Mec Fluidos
Mec Fluidos
Mec Fluidos
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao estudar este captulo, voc aprender:
O que a densidade de um material e a densidade mdia
de um corpo.
O que a presso em um fluido e como medida.
Como calcular a fora do empuxo exercida por um fluido
sobre um corpo nele imerso.
Este tubaro precisa nadar constantemente para no afundar no oeano, enquanto o peixinho tropical alaranjado
consegue permanecer no mesmo nvel na gua com
pouco esforo. Por que essa diferena?
OS
72
Como usar a equao de Bernoulli em certos tipos de escoamento para relacionar a presso velocidade do escoamento em diferentes pontos.
14.1
Densidade
= -V (definio de densidade)
(14.1)
Tabela
14.1
de ao
,pre\o
~C\.
o,
Densidades
de algumas substncias
73
comuns
Densidade
Densidade
1010
2,00
I,06
27,8
8,9
19,3xIQ3
11,3
1de
,4
xxx nutrons
x103
I03
103
103 Ferro,
Chumbo
Platina
Ouro
Cobre
0,90
0,92
2,70
I,26
8,6
13,6
10,5
an
branca
Mercrio
Material
Lato
Prata
Estrela
(kg/m3)*
1,00
(kg/m3)*
1018 ao
0,81
1,03
103
e volumes diferentes,
mas
Figura 14.2 O preo do ouro cotado por massa (digamos, em reais por
grama). Como o ouro um dos metais mais densos, uma fortuna pode ser
armazenada em um volume pequeno desse metal.
A densidade relativa de um material ou massa especfica relativa a razo entre a densidade do material e a
densidade da gua a 4,0 C, 1000 kg/m3; trata-se de um
nmero puro, sem unidades. Por exemplo, a densidade
relativa do alumnio 2,7.
A densidade de alguns materiais varia de um ponto ao
outro no interior do material. Um exemplo disso o corpo
humano, que inclui gordura, de baixa densidade (cerca de
940 kglm\ e ossos, de alta densidade (de 1700 a 2500 kg/m\
Dois outros exemplos so a atmosfera terrestre (que
Exemplo 14.1
PESO DO AR NO INTERIOR
DE UMA SALA Ache a massa e
o peso do ar no interior de uma sala de estar com uma altura de
3,0 m e um piso com uma rea de 4,0 m x 5,0 m. Quais seriam a
massa e o peso de um volume igual de gua?
lmI!ImI
IDENTIFICAR:
vamos supor que o ar seja homogneo, de modo
que a densidade seja a mesma em toda a sala. ( verdade que o
ar menos denso em regies elevadas do que perto do nvel do
mar. A variao da densidade na sala de 3,0 m de altura, todavia,
desprezvel; veja a Seo 14.2.)
PREPARAR:
usaremos a Equao (14.1) para relacionar a massa
(a varivel procurada) com o volume (que iremos calcular a partir
das dimenses da sala) e a densidade (conforme a Tabela 14.1).
74
FSICA II
EXECUTAR:
60
m3.
o peso
Par
do ar
mar g
o peso
Pgua
= mgua
= 5,9
g
X
= (6,0 x
105 N = 1,3
AVALIAR:
uma sala cheia de ar pesa o mesmo que um adulto de
tamanho mdio! A gua quase mil vezes mais densa do que o ar, e
sua massa e peso so maiores nesse mesmo fator. O peso de uma sala
cheia de gua faria com que o piso de uma casa comum afundasse.
igual a 8,0 kg, volume igual a 1,60 X 10-3 m3; (iii) massa igual a
8,0 kg, volume igual a 3,20 X 10-3 m3; (iv) massa igual a 2560 kg,
volume igual a 0,640 m3; (v) massa igual a 2560 kg, volume igual
a 1,28 m3. I
F1-
dF1.
I dF
dF1.
1. I.....
\...
...
--J j
superfcie
dA I
"
\.
..
...
1.
r-;---.....
.....
2dF"
Figura 14.3
2dA
_ dA I
:--~
.....j
(14.3)
1 pascal = 1 Pa = 1 N/m2
d~
= -A
1---_
(14.2)
= __
1- (definio de presso)
dA
dentro de um
Figura 14.4 A presso de cada lado de uma superfcie a fora dividida pela
rea. A presso uma grandeza escalar com unidades de newtons por metro
quadrado. J a fora uma grandeza vetorial, e sua unidade o newton.
Na linguagem
cotidiana, 'presso' e 'fora' significam praticamente o
mesmo. Contudo, na mecnica dos fluidos, essas palavras
descrevem grandezas distintas com caractersticas fsicas
diferentes. A presso do fluido atua sempre ortogonalmente
sobre qualquer superfcie orientada em qualquer direo
(Figura 14.4). Portanto, a presso no tem nenhuma direo
prpria; trata-se de uma grandeza escalar. Em contraste, a
fora uma grandeza vetorial, que possui mdulo, direo
e sentido. Lembre tambm que a presso fora por unidade de rea. Como mostra a Figura 14.4, uma superfcie
com o dobro da rea submetida ao dobro da fora pelo
fluido, de modo que a presso a mesma.
ATENO No confunda
--
presso e fora
-------
lmmB
este exemplo usa a relao entre a presso de
fluido (neste caso, o ar), a fora normal exercida pelo fluido
rea sobre a qual essa fora age. Nessa situao, a superfcie
piso horizontal, portanto a fora exercida pelo ar vertical
cima para baixo).
IDENTIFICAR:
um
e a
do
(de
(a)
/---.4"-
dy
I-
Um elemento de fluido em
repouso com reatLe--1tJlrJLd"
o
75
AVALIAR: como no Exemplo 14.1, isso seria mais do que o suficiente para fazer o piso afundar. No entanto, ele no afunda, porque
h uma fora de igual mdulo exercida de baixo para cima sobre o
piso. Se a casa tiver um poro, essa fora fornecida pelo ar existente embaixo do piso. Nesse caso, desprezando-se a espessura do
piso, a fora resultante exercida pela presso do ar igual a zero.
(b)
Fora devido presso P + dp
As foras sobre
os quatro lados
+"'--dP)A~
(P
dv
..,.
......
..'
~i:"
.;r----I'}1:
/
.....
---~dose anulam.
:
elemento
PA
'dp
-Peso
do
elemento de fluido.
/.
sobre a superfcie inferior.
Como o fluido est em equilbrio, o vetor soma
das foras verticais sobre o elemento de fluido
deve ser igual a zero: PA - (P + dp)A - dp = O.
Figura 14.5 As foras que atuam sobre um elemento de fluido em equilbrio.
Po
pgll .
P1
-pgCV2
y,)
76
FSICA
II
O,
logo
PA - (P
+ dP)
A - pgA dy =
-pg
(14.4)
Essa equao mostra que, quando y aumenta, P diminui; ou seja, medida que subimos atravs do fluido, a
presso diminui, como era de se esperar. Se PI e P2 forem,
respectivamente, as presses nas alturas YI e Y2, e se P e g
permanecerem constantes, ento
P2 - PI = -pg(y2 -Yl)
(presso em um fluido com densidade constante)
(14.5)
(14.7)
ou
+ pgh
(14.6)
Po
Patm
H um quase-
Atuando
sobre um pisto de
rea ampla, a presso cria uma
fora capaz de sustentar um carro.
CD Uma pequena
fora aplicada a
um pisto F
area
:om uma
vcuo na parte
(IA
superior do tubo.
