Resumo Capitulo 13 Vasconcellos

Inflao
Inflao definida como um aumento continuo e generalizado no ndice de preos.

As fontes de inflao costumam diferir em funo das condies de cada pas:
a) Tipo de Estrutura de Mercado (Oligopolista, concorrencial, etc.), que condiciona a
capacidade dos vrios setores de repassar aumentos de custos aos preos dos
produtos;
b) Grau de abertura da economia ao comrcio exterior: quanto mais aberta a economia
competio externa, maior a concorrncia e menores os preos dos produtos;
c) Estrutura das organizaes trabalhistas; quanto maior o poder de barganha dos
sindicatos, maior a capacidade de obter reajustes de salrios acima dos ndices de
produtividade e maior a presso sobre os preos.
As causas da Inflao
1- Inflao de Demanda
Refere-se ao excesso de demanda agregada em relao produo disponvel de
bens e servios. Para resolver essa inflao deve-se aumentar as cargas tributarias,
reduzir os gastos do governo, ter o controle do credito e elevar as taxas de juros.
2- Inflao de Custos
O nvel de demanda no munda, porm os custos de certos fatores aumentam,
fazendo com que o nvel de produo diminua, provocando falta de produto no
mercado e assim elevando seus valores.
As causas mais comuns dos aumentos de custo de produo so:
a) Aumentos do custo de matrias primas
b) Aumentos salariais acima da produtividade
c) Estrutura de Mercado
3- Inflao Inercial
Os aumentos de preos em uma inflao passada, so automaticamente repassados
para todos os demais preos da economia. Isso provocado, fundamentalmente,
pelos mecanismos de:
A) Indexao Formal: Salrios, aluguis, contratos financeiros
B) Indexao Informal: Preos em geral e impostos, preos e tarifas pblicas
4- Causas da Inflao pelos Corrente Estruturalista ou Cepalina
De acordo com a teoria deles a inflao ocorria por que questes estruturais, como
estrutura agraria, estrutura de oligoplica de mercado e estrutura de comercio
internacional. A oferta agrcola no responderia no conseguiria produzir o que
estaria sendo demandado, por ser dominados por latifndios que no se preocupam
com questes de produtividade.
As Distores Provocadas por altas taxas de Inflao
As inflaes, principalmente aquelas caracterizadas por elevadas taxas e particularmente

por taxas que oscilam, tem sua previsibilidade dificultada e isso promove distores na
estrutura produtiva. E estes so os efeitos provocados por esse fenmeno:
1- Efeito sobre a distribuio de renda
O poder aquisitivo diminui, pois, enquanto a inflao faz os produto terem seu valo
aumentado, os trabalhadores assalariados demoram a receber um reajustes salarial
de acordo com a taxa inflacionaria.
2- Efeito sobre o balano de pagamentos
Quando as taxas de inflao se elevam os produtos nacionais eleva seu valor sobre
o produto internacional, o que acaba gerando um estimulo de importao e um
desestimulo das exportaes.
3- Efeito sobre o mercado de capitais
Durante a inflao, o valor da moeda se deteriora rapidamente, e ocorre um
desestimulo nas aplicaes de recursos no mercado financeiro, especialmente as
aplicaes cuja remunerao seja definida ex ante, ou seja definido
antecipadamente no momento da aplicao. Ento no mercado financeiro durante
uma inflao ganha importncia, as aplicaes cuja remunerao seja definida ex
post, ou seja, no final do prazo de aplicao.
4- Efeito sobre as expectativas empresariais
Elevadas taxas de inflao tambm afetam a formao das expectativas sobre o
comportamento da economia no futuro. Ex: Um empresrio no investir no
crescimento de sua empresa enquanto houver a inflao.
5- Outros Efeitos
Quem tinja uma dvida liquida antes da inflao acaba ganhando com a inflao e o
credor acaba por perder pois recebera o valor dos emprstimos sem a taxa de
inflao. Apesar de algumas pessoas parecerem ganhar com a inflao, se
pensarmos em longo prazo esse ganho quase no aparece, a inflao como uma
bola de neve sai pegando tudo o que tem pela frente.
Inflao no Brasil
Praticamente todos estas fontes de inflao j ocorreram no Brasil. Em 1950 e inicio de
160 principal problema do Brasil era o dficit do tesouro, a populao tinha uma renda per
capita baixa, ento o governo optou pela emisso da moeda para que pudesse financiar o
inicio do desenvolvimento brasileiro. Porm a inflao no Brasil veio sempre coexistindo e
vrios planos e estratgias foram utilizadas para acabar com ela porem nenhuma se
mostrou totalmente eficaz.
Planos
-Plano Cruzado
-Plano Bresser
-Plano Vero
-Plano Collor
O Plano Real
Itamar Franco, reconheceu que os principais problemas da inflao brasileira estavam no
desiquilbrio do setor pblico e nos mecanismos de indexao, representou um avano em
relao aos planos anteriores em sua operacionalizao.
A primeira etapa do plano procurou equilibrar o oramento publico, de uma lado por meio do
Fundo Social de Emergncia que desvinculou as receitas federais das destinaes para
gastos especficos; por outro, pela criao da IPMF que incidia sobre as transaes
bancarias.
Numa segunda etapa, processou-se a quase desindexao da economia, pela mudana da
moeda.(Cruzeiro para Real)
Houve uma grande margem de sucesso sobre a inflao brasileira, ento aps a reforma, a
politicas anti-inflacionria concentrou-se nas chamadas ancoras monetria e cambial. A
ancora monetria consistiu no estabelecimento da taxa e juros e da taxa de compulsrio
sobre depsitos vista relativamente elevadas, para controlar a demanda agregada. A
ancora cambial consistiu na valorizao do real associado ao regime de cmbio fixo,
estabelecendo-se as chamadas bandas cambiais (fixando limites mximo e mnimo para a
variao de taxa de cambio.
O plano Real foi um sucesso porm tudo na economia tem um preo e em 1998 foi
necessrio que recorrssemos ao Fundo Monetrio Internacional e levando a um aumento
das taxas de juros internas. A polica de estabilizao foi aprimorada com a adoo do
cambio flutuante e do sistema de metas de inflao e houve um avano na politica fiscal.

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