Curso Técnico em Manutenção e Suporte em Informática
Curso Técnico em Manutenção e Suporte em Informática
Curso Técnico em Manutenção e Suporte em Informática
e Suporte em Informtica
Introduo Computao
Edson Nascimento Silva Jnior
ISBN:
Comisso de Acompanhamento e
Validao
Universidade Federal de Santa Catarina UFSC
Coordenao Institucional
Araci Hack Catapan/UFSC
Coordenao do Projeto
Silvia Modesto Nassar/UFSC
Equipe de Elaborao
Universidade Federal do Amazonas UFAM
Design Instrucional
Renato Cislaghi/UFSC
Coordenao Institucional
Zeina Rebouas Corra Thom/UFAM
Web Design
Gustavo Mateus/UFSC
Professor-autor
Edson Nascimento Silva Jnior/UFAM
Projeto Grfico
Beatriz Helena Dal Molin/UNIOESTE e EGC/UFSC
Araci Hack Catapan/UFSC
Elena Maria Mallmann/UFSC
Jorge Luiz Silva Hermenegildo/CEFET-SC
Mrcia Freire Rocha Cordeiro Machado/ETUFPR
Silvia Modesto Nassar/UFSC
SUMRIO
PALAVRAS DO PROFESSOR
PROJETO INSTRUCIONAL
CONES E LEGENDAS
10
MAPA CONCEITUAL
13
ROTEIRO DE ESTUDO
14
INTRODUO
15
17
17
1.2 Introduo
17
17
18
19
19
1.7 Sntese
20
21
21
2.2 Introduo
21
21
22
24
2.6 Perifricos
29
29
2.8 Sntese
30
31
31
3.2 Introduo
31
32
34
Sumrio
35
37
38
3.8 Sntese
38
39
39
4.2 Marcos
39
41
41
42
4.6 Sntese
42
LEITURAS RECOMENDADAS
43
REFERNCIAS
44
GLOSSRIO
45
48
PALAVRAS DO PROFESSOR
Caro estudante,
Comear essa fase um marco importante. Voc passa a fazer
parte de um grupo que est procurando caminhos que vo alm da expectativa de um simples dever cumprido. Queremos ir mais adiante e fazer
a diferena. Neste contexto, muito importante nos sentirmos uma nica
equipe, que quer buscar objetivos nicos. Assim, quero dar-lhe os parabns
pela sua iniciativa de vencedor!
Na modalidade de educao a distncia, o progresso depende diretamente da participao do estudante. Tivemos o cuidado de achar um
caminho que possa atender as necessidades do seu aprendizado. Mas os
passos precisam ser dados por voc.
Lembre-se de que agora formamos uma equipe. E uma equipe s
ganha se todos esto dispostos a vencer. Para isso, teremos a nossa disposio um conjunto de ferramentas integradas que iro nos ajudar a percorrer
o caminho escolhido. Este material faz parte dessas ferramentas.
Este caderno apresenta informaes introdutrias sobre a Computao, que contemplaro conceitos bsicos, envolvendo o percurso histrico do software e do hardware. Esses conceitos passaro a ser utilizados ao
longo de todo seu curso profissionalizante, e tambm na sua vida profissional. Lembramos que no se trata de uma disciplina de formao de programador, e sim de um profissional da rea de manuteno de equipamentos
de informtica.
Assim, trata-se de um material dinmico atravs do qual voc e eu
estaremos integrados numa rede social, aproximados pela Internet, com o
objetivo de construir a capacitao profissional almejada.
Vale salientar que voc est se profissionalizando para um mercado
de trabalho que espera um profissional qualificado e que essa qualificao no uma roupa que vestimos e tiramos, a pessoa que se qualifica.
Nesta perspectiva, quanto mais buscarmos a interface do contedo estudado, com as questes de vida e seus relacionamentos, mais tranquilos caminharemos. Aproveite bem esta oportunidade, e d o mximo de si, e ver
que, no fim, tudo ter valido a pena.
