Pericia Contabilistica PDF
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FACULDADE DE ECONOMIA
MESTRADO EM CONTABILIDADE
FARO
2012
UNIVERSIDADE DO ALGARVE
FACULDADE DE ECONOMIA
MESTRADO EM CONTABILIDADE
FARO
2012
ii
Aos meus pais, Francisco e Esmeralda, minha irm, Pilar, ao meu cunhado e
sobrinhos, Lus, Diogo e Matilde, a quem nunca poderei agradecer o suficiente.
iii
NDICE GERAL
INTRODUO ................................................................................................................ 1
1 - PROBLEMA DA COMPARABILIDADE ................................................................. 4
1.1 - Harmonizao Contabilstica ................................................................................ 4
1.1.1- Necessidade de Harmonizao Contabilstica ................................................ 4
1.1.2 - Principais causas de diversidade contabilstica .............................................. 5
1.1.3 - Obstculos Harmonizao Contabilstica .................................................... 7
1.1.4 - Vantagens e Desvantagens da Harmonizao ................................................ 8
1.1.5 - Processo de Harmonizao Contabilstica Europeu ..................................... 10
1.2 A comparabilidade no quadro actual da normalizao ...................................... 22
2 - CUSTOS DOS EMPRSTIMOS .............................................................................. 23
2.1 Introduo .......................................................................................................... 23
2.2 Polticas Contabilsticas ..................................................................................... 25
3 NORMATIVO INTERNACIONAL (IAS 23) VS NORMATIVO NACIONAL
(NCRF 10) ...................................................................................................................... 28
3.1 - mbito de aplicao ........................................................................................... 31
3.2 - Definio de Custos de Emprstimos ................................................................. 31
3.3 - Definio de Activo que se qualifica .................................................................. 34
3.4 - Iseno de Capitalizao de Custos de Emprstimos ......................................... 35
3.4.1 - Activos que se qualificam mensurados ao justo valor ................................. 35
3.4.2 - Capitalizao dos Custos de Emprstimos para os inventrios ................... 36
3.5 - Custos de Emprstimos elegveis para capitalizao .......................................... 37
3.5.1 - Emprstimos Especficos ............................................................................. 39
3.5.2 - Emprstimos Gerais ..................................................................................... 40
3.6 - Excesso de quantia escriturada ........................................................................... 46
3.7 - Perodo de capitalizao ..................................................................................... 47
3.7.1 - Incio de capitalizao .................................................................................. 47
3.7.2 - Suspenso da Capitalizao ......................................................................... 49
3.7.3 - Cessao da capitalizao ............................................................................ 50
3.8 - Divulgaes ........................................................................................................ 51
iv
NDICE DE QUADROS
QUADRO 1 - Normativo emitido pelo IASC/IASB .................................................................................. 14
QUADRO 2 - Histrico da IAS 23 ............................................................................................................ 29
QUADRO 3 - Activos que no se qualificam ............................................................................................ 35
QUADRO 4 - Custos de Emprstimos Obtidos Normativo Portugus ................................................... 54
QUADRO 5 - Indicadores Financeiros e Econmicos............................................................................... 59
QUADRO 6 - Estrutura do Activo com capitalizao dos custos dos emprstimos .................................. 63
QUADRO 7 - Estrutura do Activo sem capitalizao dos custos dos emprstimos .................................. 64
QUADRO 8 Estrutura do Activo com e sem capitalizao dos custos dos emprstimos. ....................... 65
QUADRO 9 - Estrutura do Capital Prprio com capitalizao dos custos dos emprstimos .................... 66
QUADRO 10- Estrutura do Capital Prprio sem capitalizao dos custos dos emprstimos. ................... 66
QUADRO 11 - Estrutura do Capital Prprio com e sem capitalizao dos custos dos emprstimos ........ 67
QUADRO 12 Gastos e Rendimentos de 2008 a 2010 (com a opo de capitalizao) ........................... 68
QUADRO 13 - Evoluo dos Gastos e Rendimentos de 2008 a 2010 (sem capitalizao dos custos dos
emprstimos nas rubricas de balano) ............................................................................................... 69
QUADRO 14 Demonstrao de Resultados Comparativa entre opo ou no de capitalizao de custos
de emprstimos. ................................................................................................................................ 70
QUADRO 15- Indicadores Econmicos e Financeiros Ano de 2008 ..................................................... 71
QUADRO 16 Indicadores Econmicos e Financeiros Ano de 2009 ................................................... 72
QUADRO 17 Indicadores Econmicos e Financeiros Ano de 2010 ................................................... 73
QUADRO 18 Sntese do Impacto da capitalizao dos Custos dos Emprstimos na Estrutura do Activo
da empresa no Ano de 2008 .............................................................................................................. 74
QUADRO 19 Sntese do Impacto da capitalizao dos Custos dos Emprstimos na Estrutura do Activo
da empresa no Ano de 2009 .............................................................................................................. 74
QUADRO 20 Sntese do Impacto da capitalizao dos Custos dos Emprstimos na Estrutura do Activo
da empresa no Ano de 2010 .............................................................................................................. 75
QUADRO 21 Sntese do Impacto da capitalizao dos Custos dos Emprstimos na Estrutura do Capital
Prprio da empresa no Ano de 2008 ................................................................................................. 76
QUADRO 22 Sntese do Impacto da capitalizao dos Custos dos Emprstimos na Estrutura do Capital
Prprio da empresa no Ano de 2009 ................................................................................................. 76
QUADRO 23 Sntese do Impacto da capitalizao dos Custos dos Emprstimos na Estrutura do Capital
Prprio da empresa no Ano de 2010 ................................................................................................. 77
QADRO 27 - Sntese do Impacto da capitalizao dos Custos dos Emprstimos na Estrutura dos Gastos e
Rendimentos no Ano de 2008 ........................................................................................................... 78
QUADRO 28 - Sntese do Impacto da capitalizao dos Custos dos Emprstimos na Estrutura dos Gastos
e Rendimentos no Ano de 2009 ........................................................................................................ 79
QUADRO 29 - Sntese do Impacto da capitalizao dos Custos dos Emprstimos na Estrutura dos Gastos
e Rendimentos no Ano de 2010 ........................................................................................................ 80
vi
NDICE DE GRFICOS
Grfico 1- Evoluo do Activo, Capital Prprio e Passivo da Empresa .................................................... 60
Grfico 2 - Evoluo do Activo, Capital Prprio e Passivo da Empresa (antes da avaliao ao justo valor)
.......................................................................................................................................................... 61
Grfico 3 - Evoluo dos Rendimentos e Ganhos da Empresa .................................................................. 62
Grfico 4 - Evoluo dos Custos de Emprstimos ..................................................................................... 62
Grfico 5 - Estrutura do Activo com e sem capitalizao dos custos dos emprstimos. ............................ 65
Grfico 6 - Estrutura do Capital Prprio com e sem capitalizao dos custos dos emprstimos ............... 67
vii
ABREVIATURAS UTILIZADAS
AAA American Accounting Association
ASEAN Association of Southeast Asian Nations
CAPA Confederation of Asian and Pacific Accountant
CCE Comisso das Comunidades Europeias
CE Comisso Europeia
CEE Comunidade Econmica Europeia
CMVM Comisso do Mercado de Valores Mobilirios
CNC Comisso de Normalizao Contabilstica
DL Decreto-Lei
EM Estados Membros
EUA Estados Unidos da Amrica
FEE Fedration des Experts Comptables Europens
GAAP - Generally Accepted Accounting Principles
IAA Interamerican Accounting Association
IAS International Accounting Standard
IASB International Accounting Standards Committee
IFAC International Federation of Accountants
IFRIC - International Financial Reporting Interpretations Committee
IFRS International Financial Reporting Standards
IOSCO International Organization of Securities Commissions
IRFAA Euroasia International Regional Federation of Accountants and Auditors
JO Jornal Oficial
MERCOSUL Mercado Comum do Sul
NIC Norma Internacional de Contabilidade
NC-ME Norma Contabilstica para Microentidades
NCRF Norma Contabilstica e de Relato Financeiro
NCRF PE Norma Contabilstica e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades
OCDE Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico
POC Plano Oficial de Contabilidade
SEC Securities and Exchange Commission
SFAS Statement of Financial Accounting Standards
SIC Standing Interpretations Committee
SNC Sistema de Normalizao Contabilstica
UE Unio Europeia
UN United Nations
USGAAP United States General Accounting Acepted Principles
viii
AGRADECIMENTOS
Elaborar um trabalho de projeto um trabalho solitrio, ainda que seja muito importante
o auxlio de pessoas e instituies. Assim, gostaria de agradecer:
Bem-haja!
