Apologtica-Esoterismo - ICP PDF
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ARTIGOS NESTE MATERIAL:
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1. A face oculta da
numerologia..................................................................02
2. A farsa que est por trs da Programao
Neurolinguistica....................05
3. A urinoterapia - Cincia, losoa de vida ou ato
religioso?.....................15
4. Aqurio - O surgimento de uma
era.........................................................18
5. Crculo Esotrico da Comunho do Pensamento - Mais
uma mscara do
ocultismo.................................................................................
.....................26
6. Cuidado, a serpente ainda
fala.................................................................33
7.
Ecorreligio..............................................................................
................40
8. Eubiose A arte de bem
viver?................................................................46
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9. Hipnose - A manipulao da
mente.........................................................52
10. Jogos de azar o que
dizer?.......................................................................................
...........58
11. Logosoa - Uma nova roupagem para um antigo
engano.....................61
12. Nostradamus - Profeta ou
adivinho?.....................................................66
13. Porque no creio na
astrologia..............................................................72
14. Pr- Vida - A integrao csmica pregada pelo
movimento de Celso
Charuri.....................................................................................
.....................82
15. Raelianos Somos clones dos ET
s........................................................88
16. Reiki A tcnica esotrica que diviniza o esprito
humano...................98
17. Ser que estamos sendo
vigiados?......................................................106
18. Teosoa A losoa religiosa que lanou as bases para
o atual movimento da Nova
Era.............................................................................115
19. Tratamentos alternativos e alternativas
perigosas..............................127
20. Vivendo de luz - Quando passar fome uma
virtude..........................131
ser influenciado pelos nmeros? Pois justamente assim que crem os seguidores da
numerologia, conhecidos como numerlogos. As perguntas que nos vm mente so:
O que significam os nmeros? Para que servem? Podem, afinal, influenciar as nossas
vidas?.
Os estudiosos, desde pocas remotas, vm atribuindo aos nmeros valores filosficos
e religiosos. Atravs dos nmeros e dos sculos, pensadores e msticos tm
expressado seus ideais e conceitos. Na Bblia, muitas vezes os nmeros aparecem
como smbolos, mas no podemos dizer que todos os nmeros nas Escrituras so
simblicos. O costume de atribuir algum significado aos nmeros vem do Oriente.
O dicionarista Aurlio define o termo numerologia da seguinte maneira: estudo da
significao oculta dos nmeros e da influncia deles no carter e no destino das
pessoas. Entre os judeus msticos, a Cabala1, baseada principalmente na simbologia
dos nmeros, cultivada com afinco. Os cabalistas recorrem a um processo chamado
gematria (vocbulo grego que significa geometria: 'medida da terra'. A gematria
consiste em atribuir s letras valores numricos e tirar deste princpio mltiplas
conseqncias).
De acordo com o livro Dicionrio de religies, crenas e ocultismo, a numerologia
um sistema ocultista que atribui valores especficos e significados aos nmeros para
se determinar o futuro ou conhecer os mistrios do universo fsico.2
A origem da numerologia
longo o caminho que a numerologia percorre, tanto na filosofia como no ocultismo.
Suas origens apontam para Pitgoras3 como sendo o pai dessa atividade. E Plato a
incrementou com seus conceitos universais. O fato de que a natureza (os minerais, a
flora, a fauna...) se apresenta ao homem com certa regularidade, simetria ou
harmonia, fez que desde remotas pocas os homens tendessem a ver nos nmeros o
elemento bsico ou o fundamento de toda a realidade: 'Os nmeros so os princpios
das coisas', dizia Pitgoras; por conseguinte as leis dos nmeros seriam as leis do
universo.4
O que na verdade Pitgoras fez foi relacionar a realidade aos nmeros. Assim,
podemos dizer, em primeiro lugar, que os nmeros tm a chave para a explicao da
realidade e, em segundo, que eles so a prpria essncia da realidade. Como
dissemos anteriormente, Plato tomou as lies bsicas de Pitgoras identificando
seu sistema de idias e conceitos relacionado aos nmeros. Ele trabalhou com os
conceitos de limitado, no-limitado, determinado, no-determinado. Plato era
matemtico e, naturalmente, deixava-se atrair por uma teoria que se relaciona
prpria realidade.5
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Devido harmoniosa sucesso do dia e da noite, das quatro fases da lua, dos sete
dias da semana, das quatro estaes do ano, da simetria das partes e dos membros
do corpo humano, e tambm da seqncia dos anos, o homem foi conduzido
simbologia e mstica dos nmeros.
Seja qual for a maneira usada pelo homem para praticar a adivinhao abominao
diante de Deus. Vejamos o que diz Deuteronmio 18.10-12: Entre ti no se achar
Sempre houve muitas especulaes em torno dos nmeros na Bblia. Ao que tudo
indica, o nico nmero da Bblia que de fato pode receber interpretao simblica o
666: Aqui h sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o nmero da besta;
porque o nmero de um homem, e o seu nmero seiscentos e sessenta e seis
(Ap 13.18).
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Reconhecemos que certos nmeros na Bblia possuem significado especial, mas isso
no quer dizer que devemos exagerar a respeito. O caso dos 153 peixes de Joo 21.11
vem sendo explorado por toda a histria da Igreja. Outro exemplo de controvrsias e
especulaes so as setenta semanas de Daniel (Dn 9.25-27), bem como a frase um
dia para o Senhor como mil anos (Sl 90.4). uma atitude totalmente sem nexo
impor uma interpretao simblica a estes nmeros.
quem faa passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem
prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte a
um esprito adivinhador, nem mgico, nem quem consulte os mortos. Pois todo aquele
que faz tal coisa abominao ao Senhor; e por estas abominaes o Senhor teu
Deus os lana fora de diante de ti. Levtico 19.31 tambm tem algo a dizer a
respeito: No vos virareis para os adivinhadores e encantadores; no os busqueis,
contaminando-vos com eles. Eu sou o Senhor.
O castigo para o praticante da adivinhao, conforme rezava a lei, era a morte:
Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um esprito de necromancia ou
esprito de adivinhao, certamente morrer, sero apedrejados; o seu sangue ser
sobre eles (Lv 20.27).
De acordo com o que diz a Bblia, um dos motivos que levou Saul morte foi
justamente o fato de ele ter recorrido adivinhao: Assim morreu Saul por causa da
transgresso que cometeu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual
no havia guardado; e tambm porque buscou a adivinhadora para a consultar (1Cr
10.13). Samuel, ao contrrio de Saul, havia desterrado todos os adivinhos (Samuel
temia o Senhor 1Sm 28.3,9).
O povo de Israel praticava adivinhaes e foi duramente advertido pelo profeta Isaas:
Quando, pois, vos disserem: Consultai os que tm espritos familiares e os adivinhos,
que chilreiam e murmuram: Porventura no consultar o povo a seu Deus? A favor
dos vivos consultar-se- aos mortos? (Is 8.19).
No Novo Testamento, encontramos o caso de uma jovem que tinha um esprito de
adivinhao. Tal esprito, no entanto, foi expulso pelo apstolo Paulo. O registro desse
acontecimento encontra-se em Atos 16.16-18. Vejamos o que diz o texto: E
aconteceu que, indo ns orao, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha esprito
de adivinhao, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Esta,
seguindo a Paulo e a ns, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o
caminho da salvao, so servos do Deus Altssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas
Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao esprito: Em nome de Jesus Cristo, te mando
que saias dela. E na mesma hora saiu.
Claro est que a prtica de adivinhao terminantemente condenada por Deus!
Notas:
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Vivemos diariamente com pessoas que crem em adivinhaes. Para que suas vidas
sejam transformadas, precisamos mostrar-lhes a verdade da Palavra de Deus.
Somente assim poderemos convenc-las de seus erros.
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O problema bsico que a visualizao da Nova Era atribui mente humana uma
condio divina ou quase divina. Isso no s representa uma grande distoro da
natureza humana como pode tambm camuflar a manipulao da mente por
espritos, definindo o processo como um empreendimento natural divino.
visualizar o futuro, mas se apropriar dele com a segurana das promessas do Senhor
(Hb 11.1).
2. MEDITAO A meditao na Nova Era (oriental ocultista) praticada por
milhares de pessoas. Em pases asiticos como China, Tibet, ndia, Tailndia etc. ela
faz parte do cotidiano e envolve o controle absoluto ou ajuste da mente com vrios
propsitos, fsicos ou espirituais (ocultistas).
Os promotores da meditao afirmam que a prtica resulta em inmeros benefcios
fsicos. Mas, mesmo que isso seja verdade, os riscos fsicos e espirituais os superam.
A meditao afirma trabalhar imobilizando a mente ou influenciando-a de qualquer
modo. Quem medita supostamente capaz de perceber a verdadeira realidade, sua
verdadeira natureza, e a alcanar a verdadeira iluminao espiritual. O dr. Daniel
Coleman, autoridade em meditao e escritor em vrios livros, destaca a maioria das
formas de meditao praticadas hoje ocultista, e que por mais diversos que sejam
os nomes, todos esses caminhos prope a mesma formula bsica numa alquimia
(transformao ocultista da natureza) do eu.
A meditao da Nova Era usa caracteristicamente a mente de maneira anormal para
reestruturar radicalmente as percepes do individuo, levando-o a apoiar a filosofia e
os alvos ocultistas. Estados de conscincia regressivos ou induzidos espiritualmente
so interpretados de maneira errada como estados de conscincia mais elevados ou
divinos.
Por exemplo, em muitas formas da pratica da meditao, a possesso espiritual
propriamente dita interpretada como um tipo de iluminao espiritual; alm disso,
os poderes desenvolvidos atravs da meditao so falsamente interpretados como
evidencia de uma natureza divina latente. Quase todos que fazem meditao
infelizmente mo compreendem os resultados a longo prazo ou as conseqncias
dessas prticas.
O fenmeno perigoso e crescente do despertar kundalini mais notados so perodos
de desordem mental severa, incapacidade intelectual, sono profundo por vrios dias e
influencias demonacas.
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Nos parece tambm que a hipnose esta ligada pratica biblicamente do feitio e/ou
encantamento. Assim, ela realmente proibida, pois o cristo deve encher-se com
o Esprito Santo, o que significa que ele no deve permitir que a mente seja
controlada, manipulada e abusada por parte do hipnotizador, em especial o incrdulo.
O propsito dos psicoterapeutas da Nova Era, que empregam o que chamado de
terapia das vidas passadas, enviar a pessoa de volta sua suposta vida ou vida
anteriores, a fim de resolver conflitos e traumas emocionais ou espirituais que
estejam supostamente afetando a sua sade fsica, emocional ou espiritual no
momento, permitindo a influencia de demnios, Pois, quem jamais conheceu a
mente do Senhor, para que possa instru-lo? Mas ns temos a mente de Cristo (1 Co
2.16).
5. CONFISSO POSITIVA Esta expresso chamada de confisso positiva tem como
significado literal trazer a existncia o que declaramos com nossa boca. A confisso
positiva coloca todo o peso da realizao nas palavras pronunciadas e na atitude
mental rigorosamente mantida.
Mais profundamente, a confisso positiva busca exteriorizar aquilo que foi projetado e
reforado na mente da pessoa atravs de todo trabalho de visualizao, meditao,
intuio e hipnose, ou seja, suas palavras iro confirmar todo processo de
programao para o sucesso (PNL). Atravs da confisso positiva, a pessoa tornar-se a criadora de seu prprio mundo, com prosperidade nos negcios e sade para
famlia.
Neste caso, a confisso positiva confirma os ensinamentos da Nova Era que declara
que o homem um deus, possuindo, portanto, a capacidade de criar a sua prpria
felicidade. Esse conceito foi amplamente refutado ou adotado por lideranas
evanglicas em todo mundo. Hoje, esse movimento est confinado a pequenos
redutos denominacionais, pois no Brasil, em particular, no to simples assim
exercitar a teologia do sucesso ilimitado, e mesmo nos pases desenvolvidos essa
teoria tem-se desgastado.
Como vimos a PNL busca substituir padres considerados de insucesso por novos
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A Bblia nos fala ainda que devemos resistir ao diabo (Tg 4.7). Como ento
aceitaremos um posicionamento de mente no qual a nossa resistncia totalmente
eliminada? Sede sbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversrio, anda em derredor,
buscando quem possa tragar (um Pe 5.8). Com tantas evidncias de ocultismo e
praticas de magia e feitiaria presentes na PNL, como poderemos ficar desarmados,
despreocupados e sem a lucidez necessria para discernir o que esta ocorrendo em
nosso derredor? (Veja Hb 5.14).
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No podemos baixar nossa guarda e ficar a merc do diabo. Antes, devemos nos
revestir de toda armadura de Deus (Ef 6.10), atravs da palavra de Deus, porque o
diabo, de maneira astuta, cria verdadeiras arapucas para o homem incauto. E no
maravilha, porque o prprio Satans se transfigura em anjos de luz. (dois Co 11.14).
O engano do homem que se v como seu prprio centro (Jr 17.9)
Enganoso o corao, mais do que todas as coisas, e perversos; quem o
conhecer?.
Em sua incluso de novos padres, a PNL destaca a tese de que o homem deve seguir
seu corao. Nos cursos, a pessoa em meditao consigo mesma busca dentro de si
respostas para sua vida e planeja, ou melhor, programa seu futuro atravs das
respostas encontradas em seu corao. Como podemos seguir o nosso corao se ele
mais enganoso do que todas as coisas? Segui-lo nos trar como conseqncia a
destruio. Ainda em Mateus 15.19 podemos ler: Porque do corao procedem os
maus pensamentos.
Mas, como cristos, devemos nos preparar Para que no sejamos vencidos por
Satans, porque no ignoramos os seus ardis (2 Co 2.10-11).
A questo do sucesso da PNL semelhante a Teologia da prosperidade que circulou
pelos meandros evanglicos h alguns anos. A questo da programao est baseada
na regresso, ou cura interior, e a confisso positiva, no determinismo. Dessa forma,
a f tem sido usada na direo do ter, e no mais do ser ou viver, como foi com
os heris da f. A Bblia relata que ... o justo viver pela f (Hb 10.38). Enquanto os
propagadores da prosperidade estimulam a f alicerada na prpria f, o Senhor Jesus
recomenda f em Deus: E Jesus, respondendo disse-lhes: Tendes f em Deus... (Mc
11.22). Para aqueles que tem um ensinamento contrrio a esse, a Bblia tem um
adjetivo para eles: Ora, o mercenrio foge, porque mercenrio, e no tem cuidado
das ovelhas (Jo 10.13 grifo do autor).
O depoimento que voc ler agora verdico. O irmo que viveu esta terrvel
experincia preferiu omitir o seu nome para evitar qualquer complicao.
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Fiquei a noite inteira tentando decorar a filosofia. Por esse motivo, assim como cerca
de 90% dos participantes, dormi muito pouco (30min) no primeiro dia. Apenas cinco
ou seis pessoas conseguiram recit-la. Para os que no decoraram o texto, o castigo
foi formar uma fila fora do auditrio at memorizarem. Enquanto tentvamos,
desesperados, decorar a poesia, o monitor ficava vendendo caixes de defunto de
vrios tamanhos e preos. A lio, segundo ele, era para que no sofrssemos,
antecipadamente, com as coisas da vida.
tristezas e sofrimentos vividos na infncia devido aos maus tratos dos pais. Aps
esses perodos, seria realizado, s 19 horas, um bailo, e todos deveriam comparecer
a carter. Danamos todos os tipos de musica com todos, no importava se ramos
casados, noivos, ou namorados, ningum era de ningum. Mas os monitores no
deixavam ningum ir alm da dana, para no denegrir a imagem do curso.
Depois do baile houve uma coisa terrvel. Todos os homens tiveram de se vestir de
mulher, se maquiar, colocar peruca, meia-cala, e depois desfilar para todas as
mulheres presentes. O objetivo dessa terapia era eliminar todo e qualquer
preconceito. Depois da apresentao dos homens, foi a vez das mulheres. Elas se
fantasiaram com objetos erticos sem qualquer pudor. A nossa mente, naquele
momento do curso, j estava aberta. Chegamos ao estado Alfa. Tudo o que nos diziam
era facilmente inculcado.
No domingo tarde fizemos uma regresso at o tero materno. Pensando realmente
ter chegado l, ramos obrigados a perdoar nossos pais por algum trauma de infncia
que eles nos causaram. Aqueles que no quiseram perdoar passavam novamente
pelo mesmo processo. ramos obrigados a similar um vmito para representar que
estvamos colocando de tudo de ruim pra fora. No final fomos tratados como
crianas, para que nos sentssemos abertos para tudo que pudssemos aprender.
Assim como eu, muitos perderam totalmente o senso crtico. Passei a mexer com as
mulheres. Para mim no a menor diferena em ser casado ou no, em ser crente ou
no. Estava em um processo de euforia muito grande, pois, segundo eles, eu era uma
criana de quatro anos.
A partir dessa fase passamos a ser ensinados em todas as coisas novamente. Assim
como uma criana, fomos aprendendo todas as coisas at a fase adulta, quando
ento a nfase positiva se voltou para nossa carreira profissional. Ouvamos
mensagens do tipo: agora tudo poder ser alcanado por seus prprios esforos!;
voc no precisa mais de ningum!; voc auto-suficiente!; o cu o seu limite!;
somente os melhores podero ser aproveitados!; estamos em uma Nova Era!.
Estvamos recebendo um tipo de doutrina na qual o centro da vida prprio homem,
e Deus um figurante coadjuvante, perfeitamente dispensvel.
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Mas toda essa mascara, essa camuflagem diablica comearam a cair, arruinando
minha vida emocional, profissional e familiar. Sentia forte depresso (leia-se
opresso) e os conflitos espirituais quase me deixaram louco. Meus amigos da igreja
perceberam que eu estava desequilibrado e desorientado. Comecei a perder clientes
importantes e j no conseguia saldar minhas dvidas, sofrendo vrios protestos e
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incluso nos rgos de proteo ao consumidor (SPC e Serasa). Foi uma desgraa
total!
At que, no suportando mais esse quadro, o Esprito Santo de Deus, por sua infinita
misericrdia, fez-me lembrar do Senhor Jesus. Ento orei para que o Senhor me
ajudasse a renunciar obra do diabo na minha vida e a todos os ensinamentos
aprendidos no curso de Programao Neurolingistica (PNL). O Senhor Jesus me
entender claramente como todos aqueles conceitos antibblicos e contrrios ao plano
de Deus para o homem.
Recorrendo novamente ao poder do sangue de Jesus para perdo dos pecados, e
auxiliado por irmos valorosos de grupos de orao, fui totalmente restaurado. Todas
as reas da minha vida antes afetadas por essas heresias foram estabelecidas pelo
Senhor Jesus. Estou novamente com minha esposa e minha filha. O Senhor me
devolveu meu anterior e meus antigos clientes. E agora estou conseguindo honrar
com todos os meus compromissos financeiros. E devo isso a Deus.
Sinestsico Relativo aos sentidos, ao aparato sensorial, que inclui sensaes tteis,
sensaes internas (como, por exemplo, as sensaes lembradas e as emoes) e o
senso de equilbrio.
Dissociado Que no est dentro de uma experincia, que observa ou ouve de fora.
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3. A Urinoterapia
Cincia, filosofia de vida ou ato religioso?
Por Joo Flavio Martinez
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Segundo a Bblia, devemos ser bons observadores (1Ts 5.21). Recentemente tive o
privilgio de seguir risca esse conselho bblico quando, no dia 18 de setembro,
assistia a uma reportagem num programa de televiso. Fiquei surpreso com o tema
em pauta: A urinoterapia. Curioso, minha ateno por aquele assunto se redobrou.
Entre os entrevistados, duas pessoas adeptas dessa prtica e uma nutricionista
expuseram suas opinies. Em meio entrevista, um internauta fez a seguinte
pergunta: Por que Deus no colocou o rgo genital masculino no lugar do nariz, pois
seria mais fcil para a ingesto da urina? (risos na platia). A resposta de um dos
entrevistados me abalroou, pois ele afirmou categoricamente que a urina era a gua
da vida e que Deus teria mandado ingerir a nossa prpria urina. E acrescentou,
ainda, que tal improprio estava escrito na Bblia. Diante de tudo que estava
assistindo e ouvindo, pude notar um tom um tanto religioso e mstico, o que me
despertou maior interesse pelo tema. Frases como beba com f, acredite, a
gua da vida, s funciona para quem acredita..., deixaram bem claro que essa
terapia tinha um carter mais religioso do que clnico e cientfico. Na procura por sites
sobre o tema fiquei surpreso com a abundncia de informaes que encontrei. Por
isso estou a minutar sucintamente sobre este assunto, abordando o seu lado cientfico
e religioso.
encontramos na internet.
No Damar Tantra, constitudo de 107 versos, na parte correspondente ao Anushtup
shnadas, fala-se que, na medida em que se bebe a prpria urina - austeridade
denominada de Shivambu-kalpa, vai-se adquirindo qualidades msticas como poder,
fora fsica e espiritual. Entre as prticas do renunciante encontram-se, tambm,
menes ao ato de comer as prprias fezes (hindusmo)
(www.geocities.com/hotsprings/villa/6391/temperos.html).
A urinoterapia uma das tcnicas teraputicas mais antigas e populares usadas por
vrias culturas atravs dos tempos. Era amplamente usada na ndia, Tibete, Egito e
Grcia Antiga, e nas civilizaes asteca, inca e maia. Ainda hoje usada como
procedimento teraputico respeitvel na Nicargua, Arbia e Alasca, para combater
males fsicos. No Brasil, particularmente em reas carentes de recursos, como no
Nordeste e em vrias outras regies do pas, a tradio popular recomenda a
aplicao de urina de crianas nos casos de doenas de pele, urticrias e
queimaduras por venenos de animais, como taturanas e guas-vivas... A urina um
produto puro do sangue e no um amontoado de elementos txicos diminutos, alm
de ser um excelente medicamento natural que o organismo humano produz
gratuitamente. Sua composio de 96% de gua e 4% de elementos orgnicos e
inorgnicos (http://www.entreamigos.com.br/menu.htm).
... Quando havia algum gripado, nos ensinaram a tomar urina em jejum - esse era
nosso remdio normal. Gripou, no se precisava perguntar o que tomar. A gente sabia
que ndio pode sofrer qualquer tipo de doena, menos gripe. Porque a gripe neles leva
tuberculose no mesmo dia. Eles tinham muito medo. Se soubessem que algum
estava gripado, no se aproximavam. Tomavam muitos cuidados. Qualquer espirro,
eles tomavam urina e mandavam qualquer pessoa tomar urina. Para poder evitar, era
dito: quem toma urina quando est gripado, a doena no prossegue... ela j vai
cortando. Quando ficava com falta de ar, a criana tomava urina. A expectorava.
Quando a criana tossia, o catarro soltava. Vinha aquele catarro amarelo pra fora e
no acumulava (http://www.vegetarianismo.com.br/index.htm).
Dos casos citados, abordaremos primeiro a questo patolgica do assunto, ou seja,
veremos se realmente a urina tem algum poder teraputico na opinio mdica. A
informao que segue de um site especializado no assunto.
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Opinio mdica
No dilogo com a mulher samaritana, o Senhor Jesus se identifica como sendo a gua
viva que sacia a sede humana e traz uma nova perspectiva de vida: E no ltimo dia,
o grande dia da festa, Jesus ps-se em p, e clamor, dizendo: Se algum tem sede,
venham a mim, e beba. Quem cr em mim, como diz a Escritura, rios de gua viva
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correro do seu ventre.(Jo 7.37-38). Aquela mulher nunca mais foi a mesma, pois ali,
na beira daquele poo, ela encontrou-se com aquele que podia saciar a sede de sua
alma. Portanto, a alegao do adepto da urinoterapia uma blasfmia. No tem
nenhum alicerce bblico. Jesus Cristo a nossa nica e suficiente gua da vida!
Na medida em que se bebe a prpria urina... vai-se adquirindo qualidades msticas,
como poder, fora fsica e espiritual... encontram-se, tambm, menes ao ato de se
comer as prprias fezes.
