Identificar e Eliminar - Danos Nos Pistões
Identificar e Eliminar - Danos Nos Pistões
Identificar e Eliminar - Danos Nos Pistões
SERVICE
Identificar e eliminar
danos nos pistes
Grupo Motorservice.
Qualidade e assistncia tcnica de uma nica fonte.
O grupo Motorservice a empresa distribuidora para todas as atividades de aftermarket
em todo o mundo da KSPG (Kolbenschmidt Pierburg). um dos maiores fornecedores de
componentes para motores para o mercado de ps-vendas independente com as marcas
de topo KOLBENSCHMIDT, PIERBURG, TRW Engine Components e ainda a marca BF. Um
vasto e diversificado sortido permite que o cliente adquira as peas do motor no mesmo
local. Alm de resolver os problemas no comrcio e na oficina, oferece ainda um vasto
leque de servios e a competncia tcnica que se espera da filial de um grande fornecedor do ramo automvel.
KSPG (Kolbenschmidt Pierburg).
Fornecedor de renome da indstria automvel internacional.
Como parceiro de longa data de fabricantes de automveis, as empresas do Grupo KSPG
desenvolvem componentes e solues de sistema inovadores com competncia
reconhecida, na rea de alimentao de ar, reduo de gases poluentes, bombas
de leo, gua e vcuo, pistes, blocos de motor e bronzinas. Os produtos cumprem
os altos requisitos e padres de qualidade da indstria automvel. Baixas emisses
de substncias poluentes, consumo de combustvel baixo, fiabilidade, qualidade
e segurana so os factores decisivos que motivam a KSPG.
Responsabilidade
Todas as informaes constantes desta brochura foram criteriosamente pesquisadas e elaboradas. No entanto, podem ocorrer gralhas,
algumas indicaes podem estar mal traduzidas, podem faltar informaes ou as informaes disponibilizadas podem ter sido alteradas. Por esse motivo, no podemos assumir uma garantia ou qualquer responsabilidade jurdica pela exactido, integridade,
actualidade ouqualidade das informaes disponibilizadas. Exclui-se qualquer responsabilidade da nossa parte por danos, em
particular os danos directos ou indirectos e materiais ou imateriais resultantes da utilizao devida ou indevida de informaes ou
de informaes incompletas ou errneas constantes nesta brochura, desde que estes no decorram de dolo ou negligncia grave da
nossa parte.
Da mesma forma, no nos responsabilizamos por danos resultantes deo reparador de motores ou mecnico no dispor dos conhecimentos tcnicos ou de reparao necessrios ou da experincia necessria.
No possvel prever at que ponto os processos tcnicos e as notas sobre a reparao so aplicveis s futuras geraes de
motores e tal ter de ser analisado caso a caso pelo reparador de motores ou pela oficina.
Contedo
Contedo
1 Introduo
2 Diagnstico rpido
3.1 Marcas de desgaste de folga
3.2 Marcas de desgaste de funcionamento a seco
3.3 Marcas de desgaste de sobreaquecimento
3.4 Falhas de combusto
3.5 Ruturas do pisto e do anel de segmento
3.6 Ruturas do pino do pisto
3.7 Danos nas retenes do pino do pisto
3.8 Marcas de desgaste nos cubos do pino do pisto
3.9 Rudos no pisto
3.10 Cilindros e camisas do cilindro
3.11 Consumo excessivo de leo
4 Glossrio
Pgina
4
5
10
16
24
27
46
52
54
58
62
64
76
86
1 Introduo
O tema
Ajudas
Fig.1
10
11
12
14
16
17
18
20
21
22
24
25
26
Falhas de combusto
Desgastes por derretimento da cabea e do corpo do pisto (motor a gasolina)
Colagens e desgastes por derretimento na cabea do pisto (motor diesel)
Fissuras na superfcie do pisto e na cavidade (motor diesel)
Ruturas na nervura circular
Sinais de coliso na cabea do pisto (motor diesel)
Furo na superfcie do pisto (motor a gasolina)
Marcas de desgaste da cabea do pisto devido a pistes errados (motor diesel)
Eroso na barra de fogo e na superfcie do pisto (motor a gasolina)
27
31
32
34
36
38
40
42
44
46
47
48
50
52
53
54
55
58
59
60
Rudos no pisto
Pontos de encosto radiais na barra de fogo
62
63
64
65
66
68
70
72
74
76
77
78
80
82
84
61
11
Marcas de desgaste de 45
12
18
Marcas de desgaste de
sobreaquecimento com foco no
corpo do pisto
26
Marcas de desgaste de
funcionamento a seco no corpo
do pisto
17
14
20
80
21
42
Marcas de desgaste de
sobreaquecimento com foco na
cabea do pisto
25
Marcas de desgaste de
funcionamento a seco devido a
anis de segmento queimados
22
22
78
77
80
82
36
50
55
63
84
31
40
(motor a gasolina)
48
34
32
44
38
47
61
59
60
53
66
65
68
70
66
65
68
70
Descrio
Varias marcas de desgaste similares em
volta do corpo do pisto.
Marcas de desgaste dos lados da presso
e da contrapresso do corpo do pisto,
ou seja, marcas de desgaste de lados
opostos.
A superfcie transita de pontos de
presso de alto brilho para pontos de
atrito escuros e lisos.
rea dos anis no danificada.
Fig.1
Avaliao
A folga entre o corpo do pisto e o trajeto
do cilindro estava dimensionada de uma
forma demasiado estreita ou foi reduzida
atravs de empenos que podem ter
ocorrido apenas durante o funcionamento
do motor.
Ateno:
Ao contrrio das marcas de desgaste
de funcionamento a seco, as marcas de
desgaste de folga ocorrem sempre aps um
breve tempo de funcionamento a seguir a
uma reviso do motor.
Causas possveis
Furo do cilindro demasiado pequeno.
Aperto excessivo ou irregular da cabea
do cilindro (empeno do cilindro).
Superfcies rugosas do bloco e da cabea
do cilindro.
Furos roscados ou parafusos da cabea
do motor sujos ou danificados.
Descrio
Marcas de desgaste dos lados da presso
e da contrapresso, deslocadas aprox.
45 em relao ao eixo do pino do pisto.
As marcas de desgaste transitam de
pontos de presso de alto brilho para
pontos de atrito escuros e relativamente
lisos. (Fig.1)
Pino do pisto com cor de revenimento
azul. (Fig.3) Razo: Apoio do pino do
pisto aquecido devido a folga ou falta
de leo.
Fig.1
Fig.2
Fig.3
Avaliao
O cubo do pino do pisto aqueceu em
demasia. O corpo do pisto elstico com
parede fina consegue compensar a dilatao trmica superior dos lados da presso
e da contrapresso. O cubo do pino do
pisto com parede mais espessa dilata-se
Causas possveis
Sobrecarga mecnica da bronzina p. ex.
devido a falhas de combusto.
Falha de funcionamento/rutura do bico
injetor de leo.
Presso da bomba de leo insuficiente ou
inexistente.
Lubrificao insuficiente na primeira
colocao em funcionamento do motor.
Durante a montagem, o pino do pisto
no foi lubrificado ou foi lubrificado insuficientemente.
Falha da camisa da biela (gripagem do
pino do pisto) devido a folga insuficiente
ou falta de lubrificao.
Descrio
Marcas de desgaste de folga com
pontos de presso e contrapresso nas
extremidades inferiores da haste.
Transio de pontos de presso de
alto brilho para pontos de atrito lisos
eescuros (Fig.1).
No h propriedades especiais noutras
partes do pisto.
Marcas de desgaste na camisa do cilindro
na rea dos O-rings inferiores (Fig.2).
Fig.1
Fig.2
Avaliao
A corroso no pisto no rebordo inferior do
corpo deve-se a um(a) deformao/estreitamento da folga na rea inferior da camisa
do cilindro.
Causas possveis
Anis de vedao errados: Os anis de
vedao demasiado espessos podem
deformar a camisa do cilindro e reduzir
afolga do pisto.
