Manual Tecnico Drenagem
Manual Tecnico Drenagem
Manual Tecnico Drenagem
e Esgoto Sanitrio
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Autores: Alrio Brasil Gimenez, Antonio Domingues Figueiredo, Cludio Oliveira Silva, Francisco Van
Langendonck, Jos Roberto Hortncio Romero, Marcos Augusto Jabr, Milton Tomoyuki Tsutiya, Mounir Khalil El
Debs, Pedro Jorge Chama Neto, Regina Bannoki.
FICHA CATALOGRFICA
Manual Tcnico de Drenagem e Esgoto Sanitrio / Alrio Brasil Gimenez, Antonio Domingues
Figueiredo, Cludio Oliveira Silva, Francisco Van Langendonck, Jos Roberto Hortncio Romero, Marcos
Augusto Jabr, Milton Tomoyuki Tsutiya, Mounir Khalil El Debs, Pedro Jorge Chama Neto, Regina Bannoki.
Edio 01 - 332 pgs.: il.; fots.; grafs.; tabs.
Ribeiro Preto - So Paulo
Editora: Associao Brasileira dos Produtores de Tubos de Concreto - ABTC
Ano da publicao: 2008
ISBN 978-85-61442-00-2
Inclui Bibliografia
1. Histrico e Principais Aplicaes. 2. Sistemas de Drenagem. 3. Sistemas de Esgotamento
Sanitrio. 4. Projeto Estrutural 5. Materiais para Concreto 6. Produo de Tubos. 7. Especificao e
Controle de Qualidade. 8. Processos de Produo, Problemas e Dificuldades Encontradas na Fabricao
de Tubos e Aduelas de Concreto. 9. Execuo de Obras. 10. Jacking Pipe. 11. Drenagem em Rodovias
no Pavimentadas.
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OBJETIVO
O principal objetivo do saneamento a sade. Sem coleta e tratamento de esgoto no h
sade, no se preserva o meio ambiente, no h desenvolvimento, no se constri um Pas justo.
Hoje, apenas 48% da populao brasileira tm acesso coleta de esgoto. Para um Pas que pretende
ser uma potncia econmica esse nmero inaceitvel, principalmente, porque quem tem mais
sofrido com essa situao so nossas crianas. O governo, a iniciativa privada e a sociedade tm
nas mos a possibilidade de mudar esse cenrio, trabalhando juntos.
O Instituto Trata Brasil entende que somente com o engajamento e a soma de esforos ser
possvel vencer o desafio de levar a coleta e o tratamento de esgoto para 100% dos lares brasileiros.
A criao de infra-estrutura bsica atrai novos negcios e por conseqncia gera mais empregos e
renda, especialmente para a populao mais carente.
A iniciativa da ABTC com a publicao deste manual, certamente, fortalece nossa crena de
que a ampliao do conhecimento tcnico dos profissionais do setor, a conformidade e a qualidade
dos produtos so fundamentais para qualificar a aplicao dos recursos financeiros em
saneamento bsico.
Raul Pinho
Diretor-Executivo do Instituto Trata Brasil
www.tratabrasil.org.br
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Objetivo
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INTRODUO
A ABTC Associao Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Concreto continua, com a
publicao deste manual, lutando para atingir a meta estratgica de ampliar o conhecimento tcnico
de seus associados e a qualidade dos produtos por eles desenvolvidos. Essa Associao, criada
em 2001 durante a realizao de um congresso internacional sobre tubos de concreto para sistemas
de drenagem, realizado no Rio de Janeiro, continua atuando no sentido de motivar e organizar um
segmento que se encontrava disperso, sem objetivos definidos e sem iniciativas que propiciassem
seu desenvolvimento, absolutamente fundamental num momento onde a discusso do Saneamento
Bsico pauta de todos os projetos, investimentos e atitudes governamentais e polticas.
Nascida da associao inicial de dez empresas com o apoio da ABCP Associao Brasileira
de Cimento Portland, passou a enfrentar o grande desafio de reunir as empresas envolvidas direta e
indiretamente no setor de sistemas de drenagem e saneamento para discusso de temas relevantes
e inerentes deste o processo produtivo at o atendimento adequado da demanda.
Conseguiu desde sua fundao realizar inmeras atividades como a criao de estatuto
interno de funcionamento que, com objetividade, organizao e credibilidade, possibilita a realizao
de inmeras aes com regularidade e suporte jurdico. Dessa forma, tem aumentado ano a ano o
nmero de empresas interessadas e associadas.
Desenvolvendo um grande trabalho de divulgao de suas aes, tornou-se reconhecida em
todo o pas, notadamente junto s empresas fornecedoras de equipamentos e matrias-primas, s
empresas projetistas e aos consumidores, dos setores pblico e privado.
Em sua busca constante pelo desenvolvimento do mercado de forma sustentvel, tem
conseguido o aprimoramento dos produtos com qualidade, contribuindo com o desenvolvimento de
novas pesquisas e mtodos de produo inovadores, e neste sentido, ao longo destes anos de
trabalho, foram criadas vrias ferramentas e desenvolvidas inmeras aes, entre elas a participao
ativa junto ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas, nas seguintes aes:
- Reviso de todas as Normas sobre tubos de concreto e elaborao de um nico texto, que
reuniu as 14 Normas existentes sobre o assunto, a ABNT NBR 8890 / 2003;
- Criao da ABNT NBR 15396 / 2006 Aduelas (galerias celulares) de concreto armado prfabricadas Requisitos e mtodos de ensaios;
- Reviso da ABNT NBR 8890 / 2003, melhorando e incrementando os requisitos mnimos e
mtodos de ensaios, introduzindo os Tubos de Concreto reforados com fibra de ao, at ento
novidade para o mercado de tubos no Brasil;
- Criao da ABNT NBR 15319 / 2007 Tubos de Concreto, de seo circular, para cravao
Requisitos e mtodos de ensaio.
- Criao da ABNT NBR 15645 / 2008 - Execuo de obras de esgoto sanitrio e drenagem
de guas pluviais utilizando-se tubos e aduelas de concreto;
- Criao da ABNT NBR 16085 / 2012 - Poos de visita e poos de inspeo para sistemas
enterrados - Requisitos e mtodos de ensaio;
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Introduo
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Dessa maneira, o livro Manual Tcnico de Drenagem e Esgoto Sanitrio, mais uma ao
que deve inicialmente suprir a carncia e as deficincias de informaes tcnicas sobre um assunto
de tanta relevncia e deve tornar-se um centro de referncia e informao.
Fruto de cuidadoso trabalho de pesquisa essa publicao pioneira aborda questes relevantes
e fundamentais para o entendimento do assunto e, para isso convidou profissionais especialistas
que desenvolvem cada tema a ser abordado, abrangendo todos os assuntos de interesse do setor.
Nesse sentido, o presente Manual procura oferecer o mximo de informao tcnica e a
aplicao prtica dessas informaes depender exclusivamente de cada leitor.
Desde j ficam os nossos agradecimentos a todos aqueles que contriburam para a realizao
deste trabalho, com ateno especial aos nossos Associados, Patrocinadores e Autores.
DIRETORIA DE 2008.
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AUTORES
Alrio Brasil Gimenez
Engenheiro Civil pelo Instituto de Ensino de Engenharia Paulista (1984). Diretor da Empresa Fermix
Indstria e Comrcio Ltda.
Antonio Domingues Figueiredo
Engenheiro Civil formado em 1987, possui mestrado (1992) e doutorado (1997) em Engenharia Civil
pela Universidade de So Paulo. Professor da rea de materiais de construo civil da Escola
Politcnica da Universidade de So Paulo desde 1989.
Cludio Oliveira Silva
Engenheiro Civil pela Universidade de Guarulhos (1993). Mestre em Engenharia Civil pela Escola
Politcnica da Universidade de So Paulo - USP (2003), Engenheiro da Associao Brasileira de
Cimento Portland.
Francisco Van Langendonck
Consultor Tcnico, especializao em aplicao de equipamentos para pr-fabricados de concreto,
Alemanha, Itlia, Espanha e outros (1974 2007), formado pela Universidade Mackenzie (1976).
Jos Roberto Hortncio Romero
Engenheiro Civil pelo Instituto Politcnico de Ribeiro Preto (1978). Especializao em Saneamento
Bsico pelo Instituto Politcnico de Ribeiro Preto (1983). Especializao em Pavimentao Asfltica
pela Escola Politcnica da Universidade de So Paulo (1983). Diretor por 18 anos do Grupo Leo
Engenharia. Diretor da Empresa Engmed - Engenharia Consultiva.
Marcos Augusto Jabr
Engenheiro Civil pela Escola Engenharia Kennedy (1978). Especialista em Engenharia Rodoviria
pela PUC-MG. Gerente da Diviso de Estudos Hidrolgicos e Projeto de Drenagem/Diretoria de
Projetos do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais - DER/MG. Consultor
e Especialista Independente em Hidrologia e Drenagem Urbana e de Rodovias.
Milton Tomoyuki Tsutiya
Engenheiro Civil pela Escola Politcnica da USP (1975). Mestre em Engenharia pela Escola Politcnica
da USP (1984). Doutor em Engenharia pela Escola Politcnica da USP (1990). Professor do
Departamento de Engenharia Hidrulica e Sanitria da Escola Politcnica da USP.
Mounir Khalil El Debs
Engenheiro Civil pela Escola de Engenharia de So Carlos da Universidade de So Paulo - EESC/
USP (1972). Mestre em Engenharia de Estruturas (1976) e Doutor em Engenharia rea de Estruturas
(1984) pela Escola de Engenharia de So Carlos da Universidade de So Paulo. Livre-docente (1991)
e Professor Titular (2006 at o presente) junto ao Departamento de Engenharia de Estruturas da
Escola de Engenharia de So Carlos.
Pedro Jorge Chama Neto
Engenheiro Civil pela Escola de Engenharia Civil de Araraquara (1980). Mestre em Engenharia
Civil pela Escola Politcnica da Universidade de So Paulo - USP (2002). Engenheiro da
Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So Paulo - SABESP e Professor da
Universidade Paulista UNIP.
Regina Bannoki
Engenheira Civil pela Universidade de Engenharia So Paulo (1985). Engenheira Civil e Gerente
Nacional de Desenvolvimento e Mercado pela empresa Chryso LTDA.
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Autores
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ASSOCIADOS FABRICANTES
BAHIA
IBPC Pr-moldados de Concreto Ltda.
Rua Jos Roberto Ottoni, n1080, Valria
CEP 41301-325 - Salvador - BA
Fone: (71) 3291-1125
E-mail: ibpc@ibpc.com.br
Site: www.ibpc.com.br
Incomprel Indstria de Concreto Pr-Moldado Ltda.
Rod. BR 116, Km 07, Trecho Feira - Serrinha, Caixa Postal 93
CEP 44001-970 - Feira de Santana - BA
Fone: 0800-0751621
E-mail: comercial@incomprel.com.br
Site: www.incomprel.com.br
DISTRITO FEDERAL
GW Construes e Incorporaes Ltda.
Setor Industrial I, Quadra 21 Lote 65/80
CEP 71265-210 - Ceilndia - Braslia
Fone: (61) 3375-8657
E-mail: tecpavdf@gmail.com
Site: www.gwengenharia.com.br
Tubomix Pr-Moldados Ltda-EPP.
Rod. DF 205 Km 3,5 - Fazenda Queima Lenol - Sobradinho
CEP 73070-043 - Sobradinho - DF
Fone: (61) 3363-6043
E-mail: vendas@tubomix.com.br
Site: www.tubomix.com.br
MARANHO
So Luis Premoldados de Concreto Ltda.
Rod. BR 135, Km 08, Gleba Ribeira - Maracan
CEP 65099-110 - So Luis - MA
Fone: (98) 3241-0960 / (98) 3241-0984
E-mail: saoluis.premoldados@gmail.com / engenharia.saoluis@gmail.com
MATO GROSSO
Concretec Concreto, Pr-moldados, Engenharia e Construes Ltda.
Av. Renato Vetorasso s/n, Quadra 04, Lote 20
Parque Industrial Fabricio Vetorasso Mendes - Rondonpolis - MT
Fone: (66) 9981-6500
E-mail: rodrigo@concretec.eng.br
Site: www.concretec.eng.br
Dinmica Construes, Incorporaes e Comrcio Ltda
Av. Perimetral Rogrio Silva, 44 - Centro
CEP 78580-000 - Alta Floresta - MT
Fone: (66) 3521-5666
E-mail: dinamicaindustria@hotmail.com
Site: www.dinamicaindustria.com.br
J. Marques Indstria de Artefatos de Cimento Ltda
Rod. Palmiro Paes de Barros, 1051
CEP 78090-700 - N.S Aparecida - Cuiab - MT
Fone: (65) 3661-1006
E-mail: constubos@constubos.com.br
Site: www.constubos.com.br
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ASSOCIADOS FABRICANTES
MATO GROSSO DO SUL
LAJ Artefatos de Cimento Lucas LTDA
Av. Cnsul Assaf Trade n 6977, Nova Lima
CEP: 79017-135 Campo Grande - MS
Telefone: (67) 3358-2200
E-mail: lajlucas@lajlucas.com.br
Site: www.lajlucas.com.br
MINAS GERAIS
Artec Artefatos de Cimento Ltda.
Rua Doutor Jos Perminio da Silva, 200 - Cinco
CEP 32341-590 - Contagem - MG
Fone: (31) 3352-2030
E-mail: artectubos@terra.com.br
Site: www.artectubos.com.br
Artecon - Artefatos e Construes Ltda - EPP.
Av. Rebeca, 655, Jardim Cana
CEP 37890-000 - Muzambinho - MG
Fone: (35) 3571-1096
E-mail: artecon@milbr.net
Site: www.artefatoseconstrucoes.com.br
Crabi Ind. e Com. de Pr-Moldados e Mat. Const. Ltda.
Eli Mendes: Rodovia BR 491, 570 - MG - CEP: 37110-000 - Fone: (35) 3264-1613
Varginha: Av. do Contorno 4240-B - Vila Muradi - MG - CEP: 37062-760
Fone: (35) 3212-3751
E-mail: cesar@crabi.com.br
Site: www.crabi.com.br
Pdua Comrcio e Indstria Ltda.
Avenida pio Cardoso, 200, Cinco
CEP 32371-615 - Contagem - MG
Fone: (31) 3391-1662
E-mail: padua@padua.ind.br
Site: www.padua.ind.br
PARAN
Concrepar - Marco Tubos
Rod. BR 227, km 108 s/n, Timbotuva
CEP 83608-000 - Campo Largo - PR
Fone: (41) 3555-1626
E-mail: vendas@concrepar.com.br
Site: www.concrepar.com.br
Inpreart Ind. de Pre-Moldados e Artefatos de Concreto Ltda.
Rua Abel Scussiato, 2995 - Atuba
CEP 83408-280 - Colombo - PR
Fone: (41) 3675-7007
E-mail: inpreart@inpreart.com.br
Site: www.inpreart.com.br
Tecnotubos Tecnologia em Tubos de Concreto Ltda.
Estrada para Balsa Nova, N1500 - Campo do Meio
CEP 83604-140 - Campo Largo - PR
Fone: (41) 3399-4141
E-mail: tecnotubosltda@uol.com.br
Site: www.tecnotubos.com.br
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ASSOCIADOS FABRICANTES
RIO GRANDE DO SUL
Bento Concretos Ltda
Rua Francisco Ferrari, 800, Barraco
CEP: 95.700-000 - Bento Gonalves - RS
Fone: (54) 2105-3750
E-mail: comercial@bentoconcretos.com.br
Site: www.bentoconcretos.com.br
Concretos do Sul Tubos e Pr-Moldados Ltda.
Estr. Municipal Julio de Castilhos, 5700 - B/ Arroio da Manteiga
CEP 93140-600 - So Leopoldo - RS
Fone: (51) 3568-0947
E-mail: vendas@concretosdosul.com.br
Site: www.concretosdosul.com.br
Construsinos Ind. e Com. de Artefatos de Cimento Ltda.
Construsinos Ind. e Com. de Artefatos de Cimento Ltda.
Av. Parobe, 3355, Scharlau
CEP 93140-000 - So Leopoldo - RS - Fone: (51) 3588-5674
E-mail: construsinos@construsinos.com.br
Site: www.construsinos.com.br
D'Agostini Indstria de Concreto Ltda.
Estrada Martins Flix Berta, 3098, Mrio Quintana
CEP 91270-650 - Porto Alegre - RS
Fone: (51) 3382-1400
E-mail: dagostini@dagostini.ind.br
Site: www.dagostini.ind.br
Indstria Florense de Artefatos de Cimento Ltda.
Rua Frades Capuchinhos, 1009, Colina das Flores
CEP 95270-000 - Flores da Cunha - RS
Fone: (54) 3292-1330
E-mail: florense@concretosflorense.com.br
Site: www.concretosflorense.com.br
Tecmold Indstria e Comrcio Ltda
Rua Nissin Castiel, 385, Distrito Industrial de Gravata
CEP: 94045-420 - Gravata - RS
Fone: (51) 3432-5000
E-mail: povoas@tecmold.com.br
Site: www.tecmold.com.br
RIO DE JANEIRO
Artelagos Artefatos de Concreto Ltda.
Rod. RJ 124, Km 34,5, Cermica
CEP 28970-000 - Araruama - RJ
Fone: (22) 2664-2019
E-mail: comercial@artelagos.com.br
Artsul - Ind. e Com. de Pr-Moldados Cruzeiro do Sul Ltda.
Rod. Presidente Dutra, 24000, Austin
CEP 26084-000 - Nova Iguau - RJ
Fone: (21) 2667-2337
E-mail: contato@grupoartsul.com.br
Site: www.grupoartsul.com.br
Engemolde Engenharia, Indstria e Comrcio Ltda.
Rod. Amaral Peixoto (RJ 106) - Km 20
CEP: 24931-000 - Maric - RJ
Fone: (21) 2636-9052
E-mail: vendas@engemolde.com.br
Site: www.engemolde.com.br
Multibloco Ind. e Com. de Artefatos de Concreto Ltda
Rod. Pres. Dutra, km 197, Rua C, N 270 - Bairro Distrito Industrial
CEP: 26360-100 - Queimados - RJ
Fone: (21) 2663-1510
E-mail: vendas@multibloco.com.br
Site: www.multibloco.com.br
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ASSOCIADOS FABRICANTES
SO PAULO
Aca Indstria, Comrcio e Construo Ltda.
Rodovia Presidente Dutra, Km 194,5
Caixa Postal 01
CEP 07400-970 - Aruj - SP
Fone: (11) 4654-1188
E-mail: acatubos@acatubos.com.br
Site: www.acatubos.com.br
Blocasa Pr Moldados de Concreto Ltda.
Rua Jos Ribeiro de Campos, 145 - Vila Nova Tatu
CEP 18178-335 - Tatu - SP
Fone: (15) 3251-3279
E-mail: contato@blocasapre.com.br
Site: www.blocasapre.com.br
Construtora Estrutural Ltda.
Chcara Lory, n s/n
CEP 13820-000 - Jaguarina - SP
Fone: (19) 3867-2828
E-mail: tubos@grupoestrutural.com.br
Site: www.grupoestrutural.com.br
Copel Engenharia, Indstria e Comrcio Ltda.
Rodovia Marechal Rondon, Km 534,5
CEP 16025-440 - Araatuba - SP
Fone: (18) 3636-7200
E-mail: vendas@tuboscopel.com.br
Site: www.tuboscopel.com.br
Engetubo - Olivial Indstria e Comrcio Ltda.
Av. Luiz Carlos Tunes, 4715, Distrito Industrial IV
CEP 13607-470 - Araras - SP
Fone: (19) 3551-4200
E-mail: engetubo@engetubo.com.br
Site: www.engetubo.com.br
Fermix Indstria e Comrcio Ltda.
Rua Manoel Fernandes Garrote, 1035 - Jardim Novo Portugal
CEP 07160-520 - Guarulhos - SP
Fone: (11) 2469-1666
E-mail: fermix@fermixtubos.com.br
Site: www.fermixtubos.com.br
Fortmix Comrcio de Concreto Ltda.
Via de Acesso Pedro Lopes Torres, S-1300, Caixa Postal 133
CEP 17280-000 - Pederneiras - SP
Fone: (14) 3283-3311
E-mail: fortmix@fortmix.com
Site: www.fortmix.com
Guarani Material para Construo Ltda.
Rua Catarina Maria de Jesus, 815, Bonsucesso
CEP 07175-500 - Guarulhos - SP
Fone: (11) 2436-1341
E-mail: guaranitubos@guaranitubos.com.br
Site: www.guaranitubos.com.br
Inova Concreto Indstria e Comrcio de Artefatos de Cimento Ltda.
Rua Dois, n320 - Parque industrial
CEP 11940-000 - Jacupiranga - SP
Fone: (13) 3864-2032 / 3864-2004
E-mail: inova@inovaconcreto.com.br
Site: www.inovaconcreto.com.br
IPT - Indstria de Postes Teixeira Ltda.
Avenida Antonio Donato Sanfelice, 520 - Jardim Industrial
CEP 15105-000 - Potirendaba - SP
Fone: (17) 3827-9100
E-mail: ipt@iptteixeira.com.br
Site: www.iptteixeira.com.br
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ASSOCIADOS FABRICANTES
SO PAULO
MERIB Tubos de Concreto
Rodovia Comandante Joo Ribeiro de Barros, Km 442 + 700 mts
CEP 17519-780 - Marlia - SP
Fone: (14) 3451-4545
E-mail: contato@meribatubos.com.br
Site: www.meribatubos.com.br
Noromix Concreto Ltda
Rod. Pericles Belini, s/n - Km 121,7 - SP-461
CEP: 15507-000 - Votuporanga - SP
Telefone: (17) 3726-7500
E-mail: noromix@demop.com.br
Site: www.noromix.com.br
RIBPAV Engenharia de Pavimentao S.A
Rodovia SP/255, Km 04, Caixa Postal 386
CEP 14001-970 - Ribeiro Preto - SP
Fone: (16) 3434-5615
E-mail: vendas@ribpav.com.br
Site: www.ribpav.com.br
Sanen Saneamento e Engenharia S.A
Rua Caraguatatuba, 4120 - Jardim Salgado Filho
CEP 14078-030 - Ribeiro Preto - SP
Fone: (16) 2101-5705
E-mail: sanencomercial@leaoengenharia.com
Site: www.sanen.com.br
Tecnopref Indstria Ltda.
Estrada das Trs Cruzes, 99
CEP: 02285-000 - So Paulo - SP
Fone: (11) 2455-1533
E-mail: tecnopref.vendas@terra.com.br
Site: www.tubosmidea.com.br
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ASSOCIADOS COLABORADORES
Associao Brasileira de Cimento Portland
Av. Torres de Oliveira, 76, Jaguar - CEP 05347-902 - So Paulo - SP
Fone: (11) 3760-5300 / 3670-5376
Email: dcc@abcp.org.br
Site: www.abcp.org.br
ArcelorMittal Brasil S/A
Alameda Santos, 700, 13 andar - Cerqueira Csar - CEP 01418-100 - So Paulo - SP
Fone: (11) 3638-6591
Email: arcelormittalnet@arcelormittal.com.br
Site: www.arcelormittal.com.br
CSM Mquinas e Equipamentos para Construo Ltda.
Rua Erich Froehner, 3055 Schroeder I
CEP: 89275-000 - Schroeder - SC
Fone: (47) 3372-7600
Site: www.csm.ind.br
FCI - Fbrica de Concreto Internacional
R. Mourato Coelho, 1046 - Pinheiros - CEP: 05417-002 - So Paulo - SP
Fone: + 55 (11) 3034-5521
latinamerica@cpi-worldwide.com - Email: vendas@revistafci.com.br
Site: www.revistafci.com.br e www.cpi-worldwide.com
HawkeyePedershaab
506 S. Wapello Street, Mediapolis, Iowa - USA - CEP: 52637
Phone: +1 319 394 3197 - Fax: +1 319 394 3977
Email: djhaar@hawkeye-pipe.com - Site: www.hawkeye-pipe.com
Representante Comercial no Brasil: (19) 3936-9060
Kinsel Advogados Associados
Av. Caapava, 527 - Petrpolis - CEP:90460-130 - Porto Alegre - RS
Fone: (51) 3059-0138
Email: fabio@kinsel.com.br
Site: www.kinsel.com.br
Menegotti Mquinas e Equipamentos Ltda
Rua Erwino Menegotti, 345, gua Verde - CEP: 89254-000 - Jaragu do Sul - SC
Fone: (47) 2107-2100
Email: menegotti@menegottiequipamentos.com.br
Site: www.menegottiequipamentos.com.br
Prisma - Solues Construtivas com Pr-Fabricados de Concreto
Fone: (11) 3337-5633
Email: prisma@revistaprisma.com.br
Site: www.revistaprisma.com.br
TGM Mquinas e Equipamentos Ltda
Rua Progresso, 221 - Distrito Industrial - CEP: 89278-000 - Corup- SC
Fone: (47) 3375-2177
Email: tgm@tgm.ind.br
Site: www.tgm.ind.br
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Captulo 1 - HISTRICO E PRINCIPAIS APLICAES
1.1 INTRODUO ................................................................................................................................. 29
1.2 SISTEMAS DE DRENAGEM E ESGOTAMENTO SANITRIO ...................................................... 30
1.2.1 Perodo pr-1800 ..................................................................................................................... 30
1.2.2 Perodo de 1800 a 1880 .......................................................................................................... 31
1.2.3 Perodo de 1880 a 1930 .......................................................................................................... 32
1.2.4 Perodo posterior a 1930 ......................................................................................................... 33
1.3 CENRIO BRASILEIRO .................................................................................................................. 34
1.3.1 Esgotamento Sanitrio ........................................................................................................... 35
1.3.2 Drenagem Urbana ................................................................................................................... 36
1.4 PRINCIPAIS APLICAES ............................................................................................................ 37
1.4.1 Redes de Esgoto Sanitrio ..................................................................................................... 37
1.4.2 Redes de guas Pluviais ........................................................................................................ 37
1.4.3 Sistema de Abastecimento de gua ...................................................................................... 38
1.4.4 Outras Aplicaes .................................................................................................................. 39
1.4.5 Execuo de Tneis - Sistema Jacking Pipe ....................................................................... 40
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ...................................................................................................... 41
Captulo 2 - SISTEMAS DE DRENAGEM
2.1 ESTUDOS HIDROLGICOS ........................................................................................................... 45
2.1.1 Hidrologia ................................................................................................................................ 45
2.1.2 Ciclo Hidrolgico ..................................................................................................................... 45
2.1.3 Pluviometria ............................................................................................................................ 46
2.1.3.1 Medida das Precipitaes ................................................................................................... 46
2.1.3.2 Tipos de Chuvas .................................................................................................................. 47
2.1.3.3 Coleta de Dados .................................................................................................................. 47
2.1.3.4 Processamento dos dados Pluviogrficos e Pluviomtricos ................................................ 47
2.1.3.4.1 Otto Pfafstetter ................................................................................................................. 47
2.1.3.4.2 Mtodo das Isozonas ....................................................................................................... 48
2.1.4 Tempo de Recorrncia ............................................................................................................ 48
2.1.4.1 Consideraes Gerais ......................................................................................................... 48
2.1.4.2 Tempo de Recorrncia recomendado por alguns rgos Rodovirios ................................. 48
2.1.5 Estudo das Bacias de Contribuio ou Bacias Hidrogrficas ................................................ 49
2.1.5.1 Estudo das Caractersticas Fsicas .................................................................................... 49
2.1.5.1.1 Caractersticas Topogrficas ............................................................................................. 50
2.1.6 Tempo de Concentrao ......................................................................................................... 50
2.1.6.1 Tempo de Concentrao para o Mtodo Racional em bacias com rea < 4km2 ................. 51
2.1.7 Coeficiente de Escoamento ou Coeficiente de Deflvio .......................................................... 55
2.1.7.1 Coeficiente de Deflvio a ser adotado em Funo da rea da Bacia .................................. 55
2.1.7.1.1 rea < 4km2 ...................................................................................................................... 55
2.1.7.1.2 rea: 4km2 < rea < 10km2 - Burkli-Ziegler ...................................................................... 56
2.1.7.1.3 rea > 10km2 - U.S.A. Soil Consevation Service ............................................................ 56
2.1.7.1.4 Definio do Solo Hidrolgico ........................................................................................... 56
2.1.7.1.5 Nmero de Deflvio CN .................................................................................................. 57
2.1.8 Clculo das Vazes das Bacias Hidrogrficas ....................................................................... 58
2.1.8.1 Mtodo Racional .................................................................................................................. 58
2.1.8.1.1 Mtodo Racional - rea < 4km2 (tempo de concentrao de Peltier-Bonnefant) .............. 58
2.1.8.1.2 Mtodo Racional - rea < 4km2 (tempo de concentrao de Kirpich) .............................. 58
2.1.8.1.3 Mtodo Racional com Coeficiente de Retardo 4km2 < rea < 10km2 ............................... 58
2.1.8.1.4 Hidrograma Triangular Sinttico U.S.A. Soil Consevation Service- rea > 10km2 ......... 59
2.1.9 Exemplos de Clculo de Vazes das Bacias Hidrogrficas ................................................... 59
2.1.9.1 rea < 4,0km2 ...................................................................................................................... 59
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2.1.9.2 Mtodo Racional com Coeficiente de Retardo: 4km2 < rea < 10km2 ................................. 62
2.1.9.3 Mtodo do Hidrograma Triangular Sinttico: rea > 10km2 ................................................. 63
2.2 PROJETO DE DRENAGEM ............................................................................................................ 65
2.2.1 Introduo ............................................................................................................................... 65
2.2.2 Obras de Arte Correntes / Drenagem de Grota ....................................................................... 65
2.2.2.1 Exemplo de Dimensionamento Hidrulico ........................................................................... 70
2.2.3 Obras de Arte Especiais ......................................................................................................... 71
2.2.4 Drenagem Superficial .............................................................................................................. 71
2.2.4.1 Valetas de Proteo de Corte e Aterro ................................................................................ 72
2.2.4.1.1 Dimensionamento Hidrulico ............................................................................................ 72
2.2.4.2 Sarjetas de Corte e Aterro ................................................................................................... 73
2.2.4.2.1 Sarjeta de Corte ............................................................................................................... 73
2.2.4.2.2 Sarjeta de Aterro ............................................................................................................... 76
2.2.4.3 Sadas dgua de Aterro ...................................................................................................... 77
2.2.4.4 Sadas dgua de Corte ....................................................................................................... 77
2.2.4.5 Descida dgua em Aterro ................................................................................................... 77
2.2.4.6 Descida dgua em Corte .................................................................................................... 78
2.2.4.7 Dissipadores de Energia ...................................................................................................... 79
2.2.4.8 Caixas Coletoras ................................................................................................................. 79
2.2.4.9 Sarjetas de Banqueta de Corte e Aterro .............................................................................. 79
2.2.5 Drenagem Profunda ................................................................................................................ 80
2.2.5.1 Dreno Profundo Longitudinal ................................................................................................ 80
2.2.5.2 Dreno Espinha de Peixe ...................................................................................................... 81
2.2.5.3 Dreno Sub-Horizontal ........................................................................................................... 81
2.2.5.4 Colcho Drenante ................................................................................................................ 81
2.2.5.5 Terminal de Dreno Profundo ................................................................................................. 81
2.2.5.6 Dreno Subsuperficial de Pavimento ..................................................................................... 82
2.2.5.6.1 Drenos Laterais de Base .................................................................................................. 82
2.2.5.6.2 Drenos Transversais ......................................................................................................... 82
2.2.5.7 Permeabilidade .................................................................................................................... 82
2.2.5.8 Consideraes para Concepo e Construo de Drenos de Pavimento ........................... 82
2.2.5.8.1 Permeabilidade dos Materiais .......................................................................................... 82
2.2.5.8.2 Processo Executivo .......................................................................................................... 83
2.2.5.8.3 Manuteno ...................................................................................................................... 84
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ...................................................................................................... 84
Captulo 3 - SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITRIO
3.1 INTRODUO ................................................................................................................................. 87
3.2 TIPOS DE SISTEMAS DE ESGOTOS ........................................................................................... 87
3.2.1 Sistema Unitrio ..................................................................................................................... 87
3.2.2 Sistema Separador Absoluto .................................................................................................. 89
3.2.3 Sistema Separador Parcial ..................................................................................................... 89
3.2.4 Sistema Utilizado no Brasil .................................................................................................... 90
3.3 SITUAO DO ESGOTAMENTO SANITRIO NO BRASIL ........................................................... 90
3.4 DEFINIES DAS TUBULAES EM SISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO
SANITRIO ..................................................................................................................................................... 91
3.5 PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITRIO ................................................... 91
3.5.1 Consideraes Gerais ............................................................................................................ 91
3.5.2 Determinao das Vazes de Dimensionamento ................................................................... 92
3.5.3 Condies para a Auto-Limpeza das Redes ........................................................................... 92
3.5.4 Controle de Sulfetos ............................................................................................................... 93
3.5.5 Critrios de Dimensionamento ................................................................................................ 93
3.6 INTERCEPTORES DE ESGOTO .................................................................................................... 98
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4.2.1.1 Noes Gerais sobre o Comportamento Estrutural de Tubos de Seo Retangular ......... 140
4.2.1.2 Aes a Considerar ........................................................................................................... 141
4.2.2 Clculo das Presses Produzidas pelo Solo e pela gua ................................................... 142
4.2.2.1 Presses Verticais ............................................................................................................ 142
4.2.2.2 Presses Horizontais ........................................................................................................ 142
4.2.2.3 Efeito de Arqueamento ...................................................................................................... 143
4.2.3 Clculo das Presses Produzidas por Sobrecargas na Superfcie ....................................... 144
4.2.3.1 Fora Uniformemente Distribuda Aplicada na Superfcie .................................................. 144
4.2.3.2 Fora Parcialmente Distribuda Aplicada na Superfcie .................................................... 144
4.2.3.3 Sobrecargas Rodovirias ................................................................................................... 145
4.2.3.4 Outras Sobrecargas .......................................................................................................... 149
4.2.4 Modelagem e Consideraes de Clculo ............................................................................. 149
4.2.4.1 Esquema Esttico ............................................................................................................. 149
4.2.4.2 Coeficiente de Reao do Solo .......................................................................................... 150
4.2.4.3 Considerao da No-Linearidade Fsica .......................................................................... 150
4.2.5 Situaes de Projeto e Coeficientes de Ponderao Aes ................................................ 151
4.2.5.1 Estados Limites ltimos ................................................................................................... 151
4.2.5.2 Estados Limites de Servio ............................................................................................... 152
4.2.5.3 Situaes Transitrias (manuseio) .................................................................................... 152
4.2.6 Dimensionamento da Armadura ............................................................................................ 152
4.2.6.1 Materiais ............................................................................................................................ 152
4.2.6.2 Cobrimento da Armadura ................................................................................................... 153
4.2.6.3 Diretrizes para o Dimensionamento .................................................................................. 153
4.2.6.4 Arranjo da Armadura .......................................................................................................... 154
4.2.6.5 Clculo da Armadura para as Solicitaes Normais ......................................................... 154
4.2.6.6 Verificao da Fadiga da Armadura ................................................................................... 155
4.2.6.7 Verificao da Resistncia Fora Cortante ..................................................................... 156
4.2.6.8 Verificao do Limite de Abertura de Fissura .................................................................... 157
4.2.6.9 Verificao da Situao de Manuseio ............................................................................... 157
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .................................................................................................... 157
Captulo 5 - MATERIAIS PARA CONCRETO
5.1 AGREGADOS ............................................................................................................................... 161
5.1.1 Classificao quanto a Origem ............................................................................................. 161
5.1.2 Classificao quanto a Obteno ......................................................................................... 162
5.1.3 Composio Granulomtrica ................................................................................................ 163
5.1.4 Forma e Textura Superficial .................................................................................................. 164
5.1.5 Absoro de gua e Umidade Superficial ........................................................................... 165
5.1.6 Massa Especfica e Massa Unitria ..................................................................................... 166
5.1.7 Impurezas Orgnicas ............................................................................................................ 167
5.1.8 Argila e Materiais Friveis ..................................................................................................... 167
5.1.9 Material Pulverulento ............................................................................................................ 168
5.1.10 Contaminao com Acar ................................................................................................. 168
5.1.11 Contaminao por Sais ....................................................................................................... 169
5.1.12 Reatividade do Agregado .................................................................................................... 169
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .................................................................................................... 170
5.2 CIMENTO PORTLAND .................................................................................................................. 172
5.2.1 Fabricao ............................................................................................................................ 172
5.2.2 Composio do Cimento Portland ........................................................................................ 173
5.2.3 Hidratao do Cimento Portland ........................................................................................... 173
5.2.4 Tipos de Cimento .................................................................................................................. 174
5.2.5 Aplicaes do Cimento Portland ........................................................................................... 175
5.2.6 Especificaes Normativas ................................................................................................... 175
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1
Histrico e Principais Aplicaes
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1
HISTRICO E PRINCIPAIS APLICAES
Pedro Jorge Chama Neto
1.1 INTRODUO
A utilizao de tubos de concreto, com dimetros variando principalmente de 400mm a 1200mm,
em obras de drenagem urbana e esgotos sanitrios reconhecida como uma alternativa a ser
considerada em projeto tanto do ponto de vista tcnico como econmico.