PROJETO INSTRUCIONAL
UNIDADE
OBJETIVOS
Apresentar a
histria dos
computadores;
MATERIAL
IMPRESSO
RECURSOS DIGITAIS
A unidade apresenta
a evoluo histrica
do uso do computador .
Levar o estudante
a refletir sobre o
futuro da Computao;
Apresentar uma
classificao dos
principais dispositivos perifrico;
2
Levar o estudante
a procurar formas
de classificao do
computador;
ESTRATGIAS
Frum de
discusso sobre
a ubiquidade do
computador em
nosso sculo;
Desenvolvimento
cooperativo de
mapas conceituais.
ATIVIDADES DE
AVALIAO
Participao nos
fruns de discusso e
de dvidas;
Produo de um
material digital (blog)
a partir de pesquisa
em livros e na Internet
sobre o tema.
REFERNCIAS
NORTON, P., 1996.
VIANA, M. M., 1996.
ALMEIDA, M. G. de, 1999.
WHITE, R., 1995.
BRETON, P., 1991.
CARNEIRO, J. L., 2008.
CORTELAZZO, I. B. C.,
2008.
MANO, R., 2008.
6 Horas
Frum de
discusso sobre a
evoluo do computador e seus
novos formatos;
Desenvolvimento
cooperativo de
mapas conceituais
sobre memria.
Mapa conceitual da
relao dos componentes de um sistema de
computao;
Apresentar
aplicativos de
conectividade e
suas classificaes;
Participao nos
fruns de discusso e
de dvidas;
Produo de um
material digital (blog)
a partir de pesquisa
em livros e na Internet
sobre o tema;
Resoluo de atividades de aprendizagem e
avaliao.
Trabalhar sobre
os componentes
de um sistema
computacional.
Apresentar a
arquitetura de
Von Neumann;
5 Horas
Promover a
reflexo sobre os
diversos usos do
computador.
Apresentar os
componentes de
um computador;
CARGA
HORRIA
5 Horas
Hiperligaes a outros
stios na Internet sobre
cdigos maliciosos e a
aplicativos de conectividade;
Participao nos
fruns de discusso e
de dvidas;
Produo de um
material digital (blog)
a partir de pesquisa
em livros e na Internet
sobre o tema;
Mapa conceitual da
evoluo dos sistemas
operacionais;
Hiperdocumento sobre
funcionalidades dos aplicativos de escritrio.
Expor a histria
dos principais
aplicativos de
escritrio.
Levar a discusso
sobre propriedade
de software;
Difuso da modalidade de software
livre;
Hiperdocumento
apresentando diferenas
de software proprietrio,
software livre e software
gratuito;
Hiperligao para stios
com exemplo de projetos de incluso digital
bem sucedidos.
4 Horas
Frum de
discusso sobre
software livre;
Participao nos
fruns de discusso e
de dvidas;
Desenvolvimento
cooperativo de
mapas conceituais
sobre aes de
incluso digital.
Produo de um
material digital (blog) a
partir de pesquisa em
livros e Internet sobre
o tema.
Conscientizar o
estudante para o
desenvolvimento
de atividades antipirataria;
Organizar
discusso sobre a
incluso digital.
CONES E LEGENDAS
Caro estudante! Oferecemos para seu conhecimento os cones e
sua legenda que fazem parte da coluna de indexao. A intimidade com estes e com o sentido de sua presena no caderno ajudar voc a compreender melhor as atividades e exerccios propostos (DAL MOLIN, et al.,2008).
Saiba mais
Este cone apontar para atividades complementares ou
para informaes importantes sobre o assunto. Tais inEx: http://www.
etecbrasil.mec.
gov.br
formaes ou textos complementares podem ser encontrados na fonte referenciada junto ao cone.
Para refletir...
Toda vez que este cone aparecer na coluna de indexao
indicar um questionamento a ser respondido, uma ativiEx: Analise o
caso... dentro
deste tema e
compare com...,
Assista ao filme...
Mdias integradas
Quando este cone for indicado em uma dada unidade
significa que voc est sendo convidado a fazer atividades
que empreguem diferentes mdias, ou seja, participar do
AVEA, assistir e comentar um filme, um videoclipe, ler um
Ex.: Assista
ao filme... e
comente-o.