~
~
t
'>
I!IF'
. h
Y2
77
= Y2
y,
'(....
A altura
a que o
mercrio
sobe
depende
da presso
atmosfrica
exercida
sobre o
mercrio
no prato.
P
PA,
P atm
P+ y. ...
pgYI
do recipiente
pgY2
A presso': a mesma na
base dos dois tubos.
,.. Patm
....
que con-
Equao (14.6). Em contraste, um lquido aproximadamente incompressvel, portanto, geralmente uma boa
aproximao considerar sua densidade independente da
presso. Um aumento de presso de algumas centenas de
atmosferas produz um aumento percentual de apenas um
dgito na grande maioria dos lquidos.
lm!1Im:II
IDENTIFICAR:
gua quase sempre incompressvel. (Imagine
tentar usar um pisto para comprimir um cilindro cheio de gua
- impossvel!) Assim, podemos tratar a gua como um fluido
de densidade uniforme.
EXECUTAR:
P=Po+pgh
= (1,01
= 2,19
A presso manomtrica
P-Po=(2,19-1,01)x
= 1,18
J05Pa
quando um tanque possui um manmetro, ele normalmente calibrado para medir a presso manomtrica e no a
presso absoluta. Como j comentamos, a variao da presso na
atmosfera em uma altura de poucos metros desprezvel.
AVALIAR:
Presso manomtrica
O manmetro mais simples o manmetro de tubo
aberto que vemos na Figura 14.9a. O tubo em forma de U
contm um lquido de densidade p, geralmente mercrio ou
gua. Uma das extremidades do tubo est conectada ao recipiente onde desejamos medir a presso P, e a outra extremidade est aberta para a atmosfera a uma presso Po = Patm'
A presso na base do tubo devida ao fluido da coluna da
esquerda P + pgYI, e a presso na base do tubo devida ao
fluido da coluna da direita Patm + pgY2' Como essas presses referem-se ao mesmo ponto, elas so iguais:
78
FSICA
II
(a)
(14.9)
Ponteiro
Presso P
sendo medida
(b)
Exemplo
14.4
A HISTRIA
+ pgYI
P-
= Patm
+ pgY2
Patm=
(14.8)
Na Equao (14.8), p a presso absoluta, e a diferena P - Patm entre a presso absoluta e a presso atmosfrica a presso manomtrica. Logo, a presso manomtrica proporcional diferena de altura (h = Y2 - Yl) entre
as duas colunas do lquido.
Outro tipo comum de manmetro o barmetro de
mercrio. Ele consiste em um longo tubo de vidro, fechado
em uma extremidade, que foi previamente preenchido com
mercrio e posteriormente invertido em um recipiente que
contm mercrio (Figura 14.9b). O espao acima da coluna
de mercrio contm apenas vapor de mercrio; a sua presso
extremamente pequena pode ser desprezada, de modo que a
presso Po no topo da coluna de mercrio praticamente
igual a zero. De acordo com a Equao (14.6),
DE DOIS
FLUIDOS
O tubo de um manmetro
EmIf;.D
IDENTIFICAR:
a relao entre a presso e a profundidade em um
fluido aplica-se apenas aos fluidos de densidade uniforme. Assim,
no existe uma equao nica para o leo e a gua. O que podemos
fazer escrever uma relao entre a presso e a profundidade para
cada fluido separadamente. Note que a presso a mesma na base
das duas colunas de fluido (onde os fluidos esto em contato e em
equilbrio, as presses so iguais) e no topo (onde os dois fluidos
esto em contato com o ar e em equilbrio com ele).
PREPARAR: a Figura 14.11 mostra nosso esboo. Vamos considerar Po a presso atmosfrica e P a presso ao fundo do tubo. As
densidades dos dois fluidos so Pgua e Pleo (que menor do que
Pgua)' Usamos a Equao (14.6) para cada um dos fluidos.
aplicando
fluidos, obtemos
EXECUTAR:
79
~- --l...\_-==-- __
Figura 14.11
b~\~:~~
i....
..(
cg
,PtluidoBf
idF.l1
dF.lf
As foras da presso
sobre a poro de
fluido somam-se,
constituindo uma
" IdF.l
-- - ----\"dF
dF.l
'\.l
fora de empuxo
que igual em
mdulo ao peso
da poro.
P gua
h1eo= --hgua
Pleo
As foras devidas
presso so iguais,
ento o corpo
submetido mesma
PgualPleo
14.3 Empuxo
Figura 14.12
Princpio de Arquimedes.
80
F S I C A II
da bateria, ou anticongelante.
mg
147 N
o peso
a densidade
de um fluido.
~------
EMPUXO
lm!!tfDI
IDENTIFICAR:
quando a esttua est submersa, ela sofre a ao
de uma fora de empuxo com mdulo igual ao peso da gua deslocada. Para achar essa fora, observamos que a esttua est em
equilbrio (ou seja, est em repouso) e consideramos as trs foras que agem sobre ela: peso, empuxo e a tenso no cabo.
PREPARAR:
a Figura 14.14b mostra o diagrama de foras da
esttua em equilbrio. A varivel que queremos encontrar a
V=~=
19,3
Pouro
15,Okg
103 kg/m3 = 7,77
10-4 m3
m gua
do mar
o peso desse
P gua do mar V g
X 10-4 m3)(9,80
m/s2)
2:F;. = B + T + (-mg)
T
mg -
Par V g
= 9,1
10-3 N
Essa fora equivale a 62 partes por milho do peso real da esttua. Esse valor est muito aqum da preciso requerida neste
problema, de modo que podemos desprez-Io. Portanto, a tenso
no cabo com a esttua no ar igual ao peso da esttua, 147 N.
Captulo 14 Mecnica
dos fluidos
81
Molculas de um lquido so
atradas pelas molculas vizinhas.
Figura 14.15
permitindo
superfcie
literalmente
sob tenso,
Molculas do interior
AVALIAR:
so igualmente
atradas em
".
todas as direes.
Figura 14.16 Uma molcula na superfcie de um lquido atrada para dentro
do seio do lquido, o que tende a reduzir a rea superficial do lquido.
Tenso superficial
Um objeto menos denso do que a gua, como uma bola
de praia cheia de ar, flutua com parte de seu volume abaixo
da superfcie. Um clipe de papel, por outro lado, flutua sobre
a superfcie da gua embora sua densidade seja diversas
vezes maior do que a da gua. Essas situaes exemplificam
o fenmeno da tenso superficial: a superfcie do lquido se
comporta como uma membrana submetida tenso (Figura
14.15). As molculas de um lquido exercem foras de atrao mtuas; a fora resultante sobre qualquer molcula
situada no interior do volume do lquido igual a zero,
porm, uma molcula na superfcie puxada para dentro do
volume (Figura 14.16). Ou seja, o lquido tende a minimizar
a rea da superfcie, da mesma forma que uma membrana.
A tenso superficial explica por que gotas de chuva
caindo livremente so esfricas (e no em forma de lgrimas): a esfera a forma que possui a menor rea superficial para um dado volume. Explica tambm por que gua
com sabo serve para a limpeza. Para lavar bem as roupas,
a gua precisa ser forada a entrar nos minsculos espaos
entre as fibras (Figura 14.17). Isso exige um aumento na
rea superficial da gua, que difcil de obter devido
tenso superficial. A tarefa se torna mais simples aumentando a temperatura da gua e adicionando sabo, pois
ambos os procedimentos diminuem a tenso superficial.
