeficiente relativo natureza do terreno (tabela)
A tabela 16 nos d o valor de n para a frmula de Kerby, em funo da natureza do
terrreno.
303
Caracterstica do terreno
Superfcie lisa e impermevel
Terreno endurecido e desnudo
Pasto ralo, superfcie desnuda e moderadamente spera
Pasto denso (altura mdia)
Vegetao baixa e densa
n
0,02
0,10
0,20
0,30
0,40
20.5.1. Conceitos
304
tc = tS1 + tS2
Onde:
tS1: o tempo que leva uma gota de gua caindo em um ponto extremo da bacia, at
chegar ao vale de maior extenso (talvegue). Em geral se caracteriza por pequenas alturas de
lminas dgua e baixas velocidades. Pode ser calculada pela frmula de George Ribeiro
adaptada.
0,091.n.L
im0,5 .I m0, 4
0 ,8
ts2
Onde:
n o coeficiente de rugosidade de Manning (s/m5/2).
L o comprimento do trecho.
im total precipitado em 24 horas para recorrncia de 2 anos (mm).
Im a declividade mdia do terreno (m/m).
A tabela a seguir (Tabela 17) apresenta alguns valores de n para escoamento em
superfcies.
TABELA 17 Valores de n para escoamento em superfcies.
Tipo de Superfcie
Asfalto liso
Concreto liso/ rugoso
Pisos cermicos
Pavimento intertravado/ paraleleppedo
Gramados (esparsos/ densos)
Vegetao arbustiva (leve/ densa)
Plantaes rasteiras (normais)
n (Manning)
0,011
0,012
0,015
0,024
0,15/0,24
0,40/0,80
0,13
ts2: o tempo que leva uma gota de gua para percorrer o talvegue at a primeira boca
de lobo. Ocorre aps o trecho sobre a superfcie ts1, onde o escoamento tende a se concentrar,
formando canais rasos. Pode ser calculado pela seguinte frmula.
tS 2
Onde:
L o comprimento do trecho (m).
L
V
305
isto :
tp
L
V
1
n
Onde, V .I 1/ 2 .RH2 / 3
Portanto:
tc tS1 tS 2 t p
306
Consideraes:
01) Quando em uma rea de drenagem, a durao da chuva corresponde a toda a rea
da bacia que contribui para o escoamento, ou seja, o tempo de durao igual tempo de
concentrao da chuva, a vazo ser dita mxima ou crtica ou ainda vazo de pico.
02) Se por acaso o percurso da gua que aflui a um determinado ponto puder ser
efetuado de maneiras distintas, considera-se o maior tempo de percurso.
307
308
b)
Coeficiente C
0,70 a 0,90
0,50 a 0,70
0,25 a 0,50
0,10 a 0,20
Natureza da Superfcie
Cobertura das construes
Pavimentao de concreto
Pavimentao asfltica em bom estado
Pavimentao asfltica m conservada
Pavimentao a paraleleppedos com
juntas argamassadas
Pavimentao a paraleleppedos sem
rejuntamento
Pavimentao de pedras irregulares sem
rejuntamento
Revestimento de macadame
Revestimento de cascalho
Terreno desnudo
Terrenos livres e ajardinados/ gramados
- solos arenosos
1 2%
2% < I < 7%
I 7%
- solos pesados (argilosos)
1 2%
2% < I < 7%
I 7%
Coeficiente C
0,70 a 0,95
0,80 a 0,95
0,85 a 0,90
0,70 a 0,85
0,75 a 0,85
0,50 a 0,70
0,40 a 0,50
0,25 a 0,60
0,15 a 0,30
0,10 a 0,30
0,05 a 0,10
0,10 a 0,15
0,15 a 0,20
0,15 a 0,20
0,20 a 0,25
0,25 a 0,30
309
b)
Para estimar a vazo pluvial (vazo de pico), a frmula mais utilizada a chamada
frmula racional.
