Ética e Estatuto Da Magistratura
Ética e Estatuto Da Magistratura
Ética e Estatuto Da Magistratura
EVOLUO HISTRICA
H coincidncia entre a criao da formatao do Estado e da Magistratura.
O Estado assume funes e monopoliza a resoluo de conflitos. O
monoplio da jurisdio vai ser desenvolvido como dever estatal.
O Estado liberal procurava proteger a liberdade do individuo. Surgiram as
garantias individuais. Direito a liberdade, propriedade.
Isto marca a proteo dos direitos e garantias individuais. Prestaes
negativas
MODELO DE ESTADO LIBERAL
No demonstrou solues para a crise social de diversos pases, da originou
a 1 e a 2 guerra mundial. No trouxe a satisfao que se esperava
1948 DUDH reforo dos Direitos Humanos, sob a gide da Constituio
que adotou direitos de carter individual. (CF Weiner, Mxico no se pode
garantir direito de igualdade se for apenas forma, necessitando de aparato
econmico para que haja a igualdade substancial).
Os direitos sociais foram precipitados e houve irradiao desses direitos,
no garantindo os direitos individuais. As constituies passaram a inserir
direitos sociais. No bastava garantir igualdade formal, era preciso garantir
igualdade material.
O Estado do Bem Estar Social inicia com a Revoluo Industrial. O poder
judicirio no tem mais a atividade negativa de anular atos, verifica que no
conjunto dos direitos tem os sociais que so direitos a prestao do Estado.
Pode o Judicirio conceder direitos sociais? Conceder prestaes positivas?
a grande discusso de hoje.
Agora o judicirio chamado para cumprir prestaes positivas.
O Estado Social no s prestaes negativas, mas as positivas devem ser
cumpridas.
H dois perfis de Poder Judicirio a do Estado Liberal e a do Estado do
Bem-Estar Social.
- SISTEMAS DE ADMINISTRAO DA JUSTIA
A doutrina internacional trata muito dessa matria. A doutrina nacional
precria.
Existem duas esferas histricas:
a) sistema ingls que gerou o sistema americano. H o uso da common
Law. Se parte dos precedentes para resoluo dos casos posteriores e no
da lei. No sistema americano surgiu (1803 Suprema Corte Madison X
Marbury o judicirio teve que examinar a compatibilidade de lei federal
com a Constituio. Isto foi o incio do controle de constitucionalidade) a
verificao da constitucionalidade da lei federal.
b) sistema francs nasce com a Revoluo Francesa de 1789 O poder
judicirio que existia no tinha controle. Os juzes recebiam influencia
poltica nas suas decises. A funo jurisdicional naquela poca previa
retribuio econmica. Os juzes no raramente vendiam a sua delegao.
Arbitrariedade dos juzes, e a funo jurisdicional previa retribuio
econmica buscou-se a supresso dos amplssimos poderes dos
magistrados (1789). Os magistrados passaram a ser considerados apenas a
boca da lei. Eles eram subordinados ao Legislativo e ao Executivo. Juiz
- UNIDADE DA JURISDIO
O Poder Judicirio uno. Todos os rgos do Poder Judicirio tm o
mesmo poder.
O juiz absolutamente incompetente deve declinar a competncia. O
juiz substituto e o presidente do STF exercem o mesmo poder, s que em
esferas diferenciadas. Um no tem mais poder que o outro.
As regras de competncia so apenas regras de racionalizao da atividade
jurisdicional. Competncia a limitao da jurisdio.
H uma hiptese de relativizao da competncia absoluta. O juiz mesmo
verificando ser incompetente, mas vendo que a deciso urgente, deve
decidir para que no ponha em risco a utilidade da prestao jurisdicional.
S depois deve encaminhar ao juzo competente.
O poder judicirio hoje tem um novo perfil. Ele pode conceder prestaes
negativas e positivas. Ele determina a concesso de polticas pblicas. O
juiz hoje um guardio da Constituio e no s mero aplicador da lei.
compromisso dos magistrados a consecuo da democracia no Brasil.
