Decreto - 46 - 2004 Sisa PDF
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I SRIE -
Nmero 43
BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAO OFICIAL DA REPBLICA DE MOAMBIQUE
Cdigo da Sisa
CAPiTULO
AVISO
Incidncia
SUMRIO
4612004: '
Decreto n,
ARTIGO I
(Incidncia real)
1. A Sisa incide sobre as transmisses, a ttulo oneroso.
do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse
direito, sobre bens imveis:
2. Para efeitos de incidncia deste imposto consideram-se
bens imveis. os 'prdios urbanos situados em territrio
nacional.
Conselho de Ministros:
Dec:reto n.
4712004:
CONSELHO DE MINiSTROS
b) A promessa
Decreto n. 4612004
de 27 de Outubro
Tornando-se necessrio proceder aprovao do Cdigo
da Sisa. prevista na Lei n." 1512002. de 26 de Junho; Lei
de Bases do Sistema Tributrio. no uso da competncia
atribuda no n. I do artigo 72 da mesma Lei. o Conselho
de Ministros. decreta:
Artigo I. aprovado o Cdigo da Sisa. anexo ao presente
decreto e que dele faz parte integrante.
Art, 2. Compete ao Ministro da rea das Finanas aprovar
das obrigaes
decorrentes
aos 14 de Setem-
Publique-se.
A Primeira-Ministra,
c) A cesso de posio
d) A resoluo.
e) A aquisio
de prdios urbanos por troca ou permuta. por cada um dos perrnutantes, pela diferena
declarada de valores ou pela diferena entre os
valores patrimoniais
tributrios consoante a que
for maior;
ISRIE - NMERO 43
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fi O excesso da quota-parte que ao adquirente pertencer. nos prdios urbanos. em acto de diviso ou
partilhas. por meio de arrematao.
licitao,
acordo. transaco ou encabeamento por sorteio.
bem como a alienao da herana ou quinho
hereditrio;
g) A outorga
de
de
de
o
de procurao e o subestabelecimento
procurao. que confira poderes, de alienao
prdio urbano. em que por renncia ao direito
revogao ou clusula de natureza semelhante.
representado, deixe de poder revogar a pro-
curao:
Ir), O arrendamento
c) Nas divises
i) O arrendamento
g) do n." 4 do
artigo 1. o imposto devido pelo procurador ou
por quem tiver sido substabelecido, no lhe sendo
aplicvel qualquer iseno .ou reduo de taxa.
b) Os actos da constituio
c) As transmisses
.cso
de prdios
de sociedades;'
urbanos
por fuso ou
(f) A remisso
ARTIGO 4
(Facto garador)
Isenes
(Incldlnela aublecuva)
a) Nos, contratos
b) Nas situaes
das alneas b) e c) do n. 4 do artigo 1. o imposto devido pelo primitivo' promitente adquirente e por cada um dos sucessivos
promitentes adquirentes, no lhes sendo npllcvcl
qualquer iseno ou reduo de taxa;
qualquer
no momento em que
ARTIGOS
(laenO~')
Do Estado;
cidas quanto aos prdios urbanos destinados, directa e imediatamente, realizao 'dos seus fins
estatutrios;
j) Dos Estados estrangeiros pela aquisio de prdios
urbanos destinados exclusivamente ti sede da res-
DE: 2004
443
CAPiTULO
Determlnaio
ii) Dos
museus. bibliotecas.
escolas. instituies
e
associaes de ensino ou educao, de cultura
cientfica, literria ou artstica e de caridade.
assistncia ou beneficncia. quanto. aos prdios
urbanos destinados, directa ou indirectamente, ii
realizao desses fins:
i) Dos adquirentes
(Ilue TrIbutria)
J. A Sisa incide sobre o montante declarado da transmisso
ou do valor patrimonial do prdio urbano, consoante o valor
mais elevado, a no ser que este se afaste do preo normal
de mercado,
2. Para a determinao do preo normal de mercado, o
Director da rea Fiscal da situao dos prdios urbanos
dever promover as aces de comprovao e fiscalizao,
considerando as operaes realizadas entre compradores e
vendedores independentes,
de prdios com caractersticas
semelhantes, tais como antiguidade, dimenses e localizao.
