Manual de Correia Transportadora VAle PDF

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DESENVOLVIMENTO E SERVIOS

TCNICOS PORTURIOS
Documentos Tcnicos
Elaborador:

Gustavo Fantini

N:
Matrcula:

Ttulo:
Manual Tcnico - Segurana e Proteo de Transportadores de
Correia

12631
01507224
Data:
02/08/12

Solicitante:
Rodrigo Vasconcelos Santos

rea:
GAMNG

Equip:
TR de Correia

Tipo de Solicitao:

Segmento:

SubSegmento:

Estudo

Capacitao

MANUAL TCNICO
Segurana e Proteo de Transportadores de Correia
Especificao, Instalao e Manuteno

REV04 17 SET 2012

MANUAL TCNICO
Segurana e Proteo de Transportadores de Correia
Especificao, Instalao e Manuteno

Elaborador por

Apoio Tcnico

Guilherme P Oliveira

Altadigno Siqueira

Patrick Falqueto

Gustavo Fantini

Carlos Pires

Paulo Sergio Godoy

Marcos Vicente Alves

Ivo Costa

Rafael Dias Pereira

Josemar Peregrino

Ronaldo Carvalho

Marcel Castanheira

Silvio Fioravante

Marcelo Gava

Vanessa Malaco

Superviso

Gerncia

Felipe Ribeiro

Rodrigo Vasconcelos Santos

Jakson Inacio
Vale - Departamento de Inovao e Desenvolvimento / DIID
Gerncia Geral de Engenharia e Desenvolvimento Porturio / GEEMG
Desenvolvimento Tcnico Transportadores de Correias / GAMNG
Vitria / ES REV04 - 17 SET 2012

REV04 17 SET 2012

NDICE
INTRODUO ............................................................................................................. 8
OBJETIVO ................................................................................................................... 8
APLICAO ................................................................................................................ 8
SISTEMAS E DISPOSITIVOS PARA SEGURANA ................................................... 9
Capacitao da Equipe ......................................................................................... 10
Premissas de Segurana ...................................................................................... 11
Pontos Potencialmente Perigosos....................................................................... 16
Sinalizaes de Segurana................................................................................... 17
Etiquetas de PERIGO......................................................................................... 17
Etiquetas de AVISO ........................................................................................... 18
Etiquetas de CUIDADO...................................................................................... 19
Orientaes de Posicionamento....................................................................... 20
Requisitos Mnimos para a Estrutura do Transportador de Correia.................. 22
Guardas de Proteo......................................................................................... 22
Chapas de Fechamento para Transportadores Elevados............................... 22
Passadios, Passarelas e Plataformas ............................................................ 23
Rampas de Acesso............................................................................................ 23
Escadas Inclinadas............................................................................................ 24
Escadas de Marinheiro...................................................................................... 24
Corrimos........................................................................................................... 25
Estrutura Principal do Transportador de Correia............................................ 25
Iluminao.......................................................................................................... 26
Manuteno, Inspeo, Preparao, Ajustes e Reparos .................................... 27
Chave de Emergncia ........................................................................................... 28
Seleo de Tecnologia ...................................................................................... 28
Pontos de Instalao ......................................................................................... 28
Garantia de Funcionamento (Intertravamento)................................................ 30
Instruo de Manuteno.................................................................................. 30
Inspeo de Recebimento................................................................................. 32
Instruo de Armazenamento e Conservao................................................. 32
Dados para Aquisio ....................................................................................... 32
Alarme Sonoro de Partida (Sirene) ...................................................................... 33
Seleo de Tecnologia ...................................................................................... 33
Pontos de Instalao ......................................................................................... 33
Garantia de Funcionamento (Intertravamento)................................................ 33
Instruo de Manuteno.................................................................................. 34
Inspeo de Recebimento................................................................................. 35
Instruo de Armazenamento e Conservao................................................. 36
Dados para Aquisio ....................................................................................... 36
SISTEMAS E DISPOSITIVOS PARA PROTEO .................................................... 37
PREVENO CONTRA CORTE LONGITUDINAL (RASGO) ................................ 38
Condies que tornam possvel a ocorrncia de Corte Longitudinal............ 38
Condies que permitem maior impacto da ocorrncia de Corte.................. 39
REV04 17 SET 2012

Grelhas de Proteo ............................................................................................. 40


Seleo de Tecnologia ...................................................................................... 40
Pontos de Instalao ......................................................................................... 40
Garantia de Funcionamento (Intertravamento)................................................ 41
Instruo de Manuteno.................................................................................. 41
Inspeo de Recebimento................................................................................. 42
Instruo de Armazenamento e Conservao................................................. 42
Dados para Aquisio ....................................................................................... 42
Detector de Corte Longitudinal (Rasgo).............................................................. 43
Seleo de Tecnologia ...................................................................................... 43
Detector de Bandeja....................................................................................... 43
Detector de Linha........................................................................................... 44
Pontos de Instalao ......................................................................................... 45
Garantia de Funcionamento (Intertravamento)................................................ 46
Instruo de Manuteno.................................................................................. 47
Inspeo de Recebimento................................................................................. 49
Instruo de Armazenamento e Conservao................................................. 49
Dados para Aquisio ....................................................................................... 49
Detector e Extrator de Metal (Sucata Metlica) ................................................... 50
Seleo de Tecnologia ...................................................................................... 50
Pontos de Instalao ......................................................................................... 51
Garantia de Funcionamento (Intertravamento)................................................ 53
Instruo de Manuteno.................................................................................. 53
Inspeo de Recebimento................................................................................. 53
Instruo de Armazenamento e Conservao................................................. 53
Dados para Aquisio ....................................................................................... 54
PREVENO CONTRA DESALINHAMENTOS..................................................... 55
Falhas na Estrutura ........................................................................................... 55
Falhas na Correia Transportadora.................................................................... 57
Falhas na Alimentao (Carga Descentralizada) ............................................. 58
Guia Prtico para Alinhamento de Correias Transportadoras ....................... 59
Chave de Desalinhamento .................................................................................... 61
Seleo de Tecnologia ...................................................................................... 61
Pontos de Instalao ......................................................................................... 61
Garantia de Funcionamento (Intertravamento)................................................ 63
Instruo de Manuteno.................................................................................. 63
Inspeo de Recebimento................................................................................. 65
Instruo de Armazenamento e Conservao................................................. 65
Dados para Aquisio ....................................................................................... 65
Rolete Auto Alinhante........................................................................................... 66
Seleo de Tecnologia ...................................................................................... 66
Pontos de Instalao ......................................................................................... 67
Garantia de Funcionamento (Intertravamento)................................................ 69
Instruo de Manuteno.................................................................................. 69
Inspeo de Recebimento................................................................................. 70

REV04 17 SET 2012

Instruo de Armazenamento e Conservao................................................. 70


Dados para Aquisio ....................................................................................... 70
PREVENO CONTRA SOBRECARGA ............................................................... 71
Capacidade Mxima ou Capacidade de Projeto .............................................. 71
Capacidade Nominal.......................................................................................... 72
Velocidade Mxima de Projeto ......................................................................... 73
Fontes de Sobrecarga e sua Correo............................................................. 74
Detector de Baixa Velocidade .............................................................................. 75
Seleo de Tecnologia ...................................................................................... 75
Pontos de Instalao ......................................................................................... 76
Garantia de Funcionamento (Intertravamento)................................................ 77
Instruo de Manuteno.................................................................................. 77
Inspeo de Recebimento................................................................................. 78
Instruo de Armazenamento e Conservao................................................. 79
Dados para Aquisio ....................................................................................... 79
Sonda de Nvel ...................................................................................................... 80
Seleo de Tecnologia ...................................................................................... 80
Pontos de Instalao ......................................................................................... 82
Garantia de Funcionamento (Intertravamento)................................................ 84
Instruo de Manuteno.................................................................................. 85
Inspeo de Recebimento................................................................................. 86
Instruo de Armazenamento e Conservao................................................. 87
Dados para Aquisio ....................................................................................... 87
Limitador de Fluxo de Material (Quebra-Camelo) ............................................... 88
Seleo de Tecnologia ...................................................................................... 88
Pontos de Instalao ......................................................................................... 88
Garantia de Funcionamento (Intertravamento)................................................ 88
Instruo de Manuteno.................................................................................. 89
Inspeo de Recebimento................................................................................. 90
Instruo de Armazenamento e Conservao................................................. 90
Dados para Aquisio ....................................................................................... 90
Balana Integradora.............................................................................................. 91
Seleo de Tecnologia ...................................................................................... 91
Pontos de Instalao ......................................................................................... 92
Garantia de Funcionamento (Intertravamento)................................................ 92
Instruo de Manuteno.................................................................................. 92
Inspeo de Recebimento................................................................................. 94
Instruo de Armazenamento e Conservao................................................. 94
Dados para Aquisio ....................................................................................... 94
PREVENO CONTRA DANOS MECNICOS ..................................................... 95
Freio ....................................................................................................................... 97
Seleo de Tecnologia ...................................................................................... 97
Pontos de Instalao ......................................................................................... 98
Garantia de Funcionamento (Intertravamento)................................................ 98
Instruo de Manuteno.................................................................................. 98

