Parâmetros Hemodinâmicos

PARMETROS HEMODINMICOS
FREQUNCIA CARDACA
o nmero de vezes que o corao bate por minuto; pode ser verificada nas
artrias radial, temporal, inguinal, prcordial e cartida (baro e quimioreceptores/
bradicardia de at 14%). Os padres de normalidade so:
60 a 80 BPM p/ homens;
70 a 90 BPM p/ mulheres;
90 a 120 BPM p/ crianas.
Quanto ao tempo de contagem: em 6 seg. x 10; 10seg x 06; 15seg x 04 ou 30seg x 2.
A FC medida nos 15 segundos aps o exerccio deve ser acrescida de 2% a 3%,
de modo a refletir mais acuradamente o valor da FC do exerccio. ARAUJO (1986, p.19).
O aumento da F.C. est diretamente relacionado com o aumento do consumo de
oxignio, portanto se em um exerccio monitorado ou em um teste de esforo houver
aumento das cargas sem uma resposta paralela da F.C. pode ser considerado como
indicativo de isquemia tornando-se necessria a interrupo do esforo. MARINS (1998,
p. 161)
A intensidade dos esforos fsicos o principal determinante da utilizao dos
sistema de produo de energia predominante. Portanto, estabelecer a freqncia
cardaca mxima de esforo do indivduo um atributo preponderante na prescrio da
intensidade dos esforos fsicos. De posse desta, torna-se possvel determinar os limites
de freqncia cardaca equivalente a intensidade dos esforos fsicos desejados
utilizando-se da freqncia cardaca de reserva que corresponde diferena entre a
freqncia cardaca mxima e a de repouso. GUEDES (1998, p.207). Assim utilizamo-nos
dos seguintes clculos.
220 - idade do indivduo = freqncia cardaca mxima de esforo (Karvonen)
F.C. mxima - F.C. repouso = freqncia cardaca de reserva
F.C. reserva x intensidade de esforo desejada (40%~80%) + F.C. repouso = Limites
Inf./Sup.
PRESSO ARTERIAL
a fora que movimenta o sangue atravs do sistema circulatrio. Esta fora
uma resposta da tonicidade da parede das artrias ao resistir a presso de ejeo do
sangue pelo ventrculo esquerdo.
A presso mais alta denominada presso sistlica (sstole ventricular) e a mais
baixa denominada presso diastlica (distole ventricular).
Para um adulto jovem, em condies normais, a P.A. normal varia entre 110130mmHg (Sstole) e entre 75-90mmHg (Distole), sendo o valor mdio para ambas:
120/80mmHg. Quanto menos idade menores devem ser os valores e em idosos os
valores variam de 140~160 (PAS) / 90~100 (PAD).
Tabela 01- Classificao da presso arterial para adultos > 18 anos

______________________________________________________________________
CATEGORIA
P.A. Sistlica (mmHg)
P.A. Distolica (mmHg)
______________________________________________________________________
TIMA
< 120
<80
NORMAL
< 130
<85
NORMAL-ALTA
130~139
85~89
HIPERTENSO
Estgio 01 (LEVE)
140~159
90~99
Estgio 02 (MODERADA)
160~179
100~109
Estgio 03 (SEVERA)
> 180
>110
______________________________________________________________________
(VI Report of the Joint National Committe on Prevention, Detection, Evaluation, and
treatment of High Blood Pressure, NOV. 1997)
Em esforo aceitvel o aumento da PAS paralelamente ao incremento da carga
at o final deste, quando ento dever retornar rapidamente ao nvel prximo ao de
repouso. J a PAD varia muito pouco, no sendo comum alteraes significativas dos
valores obtidos durante o repouso. MARINS (1998, p.163).
Curva de variao da P.A. em funo do tempo, durante um teste de esforo.
PRESSO ARTERIAL MDIA

