Ferramentas Da Qualidade
Ferramentas Da Qualidade
Ferramentas Da Qualidade
Um diagrama de fluxo de trabalho uma figura que representa os movimentos das pes
soas, materiais,
documentos ou informaes em um processo. criado rastreando-se esses movimentos em u
ma planta, ou
algum "mapa" semelhante, da rea de trabalho. A utilidade desses desenhos que eles
ilustram a
ineficincia de um sistema em um quadro claro. Os pontos em que o trabalho pode se
r simplificado saltaro
aos olhos. A ilustrao a seguir, por exemplo, mostra como o pessoal em uma fbrica co
nseguiu redesenhar
a rea de trabalho para minimizar os movimentos.
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Por exemplo, os operrios de uma fbrica podem traar linhas no piso para mostrar como
se movimentam
pelo local durante um dia normal de trabalho; analogamente, os digitadores podem
fazer marcas nas cpias
dos formulrios que usam para ver se as informaes esto ordenadas em uma seqncia lgica;
funcionrios do faturamento podem acompanhar o fluxo das faturas pelo departamento
. Em cada caso, o
interesse consiste em saber se h movimentos excessivos ou desnecessrios. Se houver
, faa as pessoas
envolvidas pensarem sobre como seria um layout ideal, e em seguida verifique se
a rea de trabalho ou os
formulrios podem ser reorganizados para eliminar o problema.
3 - MAPAS DE DISTRIBUIO
Um mapa de distribuio combina duas idias: o que acontece em um processo ou projeto
(as tarefas
executadas) e quem responsvel por cada etapa. Esses mapas mostram as principais e
tapas de um
processo, exatamente como no nvel mais alto de um fluxograma (de cima para baixo)
, juntamente com a
indicao de que pessoa ou grupo o centro de atividade para aquela etapa. Esses mapa
s so teis para
que equipes de projeto e equipes gerenciais mantenham-se a par do que cada pesso
a ou grupo deve fazer,
onde as pessoas envolvidas se enquadram na seqncia e como se relacionaro com os out
ros
participantes nessa etapa.
Como fazer um mapa de distribuio?
Para construir um mapa de distribuio, liste as principais etapas de um projeto ou
processo, verticalmente
indivduos ou grupos
no alto, e trace
em uma pgina. Liste cada um dos participantes
linhas para criar
colunas sob cada cabealho. Em seguida, anote a ao mais importante de cada etapa na
coluna
apropriada, indicando que pessoa ou grupo responsvel por essa etapa. Voc pode incl
usive usar
smbolos diferentes para indicar diferentes tipos de papis a cada etapa (como, por
exemplo, "principal
responsvel" ou "conselheiro"). Se voc usar smbolos diferentes, qualquer pessoa cons
egue ler o mapa
para descobrir como o processo opera a cada etapa, que pessoas esto envolvidas e
que tipo de
responsabilidade cada um tem.
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Exemplo de mapa de distribuio
Etapa Shreck Ana Joo Pedro
Planejar o
relatrio
Organizar o
relatrio
Escrever o
relatrio
Processar o
relatrio
4 GRFICOS DE PARETO
O Grfico de Pareto foi criado pelo economista italiano Vilfredo Pareto, que reali
zou estudos e desenvolveu
modelos matemticos para descrever a distribuio desigual das riquezas (distribuio da r
enda per capita).
Atravs de grficos, mostrou que a maior renda estava concentrada nas mos de uma mino
ria da
populao. Ele chegou concluso de que 20% da populao ficavam com 80% da arrecadao, enq
to
para os outros 80% da populao restavam apenas 20%. Essa assertiva ficou conhecida
como Princpio de
Pareto.
Os princpios de Pareto foram aplicados no Controle da Qualidade por Juran, que co
meou a observar que
os defeitos nos produtos apresentavam freqncias desiguais de ocorrncia. Hoje, o grfi
co e os conceitos
de Pareto so elementos indispensveis no campo da Gesto da Qualidade, priorizando aes,
utilizado na
identificao, anlise e resoluo de problemas vitais, minimizando custos operacionais e
evitando
fracassos.