REV04 17 SET 2012

Inspeo de Recebimento............................................................................... 100


Instruo de Armazenamento e Conservao............................................... 100
Dados para Aquisio ..................................................................................... 100
Contra-Recuo ...................................................................................................... 101
Seleo de Tecnologia .................................................................................... 101
Pontos de Instalao ....................................................................................... 101
Garantia de Funcionamento (Intertravamento).............................................. 101
Instruo de Manuteno................................................................................ 102
Inspeo de Recebimento............................................................................... 103
Instruo de Armazenamento e Conservao............................................... 103
Dados para Aquisio ..................................................................................... 103
Chave Fim de Curso e Sobrecurso .................................................................... 104
Seleo de Tecnologia .................................................................................... 104
Pontos de Instalao ....................................................................................... 104
Garantia de Funcionamento (Intertravamento).............................................. 105
Instruo de Manuteno................................................................................ 105
Inspeo de Recebimento............................................................................... 106
Instruo de Armazenamento e Conservao............................................... 106
Dados para Aquisio ..................................................................................... 107
Roda Contra Elevao ........................................................................................ 108
Seleo de Tecnologia .................................................................................... 108
Pontos de Instalao ....................................................................................... 109
Garantia de Funcionamento (Intertravamento).............................................. 109
Instruo de Manuteno................................................................................ 109
Inspeo de Recebimento............................................................................... 110
Instruo de Armazenamento e Conservao............................................... 111
Dados para Aquisio ..................................................................................... 111
CONCLUSO........................................................................................................... 112
Referncias ............................................................................................................. 113
Controle de Revises ............................................................................................. 115

REV04 17 SET 2012

1. INTRODUO
Dentre os ativos de uma planta de minerao ou terminal porturio, os transportadores
de correia apresentam papel de destaque para a movimentao dos produtos ao longo
do processo produtivo. Sua importante funo de movimentao de carga garante o
adequado escoamento do produto ao longo das etapas de produo.
Devido as suas caractersticas mecnicas e eltricas, transportadores de correia
apresentam um elevado grau de risco para a segurana pessoal da equipe de
colaboradores envolvida na operao e manuteno deste equipamento. Seguir
diretrizes adequadas e utilizar dispositivos de segurana, garante a mitigao destes
riscos e evitam acidentes pessoais.
Por outro lado, devido a sua extenso e impacto no oramento1 de cada planta ou
terminal, se fazem necessrios tambm diretrizes e dispositivos de proteo do
transportador de correia para reduzir o risco de ocorrncias de acidentes materiais e
custos no planejados.

2. OBJETIVO
Apresentar diretrizes e dispositivos de segurana e proteo que devem ser aplicados
a transportadores de correia a fim de garantir condies seguras de operao e
manuteno, assim como requisitos de projeto para o mesmo fim.
Definir premissas mnimas relativas especificao, aquisio, comissionamento,
instalao, armazenamento, conservao e manuteno de dispositivos de segurana
e proteo para transportadores de correia.

3. APLICAO
Este manual deve ser aplicado ao parque de transportadores de correia dos terminais
porturios, porm devido a sua abrangncia, pode ser aplicado ao parque de
transportadores de correia em todas as unidades da Vale, seja como ao de melhoria
contnua, seja como referncia para futuros projetos deste equipamento.

Juntamente com pneus fora de estrada e combustveis, correias transportadoras, devido ao


custo unitrio e consumo, apresentam grande impacto na matriz de custeio da empresa.

REV04 17 SET 2012

4. SISTEMAS E DISPOSITIVOS PARA SEGURANA


Transportadores de correia, em funo de suas caractersticas mecnicas e eltricas,
apresentam um elevado grau de risco para a segurana pessoal da equipe de
colaboradores envolvida na operao e manuteno deste equipamento.
A fim de mitigar estes riscos e evitar acidentes pessoais, as diretrizes e dispositivos de
segurana apresentados a seguir devem ser considerados no projeto, implantao,
operao e manuteno de transportadores de correia.
O primeiro passo para garantir a segurana da equipe que realiza atividades de
implantao, operao e manuteno em transportadores de correia realizar sua
capacitao. Uma equipe habilitada, qualificada, capacitada e autorizada para realizar
atividades em transportadores de correia ter plano conhecimento dos riscos a que
esto expostos e as medidas de proteo existentes e necessrias para a preveno
de acidentes.
Em seguida necessrio considerar as especificaes e requisitos indicados nas
normas e documentos tcnicos aplicveis como premissas bsicas de segurana que
devem ser seguidas a fim de eliminar ou controlar os riscos inerentes operao e
manuteno de transportadores de correia.
Ter cincia de pontos potencialmente perigosos em transportadores de correia, e
assim evitar o contato com os mesmos, reduz consideravelmente a possibilidade de
acidentes pessoais. Estes pontos devem ser reconhecidos ao acessar um
transportador de correia para que sejam evitados.
Etiquetas de sinalizao devem ser afixadas em pontos estratgicos do transportador
de correia para chamar a ateno da equipe de operao e manuteno quanto aos
riscos especficos inerentes a estes pontos e aes de precauo.
Requisitos mnimos para a estrutura de transportadores de correia conforme as
especificaes e requisitos indicados nas normas e documentos tcnicos aplicveis
garantem um ambiente de trabalho adequado quanto segurana pessoal e devem
ser seguidos no projeto, implantao e manuteno de transportadores de correia.
Transportadores de correia e seus componentes devem ser submetidos inspeo
sensitiva, manuteno preditiva, preventiva e corretiva e limpeza industrial, na forma e
periodicidade determinada pelo Plano Diretor de Manuteno, com base nos dados do
fabricante e conforme as normas aplicveis a fim de que se mantenham em acordo
com os requisitos de segurana.
Finalmente, dispositivos de segurana devem ser instalados adequadamente para em
ltima instncia prevenir acidentes pessoais, mesmo que observados todos os itens
anteriores.

REV04 17 SET 2012

4.1. Capacitao da Equipe


A operao, manuteno, inspeo e demais intervenes em transportadores de
correia devem ser realizadas por colaboradores habilitados, qualificados, capacitados
ou autorizados para este fim. Estes colaboradores devem receber capacitao
compatvel com suas funes, que aborde os riscos a que esto expostos e as
medidas de proteo existentes e necessrias para a preveno de acidentes.
A capacitao deve ocorrer antes que o colaborador assuma a sua funo e ser
ministrada por profissionais qualificados para este fim. Essa ao mandatria e
elimina o risco de colaboradores sem conscientizao dos riscos a que esto expostos
e ainda sem conhecimento sobre o funcionamento de transportadores de correia
acessem a rea. Sempre que ocorrerem modificaes significativas nas instalaes e
na operao ou troca de mtodos, processos e organizao do trabalho, uma
capacitao para reciclagem deve ser realizada.
A capacitao para operao e manuteno segura de transportadores de correia
deve abranger teoria e prtica, a fim de permitir habilitao adequada do colaborador
para trabalho seguro, contendo no mnimo:
a) histrico da regulamentao de segurana sobre transportadores de correia,
inclusive exigncias mnimas de segurana previstas na NRs 10, 12, 22, 26 e 29,
assim como nos RACs 04;
b) descrio e funcionamento de transportadores de correia e seus principais
componentes, inclusive demonstrando as possveis configuraes de estrutura;
e) os princpios de segurana para transportadores de correia, medidas, protees e
dispositivos de segurana para evitar acidentes considerando reas de perigo e os
riscos mecnicos, eltricos e outros relevantes;
f) protees e distncias de segurana, seu funcionamento, como e por que devem ser
usadas, como e em que circunstncias uma proteo pode ser removida, e por quem,
sendo na maioria dos casos, somente o pessoal de inspeo ou manuteno;
g) mtodo de trabalho seguro, permisso de trabalho e sistema de bloqueio de
funcionamento do transportador de correia durante operaes de inspeo, limpeza,
lubrificao e manuteno.
O Sistema de Educao Vale (VES), atravs da Valer, disponibiliza ainda os seguintes
cursos que devem ser considerados na capacitao da equipe:
Capacitao em Transportadores de Correia VES / Valer
Noes Bsicas de Correias
Transportadoras

Execuo de Troca
Correia Transportadora

Formao de Inspetores de
Vulcanizao

Execuo de Emenda de
Correia Transportadora Txtil
a Frio

Apostila Conceitos Bsicos


de
Transportadores
de
Correias e Formao de
Inspetores

REV04 17 SET 2012

de

Execuo de Emenda de
Correia Transportadora Txtil
a Quente

Execuo de Emenda de
Correia Cabo de Ao
Montagem e Desmontagem
de Prensa de Vulcanizao
Adesivao a Frio Borracha x
Metal
(Revestimento
de
Tambor)