ix
RESUMO
O estudo permitiu concluir que, para a realidade objectiva analisada, a opo permitida
no neutra nos seus efeitos na informao contida nas demonstraes financeiras,
conduzindo a alteraes significativas principalmente nos resultados lquidos do perodo
e dos rcios que utilizam este excedente, designadamente a rendibilidade dos capitais
prprios.
ABSTRACT
In January 2010, entered into force in Portugal a new accounting standard, the SNC,
which is based on international standard issued by the IASB in the follow-up process
carried out by the European Union accounting harmonization. One of the main
objectives of this harmonization process was to increase the degree of comparability of
financial information on a broad geographic area.
The work that we want to develop falls within the above-mentioned context and has as
main objective analysis of the impact on the financial statements of recognition and
measurement options allowed in NCRF 10 Borrowing Cost and which are: option to
capitalize borrowing costs in the cost of eligible assets or consider them as expenses in
the exercise. This analysis has underlying the framework of comparability in the context
of the different options permitted by the relevant accounting standard.
The study concluded that for the considered objective reality, the option granted is not
neutral in their effects on the information contained in financial statements, leading to
significant changes especially in the period and net income ratios that use the surplus,
including the profitability of equity.
xi
INTRODUO
A globalizao do comrcio mundial a que se tem assistido nos ltimos anos contribuiu
de uma forma significativa para o aumento da actividade econmica a nvel global e das
necessidades de capital.
neste contexto, que um dos principais obstculos que se tem colocado na anlise das
demonstraes financeiras pelos seus utilizadores a diversidade contabilstica.
neste contexto que se insere o objectivo deste projecto, que se enquadra na Norma
Contabilstica e de Relato Financeiro 10 (NCRF 10) Custos de Emprstimos Obtidos
constante no SNC, a qual tem como base a Norma Internacional de Contabilidade n. 23
(IAS 23 Custos de Emprstimos Obtidos), adoptada do texto original do Regulamento
(CE) n.1126/2008 da Comisso, de 3 de Novembro, e entretanto alterada pelo
Regulamento (CE) n.1260/2008 da Comisso, de 10 de Dezembro, resultante da
reviso do IASB e adoptada pela UE em Maro de 2007.
1 - PROBLEMA DA COMPARABILIDADE
1.1 - HARMONIZAO CONTABILSTICA
A harmonizao implica um processo de conciliao de diferentes pontos de vista e,
portanto, da diversidade de prticas existentes, estabelecendo limites e seu grau de
variao (LAINEZ GADEA, 1993). Esta harmonizao pode resultar de processos
voluntrios, centrados nas prticas dos profissionais que progressivamente adoptam as
melhores prticas contabilsticas ou em processos formais de adopo de referenciais de
aplicao obrigatria em determinados contextos.
O termo harmonizao uma palavra que tende a estar associada legislao emitida
pela UE, designadamente atravs das Directivas. A harmonizao um processo
gradual de compatibilizao de prticas contabilsticas e de definio do seu grau de
variao, deve ser distinguida da normalizao que pressupem a total uniformizao
das regras. A normalizao implica a imposio de um conjunto de regras mais rgido,
ou seja, menos flexvel.
econmico-financeira
das
mesmas
num
quadro
internacional,
prejudicando a concorrncia entre os mercados de capitais. Apesar de na esfera intranacional esta situao no comprometer significativamente a comparabilidade da
4
informao financeira das entidades, j num espao internacional, esta situao pode
colocar em causa a credibilidade dessa informao, uma vez que uma empresa pode
relatar, em diferentes pases, diferentes resultados para o mesmo conjunto de
transaces, dados os princpios que se encontram subjacentes.
Sistema Legal;
e.g. CHOI e MULLER (1993); RADEBAUGH e GRAY( 1992); NOBES, CHRISTOPHER e PARKER (2004).
A cultura.
Nos pases de direito comum existe uma clara separao entre a fiscalidade e a
contabilidade, denotando-se uma maior adaptabilidade realidade e ao meio envolvente
e uma maior preocupao em dar soluo a casos especficos, em detrimento da
formulao de regras gerais para o futuro.
Importa referir que a implementao de novas normas contabilsticas tem sido objecto
de algumas questes relacionadas com o efeito que as mesmas possam vir a ter a nvel
econmico, demonstrando-se outro dos obstculos colocados harmonizao.
De acordo com LANEZ e CALLAO (1998) verifica-se ainda que, a harmonizao tem
um custo para as empresas. Uma alterao dos mtodos contabilsticos pressupe
tambm uma alterao nos relatrios financeiros da empresa e os utilizadores dessa
informao tm de ter conscincia dos efeitos dessas alteraes. A nvel interno a
empresa suporta igualmente os custos de formao e de adaptao informtica, mas de
uma maneira geral esses custos sero muito mais onerosos para pequenas empresas do
que para grandes empresas, pois estas ltimas tm maior facilidade em repartir esses
custos que so na sua maioria fixos.
O efeito que a aplicao de novas normas possam vir a ter a nvel econmico;
Para alm dos j supra citados, outros baseavam as suas dvidas, em relao
concretizao do processo harmonizador, em argumentos polticos. Existem ainda
autores que no seguimento desta opinio referem o nacionalismo como obstculo
harmonizao, oferecendo resistncia a um sistema contabilstico diferente do seu.