10
cones e Legendas
Avaliao
Este cone indica uma atividade que ser avaliada dentro
de critrios especficos da unidade.
Lembre-se
Destaque
A presena do retngulo de fundo
Retngulo com fundo colorido.
11
MAPA CONCEITUAL
O mapa abaixo representa um pouco do que se pode entender por
computao. Significa que computador (hardware) e programas (softwares) andam juntos. E a evoluo de um leva evoluo do outro.
Tipos de
Hardware
Evolui
Ambientes
Computacionais
Computador
Exige
Adaptam-se a
Tcnicas de
Programao
Usa
Influenciam
Computao
Trabalha
com
Linguagem
de
Programao
Tipos de
Linguagem de
Programao
Classificam-se
em
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ROTEIRO DE ESTUDO
Os objetivos de aprendizagem estabelecidos para esta disciplina
requerem o envolvimento do estudante nas distintas atividades aqui apresentadas.
Apenas fazer uma leitura superficial no ser suficiente para a compreenso e o entendimento do contedo. Assim, espera-se que o estudante possa desenvolver, nesta disciplina, sua capacidade de uso de ferramentas
computacionais, incluindo aquelas que envolvem o uso da Internet, bem como
diferenciar tipos de hardware e software, conhecimento til para as prximas
etapas do curso. Para tanto, espera-se que o estudante possa, na:
Unidade 1 ter uma viso histrica e evolutiva da Computao,
capacitando-o a construir pensamentos reflexivos a respeito dos diversos
usos do computador;
Unidade 2 conhecer e distinguir as principais classes de dispositivos e inteirar-se acerca dos diversos componentes de um computador;
Unidade 3 conhecer sobre sistemas operacionais, vrus e outras
classes de softwares, associada ao desenvolvimento histrico dos computadores e seus usos;
Na unidade 4 habilitar-se a discutir aspectos legais do uso da computao, conhecendo aspectos diferenciais do software livre e proprietrio.
14
INTRODUO
O computador a prova do ilimitado potencial humano. Ele trabalha atravs do raciocnio do homem, e, se bem utilizado, facilitar a execuo de tarefas. Por isso, importante saber como funciona e quais os
recursos de que ele dispe.
O material que aqui apresentamos deve servir como suporte impresso para o estudante acompanhar a disciplina introdutria da Computao, para o curso Tcnico em Manuteno de Computadores, a partir
da proposta do Programa e-Tec Brasil, e, assim, iniciar sua explorao no
mundo da computao. Foi elaborado especialmente para quem est comeando a estudar hardware e precisa de um norte para conhecer tpicos
mais avanados.
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17
Complicado? Releia esses conceitos. O que podemos ento imaginar? De onde vem essa vontade de criar um computador? Vamos estudar a
histria da criao do computador e poderemos ter a nossa prpria definio sobre o computador. Coloque esta definio prpria num texto de uma
lauda e poste no ambiente virtual de ensino-aprendizagem.
As primeiras mquinas de computar apareceram no ano de 4.500
A.C. no antigo Egito. De l at o surgimento dos primeiros computadores
digitais, no sculo passado, muitas engenhocas foram apresentadas. E a
busca era to somente conseguir melhorar o tempo usado para realizar
operaes matemticas.
Os egpcios iniciaram o processo de efetuar medidas e anlises
para melhor controlar suas colheitas, construes e obras. Na Mesopotmia, os pastores precisavam contar as ovelhas e criaram o sistema decimal
baseado nos dedos das mos.
Em 3.000 A.C. surgiu a primeira ferramenta para auxiliar nos clculos: um aparelho muito simples, formado por uma placa de argila onde se
escreviam algarismos que auxiliavam nos clculos, o BACO.
Outras mquinas tambm importantes foram desenvolvidas. Como
http://www.mci.org.br
exemplo podemos citar a pascaline, de Blase Pascal e a mquina analtica, de Charlie Babbage e Ada Lovelace.