10

4.2. Premissas de Segurana


As premissas as seguir consideram os requisitos e recomendaes da NR10, NR 12,
NR 22, NR 29, NBR 13742, NBR 13862, RAC 04, RAC 05, RAC 06, RAC 07, RAC 11,
SPE - ET-M-406, CEMA e demais normas aplicveis.
Somente colaboradores treinados e qualificados devem ser autorizados a operar e dar
manuteno em transportadores de correia. Estes colaboradores devem ter slidos
conhecimentos sobre o funcionamento e operao do equipamento, suas limitaes e
dispositivos de segurana e proteo.
As protees, dispositivos e sistemas de segurana devem integrar os transportadores
de correia e no podem ser considerados itens opcionais para qualquer fim.
fundamental que os transportadores de correia possuam em quantidade adequada e
condies de funcionamento as protees, dispositivos e sistemas de segurana.
Transportadores de correia devem ser equipados com um ou mais dispositivos de
parada de emergncia, por meio dos quais possam ser evitadas situaes de perigo
latentes e existentes. Os dispositivos de parada de emergncia no devem ser
utilizados como dispositivos de partida ou de acionamento. Um transportador de
correia que tenha parado por alguma emergncia s deve partir aps uma cuidadosa
inspeo. O sistema de partida deve ser bloqueado enquanto a inspeo realizada.
Em transportadores de correia que utilizam sistemas hidrulicos para manter a tenso
de esticamento, ao invs de contrapeso por gravidade, devem ser adotadas medidas
adicionais de proteo das mangueiras, tubulaes e demais componentes
pressurizados sujeitos a eventuais impactos mecnicos e outros agentes agressivos,
quando houver risco. As mangueiras, tubulaes e demais componentes
pressurizados devem ser localizados ou protegidos de tal forma que uma situao de
ruptura destes componentes e vazamentos de fluidos, no possa ocasionar acidentes.
O acesso a regio dos transportadores de correia deve ser restrita ao pessoal treinado
e qualificado para a operao e a realizao de inspees, manutenes e outras
intervenes necessrias. Barreiras de acesso devem ser utilizadas para evitar a
entrada de pessoal no habilitado nas reas onde houver transportadores de correia.
Uma ateno ainda maior deve ser dada a reas onde h operao conjunta de
mquinas de ptio e per (empilhadeiras, recuperadoras, carregadores de navio, etc.).
Visitantes s devem acessar a rea de transportadores de correia quando
acompanhados por colaborador responsvel pela visita e cincia ou autorizao da
superviso da rea em questo. recomendado evitar o acesso a rea operacional
para os visitantes institucionais a fim de reduzir riscos.
Devido a sua caracterstica de funcionamento, transportadores de correia, alm de
seus componentes principais e acionamento, so como um todo partes mveis.
Devem ser protegidos contra contato acidental em seus pontos onde o acesso,
permanncia e circulao de pessoas durante a operao normal permitem contato
com essas partes mveis, especialmente:
Correias

Volantes

Engrenagens

Amostradores

Tambores

Acoplamentos

Cremalheiras

Esticamento

Rolos

Freios

Correntes

Contrapeso

Guias

Alinhadores

Roldanas

REV04 17 SET 2012

11

Em funo da necessidade de inspeo e manuteno, as protees podero ser


mveis, porm sua retirada s poder ser realizada durante a interveno, devendo
ser remontada logo em seguida ao findar a atividade.
Para as protees em transportadores de correia mandatrio seguir os requisitos do
RAC 07, principalmente:

Principais requisitos do RAC 07


O dispositivo de proteo deve atender aos seguintes requisitos:
interferir o mnimo possvel na operao, manuteno, lubrificao e limpeza dos
equipamentos, mquinas e sistemas operacionais;
caso o dispositivo de proteo no seja fixo, ou seja, possa ser movido sem o uso de
ferramentas, este deve acionar mecanismos que impeam, por intertravamento, a
movimentao da parte mvel;
ser projetado por profissional habilitado considerando as recomendaes do RAC.
Em eventuais situaes onde seja necessria a remoo ou inibio total ou parcial de dispositivo de
proteo durante o incio de operao ou manuteno de equipamentos, mquinas e sistemas
operacionais, a anlise de risco da tarefa deve estabelecer medidas adicionais de controle e mitigao.
As mquinas e equipamentos somente devem ser operados com os dispositivos de proteo
devidamente instalados e ativos.

Ao desenergizar um transportador de correia para manuteno, os disjuntores devem


ser mantidos etiquetados e bloqueados e o teste de efetividade do bloqueio deve ser
realizado, para garantir que terceiros no coloquem o equipamento em operao. Se o
transportador de correia opera em conjunto com uma mquina de ptio ou per (ex.:
empilhadeira, recuperadora, escrava, carregador de navio, etc.) a mesma tambm
deve ser desenergizada, bloqueada, etiquetada e testada quanto efetividade do
bloqueio, para que no ocorra seu acionamento acidental que provoque o movimento
do transportador.
No caso de manuteno de um transportador de correias de ptio ou per, onde haja a
movimentao de empilhadeiras, recuperadoras, retomadoras, carregadores ou
descarregadores de navio, e que esta movimentao ocorra prxima ao canteiro de
obras, estas mquinas de ptio ou per devem ter seu translado restringido ou tambm
devero ser desenergizadas, bloqueadas, etiquetadas e testadas quanto efetividade
do bloqueio, mesmo que no trabalhem em conjunto com o transportador de correia
em questo, a fim de que seu movimento ou translao no entrem na regio do
canteiro de obras, reduzindo o risco de acidentes.
Para o bloqueio e sinalizao da fonte de energia mandatrio seguir os requisitos do
RAC 04, principalmente:
Principais requisitos do RAC 04
Todas as fontes de energia devem ser bloqueadas por pessoa autorizada.
Antes da realizao do servio deve ser realizado teste de verificao de liberao de energia residual.
Cada executante da atividade deve instalar o seu dispositivo de bloqueio. Somente o executante o
responsvel pela remoo do seu respectivo dispositivo de bloqueio.
Em caso de travamento em grupo todos os bloqueios individuais dos envolvidos devem ser instalados
em dispositivo inviolvel que contem a(s) chave(s) do(s) bloqueio(s) de energia.

REV04 17 SET 2012

12

Principais requisitos do RAC 04


Em eventuais situaes onde se torne necessria a realizao de atividades de operao e/ou
manuteno com equipamentos parcial ou totalmente energizados (qualquer fonte de energia) deve ser
realizada anlise de risco da tarefa e permisso de trabalho.
Para as atividades de manuteno, abertura de linha de processo ou equipamento, trabalho em
superfcies energizadas, inspees em mquinas, equipamentos e linhas de processo deve ser emitida
permisso de trabalho (PT) antes da execuo do servio, onde sero verificados os bloqueios de
energia.

A lubrificao com o transportador de correia em operao somente deve ser


executada em pontos protegidos e onde no haja necessidade de retirada de guardas
de proteo. Sistemas de lubrificao autnoma devem ser utilizados sempre que
tecnicamente possvel.
A limpeza manual s deve ser feita com o transportador de correia parado e
bloqueado, exceto quando a limpeza for atravs de jato dgua ou outro sistema,
devendo neste caso possuir proteo, que impea contato acidental do colaborador
com as partes mveis.
Intervenes rotineiras de manuteno em transportadores de correia como a troca da
correia transportadora2 e de tambores exigem a utilizao de guindaste em funo das
dimenses e pesos dos componentes. Sempre que a movimentao de cargas for
necessria, mandatrio seguir os requisitos do RAC 05, principalmente:
Principais requisitos do RAC 05
Atender aos requisitos para instalaes e equipamentos conforme indicado no RAC.
Deve ser emitido Plano de Rigging por profissional capacitado e certificado para quaisquer das seguintes
condies, quando aplicvel ao equipamento de movimentao de carga:
iamento de carga superior a 10 t;
operao onde o total da carga exceda 75% da capacidade do equipamento;
operao onde dois ou mais equipamentos iam a carga ao mesmo tempo;
operao prxima a redes eltricas de baixa, mdia ou alta tenso;
iamento de carga de geometria complexa;
operaes porturias;
iamento em balsa.
Deve ser elaborada anlise de risco da tarefa (ART) pelos executantes sempre que a operao de
movimentao de carga exigir Plano de Rigging.
Os equipamentos somente devem ser utilizados para a sua finalidade de origem.
Emitir sinal sonoro de advertncia sempre que for iniciada a movimentao.
Iniciar a movimentao somente quando no houver pessoas prximas carga.
Iniciar o iamento de carga somente com os cabos na vertical.
O trajeto por onde passar a carga deve estar desobstrudo.
A carga suspensa nunca deve ser movimentada sobre pessoas.
Devem ser adotadas medidas de segurana para evitar a queda acidental do material transportado.

Considerar ainda as recomendaes dos PROs 003742, 003743, 003744, 005340 e 012446.

REV04 17 SET 2012

13

Principais requisitos do RAC 05


proibida a fabricao / improvisao de acessrios de movimentao de carga. Em caso de
necessidade de acessrios especiais para iamento de cargas/peas, a fabricao destes somente ser
permitida mediante projeto elaborado por profissional habilitado, incluindo plano de inspeo de
fabricao e montagem.
Devem ser previstos e realizados planos de manuteno nos equipamentos e acessrios de
movimentao de carga conforme os requisitos da RAC.