Emprego adicional de produtos lquidos de vedao na ranhura do anel de
vedao. Os anis de vedao devem
poder deformar-se elasticamente para
efeitos de vedao. O respetivo espao
livre necessrio na ranhura no pode ser
preenchido com produtos de vedao
adicionais.
Descrio
Marcas de desgaste no corpo do pisto
do lado da presso. Em parte, as marcas
de desgaste chegam zona dos anis de
segmento.
Marcas ligeiras de desgaste do lado da
contrapresso.
Superfcie das marcas de desgaste clara
equase limpa at ao metal.
Fig.1
Avaliao
Entre o pisto e o furo do cilindro ocorreu
uma falta grave de lubrificao. A superfcie
quase limpa at ao metal das marcas de
desgaste mostra que a pelcula de leo
ainda existia mas havia sofrido um enfraquecimento decisivo quando estas se formaram. Em virtude da danificao reduzida
Ateno:
No caso deste tipo de marcas de
desgaste de funcionamento a seco, o ponto
danificado fica sempre situado na rea do
corpo do pisto, onde se apresentam as
marcas de apoio normais num pisto j
usado mas no danificado.
Causas possveis
Lubrificao insuficiente devido a:
Falta de leo do motor.
Presso de leo demasiado reduzida
no motor (bomba de leo, vlvula de
sobrepresso, etc.): nos pontos de
apoio da cambota sai muito pouco leo.
O trajeto do cilindro, que lubrificado
por leo pulverizado ou centrifugado
da cambota, regista uma alimentao
insuficiente com leo lubrificante.
Descrio
Marcas de desgaste graves e escuras
com superfcie muito rasgada do lado da
presso do pisto.
O lado oposto do corpo do pisto no se
encontra danificado.
A maior parte das vezes, a zona dos anis
de segmento no fica danificada em fase
inicial.
Fig.1
Fig.2
Avaliao
Trata-se de marcas tpicas de desgaste
defuncionamento a seco que ocorrem
maioritariamente do lado da presso e com
menos frequncia do lado da contra
presso. Este dano ocorre quando a pelcula lubrificante falha apenas de um lado
do cilindro. Isto deve-se a uma falta de
Causas possveis
Falha parcial da refrigerao devido a
uma falta de lquido de arrefecimento,
bolhas de ar, depsitos de sujidade ou
outras falhas no circuito de refrigerao.
No caso de cilindros com aletas, os
depsitos exteriores de sujidade podem
causar sobreaquecimentos locais e, por
conseguinte, a falha da pelcula de leo.
Descrio
Pontos de frico finos, alongados e bem
delimitados no corpo do pisto, em vez
de uma aparncia do pisto normal.
Fig.1
Avaliao
O combustvel no queimado entra em
condensao no trajeto do cilindro e dilui
ou remove a pelcula de leo portante. Da
resulta o funcionamento a seco entre os
parceiros de deslize, que constituem
Causas possveis
Funcionamento do motor com mistura
demasiado rica e falhas de combusto
devido a avarias na carburao ou no
sistema de ignio.
Combusto incompleta em virtude de
uma compresso insuficiente.
Dispositivo de arranque a frio avariado ou
acionado por demasiado tempo (motor de
carburador).
Ateno:
O dano reside na marca de desgaste
de combustvel nos pontos portantes no
corpo do pisto. Num pisto no
danificado, aqui que se apresentam as
marcas de apoio normais.
Descrio
Marcas de desgaste localizadas com
foco no barra de fogo.
Superfcie das marcas de desgaste
spera e rugosa, com pedaos de
material parcialmente arrancados.
Fig.1
Avaliao
Devido a uma avaria no bico injetor, foi
injetado combustvel no pulverizado at
parede do cilindro e enfraqueceu a a pelcula de leo at ao funcionamento a seco
absoluto. Por conseguinte, a barra de fogo
Causas possveis
Bicos injetores com fugas, a pingar, sujos
ou errados.
Agulha de injeo encravada devido a um
corpo do bico injetor empenado (binrio
de aperto errado).
Ponto de injeo errado (incio de dbito).
3.2.6 M
arcas de desgaste de funcionamento
a seco devido a anis de segmento queimados
Descrio
Estrias de corroso e manchas
de queimado nas superfcies de
deslizamento dos segmentos de pisto.
(Fig.1 e 2)
Estrias longitudinais nos furos do cilindro
(sem ilustrao).
Em fase inicial: primeiros pontos de
frico na barra de fogo (Fig.3 em cima
direita).
Em estado avanado: os pontos de atrito
alastram em todo o pisto (Fig.4).
Fig.3
Fig.1
Fig.2
Fig.4
Avaliao
Estes danos ocorrem com mais frequncia
na fase de rodagem sob carga forte,
quando os anis de segmento ainda no
garantem uma vedao completa devido
falta de rodagem (predominantemente
em pistes diesel). Os gases de combusto,
que passam pelos anis de segmento,
aquecem excessivamente os mesmos e a
parede do cilindro, causando a falha da
Causas possveis
Carga excessiva do motor durante a fase
de rodagem.
A superfcie brunida do cilindro no apresenta uma estrutura adequada para uma
boa capacidade de aderncia do leo
para motores (esmagamento dos veios
de grafite, formao de revestimento de
chapa, aspereza insuficiente e/ou ngulo
de brunimento errado).
leo lubrificante imprprio (qualidade do
leo e viscosidade erradas).
Fig.1
Descrio
Fortes marcas de desgaste que comeam
na cabea do pisto e se prolongam at
extremidade da haste.
Marcas de desgaste em toda a
circunferncia da cabea do pisto.
A superfcie das marcas de desgaste
apresenta uma cor escura, estrias fundas
e est, em parte, rasgada.
Marcas de desgaste nas superfcies de
deslizamento dos anis de segmento que
vo diminuindo em direo ao anel de
segmento coletor de leo.
Fig.1
Avaliao
Em virtude de uma extrema sobrecarga trmica, a cabea do pisto aqueceu ao ponto
de anular a folga e destruir a pelcula de
leo. Isso resultou numa combinao de
marcas de desgaste de folga e de funcionamento a seco volta da cabea do pisto.
Causas possveis
Carga prolongada e elevada na fase de
rodagem do motor.
Sobreaquecimento devido a falhas no
processo de combusto.
Falhas no sistema de refrigerao do
motor.
Falhas na alimentao de leo (pistes
com refrigerao por leo ou canal de
refrigerao).
Descrio
Marcas de desgaste bilaterais no corpo
do pisto.
Superfcie das marcas de desgaste
escura, spera e muito rugosa.
Zona dos anis de segmento
frequentemente com danos reduzidos ou
inexistentes.
Fig.1
Avaliao
Um forte sobreaquecimento do motor provocou a falha da lubrificao na superfcie
de deslizamento do cilindro. Isso causou
marcas de desgaste de funcionamento a
seco com um corpo do pisto muito rugoso.
Causas possveis
Sobreaquecimento do motor em virtude
das seguintes falhas no sistema de
refrigerao:
-- Falta de lquido de arrefecimento
-- Sujidade
-- Bomba de gua com defeito
-- Termstato defeituoso
-- Correia trapezoidal fissurada ou
deslizante
-- Sistemas de refrigerao mal
ventilados.
Combusto normal
Combusto detonante
1. Autoignio (pr-inflamao):
Resulta numa sobrecarga trmica do
pisto.
2. Combusto detonante:
Resulta em eliminaes de material em
forma de eroso e sobrecarga mecnica
nos pistes e na cambota.
3. Afogamento por combustvel:
Resulta em desgaste com consumo de
leo e tambm em corroso nos pistes.
Autoignio
Fig.1
Referente a 1. Autoignio
(pr-inflamao):
Em caso de autoignio, a combusto iniciada por uma pea incandescente na
cmara de combusto ainda antes do
momento de ignio propriamente dito. A
causa pode dever-se vlvula de escape
quente, vela de ignio, s peas de vedao, aos depsitos sobres estas peas e s
superfcies que envolvem a cmara de combusto. A chama tem um efeito descontrolado sobre os componentes, o que faz a
temperatura subir muito na superfcie do
pisto. A temperatura alcana o ponto de
fuso do material do pisto logo aps
poucos segundos de autoignio ininterrupta.