Quando o judicirio atua na defesa dos direitos fundamentais ela aplica a
igualdade substancial.
- CODIGO DE TICA DA MAGISTRATURA NACIONAL
O magistrado precisa mais do que conhecimento tcnico. Ele precisa de
sentido tico.
O juiz agente poltico.
* TICA
tica no se confunde com a moral. A moral sistema normativo interno da
pessoa. Estabelece regras de conduta, segundo a sua anlise.
tica sistema filosfico que tenta extrair de forma geral as posies
morais de forma abstrata. Princpios de conduta universalmente aceitos.
conceito do campo da filosofia.
A tica tem sofrido algumas anlises conforme a sua evoluo histrica.
Scrates ser tico ser racional. Atravs da razo o homem estabelece a
virtude do seu comportamento (tica racionalista).
Plato evolui esse pensamento. Para atingir o comportamento ideal
preciso se despir de todo e qualquer interesse e desejo para tentar atingir
padro elevado de tica. preciso se despir da vivncia mundana.
Aristteles Foi considerado o sistematizador da filosofia. Para ele alcanar
a tica significa alcanar a virtude atravs da razo. Para saber se o
comportamento tico deve pegar os dois extremos e ficar no meio. A
prtica da tica a prtica da virtude do meio. A busca da virtude trar a
felicidade.
Na idade mdia houve um desligamento da razo. Para So Tomas de
Aquino e Santo Agostinho tica a ligao entre homem e Deus. Toda a
CAPTULO II
INDEPENDNCIA
Art. 4 Exige-se do magistrado que seja eticamente independente e que no interfira, de
qualquer modo, na atuao jurisdicional de outro colega, exceto em respeito s normas
legais.
Art. 5 Impe-se ao magistrado pautar-se no desempenho de suas atividades sem receber
indevidas influncias externas e estranhas justa convico que deve formar para a
soluo dos casos que lhe sejam submetidos.
Art. 6 dever do magistrado denunciar qualquer interferncia que vise a limitar sua
independncia.
Art. 7 A independncia judicial implica que ao magistrado vedado participar de atividade
poltico-partidria.
CAPTULO III
IMPARCIALIDADE
Art. 8 O magistrado imparcial aquele que busca nas provas a verdade dos fatos, com
objetividade e fundamento, mantendo ao longo de todo o processo uma distncia
equivalente das partes, e evita todo o tipo de comportamento que possa refletir favoritismo,
predisposio ou preconceito.
Art. 9 Ao magistrado, no desempenho de sua atividade, cumpre dispensar s partes
igualdade de tratamento, vedada qualquer espcie de injustificada discriminao.
Pargrafo nico. No se considera tratamento discriminatrio injustificado:
I - a audincia concedida a apenas uma das partes ou seu advogado, contanto que se
assegure igual direito parte contrria, caso seja solicitado;
II - o tratamento diferenciado resultante de lei.
CAPTULO IV
TRANSPARNCIA
Art. 10. A atuao do magistrado deve ser transparente, documentando-se seus atos,
sempre que possvel, mesmo quando no legalmente previsto, de modo a favorecer sua
publicidade, exceto nos casos de sigilo contemplado em lei.
Art. 11. O magistrado, obedecido o segredo de justia, tem o dever de informar ou mandar
informar aos interessados acerca dos processos sob sua responsabilidade, de forma til,
compreensvel e clara.
Art. 12. Cumpre ao magistrado, na sua relao com os meios de comunicao social,
comportar-se de forma prudente e eqitativa, e cuidar especialmente:
I - para que no sejam prejudicados direitos e interesses legtimos de partes e seus
procuradores;
II - de abster-se de emitir opinio sobre processo pendente de julgamento, seu ou de
outrem, ou juzo depreciativo sobre despachos, votos, sentenas ou acrdos, de rgos
judiciais, ressalvada a crtica nos autos, doutrinria ou no exerccio do magistrio.