Isso um absurdo! Se clinicamente falando a urina no pode fazer bem algum, ao
contrrio, pode at fazer mal, como, ento, acreditar que tal prtica seria de enlevo
espiritual? O mundo est cada dia mais doente e perdido! Sobre o nico alimento
espiritual, Jesus Cristo disse: Nem s de po viver o homem, mas de toda palavra
que sai da boca de Deus... (Mt.4.4). Ou seja, a Palavra de Deus o alimento
necessrio ao nosso crescimento espiritual, e no a nossa prpria urina. O apstolo
Pedro sabia disso quando afirmou: antes crescei na graa e no conhecimento de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3.18).
Sobre a questo de ingesto das prprias fezes, no precisamos dar nenhum parecer
clnico, pois todos sabemos que tal ato pura insanidade! A Bblia diz que os mpios
sim, figuradamente, comero as prprias fezes: Porque na mo do Senhor h um
clice, cujo vinho espuma, cheio de mistura, do qual ele d a beber; certamente todos
os mpios da terra sorvero e bebero as suas fezes... (Sl 75.8).
Verdadeiramente, estamos vivendo os ltimos dias e os engodos espalham-se em
propores gigantescas. O que percebemos que essa questo da urinaterapia
mais se parece com um movimento religioso do que com uma sria abordagem
clnica e cientfica. A medicina, segundo nossas consultas, unnime em admitir que
a urina no possui nenhum poder teraputico. Como pesquisadores bblicos,
declaramos que no h bases teolgicas para admitirmos que a ingesto de urina
tenha aceitao religiosa ou possa dar algum poder especial da parte de Deus
queles que se submetem a ela. Por isso, fiquemos com o que nos diz a Palavra de
Deus, e no aceitemos nenhuma nova forma de doutrina antibblica! (Rm 1.22)
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bibliotecas publicas do mundo. No tem um Deus pessoal para adorar, mas com
freqncia promove a idia de um deus que pode ser encontrado em toda e qualquer
parte.
Finalmente, entramos no novo milnio: o ano 2001. Este terceiro milnio to
aguardado pelos adeptos do movimento Nova Era conhecido como Era de Aqurio,
poca em que os homens entrariam na fase da maturidade, segundo o conceito de
Lauro Trevisan, autor do livro Aqurius, A Nova Era Chegou. De acordo com esse
escritor, o mundo passou pelas seguintes fases:
Infantil quando o homem estava inteiramente voltado para o seu mundo exterior.
Da adolescncia surgimento dos grandes sonhos, das aspiraes por uma vida
melhor, do desejo de conquistar a terra. Perodo em que os sonhos dos homens eram
maiores do que suas prprias realizaes.
Da mocidade quando o mundo atingiu uma evoluo incrvel. Invenes sobre
invenes tornaram a vida muito melhor.
Maturidade como j dissemos, a fase atual, na qual estamos entrando; ou seja, a
Era de Aqurio.
Ao explicar essas fases, ou eras, Lauro Trevisan emprega terminologias astrolgicas,
utilizando os signos do zodaco, para apontar as mudanas que, segundo ele, ocorrem
a cada dois mil anos. Assim, temos:
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Todo esprito que no confessa que Jesus Cristo veio em carne no de Deus, mas
este o esprito do anticristo, do qual j ouvistes que h de vir, e eis que j est no
mundo (lJo 4.3).
Porque j muitos enganadores entraram no mundo, os quais no confessam que Jesus
Cristo veio em carne. Este tal o enganador e o anticristo (2Jo 7).
O prefixo anti derivado do grego e quer dizer contra ou oposto a. Todavia, pode
significar tambm em lugar de ou substituto de. O anticristo opor-se- a Cristo. E far
isso da forma mais diablica e sutil possvel. Fingir ser o Cristo e, assim, tentar
subverter o cristianismo enquanto se faz passar por seu lder. Nada menos que isso
no seria uma obra digna do gnio de Satans.
Outros ttulos de anticristo
Alguns desses ttulos aparecem em 2Ts 2.3,8: homem do pecado (v. 3); filho da
perdio (v. 3); o inquo ( v. 8), e em Ap 13.1-3: a besta.
O plano da Nova Era
A Nova Era pretende controlar o mundo. E far isso por meio de uma conspirao
conhecida como aquariana. O plano elaborado para essa Era consiste dos seguintes
pontos:
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Dos pontos acima expostos, apenas trs so de importncia fundamental para a Nova
Era: lder mundial, governo mundial e religio mundial. Por mais que achemos
mirabolante o plano da Nova Era para reger o mundo, temos de admitir que, atravs
da globalizao, as naes esto sendo preparadas para receber o governo do
anticristo. Conforme apregoam os adeptos desse movimento, este o tempo da Era
de Aqurio dentro do novo milnio que ora se inicia.
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Estabelecer uma nova religio mundial e uma nova ordem poltica social.
A nova religio mundial ser o renascimento da religio de mistrio da Babilnia.
O plano ser concretizado quando o Messias da Nova Era assumir o controle. Nesse
perodo o nmero 666 ser aplicado e a nova religio estabelecida
Espritos csmicos iro ajudar a inaugurar a Nova Era e a aclamar o homem-deus
dessa era como o Mestre do mundo.
Paz mundial, amor e unio sero os slogans da religio.
O ensino da Nova Era ir abranger o mundo todo.
Os lderes da Nova Era demonstraro que Jesus no era o Cristo.
O cristianismo e as demais religies sero integrados religio mundial.
Os princpios cristos sero desacreditados e eliminados.
Crianas sero seduzidas espiritualmente nas escolas para promover a Nova Era.
A humanidade ser levada a crer que o homem Deus.
Cincia e religio sero unificadas.
Os cristos que resistirem a este plano sero exterminados.
Quando lemos a invocao que Cristo possa voltar a terra, no se trata do Cristo cuja
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O apstolo Joo, na velhice, foi exilado na ilha de Patmos pelo imperador Domiciano,
perto do ano 90 AD. E l ele obteve uma viso do futuro (Ap 1.10), principalmente
sobre a segunda vinda de Cristo, quando o Filho de Deus aparece como o Rei dos reis
e Senhor dos senhores, cheio de glria, majestade e poder. O texto diz o seguinte: E
seguiam-no os exrcitos no cu em cavalos brancos ... E da sua boca saa uma aguda
espada, para ferir com ela as naes; e ele as reger com vara de ferro; ele mesmo
o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na
sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores (19.14-16).
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Ele ainda no declarou o seu verdadeiro estado e o lugar onde est; conhecido
somente por poucos de seus discpulos. Um deles anunciou que em Cristo vai revelar
sua identidade e dentro de dois meses falar para a humanidade atravs de uma
transmisso mundial de radio e televiso. Sua mensagem ser ouvida interiormente,
telepaticamente por todos os povos em seus prprios idiomas. A partir deste
momento, com sua ajuda, construiremos um mundo novo.
sociais, polticas e cientficas combinadas com o fascnio pelo misticismo oriental, pelo
paranormalismo, pelo ocultismo e at mesmo por alguns tipos de psicologia moderna.
Com isso, torna-se a soma dos ensinos de vrios lderes religiosos. Vejamos o quadro
abaixo:
Carmem Lcia Balhestero Fundadora da Fraternidade Pax Universal, seu guia Saint
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Isaas 47.13
Arco-ris
Gnesis 9.13
Carma
Hebreus 9.27
Conscincia
I Corntios
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Aqurio
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Algumas palavras que nos ajudaro a entender o Movimento Nova Era com
a posio Bblica
Csmica
1.21
Cosmologia
Ams 3.7
E.T.
Esotrico
Fora Interior
Foras
Positivas
Efsios 6.12
I Corntios
13.1
Governo
I Joo 4.1-3
Guia
Mateus 23.810
Hierarquia
Efsios 6.12
Hipnose
Glatas 5.1
Holstico
I Joo 1.1-2
Iluminados
I Joo 4.1
Iniciao
Apocalipse
2.24
Interdependn
cia
I Corntios
12.27
Interior
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Gnose
Interplanetrio
Nmeros
24.17
Me terra
Juzes 10.6
Maitreya
I Joo 4.1
Mantra
Mentalidade
Romanos 12.2
Isaas 47.13
Superior
Nova Era
Nova
Sensibilidade
Nova
Espiritualidade
Peixes
Pensamento
Positivo
Efsios 5.18
Romanos
7.22-23
Transformao
Apocalipse
17.13
Trnspersonal
Romanos 12.2
Ufologia
Romanos 12.1
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I Joo 4.3
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individual (holismo).
Viagens
Tiago 2.19
Astrais
Isaas 14.1213
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Esse movimento ocultista est sendo trazido a pblico, pela primeira vez, pela Defesa
da F e, sem dvida, alm de informar os leitores sobre mais um grupo religioso,
satisfar a curiosidade de todos quantos j viram ou ouviram algo sobre esse
movimento, mas de forma superficial.
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Fundao
O CECP foi fundado em 27 de junho de 1909, por Antnio Olvio Rodrigues, portugus
que chegou ao Brasil em 1890. Tinha apenas instruo primria, mas apreciava,
sobremaneira, a leitura de livros ligados ao espiritismo e ao ocultismo. Lia obras de
Helena Blavatsky (fundadora da Sociedade Teosfica Americana), Vivekananda,
Heindel, entre outros.
Os seguidores do CECP adotam terminologia manica, tais como Augusta Ordem,
Supremo Conselho, Cartas Constitutivas, etc., e chegam at mesmo a adotar os
trs pontinhos caractersticos da identificao manica.
Sua sede principal est localizada em So Paulo, com ramificaes por outras cidades
do Brasil.
Qual o objetivo do CECP?
Nas palavras do prprio grupo, seus objetivos podem ser vistos por meio de quatro
pontos especficos:
Promover o estudo das foras ocultas da natureza e do homem.
Promover o despertar das energias criadoras latentes no pensamento de cada
filiado.
Fazer que essas energias convirjam no sentido de assegurar o bem-estar fsico e
moral dos seus membros.
Cooperar na realizao da harmonia, do amor, da verdade e da justia entre os
homens.
Como esses objetivos podem ser alcanados?
Procurando responder quais seriam os meios que conduziriam a este elevado fim, o
CECP diz que o estudo, os exerccios respiratrios (a prtica da ioga), a cogitao, a
concentrao, a meditao, a contemplao e a unificao podem fazer o membro da
entidade atingir a harmonia entre os homens.
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Sofreis? O vosso sofrer tem razo de ser? As causas ser-vos-o reveladas pelos
ensinos da nossa Ordem Esotrica.
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Precisais de dinheiro? Imaginai que possus um cheque com a quantia que desejais
ou que tendes as notas necessrias para perfazer a quantia desejada. Sempre deveis
formar uma imagem da quantia certa, at que ela parea estar materializada e
possais v-la diante de vs. Dirigi-vos, ento, Conscincia Universal, dizendo: Daime esta criao.
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O pantesmo nega a imutabilidade divina, j que o Universo faz parte de Deus e est
em constante mudana. Nega sua santidade, porque o mal do Universo tambm faz
parte de Deus. Nega a individualidade do homem e a pessoalidade de Deus, j que
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Conforme essa doutrina, Deus no tem personalidade distinta de sua criao. Mas
Deus no faz parte da criao, pois a criou e a governa. Deus transcendente e
imanente em relao sua criao. Transcendente porque independente e est
acima dela. Imanente porque toda a criao depende de Deus para existir e manterse (J 12.10).
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Contra o pantesmo
Deus tudo em todos. Por outro lado, a Bblia deixa clara a distino entre Deus e a
criao quando diz que o Senhor Deus d a todos a vida e a respirao. Nele vivemos,
nos movemos e existimos (At 17.25,28). Em Cristo, tudo subsiste (Cl 1.17). E Cristo
quem sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder.
Em suma, Deus aquele que est acima de tudo e em tudo, contudo distinto de
tudo (G.D.B. Pepper).
Contra a auto-salvao
Quo distante dos princpios bblicos so os ensinos do CECP.
A eficcia do sangue de Cristo para redimir o homem a mensagem central da Bblia
e a base do perdo dos pecados (Ef 1.7; 1Jo 1.7-9; Ap 1.5). A Bblia enftica ao
ensinar que somos salvos pela graa, por meio da f (Ef 2.8,9). Deus redime o
homem de modo totalmente parte de seus mritos pessoais, e no em cooperao
com os mesmos, porquanto a salvao adquirida exclusivamente pela f,
independente das obras. Praticamos boas obras no para sermos salvos, mas porque
somos salvos em Cristo Jesus, nosso Senhor. As obras so o resultado da salvao, e
no o seu agente. O valor das obras est em nos disciplinar para a vida crist (Hb
12.5-11; 1Co 11.31,32).
Como disse o telogo Charles Hodge:
Nada que no seja gratuito seguro para os pecadores [...] A no ser que sejamos
salvos pela graa, no podemos absolutamente ser salvos.
Contra a evocao de mortos
Sobre tal prtica, Deus revelou seu desagrado, dizendo, por meio de seus
mensageiros, os profetas, que isso lhe era abominvel: Quando entrares na terra que
o SENHOR teu Deus te der, no aprenders a fazer conforme as abominaes
daquelas naes. Entre ti no se achar quem faa passar pelo fogo a seu filho ou a
sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem
encantador, nem quem consulte a um esprito adivinhador, nem mgico, nem quem
consulte os mortos (Dt 18.9-11).
Jesus, certa vez, foi interrogado por seus discpulos, em relao a um cego de
nascena, se esse mal havia sido motivado pelos pecados dos pais daquele homem
ou pelos pecados do prprio cego, em vidas anteriores. Ao que Jesus respondeu:
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A Bblia declara o seguinte: a morte entrou no mundo pelo pecado e nenhum filho
castigado pelos erros dos pais. A alma que pecar, essa morrer; o filho no levar a
iniqidade do pai, nem o pai levar a iniqidade do filho. A justia do justo ficar
sobre ele e a impiedade do mpio cair sobre ele (Ez 18.20, V. tb. Jr 31.29,30).
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Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras
de Deus (Jo 9.3).
No verdade que o homem j teve vidas anteriores e ter, ainda, outras vidas. A
Bblia declara explicitamente que s existe uma nica oportunidade para a salvao,
e esta oportunidade est reservada vida presente: Aos homens est ordenado
morrerem uma vez, vindo depois disso o juzo (Hb 9.27).
Contra a negao da existncia do cu e do inferno
O Senhor Jesus deixou claro que, aps a morte, cada ser humano vai para um lugar
definitivo, segundo a escolha que fizer aqui na terra: Entrai pela porta estreita;
porque larga a porta, e espaoso o caminho que conduz perdio, e muitos so os
que entram por ela; e porque estreita a porta, e apertado o caminho que leva
vida, e poucos h que a encontrem (Mt 7.13,14).
Jesus, ao expor a narrativa (parbola) do rico e Lzaro, mostrou o outro lado da vida
alm-tmulo, onde os seres humanos se encontram em uma situao irreversvel,
seja no cu ou no inferno (Lc 16.19-31).
A Bblia nunca promete que todos sero salvos, e muito menos por seu prprios
esforos, pois existe o castigo eterno. Em Mateus 25.46, Jesus disse: E iro estes
para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna. O adjetivo eterno, que
qualifica vida (aionios), o mesmo adjetivo que qualifica o tormento tormento
eterno (aionios). O cu no uma realidade que pode ser vista pelos olhos de carne,
mas uma realidade manifestada pela revelao divina e recebida pela f. No caso dos
adeptos do Crculo, se no se convertam desse caminho, o inferno ser uma realidade
percebida tarde demais!
Oramos para que estas informaes panormicas sobre o Crculo possam servir como
um alerta para todos aqueles que seguem o ocultismo. Como cristos e arautos da
verdade, devemos divulgar esta verdade a todos, a tempo e fora de tempo, sem
medo e sem fazer acepo de pessoas. Somente assim iremos alcanar o resultado
positivo que a Bblia nos orienta:
Notas:
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4
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Instruindo com mansido os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dar
arrependimento para conhecerem a verdade (2Tm 2.25).
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Seguindo esse raciocnio, convm esclarecer que o opositor das nossas almas no
estagnou seu trabalho de destruio da raa humana. Ao contrrio, est cada vez
mais disposto a engolir e desviar o homem do grande propsito de salvao do
Senhor Jesus para sua vida (1Pe 1.16). Cautelosamente, ele (o diabo) no deixa de
apontar seus dardos para a ambio humana com a inteno de iludir o homem de
que ele no mera criatura, dependente, um ser inferior. Impressiona como uma
ttica to antiga ainda encontre em nossos dias pessoas que do crdito a tamanha
bobagem. Foi justamente isso que Satans, a antiga serpente, incutiu na mente dos
nossos pais, no Jardim do den: a utopia de serem como Deus. O Senhor havia dito a
Ado e Eva que poderiam comer de todos os frutos do jardim, menos os da rvore do
conhecimento do bem e do mal, para que no morressem. Mas Satans deturpou essa
mensagem de Deus: Ento disse a serpente mulher: Porque Deus sabe que no dia
em que deles comerdes se abriro os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o
bem e o mal (Gn 3.4-5 - grifo do autor).
ser (Ez 28.14-17). Ento, levado pelo orgulho, elevou-se em sua formosura e, por
conta disso, sua sabedoria tambm foi corrompida. O texto bblico diz o seguinte:
Como caste desde o cu, estrela da manh, filha da alva! Como foste cortado por
terra, tu que debilitava as naes! E tu dizias no teu corao: Eu subirei ao cu; acima
das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregao me exaltarei,
aos lados do Norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao
Altssimo e, contudo levado sers ao inferno, ao mais profundo do abismo (Is 14.1315 - grifo do autor).
Infelizmente, como veremos a seguir, no so poucos que, ainda hoje, se deixam
enganar pelos ardis do diabo, assim como aconteceu aos nossos pais, Ado e Eva, no
Jardim do den.
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Witness Lee explica: O que ento est na nossa alma? O ego. O nosso ego est em
nossa alma. Ser que fomos impressionados com o fato de que todos os trs seres:
Ado, Satans e Deus esto em ns hoje? Somos bastante complicados. O homem
Ado est em ns; o diabo, Satans, est em ns; e o Senhor da vida, o prprio Deus.
Portanto, nos tornamos um pequeno jardim do den. Ado representando a raa
humana, a rvore da vida representando Deus e a rvore do conhecimento
representando Satans so as trs partes do jardim do den; e agora todos eles esto
em ns. Ado, o ego, est em nossa alma; Satans, o diabo, est em nosso corpo; e
Deus, o Deus trino est em nosso esprito2.
entender a natureza humana luz da Bblia, especialmente pelo fato de que esta no
abona, em nenhuma de suas pginas, a doutrina Localista.
As Escrituras asseveram que no fomos comprados com coisas corruptveis, como
prata ou ouro, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um Cordeiro imaculado
e incontaminado (1Pe 1.18-19). Atravs de seu sacrifcio, Cristo nos resgatou para si
e, desde ento, nos selou com o penhor do Esprito Santo em nosso corao (1 Co
1.22), nos fez templo de Deus, ou seja, habitao do Esprito (1 Co3.16). Aqueles que
pertencem a Deus no podem ser de Satans! Onde a luz chega, as trevas so
totalmente dissipadas (Jo 1.4-5). O Esprito Santo conduz a igreja santificao plena,
ou seja, o nosso esprito, alma e corpo so conservados irrepreensveis para a vinda
de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2.13; 5.23). Ado no est em nossa alma, assim
como Satans no est em nosso corpo! No h complicao na verdade! E devemos
crer, sem reservas, no que a Bblia ensina!
Criado semelhana de Deus
E disse Deus: Faamos o homem nossa imagem, conforme a nossa semelhana...
(Gn 1.26).
O texto acima no declara, em nenhum momento, que o Senhor ofereceu divindade
ao homem. O apstolo Paulo advertiu a igreja a se revestir do novo homem, que
segundo Deus criado em verdadeira justia e santidade (Ef 4.24). Neste caso, a
relao entre Deus e o homem, atravs da criao, moral. uma exortao
santidade crist, ao despojo do velho homem que se contamina pela libidinagem do
engano.
O texto fala, ainda, sobre deixar a mentira, as palavras torpes, o furto, a ira, a malcia,
a blasfmias etc. Paulo conclui dizendo que devemos ser benignos, perdoando-nos
mutuamente assim como Deus nos perdoou em Cristo. O homem fora criado para
desfrutar da eterna presena de Deus e este processo se inicia quando o homem
nasce de novo, rejeita as obras do passado e toda sorte de impureza no presente
(2Co 5.17), passa a andar segundo os parmetros da tica divina, a seguir a justia
que encaminha para a vida (Pv 11.19) e a buscar a santificao sem a qual ningum
poder ver o Senhor (Hb 12.14).
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Apoiar tal raciocnio promover o pantesmo, pensamento filosfico que ensina que
Deus tudo e tudo Deus. Como cristos, somos monotestas, cremos na existncia
de um nico Deus, pessoal, distinto do homem, mas no distante de ns (At 17.27).
Impulsionados pelo Esprito Santo, devemos orar ao Pai, em nome de Jesus, para que
o Pai seja glorificado no Filho (Jo 14.13-14).
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Sobre No, est escrito que ele alcanou graa aos olhos do Senhor. No andava com
Deus, era homem justo e perfeito em suas geraes (Gn 6.8-9). Sobre J, a Bblia
relata que ele era homem ntegro, perfeito, temente a Deus e sempre se desviava do
mal (J 1.1). No e J no eram pecadores? (Rm 3.10, 23). Como pecadores podemos
ser maduros, completos, mesmo com a nossa limitao humana. Voltando ao texto
bblico em pauta, o discurso de Jesus era um sermo cheio de princpios de santidade
e amor. E esses detalhes deveriam ser visados pelos ouvintes (Lv 11.44, 1 Jo 3.14).
Jesus queria o aperfeioamento dos discpulos para exerccio do ministrio e
propagao do evangelho (Ef 4.13). Dizer que Cristo estava requerendo de seus
discpulos perfeio nesta vida colocar palavras na boca do Filho de Deus.
Qual o contexto desse salmo? Deus estava repreendendo os juzes por suas
injustias. O Senhor direcionou-se diretamente aos juzos humanos, uma vez que
estavam atuando em seu lugar de maneira mpia. O versculo sete diz: Todavia
morrereis como homens e caireis como qualquer dos prncipes. O Senhor determinou
o pattico fim dos juzes, sua morte prematura. Com isso, lhes fez ver que a alta
ocupao desempenhada por eles no podia lhes garantir a imortalidade.
Jesus lana o texto de Joo 10.35 aos seus delatores para evidenciar que eles no
entendiam suas prprias Escrituras e, por isso, no estavam em condies de
conden-lo por ter afirmado ser Deus. Como vemos, assim como os judeus, os
mrmons tambm no entendem as Escrituras e no esto aptos para, atravs delas,
justificar suas asseveraes!
No obstante os mrmons almejarem a divindade no futuro, eles, no entanto, no so
muito afoitos para alcan-las. Mesmo que sejam conformados em relao a esse
assunto, suas esperanas, porm, no passam de fantasias. Sobre Satans, Jesus
afirmou o seguinte: Ele foi homicida desde o princpio, e no se firmou na verdade,
porque no h verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe prprio,
porque mentiroso e pai da mentira (Jo 8.44). O diabo no disse a verdade para Eva
porque simplesmente no h verdade nele. Deus esprito (Jo 4.24). Existe um nico
Deus verdadeiro (Dt 6.4, Is 43.10, 45.21). O Senhor Deus o mesmo ontem, hoje e
eternamente (Hb. 13.8) O grande Eu sou no muda! (x. 3.14, Jo 8.58). Nele no h
mudana nem sombra de variao (Tg 1.17). O amanh to esperado pelos mrmons
h de chegar e, com ele, a eterna frustrao!
Homem homem, Deus Deus!
O profeta Ezequiel repreendeu o rei Tiro pela sua ambio: Assim diz o Senhor Deus:
Porquanto o teu corao se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus
me assento no meio dos mares; e no passas de homem, e no s Deus, ainda que
estimas o teu corao como se fora o corao de Deus (Ez 28.2).