Em funo de sua geometria e dimenses, alguns chutes de transferncia de


transportadores de correia so considerados espao confinado e em sua manuteno
mandatrio seguir os requisitos do RAC 06, principalmente:
Principais requisitos do RAC 06
Atender aos requisitos para instalaes e equipamentos do RAC.
Deve ser efetuada avaliao pr-tarefa para execuo das atividades em espao confinado. A avaliao
pr-tarefa deve ser parte da permisso de trabalho e ser realizada pelo responsvel pela liberao.
Devem ser monitoradas as condies de liberao e emitida uma nova permisso de trabalho a cada
troca de turnos ou equipes.
Todos os equipamentos e sistemas de proteo devem ser inspecionados antes do incio das atividades
e substitudos em caso de deteco de anormalidades, mantendo-se os respectivos registros.
Nos servios de solda e oxi-corte o conjunto de cilindros deve, sempre que possvel, ficar fora do espao
confinado.
No permitida a execuo de servio em ambiente confinado, sem o acompanhamento de pessoa
habilitada e designada (vigia).

Em intervenes de manuteno eltrica em transportadores de correia, mandatrio


seguir os requisitos do RAC 11, como os da NR 10, principalmente.

Principais requisitos do RAC 11 e da NR 10


Os profissionais que executam atividades em instalaes eltricas e servios com eletricidade devem
comprovar sua condio como qualificados, capacitados ou habilitados conforme definido na Estratgia
Educacional da Valer RAC e NR 10.
Atender aos requisitos para instalaes, equipamentos e ferramentas do RAC e da NR.
Deve existir procedimento operacional especfico para as atividades em instalaes eltricas e servios
em eletricidade em reas classificadas de acordo com risco envolvido.
Nas atividades em instalaes eltricas e servios em eletricidade devem ser adotadas, prioritariamente,
medidas de proteo coletiva que considerem a desenergizao eltrica e, na sua impossibilidade, o
emprego de tenso de segurana ou distncia de segurana de acordo com o nvel de tenso, isolao
das partes vivas, obstculos, barreiras, sinalizao, sistema de seccionamento automtico de
alimentao ou bloqueio do religamento automtico.
Em eventuais situaes onde se torne necessria a realizao de atividades com equipamentos ou
sistemas parcial ou totalmente energizados, a anlise de risco da tarefa (ART) deve estabelecer medidas
adicionais de controle e mitigao.
Para as atividades de manuteno e trabalho em superfcies energizadas deve ser emitida permisso de
trabalho (PT) com verificao de bloqueios de energia.
As atividades em instalaes eltricas e servios em eletricidade somente podem ser realizadas por
trabalhadores autorizados pela Vale, sendo que os mesmos devem ter essa condio devidamente
documentada no sistema de registro de empregado da empresa ou da contratada.

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Principais requisitos do RAC 11 e da NR 10


proibido o uso de adornos pessoais nas atividades em instalaes eltricas ou em suas proximidades.
Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados
s atividades em instalaes eltricas e servios em eletricidade devem ser submetidos a testes eltricos
ou ensaios de laboratrio peridicos.
Os EPI devem estar de acordo com o nvel da classe de tenso das instalaes eltricas onde esto
sendo executadas as atividades.

Deve-se indicar e identificar de forma bem visvel um local adequado para realizar
emenda e reparos da correia transportadora. Este local deve observar os requisitos da
SPE - ET-M-406 - Especificao Tcnica Transportadores de Correia - Rev11.

Regio de Vulcanizao conforme SPE - ET-M-406


Dever constar no projeto a indicao clara da regio onde a vulcanizao dever ser realizada. Esta
regio dever estar indicada no desenho de conjunto do transportador e na estrutura em campo.
Essa regio devera ser dimensionada para receber carga adicional de prensas de vulcanizao, pessoas
e demais equipamentos. Em casos de ausncia de informao sobre o peso da prensa de vulcanizao,
deve ser considerada uma carga de 20 ton distribudas em 4.000 mm.
O passadio dever ter largura de 2.000mm nesta regio, em ambos os lados.
O local dever possuir no mnimo 4 tomadas de 440V e 2 de 220V (ver padro de eltrica).
Dever ser dimensionada uma regio para suportar a bobina de correia, j com cavalete instalado.

reas de carregamento ou descarregamento de material (chutes de transferncia, por


exemplo), quando abertas, devem ser devidamente sinalizadas, para evitar acidentes.
Ao atravessar de um lado para o outro de um transportador de correia, deve-se usar
sempre as passarelas quando o mesmo estiver no nvel do piso ou reas protegidas
contra queda de material (coberturas) quando o mesmo est acima do piso. Quando
no houver passarelas ou coberturas, a travessia permitida somente contornando a
regio da cabea ou da cauda.
Transportadores de correia no foram feitos para o transporte de pessoas,
ferramentas ou qualquer outro material que no o produto em processo, portanto no
se deve andar em cima do equipamento ou deixar ferramentas e outros materiais
sobre a correia transportadora, mesmo que o equipamento esteja desligado. Graves
acidentes podem acontecer caso o transportador de correia entre em operao.
Mantenha todas as protees no lugar enquanto o equipamento estiver operando.
Caso seja necessria sua retirada para alguma interveno, as mesmas devem ser
remontadas antes de liberar o equipamento para operao.
Cuidado com roupas largas, adornos, partes do corpo e cabelo. Podem se enroscar e
ser puxados por componentes em movimento. Nas reas operacionais da companhia,
recomendado no utilizar adornos para eliminar este risco.
Controles e dispositivos de segurana e proteo no devem ser modificados ou
impedidos de funcionar com a utilizao de travas mecnicas ou eltricas (by-pass).
Todos os colaboradores so responsveis pelo cumprimento das regras de segurana,
devendo reportar os problemas de segurana gerncia responsvel pelo
transportador de correia.

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4.2. Pontos Potencialmente Perigosos


Existem partes potencialmente perigosas nos transportadores de correia3, perto das
quais necessria maior ateno. Apesar de que estas partes devem estar protegidas
adequadamente, as protees podem no estar efetivas devido a falhas. Tais pontos
so listados a seguir:

Regio

Descrio

Encontro correia
tambor

Nestes pontos, a correia fica submetida a


elevadas tenses internas, podendo
causar acidentes fatais.

Encontro correia
rolete

Normalmente no necessria a proteo


de pontos de encontro correia rolete, mas
em alguns casos especficos as foras
que puxam a correia contra os roletes
podem ser mais elevadas, justificando a
necessidade de proteo nestes pontos.

Ponto com risco


de cisalhamento

Alguns pontos do transportador oferecem


grandes riscos para membros humanos,
embora no haja riscos fatais. Locais
onde a distncia entre a correia e um
obstculo for muito pequena (inferior a
50mm)
podem
proporcionar
o
esmagamento de mos ou dedos, e at
de braos (distncias entre 70mm e
120mm). Tais espaos devem ser
evitados, como guias de material e
proximidades rolo e estrutura.

Regio
abaixo
do contrapeso

Nesta regio h o risco de impacto com o


contrapeso devido a sua movimentao
durante a operao normal da correia
transportadora, alm do risco de queda
por algum acidente. Esta regio deve ser
protegida e isolada contra acesso.

Figura

Deve ser evitado ao mximo o contato com esses pontos e sendo seu acesso restrito
ao pessoal treinado e qualificado para a operao e a realizao de inspees,
manutenes e outras intervenes necessrias.

Para maiores detalhes e informaes ver NBR 13742 e NBR 13862.

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4.3. Sinalizaes de Segurana


Sinalizaes de segurana devem ser colocadas nos transportadores de correia ou em
locais prximos para alertar colaboradores sobre os perigos inerentes ao trabalho com
este equipamento4. As sinalizaes devem ser mantidas em boas condies e estar
bem visveis para os colaboradores ao redor do equipamento. Cabe gerncia
responsvel pelo transportador de correia garantir que a sinalizao perdida ou
danificada seja substituda.
A CEMA - Conveyor Equipment Manufactures Association (Associao de Fabricantes
de Equipamentos Transportadores) - criou etiquetas de segurana5 utilizando cores,
sinais e palavras especficos para classificar o risco em trs categorias.
4.3.1. Etiquetas de PERIGO
Etiquetas de PERIGO indicam uma situao de risco iminente que, se no evitada, ir
resultar em morte ou graves leses. Devem se restringir a situaes extremas.

Figura 1 Etiquetas de Perigo

4
5

Observar ainda o captulo Sinalizao da NR 10, da NR 12, NBR 13742 e NBR 13862.
Para maiores informaes verificar http://www.cemanet.org/safety-labels/

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4.3.2. Etiquetas de AVISO


Etiquetas de AVISO indicam uma situao potencialmente perigosa que, se no
evitada, pode resultar em morte ou leses graves.

