Impacto Psicológico Na Mulher Com Câncer de Mama
Impacto Psicológico Na Mulher Com Câncer de Mama
Impacto Psicológico Na Mulher Com Câncer de Mama
SO PAULO
2016
SO PAULO
2016
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
_______________________/__/___
Prof. Hewdy Lobo Ribeiro
Universidade Paulista UNIP
_______________________/__/___
Profa. Ana Carolina S. Oliveira
Universidade Paulista UNIP
AGRADECIMENTOS
RESUMO
O cncer de mama com certeza uma das doenas mais temidas pelas mulheres devido freqncia absurda com que vem ocorrendo e, sobretudo pelos seus
efeitos psicolgicos, que afetam a sexualidade e a imagem pessoal da mulher
que o vivencia, sendo, portanto, devastadora tanto em termos fsicos quanto psquicos, e levando-se em conta estes fatos, se faz importante falarmos sobre as
implicaes psquicas envolvidas no tratamento e diagnstico do cncer de
mama. O diagnstico de cncer e todo o processo da doena so vividos pelo
paciente e pela sua famlia como um momento de intensa angstia, sofrimento
e ansiedade. Neste sentido, este trabalho tem o objetivo de levantar alguns pontos de reflexo no que se relaciona aos significados culturais da doena e da
identidade feminina. Partimos do princpio de que enriquecer a compreenso dos
aspectos que influenciam o sofrimento da mulher com cncer de mama contribui
para que os profissionais de sade, principalmente os de sade mental, possam
assisti-la de maneira mais eficiente e abrangente.
ABSTRACT
The breast cancer is certainly one of the most feared diseases by women due to
often what is happening and, above all by its psychological effects that affect
sexuality and personal image of women who had this experience, therefore,
starting these facts, is important to speak about psychological implications
involved in the treatment and diagnosis of breast cancer. The diagnosis of cancer
and the process of the disease are experienced by the patient and his family as
a moment of intense anguish, suffering and anxiety. In this sense, we start with
the idea of increasing knowledge and the understanding on the aspects
influencing the suffering of women with breast cancer contributes to health
professionals, particularly mental health, can accompany it efficiently and
comprehensively.
SUMRIO
1 INTRODUO......................................................................................... 08
2 OBJETIVO ............................................................................................... 09
3 METODOLOGIA...................................................................................... 10
4 DISCUSSO........................................................................................... 11
4.1 Cncer de mama................................................................................. 11
4.2 Impacto psicolgico do cncer de mama..........................................13
4.3 Histria da Psicologia Onctica.........................................................15
4.4 Tratamento psicolgico na Terapia Cognitivo-Comportamental.....18
5 CONCLUSES........................................................................................ 21
REFERNCIAS.......................................................................................... 22
10
1 INTRODUO
11
2 OBJETIVOS
de mama
12
3 METODOLOGIA
Para essa reviso, foi utilizada uma pesquisa no sistema Lilacs, Scielo e
Google Acadmico, entre 2004 e 2012, cruzando os unitermos cncer de mama
x aspectos psicolgicos x psicologia.
O idioma utilizado para essas consultas foi o portugus.
13
DISCUSSO
Cncer de Mama
Os cnceres ou neoplasias malignas vm assumindo um papel cada vez mais
importante entre as doenas que acometem a populao feminina, representando, no
Brasil e no mundo, importante causa de morte entre as mulheres adultas. O cncer
de mama segundo tipo de cncer mais frequente no mundo e o primeiro entre as
mulheres (SILVA, 2008).
Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS), nas dcadas de 60 e 70
registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidncia ajustada por idade nos
Registros de Cncer de Base Populacional de diversos continentes (INCA, 2006a).
No Brasil a primeira causa de morte por cncer na populao feminina,
principalmente na faixa etria entre 40 e 69 anos (INCA, 2006b).