Os candidatos divindade devem ter os atributos divinos do Altssimo. Portanto,
devemos fazer nossas as palavras de Jesus: Qual dos pretendentes divindade pode
acrescentar, com todos os seus cuidados, um cvado sua estatura? (Mt 6.27).
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Qual deles mediu na concha das mos as guas, tomou a medida dos cus aos
palmos, recolheu numa medida o p da terra e pesou os montes com peso e os
outeiros em balanas? Qual deles guiou o Esprito do Senhor ou, como seu
conselheiro, o ensinou? (Is 40.12-13). Qual deles pode encher os cus e a terra, estar
perto e ao mesmo tempo estar longe? (Jr 23.23-24). Qual deles conhece todos os
coraes e tem todas as coisas nuas e patentes aos seus olhos? (Hb 4.13).
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1 A economia divina. Witness Lee. Editora rvore da Vida. Segunda edio revisada.
1990. p.19
2 A economia de Deus . Witness Lee. Editora rvore da Vida. 5 edio. 1996. pp. 219220.
3 Aqurios, a nova era chegou. Lauro Trevisan. 11 edio, p. 49.
4 Os poderes de Jesus Cristo. Lauro Trevisan, p. 234.
5 Meditations of Maharish Mahesh Yogi. New York. Bantam, 1968, p. 178 Cristianity
in Crisis Hank Hanegraaff. Harvest House Publishers. 1997
6 Princpios do evangelho. IJSUD. 1988 pp. 9-11.
7 Regras de f. James E. Talmage. IJSUD.
8 Regras de f da igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos dias. Joseph Smith Jr.
1997.
7. Ecorreligio
Por Eguinaldo Hlio
... e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que bendito
eternamente (Rm 1.25)
No so permitidos vcuos dentro do corao humano. Se Deus no ocupar, no
corao do homem, o espao que lhe devido, outra coisa o ocupar. A cultura
contempornea rejeitou o Deus bblico e colocou em seu lugar uma quantidade
enorme de outros deuses. Isso porque o homem um ser que adora. Se o homem no
adora o Deus vivo e verdadeiro, adora a primeira coisa ou pessoa que se apresente
em seu caminho. E o movimento ecolgico moderno forneceu aos praticantes da Nova
Era argumentos para adorar a criao no lugar do Criador. No estamos falando aqui
de um legtimo amor e respeito natureza, mas de uma idolatria neopag, que tem
como libi uma devoo ilegtima por tudo o que foi criado.
H uma diferena muito grande entre um projeto de desenvolvimento sustentvel,
que busca progresso sem agresso ao meio ambiente, e um culto Me-Terra,
deusa Gaia e aos espritos chamados de elementais, como gnomos, duendes e
elfos. Este retorno natureza, na verdade, um virar as costas para Deus,
reimplantando idolatrias enterradas h muito.
A hiptese Gaia
Como todo movimento religioso destes ltimos tempos, a ecorreligio tambm foi
buscar respaldo na cincia por meio da hiptese Gaia, formulada na dcada de 60
pelo fsico ingls James Lovelock e pela microbiologista americana Lynn Margulis. Os
dois afirmam que as caractersticas da Terra teriam sido criadas pelos organismos
vivos nela existentes, durante todo o seu processo de evoluo. Para esses cientistas,
so os seres vivos que moldam o meio ambiente s suas caractersticas e criam as
condies necessrias para sua sobrevivncia.
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se bem viso global da Nova Era a noo de que a Terra uma entidade viva e
consciente, dotada de mente, a qual, por sua vez, participa de alguma mente
universal ou csmica.2
Ecorreligio e neopaganismo
A Terra nossa me, precisamos cuidar dela. Em seu solo sagrado andamos a cada
passo...3
O amor pela natureza excedeu seus limites no mundo contemporneo, assumindo o
perfil de religio. O Movimento Nova Era assumiu posturas extremas com relao ao
meio ambiente que fomentaram um retrocesso ao paganismo e religio animista,
que diz que todas as coisas tm esprito e devem ser reverenciadas.
A conscincia ecolgica da Nova Era deriva-se da percepo de uma unidade
universal e da teia interligada da vida biolgica. Compartilha de muitos alvos do
movimento ambientalista como um todo, e tira proveito da renovada apreciao pela
cultura dos povos pr-colombianos e sua apreciao da natureza [...] Para muitos
adeptos da Nova Era, a ecologia4 contm a verdade religiosa bsica de onde emanam
todas as religies. Uma outra maneira de expressar isto pela frase Eu sou a Terra
[...]. Bob Hunter, cronista do Greenpeace Chronicles, chega a denominar a ecologia de
religio da Nova Era.5
Ainda segundo o mesmo jornal, alinhar-se com a natureza liberar a divindade que
h dentro de ns, ser elevado a um estado superior do ser. , ao mesmo tempo,
liberar o animal que est dentro de ns.6
Culto Deusa Me ou Me-Terra, crena nos chamados elementais, gnomos,
duendes, elfos e outras criaturas mitolgicas dos bosques e florestas, foi o resultado
de toda essa reverncia idlatra pela criao. Os espritos protetores da Terra e do
meio ambiente, caso pertencessem cultura dos ndios americanos ou cultura
europia, passariam a ser cultuados e aceitos como reais. A Volta ao verde tornouse a volta aos cultos e s crenas ancestrais, quando animais e plantas passaram a
receber adorao aberta.
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Embora toda a retrica da Nova Era seja recheada de cunho cientfico, sua prtica,
porm, nada mais do que puro culto pago, no qual um Deus impessoal
identificado com a criao, e a criao adorada como deusa. Nem toda a
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O neopaganismo tem forte ligao com as antigas religies de bruxaria dos antigos
celtas, ligadas aos ciclos da natureza. A maior parte das religies neopags tem
poucos credos e no possui profetas. Sua base est firmada nas celebraes em
certas estaes do ano (ciclos do plantio e da colheita), nos costumes e experincias,
e no na palavra escrita. Segundo Gordon Melton, do Instituto de Estudo das Religies
Americanas, na Califrnia, a grande maioria das pessoas que se consideram feiticeiros
(as) segue a adorao politesta, voltada para a natureza, da Grande Deusa Me,
cujos nomes incluem Diana, sis, Demeter e tambm Gaia.7
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Observe como esses seres fictcios so cridos e descritos com um rigor quase
cientfico: Os seres elementais so os espritos da natureza. Eles surgem
espontaneamente dos quatro elementos bsicos terra, gua, ar e fogo , ganham
forma fsica (de acordo com a regio geogrfica e a cultura a que pertencem) e vivem
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de 300 a 1000 anos. Aps esse perodo, eles se desintegram e voltam ao seu
elemento original. H referncias existncia de espritos elementais em
praticamente todas as civilizaes. Na ndia, por exemplo, eles so chamados de
gandarvas e se apresentam como seres intermedirios entre os anjos (devas) e os
homens. No Brasil, os espritos da natureza tambm ganharam diversas formas: a
Iara, por exemplo, o elemental da gua, e o caapora o esprito guardio das
matas. Mas foram os gnomos e os duendes, com aparncia de campons europeu,
que se tornaram mais populares no mundo todo. Talvez por conta das obras de um
alquimista suo: Paracelsus (1493-1541), que os descreveu em sua obra Filosofia
oculta.11
Os estudiosos deste assunto dividem os elementais nos seguintes grupos.12
Gnomos (elementais da terra minerais): so seres de pequena estatura e, por sua
ntima ligao com a Terra, desenvolveram grandes habilidades para lidar com ela.
Trabalham nas minas escavando minerais valiosos com os quais constroem suas
ferramentas. So de vrios tamanhos muitos deles bem menores que os seres
humanos, ainda que alguns tenham o poder de alterar vontade sua estatura.
Duendes (elementais da terra vegetais): so alegres, amam festas, msicas e
danas. So ligados Terra e, geralmente, conseguem controlar os imprevistos da
natureza. Vivem vrios anos e chegam a constituir famlias. Adoram comer e fazer
brincadeiras, tais como: esconder objetos. Alguns possuem orelhas grandes e
pontudas e grande quantidade de plos no corpo. Quando confiam nos homens, se
tornam fiis e grandes protetores.
Ondinas (elementais da gua): esta classificao aplica-se a todos os seres associados
ao elemento gua e sua fora. Esto presentes nos lugares onde h uma fonte
natural de gua. A atividade das ondinas se manifesta em todas as guas do planeta,
quer provenham de chuvas, rios, mares, oceanos, etc.
Salamandras (elementais do fogo): nenhum fogo aceso sem o seu auxlio. Sua
atividade intensa no subsolo. So responsveis pela iluminao, calor, exploses e
funcionamento dos vulces. Foram os movimentos serpenteantes desses
elementais no interior das labaredas de fogo, semelhantes aos movimentos sinuosos
das caudas dos lagartos e lagartixas, que lhes valeram esse curioso nome.
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Fadas (elementais das flores): foram criadas pelos deuses da mesma forma que os
seres humanos e os outros animais. So uma forma de vida paralela ao nosso mundo
visvel em um plano astral. Apesar disso, possuem a habilidade e a capacidade de
transcender esse plano e rapidamente viajar atravs dele. De certa maneira, esto
associadas aos elementais, embora no sejam uma forma de energia pura. So seres
pensantes que tm sentimentos e podem realizar encantos ou mesmo agir junto com
bruxas e feiticeiras em diversas atividades mgicas ou ritualsticas.
com esses mesmos anjos. Eles correspondem fora criadora do ar. As mais suaves
brisas e os mais violentos furaces so resultados de seu trabalho.
Quem como Deus?
No princpio criou Deus os cus e a terra (Gn 1.1).
Deus no os tornou cus e terra, mas os criou. A ausncia desta simples distino,
localizada no mago da espiritualidade novaerense, faz a diferena entre os
verdadeiros adoradores e os idlatras. Toda espiritualidade que no voltada para
Deus por meio de Jesus Cristo (Jo 14.6) no passa de um canal para a atuao de
espritos malignos. As Escrituras no deixam dvidas: o Criador e a criao no so
manifestaes diferentes de um mesmo ser. A criao derivou do Criador, em um ato
livre e soberano.
Quando a Nova Era se refere a deus, com certeza no se trata do Deus e Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo. Seu deus deriva do pantesmo hindu, portanto sua
adorao pura manifestao idlatra, mesmo quando camuflada de devoo
natureza. O pantesmo uma espcie de monismo, que identifica a mente e a
matria, e que pensa que a unidade divina. E, assim, o finito e o infinito tornam-se
uma e a mesma coisa, embora isso ocorra por meio de diferentes expresses de uma
mesma coisa. O universo passa a ser auto-existente, sem comeo, embora sujeito a
modificaes. De acordo com o pantesmo, todos os seres e toda a existncia de Deus
devem ser concebidos como um todo. Essa noo uma mentira na qual se agarram
os eclatras da Nova Era, que nada mais fizeram a no ser alterar o foco da idolatria.
importante lembrar aos adoradores da terra e da natureza que a Terra foi
amaldioada por Deus, assumindo caracterstica de decadncia e transitoriedade (Gn
3.17,18; Rm 8.20-22). Isto no significa que devemos prejudic-la, todavia, diviniz-la
pura tolice diante desses fatos.
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ndia e caboclo
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Gnomos,
Notas:
1 Almanaque Abril.
2 Alterando o ponto: Cincia, Sociedade e Cultura Emergente, Fritjof Capra, p. 292.
3 Cntico da Roda de Cura em Honra Me Terra.
4 O termo ecologia provm da raiz grega oikos, que significa casa, e da raiz logos,
que significa a cincia ou o estudo de. um ramo da biologia que estuda as
relaes dos organismos e grupos de organismos com seu meio, o qual permite
conhecer a estrutura da natureza e explica seu funcionamento, assim como as
diferentes adaptaes dos seres vivos e os fatores que influem: solo, clima, presena
de outras espcies.
5 Compreendendo a Nova Era, Russel Chandler, p. 245-6.
6 Ibid., p. 245-7.
7 Enciclopdia dos Cultos Americanos, 1986, p. 211.
8 Eclatras: so os adoradores da ecologia.
9P.13.
10 Ibid.
11 www.guruweb.com.br
12 www.belleangelencantados.hpg.ig.com.br/elementais/indexelementais.htm
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Desta vez, trataremos sobre a seita eubitica e suas implicaes teolgicas. Todos os
apontamentos no decorrer deste pequeno comentrio foram extrados do site oficial
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do grupo: www.eubiose.com
Definindo a terminologia
O dicionrio Aurlio define da seguinte maneira a palavra eubitica: Arte de bem
viver. Outro dicionrio, agora mais especfico no assunto, traz uma definio mais
abrangente: Eubiose (esoterismo), movimento religioso [...] que tenciona transmitir
conhecimentos das leis naturais, por intermdio da revelao cclica, conduzindo
discpulos a desenvolver-se internamente, visando atingir os nveis mais altos da
conscincia.1
O prprio movimento se autodefine assim:
um neologismo formado pelas razes gregas EU (es, e, bom, bem), BIO (bios,
vida) e OSE (osis, processo, ao, condio). Eubiose, portanto, significa: ao,
processo ou condio de bem viver.
Fundao
A Sociedade Brasileira de Eubiose foi fundada em 1924, mas segundo seus adeptos,
sua etimologia perde-se em tempos primitivos. Podemos dizer que a procedncia
desse movimento acha-se nos tempos admicos, quando a serpente tentou ensinar
novos dogmas espirituais ao homem (Gn 3). Entretanto, de acordo com a f eubitica,
o novo ciclo dessa revelao iniciou-se em 1899, numa confraria budista do Norte
da ndia, com o nome de Dhran Sociedade Mental Espiritualista. Em 1928, passou a
se chamar Sociedade Teosfica Brasileira. E, finalmente, em 1969, Sociedade
Brasileira de Eubiose (daqui por diante SBE).
Como podemos perceber, o movimento tem sua etimologia arraigada nos
ensinamentos orientais e esotricos. Mas no s isso. O sincretismo eubitico
abraa tambm as rezas, as prticas e a idolatria catlica. uma verdadeira salada
religiosa.
O fundador
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O atual lder do movimento Hlio Jefferson de Souza (pelo que parece, a vocao
passa de pai para filho). No site do movimento, encontramos a constituio da
diretoria do grupo, e podemos ver como o mesmo dirigido pela iluminao da
famlia Souza:
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Foi o professor Henrique Jos de Souza, nascido em Salvador, Bahia, em 1883, vindo a
falecer em 1963, em So Paulo, capital. Como em todo movimento sectrio, o
professor Henrique endeusado e cultuado como um sbio educador de homens, um
gigante espiritual que s os sculos vindouros sabero avaliar.
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Como j vimos anteriormente, a SBE possui templos, uma diretoria, ministra cursos
aos adeptos e apresenta uma didtica pragmtica por meio de seus livros. A diretoria
o crebro de onde emergem as diretrizes do movimento, classificadas por eles de
Plano Geral de Ensino. neste plano que se encontram as revelaes primordiais
que sero transmitidas. Trabalham tambm com tertlias ou reunies familiares de
ensino, nas quais os instrutores ou orientadores (ttulos dos sacerdotes eubiticos)
ministram os fundamentos da eubiose.
nos primeiros quatro nveis. Somente ento o aluno estaria preparado para se
aprofundar, sem reservas, na filosofia eubitica.
Observe o que dito sobre o que o aluno aprender depois desse quarto nvel:
O aluno comea como scio postulante. Concludo o quarto grau com
aproveitamento, convidado a ingressar na Srie Interna, tornando-se scio efetivo.
Entre outras prerrogativas, o scio efetivo pode ler os originais do Professor, que
compem uma biblioteca de mais de quatro mil pginas, contendo revelaes
impressionantes sobre o passado, o presente e o futuro da humanidade e do Globo.
Na Srie Interna, h outros nveis e atividades para os quais os scios efetivos
podem ser convidados, conforme as suas qualidades.
As doutrinas eubiticas em analogia com a Bblia
O conceito eubitico de Deus
A Eubiose concebe Deus como a Suprema Lei que a tudo e a todos rege. Assim,
satisfaz ao intuitivo, ao artista, ao mstico, que sentem Deus como Harmonia; e
tambm aos intelectuais, que tm de admitir, por slida evidncia, que h ordem no
Universo, que essa ordem se realiza por meio das leis naturais, que estas so efeitos
de leis ou causas mais abrangentes, e assim sucessivamente, at chegar Lei ltima,
que acaba sendo aquela mesma Entidade que os msticos chamam Deus.
O Deus revelado na Bblia muito mais do que uma lei universal, do que uma ordem
ou fora mstica. O Deus cristo pessoal, real e singular aquele que est acima
de tudo e de todos. A Bblia no s revela Deus como o Criador de todas as coisas (Gn
1.1), mas tambm como o Mantenedor de todas as coisas (Mt 6.26; Lc 12.24; Hb 1.3).
A Palavra afirma que o Senhor fez tudo segundo o beneplcito de sua vontade (Ef
1.5,11), revelando assim seu grande propsito de salvao a todos os homens (1Tm
2.4).
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pois descarta a mo de Deus na criao e a obra salvfica realizada por Cristo na cruz
do Calvrio.
Vejamos o que ensinam os eubiticos:
Os grandes sistemas religiosos e filosficos sempre admitiram a reencarnao. O
cristianismo adotou-a originalmente, durante sculos. Ela indissocivel da lei da
evoluo. O esprito se realiza em muitas vidas, revestindo-se sempre de uma
personalidade e um corpo diferentes, como um ator que representa inmeros papis
em sua carreira [...] Tudo evolui, em todos os planos. O homem no faz exceo. O
esprito necessita do aprimoramento do corpo e da alma para se realizar cada vez em
maior pureza. E assim, ele prprio evolui, adquire experincias. Quem imaginaria um
troglodita interessado nas chaves filosficas do Universo....
Como podemos concluir, um verdadeiro descalabro afirmar que o cristianismo
adotou, em algum momento, a doutrina esprita da reencarnao como base de sua
teologia. Talvez os historiadores eubiticos possam at ter informao de alguma
seita crist que acreditava nesse conceito, mas nunca o cristianismo em geral,
principalmente nos primrdios cristos, quando os seguidores de Cristo abominavam
todas as prticas pags. A posio teolgica foi sempre muito clara para todos os que
queriam se achegar ao cristianismo: E, como aos homens est ordenado morrerem
uma vez, vindo depois disso o juzo (Hb 9.27).
O texto de Hebreus clarssimo. O homem s morre uma vez. E por qu? Porque ele
s nasce uma vez. E ainda acrescenta: vindo depois o juzo, ou seja, luz da
Palavra de Deus no h espao para a teoria da reencarnao.
Se a reencarnao uma lei de progresso, como afirma a SBE, onde est ento uma
prova emprica dela? O que vemos, na verdade, o contrrio do que alega a doutrina
da reencarnao. O mundo deveria evoluir tanto moralmente como espiritualmente,
mas o que vemos uma regresso de ambos. Ora, aps milnios de evoluo
humana, ser que o mundo no deveria apresentar-se bem mais humano, bem mais
desenvolvido humanitariamente? Isto no deveria ser visvel? Onde esto os espritos
adiantados provenientes de tantas reencarnaes e purificaes?
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(Para saber mais sobre os problemas que envolvem a teoria da evoluo, leia, em
Defesa da F, n 60, a matria intitulada Criao e evoluo dois pontos de f: um
em Deus e outro no acaso).
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O professor Henrique Jos de Souza tem o crdito dessas revelaes (sobre mundos
subterrneos e discos voadores), como atestam vrias publicaes. Mas apenas saciar
a curiosidade no contribui para os objetivos de transformao interna a que a
Eubiose se prope. Mas esses e outros assuntos, to ou mais surpreendentes, sero
abordados, com a devida profundidade, em contexto apropriado, no decorrer do
curso, posto que ajudam o aluno a ampliar a sua concepo do Universo. Depois, na
Srie Interna, tomar conhecimento direto do que foi deixado pelo Professor
Henrique Jos de Souza.
O que realmente sabemos sobre vnis, e podemos admitir com certeza, que tudo o
que temos at o momento no passa de especulao barata, pois a cincia ainda no
descobriu nada sobre os tais discos ou objetos voadores. Com relao to sonhada
viagem ao mundo subterrneo da Terra, isso no passou de lenda infanto-juvenil
escrita pelo renomado escritor Francs Jlio Verne (em 1864). Os cientistas j sabem
que no existe o tal mundo subterrneo. Se o professor Henrique teve essa revelao,
isso s vem lhe valer o ttulo de falso profeta, pois tal vaticnio no passa de uma
infeliz premonio.
A Palavra de Deus nos adverte: Porque vir tempo em que no suportaro a s
doutrina; mas, tendo comicho nos ouvidos, amontoaro para si doutores conforme
as suas prprias concupiscncias; e desviaro os ouvidos da verdade, voltando s
fbulas (2Tm 4.3,4).
O carma como meio de se alcanar o estgio perfeito
obvio, se a reencarnao um processo de evoluo, esse processo s pode ser
classificado de carma, quando cada um paga os erros desta vida na vida vindoura. A
SBE copia na ntegra a idia esprita, e ainda tem a falta de modstia de se arvorar
como uma novidade religiosa ao mundo, quando, na verdade, um movimento,
superlativamente falando, de pouqussima criatividade.
Em relao ao carma, afirmam:
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Segundo os ensinamentos bblicos, a lei do carma, de modo algum, explica por que
uns nascem mais privilegiadamente que outros. A doutrina bblica nos diz que nesta
vida o que o homem plantar ele colher (Gl 6.7). Quando Deus colocou o homem no
jardim do den, havia uma vida abundante para todos: sem sofrimentos, dor,
desigualdades ou doenas. Mas o homem rejeitou a vida que Deus lhe ofereceu e
escolheu viver sua prpria vida. Foi ento que comeou o que a Bblia chama de
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Sabemos que o Senhor Jesus veio trazer o fundamento para que sua Igreja fosse
edificada: ... e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno no
prevalecero contra ela (Mt 16.18). E ainda: Porque ningum pode pr outro
fundamento, alm do que j est posto, o qual Jesus Cristo (1Co 3.11).
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Na SBE, Jesus no , como ensina a Bblia, o centro e cabea de tudo (At 4.11,12). Ao
contrrio, Ele apenas mais um avatar iluminado outorgado ao mundo e sem
nenhum interesse de criar uma religio. Portanto, baseados no que a Palavra de Deus
nos informa, podemos afirmar categoricamente que esse movimento no bblico,
mas hertico e antagnico vontade de Deus.
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Magnetismo animal
Termo usado por Mesmer para explicar a existncia de um fludo rarefeito. Ele
acreditava que quando as pessoas eram submetidas ao estado de hipnose, esse
estado era capaz de controlar tal fludo, influenciando a sade das pessoas para
melhor.5
Graus de hipnose
Leve: Sensao de leveza e entorpecimento geral dos olhos e membros. Alto grau de
relaxao e inibio de movimentos voluntrios. Neste estgio, a sugesto manter
os olhos fechados e no se mexer.
Intermedirio: Sensao de leveza aumentada.
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Somente Deus conhece o interior do homem na sua plenitude, pois o homem obra
das suas mos (Gn 1.26). O desenvolvimento do eu interior uma das prticas da
Nova Era, movimento que ensina ser o homem divino e com poderes psquicos. O
homem criatura, Deus o Criador: ele conhece a nossa estrutura e lembra-se de
que somos p (Sl 103.14). A Bblia recomenda: Deixai-vos do homem, cujo flego
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est nas suas narinas; pois em que se deve ele estimar? (Is 2.22).
Hipnose e medicina
Mdicos e pacientes testemunham o sucesso da hipnose na cura e alvio de certas
doenas. A partir de 1950, associaes mdicas inglesas e norte-americanas
aprovaram formalmente o uso do hipnotismo. A cadeira do dentista e a anestesia so
alguns dos motivos que levam os pacientes a optar por esse tipo de consulta. O
tratamento ocorre atravs do estmulo verbal, que utiliza nada mais do que a fora da
imaginao. Alguns mdicos alegam que a hipnose uma ferramenta que no possui
efeitos colaterais, portanto torna-se conveniente.