Art. 13. O magistrado deve evitar comportamentos que impliquem a busca injustificada e
desmesurada por reconhecimento social, mormente a autopromoo em publicao de
qualquer natureza.
Art. 14. Cumpre ao magistrado ostentar conduta positiva e de colaborao para com os
rgos de controle e de aferio de seu desempenho profissional.
CAPTULO V
INTEGRIDADE PESSOAL E PROFISSIONAL
Art. 15. A integridade de conduta do magistrado fora do mbito estrito da atividade
jurisdicional contribui para uma fundada confiana dos cidados na judicatura.
Art. 16. O magistrado deve comportar-se na vida privada de modo a dignificar a funo,
cnscio de que o exerccio da atividade jurisdicional impe restries e exigncias
pessoais distintas das acometidas aos cidados em geral.
Art. 17. dever do magistrado recusar benefcios ou vantagens de ente pblico, de
empresa privada ou de pessoa fsica que possam comprometer sua independncia
funcional.
Art. 18. Ao magistrado vedado usar para fins privados, sem autorizao, os bens
pblicos ou os meios disponibilizados para o exerccio de suas funes.
Art. 19. Cumpre ao magistrado adotar as medidas necessrias para evitar que possa surgir
qualquer dvida razovel sobre a legitimidade de suas receitas e de sua situao
econmico-patrimonial.
CAPTULO VI
DILIGNCIA E DEDICAO
Art. 20. Cumpre ao magistrado velar para que os atos processuais se celebrem com a
mxima pontualidade e para que os processos a seu cargo sejam solucionados em um
prazo razovel, reprimindo toda e qualquer iniciativa dilatria ou atentatria boa-f
processual.
Art. 21. O magistrado no deve assumir encargos ou contrair obrigaes que perturbem ou
impeam o cumprimento apropriado de suas funes especficas, ressalvadas as
acumulaes permitidas constitucionalmente.
CAPTULO VII
CORTESIA
Art. 22. O magistrado tem o dever de cortesia para com os colegas, os membros do
Ministrio Pblico, os advogados, os servidores, as partes, as testemunhas e todos
quantos se relacionem com a administrao da Justia.
Pargrafo nico. Impe-se ao magistrado a utilizao de linguagem escorreita, polida,
respeitosa e compreensvel.
Art. 23. As atividades disciplinares de correio e de fiscalizao sero exercidas sem
infringncia ao devido respeito e considerao pelos correicionados.
CAPTULO VIII
PRUDNCIA
Art. 24. O magistrado prudente o que busca adotar comportamentos e decises que
sejam o resultado de juzo justificado racionalmente, aps haver meditado e valorado os
argumentos e contra-argumentos disponveis, luz do Direito aplicvel.
Art. 25. Especialmente ao proferir decises, incumbe ao magistrado atuar de forma
cautelosa, atento s conseqncias que pode provocar.
Art. 26. O magistrado deve manter atitude aberta e paciente para receber argumentos ou
crticas lanados de forma corts e respeitosa, podendo confirmar ou retificar posies
anteriormente assumidas nos processos em que atua.
CAPTULO IX
SIGILO PROFISSIONAL
Art. 27. O magistrado tem o dever de guardar absoluta reserva, na vida pblica e privada,
sobre dados ou fatos pessoais de que haja tomado conhecimento no exerccio de sua
atividade.
Art. 28. Aos juzes integrantes de rgos colegiados impe-se preservar o sigilo de votos
que ainda no hajam sido proferidos e daqueles de cujo teor tomem conhecimento,
eventualmente, antes do julgamento.
CAPTULO X
CONHECIMENTO E CAPACITAO
Art. 29. A exigncia de conhecimento e de capacitao permanente dos magistrados tem
como fundamento o direito dos jurisdicionados e da sociedade em geral obteno de um
servio de qualidade na administrao de Justia.