1.4 O computador do sculo passado
Em 1940, George R. Stibitz, trabalhando com Samuel B. Williams,
construiu a Model 1, uma mquina de somar, projetada com rels telefnicos e notao binria de nmeros, para realizar clculos com nmeros
complexos.
Entre 1941 e 1950, Konrad Zuse construiu as mquinas Z3 e Z4.
A Z3 objetivava a codificao de mensagens. Essa mquina tinha um leitor
de cartes, um console para o operador e dois compartimentos com 2.600
rels. Sua memria armazenava 64 nmeros de 22 bits. A Z4 foi instalada
em Zurique, na Escola Politcnica Federal. Tinha 32 bits, com memria de
512 palavras e usava fitas perfuradas.
Em 1943, a pedido do Servio de Inteligncia Britnico, uma equipe liderada por Tommy Flowers construiu o Colossus, que Alan Mathison
Turing tinha projetado. O objetivo dos ingleses era decifrar os cdigos secretos dos alemes, criados pela mquina Enigma que produzia mensagens indecifrveis. Ao invs de rels eletromecnicos, usava 1. 500 vlvulas
eletrnicas, chegando a processar cerca de 5.000 caracteres por segundo.
Em 1944, a Marinha dos E.U.A. desenvolveu o Mark I (IBM ASCC
- Automatic Sequence Controlled Calculator), com apoio da IBM. A mquina foi desenvolvida baseada no calculador analtico de Babbage e era utili-
18
19
20
21
23
O dispositivo de
entrada envia dados
unidade central
de processamento
A unidade central de
processamento (CPU)
executa intrues do
computador
O dispositivo de
sada disponibiliza os
dados processados.
A memria mantm
dados e programas em
uso no momento
Entrada
Processamento
Sada
24
25
tambm determina a rapidez com que seus programas vo operar. O computador possui vrios tipos de memria:
a) ROM Read-Only Memory, ou seja, memria somente de
leitura. So informaes armazenadas em chips que no podem
ser alteradas. Contm normalmente instrues que devem ser
executadas sempre da mesma forma. Ex.: inicializao (boot),
configurao da mquina, etc.;
b) RAM Random-Access Memory, ou memria de acesso
aleatrio. Refere-se aos chips de memria capazes de armazenar
informaes, nos quais o processador pode facilmente ler e
escrever. conhecida como memria de trabalho do computador.
A memria RAM pode ser dividida em: memria convencional,
superior, estendida e expandida;
c) Memria Auxiliar, Secundria ou Externa Tem grande
capacidade de armazenamento e preserva seu contedo quando
o computador desligado. Ex.: disco rgido, disquetes, fitas, etc.
Se um dado ou programa estiver na memria auxiliar, ele deve
primeiro ser carregado para a memria principal (RAM), para
depois ser processado;
d) Memria Intermediria ou Buffer rea de armazenamento da
memria, que guarda as informaes que esto indo de um lugar
para outro esto sendo processadas at que o dispositivo que
as vai receber esteja pronto para aceit-las. Pode ser considerada
tambm como um pequeno banco de memria fsica, utilizada
quando um perifrico tem velocidade de transmisso de dados
diferente da CPU ou de outro perifrico, compatibilizando a
velocidade, ou seja, retendo as informaes temporariamente e
mandando-as na velocidade esperada pelo perifrico mais lento.
So exemplos desse tipo de memria o buffer de impresso e o
buffer de teclado;
e) Memria Cache Reduz o tempo que o microprocessador
leva para obter informaes da memria principal. Os chips de
Memria de Acesso Aleatrio (RAM) so encontrados em todos os
computadores, mas nem sempre so feitos da mesma forma. Alguns
so mais rpidos em renovar com cargas eltricas os capacitores
que cuidam da preservao dos dados. A taxa de renovao,
expressa geralmente em nanosegundos, ou um bilionsimo de
segundo, influencia na rapidez com que os dados podem moverse da memria para o microprocessador que manipula os dados.