Figura 2 Etiquetas de Aviso

Figura 3 Etiquetas de Aviso

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4.3.3. Etiquetas de CUIDADO


Etiquetas de CUIDADO indicam uma situao potencialmente perigosa que, se no
evitada, pode resultar em leses pequenas ou moderadas. Tambm podem ser
utilizadas para alertar contra prticas inseguras.

Figura 4 Etiquetas de Cuidado

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4.3.4. Orientaes de Posicionamento


Recomenda-se afixar as etiquetas conforme esquemtico6 a seguir:

Figura 5 Posicionamento de Etiquetas

Local

Descrio

Afixar em protetores removveis para avisar que o


funcionamento sem o protetor ir expor partes
mveis, o que gera riscos.

Afixar em transportadores em que h peas mveis


expostas que devem ser desprotegidas para facilitar
o funcionamento, ou seja, rolos, tambores, eixos,
correntes, etc.

Exemplo de Etiqueta

Idem A

Idem A.

um aviso geral para os colaboradores de que o


transportador possui acionamento automtico e h
risco de contato com peas mveis que deve ser
evitado. Afixar ao longo do transportador e prximo
s estaes de trabalho caso existentes.

Afixar ao longo da lateral da passarela.

Afixar nas entradas de reas fechadas que iro


expor os empregados a riscos operacionais ou
ambientais e aos quais s devem ter acesso
pessoal treinado e autorizado, sob determinadas
condies. Exemplos: transportadores de elevao,
espaos confinados, etc.

Para maiores informaes verificar http://www.cemanet.org/safety-labels/

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Outros locais recomendados e no indicados no esquemtico:


Local

Exemplo de Etiqueta

Descrio

Sistema de vedao de correia e guias laterais.

Mesas de impacto.

Limpadores e raspadores de correia.

Sistemas de alinhamento de correia.

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4.4. Requisitos Mnimos para a Estrutura do Transportador de Correia


Visando a segurana dos colaboradores durante seu acesso e translado ao longo do
transportador de correia, sua estrutura deve ser adequadamente dimensionada7
conforme explanado a seguir:
As estruturas devem possuir dimenso, construo e fixao seguras e resistentes, de
forma a suportar os esforos solicitantes e ser constitudas de materiais e
revestimentos resistentes a intempries e corroso, caso estejam expostas em
ambiente externo ou corrosivo. No caso de transportadores de correia que operam
com materiais altamente corrosivos, principalmente no caso de transporte de
fertilizantes, para as grades do piso indicada a utilizao de polmero ao invs de
material metlico.
4.4.1. Guardas de Proteo
Guardas de proteo em chapa expandida, tela galvanizada ou polmero de adequada
resistncia mecnica, com abertura mxima de 12mm x 25mm, devem ser instaladas
nos pontos em movimento, sujeitos a contato com colaboradores, tais como:
tambores, roletes (casos especficos), acoplamentos, freios, volantes, correias em V
(correntes e cabos de ao), ao longo de carros de esticamento, roldanas, correias
transportadoras (quando expostas em reas de passagem de colaboradores), torres
de contrapeso, dispositivos de amostragem, qualquer local onde seja necessria a
segurana e proteo do colaborador.
A rea de proteo dos pontos de encontro entre correia e tambor deve impedir
totalmente o contato do colaborador. Do centro do tambor extremidade da proteo,
acompanhando a linha da correia, deve haver uma distncia mnima de 1.100mm.
As guardas de proteo devem ser facilmente removveis e tambm devem permitir a
inspeo visual do componente protegido8. As guardas devem ser encaixadas ou
aparafusadas (intertravamento).
Em transportadores de correia elevados, para se evitar a queda de roletes de retorno
ou outros objetos, deve ser instalada uma proteo em tela, chapa expandida ou
chapa xadrez, ao nvel do passadio e embaixo da correia no lado do retorno com
abertura mxima de 38mm x 75mm.
4.4.2. Chapas de Fechamento para Transportadores Elevados
Transportadores elevados sobre rodovias, ferrovias, equipamentos, edifcios, reas de
passagem de pessoal, etc. devem ser fechados na sua parte inferior para evitar a
queda de material ou componentes.
Devem ser fornecidos anteparos de segurana em tela com malha de 12mm e fio de
3mm, colocados somente sob a projeo da estrutura de apoio dos roletes, de
maneira a evitar a queda de blocos de material (dimenso mnima de 20mm) ou
componentes do transportador de correia. Nos casos onde houver necessidade de
proteo contnua (passagem de ruas e passeios), esta dever ser independente da
estrutura do transportador de correia, pois caso haja acmulo de material, esta
sobrecarga no venha compromet-la. Tais protees, quando contnuas, devem
possuir inclinao que possibilite escoamento do material bem como pontos de coleta,
possibilitando facilidade de limpeza.
7
8

Considera os requisitos da NR 12, NR 22, NBR 13742, NBR 13862 e SPE-ET-M-406.


Verificar detalhes tpicos nas SPE-DT-M-501 a 505.

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4.4.3. Passadios, Passarelas e Plataformas


Transportadores de correia, cuja altura da borda da correia transportadora esteja
superior a 2,00m do piso, devem possuir, em toda a sua extenso, passadios em
ambos os lados. Passadios internos de galerias devem ter p-direito mnimo de
2.100mm. Exceto transportadores de correia cuja correia transportadora tenha largura
de at 762mm ou 30 polegadas que podem possuir passadio em apenas um dos
lados, devendo-se adotar se necessrio o uso de plataformas mveis ou elevatrias
para quaisquer intervenes e inspees.
Transportadores de correia acima de 200m devem possuir uma travessia segura
(passarela) a cada 150m e no mnimo uma travessia antes do incio da parte elevada
da correia transportadora.
Todos os passadios e passarelas9 devem ter uma largura til mnima de 700mm,
exceto na regio do esticamento vertical por gravidade, que, quando fisicamente
possvel, deve ter 1.000mm, at 600mm aps cada tambor de desvio. Passadios que
atendam simultaneamente a dois transportadores devem ter uma largura mnima de
1.000mm.
Os pisos podem ser em chapa xadrez, chapa expandida ou grade. Quando em chapa
xadrez, devem ser de 6mm. Quando em chapa expandida, devem ter abertura mxima
de 36mm por 100mm. Quando em grade metlica, devem ser do tipo soldada. A
fixao das grades na estrutura no pode ser feita por soldagem.
Todo e qualquer piso deve estar apoiado na estrutura pelo menos 30mm ao longo de
sua borda e deve ser fixado com solda intermitente, exceto as grades de piso, ou
quando solicitado em contrrio.
Eletrodutos, tubos, bandeja de cabos, etc. no devem diminuir a largura til do
passadio. Em estruturas de trelia, os cabos eltricos devem ser instalados em
bandejas externas ao passadio. Em galerias, admissvel que as bandejas sejam
instaladas internamente na parte superior da estrutura. Se a bandeja de cabos estiver
na rea interna do passadio, deve ser respeitado o p-direito mnimo de 2.100mm.
Pisos de plataformas ao redor de acionamentos ou chutes de transferncia devem ser
em chapa xadrez, para se evitar a queda de material ou componentes para os pisos
inferiores.
4.4.4. Rampas de Acesso
Rampas de acesso a transportadores de correia devem possuir at 20 de inclinao
em relao ao piso. proibida a construo de rampas com inclinao superior a 20
em relao ao piso.
Devem possuir largura mnima e demais caractersticas construtivas conforme
indicado para passadios, passarelas e plataformas no item anterior.
As rampas com inclinao entre 10 e 20 em relao ao plano horizontal devem
possuir peas transversais horizontais fixadas de modo seguro, para impedir
escorregamento, distanciadas entre si 400mm em toda sua extenso quando o piso
no for antiderrapante.

Verificar detalhes tpicos nas SPE-DT-S-602.

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4.4.5. Escadas Inclinadas


Os degraus das escadas metlicas podem ser em piso de grade ou chapa xadrez.
Quando em chapa xadrez, devem ter ambas as extremidades dobradas para maior
rigidez. A chapa deve ter espessura mnima de 6mm.
As escadas devem atender aos requisitos mostrados na figura a seguir, respeitando
preferencialmente uma inclinao de 30 a 34, que apresentam menores riscos.
Utilizar ngulos acima desta faixa aumenta o risco de acidentes e s devem ser
usados em situaes extremamente necessrias.