A tenso superficial importante para uma gota de
gua de tamanho milimtrico, que possui uma rea superficial relativamente grande para seu volume. (Uma esfera
de raio r tem rea superficial igual a 41Tr2 e volume igual
a (41T/3)r3 A razo entre a rea superficial e o volume
de 3/r, que aumenta medida que o raio diminui.) Para
grandes quantidades de lquido, contudo, a razo entre a
rea superficial e o volume relativamente pequena, e a
tenso superficial desprezvel se comparada s foras de
Presso da gua P
\T/
Fibras
Presso do ar P o
Figura 14.17
82
FSICA
11
Tubo de escoamento
Figura 14.19 Um tubo de escoamento
mento. Em um escoamento estacionrio
des de um tubo de escoamento.
Equao da continuidade
A massa de um fluido no varia durante seu escoamento. Isso leva a uma relao importante chamada de equao
da continuidade. Considere um tubo de escoamento deli-
Figura
Figura 14.20 Escoamento
14.21 O
escoamento
da
fumaa
erguendo-se dessas varetas de incenso laminar at certo ponto, depois, torna-se turbulento.
Alvl
=A2V2
(14.10)
dt
um escoamento diminui, a velocidade aumenta e viceversa. A parte mais profunda de um rio possui uma seo
reta maior e correntes mais lentas do que as partes rasas,
mas a vazo volumtrica a mesma nos dois casos. Essa
a essncia da mxima 'guas profundas ainda correm'. A
corrente de gua que jorra de uma torneira torna-se mais
estreita na medida em que a gua ganha velocidade durante sua queda livre, porm, dV/dt possui sempre o mesmo
valor ao longo da corrente. Quando um tubo com dimetro
de 2 cm ligado a um tubo com dimetro de I cm, a velocidade do escoamento no tubo de I cm quatro vezes maior
do que a velocidade do escoamento no tubo de 2 cm.
Podemos generalizar a Equao (14.10) para o caso do
escoamento de um fluido que no incompressvel. Se PI e
P2 forem as densidades nas sees 1 e 2, ento
PIAlvl = P2A2V2
(equao da continuidade, fluido compressvel)
Av
(vazo volumtrica)
(14.11)
A vazo mssica a taxa de variao da massa por unidade de tempo atravs da seo reta do tubo. Ela dada pelo
produto da densidade p pela vazo volumtrica dV/dt.
A Equao (14.10) mostra que a vazo volumtrica
possui sempre o mesmo valor em todos os pontos ao longo
de qualquer tubo de escoamento. Quando a seo reta de
(14.12)
-------------.---ESCOAMENTO
dV
83
DE
UM
FLUIDO
INCOMPRESsVEL
Como
lIm!tt!DI
IDENTIFICAR:
o dado fundamental que o fluido incompressvel, ento podemos usar a idia da equao da continuidade
para relacionar a vazo mssica, a vazo volumtrica, a rea do
tubo de escoamento e a velocidade do escoamento.
o produto Av
constante em
um fluido
incompressvel.
EXECUTAR:
(a) a vazo volumtrica dV/dt igual ao produto
A IV I, onde A I a rea da seo reta do tubo de dimetro de
8,0 cm e raio 4,0 cm. Assim,
dV/dt
v ---I Figura 14.22 Um tubo de escoamento com seo reta de rea varivel.
o fluido incompressvel, o produto Av permanece constante em
Quando
AI
1T(
4,0
10-2
1,9 m/s
m)2
84
F S I C A II
De acordo com a equao da continuidade, a velocidade do escoamento de um fluido pode variar com as trajetrias do fluido. A presso tambm pode variar; ela depende da
altura, como na situao esttica (Seo 14.2), e tambm da
velocidade do escoamento. Podemos deduzir uma relao
importante entre a presso, a velocidade e a altura no escoamento de um fluido ideal, chamada de equao de Bernoulli.
A equao de Bernoulli uma ferramenta essencial para
analisar escoamentos em sistemas de encanamentos, em
usinas hidreltricas e nos vos de aeronaves.
A dependncia da presso em relao velocidade
decorre da equao da continuidade, Equao (14.10).
Quando um fluido incompressvel escoa ao longo de um
tubo de escoamento com seo reta varivel, sua velocidade
deve variar e, portanto, um elemento do fluido deve possuir
uma acelerao. Quando o tubo horizontal, a fora que
produz essa acelerao proveniente do fluido das vizinhanas. Isso significa que a presso deve variar em diferentes
sees retas do tubo; caso ela fosse a mesma em todos os
pontos, a fora resultante sobre cada elemento do fluido
deveria ser igual a zero. Quando um tubo horizontal afunila
e o elemento do fluido acelera, ele deve se deslocar para uma
regio de presso menor para ter uma fora resultante capaz
de aceler-Io. Quando existe uma diferena de altura, ocorre
uma diferena de presso adicional.
a equao de Bernoulli.
Captulo 14 Mecnica
.E.st ..r.a.tgi~
EQUAO
1
= -p
2
dK
dv(ul
(14.14)
u?)
= pdV
dU
(Y2 -
(14.15)
Y \)
= !p
2
(PI - P2) dV
dv(ul
- u?)
dV g(Y2 - YI)
(14.16)
p\ - P2
2p(ul
- u?)
pg(Y2 - YI)
Essa a equao de Bernoulli. Ela afirma que o trabalho realizado pelo fluido das vizinhanas sobre uma
unidade de volume de fluido igual soma das variaes
da energia cintica e da energia potencial ocorridas na
unidade de volume durante o escoamento. Podemos tambm interpretar a Equao ( 14.16) em termos das presses.
O primeiro termo do membro direito a diferena de presso associada variao da velocidade do fluido. O segundo termo do membro direito a diferena de presso adicional associada ao peso e produzida pela diferena de
altura entre as duas extremidades.
Podemos tambm expressar a Equao (14.16) de
modo mais conveniente usando a forma
p\
+ pgy) + -pu)
2
2_
- P2
+ pgY2 + -PU2
2
(equao de Bemoulli)
pgy
+ -2 pu2 = constante
(14.18)
O princpio
de Bernoulli
se aplica
apenas
em certas
luc.' o
de.
85
DE BERNOULlI
A equao de Bernoulli foi deduzi da a partir do teorema do trabalho-energia, portanto no surpresa que possamos aplicar aqui
muitas recomendaes de estratgia para a soluo de problemas
mencionadas na Seo 7.1.
IDENTIFICAR
PREPARAR
(14.17)
Os ndices 1 e 2 referem-se a qualquer par de pontos ao longo do tubo de escoamento, ento podemos
tambm escrever
P
pa ...r_.a
.. a .s.o.
dos fluidos
Exemplo
14.7
PRESSO
lIiD!IB
IDENTIFICAR:
estamos supondo que a gua escoe a uma taxa
constante. O tubo tem um dimetro relativamente grande, ento
razovel desprezar o atrito interno. A gua bastante incompressvel, portanto a equao de Bernoulli pode ser aplicada com uma
boa aproximao.
PREPARAR:
86
FSICA
I1
EXECUTAR:
7T(I,Ocm)Z
AI
Vz = -VI
Az = 7T( 0,50 cm \?( 1,5 m/s)
= 6,0 m/s
Pz = PI - 2p(vl-
v?)