A memria cache ajuda a movimentar os dados entre a memria
26
27
28
2.6 Perifricos
Todas as maravilhosas tarefas que um computador pessoal capaz
de realizar no teriam significado algum se ele no tivesse uma maneira de
se comunicar com o mundo externo. Os primeiros computadores usavam
http://www.mci.org.br
29
2.8 Sntese
Nesta unidade trabalhamos sobre diferentes modelos e capacidades dos computadores; relacionamos distines entre as classes de pessoas
que lidam diretamente com os computadores. Por fim, distinguimos entre
dispositivos e componentes.
30
31
Standard Code for Information Interchange (Cdigo Padro Norteamericano para Intercmbio de Informaes), hoje conhecido como cdigo
http://pt.wikipedia.org/wiki/
ASCII
ASCII.
Apesar de no ser o nico padro de codificao, ele aplicado
principalmente nos computadores pessoais. Assim sendo, atualmente a
codificao mais utilizada. Outros padres de codificao so o EBCDIC, o
BAUDOT e o Unicode.
O cdigo ASCII representa 256 caracteres diferentes, usando para
cada um deles uma sequncia de 8 bits. So 128 smbolos universais, e 128
smbolos adicionais, passveis de variao de pas para pas.
Como exemplo do cdigo ASCII, vejamos a letra A. O valor do
cdigo ASCII equivalente o 65 na representao decimal, que na representao binria de 8 bits equivale a: 0100 0001. Assim,
A = 65 = 01000001 .
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2
33
go fonte est disponvel na Internet e licenciado sob os termos da GLP; assim, podem-se realizar instalaes e cpias diversas sem nenhuma restrio.
Outra vertente dos computadores so os Macintosh, da Apple
Computer. Em janeiro de 1984, Steven Paul Jobs, da Apple Computer, apresentou seu primeiro computador com o sistema operacional orientado a
objetos, baseado em figuras para acionar comandos, o que facilita o dilogo com o usurio.
Em 2001, a Apple lanou a dcima verso do sistema operacional
Macintosh, o Mac OS X, adotando uma implementao do UNIX como
kernel.
3.4 Programas maliciosos
Infelizmente, na computao o espao e as falhas podem ser aproveitados para tambm cometer crimes, ou para espalhar problemas. E a
revoluo do uso do computador, passando de um grupo elitizado para
atingir a massa, proporcionou avanos em todas as reas, incluindo a da
disseminao de problemas digitais.
Provavelmente em 1982 foi escrito o primeiro cdigo malicioso, o
vrus Elk Cloner. Criado por um estudante de Pittsburgh, E.U.A., de apenas
15 anos, o vrus infectava o sistema operacional do Apple II, de 8 bits, sob
o sistema DOS e era capaz de copiar a si mesmo quando um disquete era
inserido no computador. Quando o mesmo disquete era colocado em outra
mquina, se disseminava. O Elk Cloner era um vrus benigno, mas tornou-se
o primeiro de muitos programas nocivos.
Em janeiro de 1986, o primeiro vrus de computador para computadores pessoais foi descoberto. Recebeu o nome Brain e era da classe
dos Vrus de Boot, isto , danificava o setor de inicializao do disco
rgido. Propagando-se por meio de disquete.
Em maro de 1999, o vrus Melissa causou danos de 80 milhes de
dlares quando infectou mais de um milho de computadores em apenas
uma noite, propagando-se pela Internet, enviando e-mails no autorizados.
Existe uma variedade de programas maliciosos, tambm chamados de pragas digitais, e que no so, necessariamente, vrus.
Os Cavalos-de-tria (trojans) formam um tipo de praga digital
que, basicamente, permite acesso remoto ao computador aps a infeco.
34
35
Em 1980, Timothy Berners-Lee, um consultor de software do Centro Europeu para a Investigao Nuclear (CERN) em Genebra, Sua, em um
laboratrio de pesquisas avanadas de fsica das partculas, props, juntamente com Robert Cailliau, um projeto baseado no conceito de hipertexto
para facilitar o compartilhamento de informaes entre os desenvolvedores
e cientistas.
Bernes-Lee criou um programa a que denominou de EnquireWithin-Upon-Everything (que ficou conhecido como Enquire). O programa criava conexes entre pessoas e projetos por meio de palavras-chave,
os links (ou atalhos) entre documentos, de modo que, clicando sobre um
desses links apareceria o documento correspondente.
