Desafio Final Revisado
Desafio Final Revisado
Desafio Final Revisado
NDICE
Introduo.................................................................................................. 2
A Histria dos Imprios Antecipada......................................................... 3
No H Outro Deus Como Este................................................................ 8
Profecia Confivel A Queda de Belsazar.............................................. 11
A Viso dos Quatro Animais.................................................................... 13
A Viso do Santurio............................................................................... 21
Profecia Confivel Alexandre O Grande.............................................. 32
O Dia da Expiao Anttipo.................................................................... 34
Paralelismos em Daniel........................................................................... 39
O Rei do Norte e a 3 Guerra Mundial.................................................... 41
O Israel de Deus na Profecia................................................................... 56
O Movimento do Advento....................................................................... 60
A Histria Se Repetir............................................................................. 62
F Versus Incredulidade........................................................................... 68
A Besta do Mar......................................................................................... 71
A Besta da Terra....................................................................................... 83
A Questo Bsica na Crise Final.............................................................. 97
Campanha pelo Descanso Dominical Obrigatrio na EU....................... 104
Roma no Controle dos EUA.................................................................... 110
Conexo Vaticano-EUA.......................................................................... 112
Encontros Entre Papas e Presidentes dos EUA....................................... 122
ECOmenismo: Uma Verdade Inconveniente.......................................... 123
Mistrio Babilnia................................................................................... 133
Por que o Mundo No Acabou em 2012?............................................... 146
A Crise Final do Apocalipse Anunciada nos Quadrinhos....................... 151
A Rede Econmica que Domina o Mundo.............................................. 153
Ordem a partir do Caos........................................................................... 155
A Ordem Social Aprovada por Deus...................................................... 157
O Ato Final do Engano........................................................................... 160
Os Extraterrestres e o Grande Conflito................................................... 162
A Ira do Cordeiro.................................................................................... 171
Introduo
O ebook O Desafio Final surgiu aps anos de pesquisa e orao, como contribuio
ao estudo historicista das profecias de Daniel e Apocalipse, visando uma
compreenso mais clara sobre os recentes acontecimentos da histria mundial e como
eles apontam para a iminente Volta de Cristo sobre as nuvens do cu, com poder e
muita glria. (Mt 24:30).
Apesar da complexidade tanto das relaes humanas como das relaes
internacionais, o autor tem como pressuposto bsico para este estudo a absoluta
soberania de Deus sobre a histria mundial: Pois do Senhor o reino, ele quem
governa as naes. (Sl 22:28).
Se voc j est familiarizado com as profecias iniciais de Daniel (captulos 2, 7 e 8),
ento comece a leitura a partir da pg. 41. Caso contrrio, ser importante comear a
leitura desde o incio. Quinze pginas desse ebook so textos de outros autores
devidamente indicados no incio dos respectivos captulos, e foram acrescentados
para ampliar os temas analisados.
A traduo da Bblia usada como padro a Almeida Revista e Atualizada (ARA).
Em alguns casos foram usadas outras tradues: New King James Version (NKJV),
Nova Verso Internacional (NVI). A citao de uma fonte no implica
necessariamente na concordncia com as outras ideias apresentadas pelo autor.
Agradeo de forma especial aos meus pais pela oportunidade de ter estudado em
escolas crists desde cedo, e minha esposa, Patrcia, pela compreenso e apoio
nesse projeto. Tambm agradeo aos amigos Michelson Borges por me motivar a
transferir as ideias para a linguagem escrita e ao Ruscel pela criao da imagem na
capa.
O propsito maior da profecia bblica aumentar a f na Pessoa de Cristo: Desde j
vos digo, antes que acontea, para que quando acontecer, creiais que EU SOU. (Jo
13:19). Por isso, espero que o leitor seja recompensado espiritualmente com a anlise
desse material. E que, sem vacilar, decida de corao adorar aquele que fez os cus,
a terra, o mar e as fontes das guas. (Ap 14:7).
Porque voc j est envolvido!
A Deus seja a glria!
Srgio Santeli
09/Out/2015
anos, atentarei para vs outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra,
tornando a trazer-vos para este lugar. (Jr 29:10).
O sonho de Nabucodonosor
Corria o ano de 603 a. C. e Daniel j havia se habituado cultura dos babilnios a
ponto de destacar-se entre os sbios do reino. Uma coisa, sobretudo, Daniel e seus
trs companheiros mantiveram de acordo com a educao que receberam em sua terra
natal: o temor do Senhor e a prtica da vida religiosa. No se contaminaram com a
idolatria dos babilnios. Permaneceram adorando o nico Deus no cu e na terra.
Nesse ano, o rei Nabucodonosor teve um sonho que foi enviado por Deus, apesar do
rei acreditar ter vindo das divindades babilnicas. Por no se lembrar do sonho, muito
menos sua interpretao, resolveu convocar os sbios, encantadores e adivinhos do
reino para que lhe contassem o sonho e tambm sua interpretao. Como no
conseguiram decifrar o tal sonho, foram ameaados com a pena de morte pelo rei.
Daniel ficou sabendo da deciso e buscou a direo de Deus para interpretar o sonho.
Deus respondeu sua orao, e logo ento, Daniel foi introduzido presena do
monarca que, ansioso, aguardava o pronunciamento do profeta: O mistrio que o rei
exige, nem encantadores, nem magos, nem astrlogos o podem revelar ao rei; mas h
um Deus no cu, o qual revela mistrios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que
h de ser nos ltimos dias. (Dn 2:27, 28).
De acordo com a Bblia os ltimos dias comearam com a morte de Cristo. O
Salvador inaugurou os ltimos dias com Seu sangue derramado na cruz: Havendo
Deus, outrora falado muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
nestes ltimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as
coisas, pelo qual tambm fez o Universo. (Hb 1:1, 2) O sangue de Cristo
conhecido, com efeito, antes da fundao do mundo, porm manifestado no fim dos
tempos, por amor de vs. (1Pe 1:19, 20). No se deve confundir os ltimos dias
com o tempo do fim, tambm encontrado em Daniel (8:17; 11:35; 12:4, 9). O
tempo do fim refere-se ao fim dos ltimos dias, ou seja, determina o perodo
final dos ltimos dias. Por enquanto, o importante saber que os ltimos dias
comearam com a morte de Cristo.
A interpretao do sonho
Sonho: Tu, rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande esttua; esta, que era imensa
e de extraordinrio esplendor, estava em p diante de ti; e sua aparncia era terrvel.
A cabea era de fino ouro. (Dn 2:31, 32).
Interpretao: Tu, rei, rei de reis, a quem o Deus do cu conferiu o reino, o
poder, a fora e a glria... tu s a cabea de ouro. (Dn 2:37, 38).
Histria: O reino de Babilnia, o primeiro de verdadeira importncia histrica , em
relao aos outros reinos que se elevaram sobre os seus destroos e que pelo seu
poder vieram a se tornar fortes, o mais notvel e o mais sublime. Assim como ele o
primeiro na ordem dos tempos, ele impe-se tambm pela precocidade de sua
majestade deslumbrante.3
Sonho: O peito e os braos, de prata. (v. 32).
Interpretao: Depois de ti, se levantar outro reino, inferior ao teu. (v. 39).
Histria: Ciro, conquistador famoso do sculo VI a. C., foi o fundador do Imprio
Persa... Chegando virilidade ps-se frente das tribos belicosas da Prsia, ento
avassaladas monarquia meda, fez guerra a seu av, destronou-o e fez-se coroar em
seu lugar... Hoje, admite-se que em 560 ou 559 a. C., Ciro levantara os persas contra
os medos: tornou-se independente, fez-se proclamar rei e restabeleceu no seu pas a
religio de Zoroastro. Em 552 a. C., atacado por Astiages e pelos medos, venceu-os
em Pasrgada... Em seguida conquistou a Mesopotmia, a Clchida e outros pases ao
sul do Cucaso. Depois marchou contra a Ldia; Creso foi ao seu encontro; em Pteria
feriu-se uma batalha indecisa, voltando depois para Srdis. Ciro perseguiu-o em
pleno inverno, vencendo-lhe o exrcito em Timbrea, e prendeu-o em Srdis (542).
Destruiu o imprio da Ldia, submeteu as cidades gregas da costa e fez incorporar no
seu imprio quase todos os povos at o Indo. Em 538 a. C., cercou Babilnia,
apoderando-se dela.4
Sonho: O ventre e os quadris, de bronze. (v. 32).
Interpretao: E um terceiro reino, de bronze, o qual ter domnio sobre toda a
Terra. (v. 39).
Histria: O povo grego tinha atingido de 600 a 400 a. C. ao mais elevado grau de
cultura na poltica, nas cincias e nas artes, quando, pelas conquistas do macednio
Alexandre, foi fundada cerca do ano 330 a terceira monarquia universal, chamada a
grega, visto os gregos e os macednios serem da mesma origem, e pelas conquistas o
elemento grego ter-se tornado dominante em todo o mundo conhecido daquele
tempo. 5
Sonho: As pernas de ferro. (v. 33).
Interpretao: O quarto reino ser forte como ferro, pois o ferro a tudo quebra e
esmia; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele far em pedaos e
esmiuar. (v. 40).
Histria: As armas da repblica, algumas vezes vencidas na batalha, sempre
vitoriosas na guerra, avanavam com passos rpidos para o Eufrates, o Danbio, o
Reno e o oceano; e as imagens de ouro, ou prata, ou cobre, que serviam para
Citado por Guilherme Stein Jr., Sucessos Preditos da Histria Universal, 2 ed., p.
17.
4
Guilherme Stein Jr., Sucessos Preditos da Histria Universal, 2 ed., p. 25, nota do
editor Ruy Carlos de Camargo Vieira.
5
Jules Silvan Zeller, Consideraes sobre a Histria, Antiguidade e Idade Mdia,
citado por Guilherme Stein Jr, Sucessos Preditos da Histria Universal, 2 Ed., p. 27.
Edward Gibbon, The History of the Deeline and Fall of the Roman Empire, citado
por Enoch de Oliveira, Ano 2000 Angstia ou Esperana, p. 200.
7
Wilhelm Redenbacher, Lesebuch der Weltgeschichte, citado por Guilherme Stein
Jr., Sucessos Preditos da Histria Universal, 2 Ed., p. 35.
8
History of Florence, citado por Guilherme Stein Jr., Sucessos Preditos da Histria
Universal, 2 Ed., p.54.
nica, o euro, em 1999, que atraiu a ateno dos estudantes da profecia bblica para
Daniel 2. Teria a profecia errado ao revelar que as principais naes da Europa nunca
mais se uniriam? Em primeiro lugar, fcil notar que a inteno por trs do euro
realmente era poltica: A unio econmica e monetria foi concebida por polticos
com fins polticos; seu principal objetivo no era aumentar a eficincia econmica,
mas mudar o modo como a Europa era governada.9 Todavia, a adoo de vrios
elementos que caracterizam uma Federao, como a moeda nica, por exemplo, no
invalidam a profecia porque, a despeito disso, a Unio Europeia no um Estado
federal soberano porque no tem um governo nico, o que, de fato, a essncia da
profecia: ser esse um reino dividido. (v. 41).
Sonho: Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem auxlio de mos, feriu a
esttua nos ps de ferro e de barro e os esmiuou. (v. 34).
Interpretao: Mas, nos dias destes reis, o Deus do cu suscitar um reino que no
ser jamais destrudo; este reino no passar a outro povo; esmiuar e consumir
todos estes reinos, mas ele mesmo subsistir para sempre. (v. 44).
A pedra lanada sem auxlio de mos representa o reino de Deus que ser
estabelecido para todo sempre em lugar dos reinos de pecado desta Terra. Ser o
cumprimento da orao ensinada por Jesus: Venha o Teu reino. Ser tambm o
cumprimento da promessa do Mestre: Vou preparar-vos lugar... Virei outra vez e
vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estou, estejais vs tambm. (Jo
14:1-3).
Resumindo, a sequncia dos Imprios :
Babilnia (605-539 a. C.)
Medo-Prsia (539- 331 a. C.)
Grcia (331-168 a. C.)
Roma (168 a. C. 476 d. C.)
Europa dividida (476 d. C. Volta de Cristo)
Em Daniel 2 encontramos a histria universal de mais de vinte e cinco sculos
condensada em pouco mais de duzentas palavras: que poder de sntese! A Palavra
Proftica cumpriu-se perfeitamente at aqui, e caminha para o seu cumprimento total.
Louvado seja Deus por isso! Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que
eu sou Deus e no h outro, eu sou Deus e no h outro semelhante a mim; que desde
o princpio anuncio o que h de acontecer e desde a antiguidade as coisas que ainda
no sucederam; que digo: o meu conselho permanecer de p, farei toda a minha
vontade. (Is 46:9, 10).
Depois que os trs hebreus saram da fornalha, vrios lderes e conselheiros do rei
viram que o fogo no teve poder algum sobre os corpos destes homens; nem foram
chamuscados os cabelos da sua cabea, nem os seus mantos se mudaram nem o
cheiro de fogo passara sobre eles (v.27).
Aquele rei pago no se conteve diante de tal milagre e disse: Bendito seja o Deus
de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos,
que confiaram nele, pois no quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o
seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, seno ao seu Deus. Portanto,
fao um decreto pelo qual todo povo, nao e lngua que disser blasfmia contra o
Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja despedaado, e as suas casas sejam
feitas em monturo; porque no h outro deus que possa livrar como este (v. 28 e 29).
10
mais profundas minas, ouvir. Tudo ser atravessado pelo fogo... Todos os justos so
poupados das chamas. Podem caminhar atravs do fogo, como Sadraque, Mesaque e
Abede-Nego caminharam no meio da fornalha sete vezes mais aquecida do que era
normalmente.11
3) A resposta daqueles trs jovens ao monarca pago, e o que aconteceu em seguida
dentro da fornalha revelam o segredo para aqueles que desejam alcanar a vitria na
crise final: eles conheciam intimamente o Deus que serviam! Se o nosso Deus...
quer livrar-nos, ele nos livrar (Onipotente Ele pode tudo). Se no... [mesmo
assim] no serviremos a teus deuses (Onisciente Ele sabe o que melhor para
cada um). Eu, porm, vejo quatro homens soltos... e o aspecto do quarto
semelhante a um filho dos deuses (Onipresente Ele est em todos os lugares
mesmo nos momentos de crise).
Finalmente, naquele grande dia da Volta de Cristo muitos podero dizer como fez
Nabucodonosor: No h outro Deus que possa livrar como esse! (Dn 3:29).
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fato, a histria demonstra que os ltimos reis de Babilnia foram fracos comparados a
Nabucodonosor II.
VISO: Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o
qual se levantou sobre um de seus lados; na boca, entre os dentes trazia trs costelas;
e lhe diziam: Levanta-te, devora muita carne (7:5).
INTERPRETAO: De acordo com a sequncia dos imprios, o urso representa os
Medos-Persas, sendo que a Prsia adquiriu hegemonia sobre a Mdia, ou se levantou
sobre um de seus lados. As trs costelas representam os mais importantes reinos
da poca derrotados pelos Medos-Persas: Bendito o Senhor, que no nos deu por
presa aos dentes deles (Sl 124:6) a Ldia (547 a. C.), a Babilnia (539 a. C.) e o
Egito (525 a. C.).
VISO: Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um
leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha tambm este animal quatro
cabeas, e foi-lhe dado domnio (7:6).
INTERPRETAO: O reino da Grcia, representado pelos quadris de bronze na
esttua do captulo 2, aqui simbolizado pelo leopardo. As asas, como vimos,
representam velocidade. Sem dvida, uma clara referncia a Alexandre O Grande, o
qual em pouco tempo levantou o Imprio Grego sobre a terra. Um detalhe
acrescentado neste captulo quanto ao reino grego a presena de quatro cabeas.
Essas cabeas representam reis (lderes polticos): Mas a capital da Sria ser
Damasco, e o cabea de Damasco, Rezim (Is 7:8). Quando Alexandre O Grande
morreu (323 a. C.), o reino grego dividiu-se em quatro partes, ficando uma parte para
cada general do Imprio. Antgono tentou a qualquer custo manter unido o imprio
desmembrado, mas falhou. Esta (batalha de Ipsos, 301 a. C.) foi a ltima tentativa de
restaurar o desmembrado imprio de Alexandre. Lisimaco ficou com a sia Menor
ao norte do Tauro; Seleuco com a Mesopotmia e a Sria; Cassandro com a
Macednia; e Ptolomeu com o Egito e o sul da Sria.13
VISO: Depois disto, eu continuava olhando nas vises da noite, e eis aqui o quarto
animal, terrvel, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro;
ele devorava e fazia em pedaos, pisava aos ps o que sobejava; era diferente de
todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres (7:7).
INTERPRETAO: Esse quarto animal era to espantoso que o profeta no
conseguiu classific-lo zoologicamente. Alm dos dentes de ferro, possua tambm
unhas de bronze (verso 19). Sendo que os dentes e as unhas so usados pelos animais
para atacar, isso uma indicao de que o quarto reino se destacaria pela intensidade
do seu poder destruidor. Nada mais exato poderia ser usado para profetizar o poder
destruidor das legies romanas. Quanto aos dez chifres, correspondem a dez reis que
se levantaro daquele mesmo reino (v. 24). Aqui, mais uma vez h uma clara
correspondncia com o captulo 2, onde foram mencionados os dez dedos da esttua
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prprio livro de Daniel esclarece: Porque o rei do Norte tornar, e por em campo
multido maior do que a primeira, e, ao cabo de tempos, isto , de anos, vir pressa
com grande exrcito e abundantes provises (11:13). Ento, em profecia, tempo
significa ano. Por isso, somando um tempo, dois tempos e metade de um tempo,
o resultado trs anos e meio. E para descobrir quanto vale trs anos e meio na
profecia, de acordo com o historicismo, basta recorrer prpria Bblia: Quarenta
dias te dei, cada dia por um ano (Ez 4:7). E tambm: Segundo o nmero dos dias
em que espiastes a terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre
vs as vossas iniquidades quarenta anos (Nm 14:34). Portanto, cada dia proftico
representa um ano literal (de 360 dias de acordo com o calendrio da poca), e se
desmembrarmos os tempos, ou anos em meses de 30 dias chegamos seguinte
concluso:
1 tempo = 1 ano = 12 meses X 30 dias = 360 dias profticos.
2 tempos = 2 anos = 24 meses X 30 dias = 720 dias profticos.
tempo = ano = 6 meses X 30 dias = 180 dias profticos.
Somando todos os dias profticos chegamos ao total de 1.260. Como j vimos que,
um dia proftico representa um ano literal (de 360 dias), ento, conclumos que o
tempo de supremacia do poder representado pelo chifre pequeno seria de 1.260 anos.
Assim, o cumprimento histrico pode ser observado pelos seguintes fatos:
538 d. C. Emisso de um decreto pelo imperador Justiniano, onde o bispo de Roma
foi reconhecido como a cabea de todas as igrejas. Nesse mesmo ano, Belisrio
derrotou definitivamente os Ostrogodos, ltimo dos trs chifres (reinos) que foram
arrancados por influncia do chifre pequeno (Dn 7:24), estabelecendo ento,
oficialmente a supremacia papal.
1798 d. C. O general Berthier, das tropas Napolenicas, invadiu Roma e aprisionou
o papa Pio VI, confiscando as terras da Igreja e aplicando-lhe um golpe mortal,
determinando o fim da supremacia papal.
Dessa forma, os 1.260 dias profticos (ou 1.260 anos literais), cumpriram-se
rigorosamente na histria e servem para atestar a veracidade da profecia.
Ainda conforme a profecia, esse poder usaria de intolerncia extrema para com
aqueles que ousassem pensar diferente de seus dogmas: os chamados hereges. O
lder da Cruzada contra os albigenses, certa vez afirmou: No poupamos nem sexo,
nem idade, nem posio, mas a todos ferimos com o gume da espada.21 E sobre a
Inquisio, a histria esclarece: Aqui e acol os inquisidores penetravam
inesperadamente nas casas; todos os suspeitos eram presos, lanados em crceres
imundos, e obrigados confisso pelas mais terrveis torturas, sendo finalmente
condenados fogueira, o que, porm, tinha de ser executado pela autoridade secular
porque a igreja no bebe sangue. As fogueiras ardiam em nmero incalculvel e a
21
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execuo era feita sempre com grande solenidade em presena de altos personagens e
de enorme multido de povo. Os que se retravam iam perecer na priso.22
Outros fatos demonstram o cumprimento proftico: Inocncio VIII, em 1487,
expediu uma bula contra os valdenses, convocando todos os membros da Igreja a se
unirem na cruzada contra os hereges.23 Em Paris, no dia 23 de agosto de 1572,
ocorreu o massacre dos protestantes franceses chamados huguenotes, que ficou
conhecido como massacre do dia de So Bartolomeu. Fernando Alvarez de Toledo,
conhecido como Duque DAlba (1507-1582), restabeleceu nos Pases Baixos, o
famoso Conselho de Sangue. 24 Sem dvida, esses exemplos e outros mais que
poderiam ser citados contribuem para confirmar a veracidade da profecia: magoar
os santos do Altssimo (Dn 7:25).