- pg(yz
- YI)
= 4,0
X 105 Pa
--C
2
1,0
-(1,0
= 4,0
103 kg/m3)
103kg/m3)(9,Sm/sZ)(5,Om)
3,3 X 105 Pa
--
'-------------
lm!!IB
IDENTIFICAR:
podemos considerar o volume inteiro do lquido
que flui como um nico tubo de escoamento com atrito interno desprezvel. Podemos, portanto, aplicar o princpio de Bemoulli.
PREPARAR: os pontos I e 2 na Figura 14.25 esto na superfcie
da gasolina e no tubo de sada, respectivamente. No ponto I, a
presso Po, e no ponto 2 a presso atmosfrica, Patm' Fazemos
Y = O no tubo de sada, de modo que YI = h e Yz = O. Como AI
muito maior do que Az, a superfcie superior da gasolina escoar
muito lentamente, e podemos encarar v I praticamente igual a
zero. Encontramos a varivel procurada, Vz, com a Equao
(14.17) e a vazo volumtrica com a Equao (14.11).
EXECUTAR:
Po
dV
Azvz
= 4,7
3,3 atm
A vazo volumtrica
-dt =
DE EFLUXO
7T(0,50
X 10-4 m3/s
= 0,47 L/s
esta uma vazo volumtrica razovel para uma torneira de banheiro ou chuveiro. Note que, quando a torneira est
fechada, tanto v I quanto Vz so zero, o termo 4 p (vl - V?) se
anula e a presso Pz sobe para 3,5 x 105 Pa.
-pv)
vl
pgh _-
v (z
Patm
-pvz
2 (Ro - p Patm )
pg
() O
2gh
Usando v I = O, obtemos
AVALIAR:
Vz z -_
2 (Po - p Patm)
2gh
v2ih
Tanque de
gua quente
Fornecimento
de gua
(tubo de 2 em)
desta casa?
de efluxo da gasolina
Captulo 14 Mecnica
A2
Viih
-------- ----
---
..
lmI!IfDI
IDENTIFICAR:
o escoamento estacionrio, e supomos que o
fluido seja incompressvel e que seu atrito interno seja desprezvel. Podemos, portanto, aplicar a equao de Bernoulli.
PREPARAR:
aplicamos a equao de Bernoulli parte larga do
tubo (ponto I) e parte estreita (ponto 2). A diferena de altura
entre os dois tubos verticais nos d a diferena de presso entre
os pontos I e 2.
EXECUTAR:
os dois pontos esto na mesma coordenada vertical
0'1 = )'2), ento aplicamos a Equao (14.17):
I
PI
2PVI
2 _
1
P2
2PV2
I, Substituindo esse
conceitual
uma presso
'c~.:ta
h ~..,
14.10
SOBRE
A ASA
DE UM AVIO
A Figura
14.27a mostra as linhas de escoamento em torno da seo reta da
asa de um avio. As linhas de escoamento se concentram acima
da asa, indicando um aumento da velocidade de escoamento e
correspondendo a uma presso mais baixa nessa regio, tal como
no caso da garganta do medidor de Venturi. A fora de baixo para
cima na asa do avio maior do que a fora de cima para baixo;
a fora resultante de baixo para cima chamada de fora de SllStentaelo. A sustentao no simplesmente devida ao impulso do
ar que incide sobre a parte de baixo da asa; na realidade, verificase que a reduo da presso sobre a superfcie superior da asa d
a maior contribuio para a sustentao. (Essa discusso altamente simplificada despreza a formao de redemoinhos; uma discusso mais completa deveria levar isso em considerao.)
Podemos tambm entender a fora de sustentao com base
nas variaes do momento linear. A Figura 14.27a mostra que
existe uma variao do momento linear vertical resultante de
cima para baixo produzida pelo escoamento do ar que passa em
torno da asa, correspondendo fora de cima para baixo que a asa
exerce sobre o ar. A fora de reao sobre a asa orientada de
baixo para cima, conforme conclumos anteriormente.
Um padro de escoamento e uma fora de sustentao
semelhantes so encontrados nas vizinhanas de qualquer objeto
curvo ao vento. Com um vento suficientemente forte, a fora de
sustentao na parte superior de um guarda-chuva pode vir-Io
para cima. Uma fora de sustentao tambm age sobre um carro
em alta velocidade, devido ao ar que se move sobre a superfcie
curva do topo do carro. Tal fora de sustentao pode reduzir a
trao dos pneus do carro, razo pela qual muitos carros so
equipados com um spoiler aerodinmico na traseira. O spoiler
tem a forma de uma asa virada para baixo e aplica uma fora para
baixo sobre as rodas traseiras.
SUSTENTAO
Um equvoco a respeito das asas Explicaes simplificadas muitas vezes afirmam que o ar se desloca
mais rpido sobre a parte de cima de uma asa porque "tem
mais espao a percorrer". Essa explicao supe que duas
molculas de ar adjacentes que se separam no bordo de ataque (parte da frente) da asa, uma se dirigindo superfcie
superior e a outra superfcie inferior, devem encontrar-se
novamente no bordo de fuga (parte de trs) da asa. Isso no
correto! A Figura 14.27b mostra uma simulao de computador do escoamento de parcelas de ar em torno de uma asa
de avio. As faixas adjacentes no bordo de ataque da asa nelO
se encontram no bordo de fuga porque o escoamento sobre a
parte de cima da asa , na verdade, mais rpido do que na
parte de baixo. Conforme a equao de Bernoulli, essa velocidade maior implica uma presso menor sobre a asa (e, portanto, uma maior fora de sustentao).
ATENO
87
AVALIAR:
como AI maior do que A2, V2 maior do que VI e a
presso P2 na garganta menor do que PI' Uma fora resultante
orientada da esquerda para a direita acelera o fluido quando ele
entra na garganta, e uma fora resultante orientada da direita para
a esquerda freia o fluido depois que ele sai.
Exemplo
--
dos fluidos
88
FSICA
II
~:::::-:---
~~~
p.1
stJ ,p (ar)
/.'f
Pf
momento
da Seo 14.5 Qual a afirmao mais correta a respeito do princpio de Bernoulli? (i) O ar que
se move mais depressa provoca uma presso mais baixa; (ii) a
presso mais baixa faz com que o ar se mova mais rpido; (iii) as
afirmativas (i) e (ii) so igualmente corretas. I
*14.6
Viscosidade e turbulncia
Viscosidade
A viscosidade
89
Seo reta de um
tubo cilndrico ....
~
v verSllS r
o perfil
da velocidade de um
fluido com viscosidade escoando
A viscosidade
diminui
de escoamento
de um fluido com
com o aumento da temperatura: quanto
ela escoa.
It,
no escoamento
de um fluido viscoso
(b)
Turbulncia
Quando a velocidade do escoamento de um fluido
supera um certo valor crtico, o escoamento deixa de ser
laminar. A configurao do escoamento torna-se extremamente irregular e complexa, variando continuamente com
o tempo; no existe nenhuma configurao com escoamento estacionrio. Esse escoamento irregular e catico denomina-se turbulncia. A Figura 14.21 mostra o contraste
entre um escoamento laminar e um escoamento turbulento
quando a fumaa sobe no ar. A equao de Bernoulli no
pode ser aplicada em regies onde existe turbulncia, porque o escoamento no estacionrio.
