Legitima Defesa Da Honra
Legitima Defesa Da Honra
Legitima Defesa Da Honra
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Esse artigo foi produzido originalmente para o projeto sobre Crimes de
honra de CIMEL/INTERIGHTS (Project on Strategies to Address Crimes of
Honor. CIMEL Centre of Islamic and Middle Eastern Law, School of
African and Oriental Studies, London University, UK. INTERGITHS
International Centre for the Legal Protection of Human Rights).
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Id., ib.
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Dec. 144/83, Cdigo Penal e modificaes, Dec. 191/96 e Dec. 59/97. cf.
Tamayo, 2000/2001:289.
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Cf. art. 196.- Comete estupro quem tiver acesso carnal com outra pessoa,
maior de catorze anos e menor de dezesseis, intervindo engano. Comete
tambm estupro quem tenha acesso carnal com pessoa maior de dezesseis ano
que no haja tido antes, intervindo engano. Para ambos casos se presume
engano quando o autor foi maior de vinte e um anos, ou estiver casado ou em
unio de fato estvel. O estupro ser punido com priso de trs a cinco anos.
Se a pessoa ofendida contrai matrimnio com o ofensor ou lhe outorga seu
perdo, suspende-se o procedimento e fica extinta a pena imposta. Se for
menor de dezesseis anos o perdo s poder ser outorgado por seu
representante legal (...).
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www.oas.org/juridico/mla/sp/dom/sp-dom-int-text-cp.pdf.
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Art. 396.- A mulher adltera ser castigada com priso de seis meses a
trs anos. A mesma pena aplicvel ao co-autor do adultrio. Art. 397.- O
marido que mantenha concubina na casa conjugal, ou tambm fora dela, se o
fato notrio, ser castigado com priso de trs a dezoito meses. A
condenao produz de direito a perda do poder marital. A concubina ser
punida com priso de trs meses a um ano. Art. 398.- Se os cnjuges
estavam legalmente separados, ou se o cnjuge culpvel havia sido
abandonado pelo outro, a pena dos delitos a que se referem os dois artigos
anteriores, ser, para cada um dos culpveis, priso de quinze dias a trs
meses.
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www.oas.org/juridico/mla/sp/ren/sp-ven-int-text-cp.html.
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32 Para maior consulta sobre esse tema, ver: Amricas Watch, 1991; Besse,
1989:181-97; Ardaillon & Debert, 1987; Azevedo, 1985; Corra, 1981; Eluf,
2002; Gregori, 1993; Hermann & Barsted, 1995; Izumino, 1998; Langley &
Levy, 1980; Pimentel, Schritzmeyer & Pandjiarjian, 1998; Saffioti & Almeida,
1992; Soares et alii, 1993.
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Sasse ele daquela casa sem fazer o que fez e sua honra estaria
indelevelmente comprometida.
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com a mesma foi tomado por exacerbada emoo eis que passava por
drama moral e social violentssimo.
(...) testemunhas presenciais daquele crime, no confirmam tais
agresses verbais.
(...) as demais testemunhas, tanto de acusao como de defesa nada
aduzem em desabono da conduta da vitima companheira e,
contrariamente, afirmam sobre o bom relacionamento daquele casal.
A tese esposada pelo ilustre Defensor, concernente legtima defesa da
honra no est configurada nestes autos e, mesmo que estivesse, no
excluiria a ilicitude daquela conduta. (g.n.)
TRIBUNAL DE JUSTIA DE SANTA CATARINA
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(g.n.)
Apelao Criminal n. 274.634.3/9-00, Panorama Tupi Paulista,
05.02.2002.
Resumo: o ru foi acusado de ter proferido disparos de arma de
fogo contra sua esposa e seu amante, sendo que, em relao
esposa, a tentativa de homicdio foi desclassificada para crime
de leso corporal, de competncia do juiz singular e, em relao
ao amante, o ru foi absolvido pelo Tribunal do Jri, que
acolheu a tese da legtima defesa da honra. O Tribunal de
Justia reformou a deciso, entendendo-a como manifestamente
contrria prova dos autos, de modo a submeter o absolvido a
novo julgamento.
Motivao da deciso: o acrdo abraa o parecer da
Procuradora de Justia Luiza Nagib Eluf, que assim entoa: A
legtima defesa da honra no excludente de antijuridicidade, pois no
se encontra prevista no Cdigo Penal. Essa tese uma inveno
preconceituosa, discriminatria e, portanto, equivocada, que
precariamente prosperou h duas dcadas em nosso Pas. As reaes
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