Qp = C im A
Onde:
Qp a vazo pluvial, em l/s
C coeficiente de escoamento, superficial ou de deflvio ou de Runoff.
im intensidade mdia de chuva (mxima mdia), em l/s ha
A rea de drenagem, em h
310
OBSERVAES:
1)
2)
EXERCCIOS
01)
(l/s.ha)
350
contribuio unitria
300
250
200
150
100
50
10
00
20
30
40
50
60
Tempo (minutos)
Considerando o tempo necessrio para que toda a rea de drenagem passe a contribuir
para a vazo na seo considerada; determine o tempo de durao da chuva em minutos, o
tempo de concentrao em minutos e a intensidade de precipitao em litros por segundo por
hectare.
02)
superficial oriundo de uma rea estritamente comercial de 2,50 ha, com um coeficiente de
escoamento superficial correspondente as reas adjacentes ao centro, com ruas pavimentadas.
Se o tempo de concentrao previsto para o incio do trecho de 16,6 minutos, calcular a
311
03)
Observe as subreas e determine o coeficiente de escoamento superficial (C) para toda rea
em questo.
10m
Parque
(gramado)
10m
10m
Bairros
(alguns
prdios)
rea Comercial
Central
(prdios)
c=0,80
Pavimentao Asfltica
20m
Rua
c=0,15
40m
Rua
30m
20m
c=0,60
B.L
Rua
c = 0,90
c=0,20
04)
Parque
(gramado)
rea sem
melhoramentos
(desnuda)
Rua
40m
B.L
c=0,15
superficial oriundo de uma rea de 1,85ha, onde 18% correspondem a ruas asfaltadas e bem
conservadas, 6% correspondem pavimentao de concreto, 46% de gramados em solos com
declividade de 3%, alm de 30% de telhados cermicos. A sua inclinao mdia de 2%. Se o
tempo de concentrao previsto para o incio do trecho de 14 minutos, calcular a vazo de
jusante do mesmo.
05)
inclinao, bem urbanizada (rea adjacente ao centro), onde 22% correspondem a ruas
asfaltadas e bem conservadas, 8% de passeios cimentados, 36% de ptios ajardinados e 34%
de telhados cermicos. Que setor da rea urbana parece ser este (c)?
06)
seguir) possui 28m x 30m, onde a sua rea plana, impermevel e a declividade linear e
est indicada pela seta. Considerando ainda que as linhas 01, 02, 03, ..., 12, so paralelas
312
canaleta e que as gotas cadas na linha 1, levam 1 minuto para chegar na canaleta, na linha 2,
levam 2 minutos e assim sucessivamente at a linha 12.
Tempo de recorrncia: 5 anos.
Vazo (l/s)
28m
12
30
11
10
25
TO
9
8
7
6
5
4
3
ES
2
1
IO
C
TA
AM
N
EN
20
30m
15
10
5
0
CANALETA
Tempo (min)
5
10
15
20
25
30
35
Determinar:
6.1
Respostas:
01)
td = 30 minutos
tc = 30 minutos
im = 357 l/s.ha
02)
Qj = 397 l/s
03)
C = 0,48
04)
Qj =
05)
C=
06)
313
21.1. INTRODUO
Permitem que as guas superficiais percorram o terreno coberto por vegetao (ex:
grama). Em reas pouco permeveis devem ser instalados drenos para eliminar guas
paradas.
314
315
21.2.6. Infiltrao
1. Vazo afluente
2. Vazo efluente
Qa
Qe
(1)
(2)
Tempo
316
Recreacionais.
Paisagistas.
Abastecimento.
OBSERVAO: Estas bacias podem ser usada em pocas de estiagens para lazer,
como por exemplo futebol.
DIMENSIONAMENTO
317
Volume de Reservao
(rea do tringulo ABCD)
Onde:
VR o volume de reservao para obter a condio original e ou natural anterior
urbanizao, isto , impacto ambiental zero.
Revestimento:
-
Concreto.
Vegetao (grama).
Taludes:
-
Furma:
-
Profundidade:
etc.