O fato de um escoamento ser laminar ou turbulento
depende em parte da viscosidade do fluido. Quanto maior
a viscosidade, maior a tendncia que o fluido possui para
90
FSICA
II
--
--------
CURVA
(a) Movimento do ar
em relao a uma bola
que no gira.
Teste sua compreenso da Seo 14.6 Que presso adicional uma enfermeira deve aplicar com o polegar para dar uma
injeo com uma agulha hipodrmica de dimetro interno igual a
0,30 mm em comparao com a presso necessria para aplicar
uma injeo com uma agulha de dimetro interno igual a 0,60 mm?
Suponha que as duas agulhas tenham o mesmo comprimento e que
a vazo volumtrica seja a mesma em ambos os casos. (i) O dobro;
(ii) 4 vezes; (iii) 8 vezes; (iv) 16 vezes; (v) 32 vezes. I
Resumo
Densidade e presso: a densidade a massa por unidade de volume.
Se a massa m de um corpo homogneo possui volume V, sua densidade p a razo m/V. A densidade relativa a razo entre a densidade de
um material e a densidade da gua. (Veja o Exemplo 14.1.)
(c) Fora gerada quando uma bola que gira se move no ar.
t',
......~~'v, ..
o ar, criando
C:............... ..'Do
outro lado, a bola acelera
uma regio de baixa presso.
o ar, criando
(f) Spin
Figura 14.3 1 (a)-( e) Analisando o movimento de uma bola que gira no ar. (f) Fotografia estroboscpica de uma bola de golfe sendo arremessada por
um taco. A fotografia foi feita com 1000 flashes por segundo. A bola faz uma volta completa depois de oito fotografias, correspondendo
a uma velocidade angular de 125 rev/s ou 7.500 rpm.
(14.1 )
dF1-
P=d:4
(14.2)
dF1-
dA
---
( 14.10)
dV
dF1-
-dt =
PI
pgYI
Au (vazo volumtrica)
-PUI
2 _
- P2
(14.5)
P = Po + pgh
(presso em um fluido de densidade uniforme)
(14.6)
Principais termos
pgY2
2
(equao de Bernoulli)
91
barmetro de mercrio, 78
densidade, 72
densidade mdia, 73
densidade relativa, 73
dinmica dos fluidos, 72
empuxo, 79
escoamento estacionrio, 82
escoamento laminar, 82
escoamento turbulento, 82
esttica dos fluidos, 72
equao da continuidade, 82
equao de Bernoulli, 85
fluido ideal, 82
fora de empuxo, 79
lei de Pascal, 76
linha de corrente, 82
linha de escoamento, 82
pascal, 74
presso, 74
presso absoluta, 77
presso atmosfrica, 74
presso manomtrica, 77
(14.11)
+ -PU2
2
(14.17)
92
FSICA
II
princpio de Arquimedes, 79
tenso superficial, 81
tubo de escoamento, 82
turbulncia, 89
viscosidade, 82
Resposta Pergunta
Inicial
do Captulo
Respostas s Perguntas
dos Testes de
Compreenso
14.1 Resposta: (), (iv), (i) e (i) (empate), (v). Em todos os casos a
densidade mdia igual massa dividida pelo volume. Logo, temos
(i) p = (4,0 kg) / (1,60 X 10-3 m3) = 2,50 x 103 kg/m3;
(ii) p = (8,0 kg) / (] ,60 x 10-3 m3) = 5,0 x ] 03 kg/m3;
(iii) p = (8,0 kg) / (3,20 x 10-3 m3) = 2,50 x ] 03 kg/m3;
(iv) p = (2560 kg) / (0,640 m3) = 2,50 x 103 kg/m3;
(v) p = (2560 kg) / (1,28 m3) = 2,0 x 103 kg/m3. Note que, em
comparao com o objeto (i), o objeto (ii) possui o dobro da massa,
porm o mesmo volume e, assim, tem o dobro da densidade mdia.
O objeto (iii) possui o dobro da massa e o dobro do volume do
objeto (i), logo, (i) e (iii) apresentam a mesma densidade mdia.
Finalmente, o objeto (v) tem a mesma massa que o objeto (i v),
porm, o dobro do volume, ento (v) possui a metade da densidade
mdia de (iv).
14.2 Resposta: (ii). Pela Equao (14.9), a presso fora do barmetro igual ao produto pgh. Quando o barmetro retirado do
refrigerador, a densidade p diminui, enquanto a altura h da coluna
de mercrio permanece igual. Assim, a presso do ar deve ser mais
baixa fora do que dentro do refrigerador.
14.3 Resposta: (i). Considere a gua, a esttua e o recipiente um
sistema; o peso total do sistema no depende do fato de a esttua
estar submersa ou no. A fora de reao total, inclusive a tenso T
e a fora F de baixo para cima que a balana exerce sobre o recipiente (igual leitura da balana), a mesma em ambos os casos.
Entretanto, como vimos no Exemplo 14.5, T diminui em 7,84 N
quando a esttua submersa, ento a leitura da balana F precisa
aumentar em 7,84 N. Um ponto de vista alternativo o de que a
gua exerce uma fora de em puxo de baixo para cima igual a 7,84
N sobre a esttua; logo, a esttua precisa exercer uma fora igual
de cima para baixo sobre a gua, tomando a leitura da balana 7,84
N maior do que o peso da gua e do recipiente.
14.4 Resposta: (ii). Uma estrada que se estreita de trs pistas para
uma como um tubo cuja rea da seo reta diminui para um tero
de seu valor. Se os carros se comportassem como as molcu]as de um
fluido incompressvel, medida que os carros atingissem o trecho de
uma pista, o espaamento entre os carros (a 'densidade') permaneceria o mesmo, porm, a velocidade dos carros trip]icaria. Isso mante-
flutua na
gua. Suponha que voc o submergisse completamente e pressionasse uma das faces contra o fundo do tanque de modo que no
houvesse gua sob essa face. O bloco subiria superfcie e flutuaria? H uma fora de empuxo atuando sobre ele? Explique.
Q14.2 Uma mangueira de borracha ligada a um funil, e a extremidade livre encurvada para apontar para cima. Derramando-se
gua no funil, ela sobe na mangueira at um nvel igual ao nvel
da gua no funil, embora o volume da gua do funil seja maior do
que o volume da gua na mangueira. Por qu? O que sustenta o
peso adicional da gua no funil?
Q14.3 Comparando os exemplos 14.1 (Seo] 4.1) e 14.2 (Seo
14.2), parece que um peso de 700 N de ar exerce uma fora para
baixo igual a 2,0 x 106 N sobre o piso. Como isso possvel?
Q14.4 A Equao (14.7) mostra que uma razo de 100 para] pode
fornecer uma fora na sada ]00 vezes maior do que a fora na
entrada. Isso viola a conservao da energia? Explique.
Q14.5 Voc deve ter notado que, quanto menor for a presso de um
pneu, maior ser a rea de contato entre o pneu e o pavimento.
Por qu?
Q14.6 No ba]onismo, enche-se um balo grande com ar aquecido
por um combustor de gs situado na parte inferior do balo. Por
que o ar deve ser aquecido? Como o balonista controla a ascenso
e a descida do balo?
Q14.7 Para descrever o tamanho de um grande navio costume usarse expresses do tipo "ele desloca 20000 toneladas". O que isso
significa? O peso do navio pode ser calculado por essa informao?
