EWA Ou YEWA
EWA Ou YEWA
EWA Ou YEWA
pois ela mesma seria uma virgem, a virgem da mata virgem dos lbios de
mel.
Ew domina a vidncia, atributo que o deus de todos os orculos, Orunmil
lhe concedeu.
Ew foi uma cobra muito m e por isso foi mandada embora. Acabou
encontrando abrigo entre os Iorubs, que a transformaram em uma cobra
boa e bela, --A metade feminina de Oxumar. Por esse motivo, Oxumar e
Ew, em qualquer ocasio, danam juntos.
Lendas
... a Maldio
Corre a lenda entre as casas antigas da Bahia que cultuam Yewa, que certa
vez indo para o rio lavar roupa, ao acabar, estendeu-a para secar. Nesse
espao veio a galinha e ciscou, com os ps, toda sujeira que se encontrava
no local, para cima da roupa lavada, tendo Yewa que tornar a lavar tudo de
novo. Enraivecida, amaldioou a galinha, dizendo que daquele dia em diante
haveria de ficar com os ps espalmados e que nem ela nem seus filhos
haveriam de com-la, da, durante os rituais de Yewa, galinha no passar
nem pela porta. Verger encontrou esse ewo na frica e uma lenda idntica
(23).
... a Gratido
Na Nigria, Abimbola publicou um itan Ifa (histria de Ifa), falando que de
carta feita estando Yewa beira do rio, com um igba (gamela) cheio de
roupa para lavar, avistou de longe um homem que vinha correndo em sua
direo. Era Ifa que vinha esbaforido fugindo de iku (a morte). Pedindo seu
auxlio, Yewa despejou toda roupa no cho, que se encontrava no igba,
emborcou-o em cima de Ifa e sentou-se. Da a pouco chega a morte
perguntando se no viu passar por ali um homem e dava a descrio. Yewa
respondeu que viu, mas que ele havia descido rio abaixo e a morte seguiu
no seu encalo. Ao desaparecer, Ifa saiu debaixo do igba e Yewa, so e
salvo. Este, agradecido, deu a Ewa o dom da vidncia. Logo Ewa pensou
algo e Orunmil deu-lhe imediatamente a resposta, antes que ela fizesse a
pergunta: "Sim, dentro em breve voc ter um filho." E este foi o segundo
grande presente que Orunmil deu a Ewa. Ento, levou-a para casa, a fim
de tornar-se sua mulher (24)...
... a Vingana
Era mais que o medo... era o medo...
... o rio
Havia uma mulher que tinha dois filhos, aos quais amava mais do que tudo.
Levando as crianas, ela ia todos os dias floresta em busca de lenha,
lenha que ela recolhia e vendia no mercado para sustentar os filhos. Ew,
seu nome era Ew e esse era seu trabalho, ia ao bosque com seus filhos
todo dia.
Uma vez, os trs estavam no bosque entretidos quando Ew percebeu que
se perdera. Por mais que procurasse se orientar, no pde Ew achar o
caminho de volta. Mais e mais foram os trs se embrenhando na floresta. As
duas crianas comearam a reclamar de fome, de sede e de cansao.
Quanto mais andavam, maior era a sede, maior a fome. As crianas j no
podiam andar e clamavam me por gua. Ew procurava e no achava
nenhuma fonte, nenhum riacho, nenhuma poa dgua. Os filhos j morriam
de sede e Ew se desesperava.
Ew implorou aos deuses, pediu a Olodumare. Ela deitou-se junto aos filhos
moribundos e, ali onde se encontrava, Ew transformou-se numa nascente
dgua. Jorrou da fonte gua cristalina e fresca e as crianas beberam dela.
E a gua matou a sede das crianas. E os filhos de Ew sobreviveram.
Mataram a sede com a gua de Ew.
A fonte continuou jorrando e as guas se juntaram e formaram uma lagoa. A
lagoa extravasou e as guas mais adiante originaram um novo rio.
Era o rio Ew, o Od Ew.
... quem entrega Oya
Ew, filha de Obatal e Nan, vivia em seu castelo como se estivesse numa
clausura. O amor de Obatal por ela era muito estranho. A fama da beleza e
da castidade da princesa chegou a todas as partes, inclusive ao reino de
Sango.
Mulherengo como era, Sango planejou como iria seduzir Ew. Empregou-se
como jardineiro no palcio de Obatal. Um dia Ew apareceu na janela e
admirou-se de Sango. Nunca havia visto um homem como aquele. No se
tem notcia de como Ew se entregou a Sango, no entanto, arrependida de
seu ato, pediu ao pai que lhe enviasse a um lugar onde nenhum homem lhe
enxergasse.
Obatal deu-lhe o reino dos mortos. Desde ento Ew quem, no cemitrio,
entrega a Oi os cadveres que Obaluai conduz para que Oris-Ok os
coma.