318
Cobertura:
-
estacionamento, etc.
Estrutura de Entrada:
-
Estrutura de Sada:
-
21.6.1. Consideraes
21.6.2. Procedimentos
Manter tanto quanto possvel o traado natural do rio ou crrego com suas
curvas e alargamentos.
-
declividades naturais.
-
contidas no leito menor. No leito maior devem ser previstos parques e reas de lazer.
319
21.7. POLDERS
21.8.1. Objetivos
VR = 0,15 . AT . p . td
Onde:
VR - o volume do reservatrio em m3;
AT - a rea impermevel do terreno em m2;
p a precipitao para 60 mm/h (0,06m/h);
td tempo de durao da chuva (1h).
OBSERVAO: Para reas de estacionamentos, alm da reservao, obrigado
deixar uma rea permevel de 30% da rea do terreno.
320
21.9. CALADES
21.9.1. Consideraes
No tm sarjetas.
A captao feita por caixas grelhadas com as aletas das grelhas em ferro
fundido inclinadas que d mais segurana aos pedestres cegos com bengalas e mulheres com
salto alto. Figura 78.
321
EXERCCIO
2%
3,00
3,50
4,00
5,00
8,00
8,00
8,00
10,00
14,00
15,00
16,00
20,00
LARGURA
TOTAL DA RUA
PASSEIO
(calada + grama)
PISTA
(m)
2%
322
323
324
22.2.SARJETAS
Sarjetas so calhas coletoras de gua pluviais oriundas das ruas e avenidas localizadas
entre o trmino da pista (leito carrovel) e os meios fios.
Se no houver vazo excessiva o abaulamento das vias pblicas faz com que as guas
provenientes da precipitao escoem nas sarjetas. O excesso de vazo ocasiona inundaes
das caladas, e as velocidades altas podem at erodir o pavimento, portanto as sarjetas tm as
funes de evitar inundao do passeio e certa faixa da pista conseqentemente dar segurana
aos pedestres e veculos.
A figura 79 mostra em detalhe de uma sarjeta, meio-fio e pavimentao usada pela
Secretaria Municipal de Servios Pblicos de Maring.
0,10
0,15
CAPA CBUQ
0,10
0,10
2%
0,15
0,25
325
n = 0,012
Pavimento de asfalto
textura lisa
n = 0,013
textura spera
n = 0,016
textura lisa
n = 0,013
textura spera
n = 0,015
onde:
y altura da guia-meio fio (y 15cm)
y0 altura da lmina de gua mxima nas sarjetas (y0 10cm)
faixa mxima de inundao
Considerando a figura 11, temos:
A=
y0
(rea molhada)
2
326
RH =
y0
2 (y 0 y 02 2 )
(raio hidrulico)
Dadas:
Q = A V (equao da continuidade)
2
nQ
= A R H3 (composio de frmulas)
I
A R H3 I
Q=
n
Portanto:
y0
1
Q=
2n
2 y 0 y 02 2
Chamando:
N=
2
3
y0
1
, temos
2n
2 y 0 y 02 2
Qs = N
CONSIDERAES:
01)
sarjetas onde = 0,30m e y0 = 0,10m at no mximo onde a gua escoa por toda a calha da
rua onde varia para cada tipo de rua desde a guia at o eixo da rua e y0 = 0,15m.
02)
03)
A vazo na sarjeta (capacidade da sarjeta) deve ser maior dada pelo mtodo
327
04)
Quando a vazo pluvial na sarjeta Qp for igual ou maior que a vazo na sarjeta
Para o clculo da vazo em sarjetas tambm pode ser usada a seguinte frmula
elaborada por Izzard.
Qs = 0,375
Z
y0 I 2
n
Ou
QS K . I
onde:
Qs: vazo na sarjeta em m3/s.
y0: altura da gua na sarjeta no alinhamento do meio fio, em m.
Z: inverso da declividade transversal da sarjeta (Z = tg0 =
I: declividade em m/m.
K: tabelado (anexo) em l/s.