Esse mtodo controvertido de avaliao hoje desacreditado por muitos, mas ainda
encontra lugar em consultrios de especialistas conceituados.
Alguns especialistas da medicina acham que o hipnotismo neutro. Outros concluem
que benfico. E h aqueles que o consideram perigoso, porque se constitui um
ataque psique do indivduo.
Comentando sobre a importncia da hipnose na psicologia, a dra. Rosemeire Lopes de
Souza (psicloga clnica) explica:
A hipnose influenciou o desenvolvimento do movimento psicanlitico: escola da
psicologia que estuda o inconsciente. A psiquiatria usa da hipnose em alguns casos,
atravs do processo de regresso, para resolver os problemas do paciente.
Experincias mostraram que adultos entre 20 e 40 anos podem ser induzidos a
relembrar eventos, nomes e lugares da infncia que no recordariam em estado no
hipnotizado.
A hipnose nem sempre funciona, mas, considerado sua eficcia em alguns casos
especficos, devemos analisar mais profundamente os aspectos ocultistas que
envolvem essa prtica e que nos impedem de aceit-la, como cristos.
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O cristo no deve expor sua mente a manipulaes humanas, antes deve sujeitarse a Deus, que conservar em paz aquele cuja mente est firme e nele confia (Is
26.3).
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A clarividncia
verdadeiro: diga a uma pessoa que ela possui faculdades clarividentes e ela
descrever algo - e o far de maneira to convincente que ser quase impossvel
duvidar de sua boa f 12.
O que h de verdadeiro nisso?
Ao ser humano no cabe a ousadia de buscar conhecer o futuro. As adivinhaes de
quaisquer espcies so expressamente proibidas pelo Senhor, que ordena em Levtico
19.26: No agourareis, nem adivinhareis. E em Deuteronmio 18.10 condena at
mesmo a comunho com pessoas que tais obras praticam: Entre ti no se achar
quem faa passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem
prognisticador, nem agoureiro, nem feiticeiro. Nas palavras de Jesus tambm
encontramos sua reprovao quanto ansiedade em se conhecer o futuro: No vos
inquieteis, pois, pelo dia de amanh, porque o dia de amanh cuidar de si mesmo.
Basta a cada dia o seu mal (Mt 6.34).
A reencarnao
Alguns pacientes no estado de transe passam a relatar experincias de vidas
passadas. Esse ensino um dos fundamentos do espiritismo e expressamente
condenado pelas Escrituras, que dizem: E, como aos homens est ordenado morrer
uma s vez, vindo depois disso o juzo (Hb 9.27). Paulo nunca pregou tal ensino,
antes, seu desejo era estar com Cristo depois de sua morte: Porque para mim o viver
Cristo, e o morrer ganho. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo
de partir, e estar com Cristo, porque isto ainda melhor (Fp 1.21,23).
Alm de tudo isso, a reencarnao agride a doutrina bblica da expiao de Jesus
Cristo pelos nossos pecados (Jo 3.16, Hb 9.28, 10.14).
Psicografia e psicometria
Fenmenos do espiritismo em que um mdium escreve sem estar consciente. Ocorre
atravs da leitura de objetos, desenhos, pinturas e mensagens faladas. Acredita-se
que a inspirao para tais proezas seja dada pelos mortos.13
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E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abrao; e
morreu tambm o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em
tormentos, e viu ao longe Abrao, e Lzaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai
Abrao, tem misericrdia de mim, e manda a Lzaro que molhe na gua a ponta do
seu dedo e me refresque a lngua, porque estou atormentado nesta chama. Disse,
porm, Abrao: Filho, lembra-te de que recebestes os teus bens em tua vida, e Lzaro
somente males; agora este consolado e tu atormentado. E, alm disso, est posto
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um grande abismo entre ns e vs, de sorte que os que quisessem passar daqui para
vs no poderiam, nem tampouco os de l passar para c.
A capacidade de pintar, desenhar ou falar por inspirao dos mortos nada mais do
que um engano do maligno, que usa de disfarces para iludir as pessoas: E no
maravilha, porque o prprio Satans se transfigura em anjo de luz (2Co 11.4).
Controle mental
A submisso da mente induo no aprovada pela Bblia. Vejamos:
J 38.36: Quem ps a sabedoria no ntimo, ou quem deu mente o entendimento?.
Deus, em nenhum momento, induziu sua criao a fazer algo contra a sua vontade.
Ou que fizesse alguma coisa e esquecesse depois, num estado de amnsia.
Efsios 4.23: E vos renoveis no esprito da vossa mente.
A nossa mente deve ser renovada em Deus. Devemos, com o nosso entendimento,
amar o Senhor (Mc 12.30-33), orar e cantar (1 Co 14.15), obedecer (2 Co 10.5),
guardar as suas leis (Hb 8.10).
1 Corntios 2.16: Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instrulo? Mas ns temos a mente de Cristo.
O que Paulo est querendo dizer com ns temos a mente de Cristo que devemos
ter a mesma atitude, o mesmo discernimento e o mesmo ponto de vista que Cristo
sobre as coisas. E s possui a mente de Cristo aqueles que desfrutam de comunho
com Ele (Gl 2.20-21; 3.27; Fp 1.8, Rm 13.14). O apstolo Paulo assevera que, por
termos a mente de Cristo, somos capazes de discernir e julgar tudo e, nesse aspecto,
somos superiores ao homem carnal e natural.
A pergunta que surge, ento, : Poderia algum que possua a mente de Cristo ser
manipulado ou enganado pelas sugestes e prticas ocultistas?
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Um desvio da verdade
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Outros motivos pelos quais a hipnose deve ser rejeitada pelo cristo so: ela pode
resultar em psicose profunda e desordem mental, alm de causar ansiedade, suicdio,
perda dos sentidos e da memria e implicaes sexuais malficas. importante
considerarmos que, embora tal prtica seja malfica, ela goza de certo prestgio na
mdia, que quase sempre s informa ao pblico aquilo que lhes interessa, ocultando o
seu lado negativo.
entretenimento.
A mente humana no deve ser alvo de brincadeiras, e seu controle no deve ser
submetido a ningum, a no ser ao Senhor Deus. Devemos nos sujeitar somente a Ele
(Tg 4.7).
A hipnose um dos escapes que o ser humano procura para resolver seus problemas.
Embora esse mtodo, s vezes, parea dar certo, o simples fato de constatarmos sua
explcita ligao com a Nova Era, o espiritismo e o ocultismo j mais do que
suficiente para anatematizarmos tal prtica. Est dado o recado. Ou melhor, o
conselho!
Notas:
1 Revista Manchete. 17 de agosto de 1991. p. 47.
2 Enciclopdia da Bblia teologia e Filosofia. R. N. Champlin e J. M. Bemtes. CANDEIA.
1997, pp. 121-122.
3Poder psquico da hipnose. Simeon Edmunds. HEMUS. p.16.
4 Dicionrio de Religies, Crenas e Ocultismo. George A. Mather e Larry A. Nichols.
VIDA. 2000, p.288.
5 Ibidem, p.273.
6 Poder psquico da hipnose. Simeon Edmunds. HEMUS. p.14.
7 Dicionrio de Religies, Crenas e Ocultismo. George A. Mather e Larry A. Nichols.
VIDA. 2000, p.97.
8 Ibidem, p.440.
9 Ibidem, p. 440.
10 Ajuda-te pela auto-hipnose. Frank S. Caprio e Joseph R. Berger. PAPEL LIVROS. p.38.
11 Ibidem, p.9.
12 Poder psquico da hipnose. Simeon Edmunds. HEMUS. p.48.
13 Dicionrio de Religies, Crenas e Ocultismo. George A. Mather e Larry A. Nichols.
VIDA. 2000, p.368.
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Embora reconheamos que a Bblia no d nenhuma base para qualquer regra rgida
contra cada tipo de aposta, ela nos ajuda a ver que a jogatina um serio mal que
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Certos lideres polticos justificam os jogos de azar com a alegao de que muitas
obras sociais so realizadas com o dinheiro arrecadado dos jogos. Entretanto, deve-se
notar que os governos, ao promoverem as loterias, apelam para uma das qualidades
humanas mais baixas: a ganncia. Na verdade, esto contribuindo para a corrupo, e
no para a melhora da vida humana. No se pode ignorar que a maioria dos
apostadores composta por pessoas pobres, que, na nsia de ganhar, arriscam o
leite e o po de seus filhos. Com isso, prejudicam os que lhes so caros. Alem disso, a
ganncia que envolve a jogatina uma das causas primaria de grande parte dos
crimes e da violncia que esto associados com serias operaes.
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Os cristos devem ter isso em mente sempre que forem tentados a fazer uma fezinha
nos jogos de azar. Os maus frutos da jogatina so to notrios que, em muitos
lugares, os praticantes do jogo do bicho so tidos como maus elementos e encarados
com desdm.
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Sendo Deus o Criador do mundo e de todo o ser criado como afirma a Bblia: Os cus
proclamam a gloria de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mos (Sl
19.1), devem os cristos admitir sua condio de apenas administradores dos bens
mais importantes que os Senhor lhes concedeu: vida e sade para conseguir, por
meios lcitos (ou seja, o trabalho honesto), os bens materiais de que tanto precisam.
So responsveis diante de Deus pelo uso do dinheiro e devem constantemente
lembrar-se da admoestao que o prprio Deus nos faz: Por que gastais o dinheiro
naquilo que no po, e o vosso suor naquilo que no pode satisfazer? (Is 55.2).
No a toa que o cristo deve evitar o vicio dos jogos de azar: No vos torneis causa
de tropeo nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco par a igreja de Deus
(1Co 10.32).
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1930, instituiu a Fundao Logosfica com o objetivo de difundir a nova cincia que
havia criado, hoje expandida a vrios pases por meio de centros culturais, onde se
estuda e pratica esta nova linha de conhecimentos transcendentes.
No Brasil, existem centros logosficos em Belo Horizonte, Braslia, So Paulo,
Chapec, Curitiba, Florianpolis, Goinia, Rio de Janeiro e Uberlndia, alm de
inmeras sedes culturais localizadas aqui e no exterior. Alm disso, existe uma escola
de orientao logosfica localizada no Rio de Janeiro (RJ), o Colgio Logosfico
Gonzlez Pecotche, que j conta com cerca de 250 alunos, desde a Educao Infantil
at o Estudo Fundamental. Os mtodos de ensino so orientados conforme os
conceitos logosficos e todos os professores so praticantes da logosofia. A escola foi
assunto de matria na revista Nova Escola (junho de 2003).
A nova teoria da evoluo
O caminho logosfico to longo quanto a eternidade, porque o caminho
determinado pela lei da evoluo, que impera sobre todos os processos que se
elaboram dentro da criao.3
Esta a idia central da logosofia. Mas, ao contrrio do que ela proclama, no se trata
de um pensamento exclusivo seu. Esta filosofia a base de todo o ensino da Nova
Era. Poderamos cham-la de darwinismo espiritual. a idia corrente de que a
atual fase da existncia humana apenas um estgio do processo de evoluo, como
o foi a fase de smio4. O homem est destinado a ser algo mais do que ele agora.
Difere da evoluo espiritual pregada pelo kardecismo, pois no ocorreria com
espritos desencarnados, mas com a humanidade como um todo. E a logosofia e todas
as doutrinas esotricas modernas colocam-se como instrumentos desta evoluo.
Vamos encontrar a raiz deste pensamento no filsofo alemo Friederich Nietzsche.
Tambm, alm apanhei no meu caminho a palavra super-homem e esta doutrina: o
homem uma coisa que precisa ser superada, disse Zaratustra, personagem fictcio
do filsofo Friederich Nietzsche.5 Neste mesmo livro ele desenvolveu outro conceito:
o da morte de Deus: Zaratustra, porm, ao ficar sozinho falou assim ao seu corao:
Ser possvel que este santo ancio ainda no ouviu no seu bosque que Deus j
morreu?.6
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Em outras palavras, o homem efetua sua prpria redeno. Nada mais velho na
histria das religies, nada mais de acordo com os rudimentos do mundo do que
isto. difcil para o homem, em seu orgulho, aceitar uma salvao que lhe seja dada
gratuitamente por Deus, que no dependa do esforo humano. J dizia Davi no Salmo
49.7,8: Ningum pode remir o seu irmo, ou dar a Deus o resgate por ele (pois a
redeno de sua alma carssima, e seus recursos se esgotariam antes) (ARC).
Embora possam variar os meios em que se baseiam, a auto-salvao caracterstica
que veste o corpo doutrinrio da maioria das seitas.
nossas vidas e almejamos pregar o evangelho a toda criatura. Tudo isso, no entanto,
no como meio de alcanar a salvao, mas como um resultado por j possu-la.
Esta a salvao de Deus: Porque pela graa sois salvos, por meio da f; e isto no
vem de vs, dom de Deus. No vem das obras, para que ningum se glorie (Ef
2.8,9). Somente o evangelho o poder de Deus para a salvao de todo aquele que
cr (Rm 1.16), somente ele proclama que o dom gratuito de Deus a vida eterna
(Rm 6.23). Por mais complexas e desenvolvidas que sejam as religies antigas e
novas, e por mais simples que seja a mensagem do evangelho, eles no conseguem
absorver este conceito.
Pecado
... essencial comear por no cometer mais faltas: no acumular mais culpas ou
dvidas [...] Entretanto, isto ser sob condio de no incorrer em novas faltas...8
No errar mais, no cometer novos pecados. esta a proposta da logosofia. Ser isto
possvel ao homem? Esta atitude simplista assumida por seu criador est muito longe
da sensata viso bblica a respeito da condio humana.
Embora nenhum livro exorte o homem perfeio e santidade tanto quanto a
Escritura, ela, no entanto, no deixa de admitir, j no Antigo Testamento, pelos lbios
do sbio rei Salomo, que no h homem que no peque (1Rs 8.46). A logosofia
coloca como condio de perdo para o homem o no pecar mais, o no errar,
algo que no passa de uma iluso. Entretanto, a Palavra de Deus tem um
posicionamento sobre perdo que, sem ocultar a culpabilidade do homem, revela o
nico meio possvel de remisso a confisso e a purificao por meio da morte
redentora de Cristo. Se dissermos que no temos pecado, enganamo-nos a ns
mesmos, e no h verdade em ns. Se confessarmos os nossos pecados, ele fiel e
justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustia. Se dissermos
que no pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra no est em ns. Meus
filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que no pequeis; e, se algum pecar, temos
um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele a propiciao pelos nossos
pecados, e no somente pelos nossos, mas tambm pelos de todo o mundo (1Jo 1.8
2.2).
71
Deus
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influxo da eterna Conscincia Universal e leva consigo, atravs dos tempos, o signo
csmico da existncia individual.9 (grifo do autor)
Novamente, nada mais faz a logosofia do que retornar ao conhecimento ou gnose
(conhecimento em grego) como meio de se conhecer o Deus verdadeiro. Desde os
primrdios do cristianismo, surgiram homens alegando que este conhecimento
especial, capaz de ser manifestado apenas em alguns poucos, era o caminho que
levava o homem a Deus. No h nada de novo nesta idia, que tem suas razes no
gnosticismo dos primeiros sculos da era Crist.
Mas, ao rejeitar o cristianismo, a logosofia rejeita a fonte do verdadeiro conhecimento
de Deus: Errais por no conhecer as Escrituras, nem o poder de Deus (Mt 22.29).
Sem Jesus no h verdadeiro conhecimento de Deus, no h vida eterna, no h
salvao: E a vida eterna esta: que te conheam, a ti s, por nico Deus
verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste (Jo 17.3).
Mediao
A logosofia tem expressado reiteradamente que no h outro intermedirio entre
Deus e o homem alm de seu prprio esprito, com quem deve vincular-se e a quem
deve oferecer a direo de sua vida.1 0 (grifo do autor)
Porque h um s Deus, e um s mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo
homem (1Tm 2.5).
Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ningum vem ao Pai, seno por mim (Jo
14.6).
A logosofia uma rejeio soberba aos caminhos de Deus. Porquanto, no
conhecendo a justia de Deus, e procurando estabelecer a sua prpria justia, no se
sujeitaram justia de Deus (Rm 10.3).
Mais uma vez o esforo humano, a auto-salvao, manifesta-se em rejeitar a
mediao de Cristo para a salvao da humanidade.
Expanso logosfica
72
Mas a logosofia no passa de apenas mais uma entre as inmeras correntes msticoesotricas com conceitos estranhos que se expandem por todo o ocidente. Os
conceitos judaico-cristos que por dois milnios cimentaram a cultura ocidental esto
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agora sendo minados em suas razes por um espiritualismo humanista que serve de
carona para toda sorte de doutrinas contrrias Palavra de Deus. Espiritualidade no
sinnimo de comunho com Deus. Fora do Filho no h vida espiritual: Quem tem o
Filho tem a vida; quem no tem o Filho de Deus no tem a vida (1Jo 5.12).
Referncias:
1 Jornal Logosofia no Brasil, Ano VIII, n 21.
2 www.logosofia.org.br
3 Revista de Logosofia, Ano 5, n 6.
4 Relativo aos smios: macacos. Designao geral dos supostos primatas atuais da
subordem do antropides.
5 Assim Falou Zaratustra, p. 154.
6 Ibid., p. 29.
7 Histria da filosofia, Will Durante.
8 www.logosofia.org.br
9 www.logosofia.org.br
10 www.logosofia.org.br
73
O que se pode dizer de sua vida e de suas obras, luz das Escrituras?
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74
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Mas Nostradamus nada teve em comum com esses profetas. Seus mtodos estavam
mais de acordo com os orculos pagos da Grcia e de Roma, ou com os bruxos da
Idade Mdia, ou mesmo com os atuais praticantes do espiritismo, do que com os
profetas de Deus. Essa distino vital!
pelos espritas, a partir de Allan Kardec, que usavam mesa de trs ps, mesmo de
madeira [...] Parece que esta declarao espontnea, ao comear as Centrias, indica
que ele praticava a magia [...] Sabe-se que este processo foi praticado pelos
sacerdotes assrios, caldeus, egpcios, persas, gregos e de outros povos.1
Diante disso, fcil perceber, mesmo por seus textos mais famosos, elementos
comuns s artes mgicas e ao ocultismo, como fogo, transe e fumaa de enxofre. Em
sua famosa carta ao seu filho Csar, h inmeras declaraes nas quais ele deixa
transparecer seu ocultismo. Num trecho desta ele diz: Certamente, meu filho, falo de
modo um tanto incompreensvel. Mas os fatos ligados a previses secretas,
transmitidos pelo esprito sutil do fogo, confundem, s vezes, o entendimento [...]
Todavia, uma vez por semana caio numa espcie de estado de transe. Por meio de
apurados clculos, limpo posteriormente minhas anotaes noturnas dos vapores de
enxofre, conferindo-lhes aroma agradvel.2
No novidade para nenhum bigrafo de Nostradamus que quando ele esteve em
Avinho (cidade do Sul da Frana), surgiu-lhe grande interesse por tudo o que se
referia ao ocultismo, pois a biblioteca daquele lugar possua muitos livros sobre o
assunto. Tambm sabido que quando morava na cidade de Salon o andar superior
de sua casa foi convertido em um estdio e, como ele mesmo narra em suas
profecias, fechava-se ali de noite com seus livros de ocultismo. Embora tenha
declarado haver queimado essas literaturas em ocasio posterior (o que prova que os
tinha e se utilizava deles), isso, provavelmente, foi uma manobra para despistar a
inquisio.
Mudando os termos
O ttulo de profeta, aplicado a Nostradamus, conferiu-lhe, com o passar dos sculos,
uma aura de santidade e credibilidade indevidas. Identificou-o erroneamente com os
profetas bblicos. Mas em verdade, se queremos ser bblicos, o ttulo correto a ser
aplicado a ele seria agoureiro, prognosticador ou feiticeiro, pois estes esto
mais de acordo com a natureza e as prticas de Michel de Notredame. Nostradamus
jamais empregou expresses tais como assim diz o Senhor. Longe de ser um
profeta, ele nada mais foi do que um adivinho ocultista.
Outra fama adquirida por Nostradamus e que precisa ser devidamente analisada est
ligada exatido de suas previses e do grande nmero de acertos. At que ponto
suas previses foram exatas? Quantas realmente podem ser comprovadas?
75
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Ambigidade
Um dos problemas que ocorria com as previses dos adivinhadores pagos sempre foi
as ambigidades, ou seja, os duplos sentidos que suas profecias apresentavam, de
modo que qualquer cumprimento se encaixava em suas palavras.
Um clebre exemplo histrico que envolveu o orculo de Delfos foi narrado por
Herdoto, considerado o pai da Histria. Ele conta que havia na cidade de Ldia um rei
muito rico, de nome Creso, que estava sendo atacado por Ciro, o persa. Como Ciro,
para chegar s suas terras, teria de atravessar um rio, Creso consultou o orculo para
saber se aguardava a travessia do rio para lhe dar combate ou se ele atravessava o
rio para ir ao encontro de Ciro. A resposta do orculo foi: Se tu atravessares o rio, um
grande reino cair. Confiante que derrubaria ento o reino da Prsia liderado por
Ciro, Creso atravessou o rio e lhe deu combate. Foi completamente vencido e
aprisionado e, de fato, um grande reino caiu o dele. A ambigidade est no fato de
que ambos os reinos eram grandes e, portanto, independente do resultado, o orculo
tinha assegurado seu acerto.
Comentaremos um exemplo de ambigidade nos textos de Nostradamus, em uma
anlise feita por um estudioso de suas profecias, referente guerra em Kososvo, em
1999.
O conflito que aconteceu na provncia de Kosovo, na Iugoslvia, foi interpretado por
muitos astrlogos e estudiosos das profecias de Nostradamus como o incio da guerra
prevista pelo francs, que em sua centria X, quadra 72, teria dito:
No ano de 1999, stimo ms
Do cu vir um grande rei de assustar
Ressuscita o grande rei de Angoulmois,
Antes depois Marte reina
pela felicidade.
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Veja s o que Fbio Arajo, criador do site profecias on-line, disse sobre a quadra 72
em 1999: A primeira linha clara e diz somente em julho de 1999. Entendo que a
expresso do cu vir pode ser entendida como um extraterrestre. Mas pode ser
tambm que esteja usando uma expresso para dizer que um rei de assustar ser
um rei bom, ou seja, ele vir do cu e no do inferno [...] A terceira linha diz:
Ressuscita o grande rei de Angoulmois, que designa, provavelmente, dois
personagens: o anticristo, vindo da sia, e o futuro salvador da Europa, que seria
descendente de Lus XVI, morto na guilhotina com sua esposa na Revoluo Francesa,
em 1792. Bem, o conflito na Iugoslvia comeou em maro deste ano (1999) e a
hiptese de uma guerra mundial j foi colocada em cena pelo presidente da Rssia,
Boris Yeltsin, que ameaou apontar msseis russos para os pases da Otan, a aliana
ocidental liderada pelos Estados Unidos que atacou a provncia de Kosovo. Seria este
o estopim da Terceira Guerra Mundial?.3
Como vemos pelas expresses pode ser, provavelmente, seria, etc., seus textos
podem oferecer diversas aplicaes. Seu relacionamento com a guerra de Kosovo
mostrou-se sem fundamento desde ento e, provavelmente, voltar a ser aplicado a
outro evento qualquer. E o pior, provavelmente ser crido por muitos.
Hermenutica duvidosa
Como sabemos, as centrias foram escritas em uma linguagem de cdigos, smbolos
e imagens. No h referncias diretas a acontecimentos futuros, mas para se chegar
a isto se faz necessrio uma interpretao, ou seja, uma hermenutica de seu texto.
Na teologia bblica foi desenvolvida, com o decorrer dos anos, uma hermenutica que
possibilitasse interpretar corretamente seu significado. Portanto, existem regras de
interpretao que devem ser obedecidas.
