A Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates de 1798 na Bahia foi um levante popular que contou com a participação de médicos, advogados, comerciantes, ex-escravos, sapateiros e alfaiates. O movimento surgiu por causa da alta carga tributária sobre os pobres e pela disseminação das ideias iluministas e da Revolução Francesa. Os líderes do levante defendiam o fim da escravidão, aumento de salários e a formação de um governo republicano independente de Portugal. A
A Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates de 1798 na Bahia foi um levante popular que contou com a participação de médicos, advogados, comerciantes, ex-escravos, sapateiros e alfaiates. O movimento surgiu por causa da alta carga tributária sobre os pobres e pela disseminação das ideias iluministas e da Revolução Francesa. Os líderes do levante defendiam o fim da escravidão, aumento de salários e a formação de um governo republicano independente de Portugal. A
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tudo que voce precisa saber sobre a conjuração baiana ou dos alfaiates
A Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates de 1798 na Bahia foi um levante popular que contou com a participação de médicos, advogados, comerciantes, ex-escravos, sapateiros e alfaiates. O movimento surgiu por causa da alta carga tributária sobre os pobres e pela disseminação das ideias iluministas e da Revolução Francesa. Os líderes do levante defendiam o fim da escravidão, aumento de salários e a formação de um governo republicano independente de Portugal. A
A Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates de 1798 na Bahia foi um levante popular que contou com a participação de médicos, advogados, comerciantes, ex-escravos, sapateiros e alfaiates. O movimento surgiu por causa da alta carga tributária sobre os pobres e pela disseminação das ideias iluministas e da Revolução Francesa. Os líderes do levante defendiam o fim da escravidão, aumento de salários e a formação de um governo republicano independente de Portugal. A
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Conjurao Baiana ou Revolta
dos Alfaiates (Bahia, 1798)
Das insurreies que ocorreram durante o Perodo Colonial, aquela que apresentou um carter mais popular foi a Conjurao Baiana, que, alm de ter a participao de mdicos, advogados e comerciantes, teve o apoio de exescravos, sapateiros e vrios alfaiates, motivo pelo qual ficou tambm conhecida como Revolta dos Alfaiates. As razes que provocaram a ecloso do movimento foram variadas. Em termos estruturais, depois da decadncia da produo aucareira no Nordeste, a primeira capital brasileira j no apresentava todo o seu esplendor, ainda mais quando o eixo econmico do Brasil havia se deslocado para o Sudeste. Isso ocorreu devido explorao do ouro, levando transferncia da capital brasileira por Pombal para o Rio de Janeiro em 1763. Com uma carga tributria elevada recaindo sobre uma populao pobre, as ideias de liberdade comearam a se ampliar cada vez mais. As notcias da Revoluo Francesa, junto com as ideias iluministas, percorriam cada vez mais o crculo da populao baiana, que j vislumbrava o sucesso de episdios como a Independncia americana e a revoluo dos escravos ocorrida no Haiti, que acabou por culminar na independncia da regio em 1793. Essas informaes eram discutidas em sociedades secretas, que conspiravam contra as autoridades portuguesas, destacando o grupo conhecido como Cavaleiros da Luz, coordenado pelo farmacutico Figueiredo Melo. No momento em que se estabeleceu o interesse comum das classes em realizar uma conspirao e em promover a sedio, a discusso partiu para as mudanas internas que deveriam ser postas em prtica. Os grupos populares insistiam em promover algumas reformas sociais aps a ruptura, levando os grupos da elite a se afastar da direo do movimento. Entre os lderes do levante, podemos citar os alfaiates Joo de Deus e Manuel Faustino dos Santos Lira, os soldados Lucas Dantas de Amorim Torres, Lus Gonzaga das Virgens e Romo Pinheiro, o padre Francisco Gomes, o farmacutico Joo Ladislau de Figueiredo, o professor Francisco Barreto e o mdico Cipriano Barata. Entre as principais ideias defendidas pelo motim, encontram-se o fim da escravido, o aumento de salrio para os soldados e a formao de um governo republicano, alm do desejo de emancipao frente Coroa portuguesa. Apesar do radicalismo presente nas ideias da Conjurao Baiana, notase uma ausncia de organizao na preparao da conspirao. Os revolucionrios, no dia 12 de agosto de 1798, fixaram panfletos nos principais prdios pblicos e nas igrejas, convidando as pessoas a participarem da rebelio. Rapidamente o governador conseguiu informaes, atravs de denncias, sobre os lderes da rebelio, prendendo mais de uma dezena de pessoas. Muitos deles foram condenados ao enforcamento e ao esquartejamento, como Joo de Deus, Manuel Faustino, Lucas Dantas e Lus Gonzaga. Os membros da elite foram condenados a penas menores ou foram apenas inocentados. A Inconfidncia Baiana foi marcada pela mescla de interesses polticos de emancipao, comum a muitos setores da sociedade colonial do sculo XVIII, e pelas propostas de cunho social que acarretariam possveis transformaes na lgica estrutural do sistema econmico, construdo durante os sculos de colonizao portuguesa. O fracasso do movimento no
escondeu a ansiedade dos setores menos privilegiados da sociedade por lutar
por um sistema mais justo no Brasil no final do regime colonial.