).
y0
328
329
22.3.1. Definio
pedestres.
4.
330
K:
24 e 48.
As bocas de lobo com entrada pela guia so as mais utilizadas em nosso Pas.
Podemos observar que a gua escoando pela sarjeta ao entrar pela abertura na guia ela precisa
mudar de direo. Quanto maior a declividade da sarjeta maior a porcentagem de gua que
passa pela boca de lobo sem ser captada. Para aumentar a porcentagem de captao da gua
pela boca de lobo recomendado um rebaixamento (depresso) na sarjeta de uns 5 cm junto a
boca de lobo direcionando o fluxo.
O comprimento da abertura depende de vrios fatores, como a vazo mxima
receber, a altura da lmina de gua na sarjeta ao encontrar a boca de lobo e a depresso na
sarjeta ao longo da boca de lobo. A caixa de captao (alvenaria de tijolo ou bloco de
concreto) fica situada sob o passeio e possui tampa em concreto armado.
A altura mxima da abertura varia de 10 a 13 cm geralmente limitada pela altura da
guia (meio fio) que em torno de uns 15 cm.
Se as guas se acumularem sobre a boca de lobo (em ponto baixo da sarjeta) e a altura
da carga de gua for menor que a altura da abertura na guia, esse tipo de boca de lobo passa a
funcionar como um vertedor de parede espessa, horizontal, cuja vazo Q dada pela frmula
a seguir.
Q = 1,705 Cd L y 0
Onde:
Q: vazo em m3/s
Cd: coeficiente de vazo
3
2
331
Se a altura da gua sobre o local for maior do que o dobro da altura da abertura na
guia, a vazo ser dada pela frmula de orifcios.
Q = 3,101 L h
Onde:
Q = vazo em m3/s
L: comprimento da abertura da B.L. em metros
h: altura da abertura na guia em metros
y: profundidade da gua acima da cota mdia da abertura na guia em metros.
A figura a seguir (Figura 81) mostra uma boca de lobo com abertura na guia.
332
LATERAL
Figura 81 Planta, vista lateral e corte transversal de uma boca de lobo com abertura na guia.
333
nQ
Qc
1
0
= 5,44K
L
( tg ) 9/16 I
9 / 16
EXERCCIO
vazo montante.
2-
a vazo a ser captada para uma boca de lobo com 0,80m de comprimento de
4-
334
E0 =
V02
+ y0
2g
ou seja,
E0 =
0,0468
tg 0
I
n
Q0 +
1,445
( tg 0 )
n Q0
w
w
a
tg 0
V
V2
+ y = 0 + y0 + a
2g
2g
E
- 1
y
L Fr
a tg
0,45
1,12 M
335
h) capacidade de captao
Q
= (k + c) y3/2 g1/2
L
i) quadros e grficos
2
funo de Q0,
V0
+ y0 (em centmetros) em
2g
I
e z = tg0 apresentados no Quadro 1.
n
2
Figura 84 Valores de E0 = V0 + y0 em centmetros.
2g
336
337
E0
E0
338
EXERCCIO
2)
3)
4)
os valores de M e de C (adimensionais).
339
0,4
a
1,4
e
1,0
y0
2,0
d
0,7
y0
2,0
a
5,0
L0
200,0
d
340
GUIA
d
e
a
3
Q
= 1,655 . y 0 2
P
na qual:
Q
= vazo por metro linear de permetro da boca de lobo.
P
1
Q
= 2,91 y 0 2
A
Na qual:
Q
= vazo por metro quadrado de rea de abertura da grade, excluindo as reas
A
341
OBSERVAO: O resultado deve ser divido por 2, (50% suja) para levar em conta
um possvel entupimento parcial, supondo que somente a metade do permetro utilizada.
Q0 = 0,375 y 0 3
L0
V0
I 2
Z 0
n
g
=m
y0
342
L=
M Q0 4
(tan 0 )
w0 - w
b)
I/n
onde:
L0: comprimento da grade para captar toda a vazo, em m.
