Portaria CVS 6-99 de 10.03.99
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O gelo para utilizao em alimentos deve ser fabricado com gua potvel,
de acordo com os Padres de Identidade e Qualidade vigentes.
O vapor, quando utilizado em contato com produtos ou superfcies que
entram em contato com alimentos, no pode representar riscos de
contaminao.
Para higiene (lavagem e desinfeco) dos reservatrios, devem ser
utilizadas metodologias oficiais.
6. CONTROLE DAS MATRIAS-PRIMAS E FORNECEDORES:
importante uma avaliao das condies operacionais dos
estabelecimentos fornecedores de matrias-primas, produtos semi
elaborados ou produtos prontos, atravs de visita tcnica, como subsidio
para a qualificao e triagem dos fornecedores. Para controle de matria
prima deve ser obedecido o item 19.1 - Recebimento.
7. CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS
Devem ser implantados procedimentos de boas prticas de modo a
prevenir ou minimizar a presena de insetos e roedores.
A aplicao de produtos s deve ser realizada quando adotadas todas as
medidas de preveno, s podendo ser utilizados produtos registrados no
Ministrio da Sade.
8. VISITANTES
Todas as pessoas que no fazem parte da equipe de funcionrios da rea
de manipulao ou elaborao de alimentos, so consideradas visitantes,
podendo constituir focos de contaminao durante o preparo dos
alimentos.
Portanto, so considerados visitantes os supervisores, consultores, fiscais,
auditores e todos aqueles que necessitem entrar nestas dependncias.
Para proceder s suas funes, os visitantes devem estar devidamente
paramentados com uniforme fornecido pela empresa, como: avental, rede
ou gorro para proteger os cabelos e se necessrio, botas ou protetores
para os ps.
Os visitantes no devem tocar nos alimentos, equipamentos, utenslios ou
qualquer outro material interno do estabelecimento. No devem comer,
fumar, mascar goma (chiclete) durante a visita.
No devem entrar na rea de manipulao de alimentos, os visitantes que
estiverem com ferimentos expostos, gripes, ou qualquer outro quadro
clnico que represente risco de contaminao.
9. ESTRUTURA / EDIFICAO
9.1. LOCALIZAO:
rea livre de focos de insalubridade, ausncia de lixo, objetos em desuso,
animais, insetos e roedores. Acesso direto e independente, no comum a
outros usos (habitao). As reas circundantes no devem oferecer
das alimentos.
11. EQUIPAMENTOS
O dimensionamento dos equipamentos deve ter relacionamento direto com
o volume de produo, tipos de produtos ou padro de cardpio e sistema
de distribuio/venda. Os equipamentos devem ser dotados de superfcie
lisa, de fcil limpeza e desinfeco, bem conservados, com pinturas claras,
sem gotejamento de graxa, acmulo de gelo e com manuteno constante.
12. UTENSLIOS
Utenslios de mesa em quantidade igual ou maior que o nmero provvel
de consumidores, lavados manualmente ou mquina. Utenslios de
preparao suficientes, bem conservados, sem crostas, limpos e sem
resduos.
Armazenados, aps a lavagem e desinfeco, de forma ordenada e
protegidos contra sujidades e insetos.
13. MVEIS
Mesas, bancadas e prateleiras em nmero suficiente, de material liso,
resistente, impermevel, e de fcil limpeza.
14. SISTEMA DE EXAUSTO/SUCO
Com coifa, de material liso, resistente, de fcil limpeza e sem gotejamento
de gordura.
15. HIGIENE PESSOAL
15.1. ESTTICA E ASSEIO:
banho dirio;
cabelos protegidos;
barba feita diariamente e bigode aparado;
unhas curtas, limpas, sem esmalte ou base;
uso de desodorante inodoro ou suave sem utilizao de perfumes;
maquiagem leve;
no utilizao de adornos (colares, amuletos, pulseiras ou fitas, brincos,
relgio e anis, inclusive alianas);
15.2. UNIFORMIZAO:
uniformes completos, de cor clara, bem conservados e limpos e com
troca diria e utilizao somente nas dependncias internas do
estabelecimento;
os sapatos devem ser fechados, em boas condies de higiene e
conservao. Devem ser utilizadas meias;
o uso de avental plstico deve ser restrito s atividades onde h grande
quantidade de gua, no devendo ser utilizado prximo ao calor;
no utilizar panos ou sacos plsticos para proteo do uniforme;
no carregar no uniforme: canetas, lpis, batons, escovinhas, cigarros,
isqueiros, relgios e outros adornos;
nenhuma pea do uniforme deve ser lavada dentro da cozinha.