As diferenas nas prticas contabilsticas dos pases geram problemas para quem as
elabora, consolida, audita e interpreta os relatrios financeiros apresentados, pelo que as
grandes empresas tm unido esforos no sentido da harmonizao dos critrios
contabilsticos. s iniciativas desenvolvidas pelas empresas internacionais, em prol da
comparabilidade financeira a nvel internacional, tem que ser acrescido o importante e
fundamental papel desempenhado pelos diversos organismos envolvidos no processo de
harmonizao, como a OCDE, UN, IFAC, UE, MERCOSUL, FEE, IAA, CAPA,
ASEAN, IRFAA.
Tem actualmente mais de 153 membros (em mais de 113 pases). Este organismo
conquistou o reconhecimento mundial como organismo privado emissor de normas
contabilsticas, devido forma como o mesmo surgiu, desenvolveu e transformou ao
longo da sua histria.
11
Por fim, a terceira fase (com incio em 1995) compreende os esforos actualmente
desenvolvidos, especificamente com o acordo levado a cabo com a "International
Organization of Securities Commissions" (IOSCO) - Organizao Internacional das
Comisses de Valores, em que o IASB se comprometeu a completar um ncleo de
normas consistentes e de elevada qualidade.
12
13
Aps 2001
IFRS
IFRIC
Em 1990, deu-se incio a uma nova etapa, que vai at 1995, na qual a Unio Europeia
fez uma paragem na sua actividade normativa, para reflexo sobre o grau de
comparabilidade que atingiu com a emisso das directivas.
Aps o perodo de reflexo verificado no incio da dcada de 90, o ano de 1995 ficou
marcado pelo importante acordo entre o IASB e o IOSCO (International Organization
of Securities Commissions), marco importante na histria da harmonizao
contabilstica da UE. Este acordo deu incio a uma terceira etapa, onde a UE adoptou
uma nova estratgia designada de Harmonizao Contabilstica: uma nova estratgia
na direco da harmonizao internacional. Esta etapa consistiu em compatibilizar,
para as contas consolidadas, as normas comunitrias e as normas de cada pas, em
particular, com as normas internacionais de contabilidade. Ou seja, tomar como base de
referncia as solues do IASB, com vista a assegurar que, deste modo, as
14
Cfr. BAYLESS R. et al International Acess US Capital Markets An AAA Forum on Accounting Polity,
15
17
18
Estrutura conceptual;
Normas
interpretativas
(a
elaborar
sempre
que
se
justificasse
(Balano,
Demonstrao
dos
Resultados
por
Funes
19
Assim sendo a adopo das novas normas levaria a efeitos significativos ao nvel da
informao financeira prestada.
20
O SNC veio a ser aprovado pelo Decreto-lei n. 158/2009, de 13 de Julho, com entrada
em vigor para os perodos que se iniciem em ou aps 1 de Janeiro de 2010.
Por opo:
22
A NCRF-PE, tem aplicao facultativa nas entidades que no faam parte de grupos
econmicos, no ultrapassem dois dos trs limites seguintes: total dos Volume de
negcios de 500.000 euros; total do Activo de 500.000 euros; e nmero de trabalhadores
empregados em mdia durante o perodo: 5, e, no estejam sujeitas a certificao legal
de contas nem estejam integrados no permetro de consolidao de entidades que
apresentem contas consolidadas.
23
Capitalizao; ou
A empresa ao optar pela capitalizao dos custos dos emprstimos tem ainda que ter em
ateno a NCRF 25 Impostos sobre os Rendimentos, pargrafo 10 uma entidade
deve, com certas excepes limitadas, reconhecer um passivo (activo) por impostos
24
Sejam prudentes;
25
Alteraes s politicas contabilsticas (NCRF 5/IAS 8) devem ser efectuadas, apenas se,
exigido por uma norma ou interpretao, ou se resultar no facto de as demonstraes
financeiras proporcionarem informao fivel e mais relevante sobre os efeitos das
transaces, outros acontecimentos ou condies, na posio financeira, desempenho
financeiro ou fluxos de caixa da entidade. As polticas contabilsticas aplicadas devem
ser consistentes em cada perodo ou de um perodo para o outro, de forma a que os
utentes das demonstraes financeiras possam comparar as demonstraes financeiras
de uma entidade ao longo do tempo.
26
Quando uma entidade altera uma poltica contabilstica voluntariamente, ela deve
aplicar a alterao retrospectivamente, atravs do ajuste do saldo de abertura de cada
componente do capital prprio afectado para o perodo anterior mais antigo apresentado
e as outras quantias comparativas divulgadas para cada perodo anterior apresentado
como se a nova poltica tivesse sido sempre aplicada. Excepto at ao ponto em que seja
impraticvel determinar quer os efeitos especficos de um perodo quer o efeito
cumulativo da alterao.
28
Em Maro de 2007, a IAS 23 foi alvo de uma actualizao, deixando de existir opo na
capitalizao de Custos de Emprstimos, quando os mesmos so directamente
atribuveis a activos que se qualificam (1; IAS 23).
IAS 23
Draft E24 Capitalizao de Custos de Emprstimos
IAS 23 Capitalizao de Custo de Emprstimos
Data de aplicao efectiva da IAS 23 (1984)
Draft E39 Capitalizao de Custos de Emprstimos
Dez-93
Jan-95
Mai-06
Mar-07
Mai-08
Jan-09
O objectivo da NCRF 10, tal como da IAS 23, o de prescrever o tratamento dos custos
dos emprstimos obtidos. Contudo a NCRF 10 baseia-se na IAS 23, antes da sua
reviso, em Maro de 2007.
A verso anterior da IAS 23, base da NCRF 10, permitia uma escolha na contabilizao
dos Custos de Emprstimos:
29
Assim, a IAS 23 definia que, de uma forma geral, os custos dos emprstimos obtidos
eram considerados como gastos do perodo, contudo permitia a capitalizao dos custos
dos emprstimos obtidos quando directamente atribuveis aquisio, construo ou
produo de um activo que se qualifica.
Aps actualizao, a IAS 23 passou a definir que os custos de emprstimos obtidos que
sejam directamente atribuveis aquisio, construo ou produo de um activo que se
qualifica devem ser capitalizados como parte do custo desse activo. A IAS 23 revista
entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2009, tornando-se obrigatria para os perodos
contabilsticos que comecem em ou aps essa data.
que leva um perodo substancial de tempo para estar pronto para o seu uso pretendido,
enquanto a SFAS (Statement of Financial Accounting Standards) 34 Capitalization of
Interest Cost (Capitalizao de Custos de Emprstimos) no inclui na definio de
activo que se qualifica o conceito de substancial.
Certos inventrios.
incorridos por uma entidade relativos aos pedidos de emprstimos de fundos e NCRF
10 (4) Custos de emprstimos obtidos so custos que uma entidade incorre quando
pede fundos emprestados.