P (mm)

A (mm)

F (mm)

30
32
34
36
38
40

295
280
275
260
250
240

170
175
185
190
195
200

2300
2300
2400
2400
2400
2400

Figura 6 Dimensionamento de Escadas Inclinadas

As escadas10 devem ter uma largura mnima til de 800mm, sendo 1.000mm o valor
ideal a ser usado, sempre que possvel. Seu maior lance sem descanso no poder
ser superior a 3.600mm na vertical.
4.4.6. Escadas de Marinheiro
A utilizao de escadas de marinheiro s permitida no acesso torre do contrapeso
do transportador de correia, ou no acesso s passarelas sobre transportadores
elevados, somente quando o espao no permitir a utilizao de escadas inclinadas.
As escadas de marinheiro11 devem ter de 450mm a 500mm de largura, sendo que
acima do piso ao qual a escada dar acesso, sua largura deve ser de 700mm,
facilitando a sada do usurio. Os degraus devem ser em barra redonda de 19mm,
encaixados e soldados em montante de barra de 64mm x 13mm ou cantoneira de
64mm x 6mm e espaados em 300mm.
Escadas com mais de 3.000mm de altura devem ser providas de guarda-corpo a partir
de 2.100mm acima do piso inferior at o nvel do corrimo do nvel superior. O
dimetro interno do guarda-corpo deve ter entre 650mm e 750mm. As barras verticais
do guarda-corpo devem ser de 38mm x 6mm, espaadas em at 300mm de centro a
centro, apoiadas em anis de 64mm x 6mm, fixos na escada e espaados em no
mximo 1.100mm.
Deve haver um espaamento mnimo de 200mm entre os degraus da escada e a face
da parede ou de qualquer outro elemento que possa dificultar a sua utilizao.
Para escadas em um nico lance, a altura mxima de 5.000mm. Quando houver
mais de um lance, devem ser previstas plataformas intermedirias de descanso e a
altura mxima de 5.000mm entre duas plataformas. Os lances consecutivos devem
ser paralelos e distanciados no mnimo 700mm entre si.
10
11

Verificar detalhes tpicos nas SPE-DT-S-603, 610 e 613.


Verificar detalhes tpicos nas SPE-DT-S-605 a 608.

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4.4.7. Corrimos
Todas as escadas, plataformas, passadios, passarelas e outros locais onde exista
risco de queda ou se queira evitar a aproximao de pessoal devem ter corrimos.
Onde houver equipamentos mveis, devem-se usar corrimos ao redor da sua rea de
atuao sempre que tecnicamente possvel.
Os corrimos12 devem atender s dimenses mostradas na figura a seguir.

Figura 7 Dimensionamento de Corrimos

4.4.8. Estrutura Principal do Transportador de Correia


O projeto geral do transportador deve considerar uma estrutura que possibilite a troca
de tambores de desvio de forma segura e com o mnimo de interferncia possvel com
as diagonais ou outras peas para permitir uma fcil remoo do tambor completo com
mancais. Na parte inferior permitida a colocao de peas removveis. O corrimo
deve ser removvel nessa regio. O passadio na regio dos tambores de desvio do
esticamento deve ter sua largura aumentada para 1.000mm, exceto quando
fisicamente impossvel.
Os contrapesos de esticamento por gravidade devem ter furos para drenagem, chapa
em V invertido (ngulo mximo do vrtice de 80) para evitar o acmulo de material
sobre a caixa; quatro olhais para iamento; indicao em pelo menos duas faces
opostas, visveis do piso, de forma indelvel o peso total do contrapeso.
A caixa do contrapeso deve ser guiada em toda a extenso da torre at o nvel do
piso. Devem ser previstas plataformas de manuteno para o tambor de esticamento.
Nas torres de esticamento devem ser previstas escadas de acesso ao topo da torre.
Na estrutura da torre devem ser previstos pontos dimensionados para receber uma ou
mais talhas para alvio do contrapeso e auxlio da manuteno do tambor de
esticamento, quando necessrio. Para contrapesos maiores que 60.000N, as
estruturas devem ser projetadas de tal forma a no impedir a utilizao tambm de
guindastes.
Ao redor das torres de contrapeso ao nvel do solo e em pisos intermedirios, devem
ser instaladas guardas de proteo de fcil remoo13.
Os carrinhos de esticamento horizontais devem possuir dispositivos que impeam seu
descarrilamento. A linha de ao do cabo de ligao entre o carrinho e o tambor de
esticamento deve coincidir com a linha de ao da resultante das foras que atuam na
correia, para se evitar a criao de momentos fletores capazes de provocar seu

12
13

Verificar detalhes tpicos nas SPE-DT-S-602, 603, 611 e 612.


Verificar detalhes tpicos na SPE-DT-M-507.

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descarrilamento. Batentes devem ser instalados de ambos os lados e, em caso de


coliso, devem atingir a estrutura do carro e no suas rodas.
As roldanas dos cabos de ao devem ter proteo em chapa lisa para evitar o acmulo
de p ou entrada de pedra entre o cabo e a roldana.
Verificar ainda recomendaes e requisitos informados no captulo especfico sobre
sistema de esticamento da SPE-ET-M-406.
Pontos onde seja necessria a lubrificao com o transportador de correia em
movimento devem ser de fcil acesso e seguros, no sendo necessria a retirada de
guardas de proteo ou outros dispositivos de segurana. Quando conveniente, os
pontos de lubrificao devem ser puxados para locais seguros por tubulao
adequada.
As casas de transferncia, ao nvel do piso, pelo menos dois lados devem permitir a
entrada de veculo de limpeza. Os chutes de transferncia devem ser projetados de
forma a englobar tambm o tambor de encosto, quando existente. Quando o arranjo
no permitir, deve ser feito um chute especfico para coletar o material fino da regio
do tambor de encosto.
Tubos, eletrodutos, etc. no devem impedir a limpeza embaixo da correia no retorno. A
instalao de tubos, eletrodutos, etc., quando indispensvel, deve ser s de um lado
do transportador.
Entre estruturas adjacentes, o p-direito mnimo deve ser de 2.100mm.
O projeto de transportadores de correia devem sempre considerar a necessidade de
limpeza das reas ao seu redor.
4.4.9. Iluminao
Os locais de trabalho de transportadores de correia devem possuir sistema de
iluminao permanente14 que possibilite boa visibilidade dos detalhes do trabalho, de
forma que no provoquem ofuscamento, reflexos, incmodos, sombras, contrastes
excessivos e efeito estroboscpico.
O efeito estroboscpico pode transmitir a sensao de que um movimento rotativo tem
uma velocidade inferior quela que realmente tem, que a sua direo contrria ou
que inclusive o transportador de correia ou seus componentes est parado. Este efeito
tem um elevado grau de perigo e pode originar acidentes com alguma gravidade.
A iluminao das partes internas de transportadores de correia que requeiram
operaes de ajuste, inspeo, manuteno ou outras intervenes peridicas deve
ser adequada e estar disponvel em situaes de emergncia, quando for exigido o
ingresso de pessoas, com observncia, ainda das exigncias especficas para reas
classificadas.
Em transportadores de correia que operam dentro de tneis e poos (em conjunto com
viradores de vago, por exemplo), obrigatria a existncia de sistema de iluminao
estacionria. Deve-se manter o nvel mnimo de iluminao mdia de 50Lux15.
As instalaes que dependam de iluminao artificial, cuja falha possa colocar em
risco acentuado a segurana das pessoas, devem ser providas de iluminao de
emergncia.

14
15

Conforme NR 22, NR 29, NBR 13742 e NBR 13862.


Conforme NR 22 e NR 29.

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4.5. Manuteno, Inspeo, Preparao, Ajustes e Reparos


Transportadores de correia e seus componentes devem ser submetidos inspeo
sensitiva, manuteno preditiva, preventiva e corretiva e limpeza industrial, na forma e
periodicidade determinada pelo Plano Diretor de Manuteno, com base nos dados do
fabricante e conforme as normas aplicveis.
Todas as intervenes devem seguir os procedimentos de trabalho e segurana
especficos para cada atividade. Antes de iniciar as intervenes, a equipe
responsvel pela execuo deve realizar uma avaliao prvia, estudar e planejar as
atividades e aes a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os
procedimentos indicados, os princpios tcnicos bsicos e as melhores tcnicas de
segurana aplicveis ao servio.
As manutenes preditivas, preventivas e corretivas com potencial de causar
acidentes devem ser objeto de planejamento e gerenciamento efetuado por
profissionais capacitados e habilitados.
A inspeo sensitiva e a manuteno preditiva, devido a suas caractersticas de
levantamento de dados, so realizadas tambm com o transportador de correia em
funcionamento. Os colaboradores que executam estas atividades devem ser
devidamente capacitados e habilitados e observar com ateno as premissas de
segurana e normas aplicveis para reduzir o impacto da exposio aos riscos.
As manutenes preditivas, preventivas e corretivas devem ser registradas e
acompanhadas em sistema informatizado, com no mnimo os seguintes dados:
Cronograma de manuteno;

Peas reparadas ou substitudas;

Intervenes realizadas;

Condies de segurana do equipamento;

Data da realizao de cada interveno;

Equipe
responsvel
intervenes.