15.3. HIGIENE DAS MOS:
15.3.1. FREQNCIA:
Os funcionrios devem lavar as mos sempre que:
chegar ao trabalho;
utilizar os sanitrios;
tossir, espirrar ou assoar o nariz;
usar esfreges, panos ou materiais de limpeza;
fumar;
recolher o lixo e outros resduos;
tocar em sacarias, caixas, garrafas e sapatos;
tocar em alimentos no higienizados ou crus;
pegar em dinheiro;
houver interrupo do servio;
iniciar um novo servio;
tocar em utenslios higienizados;
colocar luvas;
15.3.2. TCNICA:
umedecer as mos e antebraos com gua;
lavar com sabonete lquido, neutro, inodoro. Pode ser utilizado sabonete
lquido anti-sptico, neste caso, massagear as mos e antebraos por pelo
menos 1 minuto;
enxaguar bem as mos e antebraos;
secar as mos com papel toalha descartvel no reciclado, ar quente ou
qualquer outro procedimento apropriado;
aplicar anti-sptico, deixando secar naturalmente ao ar, quando no
utilizado sabonete anti-sptico.
pode ser aplicado o anti-sptico com as mo midas.
Os anti-spticos permitidos so: lcool 70%, solues iodadas, iodforo,
clorohexidina ou outros produtos aprovados pelo Ministrio da Sade para
esta finalidade.
15.4. HIGIENE OPERACIONAL (hbitos):
Os itens relacionados a seguir no so permitidos durante a manipulao
dos alimentos:
falar, cantar, assobiar, tossir, espirrar, cuspir, fumar;
mascar goma, palito, fsforo ou similares, chupar balas, comer;
experimentar alimentos com as mos;
tocar o corpo;
assoar o nariz, colocar o dedo no nariz ou ouvido, mexer no cabelo ou
pentear-se;
enxugar o suor com as mos, panos ou qualquer pea da vestimenta;
manipular dinheiro;
fumar;
tocar maanetas com as mos sujas;
fazer uso de utenslios e equipamentos sujos;
trabalhar diretamente com alimento quando apresentar problemas de
sade, por exemplo, ferimentos e/ou infeco na pele, ou se estiver
resfriado ou com gastrenterites;
circular sem uniforme nas reas de servio.
16. HIGIENE AMBIENTAL
A higienizao do local, equipamentos e utenslios so de suma
importncia, porm alm desta rotina deve-se tambm:
remover o lixo diariamente, quantas vezes necessrio, em recipientes
OBS:
teto ou forro; caixa de gordura; filtro de ar condicionado, de acordo com a
necessidade ou regulamentao especfica.
16.2. ETAPAS OBRIGATRIAS NO PROCESSO DE HIGIENIZAO
AMBIENTAL:
lavagem com gua e sabo ou detergente;
enxge;
desinfeco qumica: deixar o desinfetante em contato mnimo de 15
minutos;
enxge;
No caso de desinfeco pelo calor:
imergir por 15 minutos em gua fervente ou no mnimo a 80C;
no h necessidade de enxge.
No caso de utilizao de mquina de lavar loua, devem ser respeitados
os critrios:
lavagem: 55 a 65C;
enxge: 80 a 90C.
OBS: quando utilizar lcool 70%, no enxaguar e deixar secar ao ar.
16.3. NO PERMITIDO NOS PROCEDIMENTOS DE HIGIENE
varrer a seco nas reas de manipulao;
fazer uso de panos para secagem de utenslios e equipamentos;
uso de escovas, esponjas ou similares de metal, l, palha de ao,
madeira, amianto e materiais rugosos e porosos;
reaproveitamento de embalagens de produtos de limpeza;
usar nas reas de manipulao, os mesmos utenslios e panos de
limpeza utilizados em banheiros e sanitrios.
lcool a 70%:
- 250 ml de gua (de preferncia destilada) em 750 ml de lcool 92,8 INPM
ou 330 ml de gua em 1 litro de lcool. A soluo deve ser trocada a cada
24 horas.