Segundo a IAS 23, a definio de custos de emprstimos pode incluir itens como:
Gastos com juros calculados com base na utilizao do mtodo do juro efectivo,
tal como descrito na IAS 39;
A NCRF 10, no pargrafo 5 identifica alguns exemplos de custos que podem ser
includos na definio de custos de emprstimos, ou seja despesas consideradas
elegveis para capitalizao:
O conceito de custo dos juros, considerado no pargrafo 6, da IAS 23, aps a reviso,
ficou alinhado com o mtodo do juro efectivo considerado na IAS 39 - Instrumentos
Financeiros: Reconhecimento e Mensurao. Como resultado, as referncias s
"despesas acessrias" e "amortizao de descontos ou de prmios" foram retirados da
lista, visto que, muitas vezes, so includas no clculo da despesa de juros, de acordo
com o mtodo do juro efectivo. Nos termos da IAS 39, o clculo dos juros utilizando o
mtodo do juro efectivo inclui todas as comisses e parcelas pagas ou recebidas entre as
partes do contrato que so parte integrante da taxa de juro efectiva (ver IAS 18 Rdito),
32
33
Inventrios
Instalaes industriais
Activos intangveis
Propriedades de investimento.
34
NCRF 10
Activos prontos para o seu uso Activos prontos para o seu uso
pretendido ou para venda quando pretendido ou para venda quando
adquiridos.
adquiridos.
Inventrios que sejam fabricados, ou Inventrios que sejam fabricados,
de outro modo produzidos, durante ou de outro modo produzidos,
um curto perodo de tempo.
durante um curto perodo de tempo.
Activos financeiros.
A IAS 23 no exclui activos intangveis desenvolvidos internamente, caso se
enquadrem na definio de um activo qualificvel. Um exemplo de um activo intangvel
que se qualifica o software desenvolvido internamente e produzido durante um
perodo substancial de tempo. A NCRF 10, nada refere acerca do assunto.
Apesar de um activo poder ser adquirido numa fase em que poder ter outro uso, a
inteno do uso que lhe vai ser dado que deve ser tido em conta.
35
mensurao de tais activos no afectada pelo valor capitalizado dos custos dos
emprstimos.
A poltica escolhida deve ser aplicada de forma consistente e divulgados nas notas, se os
valores forem significativos.
A norma prev que para os inventrios que se enquadrem na definio de activos que se
qualificam, os custos dos emprstimos associados aos mesmos tm de ser capitalizados.
A capitalizao dos custos dos emprstimos nos inventrios que sejam fabricados, ou de
outro modo produzidos, em grandes quantidades de uma forma repetitiva uma escolha
de poltica contabilstica. Para os inventrios que caem no mbito da iseno, a poltica
escolhida dever ser divulgada se for significativa.
36
37
A NCRF 10 define que os custos dos emprstimos obtidos devem ser reconhecidos
como gastos no perodo em que ocorrem, com excepo dos que sejam directamente
atribuveis a activos que se qualificam, quando seja provvel que deles provenham
benefcios futuros para a entidade e que possam ser fiavelmente mensurados. Nestes
casos a norma permite empresa optar pela sua capitalizao.
O princpio bsico directamente atribuveis. Custos de emprstimos directamente
atribuveis so custos que teriam sido evitados se os dispndios no activo que se
qualifica no tivessem sido feitos.
38
39
O valor a capitalizar somente, o montante dos custos de emprstimos que teriam sido
evitados se o dispndio no activo qualificvel no tivesse sido feito, e no deve exceder
a quantia dos custos de emprstimos obtidos incorridos durante esse perodo, pargrafos
14 (IAS 23 e NCRF 10).
As regras para os emprstimos de carcter geral aplicam-se quando uma entidade tem
um activo que se qualifica e no obtm um emprstimo especfico para o efeito. Tal
situao pode ocorrer quando a actividade financeira de uma entidade coordenada
centralmente e a entidade utiliza os recursos para a obteno de um ou mais activos que
se qualificam.
Importa referir que, os gastos com os emprstimos contrados de uma forma geral
devem ser capitalizados, mesmo que a empresa tenha uma actividade operacional
suficiente para a construo do activo que se qualifica, isto porque, se a empresa
contraiu o emprstimo, no se pode concluir que a construo do activo est a ser
financiada pela actividade operacional da empresa.
Em algumas situaes, pode ser necessrio um clculo mais detalhado, tendo em conta
o mapa de despesas durante o perodo, sempre que as mesmas ocorram de forma
desigual.
41
No entanto, de acordo com o acima exposto, o primeiro destino das despesas referentes
a qualquer emprstimo especfico a capitalizao no activo para o qual foram
contrados, em seguida, assumir que as restantes despesas so financiadas com
emprstimos em geral.
42
Estas abordagens consideram ajustamentos das despesas com juros a diferena entre:
43
44
Sempre que um derivado adquirido para reduzir o risco, mas no designado como
um instrumento de cobertura, de acordo com a IAS 39 ou NCRF 27, mensurado ao
justo valor e os seus ganhos ou perdas so reconhecidos no perodo.
Se no houver nenhuma ligao clara com um emprstimo que lhe est subjacente
difcil justificar a incluso dos efeitos do derivado dentro dos Custos de Emprstimos.
As entidades podem ser capazes de demonstrar uma relao suficientemente robusta
entre o derivado e o emprstimo subjacente de uma ou outra forma, sendo a incluso
dos seus ganhos ou perdas includos na taxa de capitalizao dos custos dos
emprstimos.
No aceitvel incluir todos os ganhos ou perdas do justo valor do derivado, considerase que s dever ser includo clculo dos custos do emprstimo, o ganho ou perda de
justo valor que possa ser considerado como um ajustamento do custo actual dos juros no
perodo. Para os derivados que no se consiga um relacionamento directo com os
emprstimos, o ganho ou perda de justo valor deve ser reconhecido no resultado do
perodo, no podendo ser capitalizado. Num instrumento de cobertura, mensurado ao
justo valor, o item coberto ajustado, atravs de ganhos ou perdas reflectidas no
resultado do perodo. Se o item de cobertura for um emprstimo, a entidade tem assim,
uma opo de incluir ou no os efeitos do instrumento de cobertura na capitalizao dos
custos dos juros, visto o mesmo se encontrar mensurado ao justo valor. O objectivo de
uma cobertura de justo valor mitigar as alteraes no justo valor do emprstimo, em
vez de controlar os custos directos do mesmo. Sob este ponto de vista, o instrumento de
cobertura no tem efeito sobre os custos dos emprstimos, em termos de IAS 23 e
NCRF 27.
Os princpios dos instrumentos de cobertura devem ser tidos em conta para ambos os
emprstimos gerais e especficos.
A NCRF 10, tal como a IAS 23, no exclui a possibilidade de capitalizao dos custos
de emprstimos em relao aos emprstimos que so mensurados ao justo valor atravs
45
Assim, a capitalizao dos custos dos emprstimos deve comear quando se inicie os
dispndios no activo que se qualifica. Os dispndios com um activo que se qualifica
incluem apenas os dispndios que tenham resultado de pagamentos por caixa,
transferncias de outros activos, ou a assuno de passivos que incorram em juros. Os
dispndios so reduzidos de quaisquer recebimentos.
Para dar incio capitalizao dos custos dos emprstimos a entidade tem que satisfazer
as condies definidas nas normas, contudo, deixa alguma margem para interpretao
com base em factos e circunstncias especficas (exemplo: adiantamentos a
fornecedores).