Q14.8 Voc coloca uma esfera macia de alumnio dentro de um
balde com gua em repouso sobre o solo. A fora de empuxo
igual ao peso da gua deslocada; este menor do que o peso da
esfera, logo a esfera afunda at a base do balde. Se voc transporta
o balde at um elevador que sobe verticalmente com acelerao
constante, o peso aparente da gua aumenta e a fora de empuxo
aumenta tambm. Caso a acelerao do elevador seja suficientemente elevada, a esfera pode saltar para fora da gua? Explique.
Q14.9 Um dirigvel resistente, mais leve do que o ar e cheio de
hlio no pode continuar subindo indefinidamente. Por qu? Qual
o fator que determina a altura mxima que ele pode atingir?
Q14.10 A presso do ar diminui com o aumento da altura. Ento
por que o ar da superfcie terrestre no continuamente empurrado pela diferena de presso para as camadas mais elevadas, de
baixa presso?
Captulo 14 Mecnica
dos fluidos
93
salgada) e entra pelo Rio St. Lawrence no Lago Ontrio (gua doce).
No Lago Ontrio, o navio flutua a um nvel diversos centmetros
mais baixo do que o nvel da flutuao no oceano. Por qu?
Q14.14 Voc empurra um pedao de madeira para dentro de uma
piscina. Depois que ele submergiu completamente, voc continua
empurrando-o mais para o fundo. Enquanto faz isso, o que acontecer com a fora do em puxo sobre o objeto? Ela continuar aumentando, ficar igualou diminuir? Por qu?
Q14.15 Uma velha pergunta : "O que pesa mais, um quilo de pena
ou um quilo de chumbo?". Como o peso resulta da fora gravitacional, suponha que voc coloque um quilograma de penas em um
prato de uma balana de braos iguais e coloque no outro prato um
quilograma de chumbo. A balana ficar equilibrada? Explique,
levando em conta a fora de empuxo.
Q14.16 Suponha que a porta de uma sala esteja ajustada ao marco
sem atrito, impedindo a passagem do ar. Se a presso de um lado
da porta for igual a uma atmosfera-padro e a presso do outro lado
for I% maior do que a atmosfera-padro, ela se abrir? Explique.
Q14.17 A uma certa profundidade em um lquido incompressvel, a
presso absoluta P. A uma profundidade duas vezes maior, a
presso absoluta ser igual a 2P, maior ou menor do que 2P?
Justifique sua resposta.
Q14.18 Um pedao de ferro est colado sobre um bloco de madeira.
Quando esse bloco, juntamente com o ferro em seu topo, colocado
em um balde cheio de gua, o bloco flutua. A seguir o bloco invertido de modo que o ferro fique submerso, embaixo da madeira. O
bloco flutuar ou afundar? O nvel da gua do balde permanecer o
mesmo, aumentar ou diminuir? Explique suas respostas.
Q14.19 Em um tanque de gua, voc mergulha um pote de vidro
vazio com o bocal voltado para baixo, de modo que o ar fique preso
e no possa escapar. Se voc empurrar o pote para o fundo do tanque,
a fora de empuxo sobre o pote permanecer constante? Caso no
permanea, aumentar ou diminuir? Explique suas respostas.
Q14.20 Voc est flutuando em uma canoa no meio de uma piscina.
Seu amigo est beira da piscina, verificando o nvel de gua no lado
da piscina. Voc tem uma bola de boliche dentro da canoa. Se voc
soltar suavemente a bola de boliche ao lado da canoa e ela afundar at
o cho da piscina, o nvel da gua na piscina aumenta ou diminui?
Q14.21 Voc est flutuando em uma canoa no meio de uma piscina.
Um grande pssaro ala vo e pousa no seu ombro. O nvel da gua
na piscina aumenta ou diminui?
Q14.22 A uma certa profundidade no oceano incompressvel, a
presso manomtrica fIg. A uma profundidade trs vezes maior,
a presso manomtrica ser maior do que 3Pg, igualou inferior a
3Pg? Justifique sua resposta.
Q14.23 Um cubo de gelo flutua em um copo com gua. Quando o
gelo se liquefaz, o nvel da gua no copo permanece o mesmo,
aumenta ou diminui? Explique suas respostas.
Q14.24 Disseram a voc que "A equao de Bemoulli afirma que
quando a velocidade do fluido elevada, a presso baixa e viceversa". Essa afirmao sempre verdadeira? Explique.
presso no centro sempre muito menor do que a presso na periferia? Como essa condio responsvel pelo poder de destruio
de um tomado?
Q14.28 O comprimento
das pistas de pouso e decolagem de aeroportos situados em altitudes elevadas maior do que o comprimento das pistas de aeroportos situados ao nvel do mar. Uma razo
para isso que o motor do avio desenvolve menor potncia no ar
rarefeito em altitudes elevadas. Qual a outra razo?
Q14.29 Quando uma corrente de gua sai suavemente de uma torneira, a sua largura diminui medida que a corrente cai. Explique
por que isso acontece.
Q14.30 Cubos de chumbo e alumnio de tamanho idntico so
suspensos em diferentes profundidades por dois fios em um grande
tanque de gua (Figura 14.32). (a) Qual dos cubos submetido a
uma maior fora de empuxo? (b) Em qual dos cubos a tenso do
fio maior? (c) Qual dos cubos submetido a uma fora maior em
sua face inferior? (d) Em qual dos cubos a diferena de presso
entre as faces superior e inferior maior?
Alumnio
Chumbo
Exerccios
Seo
14.1 Densidade
94
F S I C A II
6,1 m
Captulo 14 Mecnica
dos fluidos
95
14.3 Empuxo
75,0
em
1
gua
96
FSICA
II
14.33 Uma rocha suspensa por uma corda leve. Quando a rocha
est no ar, a tenso na corda 39,2 N. Quando a rocha est totalmente imersa na gua, a tenso 28,4 N. Quando a rocha est
totalmente imersa em um lquido desconhecido, a tenso 18,6 N.
Qual a densidade do lquido desconhecido?
Seo 14.4 Escoamento de um fluido
14.34 A gua corre para dentro de uma fonte, enchendo todos os tubos,
a uma taxa constante de 0,750 m/S3.(a) Com que velocidade a gua
jorraria de um buraco de 4,50 cm de dimetro? (b) Com que velocidade ela jorraria se o dimetro do buraco fosse trs vezes maior?
14.35 Uma cabea de chuveiro possui 20 aberturas circulares, cada
uma com um raio de 1,0 mm. A cabea de chuveiro conectada a um
cano de raio igual a 0,80 cm. Se a velocidade da gua no cano
3,0 m/s, qual a sua velocidade ao sair pelas aberturas da cabea?
14.36 A gua escoa em um tubo cuja seo reta possui rea varivel
e enche completamente o tubo em todos os pontos. No ponto I, a
seo reta possui rea igual a 0,070 m2 e o mdulo da velocidade
do fluido igual a 3,50 m/s. a) Qual a velocidade do fluido nos
pontos em que a seo reta possui rea igual a (i) = O,105 m2?
(ii) = 0,047 m2? b) Calcule o volume da gua descarregada pela
extremidade aberta do tubo em I hora.
14.37 A gua escoa em um tubo cilndrico cuja seo reta possui
rea varivel. A gua enche completamente o tubo em todos os
pontos. a) Em um ponto o raio do tubo igual a 0,150 m. Qual a
velocidade da gua nesse ponto se a vazo volumtrica no tubo
igual a 1,20 m3/s? b) Em um segundo ponto a velocidade da gua
igual a 3,80 m/s. Qual o raio do tubo nesse ponto?