Tradicionalmente so utilizados em obras de drenagem urbana e esgotos sanitrios tubos de
concreto simples ou armados, assim definidos, de acordo com as exigncias das cargas de trinca e
ruptura prescritas na norma brasileira ABNT NBR 8890/08, para guas pluviais e esgotos sanitrios.
Em virtude dos avanos obtidos por fabricantes de tubos de concreto e de equipamentos para
produo de tubos, a serem utilizados em drenagem urbana e esgotos sanitrios, visando melhoria
de qualidade, durabilidade e estanqueidade das juntas, os tubos de concreto continuam sendo uma
alternativa importante e que merece sempre ser avaliada, pelos projetistas e executores de obras.
Isto se justifica principalmente, devido ao fator custo-benefcio, domnio tcnico das propriedades do
concreto, flexibilidade na produo de tubos de vrios dimetros, facilidade de execuo das obras
e maior garantia da qualidade da obra, porque o desempenho dos tubos de concreto,
diferentemente dos tubos flexveis, dependem fundamentalmente da resistncia do prprio tubo,
enquanto o dos tubos flexveis dependem do sistema solo-tubo.
Uma das exigncias presentes na fabricao de tubos de concreto armado, quando se utilizam
armaes de ao, se encontra na necessidade de investimentos em equipamentos para corte,
dobramento e montagem das armaes a serem colocadas nos tubos.
Portanto, objetivando introduzir novas tecnologias e disponibilizar mais uma alternativa na
produo de tubos de concreto, a ABNT NBR 8890/08 apresenta os requisitos necessrios
fabricao de tubos de concreto reforados com fibras de ao, para dimetros at 1000mm. Cabe
salientar que as fibras de ao j so utilizadas com sucesso na execuo de pavimentos e
revestimentos de tneis e que, para dimetros de tubos de concreto acima de 1000mm,
recomendado o uso de fibras somente como adio s armaes j existentes em virtude da
pouca experincia adquirida, at o momento, no Brasil.
Dentre as vantagens tcnicas citadas por Bentur e Mindess (1990), devido a adoo de fibras
de ao adicionadas ao concreto, a capacidade das mesmas em propiciar uma abertura menor das
fissuras, se mostra de fundamental importncia na produo de tubos de concreto para obras de
esgotos sanitrios porque os tubos estaro em contato direto com o esgoto. Portanto tal fato poder
melhorar a durabilidade e a vida til das tubulaes aplicadas.
Aliada a esta vantagem pode-se considerar tambm a melhoria de resistncia dos tubos em
relao movimentao em fbrica devido ao aumento de resistncia ao impacto propiciado pela
adio das fibras (Bentur e Mindess, 1990), ocasionando assim uma menor perda de componentes
por quebra, durante o manuseio e transporte.
Para os fabricantes de fibras e tubos de concreto, a adio de fibras pode ser considerada
como uma alternativa a ser explorada visando a abertura de um novo segmento de mercado.
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O fato descrito pode ser observado atravs da ilustrao apresentada na figura 1.2.
FIGURA 1.2 - Aspecto do lixo e esgoto nas ruas no perodo pr-1800 (ACPA, 1980)
Imperfeitas, mas funcionais, canalizaes deste tipo tambm existiam nas antigas cidades da
Babilnia, Jerusalm, Bizncio e Paris, e estas cidades eram conhecidas pelo peculiar cheiro forte
e odor agressivo.
Com o crescimento das grandes cidades e das construes permanentes de casas,
aumentaram as quantidades de esgoto, lixo e outros materiais refugados que eram depositados nas
ruas. Quando os montes se tornavam bastantes altos e o odor incomodava, todo o lixo era retirado
e removido com o uso das mos, ps e carrinhos de mo. Muitas cidades como Paris, Londres e
Baltimore, tentaram o uso de fossas spticas com resultados desastrosos, porque as fossas vieram
a se tornar reas de reproduo de doenas. Esta condio permaneceu at o incio do sculo XIX,
quando sistemas de distribuio de gua tornaram possvel o uso da gua para conduzir os despejos
das grandes cidades, tornando-as mais limpas e criando melhores condies de sade e esttica
(ACPA, 1980).
Historicamente existem muitos outros registros contendo dados relativos drenagem no
perodo pr-1800. Cato, escrito duzentos anos antes da era crist, dava explcitas indicaes sobre
drenagem e irrigao agrcola. Durante os primeiros cinco mil anos de registro histrico, a
necessidade por redes de esgotos, gua de abastecimento e drenagem foi identificada e mtodos
prticos de manuseio foram desenvolvidos. Em funo do que resta das velhas estruturas fica
aparente que os materiais de construo progrediram da simples aplicao de materiais naturais
para o concreto. Em muitas aplicaes, durabilidade e estabilidade foram um dos maiores
requisitos, e o concreto foi um dos primeiros substitutos da pedra natural. Apesar de nem todas as
estruturas de pedra e concreto terem conseguido resistir a este perodo de tempo, condies
meteorolgicas e perodos de guerra, o concreto uma velha e notvel herana (ACPA, 1980).
1.2.2 Perodo de 1800 a 1880
Perodo caracterizado como o perodo em que realmente aconteceu o nascimento da indstria
de tubos de concreto. O sculo XIX propiciou um perodo de consolidao poltica e expanso industrial
e levou ao aparecimento do oeste americano. Trs reas de expanso durante este perodo fizeram
com que a indstria de tubos de concreto viesse a surgir:
exigncias do ponto de vista de sade pblica por gua e tratamento dos despejos;
sistemas de transportes e;
necessidade agrcola por irrigao e drenagem.
Do ponto de vista de sade pblica os mtodos de disposio de despejos no melhoraram at o
incio da dcada de 1840 quando o primeiro e moderno coletor de esgotos foi construdo em Hamburgo,
Alemanha pelo Engenheiro ingls W. Lindley (Azevedo Netto, 1959), conforme apresentado na figura 1.3.
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Com relao s cargas atuantes nos tubos, foram desenvolvidas e testadas nas trs primeiras
dcadas do sculo XX, por pesquisadores da Universidade do Estado de Iowa, as teorias para
estimar as cargas atuantes sobre um tubo enterrado. O conceito original desenvolvido por Marston
e Anderson e publicado em 1913 foi aprimorado por Marston e Talbot. Logo em seguida Marston se
uniu a M. G. Spangler e W. J. Schlick para continuar o trabalho de avaliao das cargas de projeto e,
em 1930, Marston publicou The Theory of External Loads on Closed Conduits in The Light of The
Latest Experiments (ACPA, 1980).
Finalmente, em relao qualidade dos tubos de concreto, muito foi feito nos primeiros anos
do sculo XX. O maior frum destes estudos foi a American Society for Testing and Materials
ASTM. A histria da padronizao dos tubos de concreto comeou com a fundao da ASTM em
1898, atravs do comit de estudo C-4, que foi um dos primeiros a tratar sobre tubos, e precursor do
comit C-13 que trata sobre tubos de concreto (ACPA, 1980).
Em setembro de 1924 foi realizado o primeiro teste de resistncia compresso, em um tubo
de concreto de 700 mm de dimetro por 1,50 m de comprimento, na fbrica da Companhia Americana
de Produtos de Concreto, situada em Neville Island, conforme apresentado na figura 1.4.
Devido a demanda por tubos de concreto para drenagem e esgoto sanitrio, o mercado
continuou expandindo-se na primeira dcada do sculo XX, sendo que at 1915 a maioria
das grandes cidades americanas j
tinham extenses considerveis de
sistemas de esgoto sanitrios. Devido
reconhecida necessidade de melhoria
de qualidade e capacidade de produo
da indstria, foi formada, em 23 de janeiro
de 1907, a INTERSTATE CEMENT TILE
MANUFACTURES ASSOCIATION, que
em 1914 passou a ser denominada
AMERICAN
CONCRETE
PIPE
ASSOCIATION ACPA.
Neste perodo foram construdas no
Brasil as redes de esgotos de Santos em
1889, Campinas em 1892 e Belo Horizonte
em 1896. Em 1893 foi criada a R. A. E.
Repartio de guas e Esgotos de So
Paulo, hoje denominado D. A. E.
Departamento de guas e Esgotos e em
1911 teve incio a adoo do sistema
separador absoluto em So Paulo, ou seja,
sistema onde os esgotos sanitrios veiculam
de forma independente do sistema de
drenagem de guas pluviais.
FIGURA 1.4 - 1 Teste de compresso diametral (Azevedo Netto, 1959).
setembro 1924 (ACPA, 1980)
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Nos Estados Unidos em funo do aumento nas restries com relao poluio de rios,
com ateno especial na coleta e tratamento de esgotos, os produtores de tubos de concreto tiveram
que melhorar a durabilidade, resistncia, uniformidade nas dimenses e juntas, visando garantir um
bom alinhamento no assentamento dos tubos e juntas estanques (ACPA, 1980).
Na Europa devido a crise que o continente atravessou entre o final da dcada de 1980 at
1995, o mercado de tubos de concreto foi afetado de forma bastante intensa. Em funo desta crise
os fabricantes de tubos foram obrigados a diminuir custos e com isto foraram os fabricantes de
equipamentos a desenvolverem mquinas que possibilitassem a diminuio de espessura de parede
dos tubos, diminuio nos custos de manuteno e maior flexibilidade na produo, visando diminuir
o trabalho de ajuste na produo de diferentes dimetros de tubos de concreto (Andr, 1995).
Embora muitas das teorias tenham sido desenvolvidas antes de 1930, pesquisas posteriores
a este perodo contriburam enormemente para o aprimoramento da qualidade dos tubos de concreto.
No incio da dcada de 1950 as juntas dos tubos de concreto que eram executadas com
argamassa tiveram uma grande evoluo e passaram a ser executadas atravs do uso de anis de
borracha de vrios tipos.
Na dcada de 1960 equipamentos de produo e manuseio de tubos tambm comearam a
ser introduzidos melhorando o trabalho nas indstrias de tubos de concreto.
No obstante estes avanos o maior desafio para a indstria de tubos de concreto foi produzir
um produto uniforme e de alta qualidade, em paralelo ao aumento da produo para atender o mercado.
Outro desafio da indstria de tubos de concreto tem sido produzir, acima de tudo, produtos de baixo
custo e competitivos no mercado sem perder a qualidade conquistada.
No Brasil, foi criada em 2001 a ABTC - Associao Brasileira dos Fabricantes de Tubos de
Concreto, visando, organizar o setor, unir os fabricantes de tubos de concreto, dar maior transparncia
ao mercado e principalmente trabalhar na busca contnua de melhoria de qualidade dos tubos,
esclarecendo os consumidores, prefeituras e empresas de saneamento, sobre as caractersticas e
detalhes tcnicos de produo e aplicao de tubos de concreto, atravs da edio de publicaes
tcnicas, promoo de cursos, seminrios, palestras e participaes em eventos.
1.3 CENRIO BRASILEIRO
De todos os setores de infra-estrutura no Brasil, o de saneamento o que se encontra em
estgio mais atrasado. Para complicar ainda mais a situao, a evoluo tem sido lenta demais
para reduzir a diferena em relao s demais reas. Nesse ritmo, a meta de universalizao dos
servios de saneamento bsico no pas s ser atingida em 2047, no caso de esgoto, e em 2053, no
de gua. Para antecipar esta meta em duas dcadas, seria necessrio aplicar 10 bilhes de reais
por ano. No entanto, os investimentos realizados por todas as esferas de governo no tem alcanado
sequer um tero desse valor. A grande dificuldade para sanar o dficit histrico que a demanda
continua crescendo em ritmo acelerado.
Nos ltimos trs anos (2004-2006), o nmero de domiclios no pas saltou de 46,9 milhes
para 51,7 milhes. Assim, o aumento absoluto da cobertura ocorrido no perodo, 11,8% na quantidade
de residncias abastecidas com gua e 13,7% com rede de esgoto sanitrio, foi praticamente anulado
pelo crescimento da demanda (Editora Abril, 2006).
A soluo para o problema poderia ser o aumento da participao da iniciativa privada, mas
o negcio de saneamento ainda no se revelou to atraente para os investidores. A principal causa
o receio de que as regras mudem com o jogo em andamento, apesar do marco regulatrio.
Desde que o Plano Nacional de Saneamento Bsico (Planasa) foi extinto, h 20 anos, o governo
planejava instituir uma nova legislao que pudesse estabelecer as diretrizes fundamentais, mas
a discusso foi sistematicamente adiada pelo Congresso Nacional. Uma tentativa para mudar
essa situao foi lanada em 2005 com a proposio, pelo Ministrio das Cidades, do Sistema
Nacional de Saneamento (Sisnasa). O projeto foi bombardeado por 862 propostas de emendas e
dificilmente sairia do lugar se no fosse a criao da Comisso Especial Mista de Saneamento,
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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional
de Saneamento Bsico 1989/2000.
A situao do esgotamento sanitrio dos municpios ainda tem um longo caminho a percorrer
para atingir uma condio satisfatria. Conforme tabela 1.2, 47,8% dos municpios brasileiros no
tm coleta de esgoto. O Norte a regio com a maior proporo de municpios sem coleta (92,9%),
seguido do Centro Oeste (82,1%), do sul (61,1%), do Nordeste (57,1%) e do Sudeste (7,1%). Os
municpios que tm apenas servio de coleta superam a proporo daqueles que coletam e tratam
o esgoto (32,0% e 20,2%), respectivamente. No Sudeste, a regio do Pas com a maior proporo
de municpios com esgoto coletado e tratado, somente um tero deles apresenta uma condio
adequada de esgotamento sanitrio (IBGE, 2002).
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Atualmente existem outros materiais sendo produzidos no Brasil para aplicao em drenagem
de guas pluviais, porm as prefeituras continuam optando de forma bastante intensa pelo uso de
tubos de concreto em redes de guas pluviais, conforme figura 1.6, em funo do reconhecido
sucesso ao longo dos anos de utilizao deste material e das vantagens tcnicas e econmicas
obtidas at o momento.
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Outra obra que merece destaque a adutora de abastecimento de gua Ribeiro das Lajes,
com aproximadamente 70 km, construda no Rio de Janeiro na dcada de 1930, conforme apresentado
na figura 1.8 e ainda em operao at a presente data.
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O sistema Jacking Pipe apresenta ainda algumas vantagens, tais como, tipos e versatilidade
dos equipamentos de cravao, que permitem a execuo dos tneis em macios arenosos e
argilosos com ou sem capacidade portante e na presena ou no de gua.
Na Europa, particularmente na Alemanha, esse sistema utilizado desde os anos 60, e nos
ltimos anos a participao dos tubos empregados no sistema Jacking Pipe passou de 6% para
18% do total produzido.
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No Brasil estes tubos so produzidos conforme norma NBR 15319 - Tubos de concreto, de
seo circular, para cravao - Requisitos e mtodos de ensaio, e a primeira obra a ser executada
utilizando-se este sistema foi o Coletor Tronco Itaim, situado em So Paulo no bairro do Itaim Paulista,
com extenso de 2078 metros e dimetro de 600mm, iniciado em 30/09/1992 pela Construtora
Passareli em contrato assinado com a Sabesp.
Entre os equipamentos disponveis para execuo deste tipo de obra, os mais utilizados no
Brasil so o ISEKI Japons, e SOLTAU e HERRENKNECHT - Alemes.
Como exemplo da aplicao dos tubos de concreto pelo sistema Jacking Pipe, pode-se
citar que a SABESP - Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So Paulo, vem utilizando
este sistema na cidade de So Paulo para a execuo de algumas obras de esgotos sanitrios
integrantes do Programa de Despoluio do Rio Tiet, desde quando contratou a execuo do
coletor tronco Itaim.
Dentre as obras executadas para a SABESP em So Paulo pode-se citar o coletor tronco
Moinho velho - dimetro de 600mm e comprimento 1200m, coletor tronco Ipiranga - dimetro
1500mm e comprimento 2400m e coletor tronco Mooca - dimetro 600mm e comprimento 3500m,
entre outras.
Nas tentativas feitas para levantar a quantidade consumida destes tubos no Brasil foi possvel
constatar que entre 1997 e 1998, a maior empresa produtora de tubos na poca, chegou a produzir
15% do total de sua produo por ano somente em tubos para Jacking Pipe, nos dimetros variando
de 600mm a 1500mm.
No final do ano 2001 e incio de 2002, a mesma empresa, forneceu tubos de concreto para
execuo atravs do mtodo Jacking Pipe, para a obra de despoluio da Baa da Guanabara no
Rio de Janeiro, nos dimetros 1200mm, 1500mm e 2000mm. Por outro lado desde meados do ano
2002 foram iniciadas as obras da segunda etapa da despoluio do Rio Tiet, onde muitos trechos
foram executados com tubos de concreto atravs do sistema Jacking Pipe.
Em funo do crescimento da utilizao do sistema Jacking Pipe, principalmente nos grandes
centros urbanos, os tubos de concreto tm sido a nica alternativa at a presente data para a execuo
deste tipo de obra, visando obter as vantagens que o sistema oferece.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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May,1995, p. 42-44
AMERICAN CONCRETE PIPE ASSOCIATION. Concrete Pipe Handbook. Chicago, Illinois, USA,
August, 1959.
AMERICAN CONCRETE PIPE ASSOCIATION. Concrete Pipe Handbook. Vienna, Virginia, USA,
January, 1980.
AMERICAN CONCRETE PIPE ASSOCIATION. Concrete Pipe Design Manual. Arlington, Virginia,
USA, February, 1970.
ASOCIACIN DE FABRICANTES DE TUBOS DE HORMIGN ARMADO. Manual de Clculo,
Diseo e Instalacin de Tubos de Hormign Armado. ATHA, Madrid.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Tubo de Concreto, de seo circular,
para guas pluviais e esgotos sanitrios Requisitos e mtodos de ensaio. NBR 8890 - 2007,
ABNT, Rio de Janeiro.
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AZEVEDO NETTO, JOS M. Cronologia dos servios de esgotos, com especial meno ao
Brasil. Revista DAE. v. 20, n. 33, abril, 1959.
BENTUR, ARNON; MINDESS, SIDNEY. Fiber Reinforced Cementitious Composites. United
Kingdon. Barking, Elsevier. 1990.
CHAMA NETO, PEDRO JORGE. Avaliao de Desempenho de Tubos de Concreto Reforados
com Fibras de Ao. Dissertao (mestrado), Escola Politcnica, Universidade de So Paulo, S.P.,
2002. 87p.
EDITORA ABRIL. Infra Estrutura - Anurio Exame 2006 / 2007. Novembro, 2006, p. 116
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA - IBGE. Pesquisa nacional de
saneamento bsico - PNSB. Rio de Janeiro, 2002.
NORMA TCNICA INTERNA SABESP. Tubo de Concreto Armado para Esgoto Sanitrio.
Especificao, NTS 045, Maio, 1999.
PORTLAND CEMENT ASSOCIATION. Design and Construction of Concrete Sewers. PCA,
Chicago, Illinois, USA, 1968.
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Sistemas de Drenagem
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2
SISTEMAS DE DRENAGEM
Marcos Augusto Jabr
Sistemas de Drenagem
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H Aproveitamento Hidroeltrico.
Previso das vazes mximas, mnimas e mdias dos cursos dgua para o estudo econmicofinanceiro do aproveitamento; verificao da necessidade de reservatrio de acumulao e, existindo
este, determinao dos elementos necessrios ao projeto e construo do mesmo; bacias
hidrogrficas, volumes armazenveis, perdas por evaporao e infiltrao, etc.
2.1.3 Pluviometria
Pluviometria o ramo da climatologia que se ocupa da distribuio das chuvas em diferentes
pocas e regies.
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(2.1)
onde:
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Uma bacia contribuinte tem um nico despejo, que um ponto no qual o curso dgua corta o
eixo da rodovia. objeto de estudos hidrolgicos, compreendendo a sua fisiografia, geomorfologia,
geologia e hidrometria.
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Existem vrias frmulas indicadas para a determinao dos tempos de concentrao das
bacias hidrogrficas, como poder ser observado no Manual de Projeto de Engenharia - captulo IIIHidrologia - DNER. No mesmo Manual recomenda-se que o projetista dever escolher a frmula do
tempo de concentrao tendo em vista:
a) a mais compatvel com a forma da bacia;
b) a mais adaptvel regio do interesse da rodovia;
c) a que contenha o maior nmero de elementos fsicos: declividade de talvegue, natureza do
solo, recobrimento vegetal, etc.;
d) a distino entre reas rurais e urbanas.
Sero apresentadas a seguir, frmulas para o clculo do tempo de concentrao,
correlacionando com a rea da Bacia:
2.1.6.1 Tempo de Concentrao para o Mtodo Racional em bacias com rea < 4km2
R. Peltier / J.L. Bonnenfant
O tempo de concentrao calculado pela expresso:
Tc = T1 + T2
(2.3)
onde:
T1 = tempo de escoamento em minutos, tabelados em funo da cobertura vegetal
e declividade do talvegue. (Tabela 2.1).
T2 = x T2
= (Tabela 2.1)
(2.4)
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(2.7)
L = Comprimento total do talvegue em Km;
L1, L2 .. Ln = Comprimentos Parciais do Talvegue em Km;
i1, i2 .. in = Declividades Parciais em m/m.
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Tendo em vista a complexidade da utilizao das tabelas anteriores para a definio do CN,
sugerimos adotar, principalmente como ponto de partida para a sua definio a tabela abaixo:
TABELA 2.12 Valores de CN (adaptada por Marcos A. Jabr)
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Onde:
i = declividade efetiva do talvegue em %
A = rea da bacia em Km2
2.1.8.1.3 Mtodo Racional com coeficiente de retardo 4km2 < rea < 10km2.
(2.10)
Q = m3/s
A = km2
I = mm/h
C = coeficiente de deflvio de Burkli - Ziegler
= coeficiente de retardo
A expresso para o coeficiente de retardo :
para A em km2
n = 4, pequenas declividades, inferiores a 0.5 % (Burkli Ziegler)
n = 5, mdias declividades, entre 0.5 e 1 % (MC MATH)
n = 6, fortes declividades, superiores a 1 % (BRIX)
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Q = m3/s
A = ha
I = mm/h
C = coeficiente de deflvio do R. Peltier - J.L. Bonnenfant
Clculo do Coeficiente de Forma:
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L = comprimento do talvegue em Hm
A = rea da bacia em Ha
Run-off
O coeficiente de run-off em funo da rea da bacia, da declividade do talvegue e do tipo de regio;
Regio montanhosa
A = 18,0 h
i = 0,07 m/m ou i = 7,0%
Entrando na tabela 2.8 de run-off obtemos C=0,36
Clculo do Tempo de Concentrao
T = T1 + T2
T2 = x T2
T1= funo da declividade do talvegue e do tipo da regio
i = 7,0%
regio montanhosa
Portanto:
T1 = 11,00 minutos vide tabela 2.1
T2 = x T2
= funo do tipo de regio
regio montanhosa - = 1,35 vide tabela 2.1
T2 = funo da declividade do talvegue, do coeficiente de forma e da rea da bacia.
i = 7,0%
= 1,2
A = 18,0 ha
Entrando na tabela 2.3, obtemos:
T2 = 9,2 minutos
Como T2 = x T2
T2 = 1,35 x 9,2 T2 = 12,4 minutos
T = T1 + T2 sendo:
T1 = 11,0 minutos e T2 = 12,4 minutos
T = 23,4 minutos, Portanto: O tempo de concentrao = 23,4 minutos
Intensidade Pluviomtrica
A intensidade pluviomtrica (I) funo do Posto Pluviogrfico adotado, do Tempo de Recorrncia
e do Tempo de Concentrao.
Para um tempo de recorrncia Tr = 25 anos e tempo de concentrao -Tc = 24 minutos e
considerando-se o posto pluviogrfico de Goinia adotando o Mtodo do Eng. Otto Pfafstetter,
obteremos a intensidade pluviomtrica I = 123,0 mm/h.
Clculo da Vazo
Q = 0,00278 C I A
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C = 0,36
A = 18,ha
I = 123,0 mm/h
Q = 0,00278 x 0,36 x 18 x 123,0
Q = 2,2 m3/s
Mtodo Racional c/ Coeficiente de Deflvio dos Engenheiros Baptista Gariglio e Jos Paulo
Ferrari e Tempo de Concentrao de Kirpich
Ex: Calcular a vazo de uma Bacia com os seguintes dados fsicos e geomorfolgicas:
- Regio montanhosa
- rea da bacia = 18,0 Ha
- Comp. Talvegue = 0,49 Km
- Declividade efetiva (i) = 7,0%
- Tempo de recorrncia = 25 anos
Q = m3/s
A = ha
I = mm/h
C = coeficiente de deflvio dos engenheiros: Baptista Gariglio e Jos Paulo Ferrari
Coeficiente de Deflvio
funo do tipo da regio estudada.
Regio montanhosa, usar tabela 2.10 C = 0,30.
Tempo de Concentrao
O tempo de concentrao de Kirpich em funo do comprimento e da declividade do talvegue.
- vide item 2.1.6.1
Tc = tempo de concentrao em h
L = comprimento do talvegue
i = declividade efetiva do talvegue em %
, Portanto: Tc = 0,106 horas ou 6,3 minutos
O tempo de concentrao mnimo a ser adotado de 15 minutos
Intensidade Pluviomtrica
A intensidade pluviomtrica (I) funo do Posto Pluviogrfico adotado, do Tempo de Recorrncia
e do Tempo de Concentrao.
Para um tempo de recorrncia Tr = 25 anos e tempo de concentrao -Tc = 15 minutos e
considerando-se o posto pluviogrfico de Goinia adotando o Mtodo do Eng. Otto Pfafstetter,
obteremos a intensidade pluviomtrica I = 155,5 mm/h.
Clculo da Vazo
Q = 0,00278 C I A
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C = 0,30
A = 18,0 ha
I = 155,5 mm/h
Q = 0,00278 x 0,30 x 18,0 x 155,5
Q = 2,3 m3/s
2.1.9.2 Mtodo Racional com Coeficiente de Retardo: 4 km2 < rea < 10 km2
Ex: Calcular a vazo de uma Bacia com os seguintes dados fsicos e geomorfolgicas:
- rea = 8,5 km2
- Comp. Talvegue L = 6,2 km
- Declividade efetiva = 0,017 m/m
- Regio montanhosa
- Tr = 25 anos
- Posto pluviogrfico de Goinia
Q = 0,28 x A x C x I x - vide item 2.1.8.1.3
A = 8,5 km2
C = coeficiente de deflvio de Burkli-Ziegler
I = intensidade pluviomtrica em mm/h
= coeficiente de retardo
Coeficiente de Deflvio Burkli - Ziegler
funo do tipo da regio estudada.
Regio montanhosa, usar tabela 2.10 C = 0,35.
Coeficiente de Retardo
calculado em funo da rea e da declividade do talvegue
A = 8,5 km2
Para i = 0,017 m/m, o n = 6 - vide item 2.1.8.1.3
Tempo de Concentrao
O tempo de concentrao para rea > 4,0 km2 o de Kirpich, que em funo do comprimento
da declividade do talvegue.
- vide item 2.1.6.1
Tc = tempo de concentrao em h
L = comprimento do talvegue
i = declividade efetiva do talvegue em %
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Intensidade Pluviomtrica
A intensidade pluviomtrica (I) funo do Posto Pluviogrfico adotado, do Tempo de Recorrncia
e do Tempo de Concentrao.
Para um tempo de recorrncia Tr = 25 anos e tempo de concentrao -Tc = 77,4 minutos e
considerando-se o posto pluviogrfico de Goinia adotando o Mtodo do Eng. Otto Pfafstetter,
obteremos a intensidade pluviomtrica I = 65,89 mm/h.
Clculo da Vazo
Q = 0,28 x A x C x I x
A = 8,5 km2
C = 0,35
I = 65,89 mm/h
= 0,325
Q = 17,9 m3/s
Tc
1,7
0, 77
Tc 1,28horas
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Clculo do S
- vide item 2.1.8.1.4
CN = 76
Clculo do qm
- vide item 2.1.8.1.4
P25 anos = 85,66mm
P50 anos = 96,01mm
S = 3,15
Clculo da vazo
K = 0,20836
A = 11,00 km2
qm25= 32,4
Tp = 1,90
Q25= 39,0m3/s
qm=40,00
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Hw
Hw
D
TIPO
300
450
350
100
280
60
50
260
40
240
30
220
20
80
300
(3)
6
200
400
6
5
4
3
2
200
180
10
160
8
6
5
140
1.5
1.5
1.5
3
120
Q EM m /S
D EM CENTMETROS
(2)
(1)
100
0.9
0.9
0.8
0.8
0.7
0.7
0.6
0.6
0.5
0.5
0.9
0.6
0.5
0.8
0.4
0.3
0.7
0.2
60
1.0
1.0
1
0.8
80
1.0
0.1
0.6
0.08
0.06
0.05
40
0.04
0.5
0.03
0.02
(1)
(2)
(3)
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4.0
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TIPO
(1)
(2)
50
3.0
8
7
30
6
5
2.5
2.0
1.8
1.6
1.4
D EM METROS
40
1.2
1.0
0.9
20
18
16
14
12
4
3
10
9
8
7
6
5
0.7
9
8
10
7
6
5
4
3
5
4
3
1.5
1.5
3
2
1.8
1.6
1.4
1.2
1.5
1.0
0.9
1.0
0.9
0.8
0.7
0.6
0.8
(3)
0.8
0.7
1.0
1.0
0.9
0.9
0.8
0.8
0.7
0.7
0.6
0.6
0.5
0.5
0.4
0.4
0.35
0.35
0.5
0.4
0.6
0.6
0.3
0.5
0.2
0.18
0.16
0.14
0.12
0.10
0.09
0.08
0.07
0.06
0.5
0.4
0.4
0.05
0.3
0.30
0.04
90 o
0o
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Para tubos de concreto utilizaremos o nomograma da pgina 56, e como o tubo com encaixe
do tipo macho e fmea, utilizaremos a coluna de carga hidrulica tipo (1), caso o tubo fosse do tipo
ponta e bolsa a coluna a ser utilizada seria a (2). Como a norma permite que o Hw/D seja igual a 2
ento pegaremos o ponto 2 na coluna (1) ligaremos na coluna onde est a vazo em m3/s, que para
o exemplo 2,3, estende-se esta reta at a coluna onde est o dimetro em centmetros.
Portanto o dimetro necessrio para escoar 2,3m3/s admitindo-se a relao Hw/D=2 de 100 cm,
ou seja, o bueiro dimensionado ser um BSTC 1,00 - bueiro simples tubular de concreto de dimetro
igual a 1,0m.
Observao:
O projeto de drenagem de grota compreende inicialmente a avaliao das obras existentes na
rodovia, quanto a seu funcionamento, estado de conservao, suficincia de vazo e o seu
posicionamento.
A inspeo de campo pode ser considerada como a etapa mais importante desta fase, pois
podero ser observados o comportamento e o funcionamento das obras existentes, bem como a
possibilidade de carga hidrulica a montante. Tudo isso possibilita dimensionar obras mais baratas,
mas com qualidade.
Caso a rodovia implantada seja nova e no houver bueiros, podero ser observadas obras
prximas ao local.
Informaes de problemas causados e as mximas cheias ocorridas nos crregos e rios,
coletadas junto aos moradores mais prximos, principais usurios da via (caminho de leite, linhas
de nibus, etc.) e com os tcnicos do rgo administrador da via, so elementos fundamentais, que
tem como objetivo principal fazer o ajuste do terico (projeto elaborado no escritrio) com o prtico
(confirmao do que, e como realmente ocorre no campo).