Nos motores com uma cmara de combusto quase hemisfrica, tal provoca orifcios
na superfcie do pisto, que ocorrem, na
maior parte das vezes, no prolongamento
do eixo das velas de ignio.
Nas cmaras de combusto com zonas de
esmagamento maiores entre a superfcie do
pisto e a cabea do cilindro, a barra de
fogo comea a derreter maioritariamente na
rea das zonas de esmagamento (ver glossrio) no ponto onde se verifica a carga
mxima. Este processo prolonga-se frequentemente at ao anel de segmento coletor de leo e ao interior do pisto.
Uma combusto detonante, causadora de
temperaturas de superfcie demasiado elevadas de determinadas peas da cmara de
combusto, tambm pode provocar autoignies.
aps pouco tempo ruturas na nervura circular e no corpo, que ocorrem, na maior parte
das vezes, sem colagens e desgastes por
derretimento e sem marcas de desgaste.
A Fig.1 exibe a curva de presso na cmara
de combusto. A curva caracterstica azul
mostra a curva de presso relativa combusto normal e a linha vermelha a curva
relativa combusto detonante. Aqui ocorrem picos de presso.
Referente a 3. Afogamento por
combustvel:
A mistura demasiado rica, a presso de
compresso decrescente e as falhas de
ignio provocam combustes incompletas
com afogamento por combustvel. A lubrificao dos pistes, anis de segmento e trajetos do cilindro torna-se ineficaz. A consequncia so frico mista com desgaste e
consumo de leo elevado, bem como
marcas de desgaste (ver o captulo "Consumo de leo e corroso nos pistes").
Fig.1
KW
Descrio
Cabea do pisto derretida atrs dos
anis de segmento.
Corpo do pisto sem desgaste, o material
passou do local do dano para o corpo do
pisto por frico.
Fig.1
Avaliao
Os desgastes por derretimento na cabea
do pisto em motores a gasolina devem-se
a autoignies nos pistes com superfcie
predominantemente plana e zonas de
esmagamento de maior dimenso. As
autoignies ocorrem quando peas incandescentes na cmara de combusto exce-
Causas possveis
Velas de ignio com um valor trmico
insuficiente.
Mistura demasiado pobre, provocando
temperaturas de combusto demasiado
elevadas.
Vlvulas danificadas ou uma folga das
vlvulas demasiado pequena: as vlvulas
no fecham corretamente. As vlvulas
comeam a incandescer devido aos gases
de combusto quentes que passam.
Isso afeta em primeiro lugar as vlvulas
de escape, uma vez que as vlvulas de
admisso so refrigeradas por gases
frescos.
Descrio
Fig.1:
Cabea do pisto totalmente destruda
Barra de fogo derretida at ao suporte do
anel.
Marcas de desgaste e danos no corpo
do pisto devido ao material do pisto
derretido e desbastado em sentido
descendente.
Suporte do anel parcialmente solto.
Danos (vestgios de impacto) em todas
as cmaras de combusto devido ao
material do pisto e s peas do suporte
do anel.
Fig.1
Fig.2:
Desgastes por derretimento em forma
de eroso na superfcie do pisto ou na
barra de fogo no sentido de injeo dos
jatos dos bicos.
Sem marcas de desgaste no corpo do
pisto e na zona dos anis de segmento.
Fig.2
Avaliao
Os danos deste tipo ocorrem especialmente
em motores de injeo direta diesel. O problema s afeta os motores com cmara de
pr-combusto, se a cmara de pr-combusto estiver danificada e o combustvel
for, por conseguinte, injetado diretamente
na cmara de combusto.
Se, nos motores de injeo direta diesel, o
bico injetor do cilindro em questo no
Causas possveis
Bicos injetores com fugas ou agulhas
de injeo com falta de mobilidade ou
encravadas.
Molas dos bicos quebradas ou com
prises.
Vlvulas de despressurizao avariadas
na bomba de injeo.
O caudal e o ponto de injeo no correspondem s especificaes do fabricante
do motor.
Nos motores com cmara de pr-combusto:
Avaria na cmara de pr-combusto em
conjunto com uma das causas referidas
anteriormente.
Descrio
Fissuras provocadas por tenses no
rebordo da cavidade.
Fissura principal at ao cubo do pino do
pisto.
Canal aberto por queimadura desde a
cavidade at abaixo do anel de segmento
coletor de leo, causado pelos gases
de combusto que atravessam a fissura
principal.
Fig.1
Fig.2
Avaliao
O material do pisto aquece localmente:
nos pontos de incidncia dos jatos da
cmara de pr-combusto em motores com
cmara de pr-combusto (Fig.3 e Fig.4)
eno rebordo da cavidade em motores de
injeo direta (Fig.1). Nesses pontos o
material dilata-se mais. Uma vez que os
pontos sobreaquecidos esto envolvidos
por material mais frio, o material sofre aqui
uma deformao plstica para alm do
limite de elasticidade. No arrefecimento
ocorre o contrrio: Nos locais onde o
material encolheu previamente e foi
pressionado para fora existe menos
material.
Fig.3
Fig.4
Causas possveis
Falha na carburao devido a bicos injetores errados na bomba de injeo, danos
na cmara de pr-combusto.
Temperaturas elevadas devido a avarias
no sistema de refrigerao.
Avaria no travo-motor ou o seu uso
excessivo. Consequncia: Sobre
aquecimento.
Refrigerao insuficiente dos pistes em
caso de pistes no canal de refrigerao,
p. ex. devido a bicos injetores de leo
entupidos ou deformados.
Variaes de temperatura em motores
sujeitos a uma alterao frequente da
carga, como p. ex. em autocarros urbanos, mquinas para movimentao de
terra.
Descrio
Rutura da nervura circular de um dos
lados do pisto entre o primeiro e o segundo anel de compresso (Fig.1).
Rutura inclinada no material do pisto
que comea na base superior da ranhura.
Sada na base da ranhura (Fig.2).
A rutura alarga-se por baixo.
No h corroso no pisto ou marcas de
sobreaquecimento.
Fig.1
Avaliao
As ruturas de nervuras no se devem a
erros de material, mas sim a sobrecargas
do material. Elas distinguem-se com base
em 3 causas:
1. Combusto detonante:
O ndice de octano do combustvel no foi
suficiente para todos os estados de funcionamento e carga do motor (ver captulo
"Generalidades sobre danos nos pistes
devido a falhas de combusto em motores
a gasolina").
2. Golpes de lquido:
Com o motor parado ou em funcionamento,
h uma entrada inadvertida de lquido
(gua, lquido de arrefecimento, leo ou
combustvel) na cmara de combusto.
Uma vez que os lquidos no podem ser
comprimidos, o pisto e a cambota ficam
sujeitos a uma carga enorme no ciclo de
compresso. Consequncia: ruturas na
3. Erro de montagem:
Os anis de segmento, no unidos corretamente, exigem um maior esforo na montagem dos pistes. Devido montagem do
pisto sob presso ou batimento, as nervuras circulares sofrem danos prvios devido
a fissuras capilares finas.
Fig.4
Causas possveis
Combusto detonante em motores
a gasolina:
Combustvel com resistncia insuficiente
detonao. A qualidade do combustvel
tem de corresponder relao de compresso do motor, ou seja, o ndice de
octano do combustvel tem de satisfazer
a necessidade de octano do motor em
todos os estados de funcionamento.
Diesel na gasolina, resultando numa
reduo do ndice de octano do combustvel.
Relao de compresso demasiado alta
devido abrasagem excessiva da superfcie plana do bloco do motor e da cabea
do cilindro p. ex. em caso de reviso do
motor/tuning.
Momento de ignio demasiado cedo.
Mistura demasiado pobre, provocando
temperaturas de combusto demasiado
elevadas.
Descrio
Fortes sinais de coliso na cabea do
pisto (Fig.1). Resduos de carbono
quase removidos.
Marcas e depsitos de resduos de
carbono pressionados para dentro na
superfcie do pisto.
Forte desgaste nos anis de segmento,
especialmente no anel de segmento
coletor de leo.