... Ew escondida por seu irmo Oxumar
Filha de Nan tambm Ew. Ew o horizonte, o encontro do cu com a
terra. o encontro do cu com o mar. Ew era bela e iluminada, mas era
solitria e to calada. Nan, preocupada com sua filha, pediu a Orunmil
que lhe arranjasse um amor, que arranjasse um casamento para Ew. Mas
ela desejava viver s, dedicada sua tarefa de fazer criar a noite no
horizonte, mandando sol com a magia que guarda na cabea ad. Nan
porm, insistia em casar a filha.
com ela na frente do povo dela, num demonstrao que havia subjugou a
rainha. Desta relao nasceu Yew.
Uma linda menina, o nico filho perfeito que Nana teve. Da ela mandar
colocar acima da porta de sua aldeia um iba de Ogun. Ewa no tem nada,
pois Nan teria j dado distribudo aos seus filhos, Omolu e Oxumare, seus
filhos doentes, mais Oxumare se apegou a irm e com ela combinou que
cada um iria dirigir o Arco-ris por um tempo, da ser ele o arco ris um
tempo dirigido por Ewa e outro por Oxumare (no 6 meses). Oxumare d a
Ewa a cor branca do arco ris, pois ela um santo balle.
Muitos brigavam querendo casar com ela, quando nova pela beleza. Ela
seduziu Oxalufan que vivia com Nana tendo ai o seu primeiro contato
sexual. Ela tem suas cores o roxo e branco, enquanto Iku roxo, preto e
branco. Conta-se que Ew recebeu de Ogun o direito de usar uma lmina
que ela esconde entre os seios, cujo o cabo madeira, que esse fica a
mostra. Ele mostra a pureza da morte onde devemos nos preparar, pois a
vida uma preparao para esse dia onde vamos prestar conta de tudo que
fizemos dela a expresso no deixe que outro tome seu lugar na morte,
pois o julgamento dele ser pior que o seu. Ew d mais um tempo a pessoa
para se aguardar uma pessoa de longe chegar antes de dar o sono da
morte. Ew vem apenas para quem digno, da ter que ter a pureza diante
dela. Quem no puro no merece a boa morte. Ela verstil em venenos,
onde tentou envenenar alguns orixs, inclusive Es, que no foi bem
sucedida.
Conseguiu subjulgar Orunmil e mante-lo como escravo dela por muito
tempo, nesse perodo Oxumar foi babalaw usando as cores, verde,
amarelo e preto, ela travou varias guerra com seu irmo Omolu, onde por
ultimo ele com um tapa a venceu tirando toda a carga de maldade dela. E
venceu a maldio dela dada por Oxal da Bambuzal, onde ela de dia era
uma velha e a noite era um linda mulher.
"Na Bahia cultuada somente em trs casas antigas, devido
complexidade de seu ritual. As geraes mais novas no captaram
conhecimentos necessrios para a realizao do seu ritual, da se ver,
constantemente, algum dizer que fez uma obrigao para Iyewa , quando
na realidade o que foi feito o que se faz normalmente para Oxum ou Oy."
Em 1981, houve uma sada de Iyew no Il Ax Op Afonj, aps mais de 30
anos da iniciao da anterior.
As cores de seus colares (fio-de-contas) so o vermelho e
azul(tranparentes). Usa como insgnias a ncora e a espada, of que utiliza
na guerra ou na caa, brajs de bzios, roupa enfeitada com iko (palha da
costa) tingida. Gosta de pato, tambm de pombos, odeia galinhas. H um
Vodum daomeano com o mesmo nome, cultuado em So Lus do Maranho.
Ewa rege as neblinas e nevoeiros na natureza.
Caracterstica de louvao
Dia da semana: Sbado
Cores: Vermelho Vivo, Coral e Rosa
Smbolos: Ej (cobra) e Espada, Of (lana ou arpo)
Elementos: Florestas, Cu Rosado, Astros e Estrelas, gua de Rios e Lagoas
Domnios: Beleza, Vidncia (sensibilidade, sexto sentido), Criatividade
Saudao: Ri Ro Ew!
Folhas: bico-de-papagayo, arrozinho, golfo de flor (qualquer que seja a cor),
ibir, maravilha, ma, Teteregun / Cana do Brejo, Ojuor / Alface dgua /
Erva-de-santa-luzia.
Lendas (itan):
O seu grande ew (coisa proibida) a galinha. Corre a lenda entre as casas
antigas da Bahia que cultuam Iyewa, que certa vez indo para o rio lavar
roupa, ao acabar, estendeu-a para secar. Nesse espao veio a galinha e
ciscou, com os ps, toda sujeira que se encontrava no local, para cima da
roupa lavada, tendo Iyewa que tornar a lavar tudo de novo. Enraivecida,
amaldioou a galinha, dizendo que daquele dia em diante haveria de ficar
com os ps espalmados e que nem ela nem seus filhos haveriam de comla, da, durante os rituais de Iyewa, galinha no passar nem pela porta.