Com relao s profecias de Nostradamus isto no ocorre. Os que se propuseram a
interpretar seus escritos no possuem uma regra e criam vrias delas arbitrariamente
sem qualquer base segura. Desta forma, se torna fcil adaptar eventos histricos s
centrias, fazendo que estas signifiquem o que aconteceu. Como exemplo, tomemos
uma interpretao feita por um dos maiores estudantes das profecias de
Nostradamus, Jean-Charles de Fontbrune. Vejamos, a seguir, a traduo da centria
84 que, segundo Fontbrune, versa sobre o nascimento do anticristo na sia e sua
penetrao at a Frana:
Ele nascer da infelicidade e numa cidade incomensurvel (cidade chinesa ou
japonesa), filho de pais obscuros e prfidos; quando o poder do grande rei (da Frana)
for reconhecido, ele destruir (o Ocidente) at Rouen e Evreux.4
Na prpria traduo o autor j interpreta os textos, alterando-o segundo sua prpria
opinio. Por que a referida cidade incomensurvel tem de ser chinesa ou japonesa e
no outra qualquer? O que determina esse posicionamento? Por que o grande rei tem
de ser o da Frana? Por que a destruio se refere ao Ocidente?
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Cumprimento ps-fato
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centria dele. Mas quando algum fato marcante aconteceu, ou durante algum estudo
da histria, foi dito: Nostradamus j havia predito isto em tal e tal lugar. Vejamos o
exemplo da execuo de Maria Antonieta (rainha da Frana, esposa de Lus XVI), na
Sextilha 55:
Ante o povo, pouco depois a rainha ser guilhotinada e sua alma subir ao cu. Ser
lamentada por muitos. Seus parentes ficaro aflitos: as lgrimas e suspiros de sua
filha. Deixar de luto seus dois (cunhados).
Mas o texto original em francs no diz guilhotinada, at porque esta ainda no tinha
sido inventada no tempo de Nostradamus. Diz apenas que sua alma foi para o cu e
seu corpo para a lama. A expresso cunhados, que aparece entre parnteses na
traduo, foi apenas uma tentativa de adaptar a suposta profecia ao suposto
cumprimento.
Uso arbitrrio dos textos
Um exemplo muito curioso est relacionado ao perodo hitlerista (Hitler). Goebbels, o
ministro de comunicao do terceiro Reich (perodo nazista), responsvel por toda a
propaganda nazista, utilizou-se freqentemente de Nostradamus. Ele escreveu em
seu dirio, em 1942: Foi traado um plano, mostrando como podemos obter ajuda do
ocultismo em nossa propaganda. Estamos realmente fazendo progressos [...]
Portanto, estamos contratando os servios de todos os peritos que podemos
encontrar em ocultismo, profecias, etc. Nostradamus ter, novamente, de conformarse em ser citado.6
Ele (Goebbells) se apropriou de uma suposta profecia da centria 3, quadra 8, que
parecia indicar uma derrota total da Frana, para incentivar seus soldados de que a
vitria j estava garantida. Quando ele comeou a campanha contra a Frana,
Nostradamus estava em todas as bocas. At nos EUA se ouvia dizer: Ele predisse
tudo. Mas, em seguida, houve tanta confuso e o fim foi a derrota total de Hitler e de
sua Alemanha.
Podemos ento perceber como fcil interpretar Nostradamus para qualquer
propsito.
Uma breve comparao com a exatido das profecias bblicas j o suficiente para
perceber a diferena entre esta e as centrias de Nostradamus. Embora tenha sua
linguagem prpria e sua prpria hermenutica, alguns fatores devem ser levados em
considerao:
Existem cerca de trezentas profecias que se cumpriram literalmente na vida de Jesus,
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A profecia bblica
como o Messias de Israel. Entre essas predies, muitas delas envolviam lugares e
acontecimentos exatos, como a cidade onde nasceu, a forma como falou, a forma
como morreu e o resultado de sua obra. No h nada escondido, no necessrio
tecer conjeturas e suposies arbitrrias para interpret-las. Tudo muito claro! Um
especialista em probabilidade, Peter Stoner, em seu livro A cincia fala, calculou que
a chance de um homem que tenha vivido at hoje cumprir somente oito das mais de
trezentas profecias messinicas de 1 para 1017.
Existem profecias no Antigo Testamento sobre cidades como Nnive, Babilnia, Tiro,
Petra, etc, que tiveram cumprimento literal. Tomando somente uma das cidades para
exemplo, temos que a probabilidade de se cumprirem todas as predies acerca de
Tiro de 1 para 75.000.000. Isso prova que s Deus conhece infalivelmente o futuro.
Profecias sobre o retorno e o renascimento de Israel Palestina (Is 66.8), que se
encontram em toda a Escritura, so um cumprimento histrico significativo, muito
superior s supostas previses do adivinho francs, e esto diante dos olhos do
mundo inteiro.
Mas se isso tudo assim, por que ento as pessoas no se voltam para as profecias
bblicas? Por que preferem ficar a merc do subjetivismo e manipulao das
centrias? Por que se predispem a crer num agoureiro, considerado por alguns
estudiosos do assunto como o profeta da moda? Cremos que possvel encontrar
nas palavras do apstolo Paulo pelo menos um indcio disso: O deus deste sculo
cegou os entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do
evangelho da glria de Cristo, que a imagem de Deus (2Co 4.4).
Notas:
1 O pensamento vivo de Nostradamus, coordenao de Martin Claret, Editora Martins
Claret, p. 68,70.
2 Ibid., p. 14,19.
3 http://www.fenomeno.trix.net/fenomeno_inexplicavel 1 textosprofecia.htm
4 Nostradamus historiador e profeta, Jean-Charles Fontbrune, Crculo do Livro, 1980,
p. 519.
5 Adaptado do site http://www.abdias.jor.br/ desamores.html
6 Doutor Goebbels, Roger Manvell e Heintich Fraenkel. Record, 1960, p. 203.
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80
A astrologia tem sido um sistema de arte divinatria que tem influenciado a conduta
da humanidade por milnios. Mas nem sua antiguidade nem sua popularidade podem
torn-la veraz. No h respostas satisfatrias para muitas perguntas concretas sobre
este assunto. H muitos motivos pelos quais no podemos crer na astrologia. Se a sua
popularidade puder comprovar alguma coisa, ento existem muitos outros absurdos
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Ainda vale a pena mencionar a declarao de I.W. Kelly, em seu livro Astrologia
moderna: uma crtica. Ele no deixa dvidas quanto vaidade (futilidade) da
astrologia e quanto aos verdadeiros elementos por trs dessa prtica: A astrologia,
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E, por fim, eles tiveram destinos bem diferentes, que no foi determinado de forma
alguma pelo dia ou ano de seu nascimento, visto serem praticamente idnticos. Suas
vidas foram um resultado de suas decises e da ao de Deus nelas. Foram as
bnos de Deus ou a ausncia das mesmas que causaram os respectivos resultados.
Nada no espao interferiu nas vidas de Esa e Jac e em seus destinos.
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a sofrer algo ou mesmo a obter algo. Este pensamento fatalista deveras ruim para a
vida do homem sobre a terra.
Porque o sustentculo da astrologia o comrcio, no a verdade
Porque o amor ao dinheiro a raiz de toda a espcie de males, escreveu o apstolo
Paulo ao seu discpulo Timteo (1Tm 6.10). E, na verdade, muitos tipos de erros e
enganos so sustentados pelo mercado, independente de sua veracidade. As
mquinas de propaganda constantemente fazem as pessoas comprarem um produto
que no precisam por um preo que no podem pagar. Esta a sua misso.
Com a astrologia no diferente. Sua popularidade no proporcional sua utilidade
ou veracidade, mas publicidade que a promove e ao lucro que resulta disso. A ajuda
que ela oferece s pessoas, seja psicolgica ou real, zero. As bases para suas
afirmaes so excessivamente frgeis. As pessoas que lem e consultam horscopos
e astrlogos dificilmente encontram apoio slido para suas decises. Algum j disse:
A falcia que me alegra prefervel verdade que me entristea. As pessoas
preferem ser consoladas pela iluso a ser confrontadas com a realidade. Mas os
valores movimentados por este segmento so altos o suficiente para mant-lo vivo.
Existe uma mirade de publicaes peridicas especializadas no assunto. Sem falar
que todo jornal ou revista que se preze, independente do assunto que aborde, traz
sua seo de astrologia. Isto quando no vemos os mais diversos assuntos abordados
de um ponto de vista astrolgico. Alm disso, h livros, cursos e outros materiais, o
que faz que o ramo se profissionalize cada vez mais. O preo de um mapa astral
atualmente varia em torno de R$ 30,00 a R$ 600,00, aproximadamente. E a procura
cresce a cada dia.
Embora qualquer pessoa sria perceba o engano por trs dessa crena, a aura de
misticismo que a envolve, aliada a uma propaganda macia, transforma fumaa em
castelos sobre a rocha. Acaba se tornando um hobby, um hbito que ser praticado
mesmo sem convico, quase automaticamente. J dizia Goebbels, chefe do
Departamento de Propaganda de Hitler, que vinte e cinco mentiras valem por uma
verdade. A mxima no pronunciada de que se popular, ento verdadeiro
que prevalece.
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Basta ler alguns dos horscopos que circulam nos peridicos, mesmo nos
especializados, para perceber que no passam de conselhos e possibilidades que se
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encaixam com qualquer pessoa, em qualquer lugar sobre a terra. Nada h de exato e
extraordinrio. Mas no cessaro. A mquina econmica muito lucrativa para que a
deixem morrer.
Porque as afirmaes da astrologia so arbitrrias
Por exemplo, Roy Gillet, presidente de uma das maiores associaes de astrlogos do
Reino Unido, fez a seguinte observao poltica sobre W. Bush, presidente dos EUA, e
Tony Blair, primeiro-ministro ingls: Descobri que o Blair tem a Lua em Aqurio, coisa
de gente muito fechada, auto-suficiente. Ele e o Bush tm o Sol em Cncer, por isso
so to amigos e no do satisfao a ningum. Fazem sempre o contrrio do que o
mundo inteiro espera deles.
Por que ter a Lua em Aqurio faz algum ser fechado? No poderia fazer a pessoa
ser concentrada, ou analtica, ou extrovertida, ou alegre, por exemplo? Por que o fato
de ambos terem o Sol em Cncer os faz amigos? De onde vem o conhecimento de
que tal posio dos astros indica tal atitude nas pessoas? algum tipo de lei da
natureza? So leis universais aceitas por todos os astrlogos de todas as pocas em
todos os lugares? Essas leis podem ser comprovadas? Ou so meros produtos da
opinio dos astrlogos?
As leis astronmicas foram descobertas pelos astrnomos. As leis astrolgicas foram
inventadas pelos astrlogos. No existem lgicas em suas dedues. No existem
princpios que possam ser extrados e aplicados infalivelmente em qualquer tempo e
lugar. Tudo o que dito a respeito de uma interpretao astrolgica dito
arbitrariamente, segundo a criatividade e opinio do astrlogo. O significado dos
astros no extrado por algum processo lgico, mas, sim, atribudo pelos astrlogos
conforme a fertilidade de sua imaginao.
Porque a astrologia est ligada ao paganismo
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Os nomes dos planetas: Vnus, Marte, Saturno, Pluto, no foram escolhidos por
acaso. Eram os nomes dos deuses do panteo greco-romano. Todavia, mais do que
nomes, os gregos e os romanos consideravam os astros como deuses. Vemos esta
associao com a explicao fornecida por uma astrloga referente ao planeta Marte:
Do que a astrologia capaz, afinal? Segundo Celisa Beranger, a astrologia um
saber simblico: faz associaes entre movimentos celestes e eventos terrestres, e as
interpreta como quer. Um exemplo: Qual o significado quando Marte se aproxima
da Terra?. Ele tem um significado: Marte o deus da guerra. A sua analogia de
beligerncia ou de belicosidade, explica Celisa.
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Caso de um acaso bem marcado em cartas de tar. Meu amor, o nosso amor estava
escrito nas estrelas, tava sim.... Era a msica de uma cantora pop da dcada de 80.
fcil perceber o quanto a astrologia est prxima de outros tipos de magia e
ocultismo. O perfil do astrlogo no se harmoniza, em ponto algum, com o do
pesquisador, do astrnomo ou do cientista. Ele no um pensador, nem um filsofo.
Na verdade, um vidente, um tarlogo, um bruxo, um quiromante, ou algo
parecido. Quem lida com astrologia lida com os poderes do oculto e no com as
evidncias da cincia ou da sabedoria. Negar isto tolice.
mais a ver com a mediunidade do que com a preciso cientfica. Longe de ser uma
cincia exata, a astrologia no passa de uma arte de adivinhao to condenada pela
Bblia como as demais.
A astrologia irm gmea da magia. Em seu livro sobre magia moderna (wicca),
Eddie Van Feu afirma: Todos os rituais devem seguir uma tabela planetria para uma
melhor eficcia.... Segundo ela, voc precisa saber quais influncias cada planeta
exerce e consultar as horas e os dias de acordo com seu ritual ou encantamento. Lua
cheia, solstcios, influncia dos planetas (cada astro exerce uma influncia especfica),
so elementos comuns bruxaria.
Porque a Bblia condena todo tipo de adivinhao e ocultismo
A astrologia, em sua forma tradicional, um mtodo de adivinhao baseado na
teoria de que as posies e movimentos dos corpos celestes (estrelas, planetas, Sol e
Lua), no momento do nascimento, influenciam profundamente a vida da pessoa. Na
sua forma psicolgica, a astrologia um tipo de terapia da Nova Era, usada para a
autocompreenso e anlise da personalidade.
Tem sido a porta de entrada mais comum para outros tipos de ocultismo. Embora em
sua comercializao assuma, muitas vezes, um carter inocente, quase como que de
uma brincadeira popular, quando, porm, proferida e utilizada por verdadeiros
astrlogos, torna-se to nociva espiritualmente quanto as outras formas de
adivinhao.
Quem deseja, pois, se afastar de todo tipo de prticas proibidas deve tambm se
afastar da astrologia, ainda que apresente aparncia de inocncia. Quando entrares
na terra que o SENHOR teu Deus te der, no aprenders a fazer conforme as
abominaes daquelas naes. Entre ti no se achar quem faa passar pelo fogo a
seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem
feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um esprito adivinhador, nem
mgico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa
abominao ao SENHOR; e por estas abominaes o SENHOR teu Deus os lana fora
de diante de ti (Dt 18.9-12).
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Por este motivo, o profeta Isaas, ao proferir seu juzo contra a idlatra Babilnia,
tambm no pde deixar de profetizar contra seus agoureiros dos cus, aqueles
que se diziam capazes de predizer o futuro por meio das estrelas: Deixa-te estar com
os teus encantamentos, e com a multido das tuas feitiarias, em que trabalhaste
desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou se porventura te podes
fortalecer. Cansaste-te na multido dos teus conselhos; levantem-se pois agora os
agoureiros dos cus, os que contemplavam os astros, os prognosticadores das luas
novas, e salvem-te do que h de vir sobre ti. Eis que sero como a pragana, o fogo os
queimar; no podero salvar a sua vida do poder das chamas; no haver brasas,
para se aquentar, nem fogo para se assentar junto dele. Assim sero para contigo
aqueles com quem trabalhaste, os teus negociantes desde a tua mocidade; cada qual
ir vagueando pelo seu caminho; ningum te salvar (Is 47.12-15; grifo nosso).
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Pode tambm fazer como o rei Davi e perceber a bondade de Deus e a pequenez do
ser humano diante da grandeza do Universo:
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Se h algo para o homem entender quando olha para as estrelas, com certeza no
seu temperamento nem seu futuro. Mas pode olhar para o cu e reconhecer um
pouco da glria e do poder de Deus: Os cus declaram a glria de Deus e o
firmamento anuncia a obra das suas mos (Sl 19.1). Porquanto o que de Deus se
pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas
coisas invisveis, desde a criao do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua
divindade, se entendem, e claramente se vem pelas coisas que esto criadas (Rm
1.19,20).
Quando vejo os teus cus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste;
que o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o
visites? pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glria e de honra o coroaste.
Fazes com que ele tenha domnio sobre as obras das tuas mos; tudo puseste
debaixo de seus ps: todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo, as
aves dos cus, e os peixes do mar, e tudo o que passa pelas veredas dos mares.
SENHOR, Senhor nosso, quo admirvel o teu nome sobre toda a terra! (Sl 8.3-9).
Glria ao Deus que sobre todas as coisas!
Mapa astral - Aspectos Planetrios
Os astrlogos acreditam que os traos de personalidade e a direo da vida de um
indivduo so revelados pela posio das estrelas e dos planetas por ocasio do seu
nascimento. Para interpretar possibilidades e ver como poderiam ser desenvolvidos
certos potenciais, os astrlogos seguem o mapa astral.
Elaborar um mapa completo um processo complicado que exige consulta a diversas
fontes. Tais clculos s podem ser dominados com instruo, pacincia e prtica.
De acordo com a tradio, pede-se para um astrlogo experiente traar este mapa.
Em geral, este cobra uma taxa que inclui uma interpretao do mapa e os conselhos
aos respectivos conflitos descobertos.
Um dos aspectos mais poderosos que podem aparecer em um mapa so a oposio, a
quadratura, a conjuno e o trgono. Para interpret-los, leva-se em considerao a
natureza dos planetas envolvidos. Abaixo, voc encontra os exemplos pela posio
em Marte e Saturno. Veja:
Oposio
Este aspecto de quadratura revela um conflito entre Marte na quarta casa, que
governa a infncia, e Saturno representa a autoridade e a disciplina, alm da
paternidade e do relacionamento com o pai. Para os astrlogos, esse aspecto assinala
o conflito de algum com o pai, bem como com outras figuras de autoridade.
Conjuno
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Quadratura
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Neste aspecto, que se costuma interpretar como sinal de luta interna, os planetas
Marte e Saturno aparecem na quinta casa, que se julga reger a criatividade. Neste
caso, Marte, que representa o desejo e as coisas fsicas, est em luta com Saturno,
smbolo da disciplina; segundo a interpretao de um astrlogo, esta conjuno
poderia significar uma luta contra a letargia ou a dificuldade em impor disciplina a
uma energia fsica.
Trgono
Marte na stima casa, que se supe ser regente das relaes e parcerias ntimas, seta
separado por 120 graus de Saturno na casa 11, que se supe descrever tanto a
interao social quanto a criativa. Esse aspecto, dizem os astrlogos, cria uma
atmosfera na qual parcerias energticas resultam em contribuies sociais
responsveis.
Glifos planetrios
No mapa natal, cada planeta, o Sol e a Lua so representados por um smbolo, ou
glifo. Os planetas retrgrados aqueles que, vistos da Terra, parecem estar andando
para trs so anotados com um smbolo especial, assim como os nodos Norte e Sul
da Lua, pontos em que a rbita mensal da Lua cruza a eclptica.
Notas:
COSTA, Jefferson Magno. Porque Deus condena o espiritismo. CPAD, 1987.
VAN FEU, Eddie. Wicca.Editora Escala, 2003.
Enciclopdia Britnica. Verbete Astrologia Vol 2, Edio de 1967.
Revista Superinteressante, n 10, ano 2, out/1988.
KELLY, I.W. Modern Astrology: a critique, p. 931.
http://www.cetico.hpg.ig.com.br/astrologia.html.
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Significa fazer que o homem amplie sua viso em relao ao habitat em que vive.
Em simples palavras, significa sair do seu egocentrismo, depois de sua cidade, depois
do seu estado, depois de seu pas, depois de seu planeta, depois de todos os planetas
e assim por diante, at descobrir que ele uno e todo ao mesmo tempo, e que dentro
dele brilha a mesma centelha divina que tambm est presente numa bactria do
mais longnquo planeta imaginvel.
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Quando lemos a respeito de conceitos como os expostos, logo nos lembramos que
este grupo admite um princpio religioso conhecido como pantesmo, ensino prprio
das religies orientais, como o budismo, o hindusmo, o taosmo, entre outros. Este
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Pode-se afirmar que a Pr-Vida mais uma entidade que integra o conceito do
Movimento Nova Era. Que conceito este? Administrar melhor a mente do indivduo a
fim de alcanar, pelo desenvolvimento da mente, sua prpria divindade, tornando-se
Um com o Todo. A Nova Era propaga que Jesus nos ensinou a usarmos o que hoje a
Cincia da Mente reconhece que uma lei infalvel e universal: o que voc pede, o
que voc pensa e deseja, o que voc mentaliza, acontece, porque o subconsciente
acionado para executar. No mago do subconsciente est o Pai, o eu superiror.2
ensino admite que tudo Deus e porque tudo Deus, ento Deus, como um ser
pessoal espiritual, no existe. Para este conceito, a identidade Pr-Vida d uma nova
nomenclatura: integrao csmica. Nos outros movimentos ocultistas, a expresso
conscincia csmica.
Segundo o dr. Celso, integrao csmica sair do egocentrismo [...] at nos
unirmos no Deus Uno e Todo.
A orao do Pai-nosso
Ao ensinar a orao do Pai-nosso, Jesus incluiu uma splica que deveria ser repetida
todas as vezes que ela fosse feita: ... seja feita a tua vontade, assim na terra como
no cu (Mt 6.10).
Ao contrrio da orao-modelo recomendada por Jesus seja feita a tua vontade,
assim na terra como no cu houve algum num passado longnquo que fez uma
orao diferente, dentro dos moldes a que se prope a Pr-Vida com seus cursos de
desenvolvimento mental, sugestionando o conceito de nos unirmos no Deus Uno e
Todo. A pessoa em questo foi Lcifer, o lder dos coros celestiais. A sua orao est
dita nos seguintes termos: Eu subirei ao cu, acima das estrelas de Deus exaltarei o
meu trono, e no monte da congregao me assentarei, ao lado do norte. Subirei sobre
as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altssimo (Is 14.13,14).
A vontade de Deus j no era mais importante para Lcifer. Ele tinha decidido fazer
a sua prpria vontade. E, com um tero das hostes angelicais, ele lanou a sua
rebelio. Foi um esforo abortado porque Deus reagiu rapidamente. As legies de
anjos que acompanharam Lcifer foram lanadas fora do cu como estrelas cadentes.
O domnio de Lcifer foi imediatamente reduzido do estado celestial para um posto
distante do universo chamado terra. O seu esprito de anarquia contra-explodiu da
maneira mais terrvel. No entanto, Lcifer, agora Satans, no admitiria derrota ou
erro. Ento comeou a procurar outras vtimas as quais pudesse enganar para fazer o
seu trabalho, como ele tinha feito com os anjos mpios. Seus olhos caram sobre Eva
e, imediatamente, ps as mos obra.
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A frase de Satans ainda no mudou: assim que Deus disse?. Sempre lanando
dvidas sobre a autoridade da Palavra de Deus. Deus tinha dado ordens especficas a
Ado e Eva para que no comessem do fruto da rvore do conhecimento do bem e do
mal, pois, caso o fizessem, certamente morreriam. Satans lanou a idia de que
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Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimrias do campo que o SENHOR
Deus tinha feito. E esta disse mulher: assim que Deus disse: No comereis de toda
a rvore do jardim? E disse a mulher serpente: Do fruto das rvores do jardim
comeremos, mas do fruto da rvore que est no meio do jardim, disse Deus: No
comereis dele, nem nele tocareis para que no morrais. Ento a serpente disse
mulher: Certamente no morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele
comerdes se abriro os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal
(Gn 3.1-5).
Em outras palavras, alcanar a paz por caminhos diferentes dos apontados na Bblia.
Alcanar a Verdade, alcanar a Justia, alcanar a Liberdade que levar o homem
almejada Paz, por outros caminhos, como desenvolvimento por meio de cursos
mentais, procurar algo em vo. Jesus declarou os meios pelos quais esta verdadeira
paz poderia ser alcanada: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; no vo-la dou
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Cursos ministrados
Nas agendas das atividades fsicas e mentais marcadas para cada ms encontram-se
as programaes com as seguintes atividades: Torneio Robin Hood de Arco e Flecha,
Clarividncia, Ginstica Aerbica, Vlei, Telepatia, Psicometria, Xadrez para iniciantes,
Feiras de Mitologia, Radiestesia, entre outras.
Ainda, como parte das festividades, programam o dia da Assemblia Central Geral do
Dzimo no Clube de Campo Pr-Vida. Existe tambm o Corpo de Baile da Pr-Vida.
