Projeto Paradesportivo

Projeto paradesportivo realizado em Bauru ser referncia do
Governo do Estado de So Paulo para criao de equipamentos

pblicos de esporte.
Projeto da praa paradesportiva adotada pelo municpio de Bauru, em So Paulo, e que
segue norma NBR 9050/94.
FICHA TCNICA
Arquitetura: Di Crivelli Arquitetura e Construes (doao)

Construtora: Preciso Comercial e Construtora
Terreno: 3.547,00 m
rea construda: 2.170,80 m
Custo: R$ 1.680.100,87
Ano do projeto: 2010
Tempo da obra: 18 meses
Modalidade: Concorrncia Pblica
A prefeitura municipal de Bauru, no interior de So Paulo, inaugurou a primeira praa

paradesportiva do Estado de So Paulo, em setembro. Fruto de convnio do municpio
com a Secretaria Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficincia de So Paulo, o
equipamento construdo de acordo com as diretrizes de acessibilidade da Associao
Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) ser usado como referncia para adoo do
projeto em vrias outras cidades do Estado, de acordo com a secretaria.
A praa foi construda em uma rea de 3.547 m2 e custou R$ 1,68 milho. Coube ao
Estado o repasse R$ 1,6 milho, alm de acompanhamento e fiscalizao das obras,
enquanto a contrapartida da prefeitura foi de R$ 27.422, alm da doao do terreno
estimado em R$ 2,1 milhes.
O projeto arquitetnico teve custo zero, uma doao dos arquitetos Emerson Crivelli e
Priscila Cucci, moradores da cidade, por meio da Associao dos Engenheiros, Arquitetos
e Agrnomos de Bauru (Assenag).
Destinada a crianas, jovens e adultos com e sem deficincia, a praa paradesportiva
tem capacidade para 150 pessoas em atividade simultnea e 1,2 mil pessoas por dia. O
espao conta com duas quadras paradesportivas - sendo uma apropriada para
basquetebol, futsal e voleibol - e outra para futsal e tnis. No local h tambm uma rea
coberta para lazer, dois vestirios, playground com tanque de areia e, em torno da
praa, uma pista de caminhada cimentada.
Para que o equipamento pudesse ser utilizado por todos, foram tomados alguns
cuidados. No h degraus no projeto e as rampas tm 8,33% de inclinao, no mximo,
com corrimos especficos com duas barras e sinalizao de incio e fim para pessoas
com deficincia visual, conforme a norma NBR 9050/04. As quadras ainda so rodeadas
por piso ttil, assim como a pista de caminhada e as reas de lazer, indicando local de
bancos, por exemplo. As cestas de basquete so mveis e adequadas ao uso de
crianas, idosos e pessoas com deficincia. O equipamento conta tambm com portas,
bacias e pias adaptadas para a adequada locomoo de cadeirantes e pessoas com
mobilidade reduzida.
Os pisos, tanto das quadras quanto da pista de caminhada, foram escolhidos a dedo
para resistir ao desgaste promovido por cadeiras de rodas, alm de antiderrapante.
"Precisvamos de uma soluo que no dificultasse a locomoo do cadeirante - visto
que o atrito neste caso borracha com borracha - mas tampouco fosse escorregadia
demais, a ponto de prejudicar a locomoo de pessoas com outras necessidades",
explica Fbio Manfrinato, consultor em acessibilidade da Empresa Municipal de
Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb) e idealizador da praa.
Por ltimo, todo o entorno do equipamento foi refeito para que houvesse adequada
sinalizao da localizao de telefones pblicos e rvores - para evitar acidentes com
deficientes visuais -, e as guias nas reas de acesso praa, s faixas de pedestre e s
esquinas foram rebaixadas. As reas ajardinadas contam com muretas de separao,
que apesar de no serem uma exigncia normativa, garantem a segurana dos usurios.
"Com alguns ajustes conseguimos uma praa esportiva para uso de todos. Agora
estamos instalando os equipamentos de ginstica, tambm adequados s pessoas com
deficincia e idosos, alm de rea para jogo de xadrez", aponta Manfrinato.
Normas tcnicas para acessibilidade

Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT):
NBR 9050/04 - Acessibilidade a Edificaes, Mobilirios, Espaos e Equipamentos
Urbanos
Comisso Permanente de Acessibilidade de So Paulo (CPA):
CPA/sehab-G/002/2000 - Norma tcnica para piso referencial podottil
CPA/sehab-G/003/2000 - Programa de adequao de vias pblicas s necessidades
das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida
CPA/sehab-G/011/2003 - Critrios e padres de projetos de rebaixamento de caladas

junto faixa de pedestre e marca de vagas de estacionamento para veculos de
pessoas com deficincia em vias e logradouros pblicos
CPA/sehab-G/014/2003 - Referente execuo e instalao de rampa pr-fabricada
com microconcreto armado
CPA/sehab-G/014/2003 - Referente comunicao ttil de piso com textura
diferenciada e contraste de cor, dirigida s pessoas com deficincia visual ou com viso
subnormal
A seguir, veja os itens estruturais do

equipamento esportivo, alm dos
itens de acessibilidade.
Cesta de basquete e rede de
vlei
Tanto o suporte da cesta de
basquete quando o da rede de vlei
tm ajustes de altura. Isso permite que
pessoas de todas as idades e com deficincia
possam jogar. O basquete para idosos e
crianas, por exemplo, realizado com a
cesta a uma distncia menor do que a oficial.
Piso esportivo acessvel