48
A capitalizao dos custos dos emprstimos deve ser suspensa durante os perodos
extensos que as actividades para preparao para uso ou venda do activo sejam
suspensas, ou que o desenvolvimento das mesmas seja interrompido. De acordo com os
pargrafos 20 (IAS 23 e NCRF 10), a capitalizao no permitida quando nenhuma
produo ou desenvolvimento que altere a condio do activo esteja a ter lugar.
Encontra-se ainda estabelecido nas normas que os custos incorridos com emprstimos
obtidos relacionados com activos parcialmente concludos no so passveis de
capitalizao. Uma entidade deve suspender a capitalizao dos custos de emprstimos
durante perodos prolongados em que suspende o desenvolvimento activo qualificvel.
49
seu uso pretendido ou venda, casos em que certos inventrios necessitam de atingir uma
maturao.
Um activo est normalmente pronto para o seu uso pretendido ou venda, ainda que o
trabalho administrativo de rotina possa continuar, quando a sua construo fsica est
completa, "Uma entidade deve cessar a capitalizao de Custos de Emprstimos
quando substancialmente todas as actividades necessrias para preparar o activo
qualificvel para o uso pretendido ou venda estejam completas.", NCRF 10 ( 22).
Para ser significativo, neste contexto, o trabalho administrativo em curso deve ser parte
do processo de obteno do activo pronto para o uso pretendido ou venda. Por exemplo,
uma entidade concluiu a construo de um edifcio com excepo de pequenas obras
pendentes, se estas forem modificaes menores (como a decorao de uma propriedade
conforme as especificaes do comprador ou usurio) e as nicas actividades restantes,
isto indica que todas as actividades necessrias esto substancialmente completas, pelo
que a capitalizao deve cessar.
Se um activo elegvel for concludo por partes, e se cada parte do activo que se qualifica
pode ser usada enquanto a construo continua noutras partes, a entidade deve cessar a
50
3.8 - DIVULGAES
De acordo com a IAS 23 uma entidade deve divulgar:
Conforme, pargrafos acima, constatmos que a NCRF 10 define que deve ser
divulgada a poltica contabilstica adoptada. Esta situao deve-se ao facto, de a norma
prever a opo na escolha de capitalizar ou no os custos dos emprstimos obtidos
relacionados com a aquisio, construo ou produo do activo que se qualifica.
51
Em relao aos projectos, cujo incio tenha data anterior ao perodo de vigncia da IAS
23 revista e nos quais as entidades aplicaram o tratamento de referncia previsto
anteriormente, reconhecendo todos os custos de emprstimos obtidos como um gasto do
perodo, a norma prev opo de escolha na sua aplicao:
Em alternativa, podem definir uma data anterior, como data efectiva, por
exemplo, a data de incio de um projecto e capitalizar custos de emprstimos em
relao aos activos elegveis, cuja data de incio seja em ou aps data definida.
Nesta situao tm que ajustar os resultados referentes aos perodos anteriores
at data definida.
52
A NCRF 10 refere como exemplo de activos, que possam ser activos que se qualificam,
os inventrios, as instalaes industriais, as instalaes de gerao de energia e as
propriedades de investimentos. A IAS 23 d alguns exemplos, sendo um dos exemplos
os activos intangveis.
Em termos de divulgaes, a IAS 23 no apresenta a alnea da poltica contabilstica
adoptada nos custos de emprstimos que se encontra prevista na NCRF 10 ( 26),
visto no ter a opo de capitalizar ou no os custos de emprstimos.
Dentro do normativo nacional, existem ainda diferenas entre as empresas que aplicam
as NCRF, a NCRF-PE e as empresas que aplicam a NC-ME, sendo que esta ltima no
permite a capitalizao dos custos dos emprstimos.
53
IAS 23
permitida
a obrigatria a capitalizao de
de capitalizao de custos dos capitalizao de custos de custos de emprstimos em activos
emprstimos como parte do custo de emprstimos.
que se qualificam, incluindo
determinados activos, incluindo
existncias,
em
determinadas
inventrios
circunstncias.
A NCRF 10 prev que os custos dos emprstimos devem ser considerados como gastos
do perodo com excepo dos custos dos emprstimos que so directamente atribuveis
a um activo que se qualifica. A norma permite a capitalizao de custos de emprstimos
obtidos como parte do custo dos activos que se qualificam, incluindo nos inventrios. O
POC apenas permitia para os activos tangveis e intangveis. O antigo normativo, referia
especificamente que os custos dos emprstimos no so incorporveis aos custos de
produo de inventrios (ponto 5.3.3 do POC).
A NCRF 10 prev que seja aplicada uma taxa com base numa mdia ponderada para
capitalizao dos custos dos emprstimos, quando os emprstimos so gerais, o anterior
normativo era omisso em relao a esta situao.
5 - APLICAO PRTICA
5.1 - ENQUADRAMENTO
Este captulo visa enquadrar a aplicao prtica deste trabalho, na qual se prope
analisar os impactos da aplicao das normas sobre reconhecimento dos custos dos
emprstimos obtidos e imputveis a activos em construo, nas duas opes disponveis
na norma nacional: capitalizar ou no esses custos. Como objecto de estudo optou-se
por utilizar as demonstraes financeiras de uma empresa cuja actividade se desenvolve
na rea da construo, comercializao e explorao de alojamentos tursticos.
55
O mtodo utilizado nesta investigao satisfaz os requisitos definidos por YIN (2003)
para que possa ser considerado como um estudo de caso, pois investiga um fenmeno
contemporneo no seu contexto real, sobre o qual o investigador no detm qualquer
controlo.
Por outro lado, este estudo representa uma pesquisa preliminar nesta rea, constituindo
um primeiro passo nesta linha de investigao, pois entende-se que o caso em apreo
deve constituir uma fase preliminar para um estudo mais alargado, abrangendo a anlise
do impacto dos custos dos emprstimos na avaliao financeira de empresas de vrios
sectores.
Dado que os anos em anlise incluem o ano de 2010, ano de transio de sistema
contabilstico do POC para o SNC utiliza-se como quadro de referncia o modelo
actualmente em vigor, no introduzindo nesta anlise os efeitos da referida transio.
Tendo-se preconizado, numa fase inicial, fazer um estudo mais abrangente, a empresas
que tenham optado pela capitalizao dos custos dos emprstimos, foi abandonado esse
propsito devido dificuldade em obter a totalidade da informao necessria
elaborao do estudo.
Deste modo, foi reformulado o projecto inicial, tendo-se elegido, em alternativa, como
objecto de anlise uma empresa que tenha optado pela capitalizao dos custos dos
emprstimos, situada na regio do Algarve.
57
Assim, vai ser evidenciada a importncia da capitalizao dos Custos dos Emprstimos
na avaliao financeira da empresa, tendo em linha de conta os seguintes aspectos:
Anlise da estrutura do activo;
Anlise dos gastos e perdas; e
Anlise dos resultados da empresa.