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pessoa.
Radiestesia: trata-se da prtica de procurar a localizao de objetos ocultos por meio
das varas de adivinhao, dos pndulos. aplicada tambm em outros campos
(prospeco mineral).
Feiras de Mitologia: ocasio em que certos objetos ligados mitologia so expostos
venda. Destacam-se incensos, perfumes, talisms e amuletos de uso universal como:
figa, ferradura, trevo de quatro folhas, elefante em estatueta, forca, corcunda,
pomba, cobra mordendo a cauda, gato preto, sino, entre outros.
Proibio divina
Consideradas luz do ensino bblico, no vemos como possamos criticar qualquer
exerccio fsico que vise o bem do corpo: Porque o exerccio corporal para pouco
aproveita, mas a piedade para tudo proveitosa, tendo a promessa da vida presente
e da que h de vir (1Tm 4.8). Contudo, outros exerccios que envolvem a mente em
prticas ocultistas so contrrios aos ensinos bblicos:
A feiticeira no deixars viver (x 22.18).
No agourareis nem adivinhareis (Lv 19.26).
Quando algum se virar para os adivinhadores e encantadores, para se prostituir
com eles, eu porei a minha face contra ele, e o extirparei do meio do seu povo.
Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um esprito de necromancia ou
esprito de adivinhao, certamente morrer; sero apedrejados; o seu sangue ser
sobre eles (Lv 20.6,27).
Entre ti no se achar [...] nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro,
nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um esprito adivinhador, nem
mgico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa
abominao ao SENHOR; e por estas abominaes o SENHOR teu Deus os lana fora
de diante de ti (Dt 18.10-12).
Porta que leva perdio
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Como convite irrecusvel para os que se interessam pelo seu curso, a Pr-Vida
oferece: O MUNDO BEM MELHOR J UMA REALIDADE PARA OS QUE
ATRAVESSARAM A PORTA PR-VIDA.3
Jesus afirmou: Eu sou a porta; se algum entrar por mim, salvar-se-, e entrar, e
sair, e achar pastagens (Jo 10.9).
A entrada pela porta larga a que conduz perdio (Mt 7.13,14).
Fiquemos atentos!
Notas:
1 Circular 69, outubro de 1986.
2 Lauro Trevisan. Os Poderes de Jesus Cristo, p. 234.
3 Circular n 70, de novembro de 1986.
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mundo, com sucesso, o primeiro clone humano, uma menina, nascida de cesariana,
chamada Eva, cpia idntica de sua me, uma americana de 31 anos. O fato curioso
que a empresa mantm laos estreitos com um movimento extico conhecido como
Religio raeliana.
Nossas pesquisas revelaram tratar-se de um grupo totalmente fantasioso. Ao
conhecer o teor doutrinrio do movimento raeliano possvel equipar-lo s
fantsticas histrias cientficas de Julio Verne1. S que no caso de Verne as fantasias
no passam de fantasias e, portanto, no so acreditadas por uma legio de adeptos.
Segundo ensina esse grupo, Jesus Cristo meio-irmo de seu fundador e sua
humanidade fruto de experincias aliengenas realizadas h 25 mil anos, entre
outros contra-sensos. Como se essas estranhas doutrinas no fossem suficientes, o
movimento tem gerado ainda grande ceticismo e indignao entre os governos e as
comunidades mdicas e cientficas de todo o mundo com sua controvertida
declarao.
Dado a repercusso do fato, aprouve-nos pesquisar as origens e os fundamentos
doutrinrios desse grupo que, com muita rapidez, se tornou conhecido mundialmente.
Como tudo comeou
O ttulo da seita uma derivao do nome de seu fundador, o francs Claude
Vorilhon, autodenominado Rael, ex-jornalista e ex-piloto automobilstico.
Segundo Rael, tudo comeou no dia 13 de dezembro de 1973, quando ele foi
supostamente visitado por um ET, que se apresentou com o nome de Yahv Elohim
(dois nomes hebraicos de Deus utilizados na Bblia hebraica). O fato ocorreu na cidade
de Auvergne, regio central da Frana.
Rael explica que a palavra Deus uma traduo malfeita do termo Elohim, que
significaria aqueles que vm do cu. Esse ser seria o presidente dos Elohim, seres
divinos subalternos que, em seu primeiro contato, teriam raptado Rael e o
transformado em um Messias. Na ocasio, esses seres lhe forneceram as origens
remotas da criao e de todas as suas religies. Um detalhe importante, segundo
Rael, a mensagem dos ETs foi transmitida, impecavelmente, no idioma francs.
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Mas a utopia de Rael continua, pois o principal motivo da escolha ainda no teria sido
esse. Os Elohim no queriam ser ocultados pelos governos, permanecer no
anonimato, o que fatalmente ocorreria caso se revelassem sem um planejamento, por
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Rael conta que, por ser uma pessoa normal e humilde, no havia entendido o
motivo de ter sido escolhido pelos Elohim, pois achava que eles deveriam ter
procurado as potncias do nosso mundo para estabelecer seus propsitos. Mas os
Elohim contestaram e afirmaram que existia uma imensa discrdia entre eles e as
nossas organizaes polticas, morais, religiosas e filosficas, sendo assim impossvel
um contato amistoso com as nossas lideranas sem um mediador.
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Os pais do espao
No bastasse a crena absurda em aliengenas, os raelianos ainda ensinam que
somos criao de tais seres. Segundo Rael, o que ele chama de os pais do espao
estiveram, h 25 mil anos, em nosso planeta e criaram a nossa raa por meio de
avanadas tcnicas de clonagem. O tempo passou e os nossos antepassados
comearam a desenvolver as diversas religies que hoje conhecemos, acabando por
mistificar os pais do espao, chamando-os de deuses.
O fundador da seita chega a ponto de descrever os criadores da raa humana e,
para nossa surpresa, desta vez, sua imaginao no foi nada original. Rael diz ter
presenciado, no interior de um vulco inativo, prximo a Clermont Ferrand, no centro
da Frana, a apario de um vni de sete metros de dimetro, feito de metal
brilhante, totalmente silencioso. Os ETs vistos por ele eram como os marcianos dos
desenhos animados, seres de baixa estatura, aproximadamente 1,20m de altura, cor
de pele verde-oliva, olho estreito, boca pequena, habitando num planeta distante trs
anos-luz3 da Terra. Essa concepo sobre os ETs pode ser conferida na capa de seu
livro A mensagem transmitida pelos extraterrestres.
A evoluo dos tais deuses to distante da nossa que Rael arrisca ilustr-la por meio
de uma comparao, afirmando que a clonagem entre eles algo ordinrio, comum.
Para eles, clonar um ser humano to simples quanto para ns gravarmos um CD.
A posio bblica sobre os aliengenas
A idia de que a raa humana fruto de uma criao aliengena remonta a 1935,
quando Erick Von Daniken lanou seu livro Erinnerungen na Die Zukunft, em
portugus: Eram os deuses astronautas? A repercusso foi intensa e, desde ento, os
adeptos da ufologia no pararam de crescer. Desde que surgiram os primeiros
testemunhos de contatos com esses seres at os dias de hoje, quase nada pde ser
provado. Geralmente, as fraudes fotogrficas e testemunhais do conta de responder
ao fenmeno.
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ponto de vista de modo muito interessante: Deus nos informou acerca de detalhes
muito exatos do futuro (por exemplo, acerca da volta de Jesus, detalhes acerca do fim
deste mundo, como em Mateus 24 ou no livro de Apocalipse). Um dia o Universo ser
enrolado como um pergaminho envelhecido (Is 34.4; Ap 6.14). Com isso, se Deus
tivesse criado seres viventes em outro lugar, Ele automaticamente destruiria a
morada deles.
Liech continua: Outro raciocnio que leva mesma concluso: se conhecemos a
finalidade das estrelas, temos em mos a chave bblica para respondermos s
questes concernentes aos assim chamados extraterrestres. Com base em Gnesis
1.14,15, as estrelas so, portanto, orientadas e planejadas para a terra, ou, para ser
mais exato, para as pessoas que vivem na terra.
Alm do equvoco de crer em extraterrestres, o grupo raeliano atribui a eles a
faanha indita de clonagem dos seres humanos. Levando em conta o contexto
mstico que se esconde por trs dessa crena, no foi difcil entender a desconfiana e
o ceticismo que causaram no mundo todo.
Veja em nosso site a matria: vnis: esto os seres humanos sozinhos no universo?
Uma fbrica de clonar
Os membros da seita fundaram, em 1997, a empresa Clonaid, nas Bahamas, com o
objetivo de fornecer servios de clonagem. Segundo atesta a religio raeliana, este
o artifcio dos ETs para assegurar a eternidade da raa humana, a soluo para todas
as doenas. Rael considera isso um grande bem proporcionado pelos aliengenas, mas
no tem pressa, pois est convicto de que, por ser um profeta, os Elohim j lhe
garantiram o privilgio de ser clonado quando morrer.
O preo do servio est estipulado em 200 mil dlares, cerca de 700 mil reais, e, com
o tempo, querem abater o valor para 175 mil reais. Mas no s isso. Afirmam
oferecer ainda uma diversidade de servios como: preservao de tecidos para futura
clonagem e clonagem de animais de estimao.
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Fabricantes de deuses
Comissionados pelos Elohim, os raelianos pretendem construir laboratrios e
universidades por todo o mundo. Acreditam que os aliengenas prestariam suporte ao
nosso avano tecnolgico e, com isso, nos igualaramos ao nvel cientfico deles. Para
obtermos semelhante capacidade, teramos de ultrapassar a etapa do crescimento
acelerado, ou seja, clonar, em poucos minutos, sem a necessidade da permanncia
de nove meses no ventre materno. O projeto se estende a outras etapas, mais
fictcias ainda, como, por exemplo, transferir informao mental (da memria e da
personalidade) de um indivduo envelhecido para um novo indivduo, um clone adulto
fisicamente jovem. Essa transferncia de memria a um jovem adulto determinaria a
vida de um mesmo indivduo indefinidamente, seria o segredo para a vida eterna.
Quando uma pessoa clonada, cada vez que morre, e ao transferir sua memria e
personalidade a um corpo novo, ela vive eternamente em vrios corpos, explica
Rael. Seria uma espcie de reencarnao, o incio da vida em um corpo jovem. Outro
absurdo.
Rael comenta sobre as conseqncias de tamanho avano no mbito legal: As leis
humanas tero de se adaptar s nossas mudanas de cultura e aos avanos
tecnolgicos em incremento [...] Ainda passaro numerosos dias antes que tal coisa
acontea, mas novas leis tm de ser promulgadas para definir os critrios segundo os
quais poderemos nos beneficiar desta tecnologia. Aqui como no planeta dos Elohim, o
nmero de clones dever ser limitado a um para cada indivduo - e unicamente depois
da sua morte.
Aps alcanarmos hilariante evoluo, seria possvel humanidade visitar outros
planetas e criar vidas ao seu bel-prazer, transformando-se ento em Elohim para os
seres criados, isto , seriam deuses para suas criaturas e estas, por sua vez, se
evoluiriam e tornar-se-iam semelhantes aos criadores.
A Bblia condena a clonagem?
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Os cientistas esto brincando de deuses! Esta sempre foi uma afirmao bastante
repetida no meio religioso em relao questo. Entretanto, essa posio esbarra em
fatores relevantes. Um deles o fato de Deus ter nos criado com imenso potencial, do
qual no utilizamos nem a metade de sua capacidade. Por que Deus nos criaria com
tamanha potencialidade se no fosse para empreg-la? Explorar essa capacidade e
alcanar resultados brincar de ser Deus? O que Deus quis dizer quando confiou ao
homem o domnio pleno de sua criao? (Gn 1.26). De fato, no h quaisquer
advertncias quanto a esse domnio, exceto o fato de que devemos observar o
mandamento do Senhor, amando nosso prximo como a ns mesmos e ao Senhor
com todo o nosso corao, alma, fora e entendimento (Lc 10.27).
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Como toda religio, os raelianos advogam sua razo de existir. Para levarem a efeito
sua misso, a odissia raeliana depende de uma mobilizao que s pode ser
adquirida pela participao em seus eventos e seminrios.
2. Edificar uma embaixada: os Elohim tm pedido a Rael para edificar uma embaixada
onde se encontraro com os nossos chefes polticos e cientficos (extraterrestres) que
nos transmitiro sua sabedoria e tecnologia. O local da embaixada deve ser neutro e
internacionalmente reconhecido. Ter a proteo e a imunidade diplomtica com o
objetivo de beneficiar todos os Estados.
3. Ignorar o passado e orientar a humanidade rumo ao futuro, com valores de amor,
de paz, de liberdade, de individualidade, de prazer e de realizao. Declaram que
necessrio que a humanidade desenvolva seu relacionamento em busca da paz, isso
seria uma condicional para que os pais do espao visitem a embaixada sem
ocasionar temor, hostilidade e fanatismo religioso.
4. Constituir um governo mundial e uma moeda nica, com o fim de eliminar a fome,
doenas e sofrimentos e estabelecer, enfim, um mundo de realizao e de lazeres
ativos para os quais a raa humana fora concebida.
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A concretizao desta misso seria o incio de uma nova era, marcada pelo
desaparecimento de todas as religies primitivas, incluindo o cristianismo. Somos os
seres humanos de hoje, usando a tecnologia de amanh, com religies e
pensamentos de ontem, diz Rael.
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A literatura raeliana
A primeira publicao de Rael O livro que diz a verdade, Frana, 1974. Em suas
edies em portugus, esta obra foi traduzida com o ttulo O verdadeiro rosto de
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Quem entende isso no busca razo para sua existncia em histrias imaginrias,
antes, pode afirmar como Pedro: Senhor, para quem iremos ns? Tu tens as palavras
de vida eterna (Jo 3.68 grifo do autor). Os crentes em Cristo no apiam suas
esperanas espirituais na clonagem, ou em qualquer outra conquista cientfica, antes,
a nossa esperana a vida eterna, a qual Deus, que no pode mentir, prometeu
antes dos tempos dos sculos (Tt 1.2 grifo do autor).
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Esses seminrios contam com a presena de Rael e dos sacerdotes da seita. So tidos
como uma espcie de manual de instruo transmitido pelos criadores da raa
humana, os Elohim. Tem como objetivo despertar o nosso potencial e expandir a
nossa mente, proporcionando uma vida plenamente satisfatria. Isso se d
principalmente por meio de tcnicas de meditao. Consideram os momentos em que
passam no seminrio como uma premonio do paraso onde o novo ser humano
viver.
Notas:
1 Jlio Verne foi um dos autores mais populares do sculo 19. Em histrias fantsticas
como Viagem ao Centro da Terra, 20 mil lguas submarinas e Da terra lua, Verne
apresentou uma viso revolucionria da cincia que previu avanos modernos.
2 Teoria segundo a qual o homem um todo indivisvel, e que no pode ser explicado
pelos seus distintos componentes (fsico, psicolgico ou psquico), considerados
separadamente.
3 Unidade de distncia que equivale distncia percorrida pela luz, no vcuo, em um
ano, razo de 299.792 km/s, e igual a 9 trilhes e 450 bilhes de quilmetros,
aproximadamente.
Parece que a cada ano surge uma nova epidemia de faa isso ou aquilo para se alcanar
uma boa qualidade de vida. Dentre as inovaes, o Reiki, uma espcie de massagem pela
imposio das mos, a ltima moda entre os artistas e demais personalidades brasileiras. A
posio dos militantes desse movimento extremamente ousada. Certo comentarista dessa
tcnica afirma que seu fundador, Mikao Usul, conseguiu recuperar as tcnicas de cura
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O Reiki aplicado pela imposio das mos a uma distncia de trs a cinco centmetros entre
o paciente e o aplicante. Todo o processo no dura mais do que cinco minutos e as mos do
aplicador devem estar em forma de concha. No final, feito um ritual para fechar o campo
urico do paciente. Em seguida, o aplicante lava as mos com gua fria e corrente para
purific-las.
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Afirmam que esse corpo vital, etreo, responsvel pela absoro da energia vital adquirida
pelos chacras, pontos que captam e emanam energia que interage com a natureza. Para o
equilbrio do corpo etreo com a energia vital (Ki) necessrio obter a sabedoria universal
(Rei) que se manifesta na interao com a natureza.
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Os reiquianos dizem que uma energia vital ocupa e abrange todo o corpo humano.
Segundo eles, justamente essa energia que possibilita, enquanto dormimos, o trabalho vital
de respirao, irrigao e batimentos cardacos sem a nossa consciente interveno. Esse
corpo etreo deve ultrapassar o corpo fsico em aproximadamente 2,5 centmetros. Quando
algo est errado, ou seja, quando sentimos em nossa prpria pele que no estamos bem, por
um rgo ou parte do corpo no est cumprindo suas funes harmonicamente, paramos
para cuidar dessa parte do corpo. Percebemos ento que a sade justamente o estado de
perfeito funcionamento dos rgos do corpo em si mesmo e em seu conjunto, e que a dor
um grito de socorro desesperado do corpo para que possamos agir.
Os objetivos das aplicaes do Reiki, entre outros, so: curas fsicas, combate ao estresse e
ativao da concentrao e do raciocnio. Alguns astros e estrelas televisivos tm procurado
o movimento e testemunhado que, aps as aplicaes, alcanaram maior concentrao
mental e capacidade para resolver questes pessoais, alm de melhor qualidade de vida.
Os deuses do Reiki
Os reiquianos compartilham os cones de seus ensinamentos com qualquer cultura ou
movimento religioso. So adeptos do ecletismo e do sincretismo, pois aceitam os ensinos
ocultistas de outras correntes religiosas. A tcnica reiquiana pode ser interpretada como
sendo a emanao de um deus pessoal ou impessoal. E o mais absurdo que seus mentores
alegam que Jesus a fonte espiritual dessa tcnica.
A sabedoria universal, afirmam, pode ser invocada com outros nomes. A saber: Fonte
Primeira, Deus ou Deusa, Criador, Aquele que , a Chama, o Buda, o Cristo, o Brahma, a
Ordem Natural, o Todo, Tup e Energia. Tudo vai depender da forma como ela venerada e
conhecida em cada cultura mundial mediante seus dolos. Prana, para os hindus; Chi, para os
chineses; Ka, para os egpcios; Pneuma, para os gregos; e Nefesh, para os judeus. E
prosseguem. Na Polinsia ela conhecida como Mana e os russos a identificam como
bioenergia. Para os alquimistas ela o Fluido da Vida e para os cristos, Luz ou Esprito
Santo.
Suas divindades podem ser identificadas com quaisquer dolos que tenham afinidade. Essa
possibilidade na prtica do Reiki traz uma espcie de desencargo de conscincia. Isto ,
no vou ferir minha devoo se posso identificar meu deus (ou dolo) como emanador dessa
energia. Chamamos esse procedimento de sincretismo religioso.
Assim como os ecologistas msticos, os reiquianos tambm crem que a terra a Grande
Me, com influncia mstica. Essa influncia conhecida no Reiki como Karuna Reiki, o
aspecto feminino da energia vital. Na China, essa influncia simbolizada pela me Kuan Yin.
Na ndia, ela conhecida pelo nome de Avalokitesbuara. No Tibet, chamada de Chenrezig.
No Japo, de Kannon. E aqui, no Brasil, existem dois cones: Nossa Senhora Aparecida e
Iemanj.
Segundo esse movimento, a influncia feminina, dcil e compassiva de Karuna Reiki traz paz
de esprito. Ser?!
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Por tudo que vimos, parece que o Reiki nada mais do que um movimento esprita e
ecumnico em sua prtica e ensino. As curas por imposio de mos, recurso to peculiar
nessa religio, podem ser atribudas tanto a Iemanj quanto a Maria (dolo catlico). Ou,
ento, a Buda ou ao Jesus da Cristandade. Para os reiquianos, no importa a origem das
foras ocultas que atuam em suas sesses.
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esprito. Esse ponto de vista indica que a pessoa interage com a natureza e que sua
disposio mental est intrinsecamente relacionada sade do corpo. A idia de que
somos um com o universo, ou seja, que o universo, a mente, o corpo e o esprito interagem
ou podem estar desequilibrados, causando doenas e outros distrbios. Todos os tratamentos
medicinais para essas doenas ou distrbios so apenas solues paliativas, porque no
alcanam a causa do problema. Ento, entra a propaganda mstica de que a viso holstica
prover milagres! alcanar as causas e trar equilbrio ao corpo, fazendo cessar os
sintomas, afirmam.
De acordo com os mestres holsticos, o tratamento ideal permitir que o corpo fale e
transmita o mtodo apropriado para o tratamento. Um dos conselhos desses mestres :
Uma viagem; uma perspectiva de si mesmo mais suave; ou mesmo procurar um padre ou
um mdium ou mesmo um mdico mas deixe seu corpo opinar.
Tal conselho, no entanto, no sbio, pois, segundo os princpios bblicos, devemos
averiguar as fontes de nossas orientaes. Alm disso, confiar no sentimento interior para
uma deciso to importante algo gravssimo. O nosso corao enganoso (Jr 17.9), e
quando confiamos apenas nele dificultamos e embaraamos a nossa vida.
Um pouco da histria do Reiki
Seu fundador Mikao Usui, monge japons e estudioso das religies que procurava respostas
para a tcnica de cura usada por Jesus. Mikao percorreu parte da China e da ndia em uma
busca incessante desse mtodo. Sua procura foi interrompida no Japo, em um monastrio
budista, onde supostamente encontrou o que tanto procurava. A descoberta que fez, no
entanto, no lhe proporcionou as verdades e prticas espirituais que transformam o homem
cado em uma nova criatura diante de Deus.
No monastrio budista, Mikao achou alguns escritos reiquianos que ensinavam tcnicas de
cura. Uma coisa era conhecer a tcnica, outra era saber como ativar a energia necessria
aplicao da tcnica, afirmou o prprio Mikao Usui. Foi ento que decidiu meditar e jejuar.
Subiu ao monte Koryama, no Japo, onde passou 21 dias em meditao. No ltimo dia, foi
atingido por uma luz no chacra do terceiro olho (parte frontal da testa) e visualizou a
formao dos smbolos do Reiki. Depois da viso, ficou inconsciente por algum tempo. E
chamou essa experincia de sinal. Seria, ento, o primeiro sinal de uma srie deles que
comprovariam que de fato havia conseguido ativar a energia.
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Durante suas expedies, Mikao ficou abatido ao descobrir que suas curas eram
superficiais, ou seja, as pessoas no alcanavam uma mudana espiritual, como
aparentemente ocorria no corpo. Inicialmente, as pessoas se arrebatavam com a cura
alcanada, mas logo estavam novamente envolvidas com as mesmas dificuldades anteriores
e, ento, o abandonavam. Da, Mikao concluiu que precisava atingir a mente de seus
pacientes e no apenas o corpo.
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Ao descer do monte, ele feriu um dos dedos do p e, ao passar a mo no local, foi curado.
Seria esse o segundo sinal. O terceiro sinal diz respeito ao fato de haver conseguido comer
uma modesta refeio depois de passar 21 dias em jejum. O quarto sinal est relacionado
cura de um atendente que sentia forte dor de dente. O homem alcanou o alvio da dor assim
que Mikao passou a mo pelo seu rosto. O quinto e ltimo sinal que o consagrou como
portador do conhecimento reiquiano foi a cura, em um monastrio, de um colega e mestre
que sofria de artrite.
Mikao morreu em 1930 e deixou alguns discpulos. Esses seguidores foram influenciados pela
escola Tendai, movimento budista tntrico japons cuja base o estudo do Ko-fo, arte iogue
de respirao e meditao para controlar as energias bsicas do corpo.
Oito anos depois de seu falecimento, uma havaiana chamada Hawayo Takata submeteu-se a
um tratamento pelo Reiki e foi curada de sua molstia. Aps o milagre, ela foi para o Japo,
onde passou alguns anos aprendendo a tcnica com Chujiro Hayashi. Voltou para o Hava e
comeou a ensinar e a divulgar o Reiki no Ocidente.