Hoje em dia observamos que as bases do Princpio de Pareto se aplicam as vrias reas
do conhecimento.
Essa ferramenta utilizada para priorizao por objetividade (dados reais) ou para se
escolher um ponto de
partida para soluo de um problema, podendo funcionar em diversas situaes:
? Diviso de problemas grandes em um grande nmero de problemas menores e que so mais
fceis de
resolver;
? Identificao do problema de maior importncia ou gravidade; e.
? Identificao de principais causas geradoras de um determinado efeito.
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RESPONSABILIDADE DE CADA UM
O diagrama de Pareto est fundamentado na estratificao. Estratificar dividir um prob
lema em "estratos"
(camadas) de problemas/causas de origens diferentes. A estratificao uma "anlise de
processo", pois
um mtodo para ir busca da origem do problema. O grfico de Pareto mostra:
? A freqncia de ocorrncia dos diversos problemas (itens);
? A parcela de responsabilidade de cada problema em relao ao todo;
? O problema (item) pelo qual se devem iniciar as melhorias.
O grfico de Pareto uma srie de barras cujas alturas refletem a freqncia ou impacto d
os problemas. As
barras so dispostas em ordem decrescente de altura, da esquerda para a direita. I
sto significa que as
categorias representadas pelas barras mais altas esquerda so relativamente mais i
mportantes que as da
direita.
O nome do grfico deriva do Princpio de Pareto ("80% das dificuldades vm de 20% dos
problemas").
Embora as porcentagens nunca sejam exatas, as equipes geralmente descobrem que a
maior parte das
dificuldades vem de apenas alguns problemas.
Trata-se de um grfico muito convincente, que permite uma rpida interpretao das infor
maes
poderamos gerar uma lista de subcategorias, fazendo perguntas do tipo: Qual dos p
rincipais equipamentos
pode ser a fonte dos problemas? Que problemas tm esse equipamento que possam ser
a causa do
problema que vemos? Perguntas anlogas podem ser feitas para as outras categorias.
Como estas perguntas levam a discusses detalhadas sobre o funcionamento de um pro
cesso, os
diagramas de causa e efeito so muito eficazes depois que o processo foi descrito
e o problema bem
definido.
Nesse ponto, os membros da equipe tero uma boa idia sobre que fatores devem ser in
cludos no
diagrama. Ao criar um diagrama de causa e efeito, importante que haja discusso co
m pessoas no
pertencentes equipe, que estejam familiarizados com os vrios aspectos do processo
. Desse modo haver
menor probabilidade de que sua equipe deixe escapar fatores importantes.
? Na indstria, as principais causas primrias dos problemas esto so de ordem: materia
l, mtodos,
mquinas, mo de obra, meio ambiente (mercado) e medidas (polticas). Assim, este diag
rama ficou
conhecido como 6M. Atualmente, foram includos a mensagem e o money . Assim, Diagrama
dos
8M.
? Nos servios, as causas tidas como primrias contidas nos diagramas de causa e efe
ito so em
geral: equipamentos, polticas (medidas) , procedimentos e pessoal.
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Algumas regras bsicas:
Nem sempre fcil identificar as causas de um problema de qualidade. Mas lembre-se
de que os problemas
aparecem em razo da variao nos processos. Procure responder a questo porque o process
o variou? ,
pois ao identificar as causas da variao, voc estar mais prximo da soluo do problema. D
qualquer
modo, tome os seguintes cuidados:
? Defina o problema que voc pretende investigar com preciso, isto , evite termos e
idias muito
genricas. Use o vocabulrio simples e direto;
? Identifique as causas do problema sob investigao atravs de brainstorming ou tcnica
dos
porqus. Convide as pessoas que participam ou detm conhecimento do processo analisa
do.
? Resuma as sugestes em poucas palavras;
? Concentre-se nas causas passveis de serem analisadas e sanadas. Afinal, se as c
ausas do problema
no podem ser removidas, o diagrama causa e efeito ser simples exerccio intelectual,
sem
qualquer aplicao prtica.
