Cartilha Homofobia
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liberdade
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S e pa r a d o s p e lo
preconceito
campanha de
COMBATe hOMOFOBIA!
A S E D I H C p r e s e n t e n e s s a lu ta
Referncias
Site: www.abglt.org.br
Direitos Humanos GLBT - Guia de orientao - 2 edio - MG 2008
Guia Para Educadores - Como discutir homossexualidade na
escola?
Princpios de Yogykarta - Princpios sobre a aplicao da
lesgislao internacional de Direitos Humanos em relao
orientao sexual e identidade de gnero.
Franco, Deputado Alberto - GLBT MA, Movimento - Cartilha de
esclarecimento de Leis - Assuma seus Direitos - 1 edio
Anis: Instituto de Biotica, Direitos Humanos e Gnero.
Legislao e Jurisprudncia LGBTTT: Lsbicas - Gays - Bissexuais
- Travestis - Transexuais - Tranneros: Atualizada at 09.2006 /
Anis: Instituto de Biotica, Direitos Humanos e Gneros;
Associao Lsbica Feminista de Braslia Coturno de Vnus; Kelly
Ktlinski (organizadora); Joelma Cezrio, Melissa Navarro
(pesquisadora). Braslia: LetrasLivres, 2007 - 320p.
Bortolini, Alexandre - Diversidade Sexual na Escola - 1 Edio Pr - Reitoria de Extenso / UFRJ
48
Impresso no Brasil
1 Edio: 2009
Tiragem desta edio: 5.000 exemplares impressos
Grupo de trabalho constitudo para realizao do estudo: Airton
Ferreira da Silva, Benedito de Sousa Guilhon Filho e Maria Tereza
Nunes Trabulsi
Coordenador: Airton Ferreira da Silva
Capa: Voz Comunicao
Designer grfico: Voz Comunicao
Editorao eletrnica: Voz Comunicao
Dados Internacionais de catalogao na publicao:
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Mensagem do Secretrio
PELA CIDADANIA LGBT
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ACESSE O PORTAL
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SUMRIO
1-Apresentao...............................................................................06
2- Direitos Humanos e Diversidade Sexual .................................07
3 Educao em Direitos Humanos .............................................12
4 Sexualidade ..............................................................................15
5 Orientao Sexual ....................................................................16
6 Cultura LGBT ............................................................................23
7 Aprenda alguns conceitos importantes para o entendimento
do que e pelo que luta a populao LGBT................................26
8- Centro de Referncia em Direitos Humanos (em
quadrinhos).....................................................................................30
9- Anexos.........................................................................................33
APRESENTAO
Desde 1997 o Brasil citado em documentos
internacionais como um dos pases que mais comete violncia
contra homossexuais. Uma sociedade que no garante os
Direitos Fundamentais de todas as pessoas no uma sociedade
igualitria, livre, democrtica e justa.
Grandes passos esto sendo dados quanto legislao
brasileira e a garantia dos direitos da populao de LGBT, mas
preciso mais. E por isso, que a Secretaria de Estado dos Direitos
Humanos e Cidadania do Maranho em parceria com a
Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
lana esta cartilha, como produto do Projeto Centro de Referncia
em Direitos Humanos, desenvolvido pela SEDIHC-MA que
garante a criao e a manuteno de um espao de atendimento,
orientao e acompanhamento das vtimas de violao dos
Direitos Humanos fundamentais contra as populaes
caracterizadas pela diversidade sexual, tnica, racial, cultural, de
gnero e religiosa, com nfase para atendimento aos casos de
homofobia do Estado do Maranho.
Esta Cartilha tem como objetivo orientar e esclarecer
alguns conceitos e questes relacionadas a populao LGBT
visando contribuir na sensibilizao do poder pblico e da
sociedade civil acerca da importncia de combater a Homofobia.
06
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DIREITOS HUMANOS E
DIVERSIDADE SEXUAL
Para comear qualquer discusso sobre Direitos
Humanos necessrio que todos entendam que a base
de qualquer direito est ancorada Constituio
Federal, a norma maior do Estado Brasileiro.
Principalmente por que l que aprendemos que todos
os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade
e direitos, e que os direitos humanos so universais,
indivisveis e inter-relacionados. A livre orientao
sexual e identidade de gnero so essenciais para a
dignidade de cada pessoa e no devem ser motivo de
discriminao ou abuso.
Com base nisso nos perguntamos por que tantos
casos de desrespeito ainda acontecem em pleno Sculo
XXI? poca em que o processo de Garantia de Direitos
j deveria estar em passos firmes, visto que a
Declarao Universal dos Direitos Humanos est
prestes a completar 61 anos e Constituio Federal 21
anos.
07
Passo e descompasso
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As violaes
A violao de direitos humanos que atinge pessoas por causa
de sua orientao sexual ou identidade de gnero, real ou
percebida, constituem um padro global e consolidado, que causa
srias preocupaes.