Cuidar em mudar os tempos e a Lei (v. 25). Essa profecia a que melhor
caracterizaria o poder do chifre pequeno a mudana da Lei de Deus. Tal mudana
aconteceu gradualmente, devido a vrios fatores desde o segundo sculo da era crist.
Todavia, um fator determinante foi a absoro por parte da Igreja Romana de
costumes pagos. Por isso, j em 321 d. C., o imperador Constantino, tentando ganhar
a cristandade sem perder o apoio dos pagos, decretou a primeira Lei Dominical que
se tem notcia. A partir de ento, os cristos foram obrigados a venerar o domingo
como dia santo, em lugar do sbado do stimo dia prescrito no 4 mandamento da Lei
de Deus. Essa mudana deu-se sem autorizao bblica, baseada exclusivamente na
autoridade da Igreja. A luta entre a autoridade da Igreja e a autoridade das Escrituras
foi a nota tnica no decorrer de todo o perodo em que o chifre pequeno (Igreja
Romana) dominou. A seguinte resoluo foi tomada no Snodo de Toulouse em 1299:
Os leigos no devem possuir os livros do Velho e do Novo Testamento; mas
somente o saltrio e o brevirio, e tambm estes livros no em tradues feitas no
idioma do pas. 25
Em 1844 o papa Gregrio XVI emite uma encclica condenando as Sociedades
Bblicas e fazendo um chamamento aos governos para que se opusessem ao
progresso de liberdade de conscincia. 26 Portanto, colocando a autoridade da Igreja
acima da autoridade Bblica, a Igreja Crist lanou a base para mudar a Lei de Deus.
Um exemplo clssico dessa tenso aconteceu com Lutero por ocasio do surgimento
da Reforma Protestante. Ele afirmava que a conscincia do homem deve estar
22
19
subordinada apenas Palavra de Deus; seu conhecido lema era: Sola Scriptura, A
Bblia e a Bblia somente. Certa vez, um dos seus mais ferozes opositores, o telogo
Johann Eck, tentou ironiz-lo dizendo: A Escritura ensina: Lembra-te do dia de
sbado para o santificar; seis dias trabalhars e fars toda tua obra; mas o stimo dia
o sbado do Senhor teu Deus... Assim, a igreja mudou o sbado para o domingo por
sua prpria autoridade, e para isso voc no tem nenhuma Escritura.27
Outro exemplo de que a Igreja Romana assume a mudana do 4 mandamento da Lei
de Deus est no dilogo a seguir envolvendo perguntas feitas a um lder catlico:
Ensinam os protestantes algum outro absurdo no que diz respeito Escritura? Sim;
eles procuram persuadir os seus seguidores, de que a Escritura contm revelada toda
a vontade de Deus e que no se deve crer ou praticar nada alm do que se acha
expressamente escrito no Livro Sagrado... Eles devem, se a Escritura sua nica
regra... guardar, no o domingo, mas o sbado, de acordo com o mandamento
lembra-te do dia de sbado para o santificar...; porque este mandamento no foi
mudado ou ab-rogado na Escritura...28
Ainda outro dilogo:
Que autoridade bblica existe para mudar o descanso do stimo dia para o primeiro
dia da semana? Quem deu ao papa a autoridade para mudar um mandamento de
Deus? Se a Bblia o nico guia para os cristos, ento o adventista do stimo dia
est certo em observar o sbado como o judeu. Entretanto, como os catlicos
aprendem o que crer e o que fazer da divina e infalvel autoridade estabelecida por
Jesus Cristo, a Igreja Catlica fez do domingo o dia de descanso nos tempos
apostlicos para comemorar a ressurreio do nosso Senhor neste dia, e para
distinguir claramente o judeu do cristo.29
Alm do quarto mandamento sobre o descanso no sbado, a Igreja Romana tambm
alterou (omitiu) o segundo mandamento que probe a adorao de imagens. Todos
esses aspectos histricos encaixam-se perfeitamente com a profecia de Daniel, o que
s vem confirmar a aplicao do simbolismo do chifre pequeno Igreja Romana,
aquela que continua sendo dirigida pelo bispo de Roma.
Outro item a ser considerado dentro da profecia de Daniel o juzo: Continuei
olhando, at que foram postos uns tronos, e o Ancio de dias se assentou... assentouse o tribunal, e se abriram os livros. (Dn 7: 9, 10). Esse ponto ser abordado em
outro estudo. De momento, o que importa entender que o juzo mencionado na
27
John Eck, Enchiridion of Commonplaces of John Eck Against Luther and Other
Enemies of the Church, v. 8, p. 13, citado por C. M. Maxwell, Uma Nova Era
Segundo as Profecias de Daniel, p. 134.
28
Stephen Keenan, A Doctrinal Catechism, p. 101, citado por Edwin Thiele, Apostila
de Daniel, p. 70.
29
Bertrand Louis Conway, The Question-Box Answers, p.179, citado por Edwin
Thiele, Apostila de Daniel, p. 71.
20
21
A Viso do Santurio
O profeta Daniel registrou no captulo 8 a viso que Deus lhe mostrou no ano 551 a.
C., quando j estava com 72 anos aproximadamente. Esta viso se refere ao tempo
determinado do fim (Dn 8:19), e possui um significado importante para aqueles que
viveriam exatamente antes da Volta de Cristo.
VISO: Ento, levantei os olhos e vi, e eis que, diante do rio, estava um carneiro, o
qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro;
e o mais alto subiu por ltimo (Dn 8:3)
INTERPRETAO: Aquele carneiro com dois chifres que viste, so os dois reis
da Mdia e da Prsia (v. 20).
O sincronismo perfeito. Esta viso de Daniel tambm se relaciona com o
surgimento e a queda dos imprios. O carneiro visto pelo profeta representava o reino
da Medo-Prsia. A princpio, os medos possuam a supremacia e seu rei era o
governante oficial. Porm, como foi mostrado a Daniel, o chifre mais alto subiria por
ltimo, profetizando assim, a supremacia da Prsia sobre a Mdia. De fato, Ciro
rebelou-se contra seu av Astages, que era Medo, e acabou estabelecendo a
supremacia Persa. Pouco tempo depois conquistou a Ldia, a Babilnia e o Egito
elevando o reino ao status de Imprio. E como a Babilnia ficava ao ocidente em
relao Prsia, a Ldia ao norte, e o Egito ao sul, pode-se entender o fato de que o
carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o sul; e nenhum dos
animais lhe podia resistir, nem havia quem pudesse livrar-se do sue poder; ele,
porm, fazia segundo a sua vontade e, assim, se engrandecia (v. 4). As trs costelas
na boca do urso (Dn 7:5), encontra aqui seu paralelo nos pontos cardeais para onde o
carneiro dava suas marradas.
VISO: Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a
terra, mas sem tocar no cho; este bode tinha um chifre notvel entre os olhos;
dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e,
enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois no havia fora no
carneiro para lhe resistir; e o bode o lanou por terra e o pisou aos ps, e no houve
quem pudesse livrar o carneiro do poder dele (Dn 8:5-7).
INTERPRETAO: Mas o bode peludo o rei da Grcia; o chifre grande entre os
olhos o primeiro rei (v. 21).
Alexandre o Grande, representado pelo chifre grande, veio do ocidente (Macednia,
Grcia), para estabelecer o imprio Grego. A velocidade de suas conquistas mais uma
vez destacada, pois o bode veio do ocidente sem tocar no cho, como se estivesse
voando. s lembramos que, em meia dcada (336 331 a. C.), o grande
conquistador alcanou a maior ambio que o alimentava: derrotar o imprio MedoPersa.
22
Tipologia
O apstolo Paulo, referindo-se a acontecimentos do xodo, da travessia do povo de
Israel pelo deserto com destino Cana, afirmou: Estas coisas lhes sobrevieram
como exemplos e foram escritas para advertncia nossa, de ns outros sobre quem os
fins dos sculos tm chegado (1Co 10:11). A palavra grega traduzida por
exemplos significa tipos, e estabelece uma correspondncia entre o Antigo
Testamento e o Novo Testamento. Portanto, tipo uma relao representativa
preordenada que certas pessoas, eventos e instituies tm com pessoas, eventos e
instituies correspondentes, que ocorrem numa poca posterior na histria da
salvao.30
A tipologia pode ser considerada uma profecia atravs de smbolos. So pessoas,
eventos ou instituies encontradas no Antigo Testamento, que prefiguram pessoas,
eventos ou instituies que apareceriam no Novo Testamento. A correspondncia do
tipo no Novo Testamento chamada de anttipo. No qualquer smbolo do
Antigo Testamento que tem correspondncia no Novo Testamento. H trs regras
para se determinar a validade dos tipos:31
1- Alguma semelhana notvel ente o tipo e o anttipo.
2- Alguma evidncia de que Deus indicou que o tipo representa a coisa tipificada.
3- Algum anttipo futuro correspondente.
30
31
23
Por exemplo: Ado um tipo de Cristo: Entretanto reinou a morte desde Ado at
Moiss, mesmo sobre aqueles que no pecaram semelhana da transgresso de
Ado, o qual prefigurava aquele que havia de vir (Rm 5:14). Outro exemplo: A
serpente levantada por Moiss tipificava a morte de Cristo na cruz: E do modo por
que Moiss levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja
levantado, para que todo o que nele cr tenha a vida eterna (Jo 3:14). Moiss, como
profeta, foi um tipo de Cristo: O Senhor, teu Deus, te suscitar um profeta do meio
de ti, de teus irmos, semelhante a mim; a ele ouvireis (Dt 18:15). Jonas, ao ficar no
ventre de um grande peixe, foi tambm um tipo de Cristo: Porque assim como
esteve Jonas trs dias e trs noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do
Homem estar trs dias e trs noites no corao da terra (Mt 12:40). Da mesma
forma, o cordeiro morto diariamente no sacrifcio do santurio israelita era um tipo de
Cristo: No dia seguinte viu Joo a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29).
O conhecimento da tipologia importante para todo estudante das Escrituras,
principalmente para quem est empenhado em interpretar as profecias, porque o
tipo uma profecia em smbolo. Especialmente tipolgicos so os eventos do
xodo, que tratam da peregrinao do povo de Israel pelo deserto em direo Terra
Prometida. Em particular, por ser totalmente tipolgico, o servio cerimonial do
santurio institudo por Deus durante essa peregrinao deve ser alvo de estudo mais
detalhado. Tanto o servio cerimonial dirio quanto as festas religiosas anuais do
santurio judeu, prefiguram maravilhosamente o calendrio da salvao bem como o
ministrio de Cristo.
Antes de continuar com a viso do captulo 8 de Daniel importante compreender
como funcionava o cerimonial do santurio terrestre.
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por terra, tu que debilitavas as naes! Tu dizias no teu corao: Eu subirei ao cu;
acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregao me
assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei
semelhante ao Altssimo. Is 14: 12-14. Lcifer desejava assentar-se no monte da
congregao, porque ali estava localizado o templo de Deus. Por essa razo, dentro
das religies pags havia a crena estabelecida de que os deuses sempre habitavam
nos montes (Lcifer conhecia a realidade celestial e implantou essa crena no
paganismo).
Outro texto interessante encontra-se em Ezequiel 28:11-18 (Orculo contra o
prncipe de Tiro). Ali mencionado um rei por trs do prncipe de Tiro. Esse rei s
pode ser uma entidade espiritual, j que as expresses usadas para descrev-lo e
qualific-lo no podem aplicar-se a um ser humano: cheio de sabedoria, perfeito
em seus caminhos e estiveste no den. No verso 14, este ser espiritual foi descrito
como querubim da guarda ungido. A palavra hebraica usada para guarda referese funo dos querubins que assistiam a Deus no lugar santssimo do santurio
celestial, o que demonstra que Lcifer era um desses querubins e que o conflito entre
o bem e o mal teve seu incio no prprio santurio celestial! Fica claro, ento, por que
Satans odeia tanto o ministrio do Pai e de Jesus Cristo no santurio celestial.
A esta altura do estudo, deve estar bem claro em nossa mente que o santurio
terrestre dos judeus era um modelo (cpia) do santurio existente no cu: Os quais
[sacerdotes] ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim como foi
Moiss divinamente instrudo, quando estava para construir o tabernculo; pois diz
ele: V que faas todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no
monte (Hb 8:5). Da mesma forma, devemos ter conscincia que Cristo ascendeu ao
cu para realizar a obra de intercesso no santurio celestial: Cristo Jesus quem
morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual est direita de Deus e tambm intercede
por ns (Rm 8:34). Porque Cristo no entrou em santurio feito por mos, figura
do verdadeiro, porm no mesmo cu, para comparecer, agora, por ns, diante de
Deus (Hb 9:24). Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que no pequeis. Se,
todavia, algum pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo (1Jo
2:1). Ainda mais evidente o fato de que as Escrituras apontam Jesus Cristo como
nico intercessor entre Deus e os homens: Porquanto h um s Deus e um s
mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem (1Tm 2:5).
29
texto. Quando o verso 9 diz que de um deles saiu um chifre pequeno o leitor pode
ficar em dvida, pois pode estar se referindo a de um dos chifres ou de um dos
quatro ventos do cu do verso anterior. No original hebraico no existe a palavra
chifres no verso 9. Para esclarecer a dvida precisamos analisar o gnero das
palavras. No caso, a lngua hebraica admite o gnero masculino, feminino ou neutro.
O pronome deles est no masculino e por isso no pode combinar com chifres
que est no feminino. A combinao se d com a palavra ventos do verso anterior
que est no masculino. O poder representado pelo chifre pequeno saiu de um dos
quatro ventos da terra, ou seja, de um dos quatro pontos cardeais. Na verdade, de
acordo com a sequncia de poderes encontrados na viso de Daniel 7, esse chifre
pequeno s pode estar simbolizando o Imprio de Roma e por extenso a Igreja
Romana. O Imprio de Roma surgiu oeste em relao aos reinos divididos do
Imprio Grego. E estendeu seu domnio (tornou-se forte) ao conquistar a Macednia
(168 A.C.), a Sria (65 A.C.), a Palestina (63 A.C.) e o Egito (30 A.C.).
VISO: Cresceu at atingir o exrcito dos cus; a alguns do exrcito e das estrelas
do cu lanou por terra e os pisou (v. 10).
INTERPRETAO: Causar estupendas destruies, prosperar e far o que lhe
aprouver; destruir os poderosos e o povo santo (v. 24). Tanto o Imprio de Roma
quanto a Igreja Romana foram duros em sua oposio aos inimigos. Os romanos
destruram completamente seus inimigos polticos, e nos primeiros sculos da Era
Crist perseguiram tambm os cristos (os santos de Deus). Roma no admitia que os
cristos negassem adorao ao imperador romano considerado como um deus por
seus sditos. Aqueles que rejeitavam os costumes pagos difundidos pelo Imprio
eram jogados na arena para lutar com animais ferozes e serviam de espetculo turba
assassina. Muitos ainda foram queimados, executados e torturados nessa poca. Da
mesma forma, a Igreja Crist perseguiu por toda a Idade Mdia aqueles que no
prestavam honras a seus lderes nem a seus dogmas. A Inquisio foi o rgo interno
da igreja para represso dos hereges. Os waldenses, albigenses, huguenotes, hussitas
(grupos que se opuseram a Roma), foram massacrados diversas vezes pela Inquisio.
Em 1572, em Paris, aconteceu o massacre do Dia de So Bartolomeu, onde morreram
milhares de inocentes. Esse rgo interno de represso da Igreja Romana ainda existe
e, atualmente, chama-se Congregao para a Doutrina da F.
VISO: Sim, engrandeceu-se at o prncipe do exrcito; dele tirou o sacrifcio
dirio e o lugar do seu santurio foi deitado abaixo (v. 11).
INTERPRETAO: Por sua astcia nos seus empreendimentos, far prosperar o
engano, no seu corao se engrandecer e destruir a muitos que vivem
despreocupadamente; levantar-se- contra o Prncipe dos prncipes, mas ser
quebrado sem esforo de mos humanas (v. 25).
Se o exrcito dos cus contra quem o chifre pequeno lutou so os santos de Deus,
ento o Prncipe do exrcito o prprio Filho de Deus: Jesus Cristo. O Imprio
Romano engrandeceu-se contra Ele na pessoa de Pilatos e dos soldados romanos
30
31
Pesa ainda o fato de que a igreja foi capaz at de comercializar o perdo vendendo
indulgncias, mtodo contra o qual se levantou Martinho Lutero. Tudo isso
contribuiu para desfigurar a imagem de Deus e Sua obra de salvao pela
humanidade. Pela teologia catlica a missa substituiu mesmo o trabalho de Cristo no
santurio celestial: Os sacrifcios do Velho Concerto eram sombras do futuro
sacrifcio da cruz muito antes j do nascimento de Cristo. Aps a Sua ascenso ao
cu, um sacrifcio idntico continuou na missa... Nosso Divino Redentor quis que o
sacrifcio consumado uma vez na cruz se prolongasse para sempre. E isto feito
atravs da missa.34 De fato, o apstolo Pedro (de quem o bispo de Roma diz ser
sucessor), quando diante de um pecador para conceder-lhe perdo, no assumiu essa
responsabilidade que s compete a Jesus, mas aconselhou-o a rogar a Deus pelo
perdo (At 8:20-23).
Resumindo, as caractersticas do chifre pequeno (Igreja Romana):35
1- Ataca a Lei de Deus e a verdade (Dn 7:25; 8:12).
2- Difama o carter de Deus distorcendo-o (Dn 7:25).
3- Usurpa o lugar de Deus em Sua igreja e alcana o domnio mundial (Dn 7:8, 26 e
27; 2Ts 2:4).
4- Rebaixa o ministrio sacerdotal de Cristo no santurio (Dn 8:10-13).
5- Ataca e destri o verdadeiro povo de Deus (Dn 7:25).
Atravs do prximo estudo ser possvel compreender que a influncia exercida pelo
chifre pequeno para desviar as pessoas do ministrio sacerdotal de Cristo cessaria
aps duas mil e trezentas tardes e manhs (v. 14).
Assim, essas profecias de Daniel registradas sculos antes de Cristo vir a Terra,
cumpriram-se totalmente, o que demonstra a existncia de um poder sobrenatural que
revelou as profecias e que tambm auxilia na sua compreenso atual: Disto tambm
falamos, no em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo
Esprito, conferindo coisas espirituais com espirituais. (1Co 2:13).
34
Papa Leo XIII, Encclica Caritatis Studium, 25 de julho de 1898, citado por Edwin
Thiele, Apostila de Daniel, p. 93.
35
Frank Holbrook, O Sacerdcio Expiatrio de Jesus Cristo, p. 190.
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34
35
primeiro dia (Gn 1:5). Sabia tambm que um dia proftico simbolizava um ano
literal: Quarenta dias te dei, cada dia por um ano (Ez 4:6, 7). Disto resultava a
aflio do profeta, em pensar que s depois de 2.300 anos o templo seria restaurado.
VISO: Sabe e entende: desde a sada da ordem para restaurar e para edificar
Jerusalm at ao Ungido, ao Prncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas (Dn
9:25).
INTERPRETAO: O mais importante determinar o incio do elo proftico.
Descobrindo o comeo ficar fcil desvendar o restante da profecia. O anjo disse que
o perodo proftico comeava com a ordem para restaurar e para edificar
Jerusalm. De acordo com as Escrituras o decreto para restaurao de Jerusalm
aconteceu em trs etapas: Edificaram a casa e a terminaram segundo o mandado do
Deus de Israel e segundo o decreto de Ciro, de Dario e de Artaxerxes, rei da Prsia
(Ed 6:14). Em 537 a.C., Ciro decretou o retorno do povo judeu do exlio babilnico
para sua terra natal com o propsito de reconstruir Jerusalm (Ed 1:2-4). Em 519
a.C., Dario I deu sequncia reconstruo de Jerusalm baixando um decreto com a
devida autorizao (Ed 6:1-12). E por fim, Artaxerxes, em 457 a.C., ratificou
definitivamente a reconstruo da cidade sagrada dos judeus (Ed 7:11-26). Os
decretos, na verdade, foram complementares, e constituem um s realizado em trs
etapas. O ltimo foi o mais importante porque confirmou os demais e deu poderes
especiais a Esdras para estabelecer juzes e magistrados entre o povo, e para
restabelecer as leis religiosas entre os judeus (Ed 7:25, 26). Portanto, o incio das
setenta semanas profticas (70 X 7 = 490 dias profticos) comeou em 457 a.C. e
estendeu-se at o ano 34 d.C., j que os 490 dias profticos representam 490 anos
literais.