de prdios
urbanos
por fuso ou
(Regras especiais)
ARTIGO 6
b) Nas permutas
moniais tributrios;
c) Nas transmisses
c)
da fuso ou ciso
porm. sem
a) Quando qualquer
b)
por regu-
ARTIGO 8
a) A remisso
b) As transmisses
da matria colectvel
ARTIGO?
g) Das
social. sade pblica. educao. investigao cientfica. culto. cultura. desporto e recreao. caridade
e beneficncia. relativamente aos prdios urbanos
afectos realizao desses fins;
111
das
sociedades
comerciais.
4. Sempre que se julgar necessrio. para alm dos documentos referidos no nmero anterior, a administrao tributria
cl) Quando a transmisso se efectuar por meio de renncia ou cedncia, o imposto calculado sobre o
valor patrimonial tributrio dos respectivos prdios
urbanos, ou sobre o valor constante do acto ou
do contrato, se for superior;
e) Se a propriedade
como quando se renunciar a qualquer desses direitos ou o usufruto for transmitido separadamente
da propriedade, o imposto liquidado pelo valor
actual do usufruto, uso ou habitao, ou pelo valor
constante do acto ou do contrato. se for superior;
g)
sobre a diferena
I SRIE-NMERO
444
li) Nas partilhas judiciais ou extrajudiciais, o valor do
excesso de prdios urbanos sobre a quota-parte
do adquirente, nos termos da alnea' j) do n." 4 do
artigo I, calculado em face do valor patrimonial
tributrio desses bens adicionado do valor atri
budo aos prdios urbanos no sujeitos a inscrio
matricial ou, caso' seja superior. em face do valor
que tiver servido de base partilha;
se operar por meio de. tornas
havidas nas partilhas, quer judiciais, quer extrajudiciais, ainda que as mesmas tornas nasam de
igualao das partilhas, conforme os artigos 210 I
e seguintes, do Cdigo Ci vil, ser liquidada a
contribuio de registo a ttulo oneroso sobre a
importncia das tornas,' quando a partilha se componha todade bens imobilirios
e mobilirios.
sobre a parte em que as tornas excederam os valor
dos bens mobilirios;
maior;
k) Na fuso ou na ciso de sociedades a que se refere a
alnea e) do \l." 5.do artigo I, o imposto incide sobre
o valor patrimonial tributrio de todos os prdios
urbanos das sociedades fusonadas ou cindidas' que
se transfrarn para o activo das sociedades que
resultarem da fuso ou ciso, ou sobre o valor por
que esses bens entrarem para o activo das sociedades,
se for superior;
pelo locatrio, atravs de contrato de compra e venda, no termo
da vigncia do contrato de locao financeira e nas
condies nele estabelecidas, ser o valor residual
determinado
ou determinvel,
nos termos do
respectivo contrato;
i) Quando a transmisso
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e) A importncia
no caso da al-
j) Em geral, quaisquer
CAPiTULO IV
Taxas
O valor dos prdios urbanos expropriados por utilidade pblica, o montante da indemnizao, salvo
se esta for estabelecida por acordo ou transaco,
caso em que se aplica o disposto no. artigo anterior;
o) Nas situaes
p) Quando a transmisso se efectuar por meio de coristituio de enfiteuse, o imposto calculado sobre o
valor do prdio nestas condies, no podendo este
valor ser inferior ao produto de vinte anuidades,
adicionado com as entradas, havendo-as;
q) N. situao prevista na a lnea b) do n." 5 do artigo 1,
----------
ARTIGO 10
(Taxa)
I. A taxa da Sisa de 2% e aplica-se sobre o valor deter.
minado nos termos do Captulo II!
2. Nos casos em que o adquirente ou os scios do adquirente tenham a residncia em territno sujeira a ~m regime
fiscal. claramente mais favorvel, tal como definido no Cdigo
do IRPC, a taxa sempre de 10%, no se aplicando qualquer iseno ou reduo.