58
Frmulas
Activo No Corrente /Activo Total
Estrutura Financeira
Rendibilidade do Activo
Solvabilidade
Autonomia
Dependncia Financeira
Activo / Passivo
Eficincia
Rendimentos / Gastos
Estrutura do Activo
5.4 - IMPACTO
DA CAPITALIZAO DOS
CUSTOS
DOS
EMPRSTIMOS
NA AVALIAO
FINANCEIRA DA EMPRESA
Este captulo visa, para alm de uma breve caracterizao da empresa, mostrar o
impacto da capitalizao dos Custos dos Emprstimos nos vrios aspectos referidos no
ponto anterior.
59
A empresa foi constituda por escritura pblica e 1 de Janeiro de 1986, tendo alterado a
sua natureza jurdica, de sociedade por quotas para sociedade annima, em 25 de
Outubro de 2008.
Em 2008, a empresa iniciou um projecto de Condo Hotel Resort, o qual contempla
um lote de terra para construo de um Hotel (21.142 m de rea construda bruta)
sendo a area total de 35.743 m e sete parcelas para construo de Villas (moradias
com 2.800 m de rea bruta de construo, sendo a rea total de construo bruta para as
Villas de 14.000 m).
A empresa apresentava em 2010 um total de 42.129.350 euros de Activo lquido,
31.835.692 euros de Passivo e Capital Prprio num montante de 10.293.657 de euros.
30.000.000
Capital Prprio
20.000.000
Passivo
10.000.000
0
2008
2009
2010
Importa referir que em 2010 a empresa efectuou uma revalorizao dos activos fixos
tangveis de explorao e de propriedades de investimento, pelo mtodo do rendimento,
para que estas rubricas se apresentassem reflectidas nas demonstraes financeiras, a 31
de Dezembro de 2010, pelo seu justo valor.
20.000.000
15.000.000
Capital Prprio
10.000.000
Passivo
5.000.000
0
(5.000.000)
2008
2009
2010
A empresa antes da avaliao ao justo valor dos Activos Fixos Tangveis e das
Propriedades de Investimento, apresenta um total de balano de 29.827.145 euros com
um total de Activo, Passivo e Capital Prprio, respectivamente de 29.827.145 euros,
31.835.692 euros e (2.008.547) euros (Balano, 2010).
61
Pela anlise do Grfico 3 pormenoriza-se o peso dos gastos e dos rendimentos nos anos
de 2008, 2009 e 2010, de acordo com a DR dos respectivos perodos.
Rendimentos
1.500.000
Gastos
1.000.000
500.000
0
2008
2009
2010
O Grfico 4 evidencia a quantia dos juros nos anos de 2008, 2009 e 2010, de acordo
com Anexo ao Balano e Demonstrao de Resultados dos respectivos perodos.
Custos de Emprstimos
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0
Custos de
Emprstimos
Ano de Ano de Ano de
2008
2009
2010
62
2008
2009
2010
Variao
08/09
Variao
09/10
2.563%
63%
9.961.901
100%
-13%
307.151
---
100%
5.498%
25%
--- 11.404.470
-----
5.761.067
---
190.965
---
202.825
-97%
6%
106.726
---
100%
Adiantamentos a fornecedores
1.727
434.339
223.366
25.050%
-49%
21.573
12.817
1.399.218
-41%
10.817%
2.238.499
3.605.785
482.179
61%
-87%
3.493
3.987
25.255
14%
533%
1.327.756
380.176
206.747
-71%
-46%
Activo Corrente
9.354.115
4.628.069
2.646.316
-51%
-43%
TOTAL DO ACTIVO
171%
13%
Clientes
O crescimento de 13% do total do activo no ano de 2010 deve-se, entre outros, ao efeito
conjugado do crescimento do activo no corrente (5.427.007 euros) e decrscimo do
activo corrente (cerca de 2 milhes de euros).
O quadro seguinte representa a estrutura do Activo sem a capitalizao dos custos dos
emprstimos nas rubricas do Activo da empresa.
2008
2009
2010
Variao Variao
08/09
09/10
2.513%
61%
9.640.371
100%
-13%
428.413
---
100%
--- 11.087.508
-----
5.366%
24%
5.751.719
---
190.965
---
202.825
-97%
6%
106.726
---
100%
Adiantamentos a fornecedores
1.727
434.339
223.366
25.050%
-49%
22.975
89.392
1.399.218
289%
1.465%
2.238.499
3.605.785
482.179
61%
-87%
3.493
3.987
25.255
14%
533%
1.327.756
380.176
206.747
-71%
-46%
Activo corrente
9.346.169
4.704.644
2.646.316
-50%
-44%
TOTAL DO ACTIVO
167%
12%
Inventrios
Clientes
Com capitalizao
Sem capitalizao
Diferena
% Activo
Grfico 5 - Estrutura do Activo com e sem capitalizao dos custos dos emprstimos.
Activo Total
2010
2009
2008
Sem capitalizao
Com capitalizao
De acordo com informao acima verifica-se que a capitalizao dos custos dos
emprstimos leva a um aumento do activo, sendo que em 2010, esse acrscimo de
cerca de 2.6%.
Segue-se, a anlise da estrutura do Capital Prprio, com capitalizao dos custos dos
emprstimos.
65
2008
2009
Capital realizado
Outros instrumentos de capital prprio
Reservas Legais
Outras Reservas
Resultados Transitados
Excedentes de revalorizao
Outras variaes no capital prprio
Resultado Lquido do Perodo
TOTAL DO CAPITAL PRPRIO
50.000
----1.246
141.948
171.668
--77.494
442.356
50.000
--3.875
74.865
141.948
171.668
--773.450
1.215.807
2010
50.000
148.446
10.000
842.190
141.948
171.668
-1.453.463
-1.919.338
-2.008.548
Variao Variao
08/09
09/10
------100%
100%
158%
5.908%
1.025%
-----------100%
898%
-348%
175%
-265%
QUADRO 10- Estrutura do Capital Prprio sem capitalizao dos custos dos
emprstimos.