Servio realizado;

pela

execuo

das

A manuteno, inspeo, reparos, limpeza, ajuste e outras intervenes que se


fizerem necessrias devem ser executadas por profissionais capacitados, qualificados
ou habilitados, formalmente autorizados, com total atendimento aos requisitos e
procedimentos das normas aplicveis, as premissas de segurana apresentadas neste
manual e especificamente aos RACs, principalmente os RAC 04, RAC 05, RAC 06,
RAC 07 e RAC 11.
As ferramentas devem ser apropriadas ao uso a que se destinam, proibindo-se o
emprego de defeituosas, danificadas ou improvisadas inadequadamente.
Observar ainda a utilizao de sistemas e dispositivos de reteno com trava
mecnica, para evitar o movimento de retorno acidental de partes basculadas,
articuladas ou elevadas por efeito da gravidade, especialmente na regio de
esticamento e contrapeso, assim como na troca de roletes e seus componentes. Esse
procedimento tambm dever ser observado nas atividades de troca e reparo da
correia transportadora.
Nas manutenes de transportadores de correia, sempre que detectado qualquer
defeito em pea ou componente que comprometa a segurana, deve ser
providenciada sua reparao ou substituio imediata por outra pea ou componente
original ou equivalente, de modo a garantir as mesmas caractersticas e condies
seguras de uso.

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4.6. Chave de Emergncia


Dispositivo destinado a parar o transportador quando esse esteja operando em
condio de risco ou emergncia. Devem ser instaladas em ambos os lados do
transportador contnuo e de maneira que a distncia entre duas chaves adjacentes
no exceda a indicada pelo fabricante.

Figura 8 Exemplos de Chave de Emergncia

As chaves de emergncia prtensionadas devem ser providas de monitoramento de


cabo rompido, para que seja garantida a funo de segurana de parada em situao
de emergncia do transportador, assim como tambm providas de elemento de
comutao com manobra positiva de abertura, ou seja, elementos ligados ao
dispositivo de comutao por peas com ligao rgida (ruptura positiva).
4.6.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Cabo Pr Tensionado

Atende

N/A

Alta

Cabo No Pr Tensionado

No Atende

N/A

Baixa

O cabo no pr-tensionado no atende as normas de segurana, pois a chave no


acionada em caso de ruptura do cabo.
4.6.2. Pontos de Instalao
Devem ser instaladas ao longo dos transportadores, de ambos os lados, exceto
quando o acesso for de um s lado. A distncia entre duas chaves adjacentes deve
ser indicada pelo fabricante, porm no deve ser superior a 50m e a distncia das
extremidades no deve ser superior a 25m.

Figura 9 Distncia entre Chaves de Emergncia

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Na regio do acionamento, em local de fcil acesso e bem visvel, deve ser instalada
para cada motor uma chave de emergncia tipo soco (cogumelo).
O cabo de puxamento deve ser apoiado em suportes fixados na estrutura do
transportador (longarina principal) e ser provido de sistema de tenso. O cabo de
puxamento, molas de tenso e demais acessrios devem ser de material altamente
resistente a corroso. O material que cobre o cabo deve ser resistente o suficiente
para suportar a fora sem descascamento do cabo. A fora aplicada no cabo deve ser
de 200N e o deslocamento do operador 400mm.
As chaves de emergncia devem parar imediatamente o equipamento e o seu rearme
s deve ser possvel localmente.
A instalao das chaves se inicia com a insero do cabo conforme abaixo.

Figura 10 Instalao de Chave de Emergncia

Em seguida o cabo deve ser passado atravs do tensionador. Para garantir a tenso,
o tensionador deve ser ajustado at atingir o ponto central do visor na chave de
emergncia.

Figura 11 Instalao de Tensionador

O espaamento entre os olhais de guia (rabos de porco) deve ser de 2 a 3m. Esta
distncia evita o acionamento acidental da chave devido vibrao excessiva do
cabo, alm de garantir que haja espao para que o cabo seja puxado, acionando a
chave. O primeiro e o ltimo olhal devem ser instalados o mais prximo possvel da
chave. A distncia recomendada de 300mm.
A chave no deve ser ligada diretamente parede, conforme figura a seguir.

Figura 12 Posio da Chave

Aps completa a instalao, deve-se fazer um teste operacional incluindo todas as


operaes possveis da chave.

REV04 17 SET 2012

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4.6.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)


Ao ser acionada a chave de emergncia, seus contatos devem atuar diretamente ou
atravs dos contatos de rel eletrnico de segurana especfico e dedicado no
contator eltrico do acionamento do motor principal do transportador, desligando-o.
No permitido que esse sinal de desarme por segurana/ emergncia seja
transmitido por sadas de CLP a no ser que esses equipamentos sejam homologados
para tal (IEC 60204-1), em outras palavras, CLP dedicados a segurana.
4.6.4. Instruo de Manuteno
A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

Ferramentas
- Mquina Fotogrfica;
- Pirmetro ptico;
- Estetoscpio;

Atividades
- Verificar acmulo de material, sinais de trinca e corroso,
fixao e vedao do cabo no prensa cabo;
- Verificar estado da haste de acionamento, empeno da lira /
roldana;

- Caneta de vibrao;

- Verificar fixao da chave na tampa e base, verificar parafusos


faltantes e as condies do batente de acionamento da chave.

- Pincel;

- Verificar estado da cordoalha de acionamento e tensionador;

- Bolsa de ferramentas completa.

- Observar no visor do indicador de tenso se esta na posio


correta (no centro).

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

REV04 17 SET 2012

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Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

Ferramentas
- Bolsa de ferramentas completa;

- Pano limpo;

- Multmetro;

- lcool isoproplico;

- Pincel de nylon ou fibra de vidro;

- Silicone.

Atividades
Solicitar bloqueio eltrico (obrigatrio) e mecnico (se necessrio) antes de iniciar o servio de
manuteno.
- Efetuar limpeza externa com o auxlio do pincel ou toalha industrial;
- Verificar a fixao da chave no seu suporte;
- Abrir a tampa (utilizar ferramenta adequada) e verificar a borracha de vedao da chave. Se constatar
ressecamentos, providenciar a troca;
- Completar ou trocar parafusos se faltando ou em condies ruins;
- Efetuar limpeza interna utilizando a toalha industrial e observar possveis infiltraes de umidade e
poeira.
- Verificar se o cabo de ao de 1/8"", plastificado na cor vermelha. Corrigir se necessrio;
- Verificar a perfeita fixao e vedao do cabo no prensa cabo;
- Verificar o estado dos blocos de contatos quanto a sua fixao, trincas ou quebras e a conservao da
fiao eltrica interna da chave, quanto a ressecamentos ou marcas na isolao dos fios;
- Checar sinais de desgaste nas partes internas, ponta do atuador do bloco de contato verificando se
esto lubrificados;
- Testar continuidade dos contatos na posio normal e atuada;
- Acionar a chave de emergncia, puxando o cabo de acionamento da mesma, conferindo o
funcionamento mecnico e abertura do contato, monitorando a mudana do estado do contato (aberto ou
fechado), com o multmetro na escala de resistncia;
- Verificar e testar alavanca de reset, certificando travamento e liberao da chave (aps reset),
assegurando rearme da chave;
- Verificar os suportes e cabos de acionamento da chave de emergncia, observando sua fixao, estado
de conservao e tenso;
- Verificar se a distncia entre as chaves est de acordo com as recomendaes deste manual. Solicitar
correo se necessrio;
- Verificar se o acionamento da chave ocorre a no mximo 1cm de flecha do cabo ou 30 da haste de
acionamento. Corrigir se necessrio;
- Fazer limpeza do tensionador e em caso de ajuste de tenso utilize uma chave allen de 5mm. Enquanto
for girando a chave no tensionador, observe o indicador de tenso at atingir a posio correta;
- Aps ajuste da tenso, acionar chave de emergncia, conferindo atuao e posio do indicador de
cabo tensionado na parte frontal da chave;
- Certificar atuao status no PLC (desarme do contator do motor do acionamento principal);
- Algumas chaves (ex. rockwell) atuam diretamente no contator e no mais no PLC.

REV04 17 SET 2012

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4.6.5. Inspeo de Recebimento


Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.

Verificar continuidade dos contatos eltricos


com multmetro, acionando o boto de
emergncia.

Vedao e roscas da entrada / sada de


cabos eltricos.

Verificar a operao do indicador de status,


acionando manualmente a chave.

Vedao da tampa e seus parafusos.

Verificar a existncia dos acessrios de


montagem e fixao de acordo com o manual
do fabricante.

A existncia de trincas no invlucro da chave.


Garantia da continuidade dos contatos
eltricos com multmetro, acionando
manualmente a chave.

Conformidade entre especificao tcnica /


dados de aquisio e a folha de dados do
equipamento recebido.

4.6.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Deve ser mantido na embalagem original do fabricante, conservado e armazenado no
almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva e p e protegido de choque
mecnico, a fim de garantir sua instalao e funcionamento a qualquer momento.
4.6.7. Dados para Aquisio
Item

Especificao

Material do Invlucro

Liga fundida p/ aplicao pesada

Material da Porca da Argola

Ao Inoxidvel

Grau de Proteo

IP 66

Temperatura Operao

- 25C a 80C

Vida til Mecnica

1.000.000 manobras

Tenso de Isolao Nominal

500V

Corrente Eltrica Trmica (Ith)

10A

Contato de Segurana

2 NF ou 3 NF ou 4 NF com ao de abertura
direta

Entrada de Eletroduto

3 x M20, 3 x 1/2 pol. NPT, tipo desconexo


rpida

Distncia Mxima entre Chaves

A ser informada pelo Fabricante

Montagem

Qualquer posio

Normas

EN60947-5-5, ISO13850, ISOTR 12100, IEC


60947-5-1, EN 418

Observar ainda a SPE - EG-J-401 - Especificao Geral Fornecimento de Automao


em Equipamentos Mecnicos - Rev01.