O piso da quadra poliesportiva, da pista de
caminhada e das quadras de futebol e tnis
foi executado em concreto armado com tela,
com aplicao de juntas de dilatao para evitar movimentao trmica. Os
cuidados na acessibilidade das quadras preveem a aplicao de revestimento
monoltico para pisos base de
resinas poliuretnicas, aplicada
em multicamadas, com
acabamento texturizado
antiderrapande, na espessura de
3 mm. O material emborrachado
e tratado foi considerado ideal
para movimentao de
cadeirantes e demais pessoas
com deficincia.
Rampas de acesso
Foram executadas rampas de acesso para deficientes fsicos no passeio pblico,
junto guia, em frente entrada principal e nas esquinas da praa, junto s
faixas de pedestres e em alguns pontos da quadra. Cada uma delas formada por trs
inclinaes em contrapiso de concreto com espessura de 5 cm e cimentado
desempenado. A inclinao das rampas de cerca de 8% (1:12), atendendo Norma
Tcnica 9050, da ABNT. Sobre elas,
foram assentadas faixa de placas
(ladrilhos) tteis para orientar a
circulao das pessoas com deficincia
visual. A Norma tambm recomenda
largura livre de 1,50 m ou, no mnimo,
de 1,20 m.
Localizao dos
interruptores
A localizao dos interruptores e tomadas foram definidos para que cadeirantes
no tivessem problema em acess-los. A parte inferior da tomada baixa fica a
0,3 m do piso, enquanto as tomadas altas ficam a 1 m do piso. J os
interruptores ficam a 1 m do piso e, quando estiverem prximos s portas, sero
localizados a 0,10 m das
respectivas esquadrias, sempre ao
lado da fechadura. De acordo com
a norma da ABNT para
acessibilidade, os controles,
botes, teclas e similares devem
ter dimenso igual ou superior a
2,5 cm.
Guarda-corpo e corrimo
Os guarda-corpos e corrimos so duplos, para atender a pessoas que se
deslocam de p ou em cadeira, e esto instalados de ambos os lados nas rampas
da quadra. Esto distantes 70 cm e 92 cm
do piso e com um tubo de apoio a cada 1,2 m fixado no piso por grapa, tipo
cauda de andorinha, chumbado em concreto.
Os guarda-corpos e corrimos duplos so feitos de tubo de ao com bitola de 35 mm,
com acabamento com fundo antioxidante e pintado com demos de tinta esmalte
sinttico, autobrilho, na cor grafite, conforme a NB 9050. Nos corrimes e guarda-corpos
h um anel de mesmo material h 1 m do
incio e fim das inclinaes, de forma a
sinalizar o fim da mesma para pessoas
com deficincia visual.
Piso ttil orientador
Para melhor circulao das pessoas com deficincia visual e ou com baixa viso
em locais amplos, foi instalado piso ttil nas reas de circulao e na direo de
banheiros, bancos e das quadras. O dimensionamento segue o padro ABNT, com
altura dos relevos entre 3 mm e 5 mm e distantes 3,2 mm da mudana de plano
da rea de circulao, alm de localizado antes no incio e aps o trmino da
rampa. A sinalizao ttil direcional instalada no sentido do deslocamento, com
larguras entre 0,2 m e 0,6 m.
Telefones pblicos
Em frente s quadras foram instalados telefones pblicos, sendo um deles com altura de
1,2 m. Em torno do mobilirio foram instalados piso ttil de alerta para identificao por
parte dos deficientes. Segundo o Guia de Mobilidade Acessvel da Cidade de So Paulo,
os telefones acessveis devem prever: rea de aproximao frontal e lateral para
usurios de cadeiras de rodas; comandos a uma altura mxima de 1,20 m; sinalizao
com smbolo internacional de acesso; piso ttil de alerta na projeo do objeto e fio com
comprimento mnimo de 0,75 m.
Corredores
Como o terreno doado pela prefeitura para a obra era muito estreito, os arquitetos
optaram por manter a largura dos corredores no menor tamanho aceito pela ABNT.
Assim, entre uma quadra e outra, os corredores tm 1,20 m. De acordo com a norma
ABNT, os corredores devem ser dimensionados de acordo com o fluxo de pessoas. A
largura mnima para corredores de extenso de at 4 m de 0,9 m; corredores com
extenso de at 10 m devem ter pelo menos 1,20 de largura e com mais de 10 m, 1,5
m de largura.
Sanitrios
Para garantir a autonomia das pessoas com deficincia e mobilidade reduzida, foi preciso
garantir que as barras de apoio, instaladas nos boxes e corredores, tivessem
comprimento e altura adequados. A bacia, o lavatrio e o chuveiro possuem
especificaes para utilizao universal. E as portas tm largura mnima de 0,9 m, ou
seja, maiores que o formato-padro. A dimenso das cabines prev rea de rotao
mnima de 180 para manobras das cadeiras de rodas, num crculo com dimetro de 1,5
m.
Para os vestirios, as especificaes exigidas pelas normas de acessibilidade da ABNT
estabelecem, entre outros requisitos: rea de giro para usurios de cadeiras de rodas;
bancos providos de encosto com rea de aproximao; barras de apoio e espelhos;
cabides instalados prximos aos bancos, entre 0,80 m e 1,20 m de altura do piso;
armrios com altura entre 0,40 m e 1,20 m do piso para acesso de cadeirantes, alm de
fechaduras instaladas entre 0,80 m e 1,20 m de altura; espelhos com borda inferior a
0,30 m do piso e superior mxima de 1,80 m.
Bancos e mesas
A praa esportiva conta tambm com espao ao ar livre onde est localizado um tanque
de areia e bancos fixos. A prefeitura tambm prev a colocao de mesas para jogos de
tabuleiro no local.
O banco fixo, apesar de no requerer adaptao para o uso de pessoas com deficincia
deve ser projetado de forma a permitir a interao de cadeirantes com aqueles ali
sentados. Para isso, a norma exige espao junto ao banco fixo de 0,8 m de largura por
1,2 m de comprimento.
J as mesas, para poderem ser usadas por usurios de cadeiras de rodas, precisam ter
medidas especficas, conforme ilustrao.
Cobertura
As coberturas das quadras foram projetadas para que ampliassem o tempo de sombra
no perodo da tarde e mantivessem o ambiente ventilado, evitando elevao da
temperatura no local da prtica esportiva. Assim, as coberturas feitas de trelia metlica
em perfis de chapas dobradas cobertas com telhas metlicas em ao zincado so
cncavas, sendo a parte mais comprida voltada para o oeste.
Penpolis ganhar Praa Paradesportiva