No projeto das obras de arte correntes devero ser adotados os seguintes critrios:
O dimetro mnimo a ser adotado para bueiro de grota e greide dever ser aquele que
atenda as vazes calculadas, evite entupimentos (funo do local a ser implantado) e facilite os
trabalhos de limpeza.
Altura mnima de recobrimento acima da geratriz superior dos bueiros tubulares.
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Os tubos de concreto armado podem ser do tipo macho e fmea ou ponta e bolsa, sendo
que as classes seguem tabela da ABNT - NBR 8890 em funo da altura mxima de
aterro.
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onde:
Q = vazo de contribuio em m3/s;
C = coeficiente de escoamento/coeficiente de deflvio, adimensional, fixado de acordo com
complexo solo-cobertura vegetal e declividade do terreno, dependendo do tipo de tabela a ser utilizada;
I = intensidade de precipitao, em mm/h para a chuva de projeto, fixada no estudo hidrolgico;
A = rea de contribuio (limitada pela prpria valeta e pela linha do divisor de guas da vertente
a montante) em m2.
Aps o clculo da vazo de contribuio, procede-se o dimensionamento hidrulico atravs
da frmula de Manning associada equao da continuidade.
(frmula de Manning)
(equao da continuidade)
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onde:
V = velocidade de escoamento, em m/s;
I = declividade longitudinal da valeta, em m/m;
n = coeficiente de rugosidade de Manning, adimensional, funo do tipo de revestimento adotado;
R = raio hidrulico, em m;
A = rea molhada, em m2;
P = permetro molhado;
Q = vazo admissvel ou capacidade de escoamento na valeta, em m3/s;
Existem dois tipos de Valeta de Proteo de Corte:
Valeta de Proteo de Corte em Solo quando a valeta implantada em solo coesivo, ou
seja, solo argiloso ou com predominncia argilosa.
Valeta de Proteo de Corte revestida em Concreto Quando a valeta implantada em
solos no coesivos, que so os solos siltosos, arenosos ou com predominncia arenosa ou siltosa.
Recomenda-se neste caso que o revestimento em concreto tenha 7,0cm de espessura e resistncia
a compresso 28 dias Fck > 11,0 MPa.
A valeta de Proteo revestida com grama no recomendada, pois quando da execuo dos
servios de manuteno, este revestimento removido. Portanto o seu tempo de vida til limitado
ao primeiro servio de manuteno.
Pode-se concluir que O revestimento de uma valeta de proteo de corte ou de aterro
definido em funo da natureza do solo.
Nos projetos de Drenagem procura-se sempre utilizar os projetos tipo constantes do Caderno
de Dispositivos de Drenagem do DNIT ou dos DERs, quando existir. Nestes casos quase sempre
no h a necessidade de se calcular o comprimento crtico, tendo em vista que na definio de suas
dimenses, estas foram consideradas com certa folga para que houvesse tempo para a execuo
dos servios de manuteno.
Sero apresentadas abaixo situaes onde existem pontos obrigatrios de descarga dos
volumes de gua interceptados e conduzidos pela valeta:
Cortes muito extensos e de pequena declividade onde o comprimento crtico da valeta
atingido e o aumento da capacidade de vazo obrigaria a construo de seo com grandes dimenses;
Existncia de um talvegue secundrio bem definido, ocasionando a concentrao de gua
num nico local;
Perfil longitudinal da valeta sinuoso com vrios pontos baixos, obrigando, para que
haja em escoamento contnuo, grandes profundidades da valeta. Nesses casos, o dispositivo
de sada dgua da valeta de proteo de corte para a plataforma comumente denominado
descida dgua.
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- com barreira:
A barreira constituda com meio fio tem a finalidade de servir como balizador orientando os
veculos para afastarem daquele ponto. Por outro lado, possui aberturas calculadas, em espaamento
conveniente, de modo a permitir a entrada dgua.
O inconveniente em se adotar esta soluo baseia-se em dois fatos:
1- O meio fio que tem a funo de servir
como balizador ao usurio da via perde esta
funo no perodo da noite, principalmente
quando est chovendo.
2- Por deficincia da manuteno de nossas rodovias, os meio fios balizadores quando
quebrados no so reconstrudos, portanto
deixam de exercer sua funo de balisador at
mesmo no perodo de maior visibilidade.
Talude
Talude
acostamento
Meio fio barreira
Sarjeta
Obs. Esta soluo dever ser utilizada somente quando se esgotarem todas as outras
solues possveis e mais seguras.
Dimensionamento Hidrulico
A bacia de contribuio para uma
sarjeta um paraleleppedo de altura igual
precipitao pluvial (P) cuja largura (l)
a largura do implvio e o comprimento (L)
o comprimento crtico a se determinar.
A largura de implvio (l) a projeo horizontal da largura de contribuio. O comprimento
crtico (L) definido como o comprimento mximo de utilizao da sarjeta, para que no haja
transbordamento dgua e/ou incio de processo erosivo.
Determinao do comprimento crtico pelo Mtodo de Equivalncia de Vazes.
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onde:
Q = descarga de contribuio em m3/s;
c = coeficiente de escoamento, adimensional, fixado de acordo como complexo solo-cobertura
vegetal e declividade do terreno;
i = intensidade de precipitao, em mm/h para a chuva de projeto, fixada no estudo hidrolgico;
A = rea de contribuio, em m2 (A= L x l);
L = comprimento crtico;
l = largura de implvio.
Para sarjetas de corte iremos adotar c=0,70 e para sarjetas de aterro c=0,90.
A vazo Q dever ser equivalente vazo Q na sarjeta:
Q = S.
A frmula de manning nos d;
onde:
V = velocidade de escoamento, em m/s;
I = declividade longitudinal da valeta, em m/m;
n = coeficiente de rugosidade de Manning, adimensional, funo do tipo de revestimento adotado;
R = raio hidrulico, em m;
A = rea molhada, em m2;
P = permetro molhado;
S = seo de vazo, em m2;
Q = vazo em m3/s.
Determinao da largura de implvio (l)
A largura de implvio, no caso mais geral, uma soma de 4 parcelas:
l = l1+ l2 + l3 + l4
l1 = contribuio da pista de rolamento;
l2 = contribuio do acostamento;
l3 = contribuio do talude corte;
l4 = contribuio da rea compreendida entre a crista do corte e a valeta de proteo.
Para o valor de l3, toma-se, normalmente, 2/3 da altura mxima do corte.
No recomendada a implantao de sarjetas de corte com comprimento superior a 250,0m
mesmo que o clculo do comprimento crtico permita. Extenses muito longas tm uma maior
probabilidade de ocorrer algum assoreamento ou obstruo no perodo chuvoso, tendo como
conseqncia acmulo dgua na pista, afetando diretamente a segurana do usurio da via.
Nos projetos de Drenagem procura-se sempre utilizar os projetos tipo constantes do Caderno
de Dispositivos de Drenagem do DNIT ou dos DERs, quando este existir.
O revestimento em concreto da sarjeta dever ter 7,0cm de espessura e resistncia a compresso
28 dias, Fck > 11,0 MPa.
A sarjeta sempre que possvel dever ser construda antes da execuo do revestimento
asfltico. Esta recomendao visa a garantir que o revestimento no seja confinado.
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SARJETA
TIPO:
i%
0,005
0,0075
0,01
0,0125
0,015
0,0175
0,02
0,0225
0,025
0,0275
0,03
0,0325
0,035
0,0375
0,04
0,0425
0,045
0,0475
0,05
0,055
0,06
0,065
0,07
0,075
0,08
76
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47
58
67
75
82
89
95
101
106
107
116
121
126
130
135
138
143
147
150
158
165
172
178
184
191
0,005
0,0075
0,01
0,0125
0,015
0,0175
0,02
0,0225
0,025
0,0275
0,03
0,0325
0,035
0,0375
0,04
0,0425
0,045
0,0475
0,05
0,055
0,06
0,065
0,07
0,075
0,08
195
240
276
310
89
109
126
141
154
167
178
189
201
209
218
228
236
244
253
260
268
276
282
34
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Nos projetos de Drenagem procura-se sempre utilizar os projetos tipo constantes do Caderno
de Dispositivos de Drenagem do DNIT ou dos DERs, quando este existir.
O revestimento em concreto da sarjeta dever ter 7,0cm de espessura e resistncia a
compresso 28 dias, Fck > 11,0 MPa.
A sarjeta sempre que possvel dever ser construda antes da execuo do revestimento
asfltico. Esta recomendao visa a garantir que o revestimento no seja confinado.
A escavao de sarjeta dever sempre ser feita manualmente sem o emprego de equipamentos,
como retro-escavadeira e outros. O emprego de equipamentos na escavao para implantao das
sarjetas poder desestruturar as camadas do pavimento. Aps a escavao, o terreno de fundao
dever ser regularizado e apiloado manualmente.
talude/aterro
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So dois os tipos de
dispositivos de descida
dgua: rpido e em degraus.
Planta
Perfil
acostamento
sarjeta
sada dgua
descidadgua
dguarpido
rpido
descida
soleira de
soleira de
disperso
disperso
soleira de disperso
Q 2,07.L0,9 .H 1,6
onde:
Q = Descarga de projeto a ser conduzida pela descida dgua, em m3/s;
L = Largura da descida dgua, em m;
H = Altura das paredes laterais da descida, em m.
Clculo da velocidade no p da descida.
V =2gh
onde:
V = velocidade no p da descida, em m/s;
g = acelerao da gravidade (9,8 m/s);
h = altura do aterro, em m.
A importncia de se calcular a velocidade no p da descida se d no sentido de podermos
definir a necessidade ou no de bacia de amortecimento e/ou dissipador.
A descida dgua tipo rpido, poder ser em concreto simples ou em concreto armado.
Concreto simples em aterros novos com altura menor que 3,00m e em aterro implantado,
consolidado e o solo for coesivo.
Concreto armado em aterros novos com altura superior a 3,00m e em aterros implantados
onde o solo no coesivo
Descida dgua em degraus
A descida dgua em degraus poder ser em concreto simples ou em concreto armado,
dependendo do tipo de solo e das condies para sua implantao.
Nos projetos de Drenagem procura-se sempre utilizar os projetos tipo constantes do Caderno
de Dispositivos de Drenagem do DNIT ou dos DERs.
O revestimento em concreto do dispositivo dever ter 15,0cm de espessura e resistncia a
compresso 28 dias, Fck > 15,0 MPa.
No final de uma descida dgua de aterro, quando a topografia for plana e existir vegetao do
tipo grama, no haver necessidade de implantar dissipador de energia.
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5%
sarjeta de banqueta
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onde:
Condio de permeabilidade
d15%F 5 d 15% S (mximo de 5% passando em peneira n 200)
Condio de no entupimento do material filtrante
d15% F 5 d 85% S
sarjeta
acostamento
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2.2.5.7 Permeabilidade
Podemos definir permeabilidade como sendo a propriedade que os solos apresentam de permitir
a passagem da gua em maior ou menor quantidade.
A permeabilidade de um material medida pelo seu coeficiente de permeabilidade (K) que
expresso em cm/s.
onde:
Q = vazo
A = rea
i = gradiente hidrulico
A permeabilidade funo direta da granulometria como pode ser observado no quadro abaixo:
TABELA 2.16 Valores do coeficiente de permeabilidade x granulometria
-4
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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CETESB/SP. Drenagem urbana Manual de Projeto. So Paulo, 1980.
GARCEZ, LUCAS NOGUEIRA. Hidrologia. Editora Edgard Blcher Ltda, So Paulo, SP, 1974.
MICHELIN, RENATO G. Drenagem Superficial e Subterrnea de Estradas. Editora Multilibri. Ltda,
Porto Alegre, RS, 1975.
MORALES, PAULO ROBERTO DIAS. Manual Prtico de Drenagem. IME, Fundao Ricardo
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NETTO, AZEVEDO; FERNANDEZ, MIGUEL F.; ARAUJO, ROBERTO; ITO, ACCIO EIJI. Manual de
Hidrulica. Editora Edgard Blcher Ltda, So Paulo, SP, 1998.
PINHEIRO JOS P. FERRARI. Publicao Tcnica de n 16 DER/MG. Hidrologia Aplicada a
Projetos Rodovirios. Edio, Assessoria de Normas Tcnicas, Belo Horizonte, MG, 1980.
PINHEIRO JOS P. FERRARI. Publicao Tcnica de n 17 DER/MG. Escoamento de guas
Pluviais nas Sarjetas. Edio, Assessoria de Normas Tcnicas, Belo Horizonte, MG, 1981.
PINTO, NELSON L. DE SOUZA. Vazo de Dimensionamento de Bueiros. IPR, Instituto de
Pesquisas Rodovirias, Rio de janeiro, RJ, 1975.
PINTO, NELSON L. DE SOUZA; HOLTZ, ANTONIO CARLOS TATIT; MARTINS, JOS AUGUSTO;
GOMIDE, FRANCISCO L. S. Hidrologia Bsica. Editora Edgard Blcher Ltda, So Paulo, SP, 1975.
RHODIA S.A. Princpios Bsicos e Sistemas Drenantes. 1978.
SWAMI, MARCONDES VILLELA; MATTOS ARTHUR. Hidrologia Aplicada. McGraw Hill do Brasil,
So Paulo SP, 1975.
TODD, DAVID K. Hidrologia de guas Subterrneas. Editora Edgard Blcher Ltda, So Paulo, SP, 1959.
TOMAZ, PLNIO. Clculos Hidrolgicos e Hidrulicos para Obras Municipais. Editora Navegar,
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WILKEN, PAULO SAMPAIO. Engenharia de Drenagem Superficial. CETESB/SP, So Paulo, 1978.
WISLER, CHESTER O.; BRATER, ERNEST F. Hidrologia. Ao Livro Tcnico S.A, Rio de Janeiro, RJ, 1964.
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3
Sistemas de Esgotamento Sanitrio
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3
SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITRIO
Milton Tomoyuki Tsutiya
3.1 INTRODUO
A partir de 1986 com a divulgao da norma NBR 9649 da ABNT, o Brasil passou a ter os mais
avanados critrios hidrulicos de dimensionamento de redes coletoras de esgoto, utilizando-se os
conceitos de tenso trativa e de velocidade crtica. Tambm, novos rgos acessrios foram
propostos em substituio aos poos de visita. Com a utilizao dessas inovaes tecnolgicas o
custo de construo de redes foi diminudo, entretanto, mesmo assim, a rede coletora de esgoto
representa cerca de 60 a 70% do custo de implantao do sistema de esgoto sanitrio.
A utilizao do conceito de tenso trativa para o dimensionamento da rede coletora possibilitou
a diminuio de declividades e profundidades das redes. Por outro lado, aumentou a necessidade
de operao e manuteno, visto que, nas nossas redes h lanamentos no previstos de guas
pluviais, de matria slida e outros materiais que podem obstruir as redes.
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VAZO
Pico
de
vazo
Infiltrao
0
Tempo (dia)
FIGURA 3.2 - Variao tpica de vazo, em perodo seco e mido, em um sistema
unitrio. (Tchobanoglous e Schroeder,1985)
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A aplicao dos recursos precisa ser feita de maneira mais concentrada, reduzindo a
flexibilidade de execuo programada por sistema;
As galerias de guas pluviais, que em nossas cidades so executadas em 50% ou menos
das vias pblicas, tero de ser construdas em todos os logradouros;
O sistema no funciona bem em vias pblicas no pavimentadas, que se apresentam com
elevada freqncia em nossas cidades;
As obras so de difcil e demorada execuo;
Em municpios operados pelas companhias estaduais de saneamento, a responsabilidade
da drenagem urbana da prefeitura municipal e o sistema de esgoto da companhia estadual.
No Brasil utiliza-se o sistema separador absoluto, por orientao de Saturnino de Brito, sendo
que a cidade de So Paulo, em 1912, adotou o sistema separador absoluto em substituio ao
sistema separador parcial.
As principais vantagens do sistema separador absoluto so (Tsutiya e Alem Sobrinho, 1999):
Custo menor, pelo fato de empregar tubos de dimetros bem menores e de fabricao
industrial (cermico, PVC, concreto, etc);
Oferece mais flexibilidade para a execuo por etapas, de acordo com as prioridades
(prioridade maior para a rede sanitria);
Reduz consideravelmente o custo do afastamento das guas pluviais, pelo fato de permitir
o seu lanamento no curso de gua mais prximo, sem a necessidade de tratamento;
No se condiciona e nem obriga a pavimentao das vias pblicas;
Reduz muita a extenso das canalizaes de grande dimetro em uma cidade, pelo fato de
no exigir a construo de galerias em todas as ruas;
No prejudica a depurao dos esgotos sanitrios.
Por outro lado, para o sucesso do sistema de esgoto sanitrio necessrio um eficiente
controle para evitar que a gua pluvial seja encaminhada, junto com as guas residurias, para esse
sistema de esgoto.
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Nesse sistema, uma parcela das guas de chuva, proveniente de telhados e ptios das economias
so encaminhadas juntamente com as guas residurias e guas de infiltrao do subsolo para um
nico sistema de coleta e transporte de esgotos. Portanto, no sistema separador parcial o sistema de
esgotos urbanos , tambm, constitudo de redes de esgoto e de galerias de guas pluviais.
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(4.2)
onde:
Qi, Qf = vazo mxima inicial e final, L/s;
K1 = Coeficiente de mxima vazo diria;
K2 = Coeficiente de mxima vazo horria;
Ii, If = Contribuio de infiltrao inicial e final, L/s;
Qci, Qcf = Contribuio singular inicial e final, L/s;
Qmi = Pi . qi / 86400 = Contribuio mdia inicial de esgotos domsticos, L/s;
Qmf = Pf . qf / 86400 = Contribuio mdia final de esgotos domsticos, L/s.
(4.3)
onde:
= tenso trativa mdia, Pa.;
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(4.4)
onde:
Imn = declividade mnima, m/m;
Qi = vazo inicial, L/s.
e) Declividade mxima
A declividade mxima calculada para velocidade de 5,0 m/s e pode ser obtida pela equao:
Imx = 4,65 Qf-0,67
(4.5)
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onde:
Imx = declividade mxima, m/m;
Qf = vazo final, l/s.
f) Velocidade crtica
Estabelece as condies de escoamento aerado e se calcula atravs da equao:
(4.6)
onde:
Vc = velocidade crtica, m/s;
g = acelerao da gravidade, m/s2;
RH = raio hidrulico para a vazo final, m.
Quando a velocidade final (Vf) superior a velocidade crtica (Vc), a maior lmina admissvel
deve ser de 50% do dimetro do coletor, assegurando-se a ventilao do trecho. Se a lmina for
superior a 50%, o dimetro dever ser aumentado.
g) Lmina dgua
A lmina mxima igual ou inferior a 75% do dimetro da tubulao. A lmina mnima no
limitada pelo critrio da tenso trativa.
h) Condies de controle de remanso
Sempre que a cota do nvel dgua na sada de um rgo acessrio estiver acima de
qualquer das cotas dos nveis dgua de entrada, deve ser verificada a influncia do remanso
no trecho de montante, garantindo-se as condies de auto-limpeza e condies de
esgotamento livre.
i) rgos Acessrios
Dispositivos fixos desprovidos de equipamentos mecnicos, construdos em pontos
singulares da rede de esgoto. Os rgos acessrios utilizados na rede de esgotos so apresentados
a seguir.
j) Poo de Visita (PV)
O poo de visita possui uma cmara visitvel atravs da abertura existente em sua
parte superior, destinada execuo de servios de manuteno. Os poos de visita so
obrigatrios quando necessrio tubo de queda; nas situaes com mais de 2 entradas e
uma sada; nas extremidades de sifo invertido e passagem forada; quando a profundidade
for igual ou superior a 1,60m; e a jusante de ligaes prediais cujas contribuies podem
acarretar problemas de manuteno.
O tubo de queda deve ser colocado quando o coletor afluente apresentar degrau com altura
maior ou igual a 0,60m exceto para dimetros superiores a 300mm, caso em que necessria a
construo de PV especial, com dissipador de energia (NTS 025, 2006).
Para a Sabesp, os poos de visita devem ser construdos em tubos de concreto tipo ponta e
bolsa com junta elstica, com exceo da parte inferior que deve ser concretada concomitantemente
com a laje de fundo, no mnimo a altura de meio dimetro do tubo coletor, acima da geratriz superior
deste (Figura 3.4).
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0.13
0.60
VARIVEL
0.86
0.13
CHAMIN
0.15 0.15
0,60
TUBO DE ESGOTO
PARA PV/PI
i=2
i=2
CONCRETO SIMPLES
VARIVEL
BALO
0,20
VARIVEL
MNIMO 0.65
OBSTRUO EM
ALVENARIA
0.20
0.20
i=2
0.15 0.15
FERROS 3/8" C/ 10
NOS DOIS SENTIDOS
DIMETRO
0,15
0,15
TUBO
DA REDE BALO
(m)
(m)
2.20
CORTE
AT
0.30
1.00
> 0,30
A
0.60
1.20
2x7 3/8" C/ 9
2x4 5/16" C/ 9
0.2
O
0.05
05
BAL
0.
0.05
0D
0.05
0.2
2 5/16"
05
0.05
0.
2x4 3/8" C/ 9
2x3 3/8" C/ 9
2x2 3/8"
2x4 5/16" C/ 9
2x4 3/8" C/ 9
2x3 3/8" C/ 9
FIGURA 3.4 - Poo de visita convencional em tubos de concreto ponta e bolsa junta elstica, com tubo de queda externo.
(Sabesp, 2006)
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0.60
N.TERRENO
0.13
0.10
0.13
Hmx 1,60 m
0.13
ANEL PR-FABRICADO
4 FERROS 3/8"
ARMAO CIRCULAR
ESTRIBO 1/4" c/0.15
0.20
ENCHIMENTO
VARIVEL
0.15
0.15
3/8" c/0.10
NOS DOIS SENTIDOS
MN. /S
i=2a3
PEDRA BRITA N 4
COBERTA COM N2 SOCADA
0.15
0.20
0.60
0.20
0.15
1.30
CORTE
PI AC:
- EM REDES COM TRECHOS MUITO LONGOS,
MUDANA DE DIMETRO, DIREAO E OU
INICIO DE REDE, PODENDO RECEBER
CONTRIBUIES.
- EM SUBSTITUIO A PV CONVENCIONAL.
PLANTA
FIGURA 3.5 - Poo de inspeo em tubos de concreto, ponta e bolsa, com junta elstica. (Sabesp, 2006)
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0.04
TAMPAO SABESP
200mm
0.09- 5
CAPA ASFALTICA
CONCRETO PRE-MOLDADO
VER DETALHE
0.05
0.05
0.15
de 0.05 a 0.07
LASTRO DE BRITA N4
0.12- 5
AREIA
VER OBS.
VARIAVEL
MINIMO: - PASSEIO 0.95m
- LEITO CARROCAVEL 1.05m
VER OBS.
0.05
0.65
0.05
BERCO DE CONCRETO
0.65
0.55
0.30
CORTE
P/ 150mm = 0.18-m
P/ 150mm = 0.03-m
- TL
0.55
EM INICIO DE REDE
PLANTA
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M) Disposies Construtivas
Distncia entre rgos acessrios
A distncia mxima recomendada entre os rgos acessrios (PV, PI e TL) deve ser de 100 m.
Direcionamento do fluxo nos rgos acessrios
O fundo do PV e PI devem ser constitudos de calhas destinadas a guiar os fluxos afluentes
em direo sada. Lateralmente, as calhas devem ter altura coincidindo com a geratriz superior do
tubo de sada.
Profundidade dos coletores
A profundidade da rede coletora dever atender as condies adequadas de ligao predial e
proteo da tubulao contra cargas externas. Em princpio, as redes coletoras no devem ser
aprofundadas para atender s soleiras abaixo do greide da rua, tendo sua profundidade definida pelas
condies hidrulicas e pelas restries de recobrimento mnimo. Devem ser analisadas, tambm, as
condies de jusante do trecho a ser aprofundado, quanto possibilidade de recuperao de
profundidades, cotas fixas de chegada jusante, etc.
Recobrimento da tubulao
Recomenda-se para recobrimento mnimo os seguintes valores:
Coletor a ser assentado no leito carrovel de rua pavimentada: 1,35 m;
Coletor a ser assentado em ruas de terra: 1,45 m;
Coletor a ser assentado no passeio: 1,05 m;
Coletor a ser assentado em regies planas e de nvel de lenol fretico alto: 1,05 m (ruas
pavimentadas), 1,25 m (ruas no pavimentadas) e 0,75 m (passeio).
Recobrimentos menores devem ser justificados.
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(4.8)
onde:
Qf,n = vazo final do trecho n;
Qf,n-1 = vazo final do trecho de montante;
Qf,a = vazo final do coletor afluente ao PV de montante do trecho n.
Para o dimensionamento dos interceptores e tubulaes de esgotos de grande porte deve ser
considerado o efeito de amortecimento das vazes de pico que decorrncia de dois fatores:
Amortecimento em marcha, produzido no s pelo balano de volumes no interior de grandes
coletores, como pelas variaes do regime de escoamento;
Defasagem em marcha resultante das adies sucessivamente defasadas das
contribuies dos coletores tronco.
Na prtica, entretanto, levada em considerao apenas a defasagem em marcha, e
dependendo do sistema, poder causar um amortecimento nas vazes de pico, influindo no
dimensionamento das estaes elevatrias ou estao de tratamento de esgoto. A defasagem pode
ser calculada atravs da diminuio do coeficiente de pico das vazes.
Resultados de pesquisas j realizadas, conforme apresentado por Tsutiya e Alem Sobrinho
(1999) mostram que, medida que as reas de contribuio crescem, os picos de vazo diminuem.
A maioria das pesquisas utilizou para determinar os coeficiente de pico K (K1xK2), equaes do tipo
K = f (Qm), onde f a funo determinada atravs de dados observados durante um certo perodo
de tempo, e Qm a vazo mdia. Para a Regio Metropolitana de So Paulo, a Sabesp utilizou as
relaes apresentadas a seguir, para o dimensionamento de grandes interceptores.
(4.9)
onde:
Qm = somatria das vazes mdias de uso predominantemente residencial, comercial, pblico,
includos, tambm, as vazes de infiltrao, em L/s;
Para Qm 751 L/s K = 1,80
Cabe salientar que, para cada local, devem ser feitos estudos especficos de modo a se
determinar curvas do tipo K = f (Qm), que possam ser utilizadas em projetos.
99
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min
= 0,00035 Q -0,47
i
(4.10)
onde:
I
min
A utilizao da tenso trativa mdia de 1,5 Pa, superior da rede coletora (igual a 1,0 Pa),
justifica-se pelo fato de que, essa tenso alm de atender as condies da autolimpeza, ir diminuir
a formao da pelcula de limo nas paredes das tubulaes e, conseqentemente, a gerao de
sulfetos. Como os materiais dos interceptores so geralmente de concreto que so atacados pelo
cido sulfrico, de fundamental importncia que os interceptores sejam projetados com tenso
trativa igual ou maior que 1,5 Pa, para prevenir a formao de sulfetos.
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16
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(4.12)
onde:
g = acelerao da gravidade, m/s2;
RH = raio hidrulico, em m;
Vc = velocidade crtica, em m/s.
101
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17
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TAMPO
600mm-FF
TAMPO
600mm-FF
NT
0.80
N3
N3
N2
N2
0.60
0.80
NT
N1
0.20
0.20
PARALELEPPEDOS
0.25
NF
0.25
NF
0.15
ENCHIMENTO
0.15
0.50
0.50
0.80
ENCHIMENTO
BRITA
BRITA
CORTE B-B
CORTE A-A
102
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18
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1.00
1.00
FUROS
20mm
D
0.60
1.20
0.60
0.375
TAMPO
600mm FF
D
---
---
NF
0.45
NF
0.375
0.60
0.60
1.10
1.10
FURO 150mm1.00
1.00
PARALELEPPEDOS
2.20
FUROS
20mm
TAMPO
600mm FF
0.60
PLANTA SUPERIOR
0.60
0.375
1.20
0.375
0.60
---
NF
0.45
NF
0.60
---
PLANTA BAIXA
1.10
FURO 150mm
1.10
PARALELEPPEDOS
2.20
REVISO
N
EXECUTADO POR
REVISO
DATA
APROVADO POR
SABESP
SABESP
DESENHOS DE REFERNCIA
APROVADO POR
ACEITO
DATA
ACEITO EXECUTADO
DATA POR
PV
NOTAS
NMERO
NOTAS
(mm)
36
PLANTA BAIXA
DATA
REVISO
03/01
EXECUTADO POR
APROVADO POR
600
d
(mm)
sabespCOTAS (m)
NT
NF
EXECUTADO POR
a
N2
N3
(m)
(m)
754.44
754.59
6.10
0.30
N1
VISTO
E ACEITO
750.50
756.60
752.24
200
20
SABESP
ACEITO
DATA
DESENHOS DE REFERNCIA
NMERO
ANALISADO:
EXECUTADO POR
sabesp
NOTAS
1. MEDIDAS E ELEVAES EM METRO, DIMETROS
EM MILMETROS, SALVO AS INDICADAS
EM CONTRRIO.
ACEITO:
VISTO E ACEITO
ESTA ACEITAO NO ISENTA A CONTRATADA DAS RESPONSABILIDADES
E OBRIGAES ESTABELECIDAS NO CONTRATO
ANALISADO:
ACEITO:
VISTO:
VISTO E ACEITO
/
/
/
/
/
/
VISTO:
PROJ.:
APROVADO POR:
ASS.
10/00
DES.:
PLANTAS E CORTES
/ :
ANALISADO
/
ACEITO:
VISTO: /
/
/
/
PROJ.:
REV.
1
APROVADO
POR:
FL.
ASS.
N CONTRATADA
10/00
REA PROJ.:
JOANY R. C. ANDRADE
CREA
0400045423
10/00
SUB-REA PROJ.:
PI-34 A PI-36
sabesp
ESCALA
1:25
FIGURA 3.7 - Poo de visita com dissipao de energia. Fonte: Sabesp (2005).
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ALONSO, L.R. et al. Sewage System Improvement by Operational Parameters Research. Water
Environment & Techinology. Vol. 2, n 12. December, 1990.
AMPI. Reviso do Estudo de Concepo para o Sistema de Esgotos Sanitrios de Tatu.
Relatrio R1. Volume I, Textos. Julho, 1993.
ARAUJO, R. Projeto de Interceptores de Esgotos. Dimensionamento Hidrulico. Seminrio de Saneamento
Bsico, Curso de Ps-Graduao PHD-784. Escola Politcnica da USP. So Paulo, Novembro, 1977.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Projeto de Redes Coletoras Esgoto Sanitrio.
NBR 9649, ABNT, Rio de Janeiro, Novembro, 1986.
____. Projeto de Interceptores Esgoto Sanitrio. NBR 12207, ABNT, Rio de Janeiro, Abril, 1992.
AZEVEDO NETTO, J.M. Contribuies Indevidas para a Rede de Esgotos. Revista DAE, n 120, 1979.
AZEVEDO NETTO, J.M. Sistemas de Esgotamento Unitrio e Separador. Captulo 2. Curso por
Correspondncia. Sistema de Coleta e Transporte de Esgotos Sanitrios. CETESB. So Paulo, 1987.
LENS, P. et al. Decentralised Sanitation and Reuse. Concept. Sustems and Implementation. IWA
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MELLO, G.S.L. Investigao das Oscilaes Dirias e Transientes de Vazo e Qualidade em Esgotos
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METCALF & EDDY. Wastewater Engineering: Collection and Pumping of Wastewater. McGrawHill. New York, 1981.
103
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19
EXECUTADO POR
sabesp
( )o
200CONTRATADA
754.90DAS
758.90
756.81
757.50
757.65
4.00
0.30
0
42
600
ESTA ACEITAO NO
ISENTA
A
RESPONSABILIDADES
ESTA ACEITAO NO ISENTA A CONTRATADA DAS RESPONSABILIDADES
E OBRIGAES
ESTABELECIDAS
CONTRATO
200
781.15
777.15 NO
778.42
778.37
778.65
4.25
0.08
0
53
300
E OBRIGAES
DES.: ESTABELECIDAS NO CONTRATO
28/2/2008, 11:37
CREA
/
/
/
/
/
/
DES.:
PROJ.:
APROVADO POR:
ASS.
PAULI, D.R. Impacto das Vazes Incontroladas na Operao das Redes Coletoras de Esgotos
Sanitrios. Dissertao de Mestrado. Universidade Mackenzie. So Paulo, 1998.
SNIS - Servios de gua e Esgotos. Parte 1 Texto. Viso Geral de Prestao de Servios.
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TSUTIYA, M.T.; MACHADO NETO, J.G.O. Tenso Trativa: Um Critrio Econmico para o
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VON SPERLING, M. Introduo Qualidade das guas e ao Tratamento de Esgotos. Volume 1,
3a Edio. Departamento de Engenharia Sanitria e Ambiental. UFMG. Belo Horizonte, 2005.
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4
Projeto Estrutural
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4
PROJETO ESTRUTURAL
Mounir Khalil El Debs
Projeto Estrutural
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Quando o tubo for assentado de forma a se promover um contato efetivo em uma grande regio,
a distribuio das presses sob a base ser mais favorvel (Figura 4.2a). Caso contrrio, ocorre
tendncia de concentraes de presses e conseqentemente de aumento significativo de momentos
fletores na base do tubo (Figura 4.2b).
aterro lateral
junto base
aterro lateral
junto base
(a)
(b)
FIGURA 4.2 - Influncia da forma de assentamento na distribuio das presses junto base
Outro aspecto importante a compactao do solo junto base do tubo. Dependendo do tipo
de assentamento, pode-se ter melhores condies de realizar a compactao, como se observa na
Figura 4.2a, e, portanto, maior confinamento lateral, conseqente melhor distribuio de momentos
fletores no tubo. J no caso da Figura 4.2b, pode-se notar que praticamente no existem condies
de compactar o solo junto base. Assim, a distribuio dos momentos fletores ser ainda mais
desfavorvel, devido menor presso lateral nas paredes do tubo.