O cncer de mama considerado de bom prognstico se diagnosticado e
tratado oportunamente, sendo o principal fator que dificulta o tratamento o estgio
avanado em que a doena descoberta. Em nosso pas, a maioria dos casos
diagnosticada em estgios avanados (III e IV), correspondendo a cerca de 60% dos
diagnsticos, por isso o nmero de mastectomias realizadas no Brasil considerado
alto (MAKLUF et al., 2006).
O cncer de mama , portanto, uma preocupao da sade pblica, a qual,
para combat-lo, atua formulando e implantando aes, planos e programas
destinados ao controle da doena. (SILVA, 2008).
O cncer de mama motivo de grande temor na sociedade em geral e
principalmente nas mulheres, em decorrncia do elevado ndice de morbimortalidade
e de mutilao, com consequente comprometimento da autoestima e do
desenvolvimento social de quem por ele acometido (ARAJO; FERNANDES, 2008).
O cncer de mama tem se tornado serio problema de sade pblica, pois vm
aumentando tanto a incidncia de casos novos como o nmero de bitos em mulheres
de todas as idades (ARAJO; FERNANDES, 2008).
14
15
16
17
18
19
Temos que nos ater ao fato de que a mulher portadora de cncer de mama
passa por vrios lutos ao longo do processo de tratamento: o primeiro pela existncia
da possibilidade de ter cncer, o segundo quando do diagnstico, o terceiro quando
do tratamento cirrgico, um quarto luto gerado pela perda da imagem corporal e
correlata, um quinto luto causado pelas possveis limitaes que ter em
consequncia da cirurgia e um ltimo causado pelos tratamentos quimioterpicos,
radioterpicos e hormonioterpicos.
O processo de luto , por definio, um conjunto de reaes diante de uma
perda, envolvendo uma sucesso de quadros clnicos que se mesclam e se
substituem.
O processo de luto pelo qual passa a mulher com cncer de mama um
momento em que esta tem a possibilidade de entrar em contato com os seus
contedos internos e os chocar com a nova realidade, elaborando isso, para que
possa refazer psiquicamente sua autoimagem, atravs do contato com uma nova
realidade, neste caso, o cncer de mama. Porm, este processo doloroso, sendo
acompanhado desde uma tristeza at uma profunda de presso, alm de sentimentos
como angustia, medo e desesperana.
Quando falamos em luto atravs do tratamento cirrgico, queremos dizer que
por um lado a cirurgia reconfortante para o paciente, pois atravs do procedimento
ela poder acabar com isso logo, ela ser tratada, findando um problema . Porm
a alegria o alivio causado por esta primeira etapa do tratamento tem um certo tempo
de durao, at o momento em que a paciente e a se inicia o luto. Luto pelo corpo
perdido, pela feminilidade roubada, sentimentos de menos valia por ser menos
mulher que as demais (que possuem seios), entre outros.
Em relao a reconstruo mamria imediata, os estudos mostram que este
tipo de interveno possuem vantagens relacionadas a um melhor resultado esttico
e custo benefcio para mulheres que a realizaram imediatamente aps a cirurgia
(MALUF et al., 2005).
Quando se compara o impacto psicolgico da reconstruo imediata com
grupos de reconstruo tardia constata-se neste ltimo grupo, um grande nvel de
20
21
22
.
5
CONCLUSES
23
O sofrimento psicolgico da mulher que passa pela circunstncia de ser portadora de um cncer de mama e de ter de acolher um tratamento difcil, como vimos,
transcende ao sofrimento configurado pela doena em si. um sofrimento que comporta representaes e significados atribudos doena ao longo da histria e da cultura e adentra as dimenses das propriedades do ser feminino, interferindo nas relaes interpessoais, principalmente nas mais ntimas e bsicas da mulher. Considerar
estes aspectos nas propostas de ateno mulher com cncer de mama mais que
necessrio: indispensvel.
A partir do diagnstico at o tratamento, a mulher com cncer de mama pode
perder sua homeostase, e passar por perodos de: raiva, tristeza, inquietao, ansiedade, angstia, medo e luto. Isso porque a incerteza, a possibilidade de recorrncia
ou morte se fazem presentes.