Prtica de espiritismo no Reiki
No podemos nos esquecer de que o Reiki um movimento ecltico. Mistura seus
procedimentos e conceitos com os procedimentos e conceitos de outras religies, como, por
exemplo, o espiritismo e o budismo. E no apenas isso. Se necessrio, usa as mesmas
nomenclaturas. Quando um movimento lana mo dessa artimanha, simplesmente o faz
unilateralmente. No nosso caso, os cristos, no compartilhamos nem emprestamos nossos
conceitos e terminologias a outros segmentos religiosos. O objetivo do Reiki ao esforar-se
dessa maneira tornar seu ensino mais digestivo para os incautos que desconhecem a
verdadeira f crist.
As prticas e conceitos espritas que encontramos no Reiki demonstram o quanto esse
movimento perigoso. Segundo seus adeptos, o desenvolvimento de doenas fsicas ou
emocionas que aparecem no corpo provocado por leses como fissuras e obstrues que
desequilibram ou desalinham os chacras. E de que maneira os chacras podem ser
restaurados e/ou renovados? Pela meditao, pelo passe esprita, por encantamentos, alm
de outros mtodos que os energizam.
A energia Reiki (ou qualquer outra fonte esprita), segundo seus adeptos, alinha e restaura o
equilbrio dos chacras, harmonizando-os. Somente assim o paciente receber a energia da
natureza sem nenhum tipo de obstruo. Tal energia adquirida por meio da luz, do ar, da
gua, da terra, dos antepassados e das pessoas que cercam o paciente.
O Reiki luz da Bblia
A seguir, apresentaremos os conceitos desse movimento e depois consideremos as respostas
bblicas.
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podemos localiz-lo no tempo e nas aes do primeiro casal (Gn 2.17). Ado e Eva
desobedeceram ao Senhor e atentaram contra a sua soberania ao comerem do fruto
proibido, smbolo do conhecimento do bem e do mal. E, por causa desse delito, o homem
distanciou-se de Deus.
As conseqncias do pecado de Ado e Eva no demoraram a acontecer: 1. Guerra espiritual
entre o homem e o diabo (Gn 3.14,15). 2. Insuficincia e deficincia no corpo humano: a dor
tornou-se constante (Gn 3.16). 3. Desequilbrio na famlia humana (Gn 3.16). 4. Desequilbrio
social (Gn 3.17). 5. Desequilbrio dos ciclos naturais (Gn 3.17-19). 6. A morte fsica (Gn 3.19).
7. E, finalmente, a morte espiritual, ou seja, a separao eterna do Criador (Gn 3.22).
Aparentemente, a pena da condenao ultrapassou, em muito, o ato do pecado cometido
pelo primeiro casal. Devemos entender que Deus olha o pecado sob uma perspectiva
diferente da nossa. Ele no v apenas o ato isoladamente, mas todas as implicaes
relacionadas ao pecado. Alm disso, qualquer pecado separa literalmente a pessoa de Deus.
uma questo moral que afeta a justia e a santidade de Deus, como Juiz e Criador. Apesar
de tudo, a humanidade no ficou merc do juzo sem que tivesse uma oportunidade de
libertao. O prprio Senhor foi quem providenciou esse meio de libertao ao prometer um
Descendente (Jesus Cristo) que triunfaria sobre o diabo e suas artimanhas (Gn 3.15). Essa
proviso divina cobriria os efeitos daninhos do pecado (Gn 3.21) e traria novamente o
paraso. Ou seja, a presena de Deus na vida do homem (Ap 21.3-5). Somente por esse
Descendente prometido possvel ao homem decado alcanar a paz universal e pessoal com
Deus (Fp 4.7).
Quanto ecologia, reconhecemos seus mritos. E, como cristos, devemos colaborar com a
preservao da natureza, mas tais medidas no solucionam o problema em sua raiz a
queda da natureza humana. Embora apoiemos as medidas ecolgicas, e incentivemos o
contato recreativo com a natureza, no atribumos, porm, influncia mstica natureza. A
natureza criao de Deus, e deve ser cuidada e preservada, mas no adorada (Rm 1.2023).
Segundo os reiquianos, o homem tem poder em si mesmo e deve desenvolver esse
poder. E, seguindo esse raciocnio, muitas culturas pags divinizam o homem. Algumas
divinizam seus lderes. Outras, seus mortos. A cultura oriental geralmente encontra respostas
para suas questes em si mesma. O eu superior deve ser buscado, temos poder criativo
que deve ser desenvolvido e usado a favor do desenvolvimento e da evoluo humana,
prega a doutrina Reiki. Ainda seguindo essa mesma concepo, a divinizao do homem
uma crena predominante nas culturas orientais e inclui a idia da evoluo das espcies a
ponto de alcanarem habilidades sobrenaturais.
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A alma humana tem algum poder para curar a si mesma e aos outros? Obviamente que no.
verdade que o homem fora criado por Deus com habilidades naturais sociais superiores s
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habilidades dos animais irracionais. E, devido a essas habilidades, o homem tem condies
para crer e buscar o Criador e receber dele suas provises. Mas isso no significa que o
homem, baseado em sua capacidade espiritual, possua poderes sobrenaturais em si mesmo.
No pode absorver nenhum tipo de energia por meio de mantras, rezas ou smbolos do
ocultismo. Portanto, as habilidades propagadas pelas artes orientais so questionveis.
O ocultismo e todos os seus segmentos so vistos pelas Escrituras como diferentes formas de
feitiaria. As manifestaes espritas so as mesmas, quer seja no candombl ou no vodu
praticado na Nigria, quer seja em um transe kardecista ou em uma manifestao de um
xam ou por meio da ioga. Em todas as experincias ocultistas os poderes manifestos no
provm da alma, mas da possesso de entidades que se autodenominam mentores da luz,
cujo principal objetivo a destruio moral e espiritual da humanidade.
O ensino Reiki afirma que a origem das emanaes pode ser atribuda a diversos dolos e
deuses, inclusive ao prprio Cristo. Os movimentos orientais e ocidentais, principalmente a
Nova Era, no se preocupam em determinar a origem (ou fonte) de suas foras msticas. Sua
identificao com outros deuses, dolos ou poderes impessoais algo natural, ou pelo menos
uma forma de manter uma boa poltica.
Resposta apologtica: O ecletismo e o sincretismo so vistos em nosso mundo globalizado
como algo simptico, ou seja, como a velha filosofia da boa vizinhana. Mas as coisas no so
to simples assim. Primeiramente, precisamos entender que qualquer tipo de feitiaria,
misticismo ou mediunidade condenado nas Escrituras. A busca de poder em si mesmo ou
em coisas criadas v. A Palavra de Deus ensina que a humanidade distanciou-se de Deus
devido confiana em si mesma. A oferta: e sereis como Deus (Gn 3.5) era falsa. De forma
nenhuma imputou evoluo ao homem, mas degradao moral, espiritual e fsica.
O Criador dos cus e da terra se revelou por meio de sua Palavra. A Bblia Sagrada um livro
mpar, ou seja, nico. Nenhum outro livro considerado sagrado (os Vedas do hindusmo, os
Trs Cestos do budismo, as inscries egpcias, entre outros) traz revelaes sobre a origem
do homem, sua situao atual e seu futuro. Somente a Bblia fornece tais informaes. Alm
disso, a Bblia revela um Deus nico e real que criou e se preocupou com sua criao,
orientando e punindo o homem, mas tambm fornecendo um caminho de salvao por meio
de um nico Mediador, Jesus Cristo. As credenciais do Messias so claramente fornecidas no
Antigo Testamento e devidamente cumpridas no Novo Testamento.
114
Em 1 Samuel 5.1-4, temos um exemplo que demonstra o costume ecltico das religies
pags. Lemos no texto em pauta que os filisteus tomaram a Arca da Aliana de Israel e
trouxeram-na a Asdode, na casa de Dagom (deus filisteu). Ao agir dessa forma, os filisteus
estavam dispostos a adorar tanto o seu deus quanto a qualquer outro deus associado. Mas o
Senhor Deus reprovou essa atitude jogando ao cho a imagem de Dagon que, alm de cado,
estava decapitado e sem as mos. Esse julgamento condenatrio demonstra que o nico
Deus no comunga com o sincretismo e o ecumenismo.
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A Bblia fala da existncia de um nico Deus e Salvador, Jesus Cristo. E tambm do culto
nico ao Criador, excluindo divindades intermedirias, exaltao do ser humano, atribuies
de poderes msticos e curadores a objetos, sinais esotricos e quaisquer meios materiais de
purificao espiritual. A mediunidade esprita (ou interao com entidades espritas) e o culto
a dolos tambm esto fora das pginas sagradas. As Escrituras no aceitam o sincretismo
religioso.
Alm do Todo-Poderoso, no existem outros deuses ou mediadores. Por isso a Bblia probe o
sincretismo e o ecumenismo. Quem so os supostos mediadores e dolos das naes? A
Palavra de Deus responde: Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam
aos demnios, e no a Deus. E no quero que sejais participantes com os demnios (1Co
10.20).
Por ser um movimento ecltico, o Reiki apresenta os mesmos conceitos hindus, espritas e
esotricos sobre os chacras e suas funes. Veja o quadro.
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Coronrio
cabea
Sacro
rgos genitais
Bsico
Final da espinha
dorsal
espiritualidade pelo
qual nos ligamos ao
universo.
Rege o crebro.
Energias primrias
como a paixo fluem
por este chacra.
Rege os rins, o sistema
reprodutor, o
circulatrio e a bexiga.
Est relacionado
vontade de viver, ao
corpo e terra.
Segurana fsica e
emocional. Rege as
pernas, os ps e os
ossos.
Cho Ku Rei
o universo se
transformando a cada
instante. o que traz a
energia para o mundo
fsico. o smbolo do
poder.
Incorpora a energia do
chacra, trabalha o
alinhamento com o
esprito e o smbolo da
capacitao.
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Chacras
carma.
Ra Ku
Sei He Rei
a unidade e a
correspondncia, do cu e
da terra, do que est em
cima e do que est
embaixo, da matria e do
esprito, age sobre o corpo
emocional, o mundo, o
carma e a vida. Libera
emoes. o smbolo do
equilbrio.
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Em 1859, quando Charies Darwin publicou seu livro "A origem das espcies", a teoria
da evoluo iniciou uma jornada que a levaria ao status de nica explicao sobre as
nossas origens, Na mesma poca, fraudes e equvocos acompanharam essa teoria e
vozes criacionistas se levantaram em favor da criao. Semelhantemente, em 1935,
Erich Von Dniken lanou um livro que suscitaria iluses sobre a origem e o
desenvolvimento da humanidade.
Estariam os seres humanos sozinhos no universo? Existiriam outros seres com uma
tecnologia avanada manipulando a histria humana? Seriam os Escritos Sagrados
normas morais desenvolvidas pelos aliengenas?1 As vises dos profetas e seu
cumprimento foram interferncias de extraterrestres? Depoimentos de raptos,
visitaes, contatos imediatos de primeiro2, segundo e terceiro graus, entre outras
coisas. Ser que tudo isso merece crdito?
Bero da civilizao: "bab extraterrestre"?
Daniken sugeriu que o desenvolvimento da humanidade ocorreu devido s constantes
visitaes de astronautas (extraterrestres) ao nosso planeta. Desde as primeiras
civilizaes at ocasies de delicados relacionamentos diplomticos, esses
extraterrestres visitavam a terra e cooperavam no desenvolvimento da civilizao
humana. E, segundo Dniken, houve influncia de elementos extraterretres em nosso
aspecto gentico. Outros uflogos conjeturam que a humanidade seria uma
experincia gentica ou cobaia de outros mundos.
Tais visitaes eram excitantes para os humanos que lhes imputavam, aos
astronautas, a posio de deuses. Como observadores, como os seres humanos, que
desconheciam qualquer tecnologia mais avanada, poderiam expressar as visitaes
desses astronautas? Os estrondos, os aspectos cintilantes e as roupas espaciais
tinham um esplendor to magnfico que forneciam aos homens as vises registradas
nos livros sagrados (devemos entender que, segundo os uflogos, todas as
civilizaes tiveram algum tipo de interferncia extraterrestre que ocasionou tais
escritos).
Como a visitao de aeronaves extraterrestres poderia ser relatada por observadores
primitivos? A resposta a essa pergunta respondida por alguns uflogos da seguinte
maneira: os registros dos profetas. O exemplo mais utilizado pela ufologia encontra-se
no livro bblico de Ezequiel. Mas, de acordo com a nossa f, cremos que esse profeta
foi detalhista no relato de sua viso, atravs da qual expressou nica, exclusiva e
minuciosamente a glria de Deus. Esse livro no contm nenhum indcio de alguma
visitao aliengena. Seriam as manifestaes de Deus visitaes extraterrestres?
Claro que no!
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Em Ezequiel 8, encontramos outro relato das vises do profeta. Nessa ocasio, ele
estava em casa, junto aos ancios de Israel, mas somente ele foi transladado e teve a
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Uma visita dos astronautas? Em Ezequiel 1, lemos que o profeta estava no meio dos
cativos e teve vises: "abriram-se os cus, e eu tive vises de Deus". O povo que
estava com Ezequiel no teve as mesmas vises, logo no houve qualquer visitao
de astronautas! "Os cus foram abertos". Ento, a partir desse momento, Ezequiel
passou primeiramente a ouvir a Palavra de Deus. Depois, ele continuou vendo a
manifestao da glria de Deus. Os detalhes das vises de Ezequiel demonstram a
realidade da presena de Deus. O povo cativo de Israel estava atribulado, mas foi
revigorado pelas vises de Ezequiel, embora no tivesse vendo aquilo que o profeta
contemplava.
viso, "em esprito", das coisas ocultas em Jerusalm. O que aconteceu aqui? Uma
visitao de extraterrestres ou uma viso divina? Obviamente, uma viso divina, pois
os demais companheiros do profeta no participaram dessa viso, apenas ouviram
seu relato. Isso contraria profundamente a afirmao dos uflogos, que dizem que as
visitas dos extraterrestres causavam transformaes nas culturas primitivas.
Outro fator essencial do livro de Ezequiel a sua mensagem proftica. Seriam,
porm, essas profecias provenientes dos extraterrestres? Se a sua origem fosse dessa
natureza, elas dependeriam dos mesmos agentes para seu cumprimento. As
Escrituras, no entanto, nos ensinam que a base do cumprimento das profecias bblicas
a atuao de Deus: "Ainda veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Que que
vs, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira. E disse-me o SENHOR: Viste
bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir" (Jr 1.11,12).
Exemplos das profecias de Ezequiel
No captulo 26 est registrado que a Palavra do Senhor veio a Ezequiel. Encontramos,
nesse texto, cerca de sete previses bem especficas: 1. Nabucodonosor destruir a
cidade de Tiro, localizada no continente (26.8). 2. Muitas naes lutaro contra Tiro
(26.3). 3. Ser feita como uma penha descalvada; ficar plana como o topo de uma
penha (26.4). 4. Pescadores espalharo suas redes no local (26.5). 5. Lanaro o
entulho na gua (26.12). 6. Jamais ser construda (26.14). 7. Jamais voltar a ser
encontrada (26.2 1). O que aconteceu com Tiro foi diferente da sentena lanada s
cidades de Sodoma e Gomorra, cuja destruio foi repentina. O cumprimento da
profecia de Ezequiel para Tiro arrastou-se por centenas de anos, at chegar ao nosso
sculo. Seu cumprimento est inteiramente ligado onipotncia e oniscincia de
Deus.
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Vejamos seu cumprimento: trs anos aps a profecia, Nabucodonosor sitiou a cidade
de Tiro. Lemos, na Enciclopdia Britnica: "Depois de treze anos de cerco (585-570
aC.) por Nabucodonosor 11, capitulou e reconheceu a soberania babilnica. Em 538
aC. Tiro, com o restante da Fencia, passou para a soberania da Prsia aquemnida. A
cidade continental foi destruda em 573 aC. (Predio 1). Em 333 aC. Alexandre 111,
depois de derrotar Dario 111, marchou para o sul. Demoliu a velha Tiro, localizada no
continente, e com o entulho construiu um molhe de 60 metros de largura,
atravessando o estreito que separava a antiga e a nova cidade, edificando torres e
engenhos de guerra na ponta do molhe" (Predio 5). "A marinha utilizada por
Alexandre foi composta pela contribuio de vrias cidades e regies: Sidom, Arado,
Biblo (essas contriburam com 80 navios vela), 10 de Rodes, 3 de Solos e Malos, 10
de Lcia, um bem grande da Macednia, e 120 de Chipre " (Predio 2). "A parte maior
do local onde outrora havia a grande cidade hoje em dia um local plano como o alto
de uma Penha" (Predio 3). "E um lugar prprio para os pescadores, que ainda hoje o
utilizam para espalhar e secar suas redes" (predio 4). At hoje no foi construda"
(Predio 6). "Suas runas foram lanadas ao mar e seu nome no ms encontrado".
Plnio, o Velho, apresenta uma grande concluso: "Tiro... outrora famosa, mas hoje
toda a reputao de Tiro se limita ao nome de um molusco e de um corante de cor
prpura5 (Predio 7).
121
capacidade para aproveitar o que houver de srio e til em cada uma dessas
correntes. E que no nos falte sabedoria para discernir e descartar aquilo que no nos
servir", conclui o A. J. Gevaerd.
A ufologia cientfica depende exclusivamente de fatos, contudo, na prtica, utiliza
evidncias circunstanciais: fotos, filmes, impresses no corpo, na terra, em
plantaes. Evidncias que so, em primeira mo, inusitadas, mas desbaratadas com
o tempo e o esclarecimento. Essa a posio do respeitado cientista Carl Sagan que,
embora cresse em vida extraterrestre, e procurasse investir em sua busca, atravs de
comunicao por sofisticados aparelhos, a ponto de criar um centro de escuta
intergalctico, admitiu que nunca conseguiu sequer um contato bem-sucedido. Carl
Sagan fundou a Planetary Society, uma renomada instituio na vanguarda do
rastreamento de sinais de vida fora do nosso planeta. O projeto Search for
Extraterresrial Intelligence (SETI), Ou "Busca por inteligncia extraterrestre", no
alcanou xito. Em Socorro, Novo Mxico, encontra-se o Very Large Array (VL4), um
aglomerado de vinte e sete radiotelescpios conectados eletronicamente, como se
fossem um nico telescpio do mesmo tamanho at nos menores elementos, ou um
radiotelescpio de dezenas de quilmetros de extenso9. Toda essa estrutura
cientfica no conseguiu localizar outras civilizaes aliengenas, quer inferiores quer
superiores, ou mesmo algum planeta que tenha semelhanas com o planeta terra.
O 'outro evangelho, o das estrelas
Alm dos fantsticos relatos das vises ufolgicas, encontramos tambm o
surgimento de seitas apocalpticas envolvidas com manifestaes de OVNls. Um
exemplo extico a "Fundao Uranius", sediada nas proximidades de San Diego,
Califrnia, e administrada pela autodenominada "visionria csmica" Ruth Norman,
tambm conhecida pelo nome de Uriel. Ela afirma ter recebido transmisses de seres
"supercelestiais" e visitado nada menos que 60 planetas. "Atravs de meus
ensinamentos, os humanos podero atingir um plano espiritual mais elevado, de
preferncia a tempo de saudar as 33 naves estelares da Confederao Interplanetria
que iro aterrissar em San Diego em 2001", diz Norman.
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Tanto aqueles que dizem ter falado com 'anjos' quanto os que afirmam ter-se
comunicado com Ets possuem todas as caractersticas supracitadas. Os conceitos de
pecado e a condio geral da humanidade parecem muito com as atuais filosofias
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materialistas e liberais.
As chances de se ver um OVNI aumentaram
Com a difuso do sistema de telefonia, que usa satlites de ltima gerao, as
chances de se ver um OVNI aumentaram de forma surpreendente. H mais ou menos
dois anos, foram lanados em rbita 72 satlites desses. So nada menos do que
cerca de 640 kg girando em torno da terra a 780km de altitude. Esses satlites
compem a primeira rede global de telefonia celular e paging. Por emitirem um brilho
rpido e forte, tm sido confundidos com OVNls, proporcionando, dessa forma,
expressivo aumento das incidncias de relatos de pessoas que viram tais objetos
voadores no identificados.
A revista Ufo relata: "Proporcionalmente ao seu tamanho, o brilho do satlite Iridium
mais forte que o da Lua: um aparelho da rede pode ter seu brilho na magnitude 9,
considerado alto pelos uflogos... Os satlites podem ser avistados com certa
facilidade aps o crepsculo, ou antes do alvorecer, em qualquer ponto do azimute.
Tm elevao variada, podendo chegar ao znite 90' perpendicular ao solo, acima de
nossas cabeas. A oeste, os satlites so vistos no incio da noite e, a leste, pouco
antes do amanhecer - mas a maioria dos avistamentos ao norte ou ao sul, no incio
e fim da noite".10
Muitos sinais luminosos so apenas reflexos dos mais diversos satlites utilizados pela
telefonia. Mesmo a atmosfera pode refletir luz, dando a impresso para muitos de que
essa luz seja algum OVNI. Portanto, se dividirmos os testemunhos de pessoas que
avistaram OVNIs encontraremos o seguinte: fraude fotogrfica e testemunhal,
reflexos na atmosfera, reflexos dos satlites e vises paranormais.
Identificando os OVNIs: a fronteira
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As Escrituras afirmam que a "terra era sem forma e vazia". A mesma condio vista
nos planetas vizinhos e naqueles que podem ser observados por diversos meios. Por
outro lado, as Escrituras admitem existir vida fora da terra. Pelo relato do apstolo
Paulo, ele claramente nos d a entender que existe vida fora da terra e que estamos
em luta contra esses seres. Em Efsios 6.12, escreveu: "Porque no temos de lutar
contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades,
contra os prncipes das trevas deste sculo, contra as hostes espirituais da maldade
nos lugares celestiais". As Escrituras tambm nos advertem quanto aos riscos que
corremos quando nos envolvemos com essas entidades (seres) espirituais que
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vagueiam no espao entre o cu e a terra: "Vs bem sabeis que reis gentios, levados
aos dolos mudos, conforme reis guiados" (1 Co 12.2).
Embora as Escrituras admitam a existncia de outros seres, alm dos humanos, e at
mesmo atribui-lhes poder sobre-humano, no encontramos, porm, em suas pginas,
nenhuma afirmao de que existam seres em outros planetas. Elas apenas afirmam a
existncia de dois nveis de hbitat: o terrestre e o celestial.
Por outro lado, alguns processos cristos liberais afirmam que existem outros mundos
habitados e que estes, talvez, tenham sido tambm visitados por Jesus depois de sua
morte e ressurreio na terra. Se no perodo em que Cristo visitou esses mundos
tivesse morrido em favor de tais extraterrestres, esses tambm seriam alcanados
por Ele e salvos. Quanto a esse assunto, encontramos alguns problemas no contexto
bblico que no podemos deixar de considerar. Primeiro, a morte de Cristo para o
perdo de pecados nica: "assim tambm Cristo, tendo-se oferecido uma vez para
sempre para tirar os pecados de muitos, aparecer segunda vez, sem pecado, aos
que o aguardam para a salvao" (Hb 9:28). A manifestao de Cristo clara.
Primeiro Ele veio para tirar o pecado e vir segunda vez para aqueles que o
aguardam. A interveno de Deus na criao diversas vezes em mundos diferentes
atravs de Cristo est fora do contexto bblico. O livro de Apocalipse relata a
exaltao de Cristo diante de todo o universo, e no sistematicamente nos
quadrantes do universo (Ap 12.12; 18.20). Se de fato existissem outros mundos, eles
estariam sujeitos ao juzo que est ocorrendo no cu (devido rebelio de Satans) e
ao juzo que est por vir sobre a terra (por causa da condio cada da humanidade).
Ser que Deus no poderia criar outros mundos no vasto universo? Sim. Mas temos
de concordar que houve um princpio, um incio criativo. E, pelas Escrituras, a
seqncia da criao bem conhecida: "No princpio criou Deus os cus e a terra".