Na Figura 4.3 est mostrada a distribuio de presses que ocorre no tubo em aterro. Esta
distribuio foi feita a partir de medidas experimentais, com um tratamento dos valores de forma a
tornar simtrica a distribuio das presses. A partir dessa figura e da Figura 4.2 fica mais fcil notar
o efeito do assentamento do tubo na distribuio das presses.
No caso mostrado na Figura 4.2a, as presses na base so distribudas em uma regio maior
e, naturalmente, de menor intensidade. Tambm as presses agindo na lateral do tubo so maiores
devido s melhores condies de compactao do solo. Por outro lado, no caso da Figura 4.2b, as
presses na base so distribudas numa regio menor e, portanto, de maior intensidade. Analogamente
ao caso anterior, as presses laterais so menores devido dificuldade de compactao do aterro
lateral junto base. Portanto, os momentos fletores no tubo so mais desfavorveis no caso da
Figura 4.2b que no caso da Figura 4.2a.
Conhecida a distribuio de presses nas paredes do tubo, o clculo das solicitaes (momentos
fletores, fora cortante e fora normal) pode ser feito considerando o tubo como um anel. Por comodidade,
procura-se trabalhar com distribuies de presses que facilitem os clculos. Existem na literatura tcnica
algumas indicaes de distribuies idealizadas para clculo. Uma dessas distribuies apresentada
na Figura 4.4. Mais uma vez, possvel observar, por esta distribuio, que os valores e a extenso das
presses na base so dependentes da regio de contacto da base no apoio, relacionado com o ngulo
b e analogamente, as presses laterais, relacionadas com o ngulo a.
Outras distribuies de presses para o clculo dos esforos solicitantes tm sido propostas.
Na Figura 4.5a mostrada, em linhas gerais, a proposta de Olander, que segue uma distribuio
radial. J na Figura 4.5b mostrada a proposta de Joppert da Silva, que indica uma presso lateral
que diminui medida que se aproxima da base do tubo, como conseqncia da dificuldade de
compactao do solo na lateral do tubo, junto base.
Como se pode observar, a determinao das presses sobre os tubos de concreto depende de
vrios fatores. A considerao de todos estes fatores de forma razoavelmente precisa seria
extremamente complexa. Ainda mais quando se considerar a possvel interao da estrutura com o solo.
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q
2 re
re (1 + cosfa )
re
fa
fb
q
2 re sen fb
re (1 + cosf b )
O desenvolvimento deste
q
procedimento se iniciou com a
presses
2 re
kq
experimentais
publicao da primeira teoria para
2 re
avaliao das aes do solo sobre
condutos enterrados, por Marston,
presses
em 1913. Apesar de existirem
para projeto
fb
estudos anteriores sobre tubos de
q
2 re sen fb
concreto, esta considerada a
primeira publicao com uma teoria
sobre o assunto.
a ) Olander
b ) Jopper da Silva
Marston desenvolveu um modelo terico para a avaliao das
FIGURA 4.5 - Distribuio de presses proposta por Olander e por
aes em tubos instalados em vala,
Jopper da Silva para o clculo de tubos circulares de concreto
e tambm um mtodo de ensaio para
testar a resistncia dos tubos de concreto. Posteriormente, ele, Spangler e Schlick, formularam uma extenso
desta teoria, que deu origem ao procedimento MarstonSpangler, correntemente empregado at o presente.
Basicamente, o procedimento engloba: a) determinao da resultante das cargas verticais
sobre os tubos; b) emprego de um fator de equivalncia e c) ensaio padronizado para medir a
resistncia do tubo.
A determinao da
l/2
resultante das cargas verticais sobre o tubo feita a
di
partir de formulao que
(mn. 20 mm)
10
depende basicamente do tipo
de instalao do tubo.
di
l
Para o ensaio de resistncia, normalmente, se emprega o ensaio de compresso
diametral, conforme indicado na
FIGURA 4.6 - Esquema de ensaio de compresso diametral de tubos de concreto
Figura 4.6.
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nvel
original
Topo do
aterro
aterro
aterro
solo
natural
a) Instalao em vala
Topo do
aterro
Topo do
solo
aterro
solo
natural
solo
natural
A instalao em vala induzida ou imperfeita aquela em que o tubo comea a ser instalado
como tubo em aterro com projeo positiva. Aps a colocao de parte do aterro, escavada uma
vala da largura do conduto e enchida com material bastante compressvel (Figura 4.8). Devido alta
compressibilidade desta camada, haver uma tendncia de desvio das cargas sobre o tubo para as
laterais, de forma a reduzir a resultante das presses sobre o tubo. Este tipo de instalao ,
normalmente, reservado para grandes alturas de aterro sobre o tubo.
Topo do
aterro
Topo do
aterro
solo
compactado
solo
compactado
solo
compactado
solo
compactado
solo
natural
solo
natural
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onde
(4.3)
sendo:
- peso especfico do solo do aterro;
hs - altura de terra sobre o plano que passa pelo topo do tubo (distncia do topo do tubo at a
superfcie);
bv - largura da vala;
e
e
com
k definido na seo 4.1.1.4.
Na Figura 4.10 mostrada a variao do parmetro Cv em funo de hs/bv, para vrios valores do
coeficiente . Tambm est representada neste desenho, em linha tracejada, a situao em que no h
nenhuma reduo no peso do solo, o que permite visualizar a reduo da carga vertical neste tipo de
instalao de tubos.
u' k F dy
bv
dy
hs
F +F
k F dy
bv
bv
VALORES DE hs / bv
' = 0,22
13
' = 0,30
' = 0,26
14
' = 0,38
' = 0,33
15
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
de
2
1
0
VALORES DE Cv
FIGURA 4.9 - Indicaes sobre o modelo do
comportamento em tubos instalados em vala
Quando o talude da vala inclinado, a largura da vala varivel, crescendo medida que se
distancia do plano horizontal, que passa pelo topo do tubo. Para estes casos, pode-se considerar o
valor da largura da vala bv para o clculo, a largura corresponde ao nvel do topo do tubo, conforme
mostrado na Figura 4.11a. Quando a inclinao do talude se inicia ao nvel do topo do tubo, como
mostra a Figura 4.11b e 4.11c, a largura bv para clculo a largura da vala correspondente ao plano
horizontal, que passa pelo topo do tubo.
bv
aterro
hs
bv
aterro
de
a)
hs
bv
aterro
de
b)
hs
de
c)
FIGURA 4.11 - Indicaes para adoo da largura bv para situaes de vala com largura varivel
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Como se pode notar pela formulao, a resultante das cargas aumenta com a largura da vala bv.
Caso esta largura aumente muito, pode-se atingir uma situao em que a formulao apresentada
deixar de ser vlida, pois o comportamento no corresponde a uma instalao em vala e passa a
corresponder ao de instalao em aterro. Assim, no clculo dos tubos instalados em vala, a resultante
das cargas no pode ultrapassar quela correspondente a calculada com a formulao de instalao
em aterro, a ser vista a seguir. Para estes casos, considera-se o menor dos valores da resultante.
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he
solo natural
b v
s a + s f + de
sn
bv
sf + d e
de
sf
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A resultante das cargas verticais, deduzida a partir das mesmas hipteses do caso anterior,
pode ser colocada na forma:
(4.10)
onde para hs < he
(4.11)
e para hs > he
(4.12)
com
en he / bv
O valor de he, que indica a posio do plano de igual recalque, determinado a partir da
expresso
(4.13)
com a razo de recalque ran expressa por
(4.14)
e a taxa de projeo expressa por
(4.15)
sendo:
sa - recalque do aterro de altura ha adjacente ao do tubo;
sn - recalque do terreno natural adjacente ao tubo;
sf - recalque da fundao do tubo junto sua geratriz inferior;
de - afundamento do tubo na direo vertical (variao diametral).
Tambm neste caso o sinal mais (+) utilizado quando a razo de recalque positiva
(sobrecarregando o tubo) e o sinal menos () utilizado quando a razo de recalque negativa
(aliviando o tubo).
Neste caso, as poucas medidas que tm sido feitas indicam valores de -0,3 a -0,5, para a
razo de recalque. Portanto, nas expresses para clculo da resultante das cargas com as expresses
(4.11) a (4.13) se utilizaria apenas o sinal menos ().
, 2 k ,
116
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c h / bc
Manual Tcnico de Drenagem e Esgoto Sanitrio
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com
k definido na seo 4.1.1.4.
sendo
- peso especfico do solo do aterro;
c - coeso do solo acima do tubo;
bc - largura do furo para cravao;
hs - altura de terra sobre o tubo (distncia do topo do tubo at a superfcie).
Na tabela 4.3 so apresentados os valores sugeridos pela ACPA para a coeso do solo.
TABELA 4.3 Valores da coeso para vrios solos (ACPA)
ALTURA DA TERRA ( m )
6.10
EFEITO DO SOLO
4.88
3.66
2.44
EFEITO DO SOLO + SOBRECARGA
1.22
19,5
39,0
58,5
78,0
97,5
117,0
117
Projeto Estrutural
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a
q'1
sup
q'1
erf
cie
superfcie
0
q'2
0
hs
q'2
a + 2h s tg 0
O ngulo o varia entre 30o a 450 conforme a rigidez do solo. Ser aqui utilizado o valor de 35o
indicado pela ATHA.
Com base na Figura 4.16, pode-se determinar a presso que uma fora Q
parcialmente distribuda na superfcie, em um retngulo a x b, exerce sobre o tubo, para o
caso de t = b+1,4hs > de.
A uma altura de terra hs do plano que passa pelo topo do tubo, a fora Q distribuda em
uma rea:
(4.18)
Desta forma, a presso em um plano passando sobre o topo do tubo vale:
(4.19)
118
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Q
35
hs
t=
35
,4
b+
1,4
1
a+
de
hs
hs
A resultante sobre a rea projetada pelo tubo sobre o plano que passa pelo seu topo, por
unidade de comprimento, vale:
(4.20)
Portanto, esta resultante por unidade de cumprimento do tubo ser:
(4.21)
Conforme foi visto, esta resultante est aplicada no topo do tubo. Tendo em vista que a referncia
para clculo do tubo a sua base, deve-se considerar ainda um espraiamento da resultante das
presses sobre o topo do tubo at um comprimento efetivo distncia de 3/4 de de do topo tubo.
Supondo que a distribuio ocorre com o mesmo ngulo o, o comprimento efetivo resulta, conforme
a Figura 4.17, em:
(4.22)
Q
superfcie
35
35
a + 1,4 h s
de
hs
3/4 d e
Projeto Estrutural
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Assim, a expresso geral para o clculo da resultante sobre o tubo por unidade de comprimento,
incluindo a considerao do efeito dinmico, vale:
(4.23)
Quando o valor de t = b+1,4hs for menor que de, como mostrado na FIGURA 4.18, o espraiamento
de Q no ultrapassa o dimetro externo do tubo e, portanto, o efeito da sobrecarga incide na sua
totalidade sobre o conduto. Desta forma, a resultante sobre o tubo vale:
(4.24)
Quando atuar mais de uma fora na superfcie, pode ocorrer uma superposio dos efeitos
dessas foras. Considerando duas foras com uma distncia entre elas de c, conforme mostrado
na Figura 4.19, haver uma superposio dos seus efeitos a uma profundidade hc. O seu valor vale:
(4.25)
Considerando a mesma hiptese de distribuio das presses, a uma profundidade hs > hc, ocorrer,
conforme mostrado na Figura 4.19, uma superposio dos efeitos das duas rodas com uma largura.
(4.26)
Q
b a
de >
t
FIGURA 4.18 - Situao em que o dimetro externo maior que a
largura da sobrecarga espraiada
c
Q
b
hs
35
35
0.7 h c 0.7 h c
hc
h s - hc
superposio de
presso
FIGURA 4.19 - Distribuio das presses com duas foras supondo a mesma hiptese
de distribuio para cada uma das foras
No entanto, com o espraiamento das foras ocorre uma certa reduo da presso medida que
se afasta da linha vertical de aplicao da fora. Assim, esta superposio pode ficar muito desfavorvel.
Nestes casos, pode-se levar em conta a superposio do efeito das duas foras aplicadas na
superfcie considerando o efeito conjunto, supondo que as duas foras formem uma outra fora
fictcia aplicada em uma largura b= 2b+c, conforme mostrado na Figura 4.20. Assim, tem-se uma
fora de intensidade 2Q atuando em uma rea na superfcie de a x b.
120
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c
Q
b
hs
b
b ' = 2b + c
hc
de
t ' = 2b + c + 1,4 hs
FIGURA 4.20 - Distribuio das presses com superposio de efeitos de duas foras
Desta forma, a resultante sobre o tubo por unidade de comprimento, no caso de hs > hc, vale:
para de < t
(4.27)
para de > t
(4.28)
sendo que:
b = 2b+c
t= b+1,4hs = 2b+c+1,4hs
Este procedimento pode ser estendido para o caso de haver um nmero maior de foras
parcialmente distribudas, como por exemplo, 4 ou 6 foras.
Para prever efeitos localizados muito severos, recomenda-se uma altura mnima de terra hs
de 0,6 m para situao de trfego normal. Para situaes em que previsto trfego pesado, este
limite deve ser objeto de recomendaes especficas.
No caso de altura de terra hs pequena pode ocorrer que as solicitaes sejam crticas no
coroamento do tubo. Entretanto, o procedimento apresentado parte de pressuposto que a regio
crtica na base do tubo. Considerando que o coroamento passa a ser crtico, quando a fora
parcialmente distribuda - propagada at o plano horizontal, que passa pelo topo do tubo - se estende
em um comprimento ao longo do eixo do tubo menor que seu dimetro externo, pode-se determinar
a altura de terra para este caso com a expresso:
(4.29)
Assim, quando a altura de terra for maior que hs,lim, vale a formulao apresentada. Caso
contrrio deve ser feita uma anlise especfica.
Projeto Estrutural
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1,50
1,50
1,50
2,00
3,00
VECULOS TIPO 45 e 30
1,50
6,00
Dimenses da rea de contato
Vista Lateral
122
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18
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e
Qr
Qr
Qr
hs
a
h s 0.10 + 0.70 h
s
h cl
0.10 + 0.70 hs
de
1/2 1,05 de
3/4 de
Projeto Estrutural
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Tendo em vista a possibilidade da fora distribuda q de multido ser mais desfavorvel, podese considerar um valor mnimo de:
qm = q de
(4.36)
onde
q = 5 kN/m2
O valor do coeficiente impacto pode ser tomado, conforme indicaes da ACPA, com a Tabela 4.6.
TABELA 4.6 Coeficientes de impacto para trfego rodovirio (ACPA)
q'
Qe Qe
a b
Qe Qe
q'
b a
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20
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4 x 360 kN
120 kN/m
0.5 m
60 kN/m2
1 2m 2m 2m 1
60 kN/m2
3m
40 kN/m2
Desta forma, por exemplo para os TB 360, 270 e 240, pode-se considerar a locomotiva
como carga parcialmente distribuda em uma rea de projeo de b=8,0 m (na direo do trfego)
por 3,0 m.
Alm do peso da locomotiva, deve-se considerar o peso de vages carregados com a fora q
fornecida na Tabela 4.7. Para a superposio desta fora com o peso da locomotiva, pode-se
considerar a fora q contnua na ferrovia e o peso da locomotiva descontado desta fora.
No caso de linha de tubo cruzando ferrovia com linha simples, o clculo do efeito da sobrecarga
pode ser feito com as expresses:
(4.37)
sendo
Q - peso da locomotiva (kN)
q - fora distribudas dos vages carregados (kN/m)
b = 8,0 m
Para o caso de TB-360, tem-se o seguinte valor:
(4.38)
No caso de linha dupla, necessrio verificar se existe superposio de efeitos delas sobre os
tubos. O clculo da resultante, considerando esta superposio, pode ser feito sem grandes
dificuldades.
Para o valor do coeficiente de impacto para ferrovias pode empregar o valor recomendado
pela ATHA:
(4.39)
Projeto Estrutural
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TABELA 4.8 Presso vertical com a profundidade para cargas aerovirias (ATHA)
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Como pode ser observado, no caso da base de concreto, existe uma faixa que depende do
tipo de execuo e qualidade de compactao do enchimento. Valores mais detalhados para este
tipo de base so apresentados pela ATHA. Na FIGURA 4.29 esto indicados os valores dos coeficientes
de equivalncia para vrias configuraes de base de concreto.
Bases de primeira classe
terra
30 cm
30 cm
rocha
20 cm
mn.
0.6 d e
colcho de material
arenoso selecionado
Bases Condenveis
terra
terra
terra no
compactada
rocha
de
colcho de terra
insuficiente
1.1.1
127
Projeto Estrutural
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23
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Bases Comuns
hs
15 cm
mn.=15cm
terra
rocha
mn.=20cm
0.5 d e
terra colocada manualmente
e compactada com p
colcho de terra de 4 cm de
espessura por metro de hs ,
quando h s > 5 m
Bases de Concreto
terra
mn.= de /4
mn.= 1/4 do
dimetro interno
concreto fck > 15 MPa
solo sem
compactao
> 30 cm
> 30 cm
1/2 de
c
1/2 d e
c
solo
compactado
eq = 4,0
concreto
eq = 3,0
concreto
solo sem
compactao
> 30 cm
> 30 cm
1/4 d e
c
1/4 d e
c
solo
compactado
120
eq = 2,8
concreto
eq = 2,2
concreto
solo sem
compactao
> 30 cm
> 30 cm
solo
compactado
90
eq = 2,3
128
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1/6 d e
c
concreto
90
eq = 2,0
1/6 d e
c
concreto
24
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de + 20cm
mn.= d e /10
.d e
rocha
mn.= de /10
c
conformao
adequada
c=
colcho
de terra
30 cm para h s < 7.50 m
4 cm/m de hs para h s > 7.50 m
FIGURA 4.30 - Bases Condenveis ou Classe D - tubos em aterro com projeo positiva
de = Dimetro externo
do tubo
de
terra
base no conformada
parede
rocha
FIGURA 4.31 - Bases Comuns ou Classe C - tubos em aterro com projeo positiva
1.1.2 2
129
Projeto Estrutural
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25
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enchimento bem
compactado
.d e
mx.
= 0.7
mn.= 3d e/10
conformao
adequada
mn.= de /10
FIGURA 4.32 - Bases de primeira classe ou Classe B - tubos em aterro com projeo positiva
mn.= d e /4
mn.= 1/4 do
dimetro interno
FIGURA 4.33 - Bases de concreto ou Classe A - tubos em aterro com projeo positiva
O fator de equivalncia de tubos circulares para os tubos em aterro com projeo positiva
determinado pela seguinte expresso:
eq
1,431
(4.40)
sendo parmetro que depende da distribuio das presses na base, que por sua vez
depende do tipo de base. O seu valor pode ser adotado conforme a Tabela 4.10
TABELA 4.10 - Valores de
O parmetro depende da rea em que a presso lateral atua. O seu valor funo da taxa
de projeo e do tipo de base. Na Tabela 4.11 esto indicados os valores deste parmetro.
TABELA 4.11 - Valores de
O parmetro a relao entre a resultante das presses laterais e a resultante das cargas
verticais. O seu valor pode ser determinado pela expresso:
(4.41)
130
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26
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onde
- taxa de projeo;
k - coeficiente de empuxo;
Cap - coeficiente de Marston para instalao em aterro com projeo positiva;
hs - altura do aterro;
de - dimetro externo.
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0
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F
0,318 F rm
0,5 F
rm
0,182 F r m
0,5 F
F
MOMENTO FLETOR
+
0,5 F
0,318 F r m
F
FORA NORMAL
F
FORA CORTANTE
FIGURA 4.34 - Esforos solicitantes produzidos por duas foras diametralmente opostas
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en
da
em
Tela
soldada
em
Tela
soldada
Armadura interna
em uma camada
Armadura interna
em uma camada
di
di
CORTE TRANSVERSAL
CORTE TRANSVERSAL
Dim. do fio (mm)
Emenda
(cm)
Dim. do
fio (mm)
Emenda (cm)
21
24
25
28
31
6,0
346,0
7,1
40 7,1
34
40
CORTE LONGITUDINAL
PARA TUBO TIPO
MACHO
E FEMEA
CORTE
LONGITUDINAL
PARA TUBO TIPO
MACHO E FMEA
Tela
soldada
Tela
soldada
135
Projeto Estrutural
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en em
da e
nd
a
em
em
en em
da en
da
Tela
soldada
Tela
soldada
di
di
di
di
da
en
emda
en
em
Armadura interna
em duasinterna
camada
Armadura
em
duas
camada
CORTE TRANSVERSAL
CORTE TRANSVERSAL
Armadura interna
em uma interna
camada
Armadura
em uma camada
em
6,0
34
6,0
34
da
en
enmda
e
7,1
40
7,1
40
CORTE LONGITUDINAL
PARA
TUBO TIPO
CORTE
LONGITUDINAL
PARA
TUBO
TIPO
MACHO
E FEMEA
MACHO E FMEA
Tela
soldada
Tela
soldada
CORTE LONGITUDINAL
CORTE
LONGITUDINAL
PARA
TUBO TIPO
PARA
TUBO
TIPO
PONTA
E BOLSA
PONTA E BOLSA
d'ext
As
h /2
M
N
h /2
d'int
> cint
Face interna
A s , ext
c ext
d'ext
h /2
M
N
h /2
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> c int
terna
Face in
d'int
As , int
32
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33
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a) armadura circular simples para tubos de dimetro interno menor que 800mm
(em mm2/m) (4.45)
com b=1,0m, di e h em mm e fyk em MPa.
b) armadura circular dupla, para dimetro interno maior ou igual a 800 mm
armadura interna
(em mm2/m) (4.46)
armadura externa
(em mm2/m) (4.47)
A partir do clculo das reas das armaduras e da verificao das armaduras mnimas, podese escolher a tela soldada mais adequada dentre as comercialmente disponveis.
Nas regies em que os momentos fletores produzem trao na face interna do tubo, deve ser
analisada a possibilidade de ruptura do cobrimento da armadura devido tendncia de retificao da
armadura tracionada.
Segundo a ASCE, a rea da armadura deve ser limitada ao valor:
(4.48)
onde
b = 1,0 m;
rs - raio da curva da armadura interna = di/2 + cint, em mm
para 300mm < di < 1800mm
para 1800mm < di < 3600mm
Frp coeficiente que leva em conta o processo de execuo e o tipo de material; normalmente,
este valor considerado 1,0;
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41
d com mximo F d igual; 1,3 para armadura dupla e 1,4 para armadura simples
(d em mm);
Fc - coeficiente que leva em conta a curvatura, determinado com Fc 1
do lado interno e para trao do lado externo;
d
com + para trao
2r
Fn - coeficiente que leva em conta o efeito da fora normal; sendo Fn = 1 para fora normal nula.
Merece ser comentado que foi escolhida esta formulao ao invs da formulao da NBR
6118, por se tratar de formulao especfica para tubos. Os valores que resultam desta formulao
so um pouco maiores que aqueles que resultam com a NBR 6118.
si 3 si
(4.50)
ws
si 4
(
45)
(20 i 7,5) E si ri
(4.51)
onde:
s
Md
0,9.d . As
(4.52)
em que
Md - momento de correspondente carga de fissura (trinca), por metro linear;
d - altura til da seo;
As - rea da tela soldada tracionada, por metro linear;
Esi - mdulo de elasticidade do ao (210 GPa);
ri
Asi
Acri
com
Acri - rea do concreto de envolvimento do fio da tela soldada conforme definido na NBR 6118;
Asi - rea do fio tracionado da tela soldada empregada.
De acordo com resultados experimentais apresentados em HEGER & MCGRATH, o efeito da
aderncia da tela, comparado com fios lisos, colocado na forma de coeficiente de aderncia, est
apresentado a seguir:
b = 1,5 - para tela soldada com fio liso e espaamento mximo dos fios longitudinais de 200mm
b = 1,9 - para tela soldada com fio corrugado
Merece ser destacado que, atualmente no Brasil, as telas soldadas s tm sido produzidas
com fio nervurado. Assim, o valor de b para as telas soldadas vale 1,9.
139
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140
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36
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Por outro lado, medida que a altura de solo sobre a galeria for aumentando, o efeito da
sobrecarga de veculos vai diminuindo, mas pode aparecer efeito significativo de arqueamento do
solo. Este efeito geralmente considerado no projeto de tubos circulares. Conforme j apresentado,
dependendo da forma que o tubo for instalado, pode haver um decrscimo do peso do solo sobre o
tubo, no caso de tubos em vala, ou um acrscimo do peso do solo sobre os tubos, no caso de tubos
em aterro. Na Figura 4.41 est representado este efeito. Este efeito comea a ser significativo quando
a altura de solo sobre o tubo for maior que a sua largura externa (bext).
Ao se fazer uma analogia dos tubos de seo retangular com os tubos de seo circular,
faz-se necessrio analisar a reao do solo na base do tubo. Como os tubos de seo retangular
possuem a base plana, a distribuio das reaes do solo so mais favorveis conforme ilustra
a Figura 4.42.
Projeto Estrutural
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37
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(4.53)
Pode ser feita uma transformao, calculando a presso vertical como se fosse apenas solo
com uma altura equivalente de:
" pav
hequ hs h pav
(4.54)
" solo
Na falta de indicaes mais precisas, podem ser considerados os seguintes valores para os
pesos especficos:
k a tg 2 (45 )
2
142
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(4.55)
38
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k o 1 sen
(4.56)
(4.57)
onde o coeficiente de empuxo k pode ser o coeficiente de empuxo ativo ka ou o coeficiente de empuxo
em repouso ko.
No caso de galerias de gua pluviais, a presso de gua do lado de dentro da galeria pode ser
considerada.
p ha " a y a
(4.58)
Projeto Estrutural
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39
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p vq q sup
(4.59)
p hq kqsup
(4.60)
144
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40
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A uma altura hequ do plano que passa pelo topo do tubo, a fora Q distribuda em uma rea:
A (a 2hequ tg 35 0 )(b 2hequ tg 35 0 ) (a 1,4hequ )(b 1,4hequ )
(4.61)
(a m bm )
(4.62)
sendo:
a m (a p hc ) (a 1,4hequ hc )
e
bm (a p hc ) (b 1,4hequ hc )
(4.63)
bcol ,v (a m bm ) l c
(4.64)
(4.66)
145
Projeto Estrutural
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41
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(4.67)
p vq q q v
(4.68)
com
qv
Qred
(4.69)
(a vei 1,4hequ )(bvei 1,4hequ )
sendo
Qred Q a vei bvei q
(4.70)
Sendo Q o peso do veculo-tipo (450 kN para o veiculo classe 45 e 300 kN para o veculo
classe 30), q a carga distribuda que considera outros veculos mais afastados, cujo valor e 5 kN/m2
e avei e bvei dimenses em planta do veculo tipo (3,0m e 6,0m).
t a r br
(4.71)
146
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42
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t p t 1,7 hequ hc
(4.72)
Q/6
t 2p
(4.73)
FIGURA 4.50 - Fora parcialmente distribuda produzida por carga mvel para hequ
FIGURA 4.51 - Fora parcialmente distribuda produzida por carga mvel para hequ menor que
1,0 metros (1,5m) e e l?c 2ee + tp (3,0m + tp)
147
Projeto Estrutural
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b3) Caso 3
A situao mais desfavorvel uma roda no meio da laje de cobertura e mais duas rodas
adjacentes, para o momento fletor, e uma roda junto msula prxima do apoio e mais duas adjacentes,
para fora cortante, conforme se mostra na Figura 4.52.
A largura colaborante para o momento fletor para uma roda no meio do vo da laje de cobertura
pode ser calculada como foi visto para uma fora parcialmente distribuda. Assim, conforme
apresentado na Figura 4.53, a largura colaborante vale:
tp
l
bcol ,m t p (1 ) l c
2
l
(4.74)
FIGURA 4.52 - Fora parcialmente distribuda produzida por carga mvel para hequ menor que
1,0 metros e l c > 2ee + tp (3,0m + tp)
Conforme mostrado na
Figura 4.54 a largura colaborante
para a fora cortante calculada
com a expresso:
bcol ,v 2t p l c
(4.75)
148
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p hc k (q q vc )
(4.76)
p hb k (q q vb )
(4.77)
com
q vc
Qred
(a vei 1,4hequ )(bvei 1,4hequ )
e
q vb
(a vei 1,4hequ
(4.78)
Qred
(4.79)
hext )(bvei 1,4hequ hext )
Dentre outros casos de sobrecargas de trfego, merecem serem registrados os casos das
sobrecargas ferrovirias e aerovirias.
Para as sobrecargas ferrovirias pode-se recorrer a NBR 7189 Cargas mveis para o projeto
estrutural de obras ferrovirias e para sobrecarga devida a trfego aerovirio, pode-se recorrer s
indicaes da ACPA, apresentadas da seo 4.1.3.3.
Em relao passagem de equipamento de compactao sobre o tubo durante a fase construo
do aterro, aplicam-se as mesmas recomendaes para os tubos circulares, j apresentadas.
Projeto Estrutural
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Tipo de solo
Resistncia do
solo
CBR (%)
kr
(MPa/m)
Baixa
<2
15
Mdia
25
Alta
10
55
(4.80)
(4.81)
sendo
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Esta reduo de rigidez pode ser colocada na forma de um frao # da rigidez normal.
( EI ) red # ( EI )
(4.82)
O valor sugerido para # 0,5. Cabe observar que quando menor o valor de # , maior ser a
redistribuio dos esforos. Para no considerar este efeito, basta empregar o valor de # igual 1.
Considera-se que as barras esto fissuradas e, portanto, com inrcia reduzida, quando a
tenso normal calculada no Estdio I, para a flexo-compresso, for maior que 1,5 vezes a resistncia
mdia de trao, conforme a expresso:
!
onde
M
bh 2
6
N
$ 1,5 f tk
bh
(4.83)
(4.84)
Ao
Peso prprio
Ao do solo
Ao de carga mvel
Ao da gua
Efeito desfavorvel
1,30
1,35
1,50
1,20
Efeito favorvel
1,00
1,00
-----
Com relao aos valores da tabela 4.18, vale a pena destacar que a ao da gua est
sendo considerada com uma ao truncada, uma vez que o nvel de gua no poder ser maior
que a altura da galeria.
Para a determinao das situaes crticas, so feitas as anlises para as seguintes combinaes:
a) Carregamento simtrico com presso vertical mxima e presso horizontal mnima (Figura 4.57);
b) Carregamento simtrico com presso horizontal mxima e presso vertical mnima (Figura 4.58);
c) Carregamento simtrico com presso vertical mxima e presso horizontal mxima (Figura 4.59).
Com estas trs combinaes
podem-se determinar os mximos e
mnimos esforos solicitantes na
estrutura.
151
Projeto Estrutural
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Projeto Estrutural
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Nos cantos dos tubos, a altura til da armadura sobre uma significativa mudana, conforme est
mostrado na Figura 4.60b. Desta forma, na quina do tubo so analisadas trs sees: seo cc,
seo qq e seo pp. Nas sees cc e pp, as alturas teis da armadura coincidem com alturas teis
da laje de cobertura e da parede lateral, estimadas com d=35mm. Na seo qq, a altura til pode ser
estimada com a altura total considerando a msula e dq=70mm. A armadura nos cantos a maior das
obtidas da anlise das trs sees.
FIGURA 4.60 - Posies para clculo da armadura e altura til das sees junto quina
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50
25/2/2008, 08:20
No clculo das reas de ao, nas sees especificadas na seo 4.2.6.3, pode-se adotar a
seguinte estratgia:
a) clculo da armadura mnima, nas faces internas e faces externas, no meio dos vos das lajes;
b) escolha das telas soldadas para atender a armadura mnima;
c) clculo da armadura adicional, na face interna, no meio dos vos;
d) clculo da armadura adicional externa, nas quinas e no meio dos vos.
O clculo das reas das armaduras adicionais pode ser feito de forma iterativa objetivando
ajustar as armaduras interna e externa a atender s solicitaes.
No clculo da armadura mnima empregou-se a seguinte expresso fornecida pela NBR 6118:
As , min 0,035h
f cd
(cm2/cm)
f yd
(4.85)
onde fcd e fyd so os valores das resistncias de clculo do concreto e da armadura respectivamente
e h a espessura das lajes e paredes.
f Ss f Sd , fad
(4.86)
onde:
1
(4.87)
i 1
As aes permanentes seria o peso prprio, a terra sobre o tubo e o empuxo de terra. As
aes variveis seriam as cargas mveis e o empuxo de terra das cargas mveis.
Considerando que a laje de cobertura corresponderia laje do tabuleiro de ponte rodoviria, o
fator de reduo para a combinao freqente de fadiga vale:
1 fad 0,8
No clculo da mxima variao da tenso consideram-se as seguintes situaes:
a) No meio do vo:
Tenso mxima calculada com a mxima presso vertical e mnima presso horizontal
Tenso mnima calculada com a mnima presso vertical e mxima presso horizontal
155
Projeto Estrutural
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b) Nas quinas:
Tenso mxima calculada com a mxima carga vertical e mxima horizontal
Tenso mnima calculada com a mnima carga vertical e mnima horizontal
No clculo das tenses da armadura podem ser empregadas as seguintes expresses:
onde
M Sd e N Sd
onde
e relao dos mdulos de elasticidade do ao e do concreto, podendo ser considerada igual a 10.
A expresso da armadura tracionada foi feita considerando flexo-compresso com grande
excentricidade e admitiu-se que o brao de alavanca do Estdio II no seria alterado significativamente
com a ocorrncia da fora de compresso.
A expresso da armadura comprimida foi deduzida considerando Estdio Ia.
Feitas as verificaes nas sees da quina e do meio do vo e o estado limite de fadiga no for
atendido, deve-se modificar o dimensionamento. Entre outras medidas, pode aumentar a rea de
armadura proporcionalmente diferena entre a variao das tenses e a resistncia fadiga.
Assim, a tenso da armadura tracionada reduzida e o estado limite de fadiga seria atendido.
V Sd V Rd 1
(4.90)
onde:
VSd - fora solicitante calculada conforme indicado na seo 4.2.3, com os coeficientes de
ponderao estabelecidos na seo 4.2.5.