19.1. RECEBIMENTO:
Etapa onde se recebe o material entregue por um fornecedor, avaliando-o
qualitativa e quantitativamente, segundo critrios pr-definidos para cada
produto.
observar data de validade e fabricao;
fazer avaliao sensorial (caractersticas organolpticas, cor, gosto, odor,
aroma, aparncia, textura, sabor, e cinestesia). Esta avaliao deve estar
baseada nos critrios definidos pela ABNT Associao Brasileira de
Normas Tcnicas - ANLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS E BEBIDAS NBR 12806 - 02/93;
observar as condies das embalagens: devem estar limpas, ntegras e
seguir as particularidades de cada alimento;
alimentos no devem estar em contato direto com papel no adequado
(reciclado, jornais, revistas e similares), papelo ou plstico reciclado;
observar as condies do entregador: deve estar com uniforme adequado
e limpo, avental, sapato fechado, proteo para o cabelo ou mos (rede,
gorro ou luvas) quando necessrio;
conferir a rotulagem: deve constar nome e composio do produto, lote,
data de fabricao e validade, nmero de registro no rgo oficial, CGC,
endereo do fabricante e distribuidor, condies de armazenamento e
quantidade (peso);
observar o certificado de vistoria do veculo de transporte;
realizar controle microbiolgico e fsico-qumico quando necessrio,
atravs de laboratrio prprio ou terceirizado;
medir as temperaturas, as quais devem estar adequadas e serem
registradas no ato do recebimento.
Os perecveis devem cumprir os seguintes critrios de temperatura:
congelados: -18C com tolerncia at -12C;
resfriados: 6 a 10C, ou conforme a especificao do fabricante;
refrigerados: at 6C com tolerncia at 7C.
19.2. ARMAZENAMENTO:
Etapa envolvendo 3 procedimentos bsicos:
19.10. REAQUECIMENTO:
Etapa onde os alimentos que j sofreram coco inicial devem atingir
novamente a temperatura de segurana no centro geomtrico.
19.11. ESPERA PARA FORNECIMENTO/DISTRIBUIO:
Etapa onde os alimentos quentes devem ser mantidos a 65C ou mais, at
o momento da distribuio; e os alimentos frios devem ser mantidos abaixo
de 10C at o momento da distribuio, temperaturas estas, medidas no
centro geomtrico dos alimentos.
19.12. PORCIONAMENTO:
Etapa onde os alimentos prontos para consumo sofrem manipulao com a
finalidade de se obter pores menores.
ovos pasteurizados
ovos desidratados
ovos cozidos
preparaes quentes;
ovos cozidos por 7 minutos em fervura, no mnimo;
ovos fritos com a gema dura;
omeletes, empanados, milanesa, bolos, doces, etc., atingir 74C no
centro geomtrico.