Impresso da cmara de turbulncia no
rebordo dianteiro da superfcie do pisto
(Fig.2).
Impresso da vlvula do lado direito da
superfcie.
Primeiros sinais do incio de uma marca
de desgaste de funcionamento a seco
no corpo do pisto (Fig.4).
Fig.1
Fig.3
Fig.4
Fig.2
Avaliao
Os pistes bateram em funcionamento
contra a cabea do cilindro ou a cmara de
turbulncia e uma vlvula. Ainda no ocorreram ruturas em virtude desse impacto.
Aimagem de desgaste dos anis de segmento e do corpo do pisto mostra porm
que estes batimentos causaram falhas de
combusto devido a afogamento por combustvel.
O batimento do pisto provoca vibraes na
cabea do cilindro. Por conseguinte, o bico
injetor comea a oscilar, no consegue
manter a presso quando fechado e injeta
De incio, o corpo do pisto menos danificado, uma vez que a cambota o alimenta
regularmente com leo novo com capacidade de lubrificao. O desgaste alastra
mais, quando as partculas de desgaste da
rea de elevao dos pistes se misturam
com o leo lubrificante e este perde capacidade de suporte devido sua diluio.
Causas possveis
Medida de salincia errada do pisto.
Asalincia do pisto no foi controlada
ou corrigida na reviso do motor.
Camisa da biela com furo descentrado na
substituio.
Retificao excntrica (descentrada) da
cambota.
Retificao descentrada do furo cego do
apoio (ao recolocar as tampas de bronzina na cambota).
Montagem de juntas da cabea do cilindro com uma espessura insuficiente.
Depsito de resduos de carbono na cabea do pisto que leva ao estreitamento ou
anulao da folga.
Tempos de comando incorretos devido a
uma regulao errada, um alongamento da corrente, correias dentadas que
saltaram.
Descrio
Superfcie do pisto com furo contnuo,
coberto pelo material expulso por fuso.
A rea do corpo apresenta marcas de
desgaste. Razo: temperaturas elevadas
e material do pisto desbastado em
sentido descendente.
Fig.1
Avaliao
Os danos deste tipo so provocados por
autoignies. Os componentes incandescentes excedem a temperatura de autoinflamao da mistura de gases na cmara de
combusto, incluindo sobretudo a vela de
ignio, a vlvula de escape e os resduos
de combusto na cmara de combusto.
Neste caso, a mistura inflama-se ainda
antes da prpria ignio pela vela de ignio. Por conseguinte, a chama age sobre a
superfcie do pisto por mais tempo, ao
invs do que sucede no processo de combusto normal
Ateno:
Um aquecimento local to rpido da
superfcie do pisto s possvel devido a
autoignies.
Causas possveis
Velas de ignio com um valor trmico
insuficiente.
Mistura demasiado pobre, provocando
temperaturas de combusto demasiado
elevadas.
Vlvulas danificadas e com fugas ou uma
folga das vlvulas demasiado pequena.
Isso faz com que as vlvulas no fechem
corretamente. As vlvulas aquecem muito
devido aos gases de combusto que passam e comeam a incandescer. Isso afeta
em primeiro lugar as vlvulas de escape,
uma vez que as vlvulas de admisso so
refrigeradas por gases frescos.
Resduos de combusto incandescentes
e depsitos de resduos de carbono na
cmara de combusto.
Dimenses de instalao erradas dos
injetores (anis de vedao em falta ou
montados a dobrar).
3.4.8 M
arcas de desgaste da cabea do pisto devido a pistes errados
(motor diesel)
Descrio
Estrias de corroso localizadas na
cabea do pisto, dispersas em toda
acircunferncia do pisto.
As estrias de corroso estendem-se
desde a superfcie do pisto at ao
2.anel de compresso.
Foco das estrias de corroso na barra de
fogo.
Fig.1
Avaliao
Este dano decorre das falhas de combusto. No entanto, a avaria no reside no sistema de injeo, mas sim na utilizao do
pisto errado. Os motores so construdos
de acordo com as normas legalmente prescritas em matria de emisses poluentes.
Frequentemente difcil de distinguir
visualmente os pistes correspondentes
respetiva norma em matria de emisses
poluentes.
No dano presente, foram utilizados para a
mesma srie de motores pistes destinados s vrias normas em matria de emisses poluentes com dimetros de cavidade
diferentes. O pisto da norma em matria
de emisses poluentes Euro 1 (dimetro da
cavidade: 77 mm) foi substitudo, durante a
reparao do motor, por um pisto da
norma em matria de emisses poluentes
Euro 2 (dimetro da cavidade: 75 mm).
Causas possveis
Pistes com forma, profundidade ou
dimetro errado da cavidade.
Medidas do pisto divergentes (p. ex.
altura de compresso).
Pistes com tipo de construo errado.
No pode ser p. ex. utilizado um pisto
sem canal de refrigerao, se o fabricante
do motor prever um canal de refrigerao
para um determinado fim.
Descrio
Eliminao em forma de eroso na barra
de fogo (Fig.2) ou superfcie do pisto
(Fig.3).
Fig.1
Fig.2
Fig.3
Avaliao
As eliminaes de material em forma de
eroso na barra de fogo e na superfcie do
pisto so sempre uma consequncia de
uma combusto detonante prolongada de
mdia intensidade. Nesse processo, as
ondas de presso difundem-se no cilindro
Causas possveis
Combustvel com resistncia insuficiente
detonao. A qualidade do combustvel
tem de corresponder relao de compresso do motor, ou seja, o ndice de
octano do combustvel tem de satisfazer
a necessidade de octano do motor em
todos os estados de funcionamento.
Contaminao da gasolina por diesel.
Causa: abastecimento errado do depsito
ou uso alternante de depsitos ou bides
para ambos os tipos de combustvel.
Basta adicionar quantidades mnimas
de diesel para reduzir drasticamente o
ndice de octano da gasolina.
Quantidades elevadas de leo na cmara
de combusto p. ex. devido a anis de
segmento, guias de vlvula e turbocompressores acionados pelos gases de escape desgastados. Esses fatores reduzem a
resistncia do combustvel detonao.
Ateno:
Os motores modernos vm equipados
com sistemas que detetam a combusto
detonante. Esta regulao da detonao
previne combustes detonantes,
adaptando o momento de ignio. No
entanto, a regulao da detonao s pode
intervir quando j tiver ocorrido uma
combusto detonante. Apesar do bom
funcionamento da regulao da detonao
no possvel excluir danos se:
-- a margem de regulao da centralina do
motor for insuficiente
-- ou se o limite de detonao for
continuamente alcanado.
Uma rutura repentina (Fig.1) sempre provocada por uma partcula estranha, que
colide com o pisto durante o funcionamento. As partculas estranhas podem ser
peas arrancadas da biela, cambota, vlvulas ou semelhante. A entrada de gua ou
combustvel no cilindro tambm pode provocar uma rutura repentina do pisto.
Fig.1
Fig.2
Descrio
Formao de uma chamada rutura em
forma de fenda at superfcie do pisto.
Consequncia: diviso do pisto em duas
partes (Fig.1).
Fissura por fadiga do cubo no eixo central
do furo do pino do pisto (Fig.2 e 3).
Fig.1
Fig.2
Avaliao
As ruturas por fadiga do cubo devem-se
sobrecarga mecnica. A sobrecarga permanente do material do pisto origina cada
vez mais esforos alternados de flexo e
Pino do pisto errado ou com peso reduzido. A deformao oval do pino do pisto
resulta na sobrecarga do apoio do pino.
Causas possveis
Falhas de combusto, em particular
combusto repentina devido a atraso na
ignio.
Aplicao excessiva ou imprpria de produtos de auxlio de arranque no arranque
a frio.
3.5.3 R
utura do pisto devido a encosto da superfcie
do pisto contra a cabea do cilindro
Descrio
Sinais de coliso na superfcie do pisto
(Fig.1), na superfcie plana da cabea
do cilindro e em ambas as vlvulas
(semfig.).
Rutura no sentido do pino do pisto
devido a vibraes e impactos.
Corpo do pisto quebrado na ranhura
inferior do anel lubrificador, superfcies
de rutura so tpicas de uma rutura
devida fadiga (Fig.2).