Nos cus Deus criou os anjos, em diversos nveis, e na terra, a natureza, os animais e,
finalmente, o homem. A citao quanto criao dos animais, dos rpteis e das aves
bem clara. Se houvessem outros mundos, isso seria relevante e registrado pelas
Escrituras. Podemos encontrar apenas trs naturezas em todo o universo: a divina,
subsistente na Trindade; a celestial, que se aplica a todas as classes dos anjos; e a
humana. Uma quarta natureza est sendo preparada: a incorruptvel, que os santos
(mortos e vivos) adquiriro somente na manifestao do Senhor Jesus (1 Co 15.5153).
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Temos apenas duas ferramentas de identificao dos OVNls: o equvoco daqueles que
tiveram tais experincias e os frutos que produzem. Vamos primeiro aos equvocos,
que podem ser enumerados da seguinte forma:
Notas:
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Duas mulheres
HELENA PETROVNA BLAVATSKY
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Atentemos para o prognstico de Jesus: Porque muitos viro em meu nome, dizendo:
Ento, se algum vos disser: Eis que o Cristo est aqui, ou ali, no lhe deis crdito;
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porque surgiro falsos cristos e falsos profetas, e faro to grandes sinais e prodgios
que, se possvel fora, enganariam at os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito
(Mt 24.5, 23-25).
Estas fantasias foram as responsveis pelas principais cises entre os tesofos. A
seo alem, por exemplo, dirigida por Rudolf Steiner, filsofo e pedagogo austraco
(que nasceu em Kraljevic, em 1861, e morreu nessa mesma cidade croata, em 1925),
separou-se, em 1913, da Sociedade Teosfica e fundou a Antroposofia.
Organizao e atividades
Esto organizados em mais de sessenta pases em sees nacionais e estas, por sua
vez, compem-se em Lojas e Grupos de Estudos. A maioria das lojas e grupos de
estudo realiza reunies pblicas com palestras, cursos, debates e outros eventos
desse tipo. Existem outras atividades de confraternizao entre membros e
simpatizantes. No Brasil, h dois ramos distintos: a Sociedade Teosfica no Brasil,
filiada Sociedade Teosfica fundada por Helena Petrovna, e a Sociedade Teosfica
Brasileira, tambm conhecida como Sociedade de Eubiose, fundada por Henrique Jos
de Souza e com sede em So Loureno, Minas Gerais.
Objetivos
A Sociedade Teosfica afirma que possui trs objetivos bsicos:
1. Formar um ncleo da fraternidade universal da humanidade, sem distino de raa,
credo, sexo, casta ou cor;
2. Estimular o estudo comparativo das religies, filosofias e cincias;
3. Investigar as leis ainda no explicadas da natureza e os poderes latentes do
homem.
Para que uma pessoa se torne associada da Sociedade, tem de concordar pelo menos
com o primeiro objetivo. Os outros dois so opcionais.
Fonte de autoridade
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O livro mais importante da fundadora A doutrina secreta (1888). Suas outras obras
so: A voz do silncio (1889), Isis sem vu e A chave da teosofia. Embora a palavra
teosofia signifique a sabedoria de Deus, essa nova sabedoria, no entanto, no tem
nada em comum com a verdadeira sabedoria de Deus (1Co 2.6-13).
A teosofia e a Bblia
Como essncia de todas as religies, a teosofia rene os ensinos centrais da Nova
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Tal posio oposta ao que Cristo afirmou sobre si mesmo, dizendo: Eu sou o
caminho, e a verdade e a vida; ningum vem ao Pai, seno por mim (Jo 14.6). Por
sua vez, Pedro, em sua segunda carta, declara: Porque no vos fizemos saber a
virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fbulas artificialmente
compostas; mas ns mesmos vimos a sua majestade. Porquanto ele recebeu de Deus
Pai honra e glria, quando da magnfica glria lhe foi dirigida a seguinte voz: Este o
meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz dirigida do
cu, estando ns com ele no monte santo; e temos, mui firme, a palavra dos profetas,
qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, at
que o dia amanhea, e a estrela da alva aparea em vossos coraes (2Pe 1.16-19).
Toda a realidade um todo unitrio. Ou seja, toda a realidade (e aqui esto includos
Deus, a humanidade, o universo criado, a terra, o tempo e o espao) faz parte do
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Teosofia: Tudo um
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Pedro declarou que Jesus, o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16), sendo elogiado
por Jesus, que lhe disse ter sido iluminado por Deus para fazer tal declarao (Mt
16.17-18). Jesus disse de si mesmo que era o nico caminho para que o homem
pudesse chegar a Deus (Jo 14.6). O apstolo Pedro, por sua vez, reiterou que s no
nome de Jesus h salvao (At 4.12). Joo disse que aqueles que negam que Jesus o
Cristo so anticristos (1Jo 2.22-23).
A Bblica ensina que o ser humano foi criado imagem e semelhana de Deus (Gn
1.26,27). Deus distinto do homem (Ec 5.2; Nm 23.19; Os 11.9). A prpria ignorncia
do homem sobre a sua suposta divindade mostra que ele no Deus. Vejamos
algumas diferenas entre Deus e o homem:
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O objetivo da vida despertar o deus que dorme no interior do ser humano. Cada
pessoa mais do que sublime, porque somos divinos. No o temor do Senhor o
princpio da sabedoria, mas o conhecimento do EU que se torna a prpria
sabedoria.1 3 O homem traz latentes no seu interior todos os atributos da divindade
que podem ser progressivamente desenvolvidos e atrados manifestao atravs do
pensamento puro e reto comportamento.14
a) Deus Todo-Poderoso (Mt 19.26); o homem tem poder limitado (Hb 4.15).
b) Deus onipresente (Sl 139.7-12); o homem confinado no espao e no tempo (Jo
1.50).
c) Deus eterno (Sl 90.2); o homem criado no tempo (Gn 1.26).
d) Deus verdade (Is 65.16); o corao do homem enganoso (Jr 17.9).
Teosofia: o homem no pecador
O problema do homem ignorar sua divindade. Desde que no exista o problema do
pecado, ele tambm no tem necessidade de salvao. Conseqentemente, Jesus no
morreu na cruz para providenciar a salvao do pecador. Os homens precisam de
iluminao para reconhecer sua divindade. Pela reencarnao, uma pessoa pode
retornar a Deus. A nica coisa que o homem precisa de iluminao, para reconhecer
sua divindade. A iluminao ou alterao da conscincia chamada tambm nova
conscincia. As tcnicas para a alterao da conscincia ou nova conscincia so:
meditao transcendental, ioga, hipnoses, mantras, dilogo com canalizadores, entre
outros.
Cristianismo: o problema do homem o pecado
O cristianismo comea com uma distino entre o Criador e a criao. Oposto ao
ensino monista pantesta, existe um abismo entre o Criador e o homem (Is 45.18). O
homem de fato tem pecado contra Deus (Rm 3.23) e precisa necessariamente de
salvao (Rm 5.18; 6.23). O Jesus bblico ensinou que o homem no tem
simplesmente um problema de ignorncia da sua divindade, mas um problema grave
de pecado que precisa resolver (Mt 12.33,34; Lc 11.13).
O Jesus bblico ensinou que sua misso foi prover, por sua morte na cruz, expiao
pelo pecado da humanidade (Mt 20.28; 26.26-28). Ensinou, ainda, que a salvao do
homem s possvel por f nele (Jesus), e no por iluminao ou nova conscincia (Jo
3.16).
Teosofia: prega a reencarnao e o carma
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Falando sobre a redeno efetuada por Cristo, L.W. Rogers declara: esta perniciosa
doutrina de que o erro cometido por um pode ser consertado pelo sacrifcio de outro.
simplesmente surpreendente que tal crena tenha sobrevivido Idade Mdia e
continue a encontrar milhes de pessoas que a aceitam nesses dias de pensamento
claro. O homem, que busca comprar a felicidade, atravs da agonia de outro,
indigno do cu, e no poderia reconhec-lo, se estivesse l. Um cu habitado pelos
que vem no sacrifcio vicrio um arranjo feliz, o qual lhes permite viver no prazer e
bem-estar, no digno de ser possudo.18
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Entre outros, este um dos principais atrativos que a Nova Era resgatou de sua
precursora, isto , o ideal de harmonizar e unificar valores religiosos em busca da
verdade, apresentando, com isso, uma religio sincrtica. Logicamente, em nossos
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eternidade, o crculo sem comeo nem fim em que todos os universos crescem e
declinam, nascem e morrem. Ao redor do smbolo, o lema do Maharja de Benares:
Satyt nsti paro Dharma [No h religio superior verdade].
Este sinal, a slaba sagrada AUM, em snscrito, a representao grfica e sonora
(OM) do mistrio do PRNCIPIO UNO, manifestado em seus trs aspectos: a Trindade.
A letra A representa o nome de Vishnu (o preservador); a letra U, o nome de Shiva (o
destruidor) e a letra M, o de Brahm (o criador). AUM o nome mstico da divindade,
a palavra mais sagrada de todas na ndia, a expresso laudatria ou glorificadora com
que comeam os Vedas e todos os livros sagrados ou msticos. Todas as grandes
religies falam da Trindade, ainda que dando nomes diferentes. Assim, segundo os
tesoficos, por exemplo, no cristianismo so: PAI, FILHO e ESPRITO SANTO; na
Teosofia: 1, 2 e 3 LOGOS.
Fonte: http://www.mcanet.com.br/lotusbranco/simbologia.htm
RELIGIES, SEITAS E FILOSOFIAS A SERVIO DA NOVA ERA
RELIGIES
Hindusmo (*2000 1500 a.C)
Xintosmo (*660 a.C)
Taosmo (*604 531 a.C)
Confucionismo (*551 479 a.C)
Budismo (*563 483 a.C)
SEITAS
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FILOSOFIAS E PRTICAS
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Homossexualidade
Gnosticismo
Ecumenismo
Sincretismo
Pantesmo
Monismo
Holismo
Astrologia
Ufologia
Ecologia
Cosmologia
Cosmogonia
Bruxaria
Bruxaria
Alquimia
Feng-Shui
Reiki
Vodu
Ioga
Entre outros
Notas:
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de Deus. O instrumento usado para isso era a cabala que, naturalmente, incorporava
muitas idias pags, no campo dos conceitos, como a adivinhao. A cabala era
usada como a Bblia do misticismo.
8 Segundo a prpria Ordem RosaCruz, sua finalidade estudar, testar e ensinar as
leis de Deus. Vejamos o que declaram: A finalidade da Ordem estudar, testar e
ensinar as leis de Deus e da natureza capazes de tornar nossos membros mestres do
sagrado templo (o corpo fsico) e obreiros do divino laboratrio (os reinos da
natureza). Isto nos permite prestar auxlio mais eficaz aos que ainda no conhecem
aquelas leis e que precisam de assistncia. Todo iniciado tem o dever de servir,
considerando imperativo estudar e praticar as leis ensinadas em nossa Ordem,
aplicando-as sempre que oportuno.
9 Mestre de Alquimia, mdico e filsofo alemo que conseguiu difundir suas doutrinas
sem ser condenado pela Igreja. considerado o personagem mais caracterstico do
Naturalismo alemo na Renascena. Definia o fundamento da Medicina como uma
conjugao entre o mundo exterior e as diferentes partes do organismo humano.
Tornou-se clebre pela doutrina dos medicamentos especficos e pela teoria da
mmia, blsamo natural que deveria preparar todos os tecidos.
10 Dicionrio de religies, crenas e ocultismo. Mather & Nichols. Editora Vida, p. 415,
2000.
11 Revista ANO ZERO n. 24, de abril de 1993, p 46.
12 The Key to Theosophie. Helena P. Blavatsky, p. 63.
13 A doutrina secreta. Helena P. Blavastky.
14 Folheto Princpios teosficos.
15 Ibid.
16 A reencarnao dos espritos, p. 192, 1946.
17 Revista ANO ZERO n. 24, abril de 1993, p.46.
18 Citado no Dicionrio de religies, crenas e ocultismo.
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com esse enunciado que comea determinado artigo incentivando o uso dos Florais
de Bach, considerado um regulador das vibraes que nos equilibram com a natureza.
Muitos cristos tm indagado se devemos ou no substituir ou adicionar os
tratamentos alternativos aos cuidados alopticos (Alopatia: Sistema teraputico que
consiste em tratar as doenas por meios contrrios a elas, procurando conhecer suas
causas e combat-las).
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O uso de plantas medicinais conta, ainda que com restries, com o apoio cientfico.
Como tais plantas so selecionadas e que critrio usado? Inicialmente, a sabedoria
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Muitas alternativas esto sendo acopladas aos tratamentos alternativos. Qual a bula
dessas alternativas? Em muitos segmentos encontramos a viso holstica. Devemos
nos lembrar, portanto, que a viso holstica pode ser encontrada nos tratamentos
legtimos. Nestes casos, bom excluir o elemento holstico. Isso no afetar o
tratamento. Por outro lado, se o tratamento tiver apenas representao das
perspectivas holsticas, ele deve ser totalmente rejeitado.
A composio desses florais no representa riscos aos usurios, geralmente feita de
gua mineral, conhaque de uvas, arbustos ou rvores silvestres. Administrados em
doses pequenas, cerca de quatro gotas, no fazem mal, mas tambm no so
eficazes, conforme parecer do Ministrio da Sade: no podem ser apresentadas
indicaes teraputicas com finalidades preventivas ou curativas, induzindo o
consumidor ao erro ou confuso. Se as composies desses florais so ineficazes,
por que devemos consider-los?
Tratamentos holsticos
Entramos, agora, em uma nova modalidade: os tratamentos holsticos. A viso desse
tratamento alcanar o homem como um todo: esprito, alma e corpo. a sua
espiritualizao. A medicina moderna tem dado um salto de f no escuro em direo
ao misticismo. De fato, a nova preocupao da medicina com o esprito do homem
surgiu atravs da surpreendente transformao da sociedade ocidental. Essa
mudana ocorreu quando os ocidentais decidiram aceitar o misticismo oriental.
Muitas pessoas, por usarem palavras como Deus, Cristo, esprito e alma so
consideradas simpticas ao cristianismo. Todavia, no devemos nos confundir.
Obviamente que alma, esprito, Deus e Cristo no so termos cientficos ou
medicinais, mas, sim, religiosos. Aqueles que lanam mo de tais palavras
certamente tm o seu prprio conceito a respeito do significado delas, e isso refletir
no seu modo de vida.
A cor, a forma e o aroma das flores veiculam o esprito da natureza. Esse dom,
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O conceito holstico poderia ser expresso assim: a viso de que o todo no se explica
fora de suas partes e estas no podem ser compreendidas fora do todo. A viso
holstica tem integrado reas do conhecimento de forma abrangente, ultrapassando
as fronteiras religiosas. Absorvem conceitos de todas as religies e cultos, buscando a
verdade em sua essncia. O homem deve ser tratado como um todo, nele mesmo e
atravs da natureza. Logo, o bem-estar espiritual do homem depende de seu
equilbrio com a natureza.
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alegam, pode ser adquirido pela absoro de algumas gotas do florais. So dezenas
de essncias florais. E cada uma delas aplicada conforme suas atribuies. Ao
escolher aquela que corresponde sua necessidade espiritual, o usurio alcanar o
reequilbrio emocional. Tais conceitos afirmam que estamos em um universo onde as
foras impessoais esto em constante luta. Trata-se do bem e do mal, da luz e das
trevas. Longe de qualquer vitria entre essas foras, os adeptos do conceito holstico
afirmam que precisamos equilibr-las, pois elas so essenciais ao universo.
Tais conceitos esto longe do que a Palavra de Deus ensina. Os tratamentos
representativos esto impregnados pela filosofia ocultista. Conseqentemente, esses
conceitos afetam a comunho com Deus. Em virtude desses tratamentos, o ocultismo
est se popularizando cada vez mais. Como servos de Cristo, devemos discernir entre
o natural e o mstico. E, para isso, no podemos nos deixar enganar pelas aparncias.
Talvez algum seja realmente curada ao fazer uso de algumas razes ou folhas.
Erram, portanto, quando adicionam misticismo ao elemento natural. Como cristos, o
que devemos fazer a respeito? Excluir o mstico e usufruir apenas do natural. Um
exemplo do que estamos falando o uso da folha de arruda atrs da orelha, simpatia
atribuda ao natural, o que significa adeso ao misticismo idlatra. O servo de Deus
deve rejeitar isso.
1 The Journal of Holistic Health, 1977, Jack Gibb, Psycho-Sociological Aspects of
Holistic Health. p. 44.
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do consumo excessivo de comida. O resto deve ser visto com muita cautela, alerta.
O que a metafsica?
Vamos elucidar o que metafsica, pois esse vocbulo muito aplicado pelos
seguidores dessa doutrina. Metafsica a diviso da filosofia que se ocupa de tudo o
que transcende o mundo fsico ou natural (Enciclopdia Britnica do Brasil
Publicaes Ltda). Ou seja, acreditar na metafsica ser mstico ou religioso, de
alguma forma.
claro que o assunto todo no passa de um tema esotrico/religioso. Alice
Domingues (Centro Holstico do RJ), afirmou que se no houver f na nova prtica de
vida a pessoa no ter xito em sua nova maneira de se alimentar. Ela assegurou que
esprito, mente e uma f confiante nessa mudana de hbito alimentar trar o
resultado da libertao da necessidade dos alimentos. Para ela, comer uma questo
social, e no essencial: Eu me alimento apenas socialmente, e no por necessidade,
afirmou em entrevista por telefone.
Evelyn induz que Jesus Cristo e a Bblia defendem seu ponto de vista e corroboram
com a idia de viver de Luz. (Veremos esse assunto mais adiante). Tambm afirma:
A purificao e a desintoxicao do corpo permitem que o fsico alcance uma
vibrao energtica muito mais fluida, deixando, com isso, o esprito livre para se
movimentar com muito mais facilidade para dentro e para fora do corpo. A no
alimentao provoca um poder espiritual mais ativo e isso permite que a pessoa
possa viver novas e diferentes realidades pessoais. O ser purificado trabalha no
campo invisvel com a conscincia, realiza viagens astrais, desperta a intuio, abre
sem medo o corao e aceita totalmente o mundo espiritual como verdade. Ou seja,
segundo Evelyn o parar de comer traz enlevo espiritual e provoca poderes
sobrenaturais. claro que isso gira em torno de uma tica religiosa e
sobrenatural/esotrica.
O prana
Dos mestres Astrais. Diz Evelyn que Os mestres astrais sempre ensinam que uma
ao externa s tem poder e valor se dermos esse poder e valor a essa coisa. Os
mestres me ouviam, me mostravam, me contavam e eu lia e lia e lia... Um dia recebi
a orientao de encontrar um mestre virtual para me ajudar a passar pelos obstculos
de minha vida cotidiana... me foi indicado que estudasse com um ndio Tolteca
chamado Don Juan. Don Juan era amigo da morte... muito amigo... Don Juam me
ensinou muitas coisas valiosssimas, foi ele quem me ensinou a no temer mais a
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morte. Foram doze anos de um aprendizado dirio com Don Juan, atravs de
Castaneda, praticando todos os ensinamentos.
Dos livros e sites: Aconselho seguindo algumas etapas, que so: Ler livros sobre o
assunto, investigar sites, conversar consigo mesmo sobre essa possibilidade de vida e
recolher a maior carga possvel de poder pessoal para tomar a deciso de no desistir
de maneira nenhuma.
A iniciao: o processo dos 21 dias
Tudo comea com o processo dos 21 dias. Vejam o que atesta Evelyn em seu site:
Esse processo no e nem pode ser considerado como uma nova dieta de
emagrecimento. Essa nunca foi a proposta do trabalho, que visa nica e
exclusivamente a desintoxicao orgnica humana e reconexo interna com o Eu
Superior... Para se tomar a deciso de parar de alimentar-se de elementos slidos
preciso muita conscincia e viso, para que o processo possa ser realizado com
absoluto xito... O Processo dos 21 dias foi elaborado pela australiana Jasmuheen, h
cerca de 10 anos. Jasmuheen, depois de pesquisar e estudar a influncia dos
alimentos na vida humana, recebeu a autorizao espiritual para ensinar s pessoas
mais conscientes como se reconectar com seu Eu Superior atravs de uma
reprogramao fsica, energtica, mental e espiritual... Esse processo de
reprogramao alimentar foi dividido em trs grupos de sete dias, totalizando um
programa de 21 dias, que comea com a deciso interna de parar de comer... Essa
deciso pode ser tomada de diversas e diferentes maneiras: ir parando aos poucos
(quando a pessoa gradativamente reduz a alimentao, cortando os alimentos mais
pesados); aplicando jejuns alternados; entrando numa dieta base de frutas; parando
completamente a alimentao com uma data marcada (neste caso a pessoa precisa
estar 100% consciente de sua deciso radical).
Entretanto, o dr. Regis Barbier afirma: Tornar as glndulas pituitria e pineal capazes
de absorver a energia solar e nutrir o corpo significa realizar uma transmutao
biolgica. Isso nunca foi feito por cientistas. E se isso for possvel a um ser humano,
no acredito que algum o faa em apenas 21 dias, justifica. Seria necessrio um
processo alqumico capaz de transformar ftons em protenas e acares.
Por que as pessoas morrem quando param de comer?
uma religio. Apesar de ter ouvido categoricamente de Alice Domingues que esse
movimento no religioso, s perscrutar um pouquinho e veremos que tudo no
passa de esoterismo/nova era, sendo uma das mais recentes maneiras religiosa de
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Refutao teolgica
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ainda diz que Jesus, olhando para certa multido faminta, deu uma ordem aos seus
discpulos: dai-lhes vs de comer (Mt 14.16).
Evelyn menciona Cristo como um de seus instrutores nessa nova revelao,
entretanto no haveria melhor hora para o Cristo ensinar esse conceito de viver de
luz do que naquele dia em que a multido anelava faminta no deserto. Mas Cristo
no ensinou isso, ao contrrio, Ele efetuou um grande milagre - O Milagre da
Multiplicao dos pes. A multido comeu at se fartar e todos voltaram para a cidade
alimentados e bem nutridos.
Um corpo imortal como o esprito. A Palavra de Deus diz que o nosso corpo
corruptvel e que enquanto estivermos nele seremos sujeitos morte (1Co 15.52,53).
Ainda enfatizado pela Palavra que ao homem ordenado morrer (Hb 9.27). S em
Cristo Jesus podemos ser salvos da morte, pois Ele j a venceu e ressuscitou. Apesar
disso Evelyn afirma: ... o corpo pode ser imortal e carregar o mesmo esprito por toda
a existncia, ou por quanto tempo quiser.
O apstolo Paulo qualifica movimentos desse tipo como doutrinas de demnios. Mas
o Esprito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostataro da f,
dando ouvidos a espritos enganadores, e a doutrinas de demnios... proibindo o
casamento, e ordenando a abstinncia de alimentos que Deus criou para serem
recebidos com aes de graas pelos que so fiis e que conhecem bem a verdade;
pois todas as coisas criadas por Deus so boas, e nada deve ser rejeitado se
recebido com aes de graas; porque pela palavra de Deus e pela orao so
santificadas (1Tm 4.1-5). Tudo o que bom e saboroso Deus tem prazer que seus
filhos desfrutem: Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o bem desta terra (Is 1.19).
claro que algo que tenha bom sabor, mas que causa algum malefcio ou vcio deve
ser evitado, pois: Todas as coisas me so lcitas, mas nem todas as coisas convm.
Todas as coisas me so lcitas; mas eu no me deixarei dominar por nenhuma delas
(1 Co 6.12).
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A incgnita : quantos ainda sero vitimados por permitirem que coisas desse nvel
sejam ventiladas pela mdia sem que ningum tome as devidas providncias? Onde
esto as autoridades do nosso pas? Ou ser que a nossa democracia permite
qualquer lance? Alguma providncia precisa ser tomada, esse ensinamento absurdo e
luntico no pode continuar sendo vinculado sem que haja a preocupao com os
receptores! Sabemos que h pessoas que no tm estrutura neuropsicolgica para
agentar esse tipo de idia e podem enveredar-se por um caminho sem volta, e isso
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poder gerar um verdadeiro caos. Que o leitor ore e procure se informar muito bem
sobre esse mais novo ensino em nosso meio.
www.icp.com.br
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