Relatório Química Ambiental - Química Da Água
Relatório Química Ambiental - Química Da Água
Relatório Química Ambiental - Química Da Água
CAMPUS DE ITABIRA
03 de Julho de 2015
Itabira
1. INTRODUO
A gua um recurso natural, vital manuteno da vida da forma que a
conhecemos, desde os inicios dos registros de civilizaes humanas, vivendo em
sociedade tambm so encontrados registros da importncia da gua, que por sua vez
possibilitou o surgimento de grandes centros, de forma que at hoje pea fundamental
no dia a dia dos grandes centros urbanos, sendo sua disponibilidade, acessibilidade e
qualidade, dor de cabea constante dos governantes.
Mesmo sendo um recurso renovvel, e constituindo cerca 70% da composio
do planeta, a gua doce, disponvel para o consumo, que so as aguas presentes em
lagos e rios, representam apenas uma pequena fatia, de cerca de 0,02%. No Brasil,
atualmente, a questo da falta de agua foi altamente discutida, devido estiagem das
chuvas, atingindo principalmente aos reservadores que abasteciam grandes centros,
desta forma destacando-se mais uma vez sua importncia e a necessidade de seu uso
racional por parte de todos.
Atualmente uma das questes da gua, alm do seu uso, tambm se discute o seu
reuso, onde para esse so criadas tcnicas para a reutilizao da gua, geralmente
proveniente de esgotos, para que esta atinja novamente um padro aceitvel. Essas
tcnicas foram desenvolvidas com o intuito de eliminar os compostos que possam vir a
fazer mal a sade humana, e para tal foram criadas estaes de tratamento de esgotos
(ETEs) e tambm estaes de tratamento de gua (ETAs).
Para sua reutilizao necessrio um longo processo, onde so utilizadas
diversas tcnicas, que combinam os efeitos de diversos compostos, como a
Eletrofloculao, que consiste no uso de eletricidade para com o auxlio de hidrxidos
de ferro e alumino, promovem a floculao dos mesmos, gerando uma espcie de Gel
que arrasta grande quantidade da matria orgnica em meio a gua para o fundo dos
reservatrios, onde este lodo formado sai de circulao, e pode ser removido manual, ou
mecanicamente, porm apesar de ser muito eficiente, esta pratica ainda pouco
difundida, devido ao seu alto custo. J no final do processo de tratamento desta gua,
muito comum usar compostos derivados do Cloro, onde este usado devido suas
caractersticas bactericidas e tambm por sua ao alvejante, que clareia a gua, a
deixando mais apresentvel ao consumidor final.
2. OBJETIVO
Os experimentos realizados tm como objetivo aprender na prtica os processos
adotados para o tratamento de gua.
2.1 OBJETIVO GERAL
A prtica realizada tem como objetivo geral apresentar alguns dos procedimentos
adotados em estaes de tratamento de gua, para torn-la prpria para o consumo, alm
de algumas anlises para a compreenso de caractersticas fsicas e qumicas da gua.
2.2 OBJETIVO ESPECFICO
Determinar a densidade da gua e do gelo;
Verificar o comportamento da gua como solvente;
Descolorir o molho de tomate (remoo qumica de corantes da gua);
Descontaminar a gua por eletrofloculao.
3. REFERENCIAL TERICO
Dissoluo
notvel a capacidade de dissoluo da gua, como dito por Gomes, Clavico
(2005),
Uma das propriedades mais importantes da gua lquida a sua capacidade
de dissolver substncias polares ou inicas para formar solues aquosas. A
interao entre as molculas do solvente (gua) e as do soluto so
responsveis pelo processo de solubilizao: cada on negativo, situado no
interior de uma soluo aquosa, atrai as extremidades positivas das molculas
de gua vizinhas, o mesmo acontecendo com os ons positivos relativamente
s extremidades negativas. Isso faz com que os ons fiquem como que
Densidade
A densidade de uma substncia se mede pela razo entre sua massa e seu
volume, sendo a gua, a nica substancia que apresenta sua forma liquida mais densa
que sua forma slida, tendo como pice de sua densidade 4C. Pode ser explicado
devido caracterstica de suas molculas, que em baixas temperaturas se reagrupam e
formam estruturas uniformes, espaadas e estveis e desta forma, reduz a sua densidade.
4. EXPERIMENTOS
3 provetas de 30 mL;
gua Destilada;
Balana de Preciso;
Cubos de gelo.
Mtodo:
O primeiro experimento avaliou as caractersticas de densidade da gua. Foram
utilizados cubos de gelo de tamanhos diferentes, alm de 3 (trs) provetas graduadas de
30 mL e 10 mL, respectivamente, bem como uma balana de preciso, gua destilada e
termmetro.
Primeiramente foram pesadas as amostras de gelo, anotando os valores obtidos
em uma tabela.
Experincia
Massa do
Gelo/ g
Volume do
Gelo/ mL
Densidade do
Gelo / g mL
3
3,0228
21
21,5
22,5
0,076
0,0844
0,1344
1
5,0370
24,5
2
1,3718
21
3
1,6966
21,5
0,21
0,065
0,079
Experincia
Temperatura
da gua/ C
Massa da
gua/ g
Volume da
gua/ mL
Densidade da
gua/ g mL
3
23
9,9886
9,7017
9,9164
10
10
10
0,99
0,97
0,99
1
22,5
2
22
3
22,5
5,6725
6
5,4959
6
5,7706
6
0,94
0,91
0,96
Experincia
Temperatura
da
gua/C
Massa da gua/mL
Volume
da
gua/Ml
Densidade
da
gua/ g mL
1
22
2
23
3
22,5
4,7867
5
4,7223
5
4,8241
5
0,95
0,94
0,96
5 Bqueres;
gua destilada;
Sal de Cozinha (NaCl);
leo de Cozinha;
Vinagre;
lcool (Etanol);
Querosene.
