Entrevista - Sérgio Sant'Anna (Correio Braziliense)
Entrevista - Sérgio Sant'Anna (Correio Braziliense)
Entrevista - Sérgio Sant'Anna (Correio Braziliense)
pensar
4 CORREIO BRAZILIENSE Braslia, sbado, 18 de outubro de 2014 Diverso&arte
Entrevista // SRGIOSANTANNA
O vcio da
palavra
O escritor Srgio SantAnna
afirma que se escreve demais
no mundo, acredita na
sobrevivncia da literatura s
revolues tecnolgicas e se
concede o direito de talvez
parar de fazer literatura
ALEXANDRE DE PAULA
ESPECIAL PARA O CORREIO
erto de completar 73 anos (em outubro),o escritor Srgio SantAnna acha que
se escreve demais no Brasil e no mundo.H como que um vcio da palavra,
considera. Por isso, inmeros livros publicados no encontram pblico que
queira l-los. No o caso de SantAnna, com uma carreira premiada e aclamada pela crtica brasileira,suas obras vendem mais,atualmente,do que no passado.
Com o lanamento de O homem-mulher, publicado pela Companhia das Letras, Srgio SantAnna volta mais uma vez aos contos e no sabe se os leitores ainda
podem esperar muitos novos livros dele.H o tempo, pondera e afirma que, de repente,pode resolver parar de escrever.Ele um dos mais premiados escritores brasileiros contemporneo. Para tratar de sua obra, do cenrio contemporneos e do futuro da literatura, SantAnna falou ao Correio.
CMYK
So lanados mais
romances do que
livros de contos,
verdade, mas a
maioria dos romances
so deixados de lado,
ningum quer saber
deles. A rejeio por
romances muito
grande
No acredito que a
literatura v deixar de
ocupar um papel
relevante nas
sociedades. Apenas,
hoje em dia, a
literatura obrigada a
dividir a ateno do
pblico com uma
quantidade
considervel de outras
formas de expresso
Ao escrever eu me
preocupo comigo
mesmo, com fazer um
trabalho que me
satisfaa racional e
emocionalmente. A
preocupao
escrever um texto que
me agrade e isso
acaba por agradar a
pelo menos um certo
nmero de leitores