Em fevereiro de 1993, Marc Andreessen, estudante do Centro Nacional para Aplicaes de Supercomputao (National Center for Supercomputer Applications), e Eric Bina criaram o Mosaic, o primeiro navegador web
(visualizador para a Internet), um programa que tinha uma interface simplificada de acesso rede. O programa melhorou a capacidade de apresentar
figuras, apresentando as imagens no meio do texto, ao invs de caixas separadas como era feito pelo navegador desenvolvido por Berners-Lee.
Em setembro de 1993, j havia verses do Mosaic para Microsoft
Windows e Apple Macintosh, e para o SunOS, um sistema operacional das
estaes de trabalho Sun. Pela primeira vez havia um navegador web bastante fcil de usar e disponvel para trs dos sistemas operacionais mais
populares existentes na poca. Assim, a Internet e, em particular, a Web,
podia ser acessada por qualquer pessoa que tivesse um computador pessoal com modem.
Marc Andreessen e Jim Clark fundaram a Netscape Corp que
liberou o Netscape Navigator 1.0, baseado no Mosaic. O Netscape era um
programa para navegao na Internet, fcil de usar, que apresentava novos
recursos, como o suporte a formatos (o que levou a diversas extenses multimdia) e a mquina virtual Java (que permitia aos desenvolvedores elaborar
aplicativos Java que podiam ser executados dentro do navegador).
O navegador Netscape liderou a exploso da Internet domstica,
e tornou-se quase um sinnimo de Internet, pois permitia a interoperabilidade em vrias plataformas com o mesmo visual e funcionava em qualquer
sistema operacional.
Em 1996, comeou uma competio, que foi chamada de Guerra
dos Browsers, sobre qual seria o navegador mais utilizado, entre a Netscape e a Microsoft.
Ainda em 1996, foi lanado o primeiro mensageiro instantneo, o
ICQ, pela empresa israelense Mirabilis. Por bastante tempo, o ICQ foi a
nica opo de messenger, congregando centenas de milhes de usurios
36
cadastrados no servio.
Em setembro de 1998, Larry Page e Sergey Brin, estudantes Ph.D.
da Universidade de Stanford, criaram a GOOGLE.
Em 2002, Vrios servios na Internet comearam a modificar e
agilizar o comportamento do usurio de computador, que passou a ser conhecido como internauta. Dentre esses servios, podemos citar o lbum
de fotos, o e-mail protegido, os bloggers, os mensageiros instantneos, e
pginas de relacionamento na Internet.
Em 2003, a Apple lanou o iTunes4, uma loja virtual de msica.
Em abril comeou a funcionar o servio de download de msica iTunes, da
Apple, associado ao player MP3 iPod.
Em fevereiro de 2005 foi criado o site de compartilhamento de
vdeos YouTube, A proposta era armazenar contedo audiovisual de vrios
tipos: trechos de filmes, programas de TV, novelas, seriados, comerciais e
clipes de msica. E, tambm, contedo amador, funcionando como um
video blog.
3.6 Aplicativos de escritrio
O programa Lotus 1-2-3 para DOS foi o primeiro aplicativo de planilha eletrnica preferido para os computadores pessoais. No foi o primeiro programa desse tipo, mas era muito superior ao VisiCalc, outra planilha
eletrnica contempornea, e se tornou o padro para usurios voltados aos
negcios, at a chegada do Microsoft Excel.
Em 1985, dois anos antes de sair para o computador pessoal, foi lanado o Microsoft Excel para Macintosh. Quando o Excel chegou ao computador pessoal, outros programas semelhantes praticamente sumiram. Devido
sua dominncia no mercado, outros aplicativos do Microsoft Office foram
reformatados para ficarem mais semelhantes ao Excel. Tambm nesse ano a
Aldus lanou o programa de editorao PageMaker para Macintosh, iniciando a era do desktop publishing. Em 1994 a Adobe adquiriu a Aldus.