Ainda neste primeiro semestre do ano Penpolis contar com um espao adaptado
para que as pessoas com deficincia possam se exercitar. Trata-se da Praa
Paradesportiva, com academia de ginstica. A efetivao desse projeto ser possvel
graas a um convnio para repasse de verbas que ser celebrado entre a Prefeitura
Municipal e o Governo do Estado de So Paulo.
O recurso para implantao da academia de ginstica vir da Secretaria de Estado
dos Direitos da Pessoa com Deficincia. Para tratar do convnio e dos benefcios
que o mesmo possibilitar populao, esteve recentemente na cidade o Assessor de
Gabinete para Educao Esportiva da Secretaria, o penapolense Vanilton Senatore,
que foi recebido pelo prefeito Joo Lus dos Santos; pelo secretrio municipal de
Esporte Lazer e Juventude de Penpolis, Roberto Carlos Calez; e o vereador Caque
Rossi.
Segundo informou o secretrio Roberto Calez, a academia composta de um
kit com 11 aparelhos, sendo que o custo dessa aquisio de aproximadamente
R$ 60 mil. Estes aparelhos de ginstica adaptados sero instalados na Praa
Paradesportiva, cujo espao destinado fica na avenida Joo Antonio de Castilho, na
marginal do crrego Santa Leonor, em rea privilegiada da cidade, contou ele.
A Administrao Municipal entregou toda a documentao para formalizao
do convnio e, em seguida, a assinatura do mesmo, o Governo do Estado dever
autorizar o processo licitatrio para aquisio dos equipamentos. Entre os aparelhos
de ginstica adquiridos esto: mquina trceps, mquina bceps, mquina de puxada
alta, mquina de supino vertical, mquina de remada sentado, mquina de abdominal,
mquina twist, jogo de barras, giro de punho, paralelas e bicicleta de mo.
Agradeo ao penapolense Vanilton Senatore, sempre parceiro do Municpio de
Penpolis e uma das maiores autoridades paradesprtiva do nosso pas, o que nos
honra muito, ao vereador Caque Rossi que, em conjunto conosco, apresentou o
pedido inicial para implantao desse projeto em nossa cidade, bem como toda a
equipe da Secretaria Municipal de Esportes, finalizou o prefeito Joo Lus.

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Arquitetura: Di Crivelli Arquitetura e Construes (doao)

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