O anjo repartiu a viso das setenta semanas em trs fases: sete semanas e sessenta e
duas semanas at o Ungido. As sete semanas (7 X 7 = 49 anos) atingem o ano 408
a.C. quando foi encerrada a reconstruo de Jerusalm e o estado judeu restaurado.
Somando-se agora as sessenta e duas semanas (62 X 7 = 434 anos) chegamos a 27
d.C. at o Ungido, que uma referncia a Jesus: Como Deus ungiu a Jesus de
Nazar com o Esprito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o
bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele (At 10:38).
Logo, a data de 27 d.C. foi a data profetizada para o Messias ser ungido (cumpriu-se
no batismo de Jesus).
VISO: Ele far firme aliana com muitos, por uma semana; na metade da semana,
far cessar o sacrifcio e a oferta de manjares; sobre a asa das abominaes vir o
assolador, at que a destruio, que est determinada, se derrame sobre ele (Dn
9:27).
INTERPRETAO: Depois do batismo de Cristo em 27 d.C. ainda haveria uma
semana (7 anos literais). Na metade desta semana (3 anos e meio), ou seja, o ano 31
d.C., a morte de Cristo faria cessar a validade do cerimonial do santurio: Eis que o
vu do santurio se rasgou em duas partes de alto a baixo (Mt 27:51). A partir de
36
O anjo tambm explicou que sobre a asa das abominaes vir o assolador (Dn
9:27). Aqui est a predio da destruio do templo e da cidade de Jerusalm pelo
Imprio Romano que ocorreria no ano 70 d.C.. Jesus tambm fez referncia a esse
evento em Seu sermo proftico: Quando, pois, virdes o abominvel da desolao de
que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem l entenda), ento, os que estiverem
na Judia fujam para os montes (Mt 24:15, 16). Tambm est contida nesta profecia
a assolao cometida pela Igreja Romana ao anular o ministrio sacerdotal de Cristo
no santurio celestial. Porm, a destruio seria o fim tanto do Imprio quanto da
Igreja Romana.
VISO: Depois das sessenta e duas semanas, ser morto o Ungido e j no estar; e
o povo de um prncipe que h de vir destruir a cidade e o santurio, e o seu fim ser
num dilvio, e at ao fim haver guerra; desolaes so determinadas (Dn 9:26).
37
Aps descobrir a data final desta profecia, resta saber agora qual foi o acontecimento
que se deu em 1.844 d.C.. A chave para isso est no cerimonial do santurio judaico:
E o santurio ser purificado (Dn 8:14). Assim como no santurio judaico o sumo
sacerdote entrava uma vez por ano no Lugar Santssimo para fazer a purificao do
santurio e este dia servia como um dia de acerto de contas do povo com Deus, assim
tambm Cristo comeou em 1844 o Juzo celestial que tem por objetivo analisar a
vida de todos aqueles que dizem ser cristos a fim de ver quem est realmente com o
corao santificado e pronto para receber a Cristo em Seu Segundo Advento. Afinal,
nem todos os professos cristos praticam toda a vontade de Deus: Nem todo o que
me diz: Senhor, Senhor! Entrar no reino dos cus, mas aquele que faz a vontade de
meu Pai, que est nos cus (Mt 7:21). Essa primeira etapa do Juzo celestial sero
julgados somente os que professam o cristianismo: Porque a ocasio de comear o
38
juzo pela casa de Deus chegada; ora, se primeiro vem por ns, qual ser o fim
daqueles que no obedecem ao evangelho de Deus? (1Pe 4:17).
O Juzo que comeou em 1.844 no santurio celestial tambm foi profetizado em
outras partes das Escrituras por outros profetas: Eis que eu envio o meu mensageiro,
que preparar o caminho diante de mim; de repente, vir a seu templo o Senhor, a
quem vs buscais, o Anjo da Aliana, a quem vs desejais; eis que ele vem, diz o
Senhor dos Exrcitos (Ml 3:1). Salomo confirmou isso: Porque Deus h de trazer
a juzo todas as obras, at as que esto escondidas, quer sejam boas, quer sejam ms
(Ec 12:14). Portanto, o primeiro evento profetizado para 1.844 ocorreu no cu,
quando Jesus passou para o Lugar Santssimo no santurio celestial e iniciou o Juzo
(Juzo Investigativo). O segundo evento profetizado para 1.844, que ocorreu na terra,
ser analisado no estudo do Apocalipse, pois nele o tema aparecer ampliado.
Evidncias bblicas de um Juzo Pr-Advento:
1- O Dia da Expiao no santurio terrestre era um tipo - profecia em smbolos (Lv
16; 23:26-32).
2- A cena judicial que Daniel viu (Dn 7:9, 10) ocorreria antes da Volta de Cristo (Dn
7:13, 14).
3- Na parbola das bodas (Mt 22:1-14) o rei fez uma investigao dos convidados (v.
11).
4- O Juzo comea pela casa de Deus (1Pe 4:7).
5- A ordem para medir o templo de Deus, o altar e os que nele adoram (Ap 11:1).
6- A proclamao: Vinda a hora do juzo (Ap 14:7).
7- Os salvos que estiverem vivos por ocasio da Volta de Cristo devero
anteriormente ter sido julgados como dignos de receber a vida eterna (1Co 15:51,
52).
39
Paralelismos em Daniel
Captulos 7-9: 39
Captulos 2,7,8 e 9: 40
39
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42
A histria do perodo que se seguiu [Daniel 11:5-45] em grande parte uma luta
pela posse da Palestina. Os Ptolomeus possuram o pas na primeira parte do perodo,
com os Selucidas que se esforaram para tom-la, e depois que Antoco o grande se
apossou dela, os Ptolomeus efetuaram um desesperado esforo para recuperar o
domnio. Mais tarde a Palestina caiu sob o domnio de Roma. 44
A partir do verso 14 entram em cena os romanos: Os dados violncia, ou
roubadores, que se levantaro para cumprirem a viso (referncia profecia das
Setenta Semanas Dn 9:24-27). O verso 16 marca a conquista da Palestina (terra
gloriosa) pelo general romano Pompeu. Os versos 16 a 19 retratam o famoso lder
romano Jlio Csar e seu envolvimento com a jovem rainha Cleprata do Egito, e
sua posterior explorao das reas fronteirias, as terras do mar. 45 Em seguida, o
versculo 20 d duas caractersticas da pessoa que ia se levantar em lugar de Csar.
Primeiro enviaria coletores de impostos ao longo do imprio e, segundo, morreria em
tempo de paz, no em batalha... Estas duas facetas da carreira desta figura se
cumpriram na vida de Csar Augusto. 46
Entre os versos 20 e 21 h um salto na histria como houve entre os versos 2 e 3.
Depois, se levantar em seu lugar um homem vil (v. 21). Homem vil a traduo
do hebraico baza (desprezar, desprezvel). Algum que no tem valor nem poder, mas
que tomar o reino (v. 21) e se tornar forte (v. 23) uma referncia a Roma
Papal, cujas Cruzadas foram profetizadas nos versos 25-30. possvel notar
inclusive um paralelismo entre esse rei do norte vil e o chifre pequeno de Daniel 8:
tomar o reino com intrigas (11:21) e especialista em intrigas (8:23),
quebrantar o prncipe da aliana (11:22) e levantar-se- contra o Prncipe dos
prncipes (8:25). Observe mais algumas comparaes: 47
Edwin R. Thiele, Daniel Estudos Esboados, p. 116.
C. Mervyn Maxwell, Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel, p. 307.
46
William H. Shea, Una Gua para el Estudioso, p. 246.
47
Edwin R. Thiele, Daniel Estudos Esboados, p. 113 e 114.
44
45
43
Em relao s Cruzadas, ele suscitar a sua fora e o seu nimo contra o rei do sul,
frente de grande exrcito (v. 25). O Oriente Mdio de ento estava ocupado pelos
muulmanos que se dividiam em dois grandes ramos: os sunitas que se vinculam ao
califado abssida de Bagd, e os xiitas que se reconhecem no califado fatmida do
Cairo. 48 Os turcos seldjcidas eram sunitas e compunham o califado abssida. E a
invaso dos cruzados (chamados pelos muulmanos de franj ou francos), a princpio,
no foi percebida como tendo motivao religiosa, mas to somente militar. A
diviso entre os muulmanos era to acentuada porque os sunitas viam os xiitas como
hereges os quais eram regularmente acusados de todos os males que assolam o Isl,
e no de se espantar que a prpria invaso franca seja atribuda s suas tramoias. 49
E entre os prprios sunitas havia tambm muita diviso por questes polticas.
Assim como o rei do norte no decorrer de Daniel 11 passou do reino Selucida para
Roma (duas fases: pag e papal), assim tambm com o rei do sul h uma transio ao
longo do captulo, comeando com o reino Ptolomaico e passando aos muulmanos
do Levante ou Grande Sria. 50
E o rei do sul sair batalha com grande e mui poderoso exrcito, mas no
prevalecer, porque maquinaro projetos contra ele. (v. 25). A batalha de Antioquia,
48
44
45
46
Ibidem.
Ibidem, p. 210.
Edwin R. Thiele, Daniel Estudos Esboados, p. 131.
C. Mervyn Maxwell, Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel, p. 295, 257.
47
48
49
ser aliado do ocidente. Isso explica a recente queda do presidente Hosni Mubarak,78
deflagrada por protestos sociais no Egito.79
Ele apoderar-se- dos tesouros de ouro e prata, e de todas as coisas preciosas do
Egito; tambm os lbios e os etopes o seguiro (v. 43 NKJV). A invaso ao Egito
pode ocorrer por razes diversas: por exemplo, caso um governo hostil ao ocidente
seja eleito, ou at mesmo sob a alegao de preservar as riquezas culturais do Egito
para a humanidade caso a luta pelo poder entre os vrios segmentos da sociedade
acabem gerando uma instabilidade social permanente. Da mesma forma, para que os
lbios apoiem uma futura invaso do ocidente ao Egito, seria necessrio derrubar
Muammar Kadafi, uma vez que a diplomacia 80 e o dinheiro81 no foram suficientes
para torn-lo um aliado, alm de que sua liderana 82 tenha sido sempre
um problema s pretenses de poder mundial 83 do Vaticano. Os etopes mencionados
neste verso (na verdade, a palavra usada no original Cushitas), antigamente
habitavam a Nbia,84 um reino ao sul do Egito,85 onde hoje o Sudo. A recente
independncia do Sudo do Sul, inclusive, ajudou a dividir e enfraquecer86 o pas.
Mas notcias do leste e do norte o perturbaro; portanto, ele sair com grande fria
para destruir e aniquilar muitos (v. 44 NKJV). Sem dvida, tamanha investida
geoestratgica do Ocidente no poderia deixar caladas outras duas potncias
regionais: a China (leste) e a Rssia (norte).
Sentindo-se ameaadas, elas protestaro, no s com palavras, mas com aes. Na
verdade, desde a derrubada do presidente lbio Muammar Kadafi, em 2011, pelas
foras da OTAN, a Rssia e a China tm intensificado uma postura geoestratgica
78
50
O controle das rotas comerciais uma estratgia para aumentar o poder econmico de um Estado.
http://www.pakistantoday.com.pk/2015/08/19/national/game-changing-china-pakistan-economiccorridor-gains-momentum-in-pakistan/ ; http://br.sputniknews.com/mundo/20150807/1796616.html
; http://actualidad.rt.com/actualidad/182117-gran-canal-nicaragua-bomba-latinoamerica ; Visitados
em 18/Set/2015. Outra estratgia a criao do Banco Asitico de Investimento em Infraestrutura
(AIIB, em ingls) para concorrer com o Banco Mundial dominado pelo Ocidente.
http://br.sputniknews.com/mundo/20150629/1432091.html . Visitado em 18/Set/2015.
88
http://br.sputniknews.com/defesa/20150512/996763.html ;
http://br.sputniknews.com/mundo/20150901/2011251.html ;
http://sputniknews.com/politics/20150817/1025850350/us-military-not-welcome-in-djibouti.html ;
Visitados em 18/Set/2015.
89
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_para_Coopera%C3%A7%C3%A3o_
de_Xangai . Visitado em 18/Set/2015.
90
http://br.sputniknews.com/defesa/20150821/1921256.html . Visitado em 18/Set/2015.
51
Imprio Romano do Oriente (o Imprio Romano do Ocidente caiu em 476 d.C. pelas
foras dos Hrulos na Itlia) a usar seu exrcito dando-lhe uma motivao pra isso:
Zeno, lder do Imprio Romano Oriental (474 a 491 d.C.), adquiriu crescente medo
dos arianos ostrogodos, que se achavam acampados numa reserva no muito distante
de Constantinopla... [e] se achava muito preocupado com os hrulos, igualmente
arianos, que se encontravam na Itlia.91
Ento, astutamente, o imperador, sob a influncia do Romanismo, jogou os
ostrogodos contra os hrulos.
O raciocnio de Zeno foi de que por esse meio ele livraria Constantinopla de seus
ferozes vizinhos. Adicionalmente, fosse qual fosse a tribo vitoriosa nessa guerra
italiana, Zeno teria uma tribo ariana a menos para enfrentar... depois de cinco anos de
luta, os ostrogodos cumpriram a misso... destruindo os hrulos, que desapareceram
da histria. Assim, o imperador catlico Zeno obteve a eliminao de um dos
chifres arianos.92
Em 527 d.C. Justiniano tornou-se imperador em Constantinopla. Na dcada de 530,
Justiniano lanou uma guerra santa contra os arianos vndalos e contra os arianos
ostrogodos. Evidentemente ele apresentou pretextos legais para tanto, mas Procpio o historiador-reprter que acompanhou a campanha, revela em sua Histria das
Guerras que o real propsito de Justiniano foi o de proteger os cristos, ou seja,
proteger os catlicos em relao aos arianos.93
Sobre a guerra contra os vndalos no norte da frica, o mesmo historiador Procpio
narra algo interessante que mostra a influncia dos agentes do Vaticano por trs dos
bastidores. Um homem ousado e dos mais inteligentes, resolveu usar de muito tato
e falar com o imperador Justiniano, e confront-lo sobre sua real motivao para a
guerra tendo em vista os altos custos materiais, humanos e estratgicos de uma guerra
prolongada.
Aps esse encontro, o Imperador Justiniano, ouvindo suas palavras, conteve seu
vido desejo para a guerra. Mas um dos sacerdotes que eles chamam de bispos, o qual
tinha vindo do Oriente, disse que queria ter uma palavra com o imperador. E quando
ele encontrou Justiniano, disse-lhe que Deus o havia visitado em sonho, e mandado ir
ao imperador e repreend-lo, porque, depois de realizar a tarefa de proteger os
cristos dos tiranos na Lbia, ele no tinha nenhuma boa razo para ficar com medo.
E ainda, Deus tinha dito: Eu mesmo vou juntar-se com ele na guerra e faz-lo
senhor da Lbia. Quando o imperador ouviu isto, no foi mais capaz de conter seu
propsito, e comeou a reunir o exrcito e os navios, e aprontar suprimentos de armas
91
52
e de alimentos, e anunciou a Belisrio que ele deveria estar pronto, porque estaria
muito breve atuando como general na Lbia.94
A influncia de um bispo catlico sobre o imperador demonstra o modus operandi da
igreja romana. Nos bastidores seus conselheiros esto sempre prontos a influenciar o
curso dos acontecimentos favorecendo seus propsitos.
O mundo est agitado pelo esprito de guerra. A profecia do captulo onze de Daniel
atingiu quase o seu cumprimento completo. Logo se daro as cenas de perturbao
das quais falam as profecias.95
No final de 2013 o mundo estava agitado pelos ventos de guerra que sopravam desde
o Oriente Mdio. Jihadistas da Al-Qaeda juntamente com outros grupos rebeldes
tentavam derrubar o presidente da Sria Bashar al-Assad trazendo grande
instabilidade regio. Da mesma forma, os EUA e outros pases do ocidente tambm
enviaram navios de guerra e tropas para uma possvel invaso e tomada da Sria e
talvez de outros pases, sob a alegao de que o presidente srio era um ditador que
violava os direitos humanos.
O fato que a Rssia e o Ir deram suporte logstico Sria, que acabou resistindo s
milcias rebeldes, e por fatores ocultos aos olhos humanos as tropas dos EUA e da
OTAN voltaram pra casa e a iminente invaso que poderia ser o cumprimento
proftico de Daniel 11:40 no ocorreu. A razo simples, o rei do sul precisa antes
tomar a iniciativa:
No tempo do fim o rei do sul lutar [nagah] com ele [rei do norte], e o rei do norte
arremeter contra ele com carros, cavaleiros e com muitos navios, e entrar nas suas
terras, e as inundar, e passar.
Note que o verbo nagah no hebraico significa chifrar, ferir, lutar. O que d a entender
que antes do rei do norte invadir o Oriente Mdio e o norte da frica, o rei do sul
deve feri-lo primeiro. o estopim que falta para cumprir a profecia. As ltimas vezes
que o rei do sul foi mencionado (v. 25 e 29) o texto proftico apontava para as
Cruzadas, onde o rei do norte (Igreja Romana) lutaria com o rei do sul (muulmanos
do Levante e Grande Sria) pela disputa da Terra Santa. Tendo isso em mente de se
esperar que o rei do sul nos versos 40-45 seja tambm os muulmanos do Levante e
Grande Sria. Como o rei do norte passou dos Selucidas para Roma (Imprio e
depois Igreja), assim tambm o rei do sul passou dos Ptolomeus para os muulmanos
do Levante e Grande Sria.
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105
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57
M. Black, The Christological use of the Old Testament in the New Testament, p. 6.
J. W. Doeve, Jewish Hermeneutics in the Synoptic Gospels and Acts, p. 149.
112
R. T. France, Jesus and the Old Testament, p. 55.
113
C. H. Dodd, According to the Scripture, p. 103.
111
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dinamite! Por isso o apocalipse revela: Eis que vem com as nuvens e todo olho O
ver. (Ap 1:7).
Razo 3: Jesus descreveu o destino dos que so deixados para trs. Pois assim
como foi nos dias de No, tambm ser a vinda do Filho do Homem. Porquanto,
assim como nos dias anteriores ao dilvio comiam e bebiam, casavam e davam-se
em casamento, at ao dia em que No entrou na arca, e no o perceberam, seno
quando veio o dilvio e os levou a todos, assim ser tambm a vinda do filho do
Homem. (Mt 24:37-39). Assim como foi no Dilvio, os que forem deixados para
trs no ficaro vivos! Esse o sentido do texto: quem for tomado, ser arrebatado
entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares (1Ts 4:17), de forma bem visvel,
e no haver segunda chance para os que forem deixados para trs como tambm no
houve segunda chance para todos os que morreram no Dilvio (Hb 9:27 e 28).
Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto est perto. (Is 55:6).
60
O Movimento do Advento
A profecia das 2.300 tardes e manhs de Daniel 8:14 apontava para o incio do juzo
pr-advento no santurio celestial em 1844 (ver pg. 37). Porm, como preparao
para esse evento, surgiria um despertamento proftico anunciando a Volta de Cristo e
o juzo. Vi outro anjo voando pelo meio do cu, tendo um evangelho eterno para
pregar aos que se assentam sobre a terra... dizendo em grande voz: Temei a Deus e
dai-Lhe glria, pois chegada a hora do seu juzo. (Ap 14:6 e 7). Esse reavivamento
proftico-religioso conhecido como Movimento do Advento, baseado no estudo de
Daniel e Apocalipse, surgiu nas primeiras dcadas do sculo XIX, ao redor do
mundo. Uma srie de acontecimentos desde o final do sculo XVIII contribuiu para
este despertamento entre os estudiosos das profecias:
01 de novembro de 1755 - Terremoto de Lisboa (Ap 6:12).
19 de maio de 1780 - Escurecimento do sol e a lua como sangue (Ap 6:12).
1789 - Revoluo Francesa (Ap 11:7-12).
1798 A Igreja Romana perdeu o poder temporal com a priso do papa Pio VI e o
confisco das terras catlicas pelo exrcito de Napoleo. (Ap. 13:3).
13 de novembro de 1833 - Queda das estrelas (Ap 6:13).