Em 1994, foi lanado o Photoshop 3.0 pela Adobe. O programa
introduziu as camadas, que permitem trabalhar com imagens e efeitos
em vrios nveis, um sobre o outro, e no somente em uma nica dimenso,
possibilitando a manipulao de imagens de forma muito mais efetiva.
Em maio de 2000, foi lanada pela Keyhole a primeira verso
do programa EarthViewer, que trazia uma viso da Terra em 3 dimenses.
Depois essa empresa foi comprada pelo Google e o nome do produto foi
alterado para Google Earth.
3.7 Atividades de aprendizagem e avaliao
Escreva suas respostas num arquivo-texto e poste-as no ambiente
Introduo Computao - Curso Tcnico em Manuteno e Suporte em Informtica
37
virtual de aprendizagem.
a) O que surgiu primeiro: a Internet ou o mouse?
b) Von Neumann foi o principal criador do computador. Esta
afirmativa est correta?
c) Responda:
1. Machintosh um sistema operacional?
2. ASCII uma tabela de codificao de dados obsoleta?
d) O que voc entende por software de troca de mensagens
instantneas? Relacione alguns deles.
e) Relacione as principais classes de ferramentas usadas para
combater a ao dos programas maliciosos.
f) Quais os servios de Internet mais utilizados atualmente?
3.8 Sntese
Nesta unidade ns trabalhamos o avano do uso do computador
como ferramenta de apoio a atividades diversas, entendendo que essa evoluo de uso est relacionada ao melhoramento do hardware e tambm
do software.
38
39
para as suas necessidades (liberdade n 1). O acesso ao cdigofonte um pr-requisito para esta liberdade;
c) A liberdade de redistribuir cpias de modo que voc possa ajudar
ao seu prximo. Deve incluir formas binrias ou executveis do
programa, assim como o cdigo-fonte, tanto para as verses
originais quanto para as modificadas (liberdade n 2);
d) A liberdade de aperfeioar o programa e liberar os seus
aperfeioamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie
(liberdade n 3). O acesso ao cdigo-fonte um pr-requisito para
esta liberdade.
Para que essas liberdades sejam reais, elas tm que ser irrevogveis, desde que voc no faa nada errado; caso o desenvolvedor do software tenha o poder de revogar a licena, mesmo que voc no tenha dado
motivo, o software no livre.
Entretanto, certos tipos de regras sobre a maneira de distribuir
software livre so aceitveis quando elas no entram em conflito com as
liberdades principais. Portanto, voc pode ter pago para receber cpias do
software livre, ou voc pode ter obtido cpias sem nenhum custo. Mas,
independentemente de como voc obteve a sua cpia, voc sempre tem a
liberdade de copiar e modificar o software, ou mesmo de vender cpias.
Software livre no significa no comercial. Um programa livre
deve estar disponvel para uso comercial, desenvolvimento comercial e distribuio comercial. O desenvolvimento comercial de software livre no
incomum; tais softwares livres comerciais so muito importantes.
Regras sobre como empacotar uma verso modificada so aceitveis, se elas no acabam bloqueando a sua liberdade de liberar verses
modificadas. Regras como, se voc tornou o programa disponvel deste
modo, voc tambm tem que torn-lo disponvel deste outro modo, tambm podem ser aceitas da mesma forma. Note que tal regra ainda deixa
para voc a escolha de tornar o programa disponvel ou no.
Tambm aceitvel uma licena que exija que, caso voc tenha
distribudo uma verso modificada e um desenvolvedor anterior pea uma
cpia dele, voc deva enviar uma.
A Electronic Frontier Foundation (EFE) foi fundada em julho de
1990. uma organizao que objetiva assegurar a proteo dos princpios
contidos na Constituio dos E.U.A. e na Carta dos Direitos, medida que
emergem novas tecnologias da comunicao.
Essa fundao tem se dedicado a modelar a infraestrutura das comunicaes e a poltica que a governa, respeitando a Primeira Emenda da
Constituio dos E.U.A., privilegiando a privacidade e outros valores democrticos.
40
41
42
LEITURAS RECOMENDADAS
MICOX NIRON, J. C. G. TCC 1 - Histrico da Web. Disponvel em:
<http://elmicox.blogspot.com/2006/06/tcc-1-histrico-da-web.html>.