0: ngulo entre a seo transversal da sarjeta e a vertical (guia).
w0: largura da sarjeta ocupada pelo escoamento Q0, em m.
w: largura da grade, em m.
V0: velocidade de escoamento na sarjeta montante da boca de lobo, em m/s.
343
EXERCCIO
Dados de uma boca de lobo com grades Q0 = 60/s; I = 0,04m/m; n = 0,020; tg0 = 12
e w = 0,46m.
Determinar:
1)
2)
3)
o valor de M;
4)
5)
6)
Possuem uma abertura no alinhamento do meio fio e outra (grelha) ao nvel da sarjeta,
geralmente so utilizadas em pontos baixos, passveis de maiores obstrues e/ou carente de
melhor manuteno.
Via de regra, a abertura ao longo do meio fio fica defronte a abertura ao nvel da
sarjeta, ambas com o mesmo comprimento, igual ao da boca de lobo.
Esta forma de boca de lobo figura 92 foi adotada em Ribeiro Preto que consiste em
um aumento na entrada da boca de lobo, sem que haja aumento da caixa da mesma.
344
Cx
Sarjeta
Sarjeta
30
01.
10cm na abertura da boca de lobo para reter materiais normalmente leves de grandes
dimenses (garrafas de plstico vazias etc.).
03.
Em pontos baixos e/ou em sarjetas com grandes vazes podero ser usadas
Tanto a obstruo causada por detritos (lixo, folhas, flores, tipo de solo, etc.)
como as irregularidades do pavimento das vias pblicas prximo s sarjetas fazem com que a
capacidade de engolimento das bocas-de-lobo seja inferior a calculada, variando de 60 a
80%.
A seguir temos a figura 93 que mostra uma boca-de-lobo, conduto de ligao e uma
caixa de ligao sugerida pela Secretaria Municipal de Servios Pblicos da cidade de
Maring.
345
346
EXERCCIOS
01)
Determine o menor valor para L de modo que a vazo que passa sem ser captada seja
menor que 10 l/s.
02)
Determinar:
a) a energia especfica na boca de lobo.
o nmero de Froude.
b) a capacidade de captao da B.L.
c) a vazo que passa pela B.L. sem ser captada.
347
e o PV.
348
349
350
Figura 97 Poo de visita e queda recomendado pela Secretaria Municipal de Servios Pblicos de
Maring.
Exemplos:
1)
351
2)
352
3)
da cidade de Maring.
3.1)
353
3.2)
354
355
23.1.6.1. Conceito
A maior vazo dada por y(lmina de gua) = 81% de D(dimetro), mas para efeito
de clculo (planilha) o dimetro pode ser calculado para a seo plena.
Os dimetros recomendados pela Secretaria do nosso Municpio so:
0,60; 0,80; 1,00; 1,20; 1,40; ..................................................2,20.
356
23.1.6.4. Profundidade
altura da boca-de-lobo
b)
c)
Hmn = 0,90m
b)
c)
Para que o projetista tenha condies de optar por uma concepo de rede de galerias e
efetuar o clculo do sistema, faz-se necessrio que inicialmente o mesmo tenha em mos uma
srie de levantamentos de dados inerentes a rea em estudo. Este material basicamente
constitudo dos seguintes documentos:
357
358
bacias e sub-bacias da rea, em funo dos pontos de lanamento final (sugesto: trao + dois
pontos);
2 -
3 -
ponto);
Exemplo:
45
45
45
45
45
45
45
45
359
4 -
(pequenos retngulos);
5 -
Cada projetista logicamente tem seu modelo de concepo para um trabalho dentro das
normas existentes e do seu ponto de vista. Isto se torna mais notvel quando se trata de
precaues prprias quanto segurana e eficincia do projeto implantado. Dentre os
procedimentos prticos freqentemente usados um clculo de sistemas de galerias pluviais
podem ser citados:
a)
trechos com alta declividade (superior a exigida por Normas) criar PVs
360
locar o ltimo trecho da galeria principal com base no NAmx do rgo receptor
Comprimento (m)
declividade (%)
dimetro (M)
cota do terreno
prof. jusante
prof. montante
Terreno
outras ruas.