Fig.1
Fig.2
Avaliao
A causa uma sequncia rpida de golpes
duros quando a superfcie do pisto bate
contra a cabea do cilindro. O pisto vibra
ao ponto de ocorrerem fissuras. Alm
disso, o pisto emperra no cilindro e bate
com o corpo contra a sua parede. Nos pis-
Causas possveis
Uma folga demasiado grande da bronzina
ou uma bronzina desgastada, em particular juntamente com rotaes elevadas em
descidas de montanha.
A chamada folga (distncia mnima entre
a superfcie do pisto e a cabea do cilindro) demasiado pequena na posio de
ponto morto superior do pisto. Podem
existir as seguintes causas:
-- Pisto com altura errada de compresso. Na reviso do motor, a superfcie
plana do bloco do cilindro frequentemente retificada. Se aps a retificao
forem utilizados pistes com a altura de
compresso original, a salincia do pisto pode tornar-se demasiado grande.
Por conseguinte so disponibilizados
pistes com altura de compresso reduzida para reparao. Assim, a salincia
do pisto permanece na margem de
tolerncia definida pelo fabricante do
motor.*
-- Espessura insuficiente da junta da
cabea do cilindro. Muitos fabricantes
utilizam juntas da cabea do cilindro
com espessuras diferentes para o mesmo motor: pretende-se, por um lado,
compensar as adies nas tolerncias
dos componentes durante a produo
e, por outro, adaptar a salincia do
pisto nas reparaes.
Ateno:
A verificao da boa mobilidade
mediante rotao manual do motor frio no
permite garantir que o pisto no ir bater
contra a cabea do cilindro temperatura
de funcionamento. Razo: a dilatao
trmica provoca o alongamento do pisto e
da biela. Isto reduz a distncia entre a
superfcie do pisto e a cabea do cilindro.
Ocorrem alteraes de medida
significativas sobretudo em motores de
veculos utilitrios com grandes alturas de
compresso dos pistes. Estas reduzem a
boa mobilidade do pisto no ponto morto
superior em vrios dcimos de milmetros.
* A Motorservice fornece para muitos motores diesel pistes com uma altura de compresso reduzida (KH-).
Para mais detalhes, ver o catlogo da Motorservice "Pistes e componentes"
Descrio
Forte eroso at superfcie do pisto
na rea dos anis na primeira ranhura do
anel.
Forte desgaste axial na primeira ranhura
do anel.
Forte danificao mecnica da superfcie
do pisto.
Corpo do pisto com imagem de
movimento baa e polida.
Fig.1
Fig.2
Avaliao
A causa do dano reside nas impurezas da
cmara de combusto. O forte desgaste
axial das ranhuras, especialmente na primeira ranhura do anel, indicia isso mesmo.
Assim, as impurezas tambm se depositaram na ranhura do anel e causaram um desgaste abrasivo no anel de segmento e na
ranhura do anel. Isso fez com que a folga
Causas possveis
Forte desgaste axial da ranhura do anel e
dos anis de segmento devido entrada
de partculas estranhas na cmara de
combusto.
No caso de um forte desgaste radial dos
anis sem um desgaste axial, uma causa
provvel o desgaste por frico mista
devido ao afogamento por combustvel.
Ver captulo "Desgaste devido a afogamento por combustvel".
Existe frequentemente um erro de montagem, se as ranhuras dos anis e os anis
de segmento no estiverem danificados
aps um breve tempo de funcionamento
a seguir a uma reviso do motor. Se os
anis de segmento no forem pressionados para dentro da ranhura do anel o
suficiente, podero quebrar, ao inserir
o pisto. Isto sucede quando utilizada
uma ferramenta de insero errada ou
danificada ou se a cinta de aperto de segmentos no for colocada volta do pisto
e fixada corretamente.
Descrio
Rutura transversal do pino do pisto
(Fig.1) na transio entre a biela e o cubo
do pino do pisto.
Ciso longitudinal do fragmento mais
curto.
Superfcies de rutura tpicas de uma
rutura devida fadiga.
Fig.1
Avaliao
As ruturas do pino do pisto devem-se a
esforos excessivos. Em caso de sobrecarga nas extremidades do pino do pisto,
a deformao oval do pino nos respetivos
furos provoca inicialmente uma fissura longitudinal. O incio da rutura pode situar-se
tanto na superfcie externa como dentro do
furo. A fissura continua no sentido do
centro do pino do pisto. Na rea de maior
esforo de cisalhamento e flexo, entre o
cubo do pino do pisto e o p da biela, o
sentido altera-se numa fissura transversal,
o que acaba por provocar a rutura de todo o
pino.
Fig.2
Causas possveis
Falhas de combusto, frequentemente
devido a combusto detonante.
Golpes de lquido.
Manuseamento imprprio dos pinos do
pisto durante a montagem.
Descrio I
Extremidade dos furos do pino de
ambos os lados do pisto fortemente
desgastada, em parte at rea dos
anis em cima (Fig.1).
Um anel de reteno na ranhura de
reteno saltou para fora e quebrou.
Segundo anel de reteno danificado.
Devido falta da respetiva reteno,
o pino do pisto saiu at ao trajeto do
cilindro.
Desgaste abaulado na parte da frente
do pino do pisto devido ao contacto
prolongado com o trajeto do cilindro
(Fig.2).
Imagem assimtrica de movimento do
pisto.
Fig.1
Fig.2
Descrio II
Aparncia do pisto assimtrica (Fig.4).
Pino do pisto e respetivo cubo
quebrados (Fig.5 e 6).
Furo do pino martelado na rea dos anis
de reteno.
Fig.4
Fig.5
Fig.6
Avaliao
Durante o funcionamento, as retenes do
pino do pisto, sob a forma de anis elsticos ou anis Seeger, so apenas pressionadas para fora ou expulsas devido ao
impulso axial do pino do pisto. Isto pressupe que estejam corretamente inseridas
e no danificadas. As aceleraes transversais do pino do pisto ocorrem sempre
quando o eixo do pino do pisto no
paralelo em relao ao eixo da cambota.
Causas possveis
Impulso axial do pino do pisto durante o
funcionamento do motor devido a:
-- deformao ou toro da biela.
-- p da biela com furo inclinado (falta de
paralelismo entre eixos).
-- eixo do cilindro no perpendicular ao
eixo da cambota.
-- folga excessiva da bronzina, nomeadamente em bielas assimtricas.
-- moente da biela no paralelo ao eixo da
cambota (erro de processamento).
Ateno:
Aquando do encolhimento do pino do
pisto na biela, no se dever apenas
atender lubrificao supramencionada do
pino. Imediatamente aps a introduo do
pino do pisto, no se deve verificar a
mobilidade do apoio do pino mediante o
movimento basculante do pisto! Pois
nesta fase, a temperatura de ambos os
componentes vai se ajustando (pino do
pisto frio, biela quente). O pino do pisto
pode aquecer muito; ele dilata-se
fortemente e fica entalado no cubo do pino
do pisto. Se o apoio for movido neste
estado, podem ocorrer pontos de frico ou
marcas de desgaste. Possvel
consequncia: a posterior mobilidade
reduzida do apoio provoca uma frico e
formao de calor mais elevadas. Deixar
sempre arrefecer os componentes
montados antes de verificar a boa
mobilidade do apoio.
3.8.2 M
arcas de desgaste nos cubos do pino do pisto
(pino do pisto com apoio flutuante)
Descrio
O pino do pisto causou um desgaste nos
furos do pino do pisto.
Material do pisto soldado na superfcie
do pisto (Fig.1).
Pino do pisto na rea da camisa da biela
com colorao azul.
Fig.1
Avaliao
A colorao azul do pino do pisto na rea
da camisa da biela mostra que havia uma
folga insuficiente no local. Por conseguinte,
o pino do pisto s conseguia girar com
dificuldade ou no conseguia girar de todo
Causas possveis
Folga dimensionada de uma forma
demasiado estreita entre a camisa da
biela e o pino do pisto.
A folga na camisa da biela foi anulada
por um desvio da biela, fixando o pino do
pisto.