14.38 a) Deduza a Equao (14.12). b) Quando a densidade cresce
1,50% de um ponto I at um ponto 2, o que ocorre com a vazo
volumtrica?
Seo 14.5 Equao de Bernoulli
14.39 Um tanque selado que contm gua do mar at uma altura igual
a 11,0 m tambm contm ar acima da gua a uma presso manomtrica igual a 3,0 atm. A gua escoa para fora atravs de um pequeno
orifcio na base do tanque. Calcule a velocidade de efluxo da gua.
14.40 Um pequeno orifcio circular com dimetro igual a 6,0 mm
cortado na superfcie lateral de um grande tanque de gua, a uma
profundidade de 14,0 m abaixo da superfcie da gua. O topo do
tanque est aberto para a atmosfera. Ache a) a velocidade de efluxo; b) o volume de gua descarregado por segundo.
14.41 Qual a presso manomtrica necessria no tubo principal
da rua para que uma mangueira de incndio ligada a ele seja
capaz de lanar gua at uma altura de 15,0 m? (Suponha que o
dimetro do tubo principal seja muito maior do que o dimetro da
mangueira de incndio.)
14.42 Em um ponto de um encanamento a velocidade da gua
3,0 m/s e a presso manomtrica igual a 5,0 x 104 Pa. Calcule a
presso manomtrica em um segundo ponto do encanamento,
11,0 m abaixo do primeiro, sabendo que o dimetro do cano no
segundo ponto igual ao dobro do dimetro do primeiro.
14.43 Sustentao de um avio. As linhas de corrente horizontais
em torno das asas de um pequeno avio so tais que a velocidade
sobre a superfcie superior igual a 70,0 m/s e sobre a superfcie
inferior igual a 60,0 m/s. Se a rea da asa igual a 16,2 m2, qual
a fora vertical resultante (incluindo o efeito da gravidade) sobre
o avio? A densidade do ar igual a 1,20 kg/m3.
14.44 Uma bebida leve (essencialmente gua) escoa em um tubo de
uma fbrica de cerveja com uma vazo volumtrica tal que deve
Problemas
14.47 Em uma demonstrao, uma professora separa facilmente
dois hemisfrios ocos de ao (dimetro D) por meio de uma ala
presa a cada um deles. A seguir, ela os encaixa novamente, bombeia o ar para fora da esfera at atingir uma presso absoluta P e
entrega-os ao aluno musculoso da ltima fileira para que ele tente
separ-los. a) Designando por Po a presso atmosfrica, qual a
fora que o aluno musculoso deve exercer sobre cada hemisfrio?
b) Avalie sua resposta para o caso P = 0,025 atm e D = 10,0 cm.
14.48 O ponto com a maior profundidade de todos os oceanos da
Terra a fossa Marianas, com uma profundidade igual a 10,92 km.
a) Supondo que a gua seja incompressvel, qual a presso
nessa profundidade? Use a densidade da gua do mar. b) A presso real nesse ponto igual a 1,16 x 108 Pa; o valor que voc
calculou deve ser menor do que esse porque, na realidade, a densidade da gua varia com a profundidade. Usando o valor da
compressibilidade da gua e o valor real da presso, ache a densidade da gua no fundo da fossa Marianas. Qual a variao
percentual da densidade da gua?
14.49 Uma piscina mede 5,0 m de comprimento, 4,0 m de largura
e 3,0 m de profundidade. Determine a fora exercida pela gua
sobre a) o fundo da piscina; b) ambas as extremidades da piscina.
(Sugesto: Calcule a fora que atua sobre uma estreita faixa horizontal situada a uma profundidade h e integre sobre a extremidade
da piscina.) Despreze a fora produzida pela presso do ar.
14.50 A aresta superior da comporta de uma represa est em contato
com a superfcie da gua. A comporta tem 2,0 m de altura, 4,0 m de
largura e uma articulao ao longo de uma linha horizontal passando pelo seu centro (Figura 14.36). Calcule o torque produzido pela
fora da gua em relao ao eixo da articulao. (Sugesto: Use um
procedimento anlogo ao adotado no Problema 14.49; calcule o
torque sobre uma estreita faixa horizontal situada a uma profundidade h e integre sobre a comporta.)
Figura 14.36
Problema
14.50.
Captulo 14 Mecnica
dos fluidos
97
98
FSICA
II
que a barca pode suportar em gua doce sem afundar? Existe espao suficiente na parte interna da barca para manter essa quantidade
de carvo? (A densidade do carvo aproximadamente igual a
1500 kg/m3.)
14.59.
Qual seria a 'sustentao' se o hlio fosse usado no lugar do hidrognio? Tendo em vista sua resposta, explique por que o hlio
usado nos modernos dirigveis de propagandas.
14.66 MHS de um objeto flutuando.
Um objeto com altura h,
massa M e rea da seo reta A flutua verticalmente em um lquido
com densidade p. a) Calcule a distncia vertical entre a superfcie
do lquido e a parte inferior do objeto na posio de equilbrio. b)
Uma fora de mdulo F aplicada de cima para baixo sobre o topo
do objeto. Nessa nova posio de equilbrio, a distncia vertical
entre a superfcie do lquido e a parte inferior do objeto difere em
que valor da distncia calculada no item (a)? (Suponha que uma
pequena parte do objeto permanea sobre a superfcie do lquido.)
c) Sua resposta da parte (b) mostra que, se a fora for repentinamente removida, o objeto dever oscilar para cima e para baixo
executando um MHS. Obtenha o perodo desse movimento em
funo da densidade p do lquido, da massa M e da rea da seo
reta A do objeto. Despreze o amortecimento provocado pelo atrito
do lquido (Seo 13.7).
14.67 Uma baliza cilndrica de 950 kg flutua verticalmente na gua
do mar. O dimetro da baliza igual a 0,900 m. a) Calcule a distncia
vertical adicional que a baliza dever afundar quando um homem de
70,0 kg ficar em p sobre ela. (Use a expresso deduzida na parte (b)
do Problema 14.66.) b) Calcule o perodo do MHS resultante quando
o homem pular para fora da baliza. (Use a expresso deduzida na
parte (c) do Problema 14.66 e, como naquele problema, despreze o
amortecimento provocado pelo atrito do lquido.)
14.68 Uma mangueira de incndio deve poder lanar gua no topo
de um prdio de 35,0 m de altura quando apontada para cima. A
gua entra na mangueira a uma taxa constante de 0,500 m3/s e sai
por um esguicho redondo. (a) Qual o dimetro mximo que esse
esguicho pode ter? (b) Se o nico esguicho disponvel possuir o
dobro do dimetro, qual o ponto mais alto que a gua atingir?
14.69 Voc usa a broca para fazer um pequeno furo na lateral de um
tanque cilndrico vertical de gua assentado sobre o solo com seu
topo aberto para o ar. (a) Se o nvel da gua tiver uma altura H, em
que altura acima da base voc precisa fazer o furo para que a gua
atinja a maior distncia da base do cilindro quando chega ao solo?
(b) Qual a maior distncia que a gua atingir?
14.70 Um tanque cilndrico vertical de rea de seo reta AI est
aberto para o ar em seu topo e contm gua at a profundidade ho.