De acordo com a NBR 6118, a resistncia de projeto dada por:
f ctk ,inf
"c
(4.93)
As1
0,02
bw d
(4.94)
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(4.92)
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! cp
N Sd
Ac
(4.95)
k um coeficiente que depende da quantidade de armadura que chega ao apoio e da altura til
da seo
sendo:
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Projeto Estrutural
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5
Materiais para Concreto
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5
MATERIAIS PARA CONCRETO
Cludio Oliveira Silva
5.1 AGREGADOS
Antes relegados categoria de coadjuvantes, os agregados passam a ocupar papel de grande
importncia tcnica e econmica no concreto a partir dos anos 50 ganhando especial destaque
ainda nos anos 90 (SBRIGHI, 2005).
A escassez de jazidas minerais e a conseqente elevao dos preos, o estudo de reaes
deletrias ao concreto, provenientes dos agregados, e a evoluo das tcnicas de dosagem e utilizao
do concreto; compem os fatores que elevaram a importncia econmica e tcnica dos agregados.
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temperatura e pode ocorrer por meio de processos qumicos (dissoluo, precipitao, cristalizao,
oxidao, reduo, outros) e fsicos, denominados diagnese. As rochas sedimentares podem ser
classificadas em clsticas (ex. arenito) e no-clsticas (ex. calcrios e dolomitos) (FRASC &
SARTORI, 1998).
Os calcrios so rochas formadas a partir do mineral calcita, cuja composio qumica o
carbonato de clcio. Pode ser formado pela deposio de carbonato oriundo de fsseis de carapaas
e esqueletos dissolvidos em meio aquoso em ambiente marinho ou por precipitao qumica, quando
o carbonato dissolvido na gua se cristaliza.
rochas metamrficas
As rochas metamrficas so derivadas de rochas preexistentes que sofreram modificaes
nas condies fsicas (temperatura e presso) e qumicas no decorrer dos processos geolgicos. A
rocha resultante depende da composio da rocha original e das condies de temperatura e presso.
Deste modo so formadas rochas com diferentes tipos de estrutura (Ex. ardsias, gnaisses,
mrmores e quartzitos) (FRASC & SARTORI, 1998).
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Dimenso mxima do agregado (dmx)1: a abertura nominal de peneira, em mm, na qual fica retida acumulada
uma porcentagem igual ou imediatamente inferior a 5% da massa do agregado ensaiado. NBR 7211 (ABNT, 2004).
Mdulo de finura (MF)2: soma das porcentagens acumuladas retidas nas peneiras da srie normal dividido por cem.
O valor do mdulo de finura tanto maior quando mais grosso for o agregado (NEVILLE, 1997).
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Notas: 1 d/D = relao entre a menor dimenso do agregado e a maior dimenso do agregado.
2
Em cada zona granulomtrica a NBR 7211 (ABNT, 2004) permite em apenas um dos limites marcados uma
variao de, no mximo, cinco unidades porcentuais. Esta variao pode ser distribuda entre os limites marcados.
Os agregados para concreto, alm de atender s especificaes da NBR 7211 quanto aos
limites granulomtricos, deve atender tambm a NBR 8890 quanto aos requisitos de dimenso
mxima (dmx) dos gros.
A dmx deve ser limitada ao menor valor entre um tero da espessura da parede do tubo e
cobrimento mnimo da armadura. Para tubos de at 600 mm de dimetro nominal, o cobrimento da
parede externa deve ser no mnimo de 15 mm. Para os tubos de dimetro nominal maior que 600
mm o cobrimento da parede externa deve ser de mnimo de 20 mm.
Para aduelas, o dmx do agregado deve ser menor que 20% da espessura nominal do
cobrimento, que estabelecido pela NBR 15396 em 30 mm. Para ambientes com agressividade
forte ou muito forte necessrio verificar os valores especificados na NBR 6118.
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Para a maioria dos agregados naturais britados, a obteno de formas mais prximas do
arredondado, dificultada pela natureza da rocha e pelo tipo de equipamento utilizado.
O formato arredondado, normalmente, est associado a uma textura lisa e texturas muito
lisas prejudicam a aderncia entre a pasta de cimento e o agregado, podendo contribuir para menores
resistncias do concreto. Ao contrrio, as texturas mais speras, por sua vez, favorecem a aderncia
entre pasta e agregado, contribuindo para o aumento da resistncia do concreto.
Deste modo, pode-se dizer que o agregado ideal o com maior grau de esfericidade e grau de
arredondamento que mantenha uma superfcie spera o suficiente para garantir boa aderncia
pasta de cimento.
A forma do gro de agregados grados pode ser determinada atravs do ensaio de ndice de
forma estabelecido na NBR 7809. No ensaio determina-se a relao mdia de valores obtidos em
determinado nmero de gros, entre a maior dimenso do gro (comprimento) e a menor dimenso
do gro (espessura). A NBR 7211 estabelece que a relao mdia entre comprimento e espessura
no deve ser maior que trs.
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Em areias finas este aumento pode ser de at quarenta por cento do volume no estado seco. Por
este motivo que o proporcionamento dos materiais em volume implica maior variao na dosagem
do concreto, sendo mais favorvel dosagem em massa (METHA & MONTEIRO, 1994).
O inchamento da areia pode ser verificado atravs do ensaio descrito na NBR 6467.
FIGURA 5.3 - Determinao da condio saturada superfcie seca (lado esquerdo) utilizada para
determinar a massa especifica em agregado mido por meio do picnmetro, NBR NM 52
FIGURA 5.4 - Recipiente utilizado na determinao da massa unitria solta de agregado mido, NBR NM 52
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A tabela 5.3 apresenta valores de referncia para massa especfica para alguns dos principais
agregados utilizados na produo de concreto.
As impurezas orgnicas presentes nos agregados podem interferir nas reaes de hidratao
do cimento. Estas impurezas so oriundas da decomposio de matria vegetal e aparecem na forma
de hmus e argila orgnica. So encontrados mais comumente em areias naturais (NEVILLE, 1997).
A presena de impureza orgnica em agregados midos verificada atravs do ensaio
especificado na NBR NM 49. A figura 5.5 apresenta
o resultado de um ensaio de determinao de
impureza orgnica.
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O teor mximo permitido pela NBR 7211 de 3% em massa para o agregado mido, e de 1%
para o agregado grado.
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FIGURA 5.10 - Micrografia de concreto com reao lcaliagregado. Observa-se fissuras e o anel de gel no
entorno do agregado
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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5.2.1 Fabricao
A fabricao do cimento Portland envolve as etapas de extrao de calcrio e argila. Estes
materiais so britados e colocados em um depsito. Em seguida, estabelecida a proporo entre o
calcrio e argila, que depender da composio qumica das jazidas. A mistura de calcrio e argila
moda no moinho de cru, nome dado mistura. O cru ou farinha so homogeneizados e ento entra no
pr-aquecedor, que aproveita calor do forno para realizar descarbonatao do calcrio. (Neville, 1997).
No forno rotativo, a mistura aquecida temperaturas de at 1450C. Para aquecer o forno podem
ser utilizados leo ou carvo como combustvel. Atualmente a indstria tem voltado seus esforos para o
uso de combustveis alternativos como o coque de petrleo, produto oriundo da ltima etapa no refino do
petrleo. Outra ao importante da indstria de cimento para o ambiente o co-processamento, quando se
combina a incinerao de
resduos industriais com
gerao de calor no forno.
No co-processamento
podem ser utilizados,
pneus, borra de tinta, solventes e outros materiais
com poder calorfico e
quantidade de emisses
compatveis com a produo do cimento.
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Aps o processo de queima, o clinquer resfriado rapidamente para manter a reatividade dos
minerais formados durante o processo de clinquerizao. (Kihara, Centurione, 2005).
O clinquer entra no moinho juntamente com o gesso e dependendo do tipo de cimento, com
as adies como: escria de alto-forno, pozolana ou filler calcrio. No moinho estes materiais so
reduzidos a um p fino, o cimento Portland. O cimento ento ensacado em sacos de 50 kg ou 40
kg ou transportado em caminhes graneleiros com capacidade de 27 t. A figura 5.11 ilustra o processo
de fabricao do cimento Portland.
Incio de Pega
Gro anidro
Resistncia
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Outros tipos de cimento especiais tambm esto disponveis no mercado brasileiro, como o cimento
Portland branco estrutural CPB, o cimento Portland de baixo calor de hidratao BC, os cimentos para
poos petrolferos CPP e o
TABELA 5.5 Influncia dos tipos de cimento nas argamassas e concretos (ABCP, 1997)
cimento Portland resistente
aos sulfatos RS, que ser
abordado separadamente
por sua importncia na
fabricao de tubos e
aduelas de concreto.
A tabela 5.5 apresenta, de modo simplificado, a influncia dos
diversos tipos de cimento
em argamassas e concretos. Esta influncia relativa, e pode ser reduzida ou
aumentada dependendo
principalmente da relao
a/c (ABCP, 1997).
17
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TABELA 5.7 Especificaes qumicas para os cimentos Portland segundo normas brasileiras
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O mtodo Koch & Steinegger bastante rigoroso, devido s dimenses reduzidas do corpode-prova e pela concentrao de sulfato de sdio utilizado como meio agressivo. A figura 5.16 apresenta
a deteriorao de uma amostra de cimento no resistente ao ataque por sulfatos, submetida ao
ensaio aps 35 dias de imerso na soluo de sulfato de sdio.
Outro mtodo que pode ser utilizado para avaliar a capacidade de resistir ao ataque por sulfatos
o estabelecido na NBR 13583 (ABNT, 1996). Este mtodo tambm utiliza barra de argamassa,
mas com dimenses maiores, e mede a variao dimensional ocorrida aps 42 dias, que no deve
ultrapassar 0,030%1.
1
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19
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178
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5.3.2 A fabricao do ao
O ao para concreto produzido a partir de uma srie de matrias primas, como o ferro gusa
e a sucata. Esta ltima a mais interessante delas, devido disponibilidade, menor custo financeiro
e ambiental. Os grandes produtores de ao para concreto armado do Brasil so grandes
consumidores de sucata e contribuem para a reciclagem destes materiais.
A sucata constituda por uma srie de produtos descartados como chapas e aparas
metlicas, latarias de carros usados, sobras e cavacos de usinagem, etc. A sucata deve ser
qualificada desde a sua recepo onde separada por tipo (pesada, leve, chaparia, etc.). A
transformao da sucata em ao feita na aciaria, passando inicialmente pelo forno eltrico, na
maioria das vezes, e pelo processo de lingotamento contnuo (MORAIS e REGO, 2005). No forno
eltrico, a sucata d origem ao ao lquido em conjunto com as outras matrias primas como o
ferro gusa, ferro ligas, o oxignio e a cal, que atua como escorificante, retendo as impurezas
presentes no metal fundido e gerando a escria de aciaria. Do forno eltrico, o ao lquido vazado
num forno panela seguindo para o lingotamento contnuo onde ele progressivamente solidificado
por refrigerao e conformado em tarugos. Do forno de panela so retiradas amostras para
caracterizao qumica, normalmente realizada pelo espectrmetro tico de emisso.
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O nvel de encruamento por trefilao pode ser expresso pelo porcentual de trabalho a frio
(%TF) (CALLISTER, 2005) que dado pela expresso:
%TF = 100(A0-Ad)/A0
(5.1)
Onde,
A0 = rea original da seo reta antes da trefilao (Figura 3) e
Ad = rea reduzida da seo reta aps a trefilao (Figura 3).
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No caso do ao CA60, o mesmo ter sua tenso de escoamento definida por uma conveno,
vinculando-a a um determinado nvel de deformao plstica ou total. Pela norma brasileira, definese a tenso de escoamento convencional como o valor de tenso correspondente a uma deformao
especfica permanente de 0,2% ou para uma deformao total de 0,5%. Caso haja divergncia entre
os dois valores, deve-se adotar aquele correspondente deformao plstica de 0,2%, conforme o
apresentado na Figura 5.24. Ou seja, este ltimo valor o que prevalece, sendo passvel de ser
desprezada a tenso correspondente deformao de 0,5%.
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Alm das resistncias de escoamento e ltima do ao, no ensaio de trao se faz uma avaliao
da ductilidade do material atravs da determinao do seu alongamento na ruptura. Como referncia,
tomado o comprimento equivalente a dez vezes o dimetro nominal da barra ou do fio junto ao
ponto de ruptura. Este comprimento inicial determinado atravs de marcaes feitas previamente
execuo do ensaio, conforme o apresentado na Figura 5.25. Assim, o alongamento em dez
dimetros na ruptura dos aos para concreto armado dado por:
Al (%) = 100(Lf-L0)L0
(5.2)
Onde,
Al = alongamento em dez dimetros (%);
L0 = 10 = comprimento inicial equivalente a dez vezes o dimetro nominal da barra ();
Lf = comprimento alongado junto ruptura tomando por referncia a marcao original equivalente
a dez vezes o dimetro nominal da barra (cinco dimetros para cada lado do ponto de ruptura).
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Para que um ao seja considerado soldvel ele deve atender s exigncias da norma (NBR
8965 - Barras de ao CA42-S com caractersticas de soldabilidade destinadas a armaduras para
concreto armado - Especificao). Isto implica dizer que a norma especifica o CA 42S como o ao
soldvel passvel de ser utilizado no concreto armado. Este ao deve ser, obrigatoriamente, laminado
a quente, para se evitar que as elevadas temperaturas de soldagem provoquem a recristalizao do
material e reduzam a sua resistncia de escoamento. Assim, a soldagem de um ao encruado (CA60, por exemplo) carece de alguns cuidados especiais para se evitar que a temperatura a que o
mesmo submetido durante o processo no venha a
comprometer o seu desempenho.
comum a utilizao de equipamentos de
soldagem para a montagem das armaduras de tubos de
concreto (Figura 5.28). Neste caso especfico e,
principalmente, quando se utiliza ao encruado, deve-se
evitar o aumento excessivo da temperatura de solda e
fazer o controle do processo. Este controle consiste no
corte de uma amostra de ao da armadura montada para
o tubo, contendo uma barra soldada em sua parte central.
Esta amostra deve ser submetida ao ensaio de trao
direta para determinao das propriedades mecnicas
do ao (NBR 6152) sendo que a mesma deve atender ao
exigido pela norma NBR 7480 (Tabela 5.8).
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No caso dos fios a exigncia nica, sua massa linear no pode variar em mais de 6% (Tabela
5.9). O que normalmente ocorre que os fios e barras fornecidos na obra apresentam dimetros
reais normalmente maiores que os dimetros nominais especificados para a mesma. Isto ocorre
pelo simples fato do ao ser vendido em massa e no em comprimento linear. Com isto, o
fornecimento de barras com maiores dimetros ir representar uma maior produtividade do fabricante,
alm de minorar a necessidade que o mesmo tenha de substituir os equipamentos utilizados para a
produo, cujo desgaste ir provocar um aumento no dimetro real das barras e fios. Vale ressaltar
que o controle da variao dimensional do dimetro das barras que chegam obra muito simples
de ser realizado, bastando coletar uma amostra de barra ou fio com um metro de comprimento e
determinas sua massa (Tabela 5.9).
TABELA 5.9 Caractersticas geomtricas e de massa linear de fios e barras estabelecidos
pela norma NBR 7480.
(A)
(B)
Outros dimetros nominais podem ser produzidos a pedido do consumidor, mantendo-se as faixas de tolerncias.
A densidade linear de massa (em kg/m) obtida pelo produto da rea da seo nominal em m2 por 7850 kg/m3.
Alm da verificao da adequao dimensional das barras que chegam obra e da realizao
dos ensaios de trao direta e de dobramento, a especificao brasileira para aos para concreto
armado especifica que as mesmas devem estar isentas de defeitos prejudiciais. Entre estes defeitos,
a norma especifica as esfoliaes (escamas), corroso superficial, manchas de leo, reduo de
seo transversal e fissuras. A norma admite certa oxidao superficial do produto, desde que, no
haja comprometimento de suas caractersticas geomtricas. Alm disso, a norma define que o grau
de oxidao aceitvel aquele no qual, sua remoo dos xidos da superfcie com um tecido grosseiro
ou escova qualquer, no fiquem evidncias de corroso. Em caso de dvida quanto gravidade dos
defeitos observados, a norma prev que o material deve ser submetido a novos ensaios para a
verificao de suas propriedades.
Naturalmente, deve-se ter o bom senso de no se rejeitar o lote inteiro em funo de pequenos
pontos de oxidao como os que aparecem na Figura 5.29, pois isto no implicar em reduo de
desempenho estrutural do material nem mesmo apresenta riscos para durabilidade da estrutura. No
caso de rejeio devido aos resultados de ensaio, a verificao da conformidade com as exigncias
dever ser feita atravs de uma nica contraprova com nova amostra.
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PEQUENA
OXIDAO
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As telas soldadas produzidas especificamente para tubos de concreto so feitas com fios de
ao CA 60 com dimetro variando de 3,4mm at 7,1mm. Elas possuem configurao especfica
para os tubos do tipo ponta e bolsa ou macho e fmea. Na Figura 5.32 apresentada a configurao
da tela produzida especificamente para o tubo com ponta e bolsa, enquanto na Figura 5.33 se encontra
apresentada a tela para tubos do tipo macho e fmea.
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Deve-se ter um cuidado especial no posicionamento das telas soldadas nos tubos de concreto.
Alm de garantir o recobrimento, deve-se verificar se as emendas so feitas na extenso adequada
e que toda a extenso do tubo seja reforada, ou seja, da ponta bolsa e do encaixe macho at o
encaixe fmea. As Figuras 5.34 e 5.35 mostram esquematicamente como as emendas e
o posicionamento das telas devem ser realizados em um tubo com ponta e bolsa com
armadura simples e dupla respectivamente. O mesmo feito para o tubo macho e fmea nas
Figuras 5.36 e 5.37. Na Tabela 5.10 se encontra apresentada a relao entre o comprimento
desenvolvido da emenda e o dimetro do fio da tela metlica.
FIGURA 5.34 - Posicionamento de armadura simples com tela soldada em um tubo com ponta e bolsa
FIGURA 5.35 - Posicionamento de armadura dupla com tela soldada em um tubo com ponta e bolsa
FIGURA 5.36 - Posicionamento de armadura simples com tela soldada em um tubo macho e fmea
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FIGURA 5.37 - Posicionamento de armadura dupla com tela soldada em um tubo com macho e fmea
TABELA 5.10 Comprimento de emenda a ser produzida na armadura dos tubos em funo
do dimetro do fio da tela.
CaCO3 + H2O
(5.3)
A carbonatao ocorre de fora para dentro do concreto, uma vez que o CO2 se encontra
disponvel na atmosfera. Ela ser capaz de despassivar a armadura quando conseguir ultrapassar
toda a espessura do recobrimento de concreto. A profundidade de carbonatao pode ser calculada
pela equao (5.4).
P=k t
(5.4)
onde
P = profundidade de carbonatao (mm);
k = constante que depende das caractersticas do concreto e
t = tempo (anos).
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Com a equao (3) possvel estimar a vida til esperada para uma estrutura de concreto
armado, bastando para isso realizar a determinao da profundidade de carbonatao. Esta
determinao pode ser realizada atravs da utilizao de indicadores como a fenolftalena (Figura
5.38). Com a quebra do recobrimento do concreto e a asperso da soluo de fenolftalena ocorrer
uma alterao de cor nas regies que ainda permanecerem com pH elevado. As regies que
permanecerem sem alterao de cor (normalmente aquelas mais prximas superfcie da estrutura)
podem ser consideradas j carbonatadas e sua espessura mdia pode ento ser determinada.
Com este valor e, sabendo-se a idade do concreto, pode-se determinar o valor de k da equao (3).
De posse do valor de k e sabendo-se a espessura do recobrimento, pode-se ento determinar o
valor do tempo necessrio para que a carbonatao atinja a armadura, o que corresponde ao final
de sua vida til de projeto. Seguindo este modelo Helene (1993) props os modelos de previso de
vida til, segundo o valor da resistncia do concreto, o que se encontram apresentado graficamente
na Figura 5.39. Modelo semelhante foi proposto por Helene (1993) para o ataque de cloretos, cuja
penetrao no concreto acontece por difuso e, conseqentemente, exigiu outra modelagem para
seu estabelecimento, quais sejam as leis de Fick (Figura 5.40).
Conclui-se, a partir da observao destes grficos que, o concreto armado ter uma maior
vida til caso se utilize de maiores valores de fck e/ou maiores valores de recobrimento. No caso
dos concretos para a produo de aduelas para canalizaes, a definio do fck e do recobrimento
deve vir antes do dimensionamento para garantia da estabilidade da estrutura, pois o meio agressivo
pode ser o fator preponderante a ser observado. Neste caso, a norma brasileira para estruturas
de concreto (NBR 6118) prev um cobrimento nominal mnimo de 40 mm em conjunto com um fck
mnimo de 40MPa e uma relao gua/cimento mxima de 0,45. Para o caso dos tubos de concreto,
no se aplicam estas mesmas condies, dado que os componentes so produzidos por concretos
secos. No entanto, o princpio de compacidade do material e da necessidade de um
recobrimento se mantm. Por isto, a norma
especfica de tubos de concreto (NBR 8890)
determina que a absoro de gua mxima
seja de 6%, em tubos para esgoto, e 8%,
em tubos para guas pluviais. Esta
determinao deve ser feita atravs de
ensaio feito pela norma NBR 9778
Argamassas e concretos endurecidos Determinao da absoro de gua por
FIGURA 5.38 - Determinao da profundidade de
imerso, ndice de vazios e massa especfica
carbonatao em um pavimento com auxlio de fenolftalena
- Mtodo de ensaio.
FIGURA 5.39 - Modelo de Helene (1993) para previso de vida til de uma estrutura de
concreto armado tomando-se como referncia a corroso do ao induzida por carbonatao
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ANEXO 1
Exemplo de anlise de resultados de um ensaio de trao numa barra de ao para concreto armado
TABELA I: resultados obtidos para deslocamento
e carga no ensaio de trao do ao.
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As = M
L) = 916,6(7,896,9) = 1,213cm2
(
onde,
As = rea do ao (cm2);
M = massa da barra ou fio de ao a ser
ensaiado (g);
L = comprimento da barra ou fio de ao
a ser ensaiado (cm) e
= massa especfica do ao (7,8g/cm3).
A partir dos resultados constantes da
Tabela I, foi possvel obter o grfico de tenso
por deformao constante da Figura II.
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A partir dos resultados obtidos no grfico da Figura I foi possvel realizar a determinao da
tenso de escoamento desta barra de ao: 559MPa. Como os demais resultados obtidos nos ensaios
anteriores foram 550MPa, 535MPa e 552MPa, 555MPa e 540MPa, pode-se determinar o valor mdio
(fym) e o desvio padro destes resultados (sd) e, com isto, determinar-se o valor da tenso de
escoamento caracterstica (fyk):
sd = 548,50 1,659,18 = 533,35MPa
fyk = fym 1,65
Como o valor caracterstico da resistncia de escoamento supera os 500MPa exigido pela
norma para esta categoria de ao (Tabela II), considera-se o lote aprovado neste requisito.
TABELA II: exigncias de norma para os aos para concreto armado.
No entanto, cabe realizar a verificao das outras propriedades do material, quais sejam, a
resistncia ltima e o alongamento em 10 dimetros. A resistncia ltima, segundo a norma, deve
guardar uma distncia mnima da tenso de escoamento que, para o caso do CA50, corresponde ao
valor de 1,10fy. No caso deste ensaio obteve-se um valor de carga mxima no ensaio de 8260kgf,
obteve-se como tenso ltima o valor de 681MPa. Como os valores obtidos para as outras barras
foram 689MPa, 685MPa e 679MPa, 675MPa e 674MPa, pode-se determinar o valor mdio
correspondente: 680,5MPa o que equivale a um valor de 1,28fy, o lote pode ser considerado aprovado
para este requisito tambm.
O ltimo requisito a ser verificado o alongamento em 10 dimetros. Como o valor alongado
medido foi de 135mm e o comprimento inicial correspondente a 10 dimetros era de 120mm
(1012mm) tem-se:
Al (%) = 100 (Lf-L0) L0 =100(135-120)120 = 12,5%
Como o alongamento medido foi de 12,5% que maior que a exigncia de norma para o
requisito (8%), o lote pode ser considerado aprovado como um todo.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). Junta de tela de ao soldada para
armadura de concreto - Ensaio de resistncia ao cisalhamento. NBR 5916, Rio de Janeiro.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). Projeto e execuo de obras de
concreto armado - procedimento. NBR 6118, Rio de Janeiro.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). Materiais metlicos - Ensaio de
trao temperatura ambiente. NBR 6152, Rio de Janeiro.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). Produto metlico - determinao
da capacidade ao dobramento - Mtodo de ensaio. NBR 6153, ABNT, Rio de Janeiro.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). Determinao do coeficiente de
conformao superficial de barras e fios de ao destinados a armaduras de concreto Mtodo
de ensaio. NBR 7477, Rio de Janeiro.
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FIGURA 5.42 - Fibras de ao soltas curtas (a) e longas (b) e longas coladas (c)
Pode-se concluir que fibras de alta resistncia e alto mdulo de elasticidade, como o caso
das fibras de ao, so as mais indicadas para o reforo de tubos de concreto para guas pluviais
e esgoto que, pela elevada exigncia de durabilidade, devem apresentar elevada compacidade e,
conseqentemente, elevada resistncia mecnica. Assim, fibras polimricas s poderiam ser
utilizadas para o reforo de tubos caso fossem modificadas no sentido de se elevar tanto o seu
mdulo de elasticidade como sua resistncia mecnica. J as fibras de ao atuam como um
reforo do concreto endurecido, podendo at substituir a armadura convencional com equivalncia
de desempenho (CHAMA NETO e FIGUEIREDO, 2003).
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No caso dos tubos, este parmetro se encontra associado ao comprimento da fibra, pois
fibras mais longas propiciaro um maior alinhamento das mesmas em relao s paredes do tubo
de concreto durante sua moldagem. Este direcionamento ocorre mesmo quando baixos teores de
fibras so utilizados, como se pode observar na Figura 5.50 onde apenas 5kg de fibra por metro
cbico foi utilizado como consumo.
FIGURA 5.49 - Curvas mdias de carga por deflexo obtidas no ensaio de trao na flexo de concretos
de fck=30MPa reforados com a fibra A (comprimento de 36mm) e fibra B (comprimento de 42mm) que
possuem a mesma seo transversal (FIGUEIREDO, CECCATO & TORNERI, 1997)
As fibras frgeis podero aumentar a perda de eficincia relativa sua inclinao em relao
ao plano de ruptura. Isso ocorre pelo elevado nvel de tenso de cisalhamento a que a fibra
submetida nessa situao. Se ela no for capaz de se deformar plasticamente, de modo a se
alinhar ao esforo principal, acaba rompendo-se por cisalhamento, como apresentado na situao
ilustrada na Figura 5.51.
FIGURA 5.50 - Detalhe do alinhamento das fibras junto parede do tubo de concreto
FIGURA 5.51 - Diferena de comportamento entre fibras dcteis e frgeis quando inclinadas em relao
superfcie de ruptura (FIGUEIREDO, 2005)
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A norma prev dois procedimentos diferentes para a qualificao dos tubos, sejam eles
armados convencionalmente ou com fibras. Apesar de algumas diferenas o princpio bsico
do ensaio muito similar e o nvel das exigncias praticamente o mesmo, podendo-se afirmar,
no entanto, que um pouco mais exigente quando do uso de fibras. No ensaio para tubo
convencionalmente armado submete-se o componente a um carregamento contnuo at a
sua ruptura e se exige apenas a determinao da carga de fissura e da carga de ruptura.
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A carga de fissura definida como a carga necessria para o tubo apresentar uma fissura
com abertura de 0,25 mm e comprimento de 300 mm ou mais, sendo a abertura da fissura medida
atravs de uma lmina padro feita em chapa de ao de 0,2 mm de espessura e largura de 12,7
mm, afinada na ponta para 1,6 mm. Considera-se que a fissura atingiu 0,25 mm de abertura quando
a ponta da lmina padro penetrar sem dificuldade 1,6 mm em alguns pontos distribudos na distncia
de 300 mm. A carga de ruptura a mxima obtida durante a realizao do ensaio.
No ensaio especificado pela norma para qualificar os tubos com fibras de ao o procedimento
inicia com o carregamento do tubo de forma contnua at atingir uma carga mnima isenta de dano
(equivalente a dois teros da carga de ruptura especificada para a sua classe) sendo que esta carga
deve ser mantida por um minuto. Nesta situao, o tubo no poder apresentar qualquer dano oriundo
deste carregamento. Por esta razo, esta carga foi denominada na norma como carga mnima
isenta de dano, e guarda uma perfeita correspondncia carga de fissura especificada pela norma
para os tubos convencionalmente armados. Caso o tubo passe pela manuteno da carga mnima
isenta dano sem apresentar qualquer alterao visvel, ele dever ser carregado at que se atinja a
sua carga mxima, sendo esta registrada imediatamente. Aps a carga cair a 95% da mxima
registrada, deve-se retirar totalmente o carregamento aplicado e recarregar o componente at um
nvel de carga equivalente carga mnima isenta de dano e mant-la por mais um minuto. Neste
momento deve-se verificar se o tubo apresenta capacidade de suporte residual ps-fissurao para
a carga mantida neste nvel. Caso o tubo no consiga atingir ou manter a carga de fissura no
recarregamento o mesmo deve ser rejeitado. No caso do tubo suportar este esforo aplicado por
um minuto, a norma pede que se d continuidade ao carregamento do tubo medindo-se a carga
mxima atingida nesta etapa de carregamento ps-fissurao, a qual no deve ser inferior a 105%
da carga mnima isenta de dano. Esta exigncia algo que s aparece na norma brasileira, pois a
norma europia considera o ensaio encerrado quando o tubo suporta a carga mnima isenta de dano
por um minuto durante o recarregamento. Um diagrama ilustrativo do sistema de carregamento
previsto para o ensaio de compresso diametral de tubos de concreto reforados com fibras de ao
se encontra apresentado na Figura 5.53. Apesar das diferenas no procedimento de ensaio, estudos
especficos (FIGUEIREDO et al, 2007) comprovaram que isto no implica numa resposta diferente
do componente, podendo-se comparar os resultados diretamente.
Carga
(kN)
105% da carga
mnima isenta de
dano
95% da
carga de
ruptura
Carga
de
ruptura
Carga
mnima
isenta de
dano
1 minuto
1 minuto
Tempo
(minutos)
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Vale ressaltar que a proporo de dois teros entre a carga mnima isenta de dano e a carga
de ruptura a mesma adotada pela norma brasileira para a relao entre carga de fissura e de
ruptura para os tubos de concreto com fibras e com armadura convencional, respectivamente.
Assim, a norma prev que a carga de classificao dos tubos seja a mesma, mas os tubos com
fibras no podero apresentar qualquer dano, enquanto os convencionalmente armados podero
apresentar fissuras com aberturas de at 0,25 mm. Ou seja, a norma acabou sendo mais rigorosa
para com os tubos reforados com fibras, o que no deixa de ser interessante pelo fato de se
estar introduzindo uma nova tecnologia no mercado, o que demanda certa cautela. Apesar de se
prever uma maior durabilidade para os tubos de concretos com fibras do que para os
convencionalmente armados devido ao fato das fibras serem mais resistentes corroso
eletroltica, esta postura conservadora da norma ir contribuir para uma maior durabilidade dos
sistemas executados com esta nova tecnologia.
Como exemplo, tubos classificados como EA2, com um dimetro nominal de 800mm, devero
apresentar uma carga de ruptura mnima de 72kN/m. Caso os tubos possuam um comprimento de
2m, tem-se uma carga mxima total de 144kN. A carga de fissura corresponde aos dois teros
dessa carga mxima ou de ruptura, ou seja, 96kN. Assim, no ensaio dos tubos com fibras, os
mesmos tero de suportar 96kN durante um minuto sem apresentar qualquer tipo de dano. Para
melhor visualizao das classificaes conveniente se observar a Tabela 5.11 reproduzida da
norma, onde as classes so definidas para ambos os tipos de tubos.
TABELA 5.11 Cargas mnimas de compresso diametral de tubos armados e/ou reforados com fibras
de ao segundo o especificado pela norma NBR 8890.
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Nota-se at que se ultrapassa com sobras os requisitos de desempenho da norma, o que pode
ser atribudo ao fato de se ter utilizado um elevado consumo (40kg/m3) de fibras de ao trefilado com
ancoragem em gancho com elevado comprimento (60mm) e fator de forma (80).
No entanto, o uso de uma fibra de elevado desempenho como o mostrado no exemplo anterior,
no garantia de conformidade para o tubo. Uma prova disto o exemplo de ensaio de compresso
diametral com controle de deformao apresentado na Figura 5.55. Neste grfico fcil observar a
no conformidade do tubo de concreto reforado com apenas 10kg de fibra por metro cbico de
concreto. Na figura 5.55 pode-se observar que o tubo atende ao requisito da carga mnima isenta de
dano no trecho linear inicial da curva, onde o concreto responde pelo comportamento do material.
No entanto, com o prosseguimento do carregamento inicial, no consegue atingir a carga de ruptura
mnima correspondente a 180kN. Da mesma forma, ao se proceder ao recarregamento do mesmo,
no se consegue atingir a carga mnima isenta de dano e, muito menos, mant-la por um minuto
conforme exigncia da norma atual. Assim, apesar deste tubo ter uma condio de trabalho razovel
se no houver fissurao do mesmo, a norma no permite a sua aprovao pelo fato de no atender
ao requisito de resistncia e no haver uma ductilidade mnima no comportamento do componente,
o que caracterizado pela resistncia do mesmo ao carregamento ps-fissurao. Esta ductilidade
uma condio de segurana para a utilizao do tubo para sistemas de coleta de guas pluviais e
esgoto. Isto ocorre porque a ruptura frgil do mesmo poder significar elevados riscos ao pessoal
que venha a trabalhar no seu interior, bem como para qualquer que seja a utilizao dada superfcie
da regio onde o mesmo tenha sido enterrado.
FIGURA 5.54 - Tubo de concreto EA2 de 2,5m de comprimento com um consumo de fibras de 40kg/m3 ensaiado
segundo a norma brasileira apresentando conformidade (exigncia de 120kN para carga mnima isenta de dano e
180kN para carga de ruptura)
FIGURA 5.55 - Tubo de concreto EA2 de 2,5m de comprimento com um consumo de fibras de 10kg/m3 ensaiado
segundo a norma brasileira e no apresentando conformidade (exigncia de 120kN para carga mnima isenta de
dano e 180kN para carga de ruptura)
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Demais exigncias
Na norma NBR 8890 existem outras exigncias ligadas utilizao de fibras de ao para
reforo dos tubos. Uma dessas exigncias a restrio ao tipo de fibra a ser utilizado no reforo
estrutural dos tubos. A norma exige que estas devam ser de ao trefilado, com resistncia mnima
do ao de 1 000 MPa, com ancoragem em gancho e fator de forma mnimo de 40, obtido pela
diviso do comprimento da fibra (medido de um extremo ao outro da mesma) pelo seu dimetro.