? Elabore o diagrama com base na opinio de vrias pessoas envolvidas em tal process
o;
? O efeito deve ser nico. Se, por exemplo, o efeito for anormalidade no produto e
se nessa
anormalidade identifica-se tipo de defeitos e problemas nas dimenses, recomenda-s
e elaborar
separadamente os diagramas: um para tipo de defeito, outro para problemas de dim
enses;
? Esclarea que se o efeito esperado destina-se busca de causas ou se trata de est
udo das
contramedidas;
azer melhorias
mudando fundamentalmente algum aspecto de processo (materiais, procedimentos, eq
uipamentos,
treinamentos, etc.).
7- FOLHA DE VERIFICAO
A necessidade de coletar dados aparece desde os primeiros estgios da implementao do
Controle
Estatstico do Processo (CEP), criado por Walter Shewart em 1920. Os propsitos dest
a coleta so os
seguintes:
Inspecionar: para aceitar ou rejeitar um produto;
Monitorar: para acompanhar o desempenho de um processo;
Controlar: para diminuir as perdas.
A Folha de verificao uma ferramenta da qualidade utilizada para facilitar e organi
zar o processo de
coleta e registro de dados, de forma a contribuir para otimizar a posterior anlis
e dos dados obtidos.
Portanto, os principais objetivos da construo de uma folha de verificao so facilitar
a coleta de dados e
organizar os dados durante a coleta, eliminando a necessidade de rearranjo manua
l posterior.
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Os grficos de controle so usados para monitorar um processo para ver se ele est sob
controle
estatstico. Os limites inferior e superior indicam a variao tpica do processo.
Qualquer que seja o propsito da coleta de dados essencial que a forma de registro
seja planejada.
Somente assim, o uso dos dados se torna fcil e imediato. Para registrar dados usa
-se uma ferramenta
denominada de Folha de Verificao.
A Folha de Verificao uma planilha para o registro de dados. O uso de uma folha de
verificao torna a
coleta de dados rpida e automtica.
Toda Folha de Verificao deve ter espao onde registrar o local e a data da coleta de
dados, alm dos
nomes dos responsveis pelo trabalho e pela verificao. O layout da Folha de Verificao
depende do uso
que se far dela.
Construo
? Estabelecer qual evento est sendo estudado;
? Definir sobre o perodo durante o qual os dados sero coletados;
? Construir um formulrio claro e de fcil manuseio certificando-se que todas as col
unas esto claramente
tituladas e que h espao suficiente para registro dos dados; e
? Coletar dados consistentes e honestamente.
Utilizao
O tipo de folha a ser utilizado depende do objetivo da coleta de dados. Normalme
nte a folha de verificao
construda aps a definio das categorias para a estratificao dos dados. A seguir so ap
entados
alguns tipos de layout em funo dos objetivos que se deseja verificar.
a) Para levantar a proporo de itens no-conformes
Imagine que, em determinada fase de um processo de produo cada item inspecionado s
eja classificado
em "conforme" ou "no-conforme". A folha de verificao dever conter ento, espao para se
anotar o
nmero (n) de itens inspecionados, nmero (d) de itens inspecionados no-conformes e a
proporo (p)
itens no-conformes.
b) Para inspecionar atributos
A folha de verificao extremamente til para registrar dados que indicam problemas de
qualidade
(defeitos, reclamaes e necessidades de reparos) e problemas de segurana (acidentes
de trabalho,
quebra de equipamentos,etc.)
A elaborao da folha de verificao varivel de acordo com o produto inspecionado, a part
ir das dados
que se deseja obter. O ideal que seja elaborada com a participao dos principais en
volvidos,
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normalmente, os inspetores de qualidade, uma vez que so estes, os que lidam diret
amente com a tarefa.
A seguir, exemplo de um formulrio de verificao.
Tipo de Pea (produto): Operao (processo):
Operador: Mquina:
Data: Seo:
Tamanho do Lote: Observaes:
NUMERO DA AMOSTRA: Contagem dos Atributos
1 2 3 4 5 6 7 8 TOTAL
Salincia x x x x x 5
Aspereza x x 2
Risco x x x 3
Mancha x x 2
Cor x x x 3
c) Para estudar a distribuio de uma varivel
Para se estudar a distribuio da dimenso de uma pea, voc pode medir as peas e depois ma
rcar com
um risco na dimenso mais prxima, previamente tabelada. Veja o exemplo da tabela ap
resentada a seguir.