361
EXERCCIO
1.1. Indicar por meio de setas o sentido de escoamento nas ruas e sarjetas,
localizar a primeira e as demais bocas de lobo mostrando as reas de contribuio.
362
1.2. Traar a galeria de guas pluviais (BL, CL, CX, PVs) e preencher a planilha.
363
Data:
Clculo:
Profundidade
da galeria
Jusante
Montante
Montante
Jusante
Cota da
galeria
Jusante
Cota do
terreno
Montante
Capacidade
Mxima (m3/s)
Velocidade (m/s)
Dimetro (mm)
Declividade (m/m)
tc
Vazo pluvial
(m/s3)
tp
Projeto:
Intensidade (mm/h)
Acumulada
Simples
Comprimento (m)
Nome da via:
Chuva crtica:
Coeficiente de escoamento superficial C=
rea de
Tempo
contribuio
(min)
(ha)
Trecho
Folha:
Profund. do
P.V. de
jusante (m)
Obs.
364
EXERCCIOS
01)
seo plena
02)
Idem ao exerccio anterior (01) s que, em vez de ser seo plena dever ser
y
= 0,50.
D
Dados de uma rua (A B) onde ser construda uma galeria de guas pluviais.
03)
relao y/D = 1
365
Determinar:
a)
b)
04)
rua residencial
366
1.
SUMRIO
2.
INTRODUO
3.
OBJETIVOS E FINALIDADE
4.
MEMORIAL DESCRITIVO
4.1 Estudos da regio.
4.2 Plantas Topogrficas.
4.3 Tempo de Durao (td), tempo de concentrao (tc) e tempo de percurso (tp).
4.4 reas de Contribuio.
4.5 Intensidade de Chuva na Regio.
4.6 Estimativa da Vazo Pluvial.
4.7 Partes Constitutivas do Sistema (sarjetas, bocas de lobo, condutos de ligao, caixas
de ligao, poos de visita, galeria propriamente dita e o dissipador de energia).
5.
MEMORIAL DE CLCULO
5.1 Intensidade da Chuva.
5.2 Vazo Pluvial.
5.3 Declividades e velocidades.
367
5.4 Dimetros.
5.5 Dimensionamentos (boca de lobo, caixa de ligao, condutos de ligao, galeria,
etc.).
6.
7.
PLANILHA DE CLCULO.
8.
CONCLUSO.
9.
REFERNCIAS.
10. ANEXOS.
368
369
24. CONCLUSO
Sabemos que com a melhoria dos sistemas de esgotos sanitrios (rede de esgoto)
melhoraro os nveis de saneamento, sade e bem estar das comunidades beneficiadas. Porm,
esse sucesso depende muito da conscientizao da populao, recursos dos governos
municipais, estaduais e federais.
Conclumos que de nada adianta ter um exemplar sistema de abastecimento de gua se
no coletar, transportar e tratar adequadamente a mesma. Sem esta coleta, rios, lagos e mares
sero poludos, doenas aparecero e o meio ambiente ser comprometido.
Os prejuzos devidos s inundaes na drenagem urbana nas cidades brasileiras tm
aumentado exponencialmente, reduzindo a qualidade de vida e o valor das propriedades. Este
processo decorrncia da urbanizao e a conseqente impermeabilizao junto com a
canalizao do escoamento pluvial. As obras e o controle pblico da drenagem tm sido
realizados por uma viso local e setorizada dos problemas, gerando mais impactos do que os
pr-existentes e desperdiando os poucos recursos existentes nas cidades.
preciso organizar o espao urbano para integrar e harmonizar os diferentes sistemas
de infra-estrutura. Isso requer um esforo coletivo em nveis tcnico, poltico, legislativo, de
participao da comunidade, entre outros.