Graas aos labores de Guilherme Miller e muitos outros na Amrica, de setecentos
ministros na Inglaterra, de Bengel e outros na Alemanha, de Gaussen e seus
seguidores na Frana e na Sua, de muitos ministros na Escandinvia, de um jesuta
converso na Amrica do Sul e do Dr. Joseph Wolff em muitos pases orientais e da
frica, a mensagem do advento foi levada a vastas regies do globo habitvel.118 119
Na Gr-Bretanha [no incio do sculo XIX] um notvel evento teve lugar em
conexo com nomes como Hans Wood, Lewis Way, Archibald Mason, James Hatley
Frere, Edward Irving, Joseph Wolff, Henry Drummond, Robert Chalmers, James
Begg, Matthew Habershon, McNeil, Pym, Hutchinson, Bayford, Frye, Noel, Vaughan
e Cuninghame. Mais de um cmputo de religiosos, homens eruditos a maioria
ministros de diversas igrejas - comearam a estudar e escrever sobre as profecias de
Daniel e do Apocalipse. Sentindo a necessidade de trocar ideias sobre estes temas de
interesse comum, e de buscar aconselhamento para seus problemas comuns, uma
conferncia proftica foi convocada para reunir-se em 1826, na casa de Henry
Drummond, em Albury Park, Surrey - Inglaterra. Mais de vinte desses expositores de
profecia estavam reunidos l. Eles passaram oito dias em estudo srio. As suas
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Visitado em 29/Set/2015.
62
A Histria se repetir
Darei s minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias,
vestidas de pano de saco. So estas as duas oliveiras e os dois candeeiros que se
acham em p diante do Senhor da terra... Quando tiverem, ento, concludo o
testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo pelejar contra elas, e as
vencer, e matar, e o seu cadver ficar estirado na praa da grande cidade, que
espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde tambm o seu Senhor foi
crucificado. Ento muitos dentre os povos, tribos, lnguas e naes contemplam os
cadveres das duas testemunhas, por trs dias e meio, e no permitem que esses
cadveres sejam sepultados. (Ap 11:3,4,7-9).
* Duas testemunhas/Dois candeeiros:
O Antigo e o Novo Testamento (Sl 119:105).
* 1.260 dias profticos:
Cada dia proftico equivale a um ano literal (Ez 4:6,7). o perodo de 1.260 anos
de supremacia papal, quando a Igreja Romana acumulou o poder religioso e o poder
temporal.
538 d.C. 1798 d.C.
* Vestidas de pano de saco:
Quando a Bblia foi proscrita pela autoridade religiosa e secular; quando seu
testemunho foi pervertido, fazendo homens e demnios todos os esforos para
descobrir como desviar da mesma o esprito do povo; quando os que ousavam
proclamar suas sagradas verdades eram acossados, trados, torturados, sepultados nas
celas das masmorras, martirizados por sua f, ou obrigados a fugir para a fortaleza
das montanhas e para as covas e cavernas da Terra - ento profetizavam as fiis
testemunhas vestidas de saco.121
* Besta que surge do abismo:
Frana - na rebelio contra as Escrituras.
* Grande cidade:
Paris
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licenciosidade?
Darwinismo
Marxismo
* Quando surgiram?
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Depois de cinco anos de uma viagem cientfica a bordo do navio HMS Beagle,
Charles Darwin voltou para casa na Inglaterra em 1836. A viagem o levou a pensar
muito acerca da religio e ele comeou a descrer no cristianismo como uma
revelao divina. Mais tarde, Darwin declarou: Em junho de 1842, eu primeiro tive
a satisfao de escrever um breve resumo da minha teoria [da evoluo] a lpis em 35
pginas; esse resumo foi ampliado no vero de 1844 para 230 pginas. Assim
comeou A Origem das Espcies de Darwin, um livro que revolucionou o
pensamento cientfico e marcou o incio da negao do relato bblico da criao.130
Na mesma poca, em agosto de 1844, Frederick Engels se encontrou com Karl
Marx em Paris e eles se tornaram parceiros numa luta revolucionria um
relacionamento duradouro que iria mudar o mundo.131 Enquanto os cristos que
acreditavam na Bblia pregavam que Jesus logo iria voltar para levar Seu povo para o
cu e pr fim ao pecado e sofrimento e prover paz e felicidade eternas, Marx e Engels
estavam proclamando que o caminho para a verdadeira felicidade era eliminar Deus
da vida; que o caminho para a paz e segurana era atravs dos princpios do
socialismo e comunismo; que eles podiam e haveriam de libertar os cativos do mundo
e promover uma sociedade harmoniosa e sem diviso de classes na terra.132 Marx e
Engels, portanto, tentaram direcionar a esperana humana para longe da segunda
vinda de Cristo, para uma utopia comunista sob a qual milhes foram subjugados na
maior parte do sculo passado.
* A religio fundada por Marx:
O marxismo, mesmo que Marx no o soubesse... assumiu todas as caractersticas
de uma religio... o Cristianismo s avessas!133
130
Ibidem.
Leo Villaverde, A Natureza Mstica do Marxismo, p. 137.
66
* O darwinismo e a licenciosidade:
Se analisarmos os arquitetos da revoluo sexual moderna possvel identificar uma
afinidade total destes com a cosmoviso darwinista. Margaret Sanger, por exemplo,
era darwinista dedicada, promotora do darwinismo social... Sanger retratou o drama
da histria como luta para livrar o corpo e a mente dos constrangimentos da
moralidade... Ela chegou a elogiar a liberao sexual como nico mtodo para
encontrar a paz interior, a segurana e a beleza.134 Nas prprias palavras de Sanger:
Acabem com os constrangimentos e proibies que impedem a liberao de energias
internas [impulsos sexuais], e a maioria dos grandes males da sociedade se
extinguir. 135 Sua viso messinica ia muito alm: Pelo sexo, a humanidade
atingir a grande iluminao espiritual que transformar o mundo, e iluminar o
nico caminho para um paraso terreno.136
* O marxismo e a licenciosidade:
Segundo o pensamento marxista 137 o capitalismo alcana sucesso porque reprimi a
sexualidade, canalizando a vontade/energia interior das pessoas para o ter
(consumismo). Essa "represso sexual" gera a ganncia desenfreada e as guerras.
Logo, a soluo marxista caminha em sentido contrrio: Faa amor, no faa
guerra, paz e amor. Assim, o liberalismo sexual tem sido uma ferramenta
ideolgica para o marxismo.
134
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F versus Incredulidade
1- De acordo com as palavras de Jesus, qual seria a situao da sociedade antes
de Seu retorno a Terra?
Quando vier o Filho do Homem, achar, porventura, f na terra? (Lc 18:8).
Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilvio comiam e bebiam, casavam e
davam-se em casamento, at ao dia em que No entrou na arca, e no o perceberam,
seno quando veio o dilvio e os levou a todos, assim ser tambm a vinda do Filho
do homem. (Mt 24:38, 39).
Fazendo-se audaciosos em sua impiedade, caoavam do mensageiro de Deus,
recebiam frivolamente seus apelos e at o acusavam de presuno. Como ousa um
homem levantar-se contra todos os grandes da Terra? Se a mensagem de No era
verdadeira, por que todo o mundo no o viu e creu? A Palavra de um homem contra a
sabedoria de milhares! No queriam dar crdito ao aviso, nem buscar refgio na arca.
Escarnecedores apontavam para as coisas da Natureza - a sucesso invarivel das
estaes, o cu azul que nunca havia derramado chuva, os campos verdejantes
refrescados pelo brando orvalho da noite - e exclamavam: Fala ele parbolas?
Desdenhosamente declaravam ser o pregador da justia um rematado fantico; e
continuavam mais avidamente na busca de prazeres, mais decididos em seus maus
caminhos do que nunca dantes... Cristo declara que existir idntica incredulidade no
tocante Sua segunda vinda. Como os contemporneos de No no o conheceram,
at que veio o dilvio e os levou a todos, assim ser tambm, nas palavras de nosso
Salvador, a vinda do Filho do homem S. Mat. 24:39.138
Todo o mundo cristo estar envolvido no grande conflito entre a f e a
incredulidade.139
138
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6- Qual deve ser, ento, a postura dos cristos diante dos incrdulos?
Pai, perdoa-lhes, porque no sabem o que fazem. (Lc 23:34).
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71
A Besta do Mar
A mensagem central do livro do apocalipse encontra-se nos captulos 12-14. No
captulo 13 Joo teve uma viso dos dois poderes protagonistas do tempo do fim que
seriam usados pelo drago, a antiga serpente que se chama Diabo e Satans (12:9)
para dominar a conscincia das pessoas levando-as a aceitar a religio de mistrios da
Babilnia, cujo centro a adorao luciferiana.
O primeiro poder que emerge do mar descrito como uma besta que tinha dez
chifres e sete cabeas... era semelhante a leopardo, com ps como de urso e boca
como de leo. (13:1 e 2). Besta ou fera selvagem o smbolo proftico que sempre
se refere a um poder que alm de poltico tambm religioso. Essa besta incorpora
elementos dos quatro animais da viso de Daniel 7 demonstrando estarem as duas
vises relacionadas. Portanto, a besta que surge do mar - lugar densamente povoado
j que guas um smbolo para povos, multides, naes e lnguas (Ap 17:15)
refere-se ao mesmo poder poltico-religioso de Daniel 7, ali representado pelo chifre
pequeno do animal terrvel, espantoso e sobremodo forte (Dn 7:7 e 8). Outra
semelhana proftica entre ambos que demonstra tratar-se do mesmo poder visto na
seguinte comparao:
Chifre pequeno: Uma boca que falava com insolncia [LXX, megla]. (Dn 7:8)
Besta do mar: Proferia arrogncias [do grego, megla] e blasfmias (Ap 13:5).
Todas essas referncias apontam para um nico poder: Roma papal.
O papa de to grande dignidade e excelncia, que no meramente homem, mas
como se fosse Deus, e o vigrio de Deus. S o papa chamado santssimo...
monarca divino, supremo imperador, e rei de reis. 146
Mas desde que ns ocupamos na Terra o lugar de Deus Todo-Poderoso...147
E deu-lhe o drago o seu poder, o seu trono e grande autoridade (13:2). Uma clara
contrafao do reino de Deus, onde a adorao dirigida exclusivamente ao Cordeiro
que foi morto: quele que est sentado no trono a ao Cordeiro, seja o louvor, e a
honra, e a glria, e o domnio pelos sculos dos sculos. (Ap 5:12 e 13). Por sinal,
Ferraris Ecclesiastical Dictionary, verbete pope, citado por Edwin R.
Thiele, Daniel Estudos Esboados, p. 68.
147
Leo XIII, ENCYCLICAL LETTER on THE REUNION OF CHRISTENDOM, 20
de junho de 1894. http://www.users.qwest.net/~slrorer/ReunionOfChristendom.htm . Visitado
146
em 20/Set/2015.
72
Amar
Imitar
Obedecer
Roma papal teria autoridade para agir quarenta e dois meses. (13:5). Quarenta e
dois meses de trinta dias cada um d o total de 1.260 dias profticos. Cada dia
proftico representa um ano literal (Ez 4:7; Nm 14:34). Logo, os quarenta e dois
meses representam 1.260 anos de supremacia papal e foram anunciados de
diferentes formas na profecia bblica:
Daniel 7
Apocalipse 12
Apocalipse 13
v.25 - um tempo,
v.5 - 42 meses
dois tempos e metade v.14 - um tempo,
dois tempos e metade
de um tempo
de um tempo
Esse perodo de supremacia papal comeou em 538 d.C. quando o imperador romano
oriental (sede em Constantinopla) Justiniano decretou que o bispo de Roma seria o
primaz de toda a cristandade, e seu general Belisrio derrotou o ltimo dos trs reinos
arianos os Ostrogodos (Dn 7:24) que fazia oposio a Roma.
Durante esse perodo de supremacia, foi-lhe dado tambm, que pelejasse contra os
santos e os vencesse (Ap 13:7). amplamente de conhecimento pblico a histria
das Inquisies na Idade Mdia, onde a Igreja Romana perseguia, torturava e matava
todos aqueles que insistissem em colocar as Escrituras Sagradas acima da Tradio
Romana. A doutrina de que Deus confiara Igreja o direito de reger a conscincia e
73
148
74
Por outro lado, o texto proftico tambm apontava o fim da supremacia papal: Vi
uma de suas cabeas como golpeada de morte (Ap 13:3). Isso ocorreu aps a
Revoluo Francesa: Em 1796, tropas da Repblica Francesa sob o comando de
Napoleo Bonaparte invadiram a Itlia, derrotaram o exrcito papal e ocuparam [as
comunas de] Ancona e Loreto... Em 28 de dezembro de 1797, em
um motim realizado pelas foras papais contra alguns revolucionrios italianos e
franceses, o popular brigadeiro-general Mathurin Lonard Duphot, que havia ido a
Roma com Jos Bonaparte como parte da embaixada francesa, foi morto, surgindo
assim um novo pretexto para invaso. Ento, o General Louis Alexandre
Berthier marchou para Roma sem oposio em 10 de fevereiro de 1798 e proclamou
a Repblica Romana, exigindo do papa a renncia de seus poderes temporais.149
H um fato histrico que contribuiu para que Roma fosse conquistada sem maiores
dificuldades pelas tropas de Napoleo. Desde meados do sc. XVIII, os governos de
vrios pases comearam a pressionar a Igreja Romana por causa da intromisso dos
jesutas em assuntos de poltica interna de cada Estado. A presso continuou at ao
ponto dos pases ameaarem romper com a Igreja. Clemente XIV finalmente rendeuse em nome da paz da Igreja, e para evitar a ruptura na Europa, dissolveu a Ordem
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152
153
Bill Hughes, The Secret Terrorists and The Enemy Unmasked, p.15.
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Voltando ao texto proftico, Joo logo depois viu que toda a terra se maravilhou,
seguindo a besta (Ap 13:3). A admirao do vidente de Patmos durante a viso pode
ser confirmada nos tempos atuais, ao constatar a astcia e eficcia da diplomacia da
Santa S, cuja Secretaria de Estado j estabeleceu relaes diplomticas com 178
pases.156 Nesse processo destaca-se a figura do papa Joo Paulo II que,
aproveitando o pontificado longo (1978-2005), visitou 129 pases, conseguindo se
expressar em pelo menos doze idiomas diferentes. 157
156
78
A exaltao de Roma papal tal que tambm chega a ser uma contrafao do Reino
de Deus. Adoraram a besta, dizendo: Quem semelhante besta? (Ap 13:4). Uma
pretensa cpia da adorao a Deus: Senhor, quem como tu entre os deuses?
(Ex 15:11). Certamente a besta deseja ocupar o lugar de Miguel nome de guerra de
Jesus, que significa quem como Deus?
Surge ento a seguinte questo: como esse poder tem conseguido reconquistar o
mundo? Alm de fazer do tempo seu grande aliado, que outras estratgias tem usado
a Igreja Romana pra se impor perante as naes?
A sagacidade e astcia da Igreja de Roma so surpreendentes. Ela sabe ler o futuro.
Aguarda o seu tempo, vendo que as igrejas protestantes lhe esto prestando
homenagem com o aceitar do falso sbado, e se preparam para imp-lo pelos mesmos
meios que ela prpria empregou em tempos passados.158
Algumas dessas estratgias so:
158
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1) Dividir para conquistar: por trs dos bastidores, Roma sempre procurou
eliminar pessoas ou grupos que representassem oposio poltica ou religiosa
aos seus interesses de supremacia. Na prtica uma das formas de se alcanar
esse propsito provocar discrdia e conflito entre um grupo e outro dentro de
uma nao, ou entre uma nao e outra, para que os dois lados se enfraqueam
ou at se destruam e Roma possa dominar. Uma dcada antes da 1 Guerra
Mundial, o pensador e escritor francs Guyot j alertava: Se a guerra comear,
ouam vocs, homens que pensam que a Igreja Romana o smbolo da ordem
e da paz: No procurem a culpa fora do Vaticano, pois ele ser o provocador
oculto, semelhana da guerra de 1870.159
2) Agentes infiltrados: h vrias ordens religiosas ou militares a servio do
Vaticano cujos integrantes executam muito mais do que a aparente profisso
que exercem, ou o trabalho social a que se propem. Trabalham como agentes
duplos, onde a lealdade ao Vaticano vale mais do que sua prpria cidadania
natural. Infiltram-se nos centros de poder da nao: mdia, poltica, economia,
educao, sindicatos, justia, inteligncia etc. S pra citar algumas dessas
ordens: jesutas, cavaleiros de Colombo, cavaleiros de Malta, Opus Dei. Essa
estratgia tem funcionado inclusive nos EUA: Com um vice-presidente
catlico, seis juzes catlicos na Suprema Corte, um presidente da Cmara de
Deputados catlico, e um grande nmero de catlicos no Congresso, a idade de
ouro do catolicismo na poltica americana chegou. 160
Como exemplo das duas estratgias j mencionadas, pode-se observar a histria (no
contada) do Titanic. Para destruir a Amrica livre era necessrio o surgimento de um
Banco Central privado, que tirasse o poder de emitir dinheiro das mos do governo
americano que nos seus primrdios, de fato, era do povo, pelo povo, para o povo.
Duas vezes os grandes banqueiros haviam conseguido essa faanha nos EUA (17911811 e 1816-1836), porm, polticos corajosos e de viso, amparados pela opinio
pblica, reverteram o processo nas duas ocasies retirando o poder de emitir dinheiro
das mos do cartel de bancos privado. Foi ento, que, banqueiros e jesutas (a servio
do Vaticano) estabeleceram um plano que visava o benefcio de ambas as partes.
Havia certo nmero de homens ricos e poderosos que declararam de forma
resoluta que no favoreciam o Sistema de Reserva Federal [Banco Central]... e
se oporiam s vrias guerras que estavam sendo planejadas... Por isso, seus
Yves Guyot, Le Bilan Social et Politique de lglise, p.139, 1901. Citado em A
Histria Secreta dos Jesutas, p. 172.
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poderes e fortunas deveriam ser arrebatados de suas mos. Tinham que ser
destrudos por meios to absurdos que ningum suspeitasse que houvessem
sido assassinados... O Titanic foi o veculo de sua destruio... Trs dos mais
ricos e poderosos destes foram Benjamin Guggenheim, Isador Strauss e John
Jacob Astor, possivelmente o homem mais rico do mundo. Para proteger os
jesutas de qualquer suspeita, muitos irlandeses, franceses e catlicos romanos
da Itlia imigraram para o Novo Mundo a bordo do barco... A construo do
Titanic iniciou-se em 1909, em um estaleiro na capital do norte da Irlanda. Era
um dos barcos da White Star Line, uma companhia de transporte martimo
internacional, de propriedade da famlia de banqueiros Morgan... Edward
Smith, jesuta laico, foi o capito do navio. Havia navegado pelas guas do
Atlntico Norte por vinte e seis anos... Nem todos os jesutas so
necessariamente sacerdotes. Aqueles que no so sacerdotes servem a Ordem
atravs de sua profisso... Quando o Titanic partiu do sul da Inglaterra em 10
de abril de 1912, o maioral jesuta Frances Browne embarcou nele. Esse
homem era o jesuta mais poderoso da Irlanda e respondia diretamente ao
general jesuta em Roma... Existem muitos pontos interessantes dessa histria
que foram apresentados no vdeo-documentrio Os Segredos do Titanic,
produzido pela National Geographic em 1986. O vdeo fala de um sacerdote
em frias, Frances Browne, que tirou fotos ao vivo dos companheiros a bordo,
a maioria deles de viagem para a eternidade [sic]. No dia seguinte [11 abril], o
Titanic fez sua ltima parada na costa da Irlanda, onde vrios imigrantes
irlandeses embarcaram buscando estabelecer um novo lar na Amrica. E ali
desembarcou o sortudo [sic] sacerdote Browne. 161 Aqui est a duplicidade
dos jesutas no seu melhor. O maioral embarcou no Titanic, fotografou as
vtimas, seguramente lembrou ao capito de seu juramento como jesuta, e na
manh seguinte se despediu. 162
O restante da histria voc j conhece...
1912 Naufrgio do Titanic.
1913 Estabelecimento do Banco Central privado nos EUA (FED).
1914 Incio da 1 Guerra Mundial.
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espirituais. Uma vida influenciada pelo esprito dos apstolos, a crena e ensino da
verdade por eles ensinada, eis a verdadeira prova da sucesso apostlica. 166
Se o bispo de Roma realmente o sucessor de Pedro, por que no age como Pedro?
Por exemplo, no aceitando homenagens de adorao (At 10:25 e 26). Nem tendo a
pretenso de perdoar pecados (At 8:20-23)...
A boa notcia que h muita gente sincera que ainda faz parte da comunho romana:
certo que h verdadeiros cristos na comunho catlico-romana. Milhares na dita
igreja esto servindo a Deus segundo a melhor luz que possuem... Deus olha para
essas almas com compadecida ternura, educadas como so em uma f que ilusria e
no satisfaz.167
Finalmente, Joo ainda viu outro poder protagonista antes da Volta de Cristo...
166
167
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A Besta da terra
Joo tambm viu outra besta emergir da terra (Ap 13:11). Aqui comea a
descrio de outro poder que possui semelhanas e diferenas em relao primeira
besta. Uma das semelhanas que, a exemplo da primeira, tambm chamada de
besta por se tratar de um poder que assumiria carter poltico-religioso. Por outro
lado, h duas diferenas significativas na origem desse poder. Enquanto a primeira
surgiu do mar (smbolo proftico para povos, multides, naes e lnguas Ap
17:15), ou seja, de um lugar densamente povoado, a segunda besta surge da terra,
simbolizando um lugar despovoado.