Um empregado abre acidentalmente um furo de rea A2 no fundo
do tanque. (a) Deduza uma equao para a profundidade h da gua
em funo do tempo t depois que o furo aberto. (b) Quanto tempo
leva para o tanque esvaziar depois que o furo aberto?
14.71 Um bloco de madeira leve est sobre um dos pratos de uma
balana de braos iguais, onde mantm-se perfeitamente equilibrado pela massa de 0,0950 kg de um bloco de lato colocado no outro
prato da balana. Calcule a massa do bloco de madeira leve se a sua
densidade for igual a 150 kg/m3. Explique por que podemos desprezar o empuxo sobre o bloco de lato, mas no o empuxo do ar
sobre o bloco de madeira leve.
14.72 O bloco A da Figura 14.39 est suspenso por uma corda,
preso a uma balana de mola D e submerso em um lquido C contido em um recipiente cilndrico B. A massa do recipiente 1,0 kg;
a massa do lquido 1,80 kg. A leitura da balana D indica 3,50 kg
e a balana E indica 7,50 kg. O volume do bloco A igual a 3,80 x
10-3 m3 a) Qual a densidade do lquido? b) Qual ser a leitura de
cada balana quando o bloco A for retirado do lquido?
99
14.72.
I I
peso P do material fundido e a fora de empuxo B quando o material est completamente cercado de gua. a) Mostre que Vo = BI
(Pgua!J) - pl(Prng)
o volume total das eventuais cavidades formadas no interior do material fundido. b) Se o metal for o cobre, o
peso P do material fundido for igual a 156 N e a fora de empuxo
for igual a 20 N, qual o volume total das cavidades formadas no
interior do material fundido? A que frao do volume total do
material esse volume corresponde?
14.78 Um bloco cbico de madeira com aresta de 0,100 m e densidade igual a 550 kg/m3 flutua em um recipiente com gua. leo
com densidade igual a 750 kg/m3 derramado sobre a gua at que
a camada de leo fique 0,035 m abaixo do topo do bloco. a) Qual
14.80 Suponha que o petrleo de um superpetroleiro tenha densidade igual a 750 kg/m3. O navio fica encalhado em um banco de
areia. Para fazer o navio flutuar novamente, sua carga bombeada
para fora e armazenada em barris, cada um deles com massa igual
a 15,0 kg quando vazio e com capacidade para armazenar 0,120 m3
de petrleo. Despreze o volume ocupado pelo ao do barril. a) Se
um trabalhador que est transportando os barris acidentalmente
deixa um barril cheio e selado cair pelo lado do navio, o barril
flutuar ou afundar na gua do mar? b) Se o barril flutua, qual a
frao de seu volume que fica acima da superfcie da gua? Se ele
afunda, qual deveria ser a tenso mnima na corda necessria para
reboc-Io desde o fundo do mar para cima? c) Repita as partes (a)
e (b) supondo que o petrleo tenha densidade igual a 910 kg/m3 e
que a massa de cada barril vazio seja igual a 32,0 kg.
14.81 Um bloco cbico com densidade PBe aresta de comprimento
L flutua sobre um lquido de densidade maior PL' a) Que frao do
volume do bloco fica acima da superfcie do lquido? b) O lquido
mais denso do que a gua (densidade igual a PA) e no se mistura com ela. Derramando-se gua sobre a superfcie do lquido, qual
deve ser a camada da gua para que a superfcie livre da gua
coincida com a superfcie superior do bloco? Expresse a resposta
em termos de L, PB, PLe PA' c) Calcule a profundidade da camada
de gua da parte (b) se o lquido for mercrio e o bloco for de ao
com aresta de 10,0 cm.
14.82 Uma barca est em uma eclusa retangular de um rio de gua
doce. O comprimento da eclusa 60,0 m e a largura 20,0 m. As
comportas de ao das duas extremidades esto fechadas. Quando a
barca est flutuando na eclusa, uma carga de 2,50 x 106 N de sucata
de metal colocada na barca. A densidade do metal 9000 kglm3'
a) Depois que a carga de sucata de metal, que estava inicialmente
nas margens da eclusa, colocada na barca, em quanto se eleva
verticalmente o nvel da gua da eclusa? b) A sucata de metal
agora despejada na gua da eclusa pela parte lateral da barca. O
nvel da gua da eclusa sobe, desce ou permanece inalterado? Caso
ele suba ou desa, quanto varia verticalmente o nvel da gua da
eclusa?
14.83 Um tubo em forma de U contendo um lquido possui uma
seo horizontal de comprimento igual a I (Figura 14.40). Calcule
a diferena de altura entre as duas colunas de lquido nos ramos
verticais quando a) o tubo se desloca com uma acelerao a para a
direita; b) o tubo gira em tomo de um dos ramos verticais com uma
velocidade angular W. c) Explique por que a diferena de altura no
depende da densidade do lquido nem da rea da seo reta do tubo.
A resposta seria a mesma se os tubos verticais tivessem reas das
sees retas diferentes? A resposta seria a mesma se a parte horizontal do tubo fosse afunilada, diminuindo sua seo reta de uma
extremidade at a outra? Explique.
100
F S I C A II
14.83.
14.84 Um recipiente cilndrico contendo um lquido incompressvel de densidade p gira com velocidade angular w constante em
torno de seu eixo de simetria, o qual tomaremos como o eixo Oy
(Figura 14.41). a) Mostre que a presso a uma dada altura no interior do lquido cresce com a distncia radial r (para fora do eixo de
rotao) de acordo com ap/ar = pw2r. b) Integre essa equao
diferencial parcial para achar a presso em funo da distncia ao
eixo de rotao ao longo de uma linha horizontal para y = O. c)
Combine a resposta da parte (b) com a Equao (14.5) para mostrar
que a superfcie do lquido que gira possui uma forma parablica,
ou seja, a altura do lquido dada por h(r) = w2? /2g. (Essa tcnica usada para fabricar espelhos parablicos para telescpios; o
vidro lquido gira e depois solidificado enquanto est girando.)
T
H
14.87.
14.84.
<
Po~emob'
14.89.
Captulo
Problemas
101
desafiadores
F
Figura 14.44 Problema
Corda
14.91.
14.95.
14.92
40,0 cm2
10,0 cm2
14.92.
14.96 Um grande tanque de dimetro D est aberto para a atmosfera e contm gua at uma altura H. Um pequeno orifcio com dimetro d (d D) feito na base do tanque. Desprezando qualquer
efeito da viscosidade, calcule o tempo necessrio para drenar completamente o tanque.
14.97 Um sifo, mostrado na Figura 14.47, um dispositivo conveniente para remover o lquido de um recipiente. Para efetuar o
escoamento, devemos encher completamente o tubo com lquido.
Suponha que o lquido possua densidade p e que a presso atmosfrica seja Palm' Suponha que a seo reta do tubo seja a mesma em
todas as suas partes. a) Se a extremidade inferior do sifo est a
uma distncia h abaixo da superfcie do lquido no recipiente, qual
a velocidade do lquido quando ele sai pela extremidade inferior
do sifo? (Suponha que o recipiente tenha um dimetro muito
grande, e despreze qualquer efeito da viscosidade.) b) Uma caracterstica curiosa de um sifo que o lquido inicialmente sobe no
tubo. Qual a altura mxima H que o ponto mais alto do tubo pode
ter para que o escoamento ainda ocorra?
---T
H
t
h
1
Figura 14.47 Problema desafiador
14.97.
102
FSICA
II
If/J:,
LW'\
14.98.