Apoio do pino no lubrificado na
montagem do pisto.
Ateno:
Aquando da montagem dos pistes,
oapoio do pino dever ser lubrificado
generosamente para haver uma lubrificao
adequada para as primeiras rotaes do
motor e no ocorrerem pontos de frico no
arranque do motor.
Descrio
Pisto apenas utilizado por pouco tempo.
No h vestgios de desgaste no corpo do
pisto.
Marcas de desgaste nos cubos do pino
do pisto do lado superior sob presso
(Fig.1).
Superfcie das marcas de desgaste
limpa at ao metal, sem marcas de leo
queimado.
Fig.1
Avaliao
O pisto quase no apresenta vestgios de
desgaste e, por isso, s pode ter funcionado por muito pouco tempo. O pino do
pisto causou um desgaste logo nas primeiras rotaes do motor.
Causas possveis
Apoio do pino no lubrificado antes da
montagem do pisto.
No encolhimento do pino do pisto na
biela, procedeu-se imediatamente aps
a instalao do pino verificao da
mobilidade do respetivo apoio, efetuando um movimento basculante do pisto.
Neste momento, o apoio pode ser afetado
devido s diferenas de temperatura
invulgares dos componentes, que no se
verificam em funcionamento.
3.8.4 M
arcas de desgaste nos cubos do pino do pisto
(commarcas de desgaste no corpo do pisto)
Descrio
Marcas bilaterais de desgaste no corpo
do pisto que comeam na cabea do
pisto.
Anis de compresso presos nas
ranhuras dos anis.
Marcas de desgaste nos cubos do pino
do pisto.
Fig.1
Avaliao
A concentrao de marcas de desgaste na
cabea do pisto mostram que o decurso
do dano se iniciou devido a falhas de combusto. Em seguida, os anis de segmento
prenderam e as marcas de desgaste passaram a incidir com uma fora cada vez maior
sobre a rea do corpo.
Causas possveis
As falhas de combusto provocam marcas
de desgaste combinadas de folga e de funcionamento a seco na cabea e no corpo do
pisto. Da resultam marcas de desgaste no
apoio do pino.
Descrio
Barra de fogo com pontos de batimento
no sentido de basculamento (Fig.1).
A imagem de movimento no corpo
do pisto em cima e em baixo mais
acentuada do que no centro do corpo.
Fig.1
Avaliao
O batimento alternado da cabea do pisto
contra o trajeto do cilindro causa um rudo
do pisto bem audvel no exterior.
desgaste.
-- Folga demasiado pequena no p da
biela ou no furo do pino.
-- Ajustamento demasiado estreito do
pino do pisto na camisa da biela (biela
encolhida). No encolhimento com um
ajustamento demasiado estreito do
pino do pisto no p da biela, este
deforma-se no sentido das espessuras de parede mais fracas. Ao mesmo
tempo, op da biela e o pino do pisto
tornam-se ovais. Da resulta o estreitamento da folga entre o pisto e o
respetivo pino.
-- Pino do pisto com vestgios de
Descrio
Fissura vertical que comea na borda
da camisa.
Devido espessura fina da parede do
cilindro, o dano tambm ocorre em
camisas secas do cilindro.
Fig.1
Avaliao
A causa da fissura reside frequentemente
no manuseamento descuidado das camisas
do cilindro (efeitos de batimento). Mesmo
que a camisa do cilindro no sofra imediatamente um dano visvel, uma microfissura
ou uma ranhura pode provocar uma rutura
Causas possveis
Fissuras ou ranhuras devido ao manuseamento imprprio das camisas do cilindro
durante o transporte ou a reparao.
Golpes de lquido.
Partculas estranhas por baixo de superfcies de vedao ou de contacto.
Descrio
Rutura da borda da camisa.
A rutura da borda da camisa sobe desde
a base do rebordo inferior da borda da
camisa num ngulo de aprox. 30.
Fig.1
Avaliao
A causa reside nos momentos de flexo
resultantes de uma montagem deficiente
(defeitos de sujidade e forma). A maior
parte das vezes, a borda da camisa do cilindro expulsa logo ao apertar a cabea do
cilindro. Nas novas geraes de motores
para veculos utilitrios com sistema de
bomba e injetor ou sistema de injeo
Common Rail, o bloco do motor sujeito a
cargas cada vez maiores em virtude das
presses de combusto superiores. Uma
vez que estes tipos de motor so equipados
com juntas da cabea do cilindro em ao
muito duras, o bloco do motor poder
deformar-se no apoio da borda da camisa
aps uma quilometragem mais elevada.
Ateno:
A deformao da superfcie de apoio
da borda da camisa no pode ser detetada
a olho nu, sem a utilizao de meios
auxiliares. A tinta-da-china para apoios
permite verificar facilmente o empeno:
Aplicar uma camada muito fina de tinta-dachina sobre a superfcie de apoio da borda
da camisa junto ao bloco do motor. Inserir
seguidamente a nova camisa sem as
vedaes e empurr-la sobre o assenta
mento. Retirar de novo a camisa do cilindro
de seguida. Agora toda a circunferncia da
superfcie de apoio junto camisa do
cilindro deve estar uniformemente coberta
com tinta-da-china. Se tal no for o caso,
oassentamento da camisa tem de ser
retificado, de preferncia numa
mandriladora estacionria ou num torno
plano mvel para bordas da camisa. Assim
fica assegurado o paralelismo dos planos
em relao superfcie do crter (Fig.2).
Fig.2
Causas possveis
Apoio desgastado da borda da camisa no
motor aps um tempo de funcionamento
prolongado.
Apoio sujo ou corrodo da borda da
camisa
Nenhuma esquadria e/ou superfcie
plana da borda (Fig.2 e Fig.5).
Junta da cabea do cilindro errada
Inobservncia dos binrios de aperto e
ngulos de rotao prescritos pelo fabricante do motor na montagem da cabea
do cilindro.
Nmero incorreto de anis de vedao.
Anis de vedao entalados sob a borda
da camisa.
Uso de vedaes com dimenses erradas.
Uso de produtos de vedao lquidos.
No caso de camisas secas do cilindro
Press-fit: erro de montagem devido a
uma presso de compresso demasiado
elevada.
Borda saliente da camisa prescrita no
observada (Fig.6):
-- Se a salincia da camisa do cilindro for
excessiva, a borda da camisa expulsa,
ao apertar os parafusos da cabea do
motor.
-- Se a salincia for insuficiente, a camisa
do cilindro no exerce a presso necessria sobre o assentamento da camisa e
comea a oscilar devido ao movimento
do pisto. Estes esforos levam rutura
da borda da camisa.
Inobservncia da forma correta na retificao do assentamento da camisa. O formato do assentamento da camisa dever
corresponder ao da camisa do cilindro.
A transio entre a rea da bordae o
dimetro de ajuste tem de ser munida de
uma chanfradura de 0,51,0 mm 45.
Assim, a concavidade da borda da camisa
no assenta sobre o rebordo. Ano-observncia pode causar muito facilmente
uma expulso da borda da camisa, ao
apertar a cabea do cilindro (Fig.3).
Alm disso, o raio do arredondamento no
assentamento da camisa ("D" na Fig.4)
no pode ser demasiado grande, a fim
de a camisa do cilindro no assentar no
rebordo exterior ou interior da borda da
camisa.
Ateno:
Na retificao do apoio da borda da
camisa durante a reparao de motores
dever ser garantida a salincia necessria
da camisa do cilindro em relao superfcie do cilindro, colocando por baixo discos
de compensao em ao ou usando camisas do cilindro com borda com sobremedida* (recomendado).
Fig.3
* A Motorservice fornece para a maior parte dos motores camisas do cilindro com uma borda com sobremedida.
Para mais detalhes, consulte o catlogo atual "Pistes e componentes".