Verger encontrou esse ew na frica e uma lenda idntica.
Conta-se que Iyew era uma linda virgem que se entregou a Xang,
despertando o cime e a ira de Ians. Para fugir da senhora dos ventos e
tempestades, se escondeu nas florestas com Oxssi, tornando-se uma
guerreira e caadora.
Fagemy- A Senhora dos rios encantados, Ela quem tem o poder de fazer
surgir o arco ris e tem por obrigao sustent-lo no cu. Ligada a Air, Oxun
e Oxal.
Salamim- A Senhora guerreira, jovem, habitante das florestas, muito
feminina e charmosa, ligada a Od e Yemanj.
Outro ITAN:
Na Nigria, Abimbola publicou um itan Ifa (histria de Ifa), falando que de
carta feita estando Yewa beira do rio, com um igba (gamela) cheio de
roupa para lavar, avistou de longe um homem que vinha correndo em sua
direo. Era Ifa que vinha esbaforido fugindo de iku (a morte). Pedindo seu
auxlio, Yewa despejou toda roupa no cho, que se encontrava no igba,
emborcou-o em cima de Ifa e sentou-se. Da a pouco chega a morte
perguntando se no viu passar por ali um homem e dava a descrio. Yewa
respondeu que viu, mas que ele havia descido rio abaixo e a morte seguiu
no seu encalo. Ao desaparecer, Ifa saiu debaixo do igba e Yewa, so e
salvo. Este, agradecido, deu a Ewa o dom da vidncia. Logo Ewa que era
casada com Omulu e no podia ter filhos pensou algo e Orunmil deu-lhe
imediatamente a resposta, antes que ela fizesse a pergunta: "Sim, dentro
em breve voc ter um filho." E este foi o segundo grande presente que
Orunmil deu a Ewa. Ento, levou-a para casa, a fim de tornar-se sua
mulher...
Havia uma mulher que tinha dois filhos, aos quais amava mais do que tudo.
Levando as crianas, ela ia todos os dias floresta em busca de lenha,
lenha que ela recolhia e vendia no mercado para sustentar os filhos. Ew,
seu nome era Ew e esse era seu trabalho, ia ao bosque com seus filhos
todo dia.
Uma vez, os trs estavam no bosque entretidos quando Ew percebeu que
se perdera. Por mais que procurasse se orientar, no pde Ew achar o
caminho de volta. Mais e mais foram os trs se embrenhando na floresta. As
duas crianas comearam a reclamar de fome, de sede e de cansao.
Quanto mais andavam, maior era a sede, maior a fome. As crianas j no
podiam andar e clamavam me por gua. Ew procurava e no achava
nenhuma fonte, nenhum riacho, nenhuma poa dgua. Os filhos j morriam
de sede e Ew se desesperava.Ew implorou aos deuses, pediu a
Olodumare. Ela deitou-se junto aos filhos moribundos e, ali onde se
encontrava, Ew transformou-se numa nascente dgua. Jorrou da fonte
gua cristalina e fresca e as crianas beberam dela. E a gua matou a sede
das crianas. E os filhos de Ew sobreviveram. Mataram a sede com a gua
de Ew.A fonte continuou jorrando e as guas se juntaram e formaram uma
lagoa. A lagoa extravasou e as guas mais adiante originaram um novo
rio.Era o rio Ew, o Od Ew.
Oriki:
Ejo Ejo Ew (cobra , cobra Ew)
Id Id Ew
Ew
(salve Ew)
Ossumar olowo gbanigb
( salve Ossumar dono das riquezas imensas)
Ossumar o njo nile
(Ossumar est danando em nossa casa)
Ew y mi oriss njo nile Ossumar
( minha me Ew est danando com Ossumar em nossa casa)
Ew
(salve Ew)
Ew Ib re
(Ew ns te saudamos)
Ew mojub
(Ew seja benvinda)
Ew ja mi, ko ker, ko ker
( nossa me Ew no pequena)
Orubat!
( ela imensa)
Caractersticas dos filhos de Ew
Pessoas de beleza extica, diferenciam-se das demais justamente por isso.
Possuem tendncia a duplicidade: Em algumas ocasies podem ser bastante
simpticas, em outras so extremamente arrogantes; s vezes aparentam
ser bem mais velhas ou parecem meninas, ingnuas e puras. Apegadas
riqueza, gostam de ostentar, de roupas bonitas e vistosas, e acompanham
sempre a moda, adoram elogios e galanteios.
So pessoas altamente influenciveis, que agem conforme o ambiente e as
pessoas que as cercam, assim, podem ser contidas damas da alta sociedade
quando o ambiente requisitar ou mulheres populares, falantes e alegres em
lugares menos sofisticados. So vivas e atentas, mas sua ateno est
canalizada para determinadas pessoas ou ocasies, o que as leva a desligarse do resto das coisas. Isso aponta uma certa distraco e dificuldades de
concentrao, especialmente em actividades escolares.