Mtodos:
Mtodos:
Para o procedimento foram pesadas 50 g de molho de tomate em um bquer
grande. Em seguida, mediu-se 50mL de gua Sanitria (Hipoclorito de Sdio) e
adicionada ao bquer contendo o molho de tomate.
Aps alguns minutos de observao, pode-se notar que a mistura formou
pequenas bolhas de oxidao, devido a presena de carbonato na gua sanitria e a
formao de CO2 , devido a oxidao de componentes orgnicos do molho de tomate
e da sua acidez. Por fim, notou-se que a mistura apresentou uma colorao branca,
devido ao cloro ativo da gua sanitria, que tem efeito descorante, formado a partir da
decomposio dos hipocloritos e cloretos.
2 Bqueres;
2 Pregos;
2 Fios de Cobre (tipo Jacar);
Filtro de Papel;
Fonte de Corrente Contnua;
Soluo de gua com Caf e Corante Alimentcio.
Sal de Cozinha (NaCl).
Mtodos:
O experimento de Descontaminao da gua por eletrofloculao foi realizado a
partir de conceitos presentes na bibliografia e no contedo terico ministrado em sala.
Com os conceitos bsicos pr-estabelecidos, deu-se incio a preparao do experimento.
Inicialmente foi adicionado a um bquer graduado de 50mL, 30mL de gua e
100mg (uma colher de ch) de sal de Cozinha (NaCl). Realizada esta etapa, o sal de
cozinha adicionado gua no bquer, foi homogeneizada. Aps a homogeneizao do
sal gua, foram adicionadas 7 (sete) gotas de uma soluo de caf e corante
alimentcio ao bquer.
Para a Eletrofloculao foram utilizados como catodo e anodo, pregos de liga
contendo Ferro. Eles foram lixados, de forma a remover completamente todo a ferrugem
e qualquer substncia presente na superfcie do prego, que poderia atrapalhar a
conduo eltrica.
Aps serem lixados, foram lavados com gua destilada, e construdo um sistema
eletroltico, apoiando os dois pregos (Catodo e Anodo) em uma base de papelo, de
forma a no se tocarem, dois fios de cobre do tipo Jacar, ligados uma fonte de
corrente continua, regulada a 9V.
Por fim, mergulhou-se os pregos (catodo e anodo) soluo contendo caf e
corante alimentcio na fonte ligada, de modo que a reao entre a clula eletroltica e a
soluo ocorressem por alguns minutos.
5. RESULTADOS
Aps a realizao de todos os experimentos, foram anotados e debatidos os
seguintes resultados.
Experimento 1 Densidade do Gelo
Aps a realizao dos procedimentos conforme propostos para a gua e o gelo,
alm do preenchimento das tabelas apresentadas nos mtodos, notou-se que a densidade
do gelo bem menor do que a estabelecida pela literatura. Tal fator pode ser explicado
pelo fato de os cubos de gelo terem sido retirados da geladeira e ficarem expostos a
temperatura ambiente por um perodo considervel de tempo, perdendo assim suas
caractersticas iniciais e ser utilizado j derretendo.
Comparado com a gua o gelo apresentou menor densidade, devido
caracterstica mpar da gua de que quando em estado slido possui uma densidade
menor. Essa caracterstica consequncia da sua reorganizao estrutural, que forma
pontes de hidrognio, fazendo com que a gua forme uma estrutura rgida e espaada.
Assim, ela mantm sua massa e aumenta seu volume, sendo inversamente proporcional
a densidade, de acordo com a frmula da densidade.
D=
m
v
No caso do lcool o que ocorre que assim com a gua, tambm possui uma
ligao
O-H,
fazendo
com
que
as
molculas
formem
ligaes
entre
si
Fonte: http://www.uff.br/ecosed/PropriedadesH2O.pdf
6. CONCLUSES
A partir dos experimentos realizados, pode-se observar alguns dos processos
utilizados em estaes de tratamento de gua e esgoto para a purificao e adequao
dos parmetros da gua para o consumo humano. Alm disso, alguns experimentos
tiveram como principal objetivo apresentar aos alunos um embasamento no apenas
literal, mas prtico sobre as caractersticas fundamentais da gua.
Assim, foram vistos nos experimentos as caractersticas incomuns da gua
quanto a sua densidade e seus estados fsicos, como base para os procedimentos
envolvendo o tratamento de efluentes.
Portanto, conclui-se que as prticas realizadas mostraram pontos fundamentais
sobre as caractersticas fsicas e qumicas da gua, bem como as principais etapas de
tratamento de gua, como a floculao, decantao, filtrao e clorao. Deste modo,
compreendeu-se os custos e a dificuldade dos procedimentos para tratar a gua, de
forma a conscientizar sobre o uso da gua, bem como ver na prtica os procedimentos
adotados por ETAS e ETES, alm de entender sua funo vital para o controle e vida
do planeta Terra.
7. REFERNCIAS