ARTIGO ti
eAPTuLOV
Liquidao
ARTIGO 12
(Inlclauva da IIquld.ll!l)
I. Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte, a liquidao da Sisa de iniciativa dos sujeitos passivos, para cujo
efeito devem apresentar uma declarao, de modelo oficial,
devidamente preenchida,
2. A liquidao promovida oflclosamente pelos servios
da administrao tributria nos casos previstos no artigo 14
n,'" 3 e 4. e sempre que os sujeitos passivos no tomem
a iniciativn de u fazer dentro dos prazos legais. bem como
quando houver lugar a qualquer liquidao adicional, sem
prejuzo dos juros compensatnos
a que haja lugar e du
penalidade que ao caso couber.
445
ARTIGO 13
(Contedo da decjaralQl
esclarecimentos
dao do imposto.
indispensveis
bt e
c)
ii liqui-
ARTIGO 16
Nas transmisses operadas por diviso. partilha. arrematao, venda judicial ou administrativa. adjudicao. transaco
ou conciliao, servem de 'base liquidao os orresponcentes
instrumentos legais.
(Direito de preferncia)
ARTIGO 17
houver substituio
4. Em caso de transmisso parcial de prdios urbanos inscritos em matrizes prediais. devem declarar-se as parcelas
compreendidas na respectiva fraco do prdio,
2. Se o preferente beneficiar de iseno, procede-se ii anulao do imposto liquidado ao preferid,bem como aos correspondentes averbamentos.
ARTIGO 14
I. A Sisa liquidada pelos servios competentes da administrao tributria, com base na declarao do sujeito passivo
ou oficiosamente. considerando-se. para todos os efeitos legais.
o acto tributrio praticado no servio de finanas da rea da
situao dos prdios urbanos.
ARTIGO I~
3. Se, vier a ser nomeada a pessoa identificada na declarao. averba-se a sua identidade na declarao para efeitos
de liquidao de Sisa e procede-se anulao. desta se a
pessoa nomeada beneficiar de iseno.
ARTIG 15
ARTIGO 19
(Momento daliquldalo)
I. A liquidao da Sisa precede o acto ou facto da transmisso dos prdios urbanos. ainda que amesma esteja subordinada
a condio suspensiva. haja reserva de propriedade, bem como
nos casos de contrato para pessoa a nomear.
2. Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte. nas transmisses previstas nas alneas a). "), c) e g) do n," 4 e a
alnea a) do n. 5 do artigo J, o imposto liquidado, antes da:a) celebrao do contrato-promessa;
b) cesso da posio contratual;
c)
-_.,,---------------
ARTIGO 20
446
ISRIE'-NMER043
21
ARTtOOn
ARTldo2.6
(~Iquldalo Idlclonal)
tributria deve
verifique a omisso dos prdios sujeitos a tributao, bem como no caso de ter sido practicados ou
celebrados actos ou contratos com o objectivo de
diminuir a s1lvida de imposto ou obter outras vantagens indevidas;
b) Se verificar que nas liquidaes se cometeram .errcs
de facto ou de direito. de que resultou prejuzo
para o Estado.
2. No haver lugar a IiquiMo adicional se. decorridos
cinco anos. contados a partir 'da data da liquidailo a corrigir.
3. A Iiq.uidao adicional' deve ser notificada ao sujeito
passivo nos termos previstos na lei, a fim de efectuar o
pagamento e, sendo caso disso. poder utilizar os meios de
defesa a previstos.
ARTIGO 23
do nlo p'lIamanto).
I. Se o 'imposto no for pagp antes do acto ou facto translativo, ou a sua liquidao no for pedida, devendo-o ser.
dentro dos prazos fixados para <i 'pag~nienlo no artigo 24,
o director da rea fiscal promove a sua liquidao oficiosa
e notifica o sujeito passivo para pagar no- prazo de trinta dias,
sem prejuzo dos juros compensatrios. e da' sano que ao
caso couber.
2. Sendo a liquidao requerida pelo sujeito passivo depois
do acto ou facto translativo oude decorridos os prazos previstos no artigo 24. o imposto deve ser pago 'no prprio dia,
sem pl'ejulzo dos juros compensatrios' e da sano que ao
caso couber.