Acesso em: 11 nov. 2008.
MOON, P. Primeira calculadora eletrnica porttil comemora 40
anos. Disponvel em: <http://idgnow.uol.com.br/computacao_
pessoal/2007/04/20/idgnoticia.2007-04-20.6917282098>. Acesso em: 08
nov. 2008.
MORIMOTO, C. E. A Evoluo dos Computadores I. Disponvel em:
http://www.gdhpress.com.br/hardware/leia/index.php?p=cap1-7. Acesso
em: 23 nov. 2008.
NEPOMUCENO, N. C. Histria do computador. Disponvel em: <http://
www.cearamoleque.com/computador5.htm>. Acesso em: 13 nov. 2008.
NULL, C. Conhea os 50 melhores produtos de tecnologia de todos
os tempos. Disponvel em: <http://idgnow.uol.com.br/computacao_
pessoal/2007/04/20/idgnoticia.2007-04-20.7552513502/>. Acesso em: 23
nov. 2008.
43
REFERNCIAS
ALCALDE, E. et al. Algoritmos e Estrutura de Dados. Rio de Janeiro:
Makron Books, 1991.
ALMEIDA, M. G. de. Fundamentos de Informtica. Rio de Janeiro:
Brasport, 1999.
BORGES, J. D. Meu primeiro computador pessoal. Disponvel em: <http://
www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=1911>. Acesso
em: 10 jan. 2008.
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WHITE, R. Como Funciona o Computador. So Paulo: Quark, 1995.
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GLOSSRIO
Eis alguns termos importantes sobre computadores:
Antivrus Programa utilizado para descontaminar um computador, ou rede, que estiver infectado com vrus, worms, trojans e cdigos maliciosos, bem como para fornecer proteo contra novas infeces. Precisa
ser atualizado e executado com frequncia para garantir sua eficcia.
Aplicativo Programa computacional relacionado com as solues teis para problemas do usurio (como editor de textos, editor de
planilhas). Pode fazer uso de servios de rede (como o Firefox), tais como
transferncia de arquivos (como o DAP), login remoto e correio eletrnico
(como o Thunderbird).
BIOS Do ingls, Basic Input/Output System. o sistema Bsico
de Entrada e Sada. um pequeno conjunto de programas que controla as
funes bsicas do computador como: ler teclado, fazer teste de memria,
fornecer caracteres na tela, gravar no disco, possibilitando que as diferentes
partes do computador se comuniquem umas com as outras.
BIT Do ingls: Binary Digit. a menor unidade de informao.
Um BIT um algarismo que corresponde a 0 (zero) ou 1 (um), ligado/desligado. A transferncia de dados frequentemente citada em termos da
quantidade de bits que podem ser movidos num segundo. Tambm classifica o processador: 8 BITS = capaz de processar 8 bits de dados por vez, 16
BITS = processa 16 bits de dados em cada vez etc.
Byte um conjunto de 8 bits. Uma unidade que determina uma
informao, que pode ser um caractere ou um cdigo para um desenho na
tela. Exemplo: Em um texto eletrnico, cada letra ocupa um byte.
Cache uma poro de memria provisria do computador,
usada para acessar mais rapidamente os dados usados com mais frequncia.
Tambm uma seo da memria que retm dados enquanto a CPU est
usando esses dados. Entretanto, os navegadores browsers possuem um
cache prprio onde arquivam as ltimas imagens e pginas html visitadas. A
quantidade do espao que a memria cache do navegador ocupa no disco
rgido do computador pode ser definida pelo usurio.
Chip a parte mais importante do computador, o processador.
componente de silcio ou de material semicondutor, em que est gravado
um circuito eletrnico que ativa o computador. pequeno (tem superfcie
e altura de alguns milmetros), mas desempenha as funes de milhares
de componentes eletrnicos (transistores, diodos, resistores, etc.). a Unidade Central de Processamento ou crebro do computador, responsvel
pelo controle e execuo de todas as tarefas que sero executadas pelo
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Glossrio
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