Como proposto por esta pesquisa, a partir da reviso dos estudos, foi possvel observar a influncia do aspecto biopsicossocial nas mulheres acometidas pelo
cncer de mama. Acredita-se ser de fundamental importncia a atuao do psiclogo
com a paciente, famlia e a equipe mdica, tanto para identificar os aspectos psicossociais das mulheres com cncer de mama, quanto para auxiliar essa rede de interaes complexas, na compreenso da doena e dos conflitos acarretados por toda a
situao na qual esto envolvidos. Desta forma famlia e equipe de sade podem servir de apoio paciente, no a deixando s para lidar com este processo doloroso de
luta frente ao cncer.
Foi possvel perceber tambm uma maior insero do psiclogo na rea da
Sade. Porm, muitas conquistas ainda podem ser feitas buscando uma maior integrao entre os diversos profissionais da rea de Sade, visando a criao de um
espao prprio para a atuao do psiclogo.
REFERNCIAS
24
1
SILVA, A. Cncer de mama e sofrimento psicolgico: Aspectos relacionados
ao feminino. Psicologia em Estudo, v.13, n.2, p. 231-237, 2008.
2
INCA Instituto Nacional de Cncer (2006a). Incidncia de cncer no Brasil:
estimativa
2006.
Recuperado
em
12
junho
de
2006,
de
http://www.inca.gov.br/estimativa/2006/.
3
INCA Instituto Nacional de Cncer (2006b). Programa Nacional de Controle
do cncer do Colo do tero e de Mama Viva Mulher. Recuperado em 12 junho
de 2006, de http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=140.
4
MAKLUF, A.S.D; DIAS, R.C; BARRA, A.A. Avaliao da qualidade de vida em
mulheres com cncer da mama. Rev. Bras. De Cancerologia, v. 52, n.1, p. 49-58,
2006.
5
ARAUJO, I.M.A; FERNANDES, A.F.C. O significado do diagnstico do
cncer de mama para a mulher. Esc Anna Ver Enferm, v.12, n.4, p. 664-71, 2008.
6
MALUF, M.F.M; MORI, L.J; BARROS, A.C.S.D. O impacto psicolgico do
cncer de mama. Rev. Bras. De Cancerologia, v. 51, n.2, p.149-154, 2005.
7
VENNCIO, J.L. Importncia da Atuao do Psiclogo no Tratamento de
Mulheres com Cncer de Mama. Rev. Bras. de Cancerologia, v.50, n.1, p. 55-63,
2004.
8
MENEZES, N.N.T; SCHULZ, V.L; PERES, R.S. Impacto psicolgico do
diagnstico de cncer de mama: um estudo a partir dos relatos de pacientes em um
grupo de apoio. Estudos de Psicologia, v.17, n.2, p.233-240, 2012.
9
SILVA, G; SANTOS, M.A. Estressores ps-tratamento do cncer de mama:
um enfoque qualitativo. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v.18, n.4, p.8, 2010.
10
LOURENO, V.C; SANTOS JUNIOR, R; LUIZ, A.M.G. Aplicaes da terapia
cognitivo-comportamental em tratamentos de cncer. Rev. Bras. Terapia
Cognitivo, v. 5, n.2, 2009.
11
SILVA, S.S; AQUINO, T.A.A; SANTOS, R.M. O paciente com cncer:
cognies e emoes a partir do diagnstico. Rev. Bras. de Terapias Cognitivas, v.4,
n.2, p.73-88, 2008.
12
PEREIRA F.M; PENIDO, M.A. Aplicabilidade Terico-Prtica da Terapia
Cognitivo Comportamental na Psicologia Hospitalar. Rev. Bras. Terapia Cognitivo,
v.6, n.2, p.189-220, 2010.
13. KNAPP, P; BECK, A.B. Fundamentos, modelos conceituais, aplicaes e
pesquisa da terapia cognitiva. Rev. Bras. Psiquiatr, v.30, n.2, p.554-64, 2008.