A determinao de seu valor torna-se importante a medida que, determina a
velocidade do fluxo sangneo atravs do aparelho circulatrio.
Os valores para a PAM em repouso esto entre 90~100 mmHg e o mximo igual
a 130mmHg .
O clculo da Presso arterial mdia, segundo McArdle, Katch & Katch (1998,
p.258) d-se pela relao: P.A.M = PAD + [0,333 (PAS-PAD) ]
Ex: P.md. = 89 + [0,333 (127-89) ]
P.md. = 102 mmHg
OBS: Dividindo-se o resultado da PAM pelo Dbito Cardaco, podemos obter
indiretamente o valor da resistncia ao fluxo no interior das artrias ( Resistncia
Perifrica Total expressa em mmHg). Ou seja, pela relao:
R = PAM / Q
onde:
R - resistncia ao fluxo;
PAM - Presso arterial mdia;
Q - Dbito cardaco
Em situao de repouso podemos considerar uma PAS = 120 e a PAD = 80, assim
a PAM igual a 93,3 mmHg e um Dbito Cardaco de 5,0 L/min. Introduzindo estes
valores na frmula acima teramos uma resistncia perifrica total de 18,7 mmHg por litro
de fluxo sangneo.
Porm em exerccio esta resistncia pode sofrer redues drsticas. Se em
exerccio tivermos um Q = 35 L/min e uma PAM = 130 mmHg, a resistncia seria de 3,71
mmHg por litro por minuto, ou 5 vezes MENOS que nas condies de repouso.
DBITO CARDACO
definido como a quantidade de sangue bombeada por minuto pelo Ventrculo
Esquerdo e a determinao de seu valor representa a eficincia cardaca do indivduo.
Quando em repouso, seus valores mdios oscilam entre 5 e 6 litros por minuto, no
existindo diferenas significativas entre indivduos treinados e destreinados nesta
situao. Porm em esforo as diferenas apresentam-se significativas. Em geral,
segundo FOX et alii (1991, p.178) pode-se dizer que quanto maior for o Dbito Cardaco
mximo, maior ser a potncia aerbica mxima (VO2mx) e vice-versa. O dbito
cardaco mximo de homens treinados pode ultrapassar os 30 L/min. contra 20~25
L/min. alcanados por homens destreinados.
O dbito cardaco resultado do volume de ejeo do Ventrculo Esquerdo
(quantidade de sangue bombeada por batimento) e da freqncia cardaca (nmero de
vezes que o corao bate por minuto). Assim a relao matemtica estabelecida Q =
VE (L/min) x FC. De forma geral, se em repouso o Dbito Cardaco for igual a 5 L/min e a
FC repouso for igual a 60 BPM, teremos o seguinte clculo: 5 / 60 = 0.08 L/batimento ,
sendo este o valor do Volume de Ejeo. Se ao contrrio soubssemos o valor do
Volume de Ejeo (160ml ou 0.16 L/bat.) e a freqncia cardaca fosse de 185 BPM, o
Dbito Cardaco ser: 0.16 L/bat. x 185 BPM = 29.6 L/min.
Porm, para sermos mais precisos, sabendo-se que o dbito cardaco possui
correlao linear com o VO2mx., estabeleceram-se relaes matemticas entre
VO2mx. e Dbito Cardaco (Q). Tais equaes, segundo ARAJO W. (1986, p. 165) tem
alta correlao entre o Q medido diretamente. Estas seguem abaixo:
Homens sadios - Q = VO2 x PT x 0.0046 + 5.31+ 1.24 L/min (r = 0.94)
Q.mx. previsto = 26.5 - 0.17 x idade
Faixa normal entre 13.4 e 24.9 L/min
Mulheres sadias - Q = VO2 x PT x 0.00407 + 4.72
Q.mx. previsto = 15 - 0.071 x idade
Homens cardiopatas - Q = VO2 x PT x 0.0046 + 3.1 (r=0.93)
DUPLO PRODUTO (ou Produto Freqncia - Presso - PFP)

O Duplo Produto o resultado da FC pela PA Sistlica (DP = FC x PAS). A
determinao de seu valor tem importncia a medida que possui elevada correlao
(r=0.88, segundo ARAUJO, 1986, p.169) com a consumo de O2 miocrdico (MVO2),
medidos diretamente em indivduos sadios, atravs de uma ampla gama de intensidade
dos exerccios. McArdle, Katch & Katch (1998, p.267).
Este por sua vez reflete a eficincia mecnica do msculo cardaco (capacidade
de trabalho interno), tal qual o VO2mx. reflete a eficincia funcional do indivduo
(capacidade de trabalho externo), apesar de ambos no possurem correlao.
Valores limites, indicam o limiar de Angina, provocado pela Isquemia induzida
pelo esforo. Conforme ARAUJO W. (1986, p.169) para indivduos que sofreram
revascularizao do miocrdio, tem-se como parmetro um valor igual ou superior a
25.000.
O Duplo Produto tem sido extensamente utilizado nos estudos do exerccios de
pacientes com doenas cardacas, pois um maior trabalho do miocrdio pode impor
riscos desnecessrios s pessoas com um suprimento comprometido de oxignio ao
miocrdio, como ocorre nas coronariopatias.
Em indivduos normais, quando DP for maior que 28.000 h risco agresso ao
aparelho cardio vascular (Isquemia induzida pelo esforo). Este valor, segundo GUEDES
(1998, in curso de especializao) determinado partindo-se dos valores referenciais
mximos para FC e PAS.
28.000 = 170 (acima limiar anaerbico) x PAS
PAS = 28.000 = 165 mmHg (Limite de PAS para qualquer idade.
170
Valor de PAS acima de 165 indcio de Hipertenso ou
outro distrbio aparelho cardio vascular.

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