Podemos destacar como exemplo destas violaes, as
execues extra judiciais, tortura, maus tratos, agresses
sexuais, estupros, invaso de privacidade, deteno arbitrria,
negao de oportunidade de emprego, educao e srias
discriminaes em relao ao acesso a outros direitos humanos e
so com freqncia agravadas por outras formas de violncia,
dio, discriminao e excluso, como aquelas baseadas na raa,
idade, religio, deficincia ou sistema econmico, social ou de
outro tipo.
Ventos de Otimismo
Apesar da dura realidade internacional e nacional com relao
ao aumento das foras conservadoras no Brasil e no mundo,
possvel afirmar que o atual cenrio pblico estadual favorvel
aos direitos das pessoas LGBT.
Entretanto somente a aprovao de leis no basta,
necessria a aproximao, articulao e constituio de parceria
com demais
09
Os dados alarmantes do
Brasil e do Maranho
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dois
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crime;
No tem direito a visita intima na priso;
No acompanham a parceira no parto;
No podem autorizar cirurgia de risco;
No podem ser curadores/as do/a parceiro/a declarado/a
judicialmente incapaz;
No podem declarar parceiro/a como dependente do Imposto de
Renda (IR);
No fazem declarao conjunta do IR;
No abatem do IR gastos mdicos e educacionais do/a parceiro/a;
No podem deduzir no IR o imposto pago em nome do/a parceiro/a;
No dividem no IR os rendimentos recebidos em comum pelos/as
parceiros/as;
No so reconhecidos/as como entidade familiar, mas sim como
scios/as;
No tm suas aes legais julgadas pelas Varas de Famlia.
Os princpios
A educao em direitos humanos tem como princpio
fundamental a afirmao de todos os valores necessrios a
construo de uma cultura de respeito ao ser humano e a sua
dignidade. A apreenso do conhecimento baseado nesses
valores ser o suporte para a formao de uma conscincia
cidad e afirmao de uma cultura de tolerncia e paz.
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sade;
No participam de programas do Estado vinculados famlia;
No escrevem parceiros/as como dependentes da previdncia;
No podem acompanhar o/a parceiro/a servidor/a pblico/a
transferindo/a;
No tem a impenhorabilidade do imvel em que o casal reside;
No tem garantia de penso alimentcia em caso de separao;
No tem garantia de metade dos bens em caso de separao;
No podem assumir a guarda do/a filho do conjugue;
No adotam filho em conjunto;
No podem adotar o/a filho do/a parceiro/a;
No tem licena maternidade para nascimento de filho/a do/a
parceiro/a;
No tem licena maternidade/ paternidade se o/a parceiro/a adota
filho/a;
No recebem abono famlia ;
No tem licena luto, para faltar ao trabalho na morte do/a
parceiro/a;
No recebem auxlio funeral;
No podem ser inventariantes do/a parceiro/a falecido/a;
No tem direito a herana
No tem garantia a permanncia no lar quando o/a parceiro/a morre
No tem usufruto dos bens do/a parceiro/a
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No podem casar;
SEXUALIDADE
Sexualidade um termo amplamente abrangente que
engloba inmeros fatores e dificilmente se encaixa em uma
definio nica e absoluta. Teoricamente, a sexualidade assim
como a conhecemos, inicia-se junto com a puberdade ou
adolescncia, o que deve ocorrer por volta dos 12 anos de idade
(Art. 2 Estatuto da Criana e do Adolescente). Entretanto, em
prtica, sabemos que no se configura exatamente desta forma.
O termo sexualidade nos remete a um universo onde tudo
relativo, pessoal e muitas vezes paradoxal. Pode-se dizer que
o trao mais ntimo do ser humano e como tal, se manifesta
diferentemente em cada indivduo de acordo com a realidade e as
experincias vivenciadas pelo mesmo.
A noo de sexualidade como busca de prazer, descoberta
das sensaes proporcionadas pelo contato ou toque, atrao por
outras pessoas (de sexo oposto e/ou mesmo sexo) com intuito de
obter prazer pela satisfao dos desejos do corpo, entre outras
caractersticas, diretamente ligada e dependente de fatores
genticos e principalmente culturais. O contexto influi diretamente
na sexualidade de cada um.
Muitas vezes se confunde o conceito de sexualidade com o
do sexo propriamente dito. importante salientar que um no
necessariamente precisa vir acompanhado do outro. Cabe a cada
um decidir qual o momento propcio para que esta sexualidade se
manifeste de forma fsica e seja compartilhada com outro
indivduo atravs do sexo, que apenas uma das suas formas de
se chegar satisfao desejada.
15
ORIENTAO SEXUAL
De 23 de Maro de 1999
Estabelece normas de atualizao para os psiclogos em relao
questo da orientao sexual
Homossexual
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33
Quanto homossexualidade
No ilegal No h proibio, condenao ou leis antihomossexuais no Brasil, ao contrrio, ilegal a discriminao de
pessoas em virtude de sua homossexualidade.