Para novas urbanizaes devemos sempre pensar em projeto integrado e isto ,
integrar solues de esgotamento sanitrio, de coleta e disposio de resduos slidos e de
drenagem urbana. Promover aes de educao e informao do usurio para esta gesto
integrada em saneamento ambiental.
370
371
372
Data:
Clculo:
Profundidade
da galeria
Jusante
Montante
Montante
Jusante
Cota da
galeria
Jusante
Cota do
terreno
Montante
Capacidade
Mxima (m3/s)
Velocidade (m/s)
Dimetro (mm)
Declividade (m/m)
tc
Vazo pluvial
(m/s3)
tp
Projeto:
Intensidade (mm/h)
Acumulada
Simples
Comprimento (m)
Nome da via:
Chuva crtica:
Coeficiente de escoamento superficial C=
rea de
Tempo
contribuio
(min)
(ha)
Trecho
Folha:
Profund. do
P.V. de
jusante (m)
Obs.
373
374
Q(m 3 / s)
I0
375
D = dimetro
Vsp = velocidade a seo plena
Qsp = vazo a seo plena
Y = altura da lmina lquida
y/D
Vy/Vsp
Qy/Qsp
y/D
Vy/Vsp
Qy/Qsp
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
0,08
0,09
0,10
0,12
0,14
0,16
0,18
0,20
0,22
0,24
0,26
0,28
0,30
0,32
0,34
0,36
0,38
0,40
0,07
0,12
0,17
0,21
0,26
0,29
0,32
0,35
0,38
0,41
0,46
0,50
0,55
0,60
0,63
0,66
0,70
0,73
0,76
0,79
0,82
0,84
0,86
0,88
0,90
0,0001
0,0006
0,0015
0,003
0,005
0,007
0,010
0,013
0,017
0,02
0,03
0,04
0,06
0,07
0,09
0,11
0,13
0,15
0,17
0,20
0,23
0,25
0,28
0,31
0,34
0,42
0,44
0,46
0,48
0,50
0,52
0,54
0,56
0,58
0,60
0,62
0,64
0,66
0,68
0,70
0,72
0,74
0,75
0,76
0,78
0,82
0,86
0,90
0,94
0,98
0,93
0,95
0,97
0,98
1,00
1,02
1,03
1,05
1,06
1,07
1,08
1,09
1,10
1,11
1,12
1,12
1,12
1,12
1,13
1,13
1,13
1,13
1,12
1,10
1,06
0,37
0,40
0,41
0,47
0,50
0,54
0,57
0,60
0,64
0,67
0,70
0,74
0,77
0,80
0,83
0,86
0,89
0,90
0,92
0,94
0,99
1,03
1,06
1,07
1,05
376
y = Altura dgua
377
Qs = N .
DRENAGEM DE VIAS
Largura da Rua
Largura da Sarjeta
Declividade Transversal da Sarjeta
Coeficiente de Manning (n)
Largura Inundada
Profundidade
m
cm
0,15
0,7
0,30
1,5
0,40
2,0
0,50
2,5
0,60
3,1
0,70
3,7
0,80
4,3
0,90
5,0
1,00
5,6
1,10
6,3
1,20
7,0
1,30
7,6
1,40
8,3
1,50
8,9
1,60
9,6
1,70
10,2
1,80
10,8
1,90
11,4
2,00
11,9
2,10
12,5
2,20
12,9
2,30
13,4
2,40
13,8
2,50
14,1
2,60
14,4
2,70
14,6
2,80
14,8
2,90
14,9
3,00
15,0
N (l/s)
8
5
12
24
42
67
101
144
197
262
339
427
528
641
764
898
1040
1188
1341
1496
1650
1800
1942
2072
2186
2282
2354
2399
2415
6,00m
0,30m
0,05m/m
0,016
rea
cm2
5
22
40
65
97
136
183
238
300
369
446
529
618
713
813
916
1021
1129
1236
1342
1445
1544
1637
1721
1796
1858
1905
1935
1946
378
DRENAGEM DE VIAS
Largura da Rua
Largura da Sarjeta
Declividade Transversal da Sarjeta
Coeficiente de Manning (n)
Largura Inundada
Profundidade
m
cm
0,15
0,7
0,30
1,5
0,40
2,0
0,50
2,5
0,60
3,0
0,70
3,6
0,80
4,1
0,90
4,7
1,00
5,2
1,10
5,8
1,20
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1,30
6,9
1,40
7,5
1,50
8,1
1,60
8,6
1,70
9,2
1,80
9,7
1,90
10,2
2,00
10,7
2,10
11,2
2,20
11,6
2,30
12,1
2,40
12,5
2,50
12,9
2,60
13,3
2,70
13,6
2,80
13,9
2,90
14,2
3,00
14,4
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14,6
3,20
14,7
3,30
14,9
3,40
14,9
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15,0
N (l/s)
8
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1084
1217
1354
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1634
1774
1911
2043
2167
2282
2386
2475
2547
2602
2635
2647
7,00m
0,30m
0,05m/m
0,016
rea
cm2
5
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93
128
170
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1084
1182
1282
1381
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1575
1667
1756
1839
1915
1984
2043
2092
2129
2152
2160
379
DRENAGEM DE VIAS
Largura da Rua
Largura da Sarjeta
Declividade Transversal da Sarjeta
Coeficiente de Manning (n)
Largura Inundada
Profundidade
m
cm
0,15
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0,90
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1,00
5,0