O inspetor de qualidade faz a medio do dimetro de uma pea e marca o v/alor correspon
dente na
planilha.
Pea [produto] Operao (processo)
Operador: Maquina: Data: Seo:
Dimenso
[milmetros]
Contagem
1 2 3 4 5 6 7
Total
menos de 10,050
10,050
10,055
10,060
10,065
10,065 ou mais
d) Para estabelecer a localizao de defeitos no produto final.
Os produtos podem apresentar defeitos externos como manchas e riscos. Fica mais
fcil detectar a causa
destes defeitos quando se conhece o local em que eles ocorrem com maior freqncia.
Para fazer a
inspeo, nesses casos, usam-se folhas de verificao que tm um croqui do produto. O insp
etor apenas
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marca no croqui, o tipo de defeito no local em que ocorre, usando um cdigo estabe
lecido. Como exemplo,
imagine uma geladeira, dividida em partes, como na figura a seguir.
e) Para levantar causas de defeitos
Os defeitos podem ser explicados pelos desajustes das mquinas produtivas, pelo de
sgaste das ferramentas
de trabalho, pela mudana ou no obedincia do mtodo de trabalho, pela inexperincia do o
perador, pelo
dia da semana, pelo horrio da produo, pela matria-prima, pela refeio servida no refeit
io, etc.
Para levantarmos as causas dos defeitos, preciso primeiro organizar uma lista co
m as causas provveis e
depois escrever estas causas na folha de verificao. A tabela da abaixo mostra se o
defeito ocorreu e foi
dependente da mquina, do operador e do dia da semana em que o item foi produzido.
Ento se os dados
mostrarem que certos defeitos ocorrem mais em determinado dia da semana, provvel
que seja
encontrada uma explicao para a ocorrncia desse tipo de defeito. Basta que seja apur
ado o que acontece
freqentemente nesse dia, e o que no acontece nos demais.
Em resumo, o objetivo da folha de verificao organizar, simplificar e otimizar a fo
rma de registro das
informaes obtidas por um procedimento de coleta de dados. Deve-se destacar tambm qu
e, algum outro
tipo de folha de verificao no citado aqui, pode ser encontrado nas empresas, como p
or exemplo, o
check list.
8 MATRIZ DE PLANEJAMENTO (5W 2H)
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A tcnica do 5W2H uma ferramenta simples, porm poderosa para auxiliar a anlise e o c
onhecimento
sobre determinado processo, problema ou a ao a ser implantada. medida que os proce
ssos se tornam
complexos e menos definidos, fica difcil identificar sua funo a ser satisfeita, bem
como os problemas, as
oportunidades que surgem e as causas que do origem aos efeitos identificados.
A tcnica de diagnstico do problema enfrenta essa situao, determinando a abrangncia do
problema e o
escopo de idias a serem consideradas, objetivando descobrir as causas/solues provvei
s. Consiste em
equacionar o problema, descrevendo-o como o problema sentido naquele momento par
ticular: como afeia
o processo, as pessoas que situao desagradvel o problema causa. A tcnica consiste em
realizar sempre,
7 perguntas sobre o objeto de estudo:
O que? (What) O que / qual o problema?
Quem? (Who) quem est envolvido?
Quando? (When) Quando (desde quando, em que situao) ocorre?
Onde? (Where) Onde ele ocorre?
Por qu? (Why) Porque este problema?
Como? (How) Como o problema surgiu?
Quanto? (How much) Quanto (em que medida, grau, forma) ocorre?
No 5W2H aplicado no planejamento da soluo de problemas a seqncia de perguntas :
? Qual a ao a ser desenvolvida?
? Como vai ser implementada a ao? (etapas com sua descrio)
? Quem ser o responsvel pela sua implantao?
? Quanto? (recursos a serem utilizados)
? Onde a soluo ser implantada? (abrangncia)
? Por que foi definida esta soluo (justificativa)
? Quando ser feita? (cronograma de atividades)
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