CAPITAL PROPRIO
Capital realizado
2008
2009
Variao Variao
08/09
09/10
----50.000
2010
50.000
50.000
---
---
148.446
---
100%
Reservas Legais
---
3.875
10.000
100%
158%
Outras Reservas
1.246
74.866
842.191
Resultados Transitados
141.948
141.948
141.948
5.909%
---
1.025%
---
Excedentes de revalorizao
171.668
---
171.668
---
171.668
---
---
---
69.548
338.795
-1.453.462
-2.682.541
387%
-100%
-892%
434.410
781.152
-2.771.750
80%
-455%
66
QUADRO 11 - Estrutura do Capital Prprio com e sem capitalizao dos custos dos
emprstimos
Capital Prprio
Com capitalizao
Sem capitalizao
Diferena
% CP
2008
2009
442.356 1.215.807
434.410
781.152
7.946
434.655
1,80%
55,60%
2010
-2.008.548
-2.771.751
763.203
-27,5%
Grfico 6 - Estrutura do Capital Prprio com e sem capitalizao dos custos dos
emprstimos
Capitais Prprios
2010
2009
2008
Sem capitalizao
Com capitalizao
67
2008
2009
Variao
08/09
Variao
09/10
630.589
-27%
-55%
2010
1.902.458 1.394.439
0
222.126
0%
100%
-1.600.746
-731.794
-90.462
-54%
-88%
-182.224
-313.050
-1.308.200
72%
318%
-10.433
-45.284
-646.421
334%
1327%
6.393
629.005
367.816
9739%
-42%
-23.602
-20.827
-990.392
-12%
4655%
91.846
912.489
-1.814.944
893%
-299%
-71
-143
-404.010
101%
282424%
91.775
912.346
-2.218.954
894%
-343%
91.775
912.346
-2.218.954
894%
-343%
-14.281
-138.896
299.616
873%
-316%
77.494
773.450
-1.919.338
898%
-348%
2008
2009
Variao
08/09
Variao
08/10
630.589
-27%
-55%
2010
1.902.458 1.394.439
0
222.126
0%
100%
-1.600.746
-731.794
-90.462
-54%
-88%
-182.224
-313.050
-1.308.200
72%
318%
-10.433
-45.284
-646.421
334%
1327%
6.393
629.005
367.816
9739%
-42%
-23.602
-20.827
-990.392
-12%
4655%
91.846
912.489
-1.814.944
893%
-299%
-71
-143
-390.233
101%
272790%
91.775
912.346
-2.205.177
894%
-342%
-9.348
-511.230
-898.242
5.369%
76%
82.427
401.116
-3.103.419
387%
-874%
-12.879
-62.321
420.878
384%
-775%
69.548
338.795
-2.682.541
387%
-892%
2008
gastos
2009
2010
de
0
13.777
13.777
-9.348
-511.230
-898.242
-9348
-511230
-884.465
1.402
76.575
121.262
-7.946
-434.655
-763.203
-10%
-56%
40%
de
gastos
de
70
Indicadores
Frmulas
Activo No Corrente
/Activo Total
Activo Corrente/ Activo
Estrutura do Activo
Total
Activo No Corrente/
Activo Corrente
Estrutura Financeira Passivo / Capital Prprio
Rendibilidade do
Resultado
lquido
/
Activo
Activo
Rendibilidade do
Resultado
lquido
/
Capital prprio
Capital Prprio
Ano de 2008
C/ Capitalizao de S/ Capitalizao de
Custos de
Custos de
Emprstimos
Emprstimos
Variao
3,99%
3,99%
0,00%
96,01%
96,01%
0,00%
4,15%
4,16%
-0,01%
2102,47%
2140,93%
-38,46%
0,80%
0,71%
0,09%
17,52%
16,01%
1,51%
Solvabilidade
4,76%
4,67%
0,09%
Autonomia
4,54%
4,46%
0,08%
Dependncia
Financeira
Activo / Passivo
104,76%
104,67%
0,09%
Eficincia
Rendimentos / Gastos
105,05%
104,51%
0,54%
De acordo com o quadro acima constatamos que o impacto da capitalizao dos custos
dos emprstimos no foi significativo.
71
Indicadores
Estrutura do Activo
Ano de 2009
Com Capitalizao Sem Capitalizao
de Custos de
de Custos de
Emprstimos
Emprstimos
Frmulas
Activo No Corrente
/Activo Total
Activo Corrente/ Activo
Total
Activo No Corrente/
Activo Corrente
Resultado
lquido
Activo
Resultado
lquido
Capital Prprio
Solvabilidade
82,46%
81,87%
0,59%
17,54%
18,13%
-0,59%
470,04%
451,52%
18,52%
2069,91%
/
Variao
3221,66% -1151,75%
2,93%
1,31%
1,62%
63,62%
43,37%
20,25%
4,83%
3,10%
1,73%
Autonomia
4,61%
3,01%
1,60%
Dependncia
Financeira
Activo / Passivo
104,83%
103,10%
1,73%
Eficincia
Rendimentos / Gastos
182,11%
124,72%
57,39%
72
Estrutura do Activo
C/ Capitalizao de S/ Capitalizao de
Custos de
Custos de
Emprstimos
Emprstimos
Frmulas
Activo No Corrente
/Activo Total
Activo Corrente/ Activo
Total
Activo No Corrente/
Activo Corrente
Variao
91,13%
90,89%
0,24%
8,87%
9,11%
-0,24%
1027,12%
998,28%
28,84%
-1585,01%
-1148,58%
-436,43%
-6,43%
-9,23%
2,80%
95,56%
96,78%
-1,22%
Rendibilidade do
Activo
Rendibilidade do
Capital prprio
Resultado
lquido
Activo
Resultado
lquido
Capital Prprio
Solvabilidade
-6,31%
-8,71%
2,40%
Autonomia
-6,73%
-9,54%
2,81%
Dependncia
Financeira
Activo / Passivo
93,69%
91,29%
2,40%
Eficincia
Rendimentos / Gastos
35,49%
28,23%
7,26%
O impacto mais significativo observa-se, tal como no ano anterior, na relao entre o
Activo No Corrente e o Activo Corrente ( 29%). Em termos de Estrutura Financeira,
apresenta a segunda diferena mais significativa ( 436%).
O impacto dos Custos dos Emprstimos, no Activo Corrente tem vindo a aumentar
desde 2008, bem com a respectiva relao, devido ao aumento verificado nos custos dos
emprstimos ao longo do trinio.