Isto garante uma capacidade de reforo mnimo para o tubo dado que a resistncia da fibra tem
papel preponderante para isto. J foi comprovado em estudos anteriores (CHAMA NETO, 2002)
que fibras trefiladas apresentam muito melhor condio de reforo para tubos do que fibras de
chapa cortada que possuem resistncia trao mais baixa. O fator de forma mnimo exigido pela
norma 40 sendo que, no mercado, facilmente se encontram fibras com fator de forma superior
a 60 e algumas delas atingem at 80. Quanto maior o fator de forma maior ser a capacidade de
reforo das fibras se as mesmas foram produzidas com ao trefilado de alta resistncia
(FIGUEIREDO, 2005).
A norma admite que surjam fibras aparentes na superfcie externa do tubo, no definindo isto
como causa de rejeio do tubo. No entanto, no se admite fibras aparentes na superfcie interna e
na ponta do tubo, dado que isto pode comprometer o desempenho do componente. A norma tambm
probe a remoo das fibras da superfcie do tubo quando o concreto ainda est no estado fresco,
pois tal procedimento poderia acarretar danos ao concreto do tubo que dificilmente seriam reparados
quando o concreto estivesse endurecido.
Os tubos produzidos com concreto com fibras devero tambm atender a todos os
requisitos estabelecidos para o concreto como os de permeabilidade, estanqueidade, absoro
e de tolerncia dimensional.
5.4.5 Trabalhabilidade
Alm do efeito de conteno de fissurao no concreto endurecido, a adio de fibras altera
as condies de consistncia do concreto e, conseqentemente, a sua trabalhabilidade. Essa
alterao depende, principalmente, da geometria da fibra. Isto ocorre porque, ao se adicionarem
fibras ao concreto, est-se adicionando tambm uma grande rea superficial que demanda gua de
molhagem. Assim, fibras de maior rea superficial demandaro maior quantidade de gua de
molhagem, produzindo aumento de coeso e perda de mobilidade da mistura no estado fresco.
Fibras mais longas tambm contribuem para a reduo da perda de mobilidade da mistura por
dificultar a movimentao das partculas de maiores dimenses, como o caso dos agregados.
Dessa forma, ter-se- uma menor quantidade de gua disponvel para fluidificar a mistura. Por isso,
fica claro que, quanto menor for o dimetro da fibra e maior o seu comprimento, maior ser a influncia
de sua incorporao na perda de fluidez da mistura.
O ganho de coeso que se obtm para a mistura quando se adicionam fibras ao concreto
pode ser origem de alguns problemas prticos durante a execuo dos tubos. Um exemplo disto foi
observado durante um teste prtico onde houve o bloqueio da sada de concreto do silo para a
correia transportadora que levava a mistura para a frma onde o tubo seria moldado (Figura 5.56).
Como o concreto no teve qualquer alterao em seu trao a no ser o acrscimo de fibras, houve
uma reduo da fluidez da mistura constatada pelo fato do concreto ter apresentado uma grande
dificuldade para sair do silo travando o sistema. Este tipo de problema poder ocorrer com maior
facilidade para os casos onde se utiliza um elevado consumo de fibras, ou onde o sistema utilizado
para a moldagem dos tubos venha a apresentar uma srie de singularidades que restrinjam a
movimentao da mistura.
Um problema associado aplicao dos concretos com fibras o aparecimento dos
chamados ourios. Os ourios so bolas formadas por fibras aglomeradas, como a apresentada
na Figura 5.57.
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Correia de transporte do
concreto para a frma
Frma
Um outro problema tpico que pode ocorrer com a aplicao do concreto com fibras para a
produo de tubos o acmulo de fibras expostas na ponta do mesmo (Figura 5.59). Isto
particularmente freqente em mquinas radiais onde h maior dificuldade de submeter esta parte
do tubo a uma vibrao mais intensa, de modo a embutir a fibra dentro do concreto.
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Em equipamentos vibro-prensados, este tipo de problema ocorre com freqncia bem menor
e, em alguns casos, praticamente inexistente (Figura 5.60).
Uma soluo para este problema a utilizao de uma pequena quantidade de argamassa
na parte final da moldagem, de modo a diminuir o
teor de fibra presente no concreto nesta parte do
tubo. Esta soluo traz a desvantagem de diminuir
o reforo nesta regio do tubo, facilitando a quebra
localizada do mesmo. Outra soluo implantar na
fbrica um sistema de retfica ou polimento do topo
com um esmeril. Esta soluo j foi adotada em
fbricas no exterior e possibilita a produo de tubos
com excelente acabamento final.
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Vale a pena ressaltar que, em aplicaes especficas, como o caso dos tubos pr-moldados
de concreto, o aumento da coeso e perda de mobilidade do concreto pode significar uma melhora
na trabalhabilidade do material. Isto ocorre porque pode minimizar riscos de deformaes aps a
desfrma e proporcionar uma maior estabilidade dimensional para o componente recm-desformado.
No entanto, este aumento de coeso poder vir a atrapalhar a prpria desfrma, dado que poder
significar uma maior tenso aplicada ao material no momento do saque da frma metlica. Assim,
quando se d incio ao uso de fibras em uma planta industrial, deve-se proceder a uma srie de
ajustes da mistura e mesmo do equipamento de modo a se minimizar as perdas ocasionadas pelo
bloqueio do equipamento ou mesmo quebra do tubo durante as operaes de saque da forma. Alm
disso, o aumento da coeso, sem o devido ajuste do trao da mistura, poder implicar num maior
gasto energtico para a compactao do material durante os procedimentos de moldagem. Se o
equipamento tiver dificuldades em proporcionar este maior nvel de energia de compactao ou se
este cuidado for ignorado, poder haver falhas na compactao do componente, o que tambm
comprometer sua estanqueidade e capacidade resistente.
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Percebe-se que, mesmo com baixo consumo de fibras, houve uma mensurvel capacidade
resistente ps-fissurao do material.
FIGURA 5.64 - Curva mdia de carga por deformao diametral obtida no ensaio de compresso radial
de tubos reforados com consumo de fibras de 5kg/m3
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5.4.8 Durabilidade
As dvidas com relao durabilidade do concreto reforado com fibras de ao so freqentes
e, em grande parte, no esto tecnicamente embasadas. Isso se deve ao fato natural de se observar
fibras oxidadas na superfcie de pavimentos, tneis e tubos de concreto. No entanto, a durabilidade
das fibras de ao est condicionada ao seu confinamento num meio fortemente alcalino (pH em
torno de 12,5) do concreto, em que permanecer apassivada. Na verdade, a corroso das fibras na
superfcie do concreto est associada carbonatao superficial do concreto. Assim, tubos expostos
por longo tempo ao intemperismo no ptio de armazenamento tero muito maior probabilidade de
apresentarem oxidao precoce das fibras na sua superfcie. No entanto, como a fibra possui um
dimetro reduzido, o volume de xidos gerados no suficiente para produzir o lascamento da
superfcie; conseqentemente, garante-se a integridade do recobrimento sem fissuras e, dessa
maneira, a proteo de seu interior. Alm disso, para que haja corroso da armadura no concreto,
deve haver uma diferena de potencial na armadura a qual pode ser originada por diferenas
de concentrao inica, umidade, aerao, tenso no ao ou no concreto (HELENE, 1986).
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Tanto maior ser a dificuldade de se encontrar uma diferena de potencial numa armadura,
quanto menores forem suas dimenses. Assim, as fibras so muito menos sujeitas corroso eletroltica
que as armaduras convencionais. Bentur & Mindess (1990) relatam uma srie de pesquisas em que o
desempenho do concreto reforado com fibras foi superior ao convencional, seja com ataques severos
de cloretos, seja por efeito de congelamento. Mesmo com o concreto fissurado, a fibra apresenta uma
capacidade resistente corroso, como apontou o estudo desenvolvido por Chanvillard, Aitcin & Lupien
(1989), que no observaram sinais de corroso e perda de seo transversal por esse fenmeno
quando a abertura de fissuras em pavimentos no ultrapassou 0,2mm.
A retrao e a fluncia so pouco afetadas pela adio de fibras. Ao menos isso o que tem
apontado uma srie de testes (ACI, 1988). Como esses fenmenos esto associados ao movimento
de fludos dentro do concreto, a fibra representa pouca ou nenhuma restrio quando o concreto
permanece no fissurado.
Deve-se ressaltar o fato de que as fibras restringem a propagao das fissuras no concreto.
Como conseqncia direta disso, tem-se um aumento da resistncia entrada de agentes agressivos
com conseqente aumento da durabilidade da estrutura (CHANVILLARD, AITCIN & LUPIEN, 1989).
Assim, de se esperar que os tubos de concreto reforado com fibras apresentem um desempenho
superior com relao durabilidade em relao s armaduras contnuas convencionais compostas
por vergalhes e telas metlicas.
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plastificantes,
aceleradores de endurecimento,
incorporadores de ar e
desmoldantes.
Do ponto de vista qumico, todos estes aditivos pertencem a famlias diferentes. A escolha de
um deles est diretamente relacionada aos objetivos a alcanar, sendo recomendavel sempre consulta
o fabricante dos aditivos.
Apesar de pertencerem a famlias diferentes, possvel, e por vezes recomendvel, como
explicaremos mais a frente, fazer interagir diferentes aditivos. Adicionalmente, recomenda-se sempre
que antes do uso de aditivos, se executem ensaios prvios especficos, supervisionados pelo
fabricante dos mesmos.
5.5.1.1 Classificao
5.5.1.1.2 Plastificantes
Os plastificantes incorporam-se ao concreto, no caso especifico do concreto de consistncia
seca, com o objetivo primordial de melhorar a hidratao do cimento. Normalmente quando de sua
aplicao, tenta-se manter, ou mesmo aumentar a relao gua/cimento, precisamente o oposto
dos plastificantes formulados para o concreto fresco. Este aumento da relao a/c, conjuntamente
com as caractersticas fsico-qumicas dos plastificantes ir conduzir procurada melhoria da
hidratao do concreto de consistncia seca.
Os plastificantes para concreto de consistncia seca podem-se subdividir em trs classes
(nem sempre disponveis em todos os fabricantes de aditivos): plastificantes normais, plastificantes
aceleradores e plastificantes de nova gerao. A diferena entre os mesmos advm de suas
formulaes e conseqentes propriedades qumicas e desempenho.
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na hidratao do cimento,
nas resistncias iniciais,
nas resistncias finais,
no ciclo de produo,
na estanqueidade das peas,
no aspeto final das peas,
na reduo das perdas por quebra.
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5.5.2.1 Aplicaes
As principais aplicaes dos aceleradores de endurecimento so as concretagens em clima
frio e as indstrias de pr-moldados e artefatos de concreto. O rpido desenvolvimento de resistncias
iniciais do concreto permite uma desmoldagem rpida das peas e consequentemente uma melhora
significativa dos ciclos de produo.
Adicionalmente, o uso de aditivos aceleradores de endurecimento podem melhorar as
resistncias iniciais, mediante:
o uso de cimentos de elevada resistncia inicial,
o aumento da quantidade de cimento no trao de concreto,
ou aumentando a temperatura da cura.
Finalmente, e como complemento ao uso de aceleradores de endurecimento, pode-se utilizar
um plastificante que, ao melhorar a desfloculao do cimento, melhora a hidratao do mesmo e
consequentemente as resistncias mecnicas.
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5.5.3 Introdutores de ar
Os aditivos introdutores de ar so produtos orgnicos que permitem incorporar uma
determinada quantidade de ar uniformemente distribuda no concreto, em forma de micro-bolhas.
Este ar introduzido no deve ser confundido com o ar retido, devido a uma compactao inadequada,
que normalmente gera bolhas de formato irregular e de tamanho maior.
Os aditivos incorporadores de ar foram acidentalmente descobertos no final dos anos 30,
quando um pavimento no Estado de Nova Iorque, preparado com um determinado cimento apresentou
maior durabilidade que outros, suportando melhor os ciclos de gelo-degelo. Um estudo detalhado
demonstrou que neste caso se haviam utilizado aditivos de moagem de cimento que continham
compostos que atuaram como introdutores de ar.
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volume
No que diz respeito densidade, ela obviamente afetada pelo aditivo incorporador de ar,
sendo tanto menor quanto maior o contedo de ar do concreto.
O aumento de ar incorporado no concreto conduz a uma considervel reduo das resistncias
mecnicas do mesmo. Pode-se observar que, regra geral, a incorporao de 1% de ar reduz a
resistncia compresso em cerca de 5%.
Em geral, tanto a permeabilidade quanto a absoro capilar so menores no caso de concretos
com ar introduzido quando comparados com concretos sem aditivo incorporador de ar. Estes
apresentam uma maior uniformidade e trabalhabilidade e, como conseqncia, o concreto mais
homogneo com menos canais e descontinuidades, o que resulta numa maior resistncia
penetrao da gua.
A principal aplicao de aditivos incorporadores de ar est relacionada com o aumento da
resistncia aos ciclos de gelo-degelo. O ar incorporado proporciona o espao suficiente para acomodar
o aumento de volume gerado pelo congelamento da gua existente nos poros de concreto.
A incorporao de ar no concreto melhora a sua resistncia a ataques por sulfatos devido
diminuio da relao gua/cimento e, portanto menor permeabilidade.
5.5.4 Desmoldantes
No caso da indstria de tubos de concreto, todos os concretos so denominados de
desmoldagem imediata devido ao fato de os moldes que do forma as peas serem removidos
imediatamente aps a colocao e correta compactao ou compresso do concreto.
Consoante s gamas de desmoldantes dos diferentes fabricantes de aditivo, existem
desmoldantes especialmente concebidos para peas vibro-compactadas e para peas vibrocomprimidas.
Uma vez mais recomendamos a anlise cuidadosa das opes disponveis no mercado
dado o impacto positivo do desmoldante, tanto no aspecto das peas, como no papel de reduo do
numero de perdas por quebra.
No pode deixar de ser destacada, a importncia na escolha do desmoldante, em termos
de segurana para o trabalhador e salvaguarda do meio-ambiente. Existem hoje no mercado
desmoldantes minerais, desmoldantes de sntese e desmoldantes vegetais. A ateno sade do
utilizador, ao meio-ambiente e o risco ao fogo, varia de um para o outro.
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admixture on the composition, structure and property of fresh cement paste, Cement and
Concrete Research, Vol. 25, No. 2, pp. 353-364, 1995.
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Produo de Tubos
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PRODUO DE TUBOS
Pedro Jorge Chama Neto
6.1 INTRODUO
Muitos fatores tm contribudo para o sucesso da indstria de tubos de concreto. Como fatores
que merecem destaque, podemos citar a possibilidade do uso de materiais e mo-de-obra, disponveis
nas proximidades das plantas de produo, gerando trabalho e impostos nas localidades onde esto
instaladas as fbricas.
At a metade do sculo passado os tubos eram habitualmente produzidos no local da obra,
usando-se moldes fixos, sem vibrao e compactao e com adensamento manual. Em funo
destes fatos e devido as condies de clima, tais como, correntes de ar, excesso de sol e chuvas,
a qualidade dos tubos era deficiente.
A partir dos anos sessenta, do sculo passado, foram introduzidos equipamentos de produo
por vibro-compactao e compresso radial, geralmente produzidos na Itlia, Alemanha e Dinamarca.
Nesta poca em funo das grandes necessidades por infra-estrutura o objetivo da produo era
puramente quantitativo e as instalaes em geral empregavam um grande nmero de mo-de-obra.
Nas dcadas seguintes a produo de tubos passou progressivamente a ser realizada em instalaes
industriais com alto grau de automatizao (ATHA, 2000).
Atualmente as fbricas de tubos, principalmente aquelas que produzem tubos de concreto
para esgoto sanitrio, se caracterizam por elevado grau de especializao de seus processos; alta
flexibilidade na produo; processos de dosagem, produo e cura totalmente integrados e
automatizados; disponibilidade de moldes para a fabricao dos mais variados dimetros e instalaes
para controle de qualidade da matria prima e produto acabado.
6.2 DOSAGEM
O processo de fabricao de tubos de concreto se inicia com a adequada seleo dos materiais
a serem utilizados e ensaios de laboratrio para a caracterizao dos mesmos. Os materiais devem
ser armazenados separados e preferencialmente em locais cobertos, de maneira que os mesmos
no fiquem expostos a chuvas. Posteriormente estes materiais devem ser depositados nos silos
das centrais de concreto, de onde sero transportados para dosagem, mistura e produo do concreto.
A dosagem do concreto um procedimento para a determinao das quantidades dos materiais
presentes em um metro cbico de concreto. A dosagem pode ser representada pelo trao, denominao
dada s quantidades relativas a 1 kg de cimento e obtida dividindo-se as quantidades dos componentes
em massa ou em volume (trao em massa ou trao em volume) para um metro cbico de concreto.
No estabelecimento do trao deve-se levar em conta que o concreto para a produo dos tubos um
concreto de reologia seca, ou seja, com consistncia de terra mida e no um concreto plstico; neste
ltimo, praticamente a pasta (cimento + gua) ocupa todos os espaos deixados pelos agregados, enquanto
no concreto para tubos existe a presena de ar em volume significativo na mistura. Isto faz com que o
concreto para tubos no siga o princpio, consagrado para o concreto plstico, de que preciso menos
gua para aumentar a resistncia.
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Produo de Tubos
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Produo de Tubos
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Enquanto se enche o molde, o concreto lanado para fabricao do tubo sofre processo de
vibrao, e aps o enchimento total, alem do processo de vibrao, o tubo passa por um processo
de compresso e compactao, atravs de anel giratrio acionado por prensa hidrulica, conforme
apresentado nas figuras 6.4 e 6.5.
A vibrao realizada por vibrador central interna e de alta freqncia e geralmente se regula
a amplitude da freqncia, de acordo com o dimetro e comprimento do tubo a ser fabricado. Os
moldes requeridos por estas mquinas devem ter resistncia e rigidez suficiente para suportar sem
deformaes os esforos de compresso, vibrao e toro oriundos do processo de fabricao.
Normalmente estes equipamentos produzem tubos com dimetros variando de 300 a 3000
mm e de comprimentos de 1000 mm at 2500 mm. Algumas vantagens deste tipo de equipamento
so, a alta compacidade do concreto devido excelente vibrao, espessuras de parede uniformes
e superfcies internas perfeitamente lisas.
Dentre as desvantagens podemos citar o extremo cuidado que deve ser tomado durante a
fabricao para se obter tubos de mesmo comprimento e cuidados durante o transporte do tubo
para desforma, de maneira a se evitar deformaes das peas.
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Com o objetivo de ilustrar e facilitar o entendimento do processo produtivo, atravs da utilizao dos equipamentos de
vibrocompresso, presentamos na figura 6.9 a seqncia
estabelecida durante a fabricao dos tubos.
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Produo de Tubos
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Para a instalao dos equipamentos apresentados na figura 6.6, 6.7 e 6.8 se faz necessrio a
execuo de infra-estrutura adequada, conforme apresentado respectivamente nas figuras 6.10 e 6.11.
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Produo de Tubos
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Tubos no armados /
Tubos no armados
Non Armed Pipes
MF
PB
MF
PB
PB
PB
200
-----
---
340
320
---
---
300
-----
---
340
320
---
270
400
260
260
290
270
210
220
500
240
240
280
260
190
200
600
220
220
260
240
170
180
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
CHAMA NETO, PEDRO JORGE. Tubos de Concreto Projeto, Dimensionamento, Produo e
Execuo de Obras: GRFICA RGIS LTDA, 2004. So Paulo, 2004.
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Controle da % umidade e
= kg/m
As dosagens por volume normalmente so aplicadas para os agregados, por serem material
de granulometria palpvel, composta por gros pesados, ou seja, no muito finos ou pulverulento
como o cimento, escria, micro slica e outros.
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O cuidado principal neste caso ter sempre conhecido os valores das massas especficas
dos agregados (kg/m) em dosagem e seu fator percentual de unidade (U%), permitido que possa
ser feita correes, para as dosagens subseqentes, caso se faam necessrias.
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Produo de Tubos
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6.4.6.2 Agregados
Dentre os tipos de transportadores mais utilizados para transporte dos agregados dosados,
tanto para dentro do misturador bem como a exemplo de um ponto de carga de caminho betoneira,
encontramos duas opes, o skip ou transportadores de correia, os mais utilizados e recomendados,
dimensional e tecnicamente desenvolvidos conforme as exigncias de cada layout com suas
capacidades definidas pelas exigncias de projeto.
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6.4.6.3 Mistura
O material dosado, insumos (agregados) e aglomerantes (cimentos), ser transferido para
dentro do misturador, como mencionamos acima, mas para melhor esclarecer precisamos entender
os diversos tipos de misturadores, com suas caractersticas, vantagens e desvantagens.
Podemos destacar como bsico, trs grupos conhecidos de misturadores, que so:
Eixo inclinado,
Eixo horizontal,
Eixo vertical.
Dentro dos tipos de misturadores apresentados podemos esclarecer que os inclinados, mais
comumente utilizados, so conhecidos como betoneiras.
J os de eixo horizontal, devemos fazer uma ressalva, pois tanto o de eixo horizontal simples
e o de eixo horizontal duplo, apresentam desempenho e qualidade de mistura diferenciados, como
veremos mais abaixo.
O mesmo corre tambm com os misturadores de eixo vertical, seja nos tubos do tipo radial ou
nos tubos de mistura normal plana, alm dos planetrios e bi-planetrios.
Nos desenhos esquemticos abaixo, exemplificamos os tipos de misturadores mais comumente
encontrados no mercado brasileiro.
Eixo Inclinado
Betoneiras
Eixo Horizontal
Simples Helicoidal ou ps
Eixo Vertical
Turbos, Planetrios
Bi-planetrios
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Turbo
Planetrio
Bi-Planetrio
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O Professor Dr. Eng. F. Vilagut define a formula para clculo de um bom misturador definindo
seu coeficiente de mistura .
K .
S. v . t
V
onde :
= Coeficiente de mistura
K = Constante, funo da qualidade do misturador
S = rea da p misturadora
v = Velocidade das ps em mistura
t = Tempo de mistura
V = Volume do misturador
Na frmula para definio do coeficiente de mistura , encontramos os fatores como S
que representa a rea ou os tamanhos de ps em cm que atuam diretamente na mistura do concreto,
o v onde vamos verificar a velocidade de deslocamento destas ps dentro do misturador, o t
representa o tempo necessrio para alcanarmos a homogeneizao do concreto em mistura, que
inversamente proporcional ao V volume que estamos misturando.
A constante que Vilagut define como fator K o tipo de misturador utilizado, pois em funo
da qualidade de mistura que ir proporcionar um concreto de qualidade.
Portanto, como importante salientar, a escolha de um bom misturador proporciona uma
economia de cimento, economia esta que tambm valida para mistura de concreto com Pigmentos, seja
em p, lquidos ou mesmo em pasta, proporcionando alto rendimento pela disperso absorvida pelo
movimento das ps, considerando a rea de ataque, velocidade com que ela se desloca e o tempo
gasto, inversamente proporcional ao volume em mistura, que ser objeto para o
dimensionamento do misturador para nosso objetivo, quando estaremos levando em conta sua
capacidade geomtrica em m, capacidade de lanamento de concreto misturado em m, e mesmo
o consumo de potncia em KW (HP) necessrios ou consumidos.
6.4.6.4 Dosagem de gua e correo da umidade no misturador
Uma vez dosados os insumos dentro do misturador, aps um tempo tcnico para a
homogeneizao dos agregados e cimento basicamente, ainda no estado seco, inicia-se a dosagem
da gua na mistura, dosagem que feita normalmente de forma volumtrica atravs de dosador tipo
hidrmetro por volume em litros ou ainda aqueles que so feitos por peso se utilizando de uma
balana, considerando a massa especfica da gua, seu peso medido diretamente relacionado
com o volume a ser dosado.
240
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
VILAGUT, F., Prof. Dr. Ingeniero Industrial - Prefabricados de hormigon, Tomo I e Tomo II, Barcelona
Espanha - 1975
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Tubo de Concreto, de seo circular,
para guas pluviais e esgotos sanitrios Requisitos e mtodos de ensaio. NBR 8890-2007,
ABNT, Rio de Janeiro.
Eladio G R Petrucci Concreto de Cimento Portland, Editora Globo, 14a. Edio, pginas
de 53/54 e 167/188.
241
Produo de Tubos
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242
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Especificao e Controle de Qualidade
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7
ESPECIFICAO
E CONTROLE DE QUALIDADE
Cludio Oliveira Silva
7.1.1 Amostragem
Os lotes devem ser formados com at 100 tubos, considerando-se o mesmo dimetro, classe
e acessrios ou limitada produo de no mximo 15 dias, com numerao seqencial.
Para a retirada das amostras no lote apresentado, os tubos a serem submetidos aos ensaios
devem ser escolhidos de modo aleatrio, sendo necessria a coleta de dois tubos, no caso de guas
pluviais com junta rgida e quatro tubos, no caso de guas pluviais com junta elstica ou esgoto sanitrio.
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Execuo do ensaio
medir o comprimento til do tubo (L), em quatro geratrizes defasadas por igual entre si (90)
e adotar a mdia das quatro medidas;
medir o dimetro interno do tubo (DI) na regio da ponta (macho), em trs geratrizes
defasadas por igual entre si (120) e adotar a mdia das trs medidas;
medir a espessura do tubo (D), em trs geratrizes defasadas por igual entre si (120) e
adotar a mdia das trs medidas. Para tomar a medida, utilize uma rgua metlica apoiada sobre a
superfcie externa do tubo na regio da ponta;
medir o comprimento da bolsa (fmea) do tubo (B), em quatro geratrizes defasadas por
igual entre si (90) e adotar a mdia das quatro medidas;
medir o dimetro interno da bolsa ou fmea do tubo, em trs geratrizes defasadas por igual
entre si (120) e adotar a mdia das trs medidas;
medir a espessura da bolsa do tubo (H), em trs geratrizes defasadas por igual entre si
(120) e adotar a mdia das trs medidas;
medir o dimetro externo da ponta ou macho do tubo, em trs geratrizes defasadas por
igual entre si (120) e adotar a mdia das trs medidas;
calcular a folga do encaixe (C) atravs da diferena entre o dimetro interno da bolsa ou
fmea (F) e o dimetro externo da ponta do tubo ou macho.
Especificao normativa para avaliao dimensional
Os tubos de concreto devem atender s especificaes das tabelas 7.1 e 7.2 conforme
estabelecido na NBR 8890.
TABELA 7.1 Dimenses dos tubos de concreto para guas pluviais com encaixe ponta e
bolsa ou macho e fmea, com junta
rgida
j
g - NBR 8890
Dimetro
nominal
DN
(mm)
200
300
400
500
600
700
800
900
1 000
1 100
1 200
1 300
1 500
1 750
Comprimento mnimo da
bolsa ou da Fmea B
(mm)
Ponta e
Macho e
Bolsa
Fmea
50
20
60
20
65
20
70
20
75
20
80
35
80
35
80
35
80
35
80
35
90
35
90
35
90
35
100
35
Espessura mnima
de parede
D* (mm)
Folga mxima
do encaixe
C
(mm)
Simples
Armado
30
30
30
40
40
40
40
40
40
50
50
50
60
60
30
30
40
50
55
-
45
45
50
60
66
72
75
80
90
96
105
120
140
2 000
1 000
950
100
35
60
180
*As espessuras mnimas definidas nesta tabela so vlidas para a menor classe de resistncia prevista
nesta norma (PS1 ou PA1). Para resistncias superiores, deve ser apresentado projeto especfico.
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TABELA 7.2 Dimenses dos tubos destinados a esgotos sanitrios e guas pluviais
com junta elstica - NBR 8890
Comprimento til mnimo Comprimento mnimo da
Espessura mnima de
Dimetro nominal
do tubo - L
bolsa B
parede D*
DN
(mm)
(mm)
(mm)
(mm)
200
2 000
50
45
300
2 000
60
50
400
2 000
65
50
500
2 000
70
55
600
2 000
75
65
700
2 000
80
70
800
2 000
80
80
900
2 000
80
85
1 000
2 000
80
90
1 100
2 000
80
100
1 200
2 000
90
100
1 300
2 000
90
115
1 500
2 000
90
120
1 750
2 000
100
150
2 000
2 000
100
180
*As espessuras mnimas definidas so vlidas para a menor classe de resistncia prevista nesta norma
(EA2). Para resistncias superiores, deve ser apresentado projeto especfico.
Alm do atendimento aos valores especificados nas tabelas 7.1 e 7.2 os tubos de concreto
tambm deve atender as seguintes especificaes da NBR 8890:
O dimetro interno mdio no deve diferir mais de 1% do dimetro nominal;
A espessura da parede do tubo no pode diferir em mais de 5% ou 5 mm em relao
espessura declarada (adotar o menor valor);
O comprimento til do tubo no deve diferir em mais de 20 mm (para menos) e nem mais
de 50 mm (para mais) em relao ao comprimento declarado.
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Fixar na vigota uma tira de borracha com cerca de 5 mm de espessura na regio que
entrar com contato com o tubo;
Colocar a vigota na parte superior do tubo, centralizando a tira de borracha na geratriz do tubo;
Centralizar o ponto de aplicao de carga no centro do comprimento til do tubo, conforme
apresentado nas figuras 7.3 e 7.4;
FIGURA 7.3 - Esquema do ensaio para tubo ponta e bolsa - NBR 8890
FIGURA 7.4 - Esquema do ensaio para tubo macho e fmea NBR 8890
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Anotar o valor registrado pela prensa em (kN) e dividir pelo comprimento do tubo para obter
a carga de fissura em (kN/m);
Aplicar a carga at a ruptura do tubo;
Anotar o valor registrado pela prensa em (kN) e dividir pelo comprimento til do tubo (A)
para obter a carga de ruptura em (kN/m).
Para tubos reforados com fibras
A figura 7.8 apresenta graficamente o ensaio a ser executado, obedecendo-se a seguinte
seqncia:
Aplicar a carga com taxa de variao constante e no inferior a 5 kN/min nem superior a 35
kN/min, por metro linear de tubo, conforme figura 7.5;
Aplicar a carga at atingir o valor especificado para a carga mnima isenta de dano,
mantendo-a estabilizada por um minuto. O tubo no pode apresentar qualquer tipo de dano como
fissuras e lascamentos;
Prosseguir com o carregamento do tubo at que seja atingida carga de ruptura;
Remover integralmente a carga aplicada ao tubo quando esta cair a 95% da carga mxima
atingida durante o ensaio;
Recarregar o tubo at a carga mnima isenta de dano especificada. Como requisito, o tubo deve
suportar esta carga por, no mnimo, um minuto;
Prosseguir com o carregamento at que
Carga
a
mesma
atinja o seu valor mximo. Este valor
(kN)
deve superar a carga mnima isenta de dano
105% da carga
95% da
mnima isenta
carga
em no mnimo 5%.
de dano
de
ruptura
Carga
Calcular os valores das cargas mnimas
de
ruptura
isenta de dano e da carga de ruptura dividindoCarga
se os valores dos esforos totais corresmnima
isenta
pondentes pelo comprimento til do tubo,
de dano
expressas em kN/m
1 minuto
1 minuto
Tempo
(minutos)
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gua pluvial
Esgoto sanitrio
Classe
200
300
400
500
600
PS1
PS2
16
24
16
24
16
24
20
30
24
36
Carga diametral de ruptura (kN/m)
Qd
40
60
Qd = carga de fissura ou carga de ruptura/DN * 1000
ES
36
36
36
45
54
90
TABELA 7.4 Compresso diametral de tubos armados e/ou reforados com fibras de ao - NBR 8890
gua pluvial
Carga mnima de
Carga mnima de
fissura
ruptura
(kN/m)
(kN/m)
Dimetro
nominal
DN
(mm)
Classe
PA1
PA2
PA3
300
400
500
600
700
800
900
1000
1100
1200
1500
1750
2000
12
16
20
24
28
32
36
40
44
48
60
70
80
18
24
30
36
42
48
54
60
66
72
90
105
120
27
36
45
54
63
72
81
90
99
108
135
158
180
PA4
PA1
PA2
PA3
PA4
Esgoto sanitrio
Carga mnima de
Carga mnima
fissura
de ruptura
(kN/m)
(kN/m)
EA2
EA3
EA4
EA2
EA3
EA4
27
36
45
54
63
72
81
90
99
108
135
158
180
36
48
60
72
84
96
108
120
132
144
180
210
240
27
36
45
54
63
72
81
90
99
108
135
158
180
41
54
68
81
95
108
122
135
149
162
203
237
270
54
72
90
108
126
144
162
180
198
216
270
315
360
40
60
90
90
120
90
Qd
Qd = carga de fissura ou carga de ruptura/DN * 1000
Para os tubos armados com fibra, a carga de fissura passa a ser carga isenta de dano
135
180
36
18
27
41
54
18
48
24
36
54
72
24
60
30
45
68
90
30
72
36
54
81
108
36
84
42
63
95
126
42
96
48
72
108
144
48
108
54
81
122
162
54
120
60
90
135
180
60
132
66
99
149
198
66
144
72
108
162
216
72
180
90
135
203
270
90
210
105
158
237
315
105
240
120
180
270
360
120
Carga diametral de fissura ou ruptura (kN/m)
120
60
90
135
180
60
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Encher os tubos com gua, elevando de modo gradual, sem golpes e de modo constante a
presso a no mximo 20 kPa/s;
A leitura da presso deve ser realizada utilizando-se um manmetro com preciso de 4%;
Durante o enchimento com gua, abra os registros para permitir a sada de todo ar presente
nos tubos;
Fechar os registros de entrada e sada de gua;
Elevar gradualmente a presso da gua at 0,1 MPa e mant-la durante 30 min;
Verificar a ocorrncia de vazamentos na juntas e nas paredes dos tubos.
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7.2.1 Amostragem
Os lotes devem ser formados com at 100 tubos, considerando-se o mesmo dimetro, classe
e acessrios ou limitada pela produo de no mximo 15 dias.