1,10
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1,30
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1,40
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1,50
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1,60
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1,70
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1,90
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2,00
9,9
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2,40
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2,60
12,3
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2,80
12,9
2,90
13,2
3,00
13,5
3,10
13,8
3,20
14,0
3,30
14,2
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3,50
14,6
3,60
14,7
3,70
14,8
3,80
14,9
3,90
14,9
4,00
15,0
N (l/s)
8
5
12
23
38
58
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1029
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1774
1901
2026
2147
2263
2372
2474
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2773
2814
2839
2848
8,00m
0,30m
0,05m/m
0,016
rea
cm2
5
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1703
1790
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1952
2027
2096
2159
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2262
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2330
2348
2354
380
DRENAGEM DE VIAS
Largura da Rua
Largura da Sarjeta
Declividade Transversal da Sarjeta
Coeficiente de Manning (n)
Largura Inundada
Profundidade
m
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N (l/s)
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3021
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2485
2508
2522
2522
381
DRENAGEM DE VIAS
Largura da Rua
Largura da Sarjeta
Declividade Transversal da Sarjeta
Coeficiente de Manning (n)
Largura Inundada
Profundidade
N (l/s)
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3163
Vias de seo parablica
10,00m
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cm2
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1564
1645
1725
1803
1881
1957
2030
2102
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2300
2360
2415
2467
2513
2555
2622
2664
2679
382
DRENAGEM DE VIAS
Largura da Rua
Largura da Sarjeta
Declividade Transversal da Sarjeta
Coeficiente de Manning (n)
Largura Inundada
Profundidade
N (l/s)
m
cm
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1030
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1804
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1903
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12,7
2002
3,50
12,9
2100
3,60
13,1
2197
3,70
13,3
2292
3,80
13,4
2385
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2803
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14,9
3224
5,30
14,9
3267
5,50
15,0
3281
Vias de seo parablica
11,00m
0,30m
0,05m/m
0,016
rea
cm2
5
22
39
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88
118
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2011
2080
2148
2214
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2641
2712
2765
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DRENAGEM DE VIAS
Largura da Rua
Largura da Sarjeta
Declividade Transversal da Sarjeta
Coeficiente de Manning (n)
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N (l/s)
m
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Vias de seo parablica
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Declividade Transversal da Sarjeta
Coeficiente de Manning (n)
Largura Inundada
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DRENAGEM DE VIAS
Largura da Rua
Largura da Sarjeta
Declividade Transversal da Sarjeta
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Largura Inundada
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3007
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