Fig.4
Fig.5
Fig.6
Descrio
Fenmenos de cavitao intensa na
camisa de gua da camisa do cilindro
hmida. (Fig.1 e 2)
Entrada de lquido de arrefecimento na
cmara de combusto
Fig.2
Fig.1
Fig.3 Seco transversal
da camisa do cilindro
Avaliao
A cavitao ocorre sobretudo no plano de
basculamento do pisto (lado da presso
ou contrapresso). O problema causado
por oscilaes de alta frequncia na parede
do cilindro. As oscilaes resultam das
foras laterais do pisto, da presso de
combusto e da inverso de movimento nos
pontos mortos inferior e superior. Quando
a gua de refrigerao j no consegue
acompanhar as oscilaes da parede do
Causas possveis
No foi observada a folga do pisto
correta, p. ex. ao remontar pistes j
usados ou em caso de cilindros demasiado grandes.
Defeito de forma do apoio da borda da
camisa Assentamento incorreto ou
impreciso da camisa do cilindro no crter
(ver o captulo "Rutura da borda na camisa do cilindro").
Nenhum enchimento de gelo permanente
prescrito com proteo anticorrosiva nem
aditivos correspondentes na gua de
refrigerao. O agente de proteo contra
corroso contm inibidores que previnem a formao de espuma. Dado que
estes inibidores se desgastam, dever
mudar-se o agente de proteo contra
corroso a cada 2 anos e ajustar a relao
de mistura certa.
2
3
1
2
3
4
Fig.4
Descrio
Corroso na superfcie externa da camisa
do cilindro (Fig.1).
Imagem de desgaste irregular com pontos
individuais de polimento de alto brilho na
superfcie do cilindro (Fig.2).
Pisto no danificado.
Perda de leo nos pontos de vedao, em
particular nos anis de vedao do veio
radial.
Fig.1
Fig.2
Avaliao
As imagens de movimento irregulares e de
alto brilho nas superfcies de deslizamento
nos cilindros indicam sempre um empeno
do cilindro. As camisas do cilindro hmidas
e secas podem empenar imediatamente
aquando da montagem. Os anis de segmento de furos do cilindro deformados no
conseguem vedar corretamente contra leo
ou contra gases de combusto.
Causas possveis
No caso das camisas do cilindro secas,
ocorrem frequentemente fortes irregularidades nos furos cegos do bloco do motor
devido corroso por contacto (corroso
por atrito, Fig.1). Contramedidas: limpar
cuidadosamente o furo cego do cilindro
ou, se no resultar, retificar os furos
cegos do cilindro e montar em seguida as
camisas do cilindro com uma sobremedida exterior*. As camisas do cilindro com
uma parede muito fina tm de encostar
em todo o comprimento e toda a circunferncia. Caso contrrio, as camisas do
cilindro deformam-se logo aquando da
montagem nos furos cegos. Esta deformao aumenta durante o funcionamento.
No caso de camisas secas do cilindro
diferencia-se entre verses Press-fit e Slip-fit. As camisas do cilindro Press-fit so
montadas presso no bloco do motor
e tm de ser mandriladas e brunidas em
seguida. As camisas do cilindro Slip-fit
j apresentam a retificao final e so
apenas inseridas no furo cego. Devido
folga entre a camisa do cilindro e o furo
cego do cilindro, esta verso, ao contrrio
do que acontece na camisa do cilindro
Press-fit, mais suscetvel de causar
problemas de empeno e corroso.
Aperto irregular ou errado dos parafusos
da cabea do motor.
Superfcies rugosas do bloco do motor
eda cabea do cilindro.
* A Motorservice fornece camisas do cilindro com uma sobremedida exterior para muitos motores.
Para mais detalhes, ver o catlogo da Motorservice "Pistes e componentes"
Descrio
Locais polidos de alto brilho sem
estrutura de brunimento na superfcie de
deslizamento do cilindro (Fig.1 e 2).
Pisto sem vestgios de desgaste.
Depsitos de resduos de carbono na
barra de fogo.
Consumo de leo elevado
Fig.1
Fig.3
Fig.2
Avaliao
Os danos de desgaste deste tipo ocorrem,
quando, durante o funcionamento, se
forma uma camada dura de resduos de carbono na barra de fogo do pisto devido ao
leo queimado e aos resduos de combusto (Fig.3). Esta camada possui propriedades abrasivas. Durante o funcionamento,
isto provoca um desgaste mais elevado na
rea superior do cilindro devido ao movimento ascendente e descendente e s
inverses de movimento do pisto. O consumo de leo excessivo no e causado
pelos pontos de brilho. Os pontos de polimento no provocam uma falta de circularidade elevada no cilindro. Os anis de seg-
Causas possveis
Entrada excessiva de leo do motor na
cmara de combusto devido a um turbocompressor avariado, uma separao insuficiente do leo na ventilao do motor,
vedaes das hastes de vlvula, etc.
Sobrepresso no bloco do motor devido
a um dbito elevado de gases blow-by ou
a uma vlvula de ventilao do bloco do
motor.
Descrio
rea superior da camisa do cilindro
com dano grave por fissura e marcas de
desgaste na superfcie de deslizamento
(Fig.2 e 3).
Corroso no pisto dos lados da presso
e da contrapresso.
Na superfcie do pisto: reentrncia em
forma de cavidade na rea das marcas de
desgaste (Fig.4).
Fig.1
Fig.2
Fig.3
Fig.4
Avaliao
A camisa do cilindro foi danificada por um
golpe de lquido. Este fraturou a camisa do
cilindro e abriu uma cavidade na superfcie
do pisto.
Causas possveis
Admisso inadvertida de gua, ao passar
por guas ou devido projeo de
grandes massas de gua por veculos que
circulam frente ou ao lado.
Ateno:
Existe uma brochura separada sobre
o consumo de leo "Consumo e perda de
leo".
Descrio
Anis de segmento e pistes sem
desgaste (Fig.1).
Extremidade quebrada da mola
expansora do anel de segmento coletor
de leo tripartido.
Riscos na base da ranhura do anel de
segmento coletor de leo.
Fig.1
Avaliao
A montagem sobreposta da mola expansora
reduz o comprimento circunferencial. Consequncia: rutura da mola expansora e/ou
Causas possveis
Junta sobreposta
Posio correta
Ateno:
Ambas as cores da mola expansora
tm de ficar visveis aps a montagem dos
anis das lminas. Por esse motivo, esta
identificao deve ser sempre verificada
antes da montagem dos pistes, mesmo no
caso de anis de segmento pr-montados
(Fig.2).
Fig.2
Descrio
Pisto: marcas de apoio do corpo baas
e polidas com estrias longitudinais finas
e pequenas na barra de fogo e no corpo
do pisto.
Sulcos giratrios desbastados no corpo.
Flancos desgastados dos anis de
compresso, nomeadamente no primeiro
anel de segmento e nos flancos das
ranhuras dos anis (Fig.2).
Folga fortemente aumentada na altura
dos anis de compresso, especialmente
do primeiro anel de segmento.
Fig.1
Fig.3
Fig.2
Avaliao
Partculas estranhas no circuito do leo
causam estrias nos pistes e anis de segmento. Marcas de apoio baas no corpo do
pisto e marcas de arrasto nos flancos do
anel (Fig.4 e 5). Os anis de segmento com
desgaste nas superfcies de deslizamento e
nos flancos deixam de vedar os cilindros
contra a passagem de leo para a cmara
de combusto. Ao mesmo tempo os gases
de combusto aumentam, que passam
pelos pistes, a presso no bloco do motor.
Causas possveis
Impurezas abrasivas que penetram no
motor devido filtragem insuficiente,
p.ex. devido a:
-- filtros de ar em falta, avariados,
deformados ou com uma manuteno
incorreta.
-- sistema de admisso com fugas, p. ex.
flanges empenados, falta de vedaes
ou tubos avariados ou porosos.
Impurezas remanescentes da reviso do
motor. As peas do motor so frequentemente sujeitas a uma limpeza por jato
de areia ou de vidro durante a reviso,
de modo a eliminar depsitos resistentes
ou resduos de combusto da superfcie.
Se os resduos dessa limpeza a jato se
depositarem no material e no forem
removidos corretamente, os mesmos podem soltar-se durante o funcionamento
do motor e causar um desgaste abrasivo.
As gravaes microscpicas nas Fig.6 e 7
exibem um dano por sujidade sob luz polarizada. So bem visveis os fragmentos
dos resduos da limpeza a jato de vidro
ou pequenas esferas de vidro completas.