Durante a amostragem os tubos devem ser escolhidos de modo aleatrio, sendo necessria
a coleta de quatro tubos para a execuo dos ensaios.
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Execuo do ensaio
Medir o comprimento til do tubo (L), em quatro geratrizes defasadas por igual entre si (90)
e adotar a mdia das quatro medidas;
Medir o dimetro interno do tubo (DI), na regio da ponta, em trs geratrizes defasadas por
igual entre si (120) e adotar a mdia das trs medidas;
Apoiar duas rguas metlicas sobre as superfcies opostas do tubo e medir o dimetro
externo do tubo (DE), em trs geratrizes defasadas por igual entre si (120) e adotar a mdia das
trs medidas;
Medir o comprimento til dos tubos em dois pontos paralelos e simetricamente opostos (L1 e L2);
Medir as diagonais referentes ao comprimento til dos tubos (d1 e d2 );
Calcular os desvios da ponta (ep) e da bolsa (eb) conforme a equao:
eb ou ep =
(7.2)
Dimetro nominal
DN
(mm)
< 900
DI ()
5
Variao mxima
da
perpendicularidade
eb e ep
3,5
10
10
16
16
5,5
16
16
7,0
?
?
2000
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Dimenses em mm
Comprimento til do
Variao
tubo
da
espessura
Dimenso
da parede
DE ()
Variao
mnima
()
Desvio mximo
no dimetro (mm)
2000
+50 -20
4,0
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FIGURA 7.12 Esquema de ensaio de resistncia compresso diametral tubos para cravao - NBR 15319
Aplicar a carga com taxa de variao constante e no inferior a 5 kN/min nem superior a 35
kN/min, por metro linear de tubo;
Aplicar carga at atingir a carga de fissura definida na tabela 7.7;
Medir a abertura de fissura durante o carregamento, utilizando a lmina de 0,2 mm de
espessura e largura de 12,7 mm e afinada na ponta para 1,6mm;
Anotar o valor registrado pela prensa em (kN), quando a lmina penetrar 1,6 mm na fissura.
(corresponde a fissura de 0,25mm). Dividir o valor da carga pelo comprimento til do tubo (L) para
obter a carga de fissura em (kN/m);
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no h
obter a
Aplicar carga at atingir a ruptura do tubo. Considera-se a carga de ruptura atingida quando
mais acrscimo de valor, mesmo com o prosseguimento do ensaio;
Anotar o valor registrado pela prensa em (kN) e dividir pelo comprimento til do tubo (L) para
carga de ruptura em (kN/m);
300
400
500
600
700
800
900
1000
1100
1200
1500
1800
2000
27
36
45
54
63
72
81
90
99
108
135
162
180
Carga diametral de fissura ou ruptura (kN/m)
Qd
90
Qd = carga de fissura ou carga de ruptura/DN * 1000
41
54
68
81
95
108
122
135
149
162
203
243
270
135
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Aplicar a carga com taxa de variao constante e no inferior a (5010) kN/min, at a ruptura
do concreto;
Anotar o ltimo valor registrado pela prensa em (kN);
Repetir o ensaio posicionando o prisma, de modo alternado, em relao tangente do
dimetro interno e externo da ponta, ensaiando quatro pontos distintos defasados entre si de 90;
Posicionar o tubo na posio vertical com a bolsa (extremidade com colar) voltada para cima;
Posicionar o prisma de ao perpendicularmente geratriz do tubo e tangenciando sua
ponta,
Aplicar a carga com taxa de variao constante e no inferior a (5010) kN/min, at a ruptura
do concreto;
Anotar o ltimo valor registrado pela prensa em (kN);
Repetir o ensaio posicionando o prisma em quatro pontos distintos defasados entre si de 90.
A
onde:
M1 M 0
100 ,
M0
(7.3)
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Encher os tubos com gua, elevando de modo gradual, sem golpes e de modo constante a
presso a no mximo 20 kPa/s;
A leitura da presso deve ser realizada utilizando-se um manmetro com preciso de 4%;
Durante o enchimento com gua, abra os registros para permitir a sada de todo ar presente
nos tubos;
Fechar os registros de entrada e sada de gua;
Elevar gradualmente a presso da gua at 0,1 MPa e mant-la durante 30 min;
Verificar a ocorrncia de vazamentos na juntas e nas paredes dos tubos.
7.3.1 Amostragem
Os lotes devem ser formados por no mximo 30 peas, ou limitada produo de no mximo
15 dias.
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Do lote de aduelas apresentado devem ser escolhidas, de modo aleatrio, duas aduelas para
a realizao dos ensaios.
0,20 mm
A NBR 15396 admite a execuo de reparos de fissuras com abertura? d
profundidade de at 10 mm. So aceitas tambm bolhas ou furos superficiais com dimetro
?d
10 mm e profundidade?d
5 mm. Profundidades at 10 mm so aceitas mediante a execuo
de reparos.
Execuo do ensaio
Medir a altura da aduela (h1), em trs pontos da face interna, sendo as duas extremidades
e o centro, e adotar a mdia das medidas;
Medir a largura (b1), em trs pontos da face interna, sendo as duas extremidades e o centro
e adotar a mdia das medidas;
Medir o comprimento til da aduela, em trs pontos da face interna, sendo as duas
extremidades e o centro, e adotar a mdia das medidas;
Medir a espessura das paredes da aduela (ep) em mm, em um ponto em cada parede da
aduela (considerar a menor espessura em cada parede) e adotar a mdia das medidas;
Apoiar uma rgua metlica na face do encaixe interno da aduela e medir os comprimentos
de encaixe (L1), em dois pontos, um em cada parede da aduela e adotar a mdia das medidas;
Apoiar uma rgua metlica na face do encaixe externo da aduela e medir os comprimentos
de encaixe (L2), em dois pontos, um em cada parede da aduela e adotar a mdia das medidas;
Calcular a folga (f) do encaixe, conforme apresentado na figura 7.16, atravs da expresso:
f = L1 L2
(7.4)
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Altura (hl )
(m)
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
2,50
3,00
3,50
4,00
3,00
3,50
4,00
3,50
4,00
4,00
-
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onde:
A = absoro de gua (%)
M0 = massa do corpo-de-prova seco, (g)
M1 = massa do corpo-de-prova aps saturao em fervura, (g)
Especificao normativa para o ensaio de Absoro de gua
A NBR 15396 estabelece que as aduelas de concreto devem apresentar absoro mxima de
gua de 8%.
Abatimento a
(mm)
< 20
20 ?> a < 60
60 < a < 180
a > 180
Vibrado
Vibrado ou manual
Manual
Manual
15x30
vibrado
manual
vibrado
manual
1 camada
2 camadas
com 15
golpes cada
2 camadas
4 camadas
com 30
golpes cada
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O dimetro do corpo-de-prova deve ser igual ou maior que trs vezes a dimenso mxima do agregado
utilizado no concreto. Os topos dos corpos-de-prova devem ser preparados atravs de capeamento com
pasta de cimento ou mistura de enxofre e quartzo modo, na espessura mxima de 3 mm, ou ainda, ser
retificado com equipamento que permita um acabamento retilneo e livre de imperfeies nos topos.
O ensaio de resistncia compresso deve ser realizado conforme figura 7.17 e NBR 5739,
que especifica que a velocidade de carregamento, proporcionado pela mquina de ensaio deve
mantida constante durante todo o ensaio em 0,45 0,15 MPa/s.
A resistncia compresso dos corpos-de-prova obtida pela seguinte equao:
onde,
(7.5)
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). Concreto - Procedimento para
moldagem e cura de corpos-de-prova. NBR 5738, Rio de Janeiro, 1994.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). Concreto - Ensaio de compresso
de corpos-de-prova cilndricos Mtodo de ensaio. NBR 5739, Rio de Janeiro, 2007.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). Tubo de concreto de seo circular
para guas pluviais e esgotos sanitrios - Requisitos e mtodos de ensaios. NBR 8890, Rio
de Janeiro, 2007.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). Agregados para concreto
Determinao de sais, cloretos e sulfatos solveis Mtodo de ensaio. NBR 9917, Rio de Janeiro.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). Concreto Preparo, controle e
recebimento Procedimento. NBR 12655, Rio de Janeiro, 2006.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). Aduelas (galerias celulares) de concreto
armado pr-fabricadas Requisitos e mtodo de ensaios. NBR 15396, Rio de Janeiro, 2006.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). Tubos de concreto, de seo
circular, para cravao Requisitos e mtodo de ensaios. NBR 15319, Rio de Janeiro, 2006.
262
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20
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8
Processos de Produo, Problemas e Dificuldades
Encontradas na Fabricao
de Tubos e Aduelas de Concreto
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8
PROCESSOS DE PRODUO, PROBLEMAS E
DIFICULDADES ENCONTRADAS NA FABRICAO
DE TUBOS E ADUELAS DE CONCRETO
Alrio Brasil Gimenez
8.1 INTRODUO
Tubos e aduelas de concreto so peas pr-fabricadas industrialmente com a utilizao de
formas metlicas especialmente projetadas para esta finalidade. So executadas por mtodos
mundialmente conhecidos atravs do processo vibratrio, de compresso radial, ou de centrifugao.
Os progressos do setor conseguidos ultimamente possibilitam a fabricao de peas
excelentes queles que dispem de conhecimentos adequados. Nosso objetivo na publicao deste
Manual consiste em fazer uma cuidadosa seleo das informaes essenciais e transmit-las em
uma seqncia lgica que auxilie o atendimento s expectativas dos fabricantes.
Peas de qualidade visualmente apropriadas encontram-se por toda parte, mas para serem
potencialmente bem executadas, faz-se necessria aplicao de determinadas tcnicas bsicas
que garantiro a tranqilidade na obteno de resultados satisfatrios.
As Normas que regulamentam sua fabricao especificam todos os requisitos mnimos de
desempenho e estabelecem vrios ensaios em laboratrio, evidenciando a necessidade da
manuteno de rigorosos critrios tcnicos.
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8.3 PRODUTOS
8.3.1 Tubos de Concreto
8.3.1.1 Tubos Vibrados
A compactao do concreto se d atravs da utilizao de vibradores convenientemente
dispostos nas formas metlicas, numa tentativa de expulsar o ar incorporado no concreto, propiciando
uma acomodao dos agregados midos e grados.
Esses vibradores normalmente so fabricados utilizando-se de sistema de massas
excntricas, que giram com alta rotao em torno de um eixo, introduzindo vibraes s peas
as quais esto fixados, permitindo regulagens nas amplitudes de freqncia em funo do
dimetro estabelecido.
O assunto vibrao complexo e requer estudo especfico, no podendo ser empregado sem
a adoo de critrio tcnico baseado em anlise detalhada de posicionamento, quantidade e potncia.
O posicionamento desses vibradores nas formas metlicas e o dimensionamento de suas
quantidades e potncia devem atender as caractersticas geomtricas das peas a serem fabricadas,
volume e centro de gravidade. Quando se faz a opo por vrios vibradores em uma mesma forma,
deve-se observar a posio relativa entre eles e seus respectivos sentidos de rotao para que seja
evitada a interferncia dos efeitos de um sobre o outro.
Deve-se sempre tomar os cuidados, em qualquer montagem industrial, para que a vibrao
seja aplicada apenas nas peas em que se deseja obter o adensamento do concreto, procurando
evitar que sejam transferidas para partes do processo que no necessitem ou para as fundaes ou
terreno local, com diminuio da eficincia do adensamento. Isto pode ser evitado ou amenizado
atravs da utilizao de coxins de borracha, dispostos nos equipamentos, concentrando os efeitos
da vibrao apenas nas peas a serem concretadas.
Os vibradores podem ser individualizados e construdos com pequenas massas excntricas,
acionadas por motores eltricos e fixados em vrios pontos localizados em uma mesma forma
interna ou externamente. Podem ser construdos com a utilizao de vrias massas excntricas
fixadas em torno de um mesmo eixo acionado por um motor eltrico de alta rotao. Usualmente
fixado na forma interna, que deve ser projetada e dimensionada para essa situao de trabalho
(vibrador central).
Na fabricao de tubos vibrados, devem ser observadas algumas recomendaes de uso
geral independentemente da disposio dos vibradores:
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267
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Podem ser fabricadas por equipamentos totalmente automatizados, com vibradores dispostos
nas formas internas, tendo inmeras possibilidades de regulagens e combinaes de amplitudes
de freqncias. So equipamentos de maior valor de aquisio, que necessitam de pouca mo de
obra e apresentam uma boa eficincia no adensamento do concreto, trazendo qualidade ao produto
final acabado.
O processo mais comum encontrado no Brasil, pela simplicidade e menor valor de aquisio,
quando comparado com os outros processos, a fabricao das aduelas utilizando-se conjuntos
vibratrios, onde normalmente os vibradores so fixados nas formas externas, em quantidade e
localizao convenientemente estudada.
Normalmente as formas metlicas so moduladas, possibilitando a fabricao das peas
com vrias dimenses internas e diversas espessuras de parede.
Por se tratar de peas maiores, importante observar a necessidade de equipamento compatvel
em capacidade de carga para o manuseio destas peas dentro da fbrica, implicando tambm em
estudo logstico para o transporte at as obras.
O desenvolvimento da industrializao destas peas trouxe qualidade e agilidade na
execuo das obras de canalizao de crregos, que antes eram feitas em sua grande maioria
moldadas in loco, exigindo cuidados especiais com escoramentos, desvios dos cursos dgua
(corta-rios) e concretagem.
Em 2006 foi criada uma Norma
ABNT NBR 15.396, que passou a
regulamentar a fabricao destas
peas, trazendo maior segurana ao
mercado consumidor.
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Adoo de dosagens de traos para o concreto compatvel com as dimenses das peas
a serem produzidas, principalmente levando-se em considerao as espessuras da parede e taxas
de ao.
Dependendo da necessidade apresentada, torna-se importante utilizao de aditivos para
o concreto, melhorando sua trabalhabilidade e plasticidade com resultado imediato no desempenho
satisfatrio do adensamento.
A regulagem inadequada dos vibradores, como exposto anteriormente, contribuir para a
formao de bolhas, que podem aparecer do lado interno ou externo das tubulaes.
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No caso dos tubos armados, este ensaio prev a verificao de dois resultados importantes:
as cargas de fissura e de ruptura. As cargas de fissura dependem fundamentalmente de uma boa
matriz, ou seja, de um bom concreto, com dosagens e consumos de cimento adequado e compatvel
com as classes de resistncias envolvidas. J as cargas de ruptura, dependem das armaduras
envolvidas que devem ter dimensionamento adequado, distribuio e posicionamento correto nas
peas a serem executadas.
A resistncia mecnica verificada atravs
dos ensaios de compresso diametral, tambm
chamado de ensaio dos trs cutelos. Ao observarmos os diagramas de esforos solicitantes de
qualquer tubo de concreto, quando submetido ao
ensaio dos trs cutelos, podemos verificar que os
momentos fletores apresentam valores maiores
nas paredes internas que nas externas. Isto implica
em alguns cuidados, tais como a adoo de
armaduras maiores do lado interno que do externo,
nos casos de armadura dupla, ou, nos casos de
armadura simples, posicion-las mais prxima da
face interna, como j detalhado no captulo de
dimensionamento estrutural.
Por se tratar de paredes relativamente
pequenas, qualquer deslocamento das armaduras
no momento da concretagem propicia que estas
fiquem muito prximas da linha neutra, prejudicando
a obteno de resultados que atendam aos valores
mnimos estipulados em norma. Todo fabricante
deve buscar solues prprias para a manuteno
das armaduras nos lugares previstos em projeto,
FIGURA 8.6 - Prensa hidrulica para ensaio de
pois qualquer variao muda os resultados
compresso diametral em tubos
consideravelmente.
8.5. CONCLUSO
Em virtude da imensa possibilidade de diferentes problemas inerentes ao sistema, caso no
sejam convenientemente monitorados, sugerimos que as solues propostas sejam observadas e
seguidas rigorosamente para impedir que se incorra em erros anlogos no futuro. Muitos erros tem
origem na falta de familiaridade com o equipamento, seus componentes e respectivos processos e
alguns na displicncia e falta de preparo do pessoal envolvido.
Cada gestor pode aumentar
consideravelmente seu domnio
sobre o processo como um todo,
mediante a anlise das variveis
apresentadas, buscando sempre a
excelncia.
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Tubo de Concreto, de seo circular,
para guas pluviais e esgotos sanitrios Requisitos e mtodos de ensaio. NBR 8890 2007,
ABNT, Rio de Janeiro.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Aduelas (galerias celulares) de concreto
armado pr-fabricadas Requisitos e mtodos de ensaios. NBR 15396 2006, ABNT, Rio de
Janeiro.
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Execuo de Obras
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EXECUO DE OBRAS
Pedro Jorge Chama Neto
9.1 INTRODUO
As obras de execuo de redes coletoras de esgoto, interceptores, emissrios e galerias de
drenagem urbana, executadas com tubos de concreto, devem obedecer rigorosamente a NBR 8890
Tubo de Concreto, de seo Circular, para guas pluviais e esgotos sanitrios Requisitos e
mtodos de ensaio, s plantas, desenhos e detalhes de projeto elaborado segundo a NBR 9649
Projeto de redes coletoras de esgoto sanitrio, NBR 12207 Projeto de interceptores de esgoto
sanitrio, NBR 9814 Execuo de rede coletora de esgoto sanitrio, NBR 12266 Projeto e execuo
de valas para assentamento de tubulao de gua, esgoto ou drenagem urbana e s recomendaes
especficas dos fabricantes dos materiais a serem empregados e demais elementos que a fiscalizao
de obras venha a fornecer. Eventuais modificaes no projeto devem ser efetuadas ou aprovadas
pelo projetista, sendo que, aspectos particulares, casos omissos e obras complementares, no
consideradas no projeto, devem ser especificados e detalhados pela fiscalizao de obras.
Caso haja divergncias entre elementos do projeto devem ser adotados os seguintes critrios:
Divergncias entre cotas assinaladas e suas dimenses medidas em escala: prevalecero
as primeiras,
Divergncias entre os desenhos de escalas diferentes: prevalecero os de maior escala.
O projeto hidrulico deve conter desenhos em planta e perfil, onde sejam assinalados: dimetro
nominal, declividade da tubulao, posicionamento da tubulao na via pblica, profundidades,
cobrimentos mnimos, pontos de passagem obrigatria, interferncias e tipo de pavimento.
A construo da obra deve:
ser acompanhada por equipe designada pelo contratante e chefiada por profissional
legalmente habilitado,
ter a frente dos trabalhos profissional legalmente habilitado designado pelo contratado,
ser executada com materiais que obedeam NBR 8890,
ter sua demarcao e acompanhamento executado por equipe de topografia,
observar a legislao do Ministrio do Trabalho que determina obrigaes no campo de
Segurana, Higiene e Medicina do Trabalho, e
ser considerada em suas diversas etapas, a saber: locao, sinalizao, levantamento ou
rompimento da pavimentao, escavao, escoramento, esgotamento, assentamento incluindo tipos
de apoio e envolvimento, juntas, reaterro, poos de visita, reposies de pavimento e cadastramento.
Durante a execuo das obras no permitido o bloqueio, obstruo ou eliminao de cursos
dgua e canalizaes existentes, salvo nos casos em que o construtor apresentar projeto para
anlise do responsvel pela interferncia, que fornecer a aprovao, mediante termo
circunstanciado.
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b) Suporte de ao
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Execuo de Obras
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300
400
500
600
700
800
900
1000
S/ ESCORADESCONTNUO
MENTO E
ESPECIAL
PONTALETEA- E CONTNUO
MENTO
METLICOMADEIRA
0-2
0,80
0,80
0,90
2-4
0,90
1,00
1,20
1,85
4-6
1,00
1,20
1,50
2,00
6-8
1,10
1,40
1,80
2,15
0-2
0,90
1,10
1,20
2-4
1,00
1,30
1,50
2,15
4-6
1,10
1,50
1,80
2,30
6-8
1,20
1,70
2,10
2,45
0-2
1,10
1,30
1,40
2-4
1,20
1,50
1,70
2,35
4-6
1,30
1,70
2,00
2,50
6-8
1,40
1,90
2,30
2,65
0-2
1,20
1,40
1,50
2-4
1,30
1,60
1,80
2,45
4-6
1,40
1,80
2,10
2,60
6-8
1,50
2,00
2,40
2,75
0-2
1,30
1,50
1,60
2-4
1,40
1,70
1,90
2,55
4-6
1,50
1,90
2,20
2,70
6-8
1,60
2,10
2,50
2,85
0-2
1,40
1,60
1,70
2-4
1,50
1,80
2,00
2,65
4-6
1,60
2,00
2,30
2,80
6-8
1,70
2,20
2,60
2,90
0-2
1,50
1,70
1,80
2-4
1,60
1,90
2,10
2,75
4-6
1,70
2,10
2,40
2,90
6-8
1,80
2,30
2,70
3,05
0-2
1,60
1,80
1,90
2-4
1,70
2,00
2,10
2,85
1,80
2,20
2,50
3,00
6-8
2,40
2,80
9.3.9 Escoramento
Dever ser utilizado escoramento sempre que as paredes laterais da vala, poos e cavas
forem constitudas de solo possvel de desmoronamento, bem como nos casos em que, devido aos
servios de escavao, seja constatada a possibilidade de alterao da estabilidade do que estiver
prximo regio dos servios.
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Caso na localidade em que ser executada a obra, as bitolas comerciais de tbuas, pranchas
e vigas no coincidam com as indicadas, devem ser utilizadas peas com o mdulo de resistncia
equivalente ou com dimenses imediatamente superiores.
Dependendo dos tipos de solos e profundidades das valas podem ser usados outros tipos de
contenso lateral, tais como, estacas pranchas metlicas de encaixe, caixes deslizantes, etc. As
estacas-prancha e tbuas podem ser cravadas por bate-estacas ou por marreta, sendo que o topo
da pea cravar deve ser protegido para evitar lascamento.
A ficha do escoramento deve ser de pelo menos 7/10 da largura da vala, com um mnimo
de 0,50 m.
9.3.9.6 Remoo do escoramento
O escoramento no deve ser retirado antes do reenchimento atingir 0,60 m acima da tubulao
ou 1,50 m abaixo da superfcie natural do terreno, desde que seja de boa qualidade. Caso contrrio
o escoramento somente deve ser retirado quando a vala estiver totalmente reaterrada.
Nos escoramentos metlico-madeira o contraventamento de longarinas deve ser retirado
quando o aterro atingir o nvel dos quadros e as estacas metlicas devem ser retiradas quando a
vala estiver totalmente reaterrada.
O vazio deixado pelo arrancamento dos perfis e estacas metlicas deve ser preenchido com
areia compactada por vibrao ou por percolao de gua.
9.3.10 Esgotamento
Quando a escavao atingir o lenol dgua, deve-se manter o terreno permanentemente drenado.
O esgotamento deve ser obtido por meio de bombas, executando-se no fundo da vala drenos
junto ao escoramento, fora da faixa de assentamento da tubulao, para que a gua seja coletada
pelas bombas em poos de suco, protegidos por cascalho ou pedra britada, a fim de evitar eroso
por carreamento do solo.
Em casos excepcionais, o rebaixamento do lenol deve ser feito por meio de ponteiras filtrantes,
poos profundos ou injetores.
O construtor e a fiscalizao devem estar atentos quanto a possibilidade de abatimento das
faixas laterais vala, que pode provocar danos em tubulaes, galerias e dutos diversos, ou ainda
recalque das fundaes dos prdios vizinhos, para que possam adotar em tempo hbil as medidas
necessrias de proteo.
No havendo especificao no projeto deve ser dada preferncia s bombas para esgotamento
do tipo auto-escorvante ou submersa.
As instalaes de bombeamento devero ser dimensionadas com suficiente margem de
segurana e devero ser previstos equipamentos de reserva, incluindo grupo moto-bombas diesel,
para eventuais interrupes de energia eltrica.
9.3.11 Assentamento
O assentamento da tubulao dever seguir paralelamente abertura da vala, de juzante para
montante, com a bolsa voltada para montante. Sempre que o trabalho for interrompido, o ltimo tubo
assentado dever ser tamponado, a fim de evitar a entrada de elementos estranhos. Nas valas
inundadas pelas enxurradas, findas as chuvas e esgotadas as valas, os tubos j assentados devero
ser limpos internamente.
A descida dos tubos na vala dever ser feita cuidadosamente, manualmente ou com o auxlio
de equipamentos mecnicos. Os tubos devem estar limpos internamente e sem defeitos, no
podendo ser assentadas as peas trincadas. Cuidado especial deve ser tomado principalmente
com as bolsas e pontas dos tubos, contra possveis danos na utilizao de cabos e/ou tesouras.
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9.3.11.2 Juntas
Antes da execuo das juntas, deve ser verificado se as extremidades dos tubos esto
perfeitamente limpas.
a) Juntas elsticas
A execuo das juntas elsticas deve obedecer a seguinte seqncia:
Verificar se os anis correspondem ao especificado pela NBR 8890 e se esto em bom
estado e livre de sujeiras, principalmente leos e graxas.
Limpar as faces externas das pontas dos tubos e as internas das bolsas e, principalmente,
a regio de encaixe do anel. Verificar se o chanfro da ponta do tubo no foi danificado.
Colocar o anel no chanfro situado na ponta do tubo, observando-se que o mesmo no deve
sofrer movimento de toro, durante o seu posicionamento.
Posicionar a ponta do tubo junto a bolsa do tubo j assentado, proceder o alinhamento da
tubulao e realizar o encaixe, empurrando-o manualmente (alavancas) ou atravs de equipamentos
(tirfor). Tomar o devido cuidado para no danificar o tubo na operao de encaixe e no provocar
esforos no anel, tais como, trao, toro, ou compresso.
Verificar se o anel de borracha permaneceu no seu alojamento.
No utilizar, em hiptese alguma, lubrificante nos anis, que possam afetar as caractersticas
da borracha, tais como, graxas ou leos minerais.
b) Juntas elsticas incorporadas
A execuo das juntas elsticas deve obedecer a seguinte seqncia:
Verificar se o anel incorporado ao tubo corresponde ao especificado e se esta em bom
estado e livre de sujeiras, principalmente leos e graxas.
Limpar as faces externas das pontas dos tubos e as internas das bolsas e, principalmente
a regio do anel. Verificar se o chanfro da ponta do tubo no foi danificado.
Posicionar a ponta do tubo junto a bolsa do tubo j assentado, proceder o alinhamento da
tubulao e realizar o encaixe, empurrando-o manualmente (alavancas) ou atravs de equipamentos
(tirfor). Tomar o devido cuidado para no danificar o tubo na operao de encaixe e no provocar
esforos no anel, tais como, trao, toro, ou compresso.
Verificar se o anel de borracha no foi danificado.
No utilizar, em hiptese alguma, lubrificante no anel, que possa afetar as caractersticas da
borracha, tais como, graxas ou leos minerais.
c) Juntas rgidas
A execuo das juntas rgidas deve obedecer a seguinte seqncia:
Limpar as faces externas das pontas dos tubos e as internas das bolsas e verificar se o
tubo no foi danificado.
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Aps o correto posicionamento da ponta do tubo junto a bolsa do tubo j assentado, proceder
o alinhamento da tubulao e realizar o encaixe. Tomar o devido cuidado para no danificar o tubo na
operao de encaixe.
Executar a junta com argamassa de cimento e areia no trao 1:3, respaldadas com uma
inclinao de 45 sobre a superfcie do tubo.
Verificar se a argamassa foi colocada em todo o permetro do tubo, principalmente na base
da geratriz inferior do tubo.
Este tipo de junta no deve ser executada em redes de esgoto, pelo fato de permitir infiltrao
e vazamento, em decorrncia do deslocamento por efeito de retrao e deteriorao da argamassa
pelo ataque do esgoto.
d) Conexo no poo de visita
A execuo da conexo do tubo ao poo de visita, deve ser realizada por mtodos que
garantam a perfeita estanqueidade, principalmente nas redes de esgotos, de forma a evitar
infiltraes no PV.
9.3.12 Reaterro e recobrimento especial de valas, cavas e poos
As seguintes recomendaes devem ser observadas na execuo do reaterro:
a) Antes de iniciar o reaterro deve-se retirar todos materiais estranhos da vala, tais como:
pedaos de concreto, asfalto, razes, madeiras, etc.
b) Para execuo do reaterro utilizar, preferencialmente, o mesmo solo escavado. Quando o
solo for de m qualidade utilizar solo de jazida apropriada. No so aceitveis como material do
reaterro argilas plsticas e solos orgnicos, ou qualquer outro material que possa ser prejudicial
fsica ou quimicamente para o concreto e armadura dos tubos.
c) O reaterro e a compactao devem ser feitos concomitantemente com a retirada do
escoramento. Para isso devem ser adotados os seguintes procedimentos:
Numa primeira fase mantido o escoramento e executado o reaterro at o nvel da 1
estronca. Retira-se ento a estronca e a longarina (caso seja o caso) e o travamento fica garantido
pelo prprio solo do reaterro.
Prossegue-se com o reaterro at o nvel da 2 estronca, retira-se a mesma e a longarina
(caso seja o caso) e assim sucessivamente at o nvel desejado.
As pranchas verticais e os perfis metlicos (quando o escoramento for metlico madeira)
s devero ser retirados no final do reaterro. Para isso utilizam-se guindastes, retroescavadeiras ou
outros dispositivos apropriados.
d) O reaterro deve ser dividido em duas zonas distintas, sendo a primeira da base da vala at
30 cm acima da tubulao e a outra do plano situado 30 cm acima da tubulao at a base do
pavimento, conforme figura 9.19.
Inicialmente executa-se o enchimento lateral da vala, com material de boa qualidade isento
de pedras e outros corpos estranhos, proveniente da escavao ou importado e em seguida estendese o reaterro at 30 cm acima da tubulao, procedendo compactao manualmente.
Em seguida o reaterro deve ser feito em camadas com espessuras de 20 cm (material
solto), compactado atravs de compactadores manuais ou mecnicos. De preferncia devese fazer o controle de compactao, de maneira que seja atingido 95% do proctor normal.
A compactao em camadas de pequena espessura (mximo de 20 cm), visa evitar
bolses sem compactao.
No caso de valas mais profundas, a altura da camada compactada, a critrio da fiscalizao,
pode ser restringida a 1 m abaixo da base do pavimento.
Observaes
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COMPACTADO
APILOADO
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a) As peas devem ser assentadas sobre lastro de areia de 5 cm de espessura, para blocos
articulados e 10 cm de espessura, para blocos sextavados ou paraleleppedos. Eventualmente para
melhorar as condies de suporte do solo, deve ser executado lastro de brita ou concreto magro.
b) Os paraleleppedos ou blocos devem ser assentados das bordas da faixa para o centro e,
quando em rampa, de baixo para cima.
c) No caso de rampas ngremes o assentamento deve ser feito sobre lastro de concreto magro,
com consumo mnimo de cimento de 210 kg/m3.
d) O rejuntamento deve ser feito com pedrisco ou areia, seguido do preenchimento das
juntas com asfalto.
9.3.14.3 Passeios Cimentados
a) O concreto deve ter espessura igual a do piso existente, no devendo, no entanto, ser inferior a
5,0 cm e executado sobre lastro de brita de 5,0 cm de espessura devidamente compactado. O acabamento
deve ter espessura de 2,0 cm e ser executado em argamassa de cimento e areia no trao 1:3.
b) O consumo mnimo de cimento por metro cbico de concreto deve ser de 210 kg/m3.
c) As juntas de dilatao devem ser do mesmo tipo e ter o mesmo espaamento do pavimento
existente.
9.3.14.4 Pavimentao asfltica
a) A reposio da pavimentao asfltica deve obedecer s exigncias dos rgos competentes
e/ou s mesmas caractersticas do pavimento existente.
b) Na falta de exigncias dos rgos competentes a reposio da pavimentao asfltica deve
obedecer ao especificado em projeto ou determinaes do contratante e tipo de trfego.
c) Na falta de qualquer tipo de especificao recomenda-se:
Executar capa asfltica com espessura mnima de 4 cm (trfego mdio e leve) a 5 cm
(trfego pesado).
Executar sob a capa de asfalto, base de concreto magro com consumo mnimo de 150 Kg / m3.
No caso de trfego pesado recomenda-se base de concreto magro com espessura de 25 cm e trfego
leve e mdio 15 cm de espessura.
Finalmente, no caso de trfego leve e mdio, executar a base de concreto magro sobre solo
do reaterro compactado a 95% do proctor normal. No caso de trfego pesado, executar sobre o solo
de reaterro, compactado a 95% do proctor normal, sub base de pedra britada com espessura mnima
de 10 cm e posteriormente base de concreto magro.
9.3.15 Cadastro das redes
O cadastro refere-se ao conjunto de informaes fiis de uma instalao executada, apresentada
atravs de texto e representaes grficas em escala conveniente.
O levantamento dos elementos para a execuo do cadastro deve ser feito logo aps a execuo
do trecho com vala aberta.
Dever fazer parte do cadastro: planta cadastral, contendo desenho geral da rea onde se
localiza a unidade; malha de coordenadas; arruamento existente devidamente identificado com
componentes fsicos existentes na rea, tais como, cercas, muros, portes, guaritas, postes, caixas,
cursos de gua, etc; posicionamento das canalizaes e rgos acessrios em relao ao
alinhamento predial ou outros componentes fsicos no caso de rea no urbanizada; e planta e perfil,
incluindo planta da faixa da linha, limite da faixa e estaqueamento da linha; identificao das
interferncias; travessias (rodovias, ferrovias); perfil do terreno, correspondente ao eixo da linha e
estaqueamento dos rgos acessrios etc.
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Esgoto Sanitrio. NBR 9814-87, Rio de Janeiro.
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Assentamento de Tubulao de gua, Esgoto ou Drenagem Urbana. NBR 12266-92, Rio de Janeiro.
CHAMA NETO, PEDRO JORGE. Avaliao de Desempenho de Tubos de Concreto Reforados com
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COMPANHIA DE SANEAMENTO BSICO DO ESTADO DE SO PAULO SABESP. Especificao
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MINISTRIO DO TRABALHO. Norma Regulamentadora N 6.
MINISTRIO DO TRABALHO. Norma Regulamentadora N 18 - item 18.6.5.