24. TRANSPORTE
Requisitos para o transporte de alimentos:
os meios de transporte de alimentos destinados ao consumo humano,
refrigerados ou no, devem garantir a integridade e a qualidade a fim de
impedir a contaminao e deteriorao dos produtos;
proibido manter no mesmo continente ou transportar no mesmo
compartimento de um veculo, alimentos prontos para o consumo, outros
alimentos e substncias estranhas que possam contamin-los ou
corromp-los;
excetuam-se da exigncia do item anterior, os alimentos embalados em
recipientes hermeticamente fechados, impermeveis e resistentes, salvo
com produtos txicos;
no permitido transportar alimentos conjuntamente com pessoas e
animais;
a cabine do condutor deve ser isolada da parte que contm os alimentos,
e esta deve ser revestida de material liso, resistente, impermevel, atxica
e lavvel;
no transporte de alimentos deve constar nos lados direito e esquerdo, de
forma visvel, dentro de um retngulo de 30 cm de altura por 60 cm de
comprimento, os dizeres: transporte de alimentos, nome, endereo e
telefone da empresa, produto perecvel (quando for o caso);
os veculos de transporte de alimentos devem possuir certificado de
vistoria, de acordo com a legislao vigente;
os mtodos de higiene e desinfeco devem ser adequados s
caractersticas dos produtos e dos veculos de transportes;
quando a natureza do alimento assim o exigir deve ser colocado sobre
prateleiras e estrados, quando necessrios removveis, de forma a evitar
danos e contaminao;
os materiais utilizados para proteo e fixao da carga (cordas,
encerados, plsticos e outros) no devem constituir fonte de contaminao
ou dano para o produto, devendo os mesmos serem desinfetados
juntamente com o veculo de transporte;
a carga e/ou descarga no devem representar risco de contaminao,
dano ou deteriorao do produto e/ou matria-prima alimentar;
nenhum alimento deve ser transportado em contato direto com o piso do
veculo ou embalagens ou recipientes abertos;
os equipamentos de refrigerao no devem apresentar risco de
contaminao para o produto e deve garantir, durante o transporte,
temperatura adequada para o mesmo;
os alimentos perecveis crus ou prontos para o consumo devem ser
transportados em veculo fechado, dependendo da natureza sob:
refrigerao ao redor de: 4C, com tolerncia at 7C;
resfriamento ao redor de: 6C, no ultrapassando 10C ou conforme
especificao
do fabricante expressa na rotulagem;
aquecimento com tolerncia at: 60C;
congelamento com tolerncia at: -12C.
os veculos de transporte que necessitem controle de temperatura devem
ser providos permanentemente de termmetros calibrados e de fcil leitura;
os critrios de temperaturas fixados so para os produtos e no para os
veculos;
a exigncia de veculos frigorficos fica na dependncia do mecanismo de
transporte e das caractersticas do produto.
25. USO DE TERMMETROS
Os termmetros devem ser periodicamente aferidos, atravs de
equipamentos prprios ou de empresas especializadas.
Quando usados, no devem propiciar risco de contaminao.
Suas hastes devem ser lavadas e desinfetadas antes e depois de cada
uso.
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Ministrio da Sade - Portaria n. 1428 de 26/11/93
Ministrio da Sade - Portaria n. 326 de 30/07/97
Ministrio da Sade - Portaria n. 930 de 27/08/92
Ministrio da Sade - Secretaria Nacional de Vigilncia Sanitria de
Produtos Saneantes Dimissanitrios - Portaria n. 15 de 23/08/88
Ministrio da Sade - SNVS n. 10 de 08/03/85
SBCTA - Sociedade Brasileira de Cincia e Tecnologia de Alimentos Manual de Boas Prticas de Fabricao para Indstria de Alimentos
Secretaria da Sade do Estado de So Paulo - Decreto n. 7206 de
03/12/75
Secretaria de Sade do Estado de So Paulo Comunicado CVS n. 52
de 03/05/93
Secretaria de Sade do Estado de So Paulo - CVS - Orientaes para
Estabelecimentos Comerciais de Alimentos, 2 Ed., 1998 (revisada).
Secretaria de Sade do Estado de So Paulo - CVS - Postaria CVS n. 30
de 31/01/94
Secretaria de Sade do Estado de So Paulo Informe Tcnico
"Salmonella enteritidis"- maro de 1996
Secretaria de Sade do Estado de So Paulo - Portaria CVS n. 1 de
11/05/91
Secretaria de Sade do Estado de So Paulo - Portaria CVS n. 15 de
07/11/91
Secretaria de Sade do Estado de So Paulo - Portaria CVS n. 2 de
14/04/93
Secretaria de Sade do Estado de So Paulo - Portaria CVS n. 5 de
25/05/93
Secretaria de Sade do Estado de So Paulo - Portaria CVS-1-DITEP de
13/01/98
Secretaria de Sade do Estado de So Paulo - SAMA/CVS -Informativo
Tcnico n. 01/1991
Secretaria de Segurana e Medicina do Trabalho - Portaria n. 24 de
29/12/94 (NR-7)
WHO - World Health Organization - HACCP - Hazard Analisis Critical
Control Point.