Art. 30. O magistrado bem formado o que conhece o Direito vigente e desenvolveu as
capacidades tcnicas e as atitudes ticas adequadas para aplic-lo corretamente.
Art. 31. A obrigao de formao contnua dos magistrados estende-se tanto s matrias
especificamente jurdicas quanto no que se refere aos conhecimentos e tcnicas que
possam favorecer o melhor cumprimento das funes judiciais.
Art. 32. O conhecimento e a capacitao dos magistrados adquirem uma intensidade
especial no que se relaciona com as matrias, as tcnicas e as atitudes que levem
mxima proteo dos direitos humanos e ao desenvolvimento dos valores constitucionais.
Art. 33. O magistrado deve facilitar e promover, na medida do possvel, a formao dos
outros membros do rgo judicial.
Art. 34. O magistrado deve manter uma atitude de colaborao ativa em todas as
atividades que conduzem formao judicial.
Art. 35. O magistrado deve esforar-se para contribuir com os seus conhecimentos tericos
e prticos ao melhor desenvolvimento do Direito e administrao da Justia.
Art. 36. dever do magistrado atuar no sentido de que a instituio de que faz parte
oferea os meios para que sua formao seja permanente.
CAPTULO XI
DIGNIDADE, HONRA E DECORO
Art. 37. Ao magistrado vedado procedimento incompatvel com a dignidade, a honra e o
decoro de suas funes.
Art. 38. O magistrado no deve exercer atividade empresarial, exceto na condio de
acionista ou cotista e desde que no exera o controle ou gerncia.
Art. 39. atentatrio dignidade do cargo qualquer ato ou comportamento do magistrado,
no exerccio profissional, que implique discriminao injusta ou arbitrria de qualquer
pessoa ou instituio.
CAPTULO XII
DISPOSIES FINAIS
Art. 40. Os preceitos do presente Cdigo complementam os deveres funcionais dos juzes
que emanam da Constituio Federal, do Estatuto da Magistratura e das demais
disposies legais.
Art. 41. Os Tribunais brasileiros, por ocasio da posse de todo Juiz, entregar-lhe-o um
exemplar do Cdigo de tica da Magistratura Nacional, para fiel observncia durante todo
o tempo de exerccio da judicatura.
Art. 42. Este Cdigo entra em vigor, em todo o territrio nacional, na data de sua
publicao, cabendo ao Conselho Nacional de Justia promover-lhe ampla divulgao.
NOTAS DA REDAO
Foi publicado no dia 18 ltimo o Cdigo de tica da Magistratura Nacional, aprovado por
unanimidade pelo Plenrio do Conselho Nacional de Justia (CNJ), no dia 26 de agosto do
corrente ano.
O projeto, que ficou trs anos em tramitao perante o CNJ se divide em 12 captulos, dos
quais possvel destacar 10 pontos principais, dentre os quais, a independncia funcional,
a capacitao continuada, a transparncia, a honra e o segredo profissional.
Note-se que, muito embora aprovado em 26 de agosto, o "Estatuto" somente entrou em
vigor com a sua publicao no Dirio de Justia, como bem determina o seu artigo 42, o
que somente aconteceu no dia18 ltimo.
O diploma nem bem entrou em vigor, e, j causa discusso. H quem defenda o
extrapolamento, pelo CNJ, de suas atribuies. Trata-se de opinio, por exemplo, da
Anamatra (Associao dos Magistrados do Trabalho), para quem a elaborao do diploma
dependia de edio de Lei Complementar, nos termos do artigo 61 da Constituio
Federal.