Fig.5
Fig.6
Fig.7
Descrio
Fortes vestgios de desgaste na barra de
fogo e no corpo do pisto.
Pontos de frico no corpo do pisto,
caractersticos do funcionamento a
seco resultante do afogamento por
combustvel.
Anis de segmento com forte desgaste
radial (Fig.1). As duas barras (superfcies
portantes) do anel de segmento coletor
de leo esto desbastadas (Fig.2). Para
comparao na Fig.3: perfil de anis de
segmento coletores de leo novo e usado
(segmento com mola tubular e rebordos
chanfrados simtricos).
Consumo de leo elevado.
Fig.1
Fig.2
Fig.3
Avaliao
O afogamento por combustvel devido a
falhas de combusto leva sempre a danos
na pelcula de leo. Da resultam uma maior
percentagem de frico mista e um desgaste radial elevado dos anis de segmento
num breve tempo de funcionamento. As
marcas caractersticas de desgaste de combustvel apenas se formam quando a pelcula de leo diminuda pelo combustvel
ao ponto de a lubrificao se tornar insuficiente (ver captulo "Fatores de atrito ao
nvel do funcionamento a seco devido a
afogamento por combustvel"). Da lubrificao cada vez mais ineficaz resulta um desgaste considervel nos anis de segmento,
nas ranhuras dos anis e nas superfcies de
deslizamento do cilindro.
De incio, o corpo do pisto menos danificado, uma vez que a cambota o alimenta
regularmente com leo novo com capacidade de lubrificao. Quando as partculas
de desgaste da rea de elevao se misturam com o leo lubrificante e este perde
capacidade de suporte devido ao aumento
Causas possveis
Trajetos curtos frequentes e consequente
diluio do leo com o combustvel.
Mistura de lquido de arrefecimento no
leo do motor.
Qualidade deficiente do leo do motor.
Afogamento por combustvel devido
combusto incompleta decorrente de
falhas na carburao.
Falhas no sistema de ignio (falhas de
ignio).
Presso de compresso insuficiente ou
mau enchimento devido a anis de segmento desgastados ou quebrados.
Descrio
Pisto sem danos nem desgaste.
Quando examinados superficialmente,
os anis de segmento no apresentam
vestgios de desgaste, mas se forem
observados mais atentamente revelam
um desgaste anormal nos rebordos
coletores de leo, predominantemente
nos rebordos inferiores (ver ampliao).
Rebarba percetvel pelo tato no rebordo
inferior da superfcie de deslizamento do
segmento de pisto.
Fig.1
Avaliao
Os rebordos dos anis de segmento desgastados geram elevadas foras hidrodinmicas (Fig.2) entre as superfcies de deslizamento dos anis e o trajeto do cilindro
devido chamada formao de cunha de
leo.
Fig.2
Causas possveis
A formao de rebarbas ocorre, quando os
anis de segmento no se encontram em
timas condies aps a reviso do motor.
As causas residem predominantemente
numa retificao final insuficiente ou
imprpria do cilindro. Se forem utilizadas
pedras de afiar rombas durante o brunimento final ou se o brunimento for efetuado com uma presso demasiado elevada, formam-se rebarbas e elevaes na
parede do cilindro. Estes bicos de metal
ficam reviradas no sentido da retificao
(Fig.3). Trata-se de uma formao de revestimento de chapa que provoca uma frico
mais elevada na fase de rodagem e evita
que o leo do motor se possa depositar nos
veios finos de grafite.
Se estas rebarbas no forem removidas
num processo final de retificao, designado por brunimento de plataforma, verifica-se durante a fase de rodagem um desgaste prematuro nos rebordos dos anis de
segmento. Nesse caso, os anis de segmento assumem involuntariamente a
funo de eliminao do revestimento de
chapa e de limpeza dos veios de grafite.
Contudo, isso causa um desgaste dos
rebordos dos anis de segmento e a formao de rebarbas. Por experincia, uma
rebarba causada desta forma no rebordo do
anel de segmento difcil de se desgastar
sozinha. Os anis de segmento danificados
tm de ser substitudos.
Fig.3
Fig.4
Fig.5
Descrio
Fig.1:
Aparncia do pisto assimtrica em toda
a altura do pisto.
Barra de fogo polida a alto brilho
esquerda no pisto acima do olhal do
pino e do lado oposto no rebordo inferior
do pisto.
Marcas de apoio irregulares no anel de
compresso.
Fig.2:
Funcionamento oblquo com desgaste,
dependente do centro de gravidade,
no rebordo inferior direito do pisto
na reentrncia para o bico de leo de
refrigerao e abaixo do furo do pino do
pisto.
Fig.1
Fig.2
Avaliao
Estas marcas de apoio assimtricas apontam para um funcionamento oblquo do
pisto no furo do cilindro e para uma falta
de paralelismo entre o eixo do pino do
pisto e o eixo da cambota. Os anis de
segmento vedam insuficientemente devido
ao mau encosto no cilindro. Os gases de
combusto quentes passam e aquecem
excessivamente os anis de segmento e a
Causas possveis
Bielas deformadas ou torcidas.
Ps de biela com furo oblquo.
Furo do cilindro no perpendicular ao
eixo da cambota.
Cilindros individuais montados obliquamente (empenos na montagem).
Moente da biela no paralelo ao eixo da
cambota.
26 27
21
5
6
23
9
24
10
12
25
14
28
22
29
19
30
13
11
20
16
15
18
1 da cavidade
2 Superfcie do pisto
3 Cavidade
4 Rebordo da superfcie
5 Barra de fogo (barra de topo)
6 Ranhura para anel de compresso
7 Nervura circular
8 Base da ranhura
9 Nervura circular recuada
10 Flanco de ranhura
11 Ranhura para anel de segmento
coletor de leo
17
22 Zona do corpo
23 Zona dos anis
24 Altura de compresso
25 Comprimento do pisto
26 Canal de refrigerao de leo
27 Suporte do anel
28 Camisa do pino do pisto
29 da janela de medio
30 Sobrelevao da superfcie (B)
Glossrio4
Biela encolhida
Cmara de turbulncia
montagem do pisto").
Abaulamento
corpo.
Cavitao
Que retifica/esmerila.
biela.
Blow-by
es ou vcuo forte.
Chip tuning
Modificao do software de uma centralina do
Aparncia do pisto
Brunimento de plataforma
o cilindro.
Assimtrico
gaste.
motor.
Brunir
Common Rail
o em cruz.
Autoignio
Cmara de pr-combusto
presso.
Basculamento do pisto
Conjunto
de pr-combusto.
do cilindro e pisto.
4Glossrio
Curso de expanso
Curso de exploso.
Desalinhamento no eixo
Estrutura de brunimento
Folga
pisto").
diesel.
Desvio da biela
pisto novo.
Detonaes permanentes
Combusto detonante que decorre permanen-
Diluio do leo
Folga do pisto
Eroso
Escovas retificadoras
nvel da construo.
Glossrio4
Lado da contrapresso
da presso.
Frico mista
oposto da cambota.
os estados de funcionamento.
Lubrificao insuficiente
veculos motorizados.
pedras de afiar.
leo centrifugado
Funcionamento oblquo
nentes.
Marcas de arrasto
leo.
de refrigerao fundido.
uma rutura.
ndice de cetano
Ponto de atrito
ndice de octano
quatro tempos).
Ponto morto
Ponto em que se inverte o sentido do pisto
Inverso de movimento
detonao o combustvel.
Pontos de frico
Necessidade de octano
estreitamento da folga.
4Glossrio
Press-fit
cego do cilindro.
Rutura repentina
mento e brunimento.
cego do cilindro.
atrito.
Progresso da rutura
Salincia do pisto
Sentido da rutura.
Suporte do anel
cabea do cilindro.
Sentido de basculamento
diesel.
culamento.
Regulao lambda
Dispositivo de regulao que controla a rela-
Tenso tangencial
Resistncia detonao
Trama
(gasolina) autoinflamao.
Revestimento de chapa
lina.
Slip-fit
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