Outra diferena que, a primeira besta, a exemplo dos imprios que a precederam,
surgiu quando os quatro ventos do cu agitavam o mar grande (Dn 7:2). Ventos
um smbolo proftico para guerras, conflitos: Trarei sobre Elo os quatro ventos dos
quatro ngulos do cu... e enviarei aps eles a espada, at que venha a consumi-los
(Jr 49: 36 e 37). Ento, a segunda besta em vez de subverter outras potncias para
estabelecer-se... deve surgir em territrio anteriormente desocupado, crescendo
gradual e pacificamente.168
Igualmente importante para se determinar quem a segunda besta verificar a poca
de seu surgimento, que pode ser confirmada pelo contexto imediato da passagem: Se
algum leva para cativeiro, para cativeiro vai (Ap 13:10). Essa foi a ltima
informao proftica dada ainda sobre a primeira besta demonstrando que, assim
como Roma papal perseguiu e exilou aqueles que aceitavam apenas a autoridade das
Escrituras durante a Idade Mdia, assim tambm o poder romano seria em algum
momento exilado. O que de fato se cumpriu em 1798 quando as tropas de Napoleo
prenderam o papa Pio VI e confiscaram as terras de Roma. Portanto, o contexto
imediato sugere que a segunda besta surgiria nessa poca.
Que poder surgiu em um local antes despovoado e assumiu hegemonia sem precisar
anular outros pela guerra no final do sc. XVIII? Uma nao, e apenas uma, satisfaz
s especificaes desta profecia; esta aponta insofismavelmente para os Estados
Unidos da Amrica.169
A segunda besta possua dois chifres, parecendo cordeiro (Ap 13:11). A princpio,
a segunda besta possua caractersticas de inocncia e brandura prprias de um
cordeiro. Na histria do surgimento dos EUA pode-se perceber duas caractersticas
distintivas que fizeram dessa nao uma potncia: a liberdade civil e a liberdade
168
169
84
https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_da_Independ%C3%AAncia_dos_Estado
s_Unidos . Visitado em 22/Set/2015.
171
https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Emenda_%C3%A0_Constitui%C3%A7%C3%A3o_dos_Est
ados_Unidos . Visitado em 22/Set/2015.
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174
30/Set/2015.
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88
estatutos e juzos (Ml 4:4). Portanto, todo aquele que vier no esprito de Elias,
dever demonstrar sua credencial divina confirmando a Lei de Deus! Dentro dos Dez
Mandamentos est o verdadeiro sinal de Deus para o Seu povo: Certamente,
guardareis os meus sbados; pois sinal entre mim e vs nas vossas geraes; para
que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica (Ex 31:13). Qualquer um que
fizer descer fogo do cu, mas negar o sinal de Deus (o sbado do stimo dia), na
verdade, no provem do Senhor.
A crise final do mundo atingir o clmax depois da formao da imagem da besta nos
EUA, quando os demais pases seguirem seu exemplo decretando uma Lei Dominical
compulsria. O esprito de totalitarismo prprio da Idade Mdia ento ressurgir:
totalitarismo poltico, econmico e religioso: E lhe foi dado comunicar flego
imagem da besta, para que no s a imagem falasse, como ainda fizesse morrer
quantos no adorassem a imagem da besta. A todos, os pequenos e os grandes, os
ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a
mo direita ou sobre a fronte, para que ningum possa comprar ou vender, seno
aquele que tem a marca, o nome da besta ou o nmero do seu nome. (Ap 13:15-17).
A polarizao do mundo ser total. De um lado os que adoram a Deus e tem o seu
sinal (o carter de Deus demonstrado na guarda dos mandamentos, em especial o
sbado). Do outro lado, os que adoram a besta e a sua imagem (obedecendo a Lei
Dominical) e recebem a sua marca. Como o ponto central da crise final ser a
adorao, seria bom lembrar que os quatro primeiros mandamentos da Lei de Deus
tm como pano de fundo a adorao:
Mandamentos
1- No ters outros deuses diante de
mim.
2- No fars para ti imagem de
escultura.
3- No tomars o nome do Senhor teu
Deus em vo.
4- Lembra-te do dia de sbado para o
santificar.
Transgresso
Adorar a besta (Ap 13:8).
Fazer a imagem da besta (Ap 13: 14 e
15).
A besta blasfema contra Deus (Ap 13:6 e
Lc 5:21).
Obedecer a Lei Dominical (Ap 13:16).
89
22/Set/2015.
90
188
91
Direita de Deus Conhea Ralph Redd. Sua Coalizo Crist est em uma cruzada
para assumir o controle da poltica dos EUA, e est dando certo.191
E nas duas dcadas seguintes, a Direita Religiosa americana tornou-se cada vez mais
catlica... Escritores catlicos emergiram como lderes intelectuais da Direita
Religiosa nas universidades, entre os idelogos polticos, na imprensa e nos tribunais,
promovendo uma agenda, que na sua forma mais terica envolve uma reivindicao
da tradio da lei natural de Toms de Aquino. 192 Em outras palavras, a Amrica
protestante no s est parecida com Roma papal, mas tambm foi tomada pela
mesma.
Ainda outro fator colaborador na aproximao entre a Igreja Romana e o
protestantismo foi o movimento ecumnico. Formalmente, o incio do ecumenismo
ocorreu com a Conferncia Missionria Mundial, em junho de 1910, em Edinburgh,
Esccia, organizada e presidida pelo metodista norte-americano John R. Mott. John
R. Mott tinha um alvo bem definido ao realizar essa conferncia: fazer Jesus Cristo
conhecido por todos neste mundo. Com a inteno de alcanar esse alvo, ele buscava
a unio do maior nmero possvel de cristos para dar incio a uma evangelizao
mundial abrangente.193
Ele conseguir reunir mais de 1.300 delegados, representantes oficiais de vrias
sociedades missionrias. Ao organizar esta conferncia, Mott convocou estas
sociedades e no as igrejas. Isto possibilitou a busca de cooperao na misso e
191
92
afastou o risco da busca de uma nica igreja que congregasse todas as denominaes
crists.194
Com o aumento de poder e influncia desse movimento, a Igreja Romana, mesmo
antes do estabelecimento do Vaticano, sentiu necessidade de pronunciar-se. No incio
de 1928 o papa Pio XI publicou uma encclica sobre a promoo da verdadeira
unidade de religio. Nela o bispo de Roma repudia o desejo de unio a qualquer
custo dos cristos dizendo que estes esforos no podem, de nenhum modo, ser
aprovados pelos catlicos, pois eles se fundamentam na falsa opinio dos que julgam
que quaisquer religies so, mais ou menos, boas e louvveis. E conclui:
manifestamente claro que a Santa S, no pode, de modo algum, participar de suas
assembleias e que, aos catlicos, de nenhum modo lcito aprovar ou contribuir para
estas iniciativas: se o fizerem concedero autoridade a uma falsa religio crist,
sobremaneira alheia nica Igreja de Cristo.195
Em 1946, John R. Mott ganhou o prmio Nobel da Paz pelo seu longo e frutfero
trabalho em unir os povos de muitas naes, raas e comunhes num vnculo comum
de espiritualidade.196 E em 1948, tambm com seu apoio, surge a maior organizao
ecumnica mundial: O Conselho Mundial de Igrejas (CMI). John Mott torna-se
presidente do CMI em 1954, e em janeiro de 1955 vem a falecer.
Na 3 Assembleia Geral do CMI, realizada em 1961, Nova Dli (ndia), houve pela
primeira fez observadores catlicos presentes.197 A partir desse ano, as ideias
marxistas foram recebidas pelo CMI e nascia o evangelho social. Logo em seguida,
o pensamento catlico sobre o ecumenismo alcanaria o ponto da virada com o
Conclio Vaticano II. Como tomar parte no movimento ecumnico sem abrir mo da
primazia de Roma? Vrias decises e declaraes deste conclio prepararam o
catolicismo para assumir mais tarde o protagonismo dentro do movimento
ecumnico. Especialmente as que contribuiram para o surgimento do carismatismo
dentro do catolicismo. O Vaticano II foi um verdadeiro Pentecostes como o mesmo
Joo XXIII havia desejado e ardentemente pedido. 198 E no v nenhum motivo para
que se estabelea uma oposio entre carisma e ministrio ou carisma e
194
Visitado em 22/Set/2015.
195
93
Ibidem.
Ibidem.
201
Michael Urban, Ecumenismo O retorno a Babel, p.38.
202
Decreto Unitatis Redentigratio, 21 de novembro de 1964.
200
http://noticias.cancaonova.com/o-ecumenismo-no-pontificado-de-joao-paulo-ii/ . Visitado em
22/Set/2015.
94
Por isso, nos primeiros anos do pontificado de Joo Paulo II, o protagonismo de
Roma dentro do movimento ecumnico aliado ao surgimento da Direita Religiosa nos
EUA culminou na unio diplomtica entre os dois Estados. Alberto Rivera, exjesuta, explica que estando sob o juramento dos jesutas, foi-lhe dito que um sinal
secreto seria dado aos jesutas quando o movimento ecumnico houvesse acabado
com o protestantismo, em preparao para a assinatura de uma concordata entre o
Vaticano e os Estados Unidos. O sinal seria que um presidente [norte-americano]
faria o juramento [de posse] em frente a um obelisco. Pela primeira vez na historia
dos Estados Unidos, a cerimnia de juramento foi mudada para o lado oeste do
Capitlio, e o presidente Reagan fez o juramento em frente ao monumento de
Washington. Isso aconteceu em 20 de janeiro de 1981.206
95
Palmer, o qual apresenta um vdeo gravado por ele mesmo, com uma mensagem
pessoal do papa Francisco208 apelando unio completa dos cristos sob a liderana
do Vaticano. Antes de apresentar o vdeo Palmer se apresenta como o profeta Elias
enviado para converter o corao dos pais aos filhos e dos filhos aos pais,
demonstrando no haver mais razes para protestar contra a Igreja Catlica, e
convidando todos a se unirem. Depois de assistirem o vdeo do papa Francisco, os
lderes do evento do glria a Deus, bem como recebem e pronunciam uma beno
do e para o Vaticano.
Embora Roma venha enfatizando o escndalo da diviso do cristianismo desde o
Conclio Vaticano II, e promovendo o dilogo com as vrias denominaes crists
separadas de Roma, e tambm com as diversas religies no crists, essa mesma
postura de contemporizao e relativismo tem afastado igrejas e grupos cristos mais
conservadores. A principal razo para isso que o quadro escatolgico da igreja de
Deus antes da segunda vinda no o de uma megaigreja reunindo toda a humanidade,
mas o de um remanescente da cristandade, aqueles que guardam os mandamentos
de Deus e tm a f de Jesus (Apocalipse 14:12).209
O ecumenismo papal conseguiu cumprir seu papel como cavalo de Tria graas
atitude do prprio protestantismo: O catolicismo na verdade em muito se assemelha
ao protestantismo que hoje existe; pois o protestantismo moderno muito se distancia
daquele dos dias da Reforma.210 Por tudo isso, pode-se notar que a besta da terra j
atingiu o ponto proftico onde far com que os habitantes da terra adorem a primeira
besta. E aqueles que no receberem a marca da besta (guarda do domingo) nem o
nmero do seu nome, tero sua liberdade econmica cerceada (Ap 13:17). Pois
nmero de homem. Ora, esse nmero seiscentos e sessenta e seis. (Ap 13:18).
O nmero 666 era associado s religies de mistrio na antiga Babilnia e usado na
adorao ao sol. O que confirma novamente que as duas bestas do apocalipse 13, ao
proporem um governo mundial, e a guarda universal do domingo estaro agindo sob
a mesma influncia pag-ocultista das antigas religies de mistrio. Contra esse
futuro sistema religioso Deus pronunciou a mais solene advertncia nas Escrituras:
Se algum adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a
mo, tambm esse beber do vinho da clera de Deus, preparado sem mistura, do
clice da sua ira, e ser atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e na
presena do Cordeiro. (Ap 14:9 e 10).
208
209
210
96
Deus tambm faz o mais terno convite: Retirai-vos dela, povo meu, para no serdes
cmplices em seus pecados e para no participardes dos seus flagelos. (Ap 18:4).
Desde j vos digo, antes que acontea, para que, quando acontecer, creiais que EU
SOU. (Jo 13:19).
97
98
99
100
tm tido que empregar esse tipo de motivao uma vez ou outra. A terceira motivao
est no quarto mandamento: Porque em seis dias o Senhor fez os cus e a Terra (Ex
20:11). Essa a motivao da Criao. Uma vez que Eu o criei, sei o que lhe
melhor.
Apocalipse 14:6-7 estabelece essas mesmas trs motivaes no contexto do fim. O
primeiro anjo tem o evangelho eterno (Ap 14:6), a motivao da salvao. Ele
tambm adverte que chegada a hora do Seu juzo (Ap 14:7). E apela a todos para
adorarem ao Criador (Ap 14:7). A mensagem do primeiro anjo, portanto, contm as
mesmas motivaes como na primeira tbua da lei. O texto de Apocalipse 13 e 14
oferece, pois, vrias indicaes de como o modo pelo qual nos relacionamos com a
primeira tbua da lei a questo bsica no fim.
Uma desculpa costumeira quando um crente nas Escrituras comete um deslize tico
algo como: Satans trabalha mais duro para levar o povo de Deus a pecar e parecer
mau. Ele no precisa se empenhar tanto com aqueles que no servem a Deus. Isso
provavelmente seja verdade. Mas pode haver uma explicao adicional.
No livro de Apocalipse a grande questo no tempo do fim tem que ver com a
primeira tbua da lei. Os que esto aguardando a volta de Jesus se preocuparo com a
adorao apropriada. Por outro lado, no Evangelho de Mateus a grande preocupao
do fim a segunda tbua de pedra. Os que esto no aguardo de Jesus se preocuparo
com as pessoas. Trataro os outros do modo como Cristo os tratou. Mateus tem uma
nfase tica, Apocalipse uma nfase teolgica. O contexto a razo para a diferena.
Em Mateus os discpulos so ouvintes das instrues. Para eles a verdade-teste no fim
como tratar as pessoas. Em Apocalipse 14 a mensagem para o mundo. E para o
mundo, a verdade-teste no fim tem que ver com o relacionamento fundamental da
pessoa com Deus.
Nossa nfase central tanto a lealdade para com Deus quanto a nfase mais tica de
Mateus. Ambas as nfases so claramente de suprema importncia. Assim, no
evangelismo no se deve negligenciar levar em conta a nfase tica ao acentuarmos
coisas tais como a adorao a Deus pela guarda do sbado, a marca da besta, o
dizimar e outros aspectos de nosso relacionamento direto com Deus. Seria possvel
que uma pessoa oferea verdades-teste para o mundo (a primeira tbua da lei) por
tanto tempo que passe por alto a verdade-teste para ns prprios (a segunda tbua
da lei)?
O sbado em Apocalipse 14
Retornando questo principal deste [estudo], torna-se evidente que a questo crucial
para o mundo no fim como se relacionar com a primeira tbua da lei. Mas
possvel avanar um passo mais e dizer que o mandamento do sbado , em certo
sentido, a questo derradeira na crise final? Creio que sim. Mas a fim de demonstrar a
101
102
diante de Deus (Rm 3:21-24). Somente Deus santo (Ap 15:4), contudo, por causa
de Seus poderosos atos em Cristo, o Seu povo capaz de apresentar-se justo diante
dEle, pela f agora e pela vista, no fim (Ap 15:2-4; cf. Ap 12:11). Conquanto a
Bblia nos incentive a servir a Deus e uns aos outros (Mt 25:31-46), nada podemos
acrescentar perfeita obra de Cristo que nos torne justos diante de Deus. A nica
resposta apropriada a essa obra perfeita um esprito penitente que descanse em Sua
obra consumada.
O sbado a resposta ideal ao evangelho porque se fundamenta sobre o princpio do
descanso aps uma obra concluda. Como na primeira criao Deus agiu, depois
descansou, tambm na nova criao Jesus realizou Sua perfeita obra de justia:
morreu na cruz (declarando Est consumado), e descansou na tumba no dia de
sbado. Quando os indivduos descobrem o evangelho, o sbado pode ser um
constante lembrete de descansar da infindvel luta. to natural e humano tentar
conquistar nossa salvao. Precisamos de um lembrete de que a primeira obra do
cristo repousar no que Cristo j realizou.
Portanto resta ainda um repouso sabtico para o povo de Deus. Pois aquele que
entrou no descanso de Deus, esse tambm descansou de suas obras, assim como Deus
das Suas. Ora, vista disso, procuremos diligentemente entrar naquele descanso...
(Hb 4:9-11).
Uma segunda razo por que o mandamento do sbado se tornar o centro da ateno
no fim que uma forma ideal de testar se a pessoa verdadeiramente leal a Deus. O
mandamento do sbado diferente dos demais nove mandamentos. Todos os outros
tm uma certa base na razo e interesse prprio - afinal de contas, os princpios da
segunda tbua da lei (como nos relacionamos com outros) so o fundamento do
governo na maioria dos pases. No matars lgico para qualquer pessoa que no
deseja ser morta. No furtars faz sentido para qualquer um que deseje proteger
suas posses conquistadas com dificuldade. Se eu revelar um padro de mentira, isso
tornar mais difcil que as pessoas sejam honestas para comigo. Ordens como essa
so razoveis e at contm certa dose de interesse prprio. O mesmo se aplica aos
primeiros trs mandamentos concernentes a nosso relacionamento para com Deus. Se
Deus quem reivindica ser, no faz sentido adorar algum outro. No faz sentido
cultuar um dolo sem vida. Decerto no faz sentido em absoluto blasfemar contra o
Seu nome.
A outra parte dos Dez Mandamentos que no tem lgica o mandamento para
observar o sbado, em vez de qualquer outro dia. Tal mandamento to destitudo de
lgica e interesse prprio que as pessoas de mentalidade secular acham fcil ignorlo. Afinal de contas, ningum tem sido capaz de demonstrar cientificamente uma
diferena significativa entre o dia de sbado e qualquer outro dia da semana. O sol
brilha e a chuva cai do mesmo modo costumeiro. A Terra continua a girar em sua
rbita em torno do sol. A nica diferena entre o sbado e os demais dias que o
103
prprio Deus fez uma distino entre eles. Observar o sbado tomar a Deus por Sua
palavra a despeito do fato de que os cinco sentidos no podem perceber qualquer
evidncia de que faz-lo seria razovel.
exatamente essa irrelevncia que torna o sbado um teste ideal de lealdade no
tempo do Fim. No pode haver um teste real de lealdade onde esteja envolvido o
interesse prprio. Se eu tivesse que lhe dizer Desejo ver quo fiel voc para
comigo. Coloquei mil reais debaixo de um arbusto fora de sua casa. Se voc for de
fato leal para comigo, poder apanhar o dinheiro agora mesmo e gast-lo com o que
quiser. esse um bom teste de lealdade? No me parece. A maioria alegremente iria
fazer o que eu sugeri, mesmo sem gostar de mim! Por qu? Porque de seu prprio
interesse faz-lo.
O real teste de lealdade ocorre quando no h interesse prprio envolvido. Deus
simplesmente diz: Faa isso porque Eu lhe pedi para faz-lo. O teste do sbado nos
faz lembrar o teste original no Jardim do den. Um pedao de fruta que estou certo
ter sido muito saborosa. Provavelmente era tambm nutritiva. A nica razo para no
com-la estava no fato de que Deus assim havia ordenado.
No fim, o sbado torna-se o teste ideal para ver se servimos a Deus por causa do que
Ele , ou se O servimos somente pelo que podemos dEle obter. Quando a guarda do
sbado se der s expensas de emprego, famlia ou mesmo da prpria vida, o Universo
saber que o povo de Deus O serve de todo o corao. E o povo de Deus conhecer o
preo integral da lealdade.
Finalmente, creio que o sbado importante no fim porque uma parcela de seguir a
Jesus de modo integral. Quando Jesus esteve sobre este planeta, nunca observou o
domingo. Ele observava o sbado. Ele estabeleceu um exemplo de observncia do
sbado. Se desejarmos seguir a Jesus integralmente, ns O seguiremos tambm em
Sua observncia do sbado. E podemos saber que a perfeita observncia do Seu
sbado cobre nossas honestas falhas de alcanar o ideal de repousar em Sua obra
concluda.
A Bblia nos diz, portanto, que o mandamento do sbado em Apocalipse 14:7 a
contradio aos enganos dos ltimos tempos que so to severos que a plena
evidncia dos sentidos indica que a trindade inqua est correta e que o povo de Deus
est errado. Numa poca de grandes enganos, um teste de lealdade aparentemente
arbitrrio como nos oferecido no Apocalipse tem particular fora. Somente aqueles
que so inteiramente dedicados a Deus e a Seus mandamentos O obedeceriam a
despeito da evidncia de seus sentidos.