3. Quando o imposto. depois de liquidado, no for pago at.
ao termo dos prazos a que referem os ri." I, e 2, comearo. a
contar-se juros de mora e ser extrada pelos servios competentes certido de dvida para cobrana coerciva.
ARTIGO27
(~lmll8 mlnlmoa)
(Conaequ6ncl"
.._----------
e n6es
AR'rIGO'~8
(Enllllaaaa lI.callzacioral)
27 DE OUTUBRO DE 2004
447
(Obrigaes de cooperaio
dos tribunais)
I. Quando for devida Sisa. os notrios e outros funcionrios ou entidades que desempenhem funes notariais no
podem Iavrar as escrituras. quaisquer outros instrumentos
notariais ou documentos particulares que operem transmisses de prdios urbanos . nem. proceder ao reconhecimento
de assinaturas nos contratos previstos nas alneas b) e c) do
n," 4 do artigo 1. sem que lhe seja apresentada a declarao
referida no artigo '12 acompanhada
do correspondente
comprovativo de cobrana' da Sisa. que arquivaro. disso
fazendo meno no' documento a que respeitam. sempre que
a liquidao deva. preceder a transmisso.
2. Caso se alegue extravio. os referidos documentos podem
ser substitudos. conforme 'os casos. por certido ou fotocpia
autenticada. passada pelos servios emitentes dos documentos
originais.
3. Havendo lugar a iseno automtica ou dependente de
reconhecimento prvio, as entidades referidas no n," 1 devem
verificar e averbar a iseno ou 'exigir o documento comprovativo desse reconhecimento, que arquivaro.
4. Os notrios 'devem enviar mensalmente aos servios
competentes da administrao tributria. _sempre que possvel
em suporte informtico, os seguintes elementos:
a) Uma relao dos actos ou contratos
sujeitos a Sisa.
ou dele isentos. exarados nos livros de notas no
ms antecedente. contendo; relativamente a cada
um desses actos, o nmero, data e importncia
dos documentos de cobrana ou os motivos da
iseno. nomes dos contratantes. artigos matriciais
e respectiva localizao. ou meno dos- prdios
omissos;
ARnGo32.
do Ministrio
dos. Negcios
Estrangll'!l)
no
Os testarnenteiros e cabeas-de-casal
no devem fazer
entrega de quaisquer legados ou quinhes de heranas constitudos por prdios urbanos, sem que a Sisa tenha sido
paga pelo contribuinte ou contribuintes. ficando solidariamente responsveis com eles se o fizerem.
ARTIGO 35
(Sanes)
As transgresses ao disposto neste Cdigo constituem
infraces tributrias punveis pela Lei n." 1512002. de 26
de Junho, pelo Regime Geral das Infraces Tributrias.
aprovado pelo Decreto n. 4612002. de 26 de Dezembro e
-pela demais legislao aplicvel.
CAPiTULO VIII
Garantias
ARTIGO 36
(lei aplicvel)
AltJlGo3J
suJeitos- a registo)
-148
I SRIE-NOMEIW
aos servios.
43
CAPITULO IX
DIsposlu
dlvefllll
ARTIo042
(DIreito de prafarincl.
de organlsmca pblloos)
Deoreto n. 47120Q4
de 27 da Outubro
(Anuta.o prporc,lon.l)
1. Se, antes de decorridos oito anos sobre a transmisso.
vier a verificar-sea condio resolutlva ou se der a resoluo
do contrato, pode obter. se. J10r meio de reclamao ou de
impugnao judicial. a anulao proporcional da Sisa.
2. Os. prazos para deduzir a reclamao ou a Impugnao
coin tais fundamentos contam-se a partir da - ocorrncia do
facto.
3. O imposto anulado em 'importncia equivalente ao
produto da sua oitava parte pelo nmero 'de anos completos
que fatarern para oito.
ARTIGO 41
(lll"mbolao do lmP4ato)
I. Anulnda
liquidao.
quer oficiosamente.
quer por
._-------------