Da anlise efectuada verifica-se que a capitalizao dos custos dos emprstimos tem os
seguintes impactos:
73
Ano de 2008
Com Capitalizao Sem Capitalizao de
de Custos de
Custos de
Emprstimos
Emprstimos
Variao
Valor
388.632
388.632
0,00%
Propriedades de Investimento
0,00%
0,00%
388.632
388.632
0,00%
5.761.067
5.751.719
9.348
0,16%
0,00%
1.727
21.573
1.727
22.975
0
-1.402
0,00%
-6,50%
2.238.499
2.238.499
0,00%
3.493
3.493
0,00%
1.327.756
1.327.756
0,00%
Activo corrente
9.354.115
9.346.169
7.946
0,08%
9.742.747
9.734.801
7.946
0,08%
Activo no corrente
Inventrios
Clientes
Adiantamentos a fornecedores
Estado e outros entes pblicos
Outras contas a receber
Diferimentos
TOTAL DO ACTIVO
Ano de 2009
Com Capitalizao de Sem Capitalizao
Custos de
de Custos de
Emprstimos
Emprstimos
Variao
Valor
10.349.352
10.155.084
194.268
1,88%
Propriedades de Investimento
11.404.470
11.087.508
316.962
2,78%
0,00%
21.753.822
21.242.591
511.231
2,35%
190.965
190.965
0,00%
0,00%
Adiantamentos a fornecedores
434.339
434.339
0,00%
12.817
89.392
3.605.785
3.605.785
0,00%
3.987
3.987
0,00%
380.176
380.176
0,00%
-76.575 -597,45%
4.628.069
4.704.644
-76.575
-1,65%
26.381.891
25.947.236
434.655
1,65%
74
Ano de 2010
Com Capitalizao Sem Capitalizao de
de Custos de
Custos de
Emprstimos
Emprstimos
Variao
Valor
16.911.777
16.348.842
562.935
3,33%
9.961.901
9.640.371
321.530
3,23%
307.151
428.413
27.180.829
26.417.626
763.203
2,81%
Inventrios
202.825
202.825
0,00%
Clientes
106.726
106.726
0,00%
Adiantamentos a fornecedores
223.366
223.366
0,00%
1.399.218
1.399.218
0,00%
482.179
482.179
0,00%
25.255
25.255
0,00%
206.747
206.747
0,00%
2.646.316
2.646.316
0,00%
29.827.145
29.063.942
763.203
2,56%
Propriedades de Investimento
Activos por impostos diferidos
Activo no corrente
-121.262 -39,48%
75
CAPITAL PROPRIO
Capital realizado
Outros instrumentos de capital
prprio
Reservas Legais
Outras Reservas
Com Capitalizao
de Custos de
Emprstimos
2008
Sem Capitalizao de
Custos de
Emprstimos
Variao
Valor
50.000
50.000
0,00%
0,00%
0,00%
1.246
1.246
0,00%
141.948
141.948
0,00%
Excedentes de revalorizao
Outras variaes no capital
prprio
171.668
171.668
0,00%
0,00%
77.494
69.548
442.356
434.410
Resultados Transitados
7.946 10,25%
7.946
1,80%
Capital realizado
Outros instrumentos de capital
prprio
Com Capitalizao
de Custos de
Emprstimos
Variao
Sem Capitalizao de
Custos de
Emprstimos
Valor
50.000
50.000
0,00%
0,00%
Reservas Legais
3.875
3.875
0,00%
Outras Reservas
74.865
74.865
0,00%
Resultados Transitados
141.948
141.948
0,00%
Excedentes de revalorizao
Outras variaes no capital
prprio
171.668
171.668
0,00%
0,00%
773.450
338.795
434.655 56,00%
1.215.807
781.152
434.655 36,00%
76
Capital realizado
Outros instrumentos de capital
prprio
Com Capitalizao
de Custos de
Emprstimos
Variao
Sem Capitalizao de
Custos de
Emprstimos
Valor
50.000
50.000
0,00%
148.446
148.446
0,00%
Reservas Legais
10.000
10.000
0,00%
Outras Reservas
842.190
842.190
0,00%
Resultados Transitados
141.948
141.948
0,00%
171.668
171.668
0,00%
-1.453.463
-1.453.463
0,00%
-1.919.338
-2.682.541
763.203 -40,00%
-2.008.548
-2.771.751
763.203 -38,00%
Excedentes de revalorizao
Outras variaes no capital
prprio
Resultado Lquido do Perodo
TOTAL
DO
CAPITAL
PRPRIO
77
2008
Com Capitalizao Sem Capitalizao
de Custos de
de Custos de
Emprstimos
Emprstimos
Variao
Valor
1.902.458
0
1.902.458
0
0
0
0,00%
0,00%
-1.600.746
-182.224
-10.433
6.393
-23.602
-1.600.746
-182.224
-10.433
6.393
-23.602
0
0
0
0
0
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
91.846
91.846
0,00%
-71
-71
0,00%
91.775
91.775
0
91.775
-14.281
77.494
-9.348
82.427
-12.879
69.548
9.348
9.348
-1.402
7.946
0,00%
100,00
%
10,19%
9,82%
10,25%
78
2009
Com Capitalizao Sem Capitalizao
de Custos de
de Custos de
Emprstimos
Emprstimos
Variao
Valor
1.394.439
0
1.394.439
0
0
0
0,00%
0,00%
-731.794
-313.050
-45.284
629.005
-20.827
-731.794
-313.050
-45.284
629.005
-20.827
0
0
0
0
0
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
912.489
912.489
0,00%
-143
-143
0,00%
912.346
912.346
912.346
-511.230
401.116
-138.896
773.450
-62.321
338.795
0 0,00%
511.230 100,00%
511.230 56,03%
-76.575
434.655
55,13%
56,20%
79
Com
Capitalizao de
Custos de
Emprstimos
Variao
Sem Capitalizao
de Custos de
Emprstimos
Valor
RENDIMENTOS E GASTOS
Vendas e servios prestados
630.589
630.589
0,00%
Subsdios explorao
222.126
222.126
0,00%
-90.462
-90.462
0,00%
-1.308.200
-1.308.200
0,00%
-646.421
-646.421
0,00%
367.816
367.816
0,00%
-990.392
-990.392
0,00%
-1.814.944
-1.814.944
0,00%
Gastos/reverses de depreciao e de
amortizao
-404.010
-390.233
-13.777
3,41%
-2.218.954
-2.205.177
-13.777
0,62%
-898.242
898.242 100,00%
-3.103.419
884.465 -39,86%
299.616
420.878
-121.262 -40,47%
-1.919.338
-2.682.541
763.203 -39,76%
-2.218.954
80
CONCLUSO E LIMITAES
Este estudo pretende constituir um contributo para o entendimento da importncia da
capitalizao dos custos dos emprstimos a nvel da carga fiscal, na estrutura do
Balano e nos Resultados do perodo e futuros, assim como nos principais indicadores
de anlise e em que medida uma deciso de poltica contabilstica pode afectar a
comparabilidade das demonstraes financeiras.
As mudanas ocorridas a nvel da contabilidade e o actual quadro legislativo em
Portugal relevam a necessidade de um sistema contabilstico, que d resposta s
crescentes exigncias de informao contabilstica e de gesto. O novo normativo SNC
em relao aos custos de emprstimos apresenta diferenas quer face ao anterior
normativo, quer face ao normativo internacional. O normativo internacional define que,
custos de emprstimos directamente atribuveis a um activo que se qualifica devem ser
capitalizados.
As normas contabilsticas nacionais, apesar de alguma uniformidade, tambm
apresentam diferenas entre si. A NCRF 10, a NCRF-PE e a NCRF-ESNL, permitem a
capitalizao dos custos dos emprstimos, ou reconhecimento como gastos do perodo.
A Norma Contabilstica para as Micro Empresas (NC-ME), no prev a capitalizao
dos custos dos juros, definindo que os custos dos emprstimos so gastos do perodo em
que ocorrem.
Este efeito reflecte-se nos diversos rcios que utilizam aqueles agregados,
designadamente a rendibilidade dos Capitais Prprios.
82
Este estudo comprova que as diferenas ao nvel do tratamento dos custos dos
emprstimos, ao nvel do reconhecimento como gastos do perodo ou capitalizao dos
mesmos, so vastas, constituindo um problema, pelo que se entende ser importante a
intensificao dos esforos para uma crescente normalizao ao nvel contabilizao dos
custos dos emprstimos.
Limitaes do estudo
Tratando-se de um estudo de caso, as concluses esto limitadas pelas caractersticas
econmicas e financeiras da entidade e das actividades desenvolvidas no perodo em
estudo, facto que deve ser considerado nos resultados encontrados. Estas limitaes
podero ser superadas aplicando esta anlise a uma amostra estatisticamente
significativa e eventualmente, multissectorial.
83
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