Quando o mundo est caindo aos pedaos e todo vento de doutrina est soprando,
plena lealdade a Deus se demonstrar a nica alternativa sensata pela qual viver.
104
212
105
para representar Cristo... Quando no ano 321 Constantino ordenou que o primeiro dia
da semana fosse dia festivo e de repouso, chamou-lhe venerando dia do Sol.215
Na verdade, esta foi a primeira vez na histria em que o Estado legislou em favor da
guarda do domingo. E a aceitao por parte dos cristos da guarda do domingo se
deveu a duas questes principais: primeiro, queriam se distanciar dos judeus (que
guardavam o sbado bblico) por terem sido os executores de Cristo na cruz;
segundo, o caminho proposto por Constantino I (guarda do domingo) tornava tudo
mais fcil (lembre-se de que os cristos, at ento, eram constantemente perseguidos
pelos romanos), j que os pagos que adoravam o Sol no dia de domingo poderiam
ver nesse novo dia de guarda dos cristos um ponto de convergncia, e aceitar com
mais facilidade a religio crist.
Sem dvida, os sinais dos tempos indicam que o mundo esta s portas da crise final
quando a batalha entre o verdadeiro sbado (stimo dia) e o falso (domingo) se
tornar uma questo global.
Vrios pases da Unio Europeia participaram da campanha216 no dia 04 de maro de
2012, em favor do descanso dominical. Na ustria, por exemplo, dois montanhistas
subiram ao topo de um monte onde colocaram uma cruz e mostraram um cartaz onde
se l: Aliana para um Domingo Livre.
215
Ibidem.
216
106
107
E ainda outro cartaz onde aparece uma criana que v sua me pela TV e diz em tom
de lamentao: Hoje domingo e a mame est trabalhando.
108
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218
110
219
111
John Kennedy (esquerda), Richard Nixon (direita), Cardeal Francis Spellman (centro)
1960 - Jantar em homenagem a Alfred E. Smith
George Bush (esquerda), Al Gore (direita), Arcebispo N.Y. - Edward Michael Egan (centro)
19/Out/2000 - Jantar em homenagem a Alfred E. Smith
John McCain (esquerda), Barack Obama (direita), Cardeal e Arcebispo N.Y. - Edward
Michael Egan (centro). 16/Out/2008 - Jantar em homenagem a Alfred E. Smith
112
Conexo Vaticano-EUA
O papa Bento 16 chegou tera-feira, 15 de abril de 2008 a Washington para o incio
de uma visita oficial de seis dias aos Estados Unidos. O presidente americano
George W. Bush mostrou uma deferncia indita ao papa ao receb-lo pessoalmente
na base militar Andrews, no Estado de Maryland, onde o avio de Bento 16 pousou.
Ao longo de todo seu mandato, Bush no foi receber nenhum outro dignatrio
internacional em suas chegadas aos Estados Unidos.220
Neste ltimo encontro do papa Bento XVI com Bush como presidente do pas, o
presidente Bush vai dizer ao Papa que os Estados Unidos e o mundo precisam ouvir
sua mensagem, que Deus amor, que a vida uma e sacra e que todos ns devemos
ser guiados por uma lei moral comum, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Dana
Perino. [Grifo acrescentado]221
Uma salva com 21 tiros, uma recepo para mais de nove mil pessoas e uma
apresentao da soprano Kathleen Battle so alguns dos destaques da suntuosa
recepo que a Casa Branca destinar ao papa Bento 16 nesta quarta-feira. Ser a
maior recepo j destinada a um chefe de Estado pelo presidente Bush em todo o seu
mandato. A multido aguardada para o evento superar daquela que, at ento,
havia sido a maior recepo j realizada no mandato de Bush, a destinada rainha
Elizabeth 2, no ano passado, quando a Casa Branca abrigou sete mil pessoas... Em
uma recente entrevista, Bush frisou que ele e o papa acreditam que existe o certo e
um errado na vida e que o relativismo moral tem o perigo de minar a capacidade de
termos sociedades mais esperanosas e livres.222
220
http://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2008/04/080415_papaeuabg.shtml . Visitado
em 22/Set/2015.
221
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bush-dira-ao-papa-que-eua-deseja-quotquotleimoralquotquot-unica-para-o-mundo/n1237683580498.html . Visitado em 22/Set/2015.
222
http://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2008/04/080415_papacasabrancabg.shtml .
Visitado em 22/Set/2015.
113
O presidente dos Estados Unidos, George Bush, disse que, quando olha nos olhos de
Bento XVI, v Deus.223
Afirmando ter vindo aos Estados Unidos como amigo, o papa Bento 16 conclamou
na quarta-feira os norte-americanos e seus lderes a basearem suas decises polticas
e sociais em princpios morais e a criarem uma sociedade mais justa... Eu venho aqui
como um amigo, um pastor do Evangelho e um homem que nutre um grande respeito
por esta vasta sociedade pluralista, afirmou Bento XVI, em um discurso proferido
aps Bush ter dado as boas-vindas ao lder catlico em uma cerimnia realizada na
Casa Branca e que incluiu uma salva de 21 tiros... Aqui nos EUA, o senhor
encontrar uma nao que recebe de braos abertos a influncia da religio no cenrio
pblico, disse Bush... O papa, em seu discurso, falou bastante sobre as razes
religiosas dos EUA. medida que esta nao depara-se com as cada vez mais
complexas questes polticas e ticas da nossa era, tenho certeza de que o povo norteamericano encontrar em suas crenas religiosas uma fonte valiosa de ideias e
inspirao, afirmou.A democracia s pode florescer, como perceberam os seus pais
fundadores, quando os lderes polticos e aqueles a quem representam so guiados
pela verdade e quando se utilizam da sabedoria calcada em princpios morais slidos
para tomar decises concernentes vida e ao futuro da nao, disse o papa... O papa
concluiu o discurso proferido ali com o famoso lema dos EUA: God bless
America.224
Relembrando o ensinamento do Papa Joo Paulo II, Bento XVI afirmou que em um
mundo sem verdade, a liberdade perde seu fundamento, e a democracia sem valores
pode perder sua alma.225
223
http://www.zenit.org/pt/articles/bush-assegura-que-ve-deus-nos-olhos-do-papa . Visitado em
22/Set/2015.
224
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,nos-eua-papa-elogia-raizes-religiosas-dos-norteamericanos,157855 . Visitado em 22/Set/2015.
225
http://www.zenit.org/pt/articles/liberdade-dom-e-responsabilidade-diz-papa . Visitado em
22/Set/2015.
114
O papa Bento XVI afirmou neste domingo [20 de abril] que qualquer deciso da
vida poltica no pode prescindir da f, durante sua homilia no estdio do time de
beisebol New York Yankees no ltimo dia de sua visita aos Estados Unidos. O lder da
Igreja Catlica celebrou uma missa para 57 mil pessoas no local. necessrio
rejeitar a falsa dicotomia entre f e vida poltica, declarou o papa, que afirmou que
nenhuma atividade humana, nem sequer nos assuntos temporrios, pode descartar a
soberania de Deus.227
Como era de se esperar os principais jornais do mundo registraram a visita de Bento
XVI em imagens.228
Para o pesquisador atento das profecias bblicas, o que ocorreu durante essa visita de
seis dias do papa Bento XVI aos EUA (15-20 de abril/2008), foi apenas a
consumao daquilo que se anunciava desde o incio do mandato do presidente
George Bush. Afinal, j em janeiro de 2001, o primeiro compromisso pblico de
226
115
Bush como presidente na capital do pas, foi um jantar com o ento arcebispo de
Washington, Theodore McCarrick. 229
Durante seu mandato, Bush desenvolveu uma parceria bem ntima com a Santa S, o
que, irnico como possa parecer, o torna to diferente de John F. Kennedy, o
primeiro presidente catlico dos EUA. Cerca de dois meses antes de ser eleito o 35
presidente norte-americano em 1960, Kennedy fez um discurso na cidade de
Houston, Texas, com o objetivo de acalmar a nao protestante que demonstrava
insegurana pelo fato dele ser um candidato catlico: Acredito em uma Amrica
onde a separao entre a Igreja e o Estado absoluta; onde nenhum prelado catlico
diria ao presidente como agir, e nenhum ministro protestante diria a seus fiis em
quem votar; onde nenhuma igreja ou escola religiosa receberia fundos pblicos ou
preferncia poltica... Acredito em uma Amrica que, oficialmente, no catlica,
protestante ou judaica, onde nenhum servidor pblico solicita ou aceita instrues
sobre polticas pblicas do Papa, do Conselho Nacional das Igrejas, ou de qualquer
fonte eclesistica; uma Amrica onde nenhuma entidade religiosa tenta impor, direta
ou indiretamente, sua vontade sobre a populao geral ou sobre as aes pblicas de
seus dirigentes.230
Com a recente visita de Bento XVI aos EUA a diferena entre esses dois presidentes
ficou evidente demais para a imprensa local: George W. Bush poderia bem ser o
primeiro presidente catlico do pas. Esta no uma ideia to estranha quanto parece.
Sim, houve John F. Kennedy. Mas onde Kennedy procurou divorciar sua religio de
seu mandato, Bush deu boas vindas doutrina e aos ensinamentos catlico romanos
para a Casa Branca, e baseou muitas importantes decises de poltica interna
neles.231
229
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/04/11/AR2008041103327.html .
Visitado em 23/Set/2015.
230
http://www.beliefnet.com/News/Politics/2000/09/I-Believe-In-An-America-Where-TheSeparation-Of-Church-And-State-Is-Absolute.aspx . Visitado em 23/Set/2015.
231
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/04/11/AR2008041103327.html
Visitado em 23/Set/2015.
116
117
http://thepope.blogs.nytimes.com/2008/04/18/why-the-pope-speaks-for-evangelicals-too/?_r=0 .
Visitado em 23/Set/2015.
237
238
118
papa nessa viagem aos EUA no poderiam estar mais carregados de significado
escatolgico. a primeira vez na histria que um papa visita na mesma viagem a
Casa Branca (Poder Executivo), o Congresso americano (Poder Legislativo), e o
Independence Hall, na Filadlfia - local onde foi assinada a Constituio Americana
em 17 de setembro de 1787 e que, portanto, mantm uma ligao simblica com o
Poder Judicirio. Usando o jargo popular para expressar uma verdade proftica,
pode-se dizer que, com essa viagem, o Vaticano est fazendo o cabelo, a barba e o
bigode. a profecia se cumprindo perante os olhos de todos: os EUA demonstram
submisso total liderana espiritual e poltica do Vaticano. A Amrica aos seus
ps.241
Como era esperado, um dos temas que o papa Francisco deu nfase foi o combate s
mudanas climticas que, segundo ele, constituem um problema que no podemos
mais deixar para as futuras geraes. Quando se trata de nossa casa comum, [fica
claro que] vivemos um momento crtico de nossa histria. 242 O Vaticano tem ligado
esse tema Doutrina Social Catlica, e aguarda ansiosamente o momento em que o
descanso dominical ser aceito tambm como soluo para a crise ambiental.
241
http://www.elmundo.es/internacional/2015/09/28/5608cb7e268e3e4b6c8b4573.html. Visitado
em 30/Set/2015.
242
http://www.valor.com.br/internacional/4237996/papa-e-obama-defendem-combate-mudancasclimaticas . Visitado em 30/Set/2015.
119
No entanto, o momento mais esperado da viagem papal, foi quando, pela primeira
vez na histria, o bispo de Roma foi recebido no Congresso Americano. Num
discurso histrico... Francisco abordou temas delicados no contexto poltico norteamericano e apelou vigilncia contra todo o tipo de fundamentalismo, religioso ou
outro, e garantia de que a luta contra os extremismos no deve ser feita em
detrimento das liberdades individuais.243
Eduardo R. da Cruz (org.), Teologia e Cincias Naturais, p. 241 e 242. Citado por
Michelson Borges, O papa, o Domingo e os Fundamentalistas.
https://www.youtube.com/watch?t=2010&v=6lF62X1MKfY . Visitado em 30/Set/2015.
120
Uma Famlia da Pesada (Family Guy), pode ser visto uma stira sobre os adventistas,
afirmando ser a guarda do sbado uma crena louca.245
Outro fato que no pde passar por alto na viagem de Francisco aos EUA foi que,
pela primeira vez, um poltico de alto escalo o vice-presidente Joe Biden, esteve
presente em todos os locais com a comitiva papal. O catlico Joe Biden estava
ameaando entrar na campanha presidencial pelo partido Democrata. Agora pelo
menos se sabe o porqu ainda no o fez. Caso j estivesse na disputa no poderia sair
em muitas fotos prximo ao papa. E o contrrio, ou seja, sair primeiro em muitas
fotos prximo ao papa seria uma estratgia promissora, pois lhe daria muito mais
visibilidade eleitoral posterior, caso venha entrar na disputa. Para Joe Biden, o papa
Francisco a personificao da doutrina social catlica. 246
Finalmente, a imagem do pontfice foi amplamente explorada nessa passagem pelos
EUA. O que mais chamou a ateno foram os gestos e palavras do pontfice que,
parecendo quase calculados quando em contato com as pessoas durante suas
aparies, potencializou sua imagem como algum quase sobre-humano. Sem querer
julgar as intenes, porque s Deus capaz disso, porm, analisando o tremendo
reconhecimento pblico que os gestos do papa provocaram, impossvel deixar de
compar-los com o exemplo de Cristo. Em muitos casos, logo aps realizar um
milagre, ou participar de algo sobrenatural que chamasse ateno para Si, Jesus
advertia seus seguidores contra qualquer publicidade a respeito: acautelai-vos de que
ningum o saiba (Mt 9:30; ver tambm Mt 12:16; 16:20; 17:9; Mc 5:43; 7:36;
8:30 e 9:30; Lc 8:56). Cristo fugia da publicidade porque seu objetivo final no era
obter mero reconhecimento pblico: Ningum que deseja ser reconhecido
publicamente age em segredo. (Jo 7:4 NVI). No caso do papa Francisco, a lgica
humana prevaleceu:
245
121
Depois das visitas de Bento XVI (2008) e de Francisco (2015) aos EUA, ser que
algum ainda tem dvida que a crise final deste mundo protagonizada pelos EUA e o
Vaticano est s portas?
E lhe foi dado comunicar flego imagem da besta, para que no s a imagem
falasse, como ainda fizesse morrer quantos no adorassem a imagem da besta. A
todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que
lhe seja dada certa marca sobre a mo direita ou sobre a fronte, para que ningum
possa comprar ou vender, seno aquele que tema marca, o nome da besta ou o
nmero do seu nome (Ap 13:15-17).
122
Wikipedia List of meetings between the Pope and the President of the United
States.
247
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_meetings_between_the_Pope_and_the_President_of_the_Unit
ed_States . Visitado em 23/Set/2015.
123
248
124
249
http://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2007/02/070202_danielaclima2.shtml .
Visitado em 23/Set/2015.
250
Wikipedia - An Inconvenient Truth. https://pt.wikipedia.org/wiki/An_Inconvenient_Truth .
Visiatdo em 23/Set/2015.
251
https://www.youtube.com/watch?v=tpvpiBiuki4 . Visitado em 23/Set/2015.
252
http://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2007/02/070131_ecocetico_dg.shtml .
Visitado em 23/Set/2015.
253
254
Ibidem.
125
256
Vclav Klaus, p. 2
257
259
126
260
262
127
O termo ECOmenismo surgiu pela primeira vez em abril de 2007 no blog Minuto Proftico:
http://minutoprofetico.blogspot.com.br/2007/04/ecomenismo-uma-verdade-inconveniente.html . E
foi se tornando mais conhecido ao ser adotado pelo blog Criacionismo:
http://www.criacionismo.com.br/2008/05/berlim-deve-parar-aos-domingos.html . Visitados em
23/Set/2015.
128
129
celebraram o primeiro dia da semana como o dia do Senhor, porque era o dia da
ressurreio. No entanto, muito cedo, a Igreja tambm veio a perceber que o primeiro
dia da semana o dia do amanhecer da criao, o dia em que Deus disse: Haja luz
(Gn 1: 3). Por isso o domingo tambm a festa da criao semanal da Igreja - a festa
de ao de graas e alegria sobre a criao de Deus. Num tempo em que a criao
parece estar em perigo de muitas maneiras por causa da atividade humana, devemos
conscientemente advertir para esta dimenso do domingo tambm.269
Seguindo a mesma linha, o atual papa Francisco publicou a Encclica Laudato Si,
sobre o cuidado da casa comum, com repercusso mundial por ser a primeira
Encclica papal sobre o meio ambiente, atravs da qual ele se dirige a todos e no
apenas aos catlicos. No documento tambm apresentado o descanso dominical em
relao com a criao: A criao encontra a sua maior elevao na Eucaristia... A
participao na Eucaristia especialmente importante ao domingo... O repouso uma
ampliao do olhar, que permite voltar a reconhecer os direitos dos outros. Assim o
dia de descanso, cujo centro a Eucaristia, difunde a sua luz sobre a semana inteira e
encoraja-nos a assumir o cuidado da natureza e dos pobres.270
A expectativa criada antes mesmo da publicao dessa Encclica foi percebida pelo
vdeo promocional divulgado pela organizao ecumnica Our Voices, o qual retrata
Francisco como um lutador de boxe que treina no melhor estilo Rocky Balboa para
combater, em uma pica batalha, aqueles que querem destruir o planeta - ou a
criao de Deus, como apresenta o narrador. Ele corre, pula corda, transforma o
cetro papal em uma arma marcial e treina com ningum menos que o prprio Jesus
Cristo.271
A publicao dessa encclica teve grande repercusso ao redor do mundo, inclusive
na Casa Branca, onde o presidente Barack Obama divulgou em comunicado: Sado
a encclica de Sua Santidade o Papa Francisco, e admiro profundamente a deciso do
papa de abordar o caso - de forma clara, poderosa, e com a autoridade moral
completa de sua posio - por uma ao em relao mudana climtica global...
minha esperana que todos os lderes mundiais - e todos os filhos de Deus - reflitam
269
130
sobre o apelo do papa Francisco para nos unirmos para cuidar de nossa casa
comum.272
Surge ento a pergunta: ser que a Lei Dominical poder ser implantada como
soluo para salvar o planeta do aquecimento global? Se a matria publicada pela
ONG 10:10 for levada a srio a resposta sim, com certeza. Intitulada Domingo
Lento: a soluo simples para o aquecimento global, a matria defende sem rodeios
como soluo para combater o aquecimento global: Uma coisa que podemos
facilmente fazer para alcanar este objetivo: podemos declarar o domingo um dia
livre de combustvel fssil ou um dia de baixo carbono ou, pelo menos um dia de
economia de energia... No muito tempo atrs o domingo costumava ser um dia de
descanso, um dia de renovao espiritual, um dia para as famlias se reunirem, mas
ns mudamos o domingo de um dia de descanso para um dia de compras, para voar e
dirigir... podemos e devemos restaurar o domingo para ser um dia de Gaia, um dia
para a Terra.273
A engenharia social est preparando o mundo para aceitar uma soluo imposta.
Assim, em um contexto proftico em que os EUA, nao protestante, queira
influenciar o mundo a adotar uma Lei Dominical (smbolo do poder de Roma), o
argumento ambiental ter um poder decisivo:
E ento o grande enganador persuadir os homens de que os que servem a Deus
esto motivando esses males... Declarar-se- que os homens esto ofendendo a Deus
pela violao do descanso dominical; que este pecado acarretou calamidades que no
cessaro antes que a observncia do domingo seja estritamente imposta. 274
Satans d sua interpretao aos eventos, e as pessoas pensam, como ele quer que o
faam, que as calamidades que enchem a Terra constituem um resultado da
transgresso do domingo. Imaginando aplacar a ira de Deus, essas pessoas influentes
fazem leis impondo a observncia do domingo. 275
Quando isso ocorrer, a liberdade religiosa ser ento banida em favor do bem
comum, e a opresso e a perseguio da Idade Mdia sero ressuscitadas em favor
da paz e segurana. H dois exemplos histricos de perseguio religiosa por
questes ambientais. O primeiro est registrado na Bblia: Vendo-o, disse-lhe: s tu
o perturbador de Israel? [devido ao aquecimento global da poca] Respondeu Elias:
272
http://m.terra.com.br/noticia?n=241fae425caa75fdb03ccaf31b762c887d1aRCRD . Visitado em
23/Set/2015.
273
http://www.theguardian.com/environment/cif-green/2009/sep/17/low-carbon-sunday . Visitado
em 23/Set/2015.
274
275
131
Eu no tenho perturbado a Israel, mas tu [rei Acabe] e a casa de teu pai, porque
deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins. (1Rs 18:17 e 18).
