Exercícios - Sequências Textuais & Texto Argumentativo
Exercícios - Sequências Textuais & Texto Argumentativo
Exercícios - Sequências Textuais & Texto Argumentativo
01 (UFU 2014/2)
Um canguru cinzento surpreendeu os usurios e os seguranas do estacionamento
do aeroporto de Melbourne, na Austrlia. O animal, de 3 anos de idade, circulou
pelo local e escapou do cerco feito pelos guardas. Acabou sendo capturado depois
de receber sedativos do servio de proteo aos animais. Um dos responsveis pelo
resgate disse que as unhas do canguru estavam desgastadas de tanto que ele
saltou sobre o asfalto e que o animal provavelmente estava sentindo fortes dores.
Segundo a imprensa australiana, o animal vai ser mantido em cativeiro e observado
por um veterinrio, at ser devolvido natureza selvagem.
Disponvel em: <http://www.estadao.com.br>. Acesso: 10 fev. 2014. (fragmento)
02 (FAETEC/RJ 2010)
Os dicionrios de meu pai
Pouco antes de morrer, meu pai me chamou ao escritrio e me entregou um livro
de capa preta que eu nunca havia visto. Era o dicionrio analgico de Francisco
Ferreira dos Santos Azevedo. Ficava quase escondido, perto dos cinco grandes
volumes do dicionrio Caldas Aulete, entre outros livros de consulta que papai
mantinha ao alcance da mo numa estante giratria. Isso pode te servir, foi mais ou
menos o que ele ento me disse, no seu falar meio grunhido. Era como se ele,
cansado, me passasse um basto que de alguma forma eu deveria levar adiante. E
por um tempo aquele livro me ajudou no acabamento de romances e letras de
canes, sem falar das horas em que eu o folheava toa; o amor aos dicionrios,
para o srvio Milorad Pavic, autor de romances-enciclopdias, um trao infantil de
carter de um homem adulto.
Palavra puxa palavra, e escarafunchar o dicionrio analgico foi virando para mim
um passatempo. O resultado que o livro, herdado j em estado precrio, comeou
a se esfarelar nos meus dedos. Encostei-o na estante das relquias ao descobrir,
num sebo atrs da sala Ceclia Meireles, o mesmo dicionrio em encadernao de
percalina. Por dentro estava em boas condies, apesar de algumas manchas
amareladas, e de trazer na folha de rosto a palavra anau, escrita a caneta-tinteiro.
Com esse livro escrevi novas canes e romances, decifrei enigmas, fechei muitas
palavras cruzadas. E ao v-lo dar sinais de fadiga, sa de sebo em sebo pelo Rio de
Janeiro para me garantir um dicionrio analgico de reserva. Encontrei dois, mas
no me dei por satisfeito, fiquei viciado no negcio. Dei de vasculhar livrarias pas
afora, s em So Paulo adquiri meia dzia de exemplares, e ainda arrematei o
ltimo venda a Amazom.com antes que algum aventureiro o fizesse. Eu j
imaginava deter o monoplio (aambarcamento, exclusividade, hegemonia,
senhorio, imprio) de dicionrios analgicos da lngua portuguesa, no fosse pelo
senhor Joo Ubaldo Ribeiro, que ao que me consta tambm tem um qui
carcomido pelas traas (brocas, carunchos, gusanos, cupins, trmitas, cries,
lagartas-rosadas, gafanhotos, bichos-carpinteiros).
A horas mortas eu corria os olhos pela minha prateleira repleta de livros gmeos,
escolhia um a esmo e o abria a bel-prazer. Ento anotava num Moleskine as
palavras mais preciosas, a fim de esmerar o vocabulrio com que embasbacaria as
moas e esmagaria meus rivais.
Hoje sou surpreendido pelo anncio desta nova edio do dicionrio analgico de
Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Sinto como se invadissem minha
propriedade, revirassem meus bas, espalhassem ao vento meu tesouro. Trata-se
para mim de uma terrvel (funesta, nefasta, macabra, atroz, abominvel,
dilacerante, miseranda) notcia.
(Francisco Buarque de Hollanda, Revista Piau, junho de 2010)
03 (UECE 2010)
Olhar o vizinho o primeiro passo
No preciso ser filsofo na atualidade, para perceber que o bom e o bem no
prevalecem tanto quanto desejamos. Sob a gide de uma moral individualista, o
consumo e a concentrao de renda despontam como metas pessoais e fazem
muitos de ns nos esquecermos do outro, do irmo, do prximo. Passamos muito
tempo olhando para nossos prprios umbigos ou mergulhados em nossas crises
existenciais e no reparamos nos pedidos de ajuda de quem est ao nosso lado.
difcil tirar os culos escuros da indiferena e estender a mo, no para dar uma
esmola criana que faz malabarismo no sinal, para ganhar um trocado simptico,
mas para tentar mudar uma situao adversa, fazer a diferena. O que as pessoas
que ajudam outras nos mostram que basta querer, para mudar o mundo. No
preciso ser milionrio, para fazer uma doao. Se no h dinheiro, o trabalho
tambm bem-vindo. Doar um pouco de conhecimento ou expertise, para fazer o
bem a outros que no tm acesso a esses servios, mais que caridade: senso de
responsabilidade. Basta ter disposio e sentimento e fazer um trabalho de
formiguinha, pois, como diz o ditado, a unio que faz a fora! Graas a esses
filsofos da prtica, ainda podemos colocar f na humanidade. Eles nos mostram
que fazer o bem bom e seguem esse caminho por puro amor, vocao e
humanismo.
(Dirio do Nordeste. 28 abr. 2008)
Com relao ao gnero, o texto
A. uma dissertao
B. mistura descrio com narrao, com predomnio da descrio.
C. mistura descrio com narrao, com predomnio da narrao.
D. mistura descrio, narrao e dissertao, com predomnio da narrao e da
dissertao.
E. mistura descrio, narrao e dissertao, com predomnio da descrio e da
dissertao.
06 UFRJ
B.
C.
D.
E.
07
Leia o trecho abaixo:
A tica um exerccio dirio, precisa ser praticada no cotidiano. S assim ela
pode se afirmar em sua plenitude numa sociedade. Se uma pessoa no respeita o
prximo, no cumpre as leis da convivncia, no paga seus impostos ou no
obedece s leis de trnsito, ela no tica.
sabido que o tempo verbal empregado na construo de um texto atende
finalidade para a qual ele construdo. Assim, podemos afirmar que o presente do
indicativo, no trecho acima, foi utilizado porque
A.
B.
C.
D.
E.
No fragmento, o verbo avisa, presente no trecho Trocar o dia pela noite faz mal
sade, avisa um time de pesquisadores do Centro Mdico da Universidade do Texas,
em Dallas, confere a esse enunciado um tom de
A) conselho.
B) advertncia.
C) esclarecimento
D) proibio.
02-(UFU - 2014/2)
03-(UFU - 2013/2)
Considere a dedicatria feita aos leitores, pela revista (que se refere a si mesma
como CP):
Este texto dedicado queles que, mesmo na adversidade,
promovem a aprendizagem. queles que veem a realidade de
cada um e, ainda assim, assumem a responsabilidade como um
ato de amor e esperana num amanh melhor. (CP)
Essa dedicatria uma estratgia argumentativa da qual a revista se vale para
levar os leitores-professores a
A) aceitarem as adversidades de sua profisso.
B) aderirem ao ponto de vista da autora do texto.
C) dedicarem sua vida ao bem dos alunos.
D) compartilharem suas experincias de docncia.
04 (UFU - 2013/2) [ D ]
C) exemplificao.
D) contraposio.