PORTLAND CEMENT ASSOCIATION. Design and Construction of Concrete Sewers. PCA,
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ZAIDLER, WALDEMAR. Projetos estruturais de tubos enterrados. PINI Editora, So Paulo, S.P., 1983
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JACKING PIPE
Pedro Jorge Chama Neto
10.1 INTRODUO
Tradicionalmente as obras pblicas, tais como: coletores de esgoto e galerias de guas pluviais,
dentre outras, so instaladas com o emprego da tcnica de abertura de valas a cu aberto. Nos
grandes centros urbanos, com reas densamente ocupadas, intensa atividade comercial e intenso
trfego de veculos e pedestres, a abertura de valas mostra-se cada vez mais impraticvel, em funo
dos enormes transtornos de ordem scio-econmica e ambiental provocados (DRSEMEYER, 2004).
Aliado a tal fato a maior competitividade na execuo de obras, vigente no setor de saneamento
bsico nos ltimos vinte anos, ocorreu como conseqncia o surgimento de novas tecnologias na
execuo de obras, alm do tradicional mtodo de escavao de valas.
O ambiente de competitividade, fez tambm com que houvesse demanda por tecnologias capazes
de assegurar ganhos de produtividade e economia, sem comprometer os padres de qualidade e segurana.
Neste contexto, fatores como durabilidade, custo operacional, impacto ambiental e social
passaram a ser observados com extrema relevncia.
No segmento de obras lineares, um dos principais dentro do setor de saneamento, a demanda
por novas tecnologias foi potencializada pela existncia de projetos de grande porte dentro de reas
urbanas densamente ocupadas (REVISTA ENGENHARIA, 2003).
Nestes projetos so usualmente necessrias tecnologias que possibilitem a implantao de
tubulaes com segurana e preciso e isto pode ser observado nos maiores programas de
despoluio ambiental desenvolvidos at a presente data no pas, como por exemplo, o Projeto
Tiet, Programa de Despoluio da Baa da Guanabara, Bahia Azul, entre outros.
Face ao exposto, optou-se nestes projetos, onde os aspectos de durabilidade, qualidade e
alinhamento so fatores determinantes, pela adoo do mtodo no destrutivo, conhecido como
jacking pipe, que vem sendo utilizado de forma bastante intensa.
A tecnologia de tubos cravados, ou jacking pipe, o mtodo mais avanado disponvel
atualmente no mercado mundial e o mesmo teve seu desenvolvimento quase que simultneo no
Japo e Alemanha, ao longo da dcada de 70, sendo que, esta tecnologia sofreu intensa evoluo ao
longo dos anos 80 e 90, com a incorporao de sistemas de informtica, automao e direcionamento
a laser (REVISTA ENGENHARIA, 2003).
Atualmente a tecnologia de jacking pipe muito ampla, havendo diversas tcnicas e
equipamentos no mercado, que vo desde os antigos shields adaptados para cravao, at os
modernos equipamentos tipo slurry, passando por variantes como o EPB Earth Pressure Balanced,
auger machine, mix slhiels ou TBM Tunnel Boring Machine (REVISTA ENGENHARIA, 2003).
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10.4 PROJETO
Segundo NEGRO JNIOR (1998), o projeto de tneis em solos apresenta caractersticas
semelhantes s de outras estruturas em solo, porm, exibe particularidades que o fazem distinto.
Tal como no projeto de fundaes, h necessidade de se satisfazerem as condies de estabilidade
e de se estimar a magnitude dos recalques induzidos pela construo.
De maneira geral, os tneis em fase de utilizao, devem ser capazes de suportar
adequadamente as cargas permanentes oriundas do macio, da carga dgua, das cargas de
edificaes adjacentes e cargas decorrentes do trfego de veculos. Durante o perodo de construo,
alm destas cargas, o tnel deve suportar cargas provenientes da cravao dos tubos, do trfego
de veculos pesados (guindastes) e do depsito de materiais nas adjacncias da obra.
Durante a elaborao do projeto do tnel fundamental quem se conhea a finalidade do
mesmo e dependendo da utilizao (esgoto, gua, travessia, etc.), determinados parmetros passam
a ter maior relevncia. Por exemplo, num projeto de coletor de esgoto deve-se ficar atento ao controle
da declividade, estanqueidade, necessidade de poos de visita, etc.
Segundo a PIPE JACKING ASSOCIATION (1995), os fatores listados a seguir governam o
projeto de tneis e dos poos de servio:
Condies do terreno;
Melhor caminho a ser percorrido;
Existncia de interferncias subterrneas;
Localizao do canteiro de obras e poos de visita;
Extenses a serem vencidas;
Profundidade;
Declividade;
Dimetro dos tubos;
Fatores econmicos.
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Adicionalmente, com base nas informaes geotcnicas, as condies do solo devem ser
cuidadosamente avaliadas para que seja possvel antecipar possveis rupturas na frente de escavao,
particularmente nos solos arenosos abaixo do lenol fretico, nas argilas moles e nos solos siltosos.
Quando forem detectadas possveis condies de instabilidade no terreno, a frente de avano deve
ser mantida estvel para que no ocorra perda de solo e para que o processo de escavao possa
prosseguir com segurana. A estabilidade da frente de avano pode ser obtida por meio de algumas
medidas geotcnicas ou empregando mtodos construtivos especficos como: Shields de ar
comprimido, EPBMs (Earth Pressure Balancing Machines) ou Slurry Shields.
Segundo a PIPE JACKING ASSOCIATION (1995), as medidas geotcnicas que podem ser
empregadas em conjunto com o mtodo jacking pipe, para garantir a estabilidade da frente de
escavao, so:
Rebaixamento do lenol fretico por meio de ponteiras ou poos profundos;
Grouting ou estabilizao qumica do solo;
Congelamento do terreno, em casos extremos.
A escolha de uma ou outra medida seria funo da natureza, da umidade e especialmente da
granulometria do solo, de acordo com a tabela 10.1 (DRSEMEYER, 2004).
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10.5 TUBOS
Os tubos empregados no processo jacking pipe devem ser capazes de resistir aos esforos
temporrios desenvolvidos durante a cravao e s tenses a que estaro submetidos aps a
instalao. Entre os esforos temporrios incluem-se os axiais de cravao, assim como, os
excntricos, oriundos das operaes de correo de alinhamento (DRSEMEYER, 2004).
Pelas pesquisas realizadas at hoje, mostra-se que as tenses de trao longitudinais no
so importantes e os tubos podem ser projetados segundo a teoria da compresso simples. Reforar
os tubos com estribos necessrio para que estes resistam s tenses provenientes do solo e
tambm para proteger as extremidades dos mesmos por estarem sujeitas a um estado de tenses
tridimensional (PIPE JACKING ASSOCIATION, 1995).
No sistema jacking pipe, os tubos constituem por si s, o revestimento final do tnel, e os mesmos
podem ser fabricados com dimetros nominais que variam de 400mm a 2000mm, conforme NBR 15319.
Os tubos de concreto so fabricados, normalmente, por processo de vibro-prensagem,
conforme figura 10.2 e de maneira a atender as necessidades de projeto, como comprimento,
espessura, esforos a serem submetidos, etc.
FIGURA 10.2 - Equipamento de produo por processo de vibro-prensagem e tubo utilizado para
cravao no processo jacking pipe
De acordo com STEIN et. Al (1989) e WILKINSON (1999), deve-se instalar nas paredes dos
tubos soquetes para injeo de lubrificantes de maneira tal que garanta que a suspenso seja
uniformemente distribuda em torno dos tubos e facilite a cravao. Existem ainda, tubos-ponta
especialmente produzidos para utilizao no incio de cada trecho para acoplagem extremidade
traseira do Shield. Da mesma forma so necessrios, quando se utilizam estaes intermedirias
de cravao, tubos especiais com rebaixo para a acoplagem traseira e dianteira mesma.
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As juntas de entalhe podem ser consideradas como sendo de encaixe tipo macho-fmea e
somente possvel ser utilizada quando os tubos apresentam espessura suficiente.
As juntas com luvas externas constituem-se normalmente de uma delgada bainha manufatura
partir de GRP, ao inoxidvel ou ao carbono. No Brasil, normalmente, utilizado este tipo de junta
produzido partir de chapas de ao carbono revestidas com pintura adequada.
Visando garantir a estanqueidade da junta, contra presses externas de gua e quaisquer
presses internas que possam atuar sobre o tubo, utiliza-se anis de vedao. O material que
normalmente deve ser empregado como selante deve ser manufaturado partir de borrachas
modificadas de EPDM ou borracha nitrilica, as quais apresentam performance satisfatria, durante
a vida til da obra.
10.6 EXECUO
O mtodo jacking pipe pode ser visto como bastante verstil para a abertura de tneis,
destinados a execuo de coletores de esgoto, passagens subterrneas, galerias, dentre outras.
Trata-se de um mtodo que emprega alta tecnologia no processo executivo, entretanto o sucesso
da tcnica depende de fatores que necessitam ser bem avaliados, tais como: controle dos esforos
de cravao, lubrificao do solo, controle do alinhamento, controle de recalques e levantamentos
produzidos e averiguao de possveis obstrues no trajeto a ser seguido.
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Esta situao induz no solo um novo estado de tenses que no se pode definir claramente,
mas pode ser determinado aproximadamente, a partir de modelos (DRSEMEYER, 2004).
Os mtodos para previso dos esforos de cravao, de maneira geral, baseiam-se na
premissa de se combinarem o esforo necessrio para vencer a resistncia de frente com o esforo
de natureza friccional gerado na interface solo/tubo, conduzindo a um esforo total de cravao.
Nesse sentido, existem diversos mtodos propostos que se baseiam em frmulas empricas ou em
conceitos da Mecnica dos Solos.
Presso
Durante o processo de avano do tnel ocorre convergncia radial do macio sobre o suporte
(revestimento) aplicado ao mesmo. A interao entre o macio e o suporte estudada atravs de
suas respectivas curvas de reao, que
apresentam comportamento bastante distinto.
Po
Estas curvas so denominadas: curva de reao
do macio (CRM) ou curva de convergncia e
curva reao do suporte (CRS) ou curva de
Curva de Reao do Macio
confinamento. A interseco de ambas fornece
o ponto de equilbrio do sistema. A curva de
C
Pi
reao do macio funo do nvel de tenses
Curva de
Reao do
e das propriedades do macio, enquanto que
Suporte
a curva de reao do suporte funo da
D
geometria e das propriedades mecnicas do
O
P
suporte (DRSEMEYER, 2004).
Sio
Deslocamento
A CRM apresenta dois trechos de
FIGURA 10.4 - Curva de reao do macio
comportamentos distintos, conforme figura 10.4,
e do suporte (DRSEMEYER, 2004)
sendo um trecho linear AC e outro no linear
CD,correspondentes, aos comportamentos
elstico-linear e ao elasto-plstico do solo.
Face ao exposto, de maneira geral a fora de cravao V necessria para o avano do tnel
pode ser calculada, conforme figura 10.5, da seguinte forma:
>
(10.1)
Onde:
= resistncia penetrao
= fora de atrito ao longo dos tubos cravados
FIGURA 10.5 - Fora de atrito e resistncia penetrao durante a cravao (DRSEMEYER, 2004)
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(10.2)
STEIN et al. (1989) apontam que a presso de contato da frente de escavao deve ser maior
que a correspondente ao empuxo ativo e menor que a correspondente ao empuxo passivo, para se
evitarem recalques ou levantamentos no terreno. O tipo de empuxo atuante funo da movimentao
relativa entre a frente de escavao e o solo. Portanto, com base em diversos trabalhos prticos
sugerem que resistncia de frente (R) seja estimada de maneira expedita da seguinte forma:
R = 13,2 De Nspt
(10.3)
Onde:
De = dimetro externo dos tubos de revestimento (m)
Nspt = nmero de golpes do ensaio SPT (Standard penetration test)
De acordo com a PIPE JACKING ASSOCIATION (1995), as foras de resistncia de frente
mostram-se baixas em solos argilosos e estas podem ser relacionadas ao processo de escavao
e a guarnio exercida pelo Shield. Para o caso de escavaes manuais, ligeiramente superiores
ao dimetro do Shield, as foras podem variar entre 10 e 100tf. Em se tratando de Shields
mecanizados a fora mdia de resistncia de frente, considerando-se a presso da lama bentontica,
a quarnio efetuada pelo Shield e o processo de escavao pode ser determinada por:
R = h ( De2 / 4)
(10.4)
Onde:
= = tenso horizontal total;
De = dimetro externo dos tubos
A esta fora, soma-se uma resistncia ao corte estimada em aproximadamente 200kN.
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(10.5)
Onde:
f = tenso de atrito na interface solo/tubo
De = dimetro externo do Shield ou dos tubos
L = comprimento cravado
A resistncia de atrito gerada na interface solo/tubo pode ser calculada multiplicando-se um
coeficiente de atrito pela tenso normal que atua sobre o revestimento (tubos).
f = n
(10.6)
Onde:
= coeficiente de atrito entre o solo e os tubos
n = tenso normal atuante sobre o tnel
A determinao do coeficiente de atrito () se faz a partir do ngulo de atrito (( ) entre o solo e
a superfcie externa dos tubos.
(10.7)
Segundo STEIN et al. (1989), o coeficiente de atrito () varia em funo do tipo de solo, da
rugosidade da superfcie externa dos tubos, do estado de movimentao e de fatores operacionais,
como lubrificao. Quanto ao tipo de movimentao, pode-se ter dois tipos de interao: static
friction (aps uma parada) e sliding friction (durante a cravao), e quando h lubrificao tem-se
a interao do tipo fluid friction. Quando se empregar suspenso de bentonita como fluido lubrificante
ou para suporte da escavao, o coeficiente depender do limite de liquidez (LL) desta suspenso.
A tabela 10.2 apresenta os valores tpicos para o coeficiente de atrito ().
TABELA 10.2 Valores tpicos para o coeficiente de atrito () (DRSEMEYER, 2004)
= 0,5 a 0,6
= 0,3 a 0,4
= 0,3 a 0,4
= 0,2 a 0,3
A tenso normal (n) resultante da tenso efetiva do solo e das sobrecargas que atuam sobre
o tnel. Pode-se calcul-la de duas formas. A primeira aplica-se aos casos em que o tnel executado
em solo granular, onde se pode dizer que a escavao potencialmente instvel. Neste caso,
assume-se que o solo est inteiramente em contato com a superfcie externa do tnel e levam-se
em conta, exclusivamente, as aes devidas s tenses no solo. A segunda maneira implica em se
considerar que o tnel escavado estvel e que a resistncia por atrito mdia somente pode ser
relacionada ao peso prprio do revestimento (tubos).
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O condicionamento do solo varia de acordo com o tipo de tecnologia empregada para a abertura
do tnel.
KUSAKABE et al. (1999) apud MILLIGAN (2000) apresentam uma tabela da Japanese of Civil
Engineers Standard Specification for Tunnels, que se reproduz na tabela 10.3, onde se comparam
as situaes em que o equipamento slurry shield ou o EPBM podem ser empregados.
TABELA 10.3 Seleo do equipamento slurry shieldou EPBM (DRSEMEYER, 2004)
Tipo de Shield
Tipo de solo
EPBM
NSPT
argiloso
Solo argiloso do
Pleistoceno
Silte e Argila
0-2
Solo arenoso
Areia fofa
Areia compacta
Pedregulho fofo
Pedregulho compacto
Pedregulho com
mataces
Slurry
0-5
5 - 10
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
10 - 20
15 - 25
> 25
no
no
no
sim
sim
sim
sim
sim
sim
10 - 15
sim
sim
sim
10 - 30
> 30
no
no
no
sim
sim
sim
sim
sim
no
sim
sim
10 - 40
> 40
sim
Pedregulhos com
mataces
no
sim
no
no
no
no
Sem o uso de aditivos, a utilizao dos equipamentos EPBM restringe-se a solos moles e
solos granulares finos enquanto que os equipamentos tipo Slurry empregam-se em todos os tipos
de solo, excetuando-se os solos com presena de pedregulhos to grandes ou em quantidade que
no podem ser manipulados pelo Shield. Por outro lado, empregando-se um equipamento Slurry
faz-se necessria a implantao de decantadores para separar a lama do resduo escavado e esta
separao, no caso de solos de granulometria fina, pode ser difcil e dispendiosa.
Os agentes lubrificantes ou condicionantes do solo so introduzidos em pontos diversos do
processo executivo do tnel, desde a frente de escavao at a disposio final dos detritos. As
finalidades destas aplicaes esto resumidas na tabela 10.4.
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TABELA 10.4 Possveis aplicaes para o condicionamento do solo em Shields (DRSEMEYER, 2004)
Local
Open or Closed
face TBM
Slurry Shield /
Mix Shield
Machines
EPBM
Face do
tnel
Lubrificar as partes
cortantes; reduzir o
desgaste e a fora
necessria ao corte.
Frente da
Mquina
Melhorar o fluxo
dos detritos atravs
da frente; reduzir a
frico e o
desgaste.
Prevenir entupimentos
com argilas plsticas;
reduzir o desgaste em
solos abrasivos.
Sistema de
transporte
dos detritos
Reduzir a umidade
para melhorar o
transporte.
Melhorar a disperso
do solo escavado na
lama; reduzir o
desgaste em solos
abrasivos; melhorar a
performance das
cmaras de separao.
Depsito dos
detritos
Melhorar a qualidade
dos detritos para
facilitar a disposio
final ou reutilizao.
Cavidade do
tnel
Uso em forma de
lama para suportar
a cavidade do tnel
e promover a
lubrificao dos
tubos no mtodo
pipe jacking.
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O principal uso das lamas bentonticas se d nos equipamentos Slurry, para promoo do
suporte da escavao e da lubrificao em torno dos tubos.
Polmeros
Na natureza existem diversos polmeros, dentre os quais, citando-se os que podem ser
utilizados na abertura de tneis temos: os amidos, os aucares, a celulose e as protenas. Dentre os
polmeros artificiais, os que se empregam so os poliacrlicos e as poliacrilamidas parcialmente
hidrolisadas (PHPA), os carboximetil celulose e os polianinicos celulose (PAC).
Um dos grupos mais importantes de polmeros que se empregam na lubrificao e
condicionamento do solo o das poliacrilamidas (PA) e seus derivados, que tem sido extensivamente
desenvolvidos pelas indstrias e tem substitudo produtos naturais como o amido
Espumas
As espumas constituem-se essencialmente de um gs, geralmente ar, disperso num lquido
na forma de bolhas. Obtm-se, a partir do emprego de compostos tensoativos que reduzem a
tenso superficial na interface ar/gua. As bolhas apresentam uma presso interna superior presso
atmosfrica, que se relaciona com o tamanho e com a resistncia da pelcula da bolha.
O principal uso de espumas nos procedimentos de abertura de tneis se d como agente
condicionante de solo nos equipamentos EPBM, no entanto, encontram aplicaes nos sistemas
Slurry. A espuma produzida no Shield por um sistema de ar comprimido. A soluo espumosa e o
ar comprimido soi conduzidos sob uma mesma presso para cmara de mistura e em seguida passam
por uma unidade difusora que transforma a espuma produzida na cmara de mistura numa espuma
micro-celular. Uma espuma ideal apresenta bolhas de ar de dimetros inferiores a 1,0mm.
10.6.3 Alinhamento
O alinhamento final da srie de tubos cravados, que constituem o tnel, precisa encontrar-se
dentro dos limites especificados previamente. Estes limites normalmente so especificados em
termos de desvios mximos admissveis nas linhas horizontal e vertical. A PIPE JACKING
ASSOCIATION (1995) e MILLIGAN e NORRIS (1998) apontam que no Reino Unido tm-se estabelecido
essas tolerncias de desvio como sendo de 75mm na horizontal e de 50mm na vertical. O rigor
que se d aos desvios de alinhamento muitas vezes depende da finalidade da obra e o estabelecimento
das tolerncias deve atender a essas necessidades, mas tambm devem-se encontrar dentro de
uma escala exeqvel por parte do executor.
Sempre que se empregar o processo jacking pipe estar sujeito a desvios de orientao, por
uma variedade de fatores, e pequenas correes de direo devero ser realizadas para manter o
alinhamento horizontal e vertical. Correes constantes de desvio induzem srie de tubos um curso
em ziguezague, que causa deflexes nas juntas dos tubos. Estes desvios angulares, conforme relatam
MILLIGAN e NORRIS (1998), acarretam dois efeitos principais: tendem a aumentar as tenses de contato
entre os tubos e o solo; e causam srias concentraes de tenses nas juntas entre os tubos. O primeiro
efeito repercute no incremento do esforo total de cravao e o segundo reduz a capacidade das juntas
transmitirem o esforo de cravao sem que haja danos aos tubos. As tenses atuantes nas juntas so
funo da tenso mxima admissvel para o concreto, da rigidez do material de preenchimento e da
mxima deflexo angular admissvel entre os tubos (PIPE JACKING ASSOCIATION, 1995).
Para transferirem-se os esforos de cravao entre os tubos adjacentes, de forma mais
eficiente, comum utilizarem-se materiais de preenchimento entre as juntas, conforme mostra a
figura 10.7. Estes materiais contribuem para reduzirem-se as concentraes de tenses,
particularmente onde pequenas mudanas de direo no tnel so necessrias para se realizarem
correes de alinhamento.
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Jacking Pipe
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Uma das principais caractersticas do mtodo jacking pipe esta no fato de que toda a srie de
tubos tem que seguir o shield e em decorrncia disso fica sujeita rota seguida por este ltimo.
Caso o shield divirja do curso ideal, tero origem foras de atrito adicionais, transferncia de cargas
maiores atravs das juntas, deflexes angulares entre os tubos e desvios horizontais e verticais de
alinhamento. Como forma de garantir que a rota especificada ser seguida dentro das tolerncias
prescritas necessrio que (DRSEMEYER, 2004):
Seja possvel fazerem-se correes de posio do shield;
Possa-se fixar, constantemente, a posio do shield.
O inicio do processo de controle de direo se d por meio de um levantamento topogrfico,
atravs do qual se determina a linha de direo entre os poos de partida e de chegada. A transferncia
dos dados topogrficos para a base dos shafts deve ser efetuada com muito cuidado. Montada e
ajustada a estrutura de cravao, pode-se embocar o shield na parede do shaft e, ento checarse o correto alinhamento para prosseguir a cravao. O controle de alinhamento dos segmentos
iniciais mais difcil, porm, pode ser determinante para o sucesso da operao. Nos trechos iniciais
ocorrero os maiores esforos.
Os shields que se empregam no processo jacking pipe devem ser precisos, ou seja, devem
apresentar uma forma cilndrica perfeita e ainda devem ter incorporado um sistema de orientao.
Atualmente, os sistemas mais modernos utilizam-se de unidades eletrnicas receptoras ou
emissoras de feixes luminosos (ELS Eletronic Laser System), instaladas no poo de partida e de
alvos fixos to prximos quanto possvel da frente do shield, os quais so capazes de indicar a
posio relativa do mesmo. Alm disso, empregam-se inclinmetros para obterem-se dados acerca
dos ngulos de inclinao e de giro do shield e, dispositivos medidores de avano de cravao. Na
instalao de tubos em trechos curvos, tm-se utilizado sofisticados giroscpios, equipamentos
GPS e estaes totais. Todos os dados coletados por estes dispositivos, juntamente com outros
parmetros relevantes do shield (torque da cabea cortante, carga de cravao, vazo e presso
de lama, etc.) so transmitidos a um computador na cabine de comando, de onde um operador
capaz de dirigir o shield (DRSEMEYER, 2004).
importante que se diga que os dispositivos laser devem ser fixados independentemente da
estrutura do shaft para no serem afetados por movimentos resultantes da operao de cravao.
As checagens de alinhamento precisam ser freqentes e gravadas, e o sistema precisa ser
regularmente confrontado com o levantamento topogrfico principal.
Vem-se utilizando a lgica fuzzy como ferramenta de auxilio ao operador do shield para a
manuteno da rota prevista, de forma a se reduzirem os desvios inevitveis causados pela resposta
humana e pela reao do shield s mudanas de posio.
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10.6.5 Obstrues
No mtodo jacking pipe, deparar-se com obstrues durante a operao de cravao dos
tubos pode prejudicar seriamente o progresso dos trabalhos e, em situaes extremas, pode
representar a interrupo da cravao e o abandono do trecho ou a necessidade de se abrir um
poo de servio para resgate do shield. Para evitar este problema, essencial investigar
antecipadamente a existncia e a localizao das obstrues ao longo do trajeto planejado, de forma
que se possa estudar a melhor soluo.
No caso de shields de frente fechada, que apresentam falta de recurso quando enfrenta uma
situao inesperada, a presena de obstrues representa perda de produtividade, danos ao
equipamento e muitas vezes exige a execuo de poos de inspeo junto frente do shield, ou
at mesmo poos para o resgate deste.
Devido a importncia das obstrues, essencial fazer-se um levantamento acurado das
suas posies, a fim de se evitar a interrupo dos trabalhos uma vez iniciados. Dentre os mtodos
de deteco podemos citar:
Induo metlica para deteco de elementos metlicos;
Induo metlica para deteco de elementos no metlicos;
Deteco por radar (GPR Ground Penetrating Radar).
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Atualmente vem sendo desenvolvido o sistema SSP (Seismic soft-ground Probing), no qual
sensores ultra-snicos integrados ao disco de corte do shield emitem sinais que so refletidos
diferentemente, em funo das condies geolgicas. Os sinais refletidos so captados por microfones
especiais, sendo automaticamente processados, gerando um perfil tridimensional do macio que
apresentado na tela do operador. Desta forma, possvel detectar-se zonas problemticas no macio,
como: zonas de transio de camadas geolgicas, de mataces e lentes de areia e argila.
e 10.12;
Instalar-se- o macaco hidrulico para promover a cravao dos tubos, conforme figura 10.10;
Posicionar-se- o equipamento de perfurao (shield);
Instalar-se-o os equipamentos de medio e os sistemas de controle;
Descer-se-o e introduziro, individualmente, os tubos de revestimento, conforme figuras 10.11
Far-se- a remoo do solo escavado.
PAREDE DE REAO
MACACOS
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Escolha
Escolha
Escolha
Escolha
Alm disso, necessrio ter em vista fatores tais como: mtodo executivo escolhido para a
abertura do tnel, condies tcnico-geolgicas e hidrogeolgicas e condies locais (espao
disponvel, sobrecargas). Considerando-se que a escavao do tnel pode ser manual ou mecnica,
pode-se dizer que esta ltima necessita de poos de maiores dimenses.
Ateno especial deve ser dada aos poos de servio de partida, pois nestes h a necessidade
de se construir, em sua poro inferior, uma parede de reao, conforme mostra figura 10.10. A
parede de reao executada, basicamente, para dar rigidez ao ponto de apoio dos macacos
hidrulicos que reagem contra a parede vertical do poo de servio e assim, evitar os deslocamentos
diferenciais entre os pontos de apoio.
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Drenagem em Rodovias no Pavimentadas
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DRENAGEM EM RODOVIAS
NO PAVIMENTADAS
Jos Roberto Hortncio Romero
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Os preos de uma drenagem eficiente fazem com que os engenheiros no abordem o assunto
de uma maneira rija, segundo os princpios bsicos rigorosos da drenagem e procurem solues
intermedirias que muitas vezes levam a resultados pouco satisfatrios, dando lugar a novas
despesas que somadas s iniciais iro afinal chegar, ou ultrapassar, ao valor da drenagem se fosse
inicialmente feita como deveria.
A pouca ateno dispensada s propriedades do solo e ao da gua sob todas as formas por
que se apresenta, redunda em dispendiosa manuteno e reconstruo de quilmetros e quilmetros
de estradas.
A soluo do problema depende de certo nmero de variveis, no raro de difcil fixao, por
falta de dados de observao e o engenheiro no obstante sua experincia, muitas vezes no poder
estim-los dentro de um valor aproximado do real, resultando que os clculos ou pecam pelo exagero
ou pela deficincia.
Em um projeto de drenagem para rodovias devemos considerar os seguintes elementos quanto
s obras de arte:
1) O estudo hidrulico para fixao das dimenses
2) A sua resistncia estrutural
3) O seu custo
4) Condies variadas e particulares sua locao.
Seja no estudo da drenagem superficial ou da drenagem subterrnea, o problema bsico
saber se a quantidade de gua que temos a escoar. Este problema est sumamente ligado hidrologia
superficial e profunda responsvel pelas condies do escoamento dgua, superficial ou profunda,
no local da obra.
As condies da bacia hidrogrfica, principalmente, tm grande influncia no projeto de
drenagem, visto que o escoamento superficial no caso da drenagem superficial aumenta com a
declividade das vertentes da bacia, com o grau de impermeabilidade e falta de vegetao do terreno,
com a diminuio da capacidade de reteno superficial. influenciado pelo formato da bacia
hidrogrfica e pelas condies climticas, temperatura mdia, regime de ventos e umidade,
caracterstica da zona onde se situa a bacia hidrogrfica. Temos pois, de fazer consideraes
para cada uma das condies acima, a fim de que o projeto possa ficar bem equacionado.
11.2. CONSTRUO
11.2.1 Linhas de Tubo
Os bueiros, includos entre as obras de arte correntes, podem ser tubulares ou celulares
(galerias).
Os bueiros tubulares, nas construes rodovirias, so os mais empregados.
As galerias celulares so de concreto armado, geralmente de seo retangular, simples ou
mltipla. O estudo de sua fundao deve ser feito e, preferivelmente com base nos resultados de
ensaios e sondagens.
O aterro dos bueiros deve ser executado com bastante cuidado, principalmente junto aos
seus lados, no convm empregar mquinas pesadas na execuo do aterro junto obra, pois
podero provocar danos mesma; de acordo com o projeto de norma 02:107.02-001 Execuo de
Obras de Esgoto Sanitrio e drenagem de guas Pluviais utilizando-se tubos e aduelas de concreto
11.2.2 Aterro, Reaterro e Compactao do Solo
O aterro ou reaterro de tubos e aduelas tm influncia direta na qualidade final da obra e
devero ser executados com os mesmos parmetros estabelecidos para toda a obra.
A m qualidade do aterro ou reaterro poder acarretar os seguintes problemas:
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- Para valetas revestidas, escavar como indicado anteriormente, mas com largura suficiente
para receber os elementos pr-fabricados ou
para permitir a moldagem no local do revestimento de concreto. Ao terminar, fazer cuidadosamente o enchimento do solo, junto valeta,
para que a gua tenha acesso mesma, e no
penetre entre o terreno e o revestimento.
- Tanto no caso de valeta revestida como
no de no revestida, proteger a sada dgua
contra a eroso como j indicado, com placas
de grama, pedras, etc. Observar o funcionamento da valeta, e fazer alguma correo que
se mostre necessria.
FIGURA 11.4 - Valetas Revestidas
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A seguir so descritos os defeitos mais comuns, suas causas provveis e o tipo de reparao
mais adequado, bem como as conseqncias danosas do adiamento dos reparos.
11.3 DEFEITOS
11.3.1 Dispositivos Danificados
Se um dispositivo de drenagem for danificado, altera-se a sua seo transversal e
consequentemente sua capacidade.
Os danos ocasionam tambm a deposio de detritos e a infiltrao de gua que podem
comprometer a estabilidade do corpo estradal e dar incio s eroses perigosas.
Nas sarjetas e valetas de terra os danos mais comuns so as eroses das laterais e do fundo.
Causas Principais
- danos ocasionados por eroso, descalando
o dispositivo
- quebra devida passagem de veculos muito
pesados ou impactos diversos
- recalque do solo
- no caso de sarjetas e valetas de terra a
principal causa a velocidade excessiva de gua
Reparaes Usuais
- reconstruo do dispositivo, reproduzindo as
suas caractersticas originais, com reforo da
fundao e proteo contra a eroso, se for o caso.
- no caso de sarjetas e valetas de terra, recomposio das mesmas, protegendo-as da eroso, e
diminuindo a declividade para reduzir a velocidade da
gua ideal seria construir uma canaleta com meia cana
de concreto pr-moldado ou moldado in loco, pois
em funo da velocidade poder novamente ocorrer
eroso.
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Reparaes Usuais
- desentupir as caixas e os drenos
subterrneos
Reparaes Usuais
- construo de calada com material
adequado, e, se for o caso, descida em degraus e
dissipador de energia
A gua acelera a destruio dos pavimentos e uma drenagem adequada condio bsica
para a manuteno de uma estrada em boas condies de operao.
sabido tambm que os maiores e mais freqentes danos causados s estradas ocorrem na
poca das chuvas.
Neste capitulo vamos nos ater s condies bsicas para o projeto e implantao de bueiros,
caixas coletoras, bocas de lobo, poos de visita, drenos, valetas, sarjetas, canaletas e descidas dgua.
Os materiais comumente empregados na construo destas obras so:
- peas pr moldadas de concreto, tais como tubos de concreto simples ou armado, canaletas,
tampas de caixas coletoras, etc.;
- agregados, cimento e gua para a confeco de concreto
- ao em barras, para armaduras do concreto
- tijolos para alnevaria.
- pedras de vrios tipos, dimenses e formatos para alvenarias, enrocamentos, gabies, etc.
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11.4.4 Drenos
Na drenagem profunda importante o conhecimento dos constituintes do solo e da situao
do lenol fretico.
Pelos vazios entre os gros do solo a gua do lenol fretico pode subir at vrios metros,
chegando a afetar sensivelmente a resistncia do subleito comprometendo o pavimento.
A subida da gua devida ao fenmeno da capilaridade e tanto maior quanto menores os
gros de solo, e, consequentemente, os espaos entre eles. Nas areias, ela fraca. Quase nenhuma
nos pedregulhos e pedras britadas. Grande nos solos argilosos.
11.4.5 Sarjetas, Valetas, Canaletas
Entre os dispositivos de drenagem
superficial, geralmente so chamados de
sarjetas aqueles utilizados na plataforma da
estrada e de valetas, aqueles usados para
proteo do corpo estradal, fora da plataforma.
Quando estas ltimas, servem para a proteo
dos taludes de cortes ou de aterros so
chamadas de valetas de proteo. Quando so
revestidas com peas pr-moldadas de
concreto em forma de meia cana so chamadas de canaletas.
A declividade a ser adotada no projeto
destas obras no dever ser menor que 0,5%.
Tambm no deve ser to elevada que acarrete
problemas de eroso. Os valores mais usuais
no costumam ultrapassar os 10%.
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