O segundo exemplo ocorreu na poca em que Marco Aurlio era o imperador romano
(161-180 d.C.): Durante os primeiros anos do seu reinado, as invases, inundaes,
epidemias e outros desastres pareciam suceder uns aos outros sem trgua alguma.
Logo correu a voz de que tudo isto se devia aos cristos, que haviam atrado sobre o
imprio a ira dos deuses, e se desatou ento a perseguio. 276
Logo, esses precedentes histricos demonstram a real possibilidade de argumentos
semelhantes justificarem uma nova perseguio religiosa promovida pelo atual
ECOmenismo: A assero de que os juzos divinos caem sobre os homens por
motivo de violarem o repouso dominical, ser repetida. 277
Na verdade, o cenrio mundial est sendo preparado em todos seus detalhes para isso.
O filsofo finlands Pentti Linkola, por exemplo, tem proposto a diminuio da
populao mundial, entre outras coisas, como forma de salvar o planeta. Se
houvesse um boto que eu pudesse apertar, eu sacrificaria a mim mesmo sem hesitar
se isso significasse que milhes de pessoas morreriam. 278 Alm disso, o radicalismo
de Linkola tem sido aplicado especialmente na esfera ambiental: Uma minoria pode
nunca ter qualquer outro meio efetivo para influenciar o curso dos acontecimentos, a
no ser atravs do uso da violncia.279
Possivelmente inspirada nas ideias de Linkola, a ONG 10:10 (aquela que defendeu no
The Guardian o descanso dominical como soluo para o aquecimento global) fez
um vdeo promocional intitulado No Pressure como campanha para diminuir 10% do
CO2. Nele aparecem vrias situaes cotidianas onde as pessoas, desde crianas at
adultos, so orientadas por seus lderes sobre a campanha de diminuio de CO2.
Absurdo como possa parecer, todos aqueles que no aderem campanha so
eliminados com um simples aperto de boto.280 O que deve chamar mais a ateno de
qualquer um nesses casos a defesa dos dois temas pela mesma ONG: o descanso
dominical e a perseguio aos dissidentes. justamente o roteiro proftico revelado
para os dias finais desse mundo, exatamente antes da Volta de Cristo!
276
277
278
279
280
132
O mandarim chins uma lngua formada por ideogramas. O ideograma usado para a
palavra crise a juno de dois ideogramas que isolados possuem significados
diferentes: perigo e oportunidade. Ou seja, pela etimologia chinesa, toda crise
representa um perigo, mas tambm uma oportunidade. A crise final desse mundo
no ser diferente. Ser tambm uma grande oportunidade para cada pessoa
demonstrar sua f na infalvel promessa de Deus:
Porque voc guardou meu mandamento para perseverar, eu tambm te guardarei da
hora da provao que h de vir sobre o mundo todo, para testar os que habitam sobre
terra. (Ap 3:10 - NKJV).
Quem viver ver!
133
Mistrio Babilnia
Aps o dilvio, a rebelio contra Deus teve um novo comeo. O lder desse
movimento levou o povo a construir a famosa Torre de Babel:
Ninrode, neto de Co, um dos filhos de No, foi quem os levou a desprezar a Deus,
desta maneira. Ao mesmo tempo valente e corajoso, ele os persuadiu de que deviam
unicamente ao seu valor, e no a Deus, toda a sua boa fortuna. E como ele aspirava
ao governo e queria lev-los a escolh-lo para seu chefe e deixar a Deus, ofereceu-se
para proteg-los contra Ele (se Ele ameaasse a terra com outro dilvio), construindo
uma torre para esse fim, to alta que no somente as guas no poderiam chegar-lhe
ao cimo, mas que ainda ele vingaria a morte dos seus antepassados. O povo insensato
deixou-se dominar por essa estulta persuaso, de que lhe seria vergonhoso ceder a
Deus e comeou a trabalhar nessa obra, com ardor incrvel.281
Os moradores da plancie de Sinear no criam no concerto de Deus de que no mais
traria um dilvio sobre a Terra. Muitos deles negavam a existncia de Deus, e
atribuam o dilvio operao de causas naturais... Um objetivo que tinham na
ereo da torre era garantir sua segurana em caso de outro dilvio... E, como
pudessem subir regio das nuvens, esperavam certificar-se da causa do dilvio.
Todo o empreendimento destinava-se a exaltar ainda mais o orgulho dos que o
projetaram, e desviar de Deus a mente das futuras geraes e lev-las idolatria.282
Os homens de Babel tinham-se decidido a estabelecer um governo que fosse
independente de Deus. Alguns houve entre eles, entretanto, que temiam ao Senhor,
mas tinham sido enganados pelas pretenses dos mpios, e arrastados aos seus
desgnios. Por amor a estes fiis, o Senhor retardou os Seus juzos, e deu ao povo
tempo para revelar o seu verdadeiro carter.283
Como o objetivo final foi frustrado pela interveno divina - com a confuso das
lnguas - o alvo de um governo mundial e uma religio universal sem Deus foi adiado
por cerca de 4.000 anos.
Necessrio era agora desenvolver um sistema religioso onde o segredo fosse usado
como elemento protetor. As religies de mistrio foram, ento, a partir da Babilnia
se espalhando pelos povos da Terra. Nelas havia trs colunas principais: a tradio, a
iniciao, e o segredo. S os que fossem iniciados que se tornavam conhecedores
dos mistrios. E uma vez conhecedor, no podia transmitir os segredos a ningum
mais fora do crculo dos iniciados.
281
134
284
285
286
William b. Barker, Lares and Penates, p. 232, Citado por Roy A. Anderson,
Revelaes do Apocalipse, p. 34.
287
Ernest L. Martin, The Race Change in Ancient Italy.
http://www.giveshare.org/babylon/racechange.html . Visitado em 23/Set/2015.
135
do deus sol, e esta santa vocao contribui para elevar o jovem srio ao Imprio de
Roma.288
Desta forma, quando o Imperador Constantino oficializou o descanso dominical no
Imprio, tanto para cristos como para pagos, encontrou um campo frtil, pois a
prpria cristandade aceitou a mudana do sbado do stimo dia com facilidade sob o
pretexto de que Cristo havia ressuscitado no primeiro dia da semana. A verdade,
porm, que a crena da adorao do sol no domingo praticada pelas religies de
mistrio havia adentrado ao cristianismo, e assumido uma roupagem crist.
Assim tambm outras crenas das religies de mistrio acabaram sendo sincretizadas
com conceitos cristos, de forma que o catolicismo romano atual nada mais do que
o sincretismo do cristianismo com as religies de mistrio. Por isso, o apocalipse
apresenta a religio universal existente antes da volta de Cristo como uma mulher
(em profecia apocalptica, o smbolo mulher significa igreja) em cuja testa est a
inscrio: mistrio (Ap 17:3-5). Essa mulher est sentada numa besta (smbolo do
poder religioso de Roma), porque, na verdade, esse poder que sustentar a futura
igreja (religio) universal exatamente antes da Volta de Cristo.
verdade que a Reforma Protestante iniciou uma restaurao da verdade, mas seus
seguidores histricos ainda no terminaram de reparar as brechas (Is 58:12).
O fato de que aquele antigo objetivo dos construtores da Torre de Babel (um governo
mundial e uma igreja universal) se manteve vivo nas religies de mistrio, tendo
depois se infiltrado na Igreja Romana e tambm nas sociedades secretas e chegado
at nossos dias, pode ser evidenciado por alguns fatos da atualidade.
O Louise Weiss Building, prdio central do Parlamento Europeu, em Estrasburgo,
Frana, foi inaugurado em 14 de dezembro de 1999.289 Sua arquitetura faz aluso
justamente Torre de Babel.
288
289
136
290
137
138
139
Nas ltimas cinco dcadas o mundo tem presenciado a popularizao das principais
doutrinas das religies de mistrio para as massas em geral atravs da indstria do
entretenimento. Msicas, filmes, literatura e jogos eletrnicos tm sido os meios
usados para influenciar geraes que carecem de conhecimento bblico, e preparar o
mundo para o estabelecimento da Babilnia do apocalipse (um s governo mundial,
uma s religio de mistrio universal).
A influncia das religies de mistrio na literatura, por exemplo, pode ser confirmada
pelo sucesso de vendas de ttulos como O Segredo. Poucos questionaram seu
contedo, muito menos sua inspirao proveniente das religies de mistrio.
Ainda sobre o papel da indstria do entretenimento na preparao do mundo para o
surgimento da Babilnia do apocalipse, convm lembrar algo curioso sobre
os druidas, sacerdotes da religio de mistrio dos Celtas.
Os druidas no construam templos, pois criam que, para adorar os deuses da
natureza, o melhor a fazer era integrar-se a essa natureza. Na Glia, um local de culto
dos druidas recebia o nome de Nemeton (literalmente bosque sagrado). O prprio
termo druida est relacionado s rvores uma traduo aproximada dos
componentes originais da palavra aquele que tem a sabedoria do carvalho.291
A relao entre a indstria do entretenimento e o druidismo fica mais evidente ento,
quando se verifica a palavra Wood (em ingls): madeira ou pequena floresta (bosque).
Isso explica porque a indstria do cinema influenciada pelas religies de mistrio
adotou Hollywood como sede mundial:
Holy Wood significa bosque sagrado
Holly Wood (duplo L) significa bosque de azevinho - um tipo de
rvore da Europa.
Mesmo no segundo caso h uma relao clara com a religio de mistrios do
druidismo porque os druidas celtas dividiam o ano em treze perodos, e cada perodo
estava associado a uma rvore, a uma cor e a uma pedra preciosa. O azevinho era
uma destas treze rvores e correspondia ao perodo entre 8 de julho e 4 de agosto no
calendrio celta.
Atualmente, as religies de mistrio fazem questo de tornar pblico o deus que se
adora em Hollywood.292
291
http://www.claudiocrow.com.br/almacelta-busca-relacoes-druidismo&historia.htm . Visitado em
24/Set/2015.
292
https://www.youtube.com/watch?v=z4uZaQFcmkY . Visitado em 24/Set/2015.
140
E no sejais cmplices nas obras infrutferas das trevas; antes, porm, reprovai-as.
(Ef 5:11).
Dentro da astrologia praticada nas religies de mistrio, a adorao do sol (lcifer)
ocupa um lugar de destaque. Figuras e nmeros so usados para representar essa
adorao. Por exemplo, os egpcios associavam nmeros aos planetas. E o sol era
representado pelos nmeros 6, 36, 111 e 666.293 De acordo com fotografias tiradas em
1910 de um amuleto existente ento no Museu Britnico, pode-se ver um exemplo
dessa numerologia usada na adorao do sol:294
O diagrama de nmeros msticos presente nesse amuleto era usado por antigos
adoradores do sol.
293
141
Da mesma forma, a adorao do sol (lcifer) era representada tambm por figuras
dentro das religies de mistrio.
O ponto dentro de um crculo um dos sinais hierglifos do deus-sol R.296
295
142
Curioso que, visto de cima, a praa de So Pedro, no Vaticano, tem exatamente esse
formado, porque o obelisco ali existente (tambm usado na adorao ao sol) se parece
com um ponto.
297
143
Esse smbolo est presente em diversas igrejas catlicas ao redor do mundo, quer seja
na arquitetura, quer seja na decorao. o caso da Catedral Santa Genoveva,
Missouri - EUA.
144
145
Adorai aquele que fez o cu, a terra e o mar e as fontes das guas (Ap 14:7).
As palavras deste texto fazem aluso a um nico verso do AT: Porque, em seis dias,
fez o Senhor os cus e a terra, o mar e tudo o que neles h e, ao stimo dia,
descansou; por isso, o Senhor abenoou o dia de sbado e o santificou. (Ex 20:11).
Deus abenoou o stimo dia e no outro (Gn 2:3), e na teologia bblica, tudo que
Deus abenoa, fica abenoado pra sempre: S, pois, agora, servido de abenoar a
casa do teu servo... e, com a tua beno, ser, para sempre, bendita a casa do teu
servo. (2Sm 7:29; 1Cr 17:27). Por isso, o prprio Deus afirmou: Entre mim e os
filhos de Israel [o sbado] sinal para sempre; porque, em seis dias, fez o Senhor os
cus e a terra e, ao stimo dia, descansou. (Ex 31:17).
O grande teste para a humanidade ser este: adorar a Deus e guardar seus
mandamentos, inclusive o descanso no sbado do stimo dia, ou adorar a besta e sua
imagem e guardar o domingo em honra a Lcifer.
Cada pessoa ter que fazer sua escolha individual...
146
http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,venus-vai-passar-entre-a-terra-e-o-sol,882281 .
Visitado em 24/Set/2015.
147
vezes entre a Terra e o Sol, alinhamento este chamado de Conjuno Inferior. Porm,
nem toda Conjuno Inferior tambm um Trnsito de Vnus, porque h uma
diferena angular entre as rbitas da Terra e de Vnus. S quando o alinhamento SolVnus-Terra acontece no mesmo plano que recebe o nome de Trnsito de Vnus.
148
Alm dos dois eventos bom lembrar tambm que 2012 teve um significado
importante para os seguidores da religio de mistrio da Babilnia por causa dos 11
anos do 11/Set, evento usado como catalisador para o futuro estabelecimento da
Babilnia. Essa venerao dos ocultistas pelo nmero 11 tem uma explicao: Como
o nmero 10 representa Deus, ao venerar o nmero 11 os ocultistas
pretendem estar um passo alm de Deus (o mesmo pensamento de Lcifer - Is
14:13).
O nmero 10 representa a totalidade de Deus e pode ser observado na prpria
criao. Na matemtica a sequncia bsica dos nmeros vai do 1 ao 0
(1,2,3,4,5,6,7,8,9,0), sendo o primeiro o nmero 1 e o ltimo o 0. O primeiro e o
ltimo juntos formam o 10. Jesus fez aluso a esse conceito quando disse: Eu sou
o Alfa e o mega, o Princpio e o Fim, o Primeiro e o ltimo. (Ap 22:13). Da
mesma forma, e pela mesma razo, a Lei de Deus possui 10 mandamentos, nem mais,
nem menos, (a Lei uma transcrio do prprio carter de Deus!). Isso tambm
explica porque o dzimo (10%) no nos pertence, mas de Deus! E tambm porque
Deus criou o ser humano com 10 dedos nas mos e nos ps, imagem de Deus o
criou. (Gn 1:27).
H ainda outro nmero usado pelos ocultistas das religies de mistrio com o mesmo
sentido de estar alm de Deus o 101 (10 que representa Deus com o 1 a
mais).
Alm disso, outro cdigo numrico dentro das religies de mistrio o 911, que
possui o significado de negar a Deus (porque salta do 9 para o 11 excluindo o
10). Esse cdigo numrico acabou sendo escolhido nos EUA para chamadas
telefnicas de emergncia (polcia, bombeiro, ambulncia), e os iniciados das
religies de mistrios conseguem assim, manter no inconsciente coletivo o cdigo
149
Todos esses fatos demonstram por que 2012 teve tanta importncia para as religies
de mistrio. Porm, a teoria da profecia dos maias que marcava o fim do mundo para
dezembro de 2012 no conseguiu passar nem na prova documental. Uma equipe de
pesquisadores dos Estados Unidos anunciou [10 maio de 2012], a descoberta do
calendrio astronmico maia mais antigo documentado at o momento, que data do
sculo IX, pintado nas paredes de um habitculo encontrado na cidade de Xultn,
Guatemala... A descoberta... desmonta a teoria dos que preveem o fim do mundo em
150
303
151
Guerra Civil n 1.
152
305
306
153
154
Ibidem.
Para aprofundar o tema recomendo o texto de Nehemias Gueiros Jr., A maior Fraude da
Histria: a Verdade sobre os Bancos Centrais, http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/maiorfraude-da-hist%C3%B3ria-verdade-sobre-os-bancos-centrais-o-poder-dos-moneychangers-e-crise .
Visitado em 25/Set/2015. E tambm o vdeo-documentrio The Secret of Oz, legendado em
https://www.youtube.com/watch?v=VWJTGCw6JoY . Visitado em 25/Set/2015.
155
156
Assim como as rodas com aparncia to complicada estavam sob a guia da mo por
baixo das asas dos querubins [Ez 1:15-21], tambm o complicado jogo dos eventos
humanos est sob divino controle. Em meio a lutas e tumultos das naes, Aquele
que Se assenta sobre querubins ainda guia os negcios da Terra.314 EGW, Profetas e
Reis, p. 535, 536.
E a esperana tambm reside na certeza da promessa: Porque voc guardou meu
mandamento para perseverar, eu tambm o guardarei da hora da provao que vir
sobre o mundo todo, para testar aqueles que habitam sobre a terra. (Ap 3:10 - New
King James Version).
314
157
http://livre-pensamento.blogspot.com.br/2005/01/liberalismo-para-leigos-lio-2-tica.html .
Visitado em 05/Out/2015.
316
http://minutoprofetico.blogspot.com.br/2008/10/vises-de-mundo-parte-1.html . Visitado em
05/Out/2015.
317
158
este, porm, o propsito do Criador. Cristo afirmou que sempre teremos conosco os
pobres.318 (Dt 15:11; Mt 26:11).
Por outro lado, se o modelo social capitalista defende corretamente a vida, a liberdade
e a propriedade, percebe-se claramente tambm que, atualmente, ele possui
limitaes comprometedoras. Dentre elas, podemos mencionar:
* No h nenhum limite ao acmulo de posses ou riqueza e consequentemente de
poder por parte dos mais ambiciosos. O que de certa forma contraria o princpio
bblico: Tambm a terra no se vender em perpetuidade, porque a terra minha;
pois vs sois para mim estrangeiros e peregrinos. (Lv 25:23). A falta de limites
ganncia humana abre caminho a outros males como, por exemplo, corrupo.
* No h impedimento algum prtica da usura e opresso econmica: No
oprimais ao vosso prximo; cada um, porm, tema a seu Deus; porque eu sou o
Senhor vosso Deus. (Lv 25:17). Os juros excessivos cobrados por emprstimos
pelos bancos e agncias de crdito alimentam um sistema opressor, porque fazem dos
devedores verdadeiros escravos do sistema. O que toma emprestado servo do que
empresta. (Pv 22:7). Desnecessrio dizer que Deus abomina essa prtica: [Se]
emprestar com usura e receber juros, porventura viver? No viver. (Ez 18:13).
* O sistema financeiro mundial muitas vezes escraviza os devedores levando-os
falncia sem dar-lhes a oportunidade do perdo dessas dvidas. O ano da remisso ou
ano sabtico (cada 7 anos), e o ano do jubileu (cada 50 anos) eram oportunidades de
cancelamento de dvidas possibilitando o recomeo dos pobres devedores na
economia judaica (Lv 25).
Enfim, a ordem social hebraica defendia a vida, a propriedade e a liberdade com
responsabilidade. E embora admitisse determinadas desigualdades, nunca se chegava
a extremos porque havia limites ganncia de alguns. Por exemplo, as propriedades
compradas podiam ser usadas pelo comprador no mximo at o prximo ano jubileu
(cada 50 anos), quando ento deviam retornar para seus donos originais ou herdeiros,
garantindo certo equilbrio na economia para as geraes seguintes. E mesmo a
prtica da solidariedade possua um papel educativo, porque no abria mo da
responsabilidade daquele que era ajudado. Pela lei, os donos de terra ao realizarem
suas colheitas, no deveriam voltar para recolher aquilo que havia ficado para trs,
mas sim deixar para os marginalizados (rfos, vivas, pobres), os quais deviam por
si mesmos ir buscar o que foi deixado para trs nos campos. Portanto, enquanto os
homens no se voltarem para os princpios da Palavra de Deus jamais haver uma
ordem social digna ou justa.319
318
319
159
320
160
161
esperam pode variar Avatar , Maitria, Mestre Csmico, Anticristo, mas os esforos
empreendidos por esses agentes so idnticos:
Um poder de baixo est operando a fim de promover as ltimas grandes cenas do
drama: Satans vindo como Cristo e operando com todo o engano da injustia nos
que se ligam em sociedades secretas.322
Comum tambm a vrias dessas escolas de mistrio a descrio do momento exato
desta apario - eles afirmam que ser aps uma 3 Guerra Mundial!
Sua obra de engano [de Satans] e destruio atingir o auge no tempo de angstia
[...] Como ato culminante no grande drama do engano, o prprio Satans
personificar Cristo.323 A obra de engano do inimigo atingir o auge no tempo de
angstia. E o tempo de angstia conforme revelado em Daniel 12:1, ocorrer depois
dos ltimos versos de Daniel 11, os quais revelam justamente uma grande guerra no
Oriente Mdio e no norte da frica.