Em contrapartida, para os seus defensores o principal objetivo do "Estatuto" ratificar a
necessidade do valor "tica", no exerccio da magistratura. Nesse sentido, Joo Oreste
Dalazen, presidente da Comisso de Prerrogativas da Magistratura do CNJ afirmou que
"adoo de um Cdigo de tica judicial tem o propsito de servir de guia para melhorar o
servio pblico de administrao da Justia, ao erigir um conjunto de valores e princpios
pelos quais devam orientar-se os magistrados".
ESTATUTO DA MAGISTRATURA
A CF estabeleceu que o estatuto disciplinar o regime jurdico da
magistratura. O Estatuto tem que se adaptar CF e em especial ao art. 93
da CF. Hoje ele est definido na LOMAN.
Natureza jurdica ser elaborado e editado atravs de lei complementar de
iniciativa do STF. Nenhuma matria que verse sobre regime jurdico da
magistratura pode ser criada por outra lei que no a Lei Complementar.
Alguns estados criaram conselhos estaduais de justia (rgos externos de
fiscalizao do judicirio) essas leis foram consideradas inconstitucionais.
Qurum de aprovao maioria absoluta art. 69, CF
Amplitude do estatuto da magistratura? Desde da observncia do art. 93, CF
at o estabelecimento das atribuies do CNJ.
Situao atual Hoje h o projeto de LC 144. O STF e o CNJ esto
trabalhando para a aprovao do Estatuto da Magistratura. Enquanto ele
no aprovado se aplica a LOMAN, embora alguns artigos dessa lei no
tenham sido recepcionados pela CF/88.
REGIME JURDICO DA MAGISTRATURA
Garantias da Magistratura para a instituio.
* Institucionais previstas na lei necessrias a independncia do
poder judicirio como instituio.
a) que asseguram a autonomia orgnica-administrativa os
tribunais tem a prerrogativa constitucional de se autocomporem, de
estabelecerem regras de auto-organizao administrativa (pacto federativo)
autonomia dos Estados e dos rgos. (art. 96, CF)
b) que asseguram a autonomia financeira cada tribunal
elabora sua proposta oramentria, de acordo com a LDO. Basicamente
atravs de anlise das diretrizes oramentrias. Haver interferncia dos
demais poderes nas Diretrizes oramentrias. Quem faz a elaborao so os
do
Poder
Judicirio
se
faz
somente
pela
via
rgos:
* corregedorias um rgo do Poder Judicirio encarregado da
fiscalizao:
* da atividade jurisdicional (magistrados) Vai verificar se o
magistrado est atuando de acordo com os deveres estabelecidos no CPC,
CPP, Cdigo de tica, CF, LOMAN etc.
* dos auxiliares da justia A fiscalizao dos rgos auxiliares a nvel
federal (L. 8.112) e a nvel local (leis locais).
* dos agentes delegados L. 8.395/94 trata dos agentes delegados
(Lei dos Registradores e Notrios).
So os regimentos internos dos tribunais que estabelecem as funes das
corregedorias.
A corregedoria inicialmente faz fiscalizao dos atos administrativos atravs
das inspees e correies.
As inspees buscam verificar problemas pontuais. As correies ordinrias
so feitas com base em determinado ciclo. As correies extraordinrias
ocorrem quando situaes gerais exigem.
A correio geral a realizada em todas as serventias. Na correio parcial
apenas algumas varas sero verificadas.
Recomendao uma orientao para o servidor ou magistrado no sentido
de que realize o ato de determinada forma.
Se falta funcional for verificada cumpre ao corregedor verificar atravs de
procedimento disciplinar.
Quais os objetivos das disposies normativas da corregedoria? Objetivam
dispor sobre pontos que no foram disciplinados pela legislao federal,
embora permitods por esta.
Quantos corregedores pode ter um tribunal? Art. 103, 2, LOMAN. Poder
haver at 2 corregedores nos Estados com mais de 100 comarcas.
Qual a natureza jurdica do cargo de corregedor? O corregedor
considerado rgo de cpula do Tribunal. STF diz que so rgos de cpula
(rgo dirigente):
da imagem
do rgo