Fichamento - O Poder Simbolico - Pierre Bourdieu
Fichamento - O Poder Simbolico - Pierre Bourdieu
Fichamento - O Poder Simbolico - Pierre Bourdieu
O Poder
Simblico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
Construo de teoria do espao social que conseqentemente marque uma
ruptura com o marxismo, ruptura com um tipo de pensamento que observa
o mundo somente por via do campo econmico e dele extrai a hierarquia e
posies sociais, descartando as disputas simblicas ocorridas nos
diferentes campos sociais.
O Espao Social
Concorde Bourdieu (2005, 134) a posio que cada indivduo detm num
determinado campo no pode encarada como um algo dado e fixo; ela varia
na medida em que a prpria constituio do campo se d em meio ao um
conjunto de relaes de fora e interaes diretas entre os agentes.
A posio de um determinado agente no espao social pode assim ser
definida pela posio que ele ocupa nos diferentes campos, quer dizer, na
distribuio dos poderes que atuam em cada um deles, seja, sobretudo, o
capital econmico- nas suas diferentes espcies-, o capital cultural e o
capital social e tambm o capital simblico, geralmente chamado prestgio,
reputao, fama, etc. que a forma percebida e reconhecida como legtima
das diferentes espcies de capital. (BOURDIEU, 2005, 134-135)
Pode-se descrever o campo social como um espao multidimensional de
posies (...) os agentes distribuem-se assim nele, na primeira dimenso,
segundo o volume global do capital que possuem e, na segunda dimenso,
segundo a composio do seu capital- quer dizer, segundo o peso relativo
das diferentes espcies no conjunto das suas posses. (BOURDIEU, 2005,
135)
Classes no Papel
(...) podemos recortar classes no sentido lgico do termo, quer dizer,
conjunto de agentes que ocupam posies semelhantes e que, colocados
em condies semelhantes e sujeitos a condicionamentos semelhantes,
tm, com toda a probabilidade, atitudes e interesses semelhantes, logo,
prticas e tomadas de posio semelhantes. (BOURDIEU, 2005, 136)
A Percepo do Mundo Social e a Luta Poltica
A percepo do mundo social produto de uma dupla estruturao social:
do lado objetivo, ela est socialmente estruturada porque as autoridades
ligadas aos agentes ou s instituies no oferecem percepo de
maneira independente, mas em combinaes de probabilidade muito
desigual (...); do lado subjetivo, ela est estruturada porque os esquemas
de percepo e de apreciao susceptveis de serem utilizados (...), so
produto das lutas simblicas anteriores exprimem (...), o estado das
relaes de fora simblicas. (BOURDIEU, 2005, 139-140)