O mundo est agitado pelo esprito de guerra. A profecia do captulo onze de Daniel
atingiu quase o seu cumprimento completo. Logo se daro as cenas de perturbao
das quais falam as profecias.324
Porm, nada disso deve trazer medo aos cristos que confiam na Soberania de Deus:
O programa dos acontecimentos futuros est nas mos do Senhor. A Majestade do
Cu tem sob Sua direo o destino das naes e os negcios de Sua igreja.325
322
162
163
326
http://www.bitaites.org/ciencias/como-comecou-o-mito-dos-discos-voadores . Visitado em
24/Set/2015.
164
Ento, embora seja natural a ausncia de termos como UFO, OVNIS, extraterrestres e
afins no relato bblico, h textos que lanam luz sobre o tema em questo.
Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio
tambm Satans entre eles. Ento, perguntou o Senhor a Satans: Donde vens?
Satans respondeu ao Senhor e disse: De rodear a terra e passear por ela. (J 1:6 e
7). Pelo texto, Satans respondeu ter vindo da Terra, logo, essa reunio relatada no
ocorreu aqui, mas em outro lugar (provavelmente no cu). Ento, quem so os filhos
de Deus mencionados ali j que os seres humanos no tm como sair da Terra?
Outro texto do livro de J ajuda a ampliar o raciocnio: Onde estavas tu, quando Eu
lanava os fundamentos da terra? [... e] quando as estrelas da alva, juntas,
alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus? (J 38:4 e 7).
Tentando demonstrar que Sua infinita grandeza a razo de muitas vezes o ser
humano no compreender totalmente Seus propsitos, Deus pergunta a J onde ele
estava no momento da Criao. Ento so mencionados dois grupos: as estrelas da
alva e novamente os filhos de Deus. Quem so os filhos de Deus neste texto se
o ser humano ainda no havia sido criado e os anjos so chamados de estrelas da
alva? (estrela um smbolo para anjo: Ap 1:20).
H uma abertura nestes textos para concluir que os filhos de Deus, no sendo seres
humanos, nem anjos, podem ser outros seres criados por Deus que habitam planetas
distantes, o que seria compreensvel at pela lgica humana: se algum no
construiria um prdio de vinte andares, com dois apartamentos por andar para vender
ou alugar apenas um nico apartamento no dcimo andar deixando o restante vazio,
da mesma forma de se esperar que Deus no tenha criado o universo repleto de
planetas para colocar vida apenas na Terra.
Resta ento descobrir se os seres de outros planetas criados por Deus poderiam se
comunicar com a Terra ou mesmo visit-la. Se a resposta vier da Bblia a
Revelao de Deus ao homem, atravs da qual se pode compreender a realidade da
existncia, ento a resposta s pode ser no. A razo simples de compreender:
No h na Bblia nenhuma referncia de contatos entre seres de outros planetas com
seres humanos. Todos os contatos, registrados nas Escrituras, entre seres humanos e
seres sobrenaturais, aconteceram entre homens e anjos, pois eles so os nicos
espritos ministradores enviados por Deus para servir (Hb 1:13,14; Sl 34:7).
Mas ento como explicar as declaraes de pessoas que afirmam ter visto um OVNI?
Por exemplo, celebridades como o desenhista Maurcio de Souza, autor dos
personagens em quadrinhos Mnica e Cebolinha: Eu os vi [OVNI] em vrios
formatos, mas nunca iguais a um charuto, como dizem. No acredito em discos
165
voadores. Mas quem pode me explicar esses fenmenos? 327 Ou o relato do cantor
Fbio Jnior: Vi uma nave em cima do meu carro. Ela estava perto e me bateu um
medo. Comecei a buzinar e dar farol. Outra vez, em casa vendo TV, vi luzes pelo
vidro da porta e fui ver o que era. uma sensao incrvel! 328 Ou ainda o
apresentador de TV Amaury Jnior: Vejo OVNI a toda hora. algo absolutamente
comum e sei muito bem distingui-los de um balo, de um avio ou de um astro
celeste.329
Na verdade, levando em conta o grande conflito entre o bem e o mal, deve-se lembrar
que h outro grupo de seres sobrenaturais que tem acesso a Terra: E foi expulso o
grande drago, a antiga serpente, que se chama diabo e Satans, o sedutor de todo o
mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos. (Ap 12:9). Alm
disso, outro fato importante que os anjos do mal podem usar determinado disfarce
com propsito de enganar: E no de admirar, porque o prprio Satans se
transforma em anjo de luz. (2Co 11:14). Sendo assim, dentro do contexto do grande
conflito, a nica maneira de no ser enganado colocar a Palavra de Deus acima
mesmo de qualquer outra apario que a contradiga: Mas, ainda que ns ou um anjo
dos cus pregue um evangelho diferente daquele que pregamos a vocs, que seja
amaldioado. (Gl 1:8 NVI). Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os
adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, no consultar o povo ao seu Deus? A
favor dos vivos se consultaro os mortos? Lei e ao Testemunho! Se eles no
falarem desta maneira, jamais vero a alva. (Is 8:19 e 20).
Desconhecendo esses pressupostos espirituais, vrias personalidades ao redor do
mundo tm buscado dar mais visibilidade e credibilidade ao tema. o caso do
astrnomo Edgar Mitchell que em 1971 tornou-se o sexto homem a pisar na Lua.
Segundo ele, no estamos sozinhos Estamos sendo visitados Agora o tempo
para por de lado esta censura da verdade sobre a presena extraterrestre.330
Partilhando da mesma ideologia, cientistas do governo da Bulgria afirmaram:
Aliengenas do espao j esto entre ns na Terra, e acrescentaram j estar em
contato com vida extraterrestre. 331
327
http://www.washingtontimes.com/news/2009/apr/21/astronaut-says-were-not-alone/ . Visitado
em 24/Set/2015.
331
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/bulgaria/6650677/Aliens-already-exist-onearth-Bulgarian-scientists-claim.html . Visitado em 24/Set/2015.
166
332
Revista UFO, Edio Especial n 38, novembro de 2005, O Vaticano Admite seu
Interesse por nossos Visitantes Extraterrestres.
333
Ibidem.
334
Sexto Sentido, n 78, Contatos Medinicos com Extraterrestres.
335
167
dos irmos csmicos, das avanadas inteligncias csmicas que, so seres muito
semelhantes a ns, mas mais evoludos, como irmos mais velhos.337
Alm disso, pelo menos duas outras crenas do entrevistado chamam a ateno pelo
contraste com o ensino das Escrituras. Primeiro, a crena na reencarnao:
Reencarnamos, queiramos ou no, compreendamos ou no.338 A Bblia no
sustenta a doutrina da reencarnao, pelo contrrio, afirma claramente que as pessoas
devem morrer uma nica vez, e depois disso devero prestar contas a Deus pela sua
vida: E, assim como aos homens est ordenado morrerem uma s vez, vindo, depois
disto, o juzo. (Hb 9:27). Nem to pouco a Bblia apoia a imortalidade natural da
alma: Porque os vivos sabem que ho de morrer, mas os mortos no sabem coisa
nenhuma, nem tampouco tero eles recompensa, porque a sua memria jaz no
esquecimento.339 (Ec 9:5).
Em segundo lugar, a crena sobre Jesus explicitada durante a entrevista. Para ele,
Jesus foi apenas um Mestre, um Avatar, como tambm Buda, Zoroastro e Krishna,
entrando em choque, mais uma vez, com o ensinamento bblico que apresenta Jesus
como o Filho de Deus: Quem mentiroso, seno aquele que nega que Jesus o
Cristo? Este o anticristo, o que nega o Pai e o Filho. (1Jo 2:22).
Se os pressupostos da ufologia entram tanto em choque com a verdade bblica, qual
ser, ento, a real inteno para os ETs futuramente aparecerem na Terra? Que
benefcios obtero os humanos com a chegada desses seres? Uma pista para
responder esta pergunta pode ser encontrada ainda na entrevista mencionada.
Perguntado sobre o que vai acontecer com o mundo depois de passarmos a nos
relacionar constantemente com esses seres, Rogrio afirmou que o gnero humano
evoluir mais rpido, porque as geraes mais velhas, vinculadas aos
337
168
340
Ibidem.
Revista UFO, n 126, outubro de 2006, Eles esto Chegando.
342
Super Interessante, n 147, dezembro de 1999, A Hora do Encontro.
341
169
343
344
170
dos ETs, a estratgia usada por estes para ganhar a confiana daqueles curar
diversas pessoas portadoras de doenas humanamente incurveis. 345
impossvel assistir esse roteiro e no se lembrar da viso do apstolo e profeta
Joo: Ento, vi sair da boca do drago, da boca da besta, e da boca do falso profeta
trs espritos imundos, semelhantes a rs; porque eles so espritos de demnios,
operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajunt-los
para a peleja do grande dia do Deus Todo-Poderoso. (Ap 16:13 e 14). Apesar da
origem desses espritos, eles sero avalizados pelas principais autoridades religiosas:
o catolicismo (besta), o protestantismo apostatado (falso profeta), e o
espiritualismo/paganismo (drago).
O canadense Roger J. Morneau, desiludido pelas experincias da infncia e da 2
Guerra Mundial, envolveu-se durante dois anos com a adorao de demnios e a alta
cpula do satanismo. Porm, aps estudar a Bblia com um amigo e conhecer o poder
e a misericrdia de Deus, resolveu aceitar a Cristo e Seus ensinos, e tornou-se
membro da Igreja Adventista do 7 Dia. A partir de ento, desenvolveu um
abenoado ministrio de orao, e na dcada de 90, concedeu uma entrevista ao
ministrio de comunicao Hart Research Center. Nessa entrevista Morneau
relembra as palavras ditas dcadas atrs pelo sacerdote satanista: O grande plano do
mestre para colher as multides em sua causa pouco antes do encerramento do grande
conflito entre as foras do bem e do mal... espritos afirmaro serem habitantes de
planetas de galxias distantes que esto aqui para alertar os habitantes do planeta
Terra da iminente destruio do planeta a menos que alguma coisa muito sria seja
feita para evit-la.346
Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu at vs, cheio de grande clera, sabendo
que pouco tempo lhe resta. (Ap 12:12).
Por outro lado, o mesmo Deus Todo-Poderoso que revelou antecipadamente os
grandes acontecimentos do tempo do fim promete proteger Seus seguidores na
perseguio final: Nenhum mal te suceder, praga nenhuma chegar tua tenda.
Porque aos seus anjos dar ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os
seus caminhos. (Sl 91:10 e 11).
Ainda h tempo para buscar ao Senhor: Buscar-me-eis e me achareis, quando me
buscardes de todo o vosso corao. (Jr 29:13).
345
171
A Ira do Cordeiro
Na Palavra de Deus encontramos um tema que tem trazido desconforto e at confuso
para os cristos: a ira de Deus e Seus juzos. Como pode Deus ser amor e ainda assim
derramar Seus juzos sobre a humanidade? O profeta Joo viu em viso a reao
daqueles que no estaro preparados para a Volta de Cristo: E disseram aos montes
e aos rochedos: ca sobre ns e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono
e da ira do Cordeiro, porque chegou o Grande dia da ira deles; e quem que pode
suster-se?. (Ap 6:16 e 17). O mesmo Cordeiro sobre quem Joo Batista afirmou eis
o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29), determinou um dia de
acerto de contas com a humanidade pecadora, no qual derramar Sua ira sobre os
impenitentes. Esse dia chamado no apocalipse de O Dia da Ira do Cordeiro.
Como entender esse duplo comportamento de Cristo? Para esclarecer esse assunto to
importante preciso estud-lo num contexto mais amplo observando os dois lados de
uma mesma moeda: a misericrdia e a ira de Deus.
Em primeiro lugar, a teologia bblica demonstra que a misericrdia de Deus alcana
toda a humanidade: Benigno e misericordioso o Senhor, tardio em irar-se e de
grande clemncia. O Senhor bom para todos, e as suas misericrdias permeiam
todas as suas obras. (Sl 145:8 e 9). Ele no deseja a morte de ningum: To certo
como eu vivo, diz o Senhor Deus, no tenho prazer na morte do perverso, mas em
que o perverso se converta do seu caminho e viva. (Ez 33:11). Ele, porm, que
misericordioso, perdoa a iniquidade e no destri; antes, muitas vezes desvia a sua ira
e no d largas a toda a sua indignao. (Sl 78:38). As misericrdias do Senhor so
a causa de no sermos consumidos, porque as suas misericrdias no tm fim;
renovam-se a cada manh. Grande a tua fidelidade.(Lm 3:22 e 23).
Na verdade, a misericrdia de Deus infinitamente superior a sua ira: Porque no
passa de um momento a sua ira; o seu favor dura a vida inteira. (Sl 30:5). O Senhor
tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado. (Na 1:3).
Deus no tem prazer na Sua ira, pelo contrrio, a ira um ato estranho ao Seu carter:
Porque o Senhor se levantar, como no monte Perazim, e se irar, como no vale de
Gibeom, para realizar a sua obra, a sua obra estranha, e para executar o seu ato, o seu
ato inaudito. (Is 28:21). Sem dvida, a misericrdia divina to grande e importante
que na Bblia h um salmo inteiro exaltando tal verdade: Porque a misericrdia do
Senhor dura para sempre. (Sl 136).
Equivocadamente, muitos podem pensar que Deus o agente ativo de Sua prpria ira.
Porm, uma anlise mais profunda da Bblia nos levar a uma concluso diferente.
Seno vejamos: [Senhor] abandonar a Israel por causa dos pecados que Jeroboo
cometeu e pelos que fez Israel cometer. (1Rs 14:16). Nesse dia, a minha ira se
acender contra ele; desampar-lo-ei e dele esconderei o rosto, para que seja
devorado; e tantos males e angstias o alcanaro, que dir naquele dia: No nos
alcanaram estes males por no estar o nosso Deus no meio de ns?. (Dt 31:17).
172
A ira de Deus se manifesta por uma simples atitude dEle: retirar Seu favor e Sua
proteo do ser humano: No me escondas, Senhor, a tua face, no rejeites com ira o
teu servo; tu s o meu auxlio, no me recuses, nem me desampares, Deus da minha
salvao. (Sl 27:9). Assim sucedeu por causa da ira do Senhor contra Jerusalm e
contra Jud, a ponto de os rejeitar de sua presena. (Jr 52:3). De fato, como regra
geral, Deus no manda nenhum raio do cu para atingir o ser humano por mais
pecador que seja. H excees, claro, quando Deus Se torna o executor de Sua
prpria ira, como no caso do dilvio, ao da destruio de Sodoma e Gomorra.
No entanto, como regra geral, Deus no o agente ativo de Sua ira. E a Bblia revela
quem , nesses casos, o agente ativo da ira divina. A comparao de dois textos que
tratam da mesma histria esclarece o assunto: Tornou a ira do Senhor a acender-se
contra os israelitas, e ele incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, levanta o censo de
Israel e de Jud. (2Sm 24:1). Deus desejava que Davi confiasse em Sua promessa e
no na fora do exrcito de Israel (2Sm 7:9-11). No livro de Crnicas encontra-se o
relato paralelo: Ento, Satans se levantou contra Israel e incitou a Davi a levantar o
censo de Israel. (1Cr 21:1). Aparentemente, os dois textos dizem o contrrio.
Porm, fcil compreender que a linguagem bblica muitas vezes atribui a Deus algo
que Ele apenas permite. Logo, estudando esse texto dentro do tema maior da ira de
Deus, conclui-se que Satans o agente ativo da ira divina. Quando Deus abandona o
pecador em seus prprios erros e retira dele Sua proteo (o anjo da guarda, o
Esprito Santo), e quando esconde dele Seu rosto e Seu favor, o impenitente fica
merc das hostes do mal e dos inimigos do povo de Deus controlados por Satans.
Em ltima anlise, o diabo aproveita a oportunidade para enganar e destruir a
humanidade que rejeita a misericrdia de Deus.
No passado, em muitas ocasies Deus manifestou Sua ira, lanando Israel longe de
Sua presena, ainda que a misericrdia divina sempre ia muito alm do que poderia
se esperar: Porm o Senhor teve misericrdia de Israel, e se compadeceu dele, e se
tornou para ele, por amor da aliana com Abrao, Isaque e Jac; e no o quis destruir
e no o lanou ainda da sua presena. (2 Rs 13:23). Se dependesse somente de
Deus, nunca Ele trocaria a misericrdia por Sua ira para com o ser humano. Acontece
que a humanidade livre para escolher seu prprio caminho; e nessa liberdade acaba
escolhendo rejeitar a misericrdia e o favor divinos. exatamente quando o ser
humano persiste nessa rejeio que Deus derrama Sua ira: a boa mo do nosso Deus
sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas a sua fora e sua ira, contra
todos os que o abandonam. (Ed 8:22).
A manifestao da ira divina assume formas diferentes. Ou seja, o engano e a
destruio que Satans espalha pelo mundo quando Deus retira Sua proteo pode
ocorrer de vrias maneiras: O Senhor far ouvir a sua voz majestosa e far ver o
golpe do seu brao, que desce com indignao de ira, no meio de chamas
devoradoras, de chuvas torrenciais, de tempestades e de pedra de saraiva. (Is 30:30).
Em outras palavras, Satans tem poder sobre as foras da natureza para causar
173
incndios, enchentes, furaces, tempestades, secas etc. Ainda outro meio muito usado
como manifestao da ira divina a violncia e a guerra patrocinadas pelos inimigos
do povo de Deus: Ainda que o exrcito dos siros tenha vindo com poucos homens,
contudo, o Senhor lhes permitiu vencer um exrcito mui numeroso dos judeus,
porque estes deixaram o Senhor, Deus de seus pais. Assim, executaram os siros os
juzos de Deus contra Jos. (2Cr 24:24).
Portanto, os inimigos do povo de Deus tambm podem ser instrumentos de Sua ira:
Depois disto, diz o Senhor, entregarei Zedequias, rei e Jud, e seus servos, e o povo,
e quantos desta cidade restarem de pestilncia, da espada e da fome na mo de
Nabucodonosor, rei da Babilnia, na de seus inimigos e na dos que procuram tirarlhes a vida; feri-los- a fio de espada; no os poupar, no se compadecer, nem ter
misericrdia. (Jr 21:7).
Satans diz ser o dono deste mundo, e pretende ter como sditos todos os habitantes
da Terra. Pretende fundar aqui seu reino do mal para sempre. Cristo veio para quebrar
o pecado que acorrenta os homens ao diabo. Em outras palavras, vivemos no meio de
um conflito csmico, onde as foras do bem e do mal lutam para obter o controle da
mente humana. Deus usa como arma Sua infinita misericrdia para atrair o ser
humano. Quando este O rejeita permanentemente, Deus com dor no corao afasta-se
dele, e o deixa seguir seu prprio caminho. Jesus disse que s h dois caminhos nesta
vida e no existe um terceiro; o que implica em dizer que o homem que no est com
Deus automaticamente est a servio das foras do mal: Quem no por mim
contra mim; e quem comigo no ajunta espalha. (Mt 12:30).
174
extenso todas as demais manifestaes da ira divina: Trarei sobre Elo os quatro
ventos dos quatro ngulos do cu e os espalharei na direo de todos estes ventos...
Farei vir sobre os elamitas o mal, o brasume da minha ira, diz o Senhor; e enviarei
aps eles a espada at que venha a consumi-los. (Jr 49:36 e 37).
A manifestao final da ira de Deus ocorrer como cumprimento escatolgico de
Isaas 28:21: Porque o Senhor se levantar, como no monte Perazim, e se irar,
como no vale de Gibeo, para realizar a sua obra, a sua obra estranha, e para executar
o seu ato, o seu ato inaudito. A estranha obra de Deus, ou seja, a ira final atravs
das sete pragas do apocalipse ocorrer de maneira semelhante a outros dois eventos
mencionados: o monte Perazim (2Sm 5:20-25) e o vale de Gibeo (Js 10:9-11). Os
dois eventos possuem uma caracterstica em comum: h uma combinao de juzo
indireto (Deus no o agente ativo) com juzo direto (Deus o prprio agente ativo).
Como o texto de Isaas coloca os dois eventos como modelos das pragas finais,
conclui-se que as pragas descritas no apocalipse tambm ocorrero nesse formato:
juzo indireto seguido de um juzo direto.
Concluindo, o que chama a ateno em todo esse estudo perceber que Deus
infinitamente mais misericordioso do que a imaginao humana possa conceber. E o
ministrio do juzo divino s entra em ao depois que o ministrio da graa e
misericrdia tenha realizado tudo que estava ao seu alcance para conquistar o corao
dos habitantes desse mundo.
O mundo, em breve, ver o cumprimento proftico da Ira do Cordeiro. At l todos
continuaro tendo oportunidades para conhecer melhor a Deus e o Seu amor
demonstrado no plano da salvao para redimir o ser humano. O destino eterno de
cada um depender da resposta que der ao convite de misericrdia que Deus tem
oferecido.
Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graa a gua da vida. (Ap
22:17).