Presta atendimento especializado populao
LGBT do estado do Maranho, no desenvolvimento de
aes de promoo da cidadania, combate ao
preconceito e a discriminao, oferecendo orientao
jurdica, psicolgica e social, por meio de uma equipe
multidisciplinar orientando, encaminhando,
acompanhando os casos de violncia homofbica.
Capacita 700 (setecentas) lideranas LGBT
atravs de 2 (dois) cursos de direitos humanos.
Funciona
de 2 a
6 pela manh e
tarde.
Possui um advogado, um psiclogo, um
assistente social, um articulador e um coordenador.
Legal!!
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Homoafetividade
O preconceito em torno homossexualidade espalha uma idia
de que homossexuais se relacionam com o objetivo exclusivo de
fazer sexo. Se, na sociedade, o sexo visto como pecado, sujeira,
etc., e se no reconhecido o amor, a afetividade entre pessoas
do mesmo sexo, as relaes homossexuais so vistas
equivocadamente como relaes de promiscuidade e
perverso.O termo homoafetividade utilizado para visibilizar e
romper com o paradigma de que a homossexualidade est
necessariamente restrita ao ato sexual, mas que a
homossexualidade envolve relaes afetivas e/ou sexuais entre
pessoas do mesmo sexo.
Homossexualidade
1818
Heterossexualidade
quando a pessoa exerce sua atrao afetiva e sexual por
pessoas do sexo oposto.
Ex.
Bissexualidade
a garantia e manuteno de
um espao de atendimento, orientao e
acompanhamento das vtimas de violao
dos Direitos Humanos fundamentais contra as populaes caracterizadas pela diversidade sexual, tnica, racial, cultural,
com nfase no atendimento especial aos
O que o centro de
Referncia dos direitos
Humanos?
casos de homofobia .
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Identidade de gnero
Independente do sexo, um ser humano pode ter a identidade de
gnero de mulher, de homem ou ainda outras identidades de
gnero possveis, lembrando que a identidade de gnero uma
construo social, e no um signo fsico ou biolgico. a forma
como a pessoa se coloca sexualmente perante a sociedade.
Transexualidade
(Transexual) - Refere-se condio da pessoa que possui uma
identidade de gnero diferente a designada no nascimento, tendo
o desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto.
Usualmente os homens e as mulheres transexuais apresentam
uma sensao de desconforto ou impropriedade de seu prprio
sexo anatmico desejam fazer uma resignao (cirurgia) de seu
sexo de nascimento para o sexo oposto.
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Travestilidade
Transgneros
Por deliberao da I Conferencia Nacional LGBT, em junho de
2008, este termo entrou em desuso, pelo fato que o segmento das
travestis e transexuais, tem um pensamento consensual que elas
no esto transitando entre gneros. Este termo passou a
designar somente categorias profissionais como: transformistas,
drag queens, caricatas, crossdresser, etc.
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Drag Queens
So artistas performticos que se travestem, fantasiando-se
cmica ou exageradamente com o intuito geralmente profissional
artstico.
Chama-se Drag Queen, o gay masculino, que se veste com
roupas exageradas femininas estilizadas. A transformao
geralmente envolve, por parte do artista, a criao de um
personagem caracterstico cmico e exagerado.
A cano ' I WILL SURVIVE ', da cantora Gloria Gaynor
considerada hino das Drag Queens.
Crossdresser
So pessoas (geralmente homens heterossexuais) que vestem
roupas ou usam objetos associados ao sexo oposto, geralmente
por motivos profissionais e gratificao.
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CULTURA LGBT
A Cultura LGBT possui diversos smbolos que marcam a
sua histria de lutas ao longo de sua tragetoria, cada um com seu
significado prprio. O mais conhecido deles a Bandeira do
arco-ris criada por Gilbert Baker, que foi usada como smbolo
mundial do movimento LGBT nos anos 80.
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Tringulo Rosa
Foi um dos smbolos usados nos campos de concentrao
nazistas. Indicava quais homens haviam sido capturados por
prticas homossexuais. Todos os
capturados pelos nazistas recebiam algum
emblema em suas roupas. Judeus recebiam
um emblema amarelo e mulheres tidas como
"anti-sociais, inclusive as lsbicas, o tringulo
preto.
O tringulo rosa de-ponta-cabea passa a ser um
dos smbolos de movimentos internacionais
favorveis s minorias sexuais, sendo, no entanto, um pouco
menos popular que a bandeira arco-ris.
As Paradas
As Paradas LGBT que acontecem em todo o planeta,
representam uma ferramenta poltica do movimento
homossexual, que tem como objetivo protestar contra a ausncia
de polticas pblicas de incluso, promover a visibilidade da
diversidade sexual e comemorar o DIA INTERNACIONAL DO
ORGULHO GAY (28 de junho).
As paradas comearam motivadas pela Rebelio de
Stonewall, um conjunto de episdios violentos - que durou vrios
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