REV04 17 SET 2012

32

4.7. Alarme Sonoro de Partida (Sirene)


Equipamento destinado a alertar e sinalizar atravs de alarme sonoro quando o
transportador de correia vai iniciar operao.

Figura 13 Exemplos de Alarme Sonoro de Partida (Sirene)

Deve ser instalado em locais onde possam ser audveis de qualquer ponto ao longo do
transportador de correia.
4.7.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Sirene

Atende

N/A

Alta

A sirene deve tocar por no mnimo 20s antes que ocorra a partida do transportador
(mandatrio conforme NR 22 e demais normas aplicveis) e no junto com sua
partida. Dever ter uma presso sonora de 110dB a 5m.
4.7.2. Pontos de Instalao
Instalao obrigatria:
Comprimento do TR

QTD e Posio

At 400m

1 sirene na cabea

De 400 a 1.000m

1 sirene na cabea e 1 na cauda

Acima de 1.000m

1 sirene na cabea, 1 na cauda e 1 intermediria

Casos particulares devero ser estudados separadamente quanto necessidade de


instalar mais sirenes que o indicado.
4.7.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)
O alarme sonoro de partida dever ser intertravado com o acionamento do
transportador de correia de maneira que no momento de incio de operao, a sirene
seja automaticamente acionada por no mnimo 20s antes da movimentao da correia
transportadora a fim de garantir que colaboradores prximos ao equipamento estejam
atentos ao movimento da mesma e se afastem.

REV04 17 SET 2012

33

4.7.4. Instruo de Manuteno


A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

Ferramentas

Atividades
- Verificar acmulo de material;

- Mquina Fotogrfica;

- Verificar fixao da sirene no suporte;

- Pirmetro ptico;

- Verificar presena dos parafusos de fixao;

- Estetoscpio;

- Verificar prensa-cabo folgado / solto;

- Caneta de vibrao;

- Verificar atuao da sirene ao iniciar a partida.

- Pincel;

Caso a sirene no atue em qualquer incio de partida, deve


ser solicitada a troca imediata da sirene.

- Bolsa de ferramentas completa.

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

Ferramentas
- Bolsa de ferramentas completa;

- Pano limpo;

- Multmetro;

- lcool isoproplico;

- Pincel de nylon ou fibra de vidro;

- Silicone.

Atividades
Solicitar bloqueio eltrico (obrigatrio) e mecnico (se necessrio) antes de iniciar o servio de
manuteno.
Carcaa e Base
- Verificar acmulo de sujeira, danos fsicos, pintura danificada e falta ou dano em parafusos
- Verificar fixao e executar limpeza.

REV04 17 SET 2012

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Atividades
Sirene
- Limpar externamente a sirene;
- Verificar fixao da sirene no suporte;
- Abrir e retirar a tampa / caixa de ligao;
- Verificar ausncia de tenso utilizando multmetro;
- Verificar presena de umidade e corroso;
- Executar limpeza interna;
- Verificar bornes e conexes eltricas;
- Verificar fios e cabos quanto a danos no isolamento, descolorao e carbonizao;
- Verificar estado e existncia de identificao dos cabos (fora e controle);
- Se for mecnica, verificar escovas e substituir se necessrio;
- Verificar aterramento (conexo e fixao);
- Recolocar tampa vedando com fina camada de silicone;
- Vedar possveis entradas de gua e/ou sujeira.
Eletrodutos e Acessrios
- Verificar falta ou dano em eletrodutos (rgido e flexvel), luvas, conexes, calha, bandeja, conduletes,
tampa, parafusos e fixaes;
- Falta, dano ou folga em box ou prensa-cabo.
Aterramento Eltrico
- Falta ou dano em cabo de aterramento e conexes;
- Terminal de ligao danificado (oxidado, quebrado).
Teste
- Desbloquear energia e testar sirene.

4.7.5. Inspeo de Recebimento


Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.

Garantir o desempenho sonoro, alimentando


eletricamente a sirene (teste).

Vedao e roscas da entrada / sada de


cabos eltricos.

Verificar a existncia dos acessrios de


montagem e fixao de acordo com o manual
do fabricante.

Vedao da tampa e seus parafusos.


A existncia de trincas no invlucro da sirene.

REV04 17 SET 2012

Conformidade entre especificao tcnica /


dados de aquisio e a folha de dados do
equipamento recebido.

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4.7.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Deve ser mantido na embalagem original do fabricante, conservado e armazenado no
almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva e p e protegido de choque
mecnico, a fim de garantir sua instalao e funcionamento a qualquer momento.
4.7.7. Dados para Aquisio
Item

Especificao

Consumo Mximo

15W

Potncia de udio

Pulsos de 60 Wpp

Presso Acstica a 5m

110dB +/- 5%

Tenso Aplicada

1 kV 1 minuto

Temperatura Ambiente

- 10C a 60C

Grau de Proteo

IP 65

Alimentao Eltrica

220 Vac - 60Hz

Tolerncia de Alimentao

+/- 15%

Observar ainda a SPE - EG-J-401 - Especificao Geral Fornecimento de Automao


em Equipamentos Mecnicos - Rev01.

REV04 17 SET 2012

36

5. SISTEMAS E DISPOSITIVOS PARA PROTEO


Transportadores de correia, devido a sua extenso e custo unitrio da correia
transportadora, apresentam elevado impacto no oramento16 de cada planta ou
terminal17, onde o aproveitamento pleno de sua vida til mandatrio para reduzir
custos operacionais.
O histrico de ocorrncias porturias nos terminais de Tubaro e Portos Sul (DIOP) e
Ponta da Madeira (DIPN) em 2010 indicam como ocorrncias com transportadores de
correia impactam em nossas operaes conforme figuras a seguir.
Acidente
com
Correia
27%

DIOP

DIPN

Outras
Ocorrnci
as
73%

Outras
Ocorrnci
as
36%

Acidente
com
Correia
64%

Figura 14 Porcentagem de Acidentes com Correias nos Terminais em 2010

Durante o ano de 2011, foram aplicadas diretrizes e dispositivos de proteo nos


transportadores de correias nas reas dos terminais, o que reduziu em 51% o total de
trocas corretivas (em metros) devido a acidentes com correias transportadoras18.
Acidente
com
Correia
(m);
37.493;
37%

Acidente
com
Correia
(m);
18.062;
18%

2010

Fim de
Vida til
(m);
62.916;
63%

2011

Fim de
Vida til
(m);
81.950;
82%

Figura 15 Comparativo do Consumo de Correias em metros - 2010 e 2011

A fim de mitigar os riscos de ocorrncias de acidentes materiais com correias


transportadoras, as diretrizes e dispositivos de proteo apresentados19 a seguir
devem ser considerados no projeto, implantao, operao e manuteno de
transportadores de correia.

16

Juntamente com pneus fora de estrada e combustveis, correias transportadoras, devido ao


custo unitrio e consumo, apresentam grande impacto na matriz de custeio da empresa.
17
Transportadores de correia so responsveis por grande parte da movimentao de material
nos terminais e representam o maior custo de material para a manuteno porturia.
18
Conforme histrico de ocorrncias porturias e acompanhamento de trocas de correias
transportadoras em 2011.
19
Observar atendimento a exigncia da NR 22, NBR 13742 e NBR 13862.

REV04 17 SET 2012

37

5.1. PREVENO CONTRA CORTE LONGITUDINAL (RASGO)


O acidente por rasgo pode ser dividido em dois tipos principais: o corte longitudinal e o
corte pontual, de acordo com a extenso do dano.
Tipo

Extenso

Principais Causas
Entrada de corpos estranhos

Corte
longitudinal

Cortes de grande extenso

Queda de componentes do chute


Roletes ausentes ou danificados
Destaque de tiras de correia
Impacto do prprio material

Corte pontual

Pouca extenso ou praticamente


pontual (< 0,5m)

Entrada de corpos estranhos


Queda de componentes do chute
Desgaste excessivo da cobertura

Devido ao prprio movimento de translao da correia transportadora, caso o sistema


no seja paralisado em tempo hbil, possvel perder toda a correia transportadora ou
grande trecho com a ocorrncia de um corte longitudinal.
J o corte pontual gera prejuzo devido a aumentar a ocorrncia de material fugitivo
(impacto na limpeza), sem necessariamente impedir o completo funcionamento do
transportador de correia na grande maioria das ocorrncias.
Assim cada tipo de ocorrncia de corte deve ser atacado de forma diferente para que
seja evitado ou reduzido seu impacto caso ocorra. Este manual se concentrar na
proteo contra cortes longitudinais devido a seu maior impacto. Alm disso, as
providncias para proteo contra cortes longitudinais reduzem tambm o risco de
cortes pontuais.
5.1.1. Condies que tornam possvel a ocorrncia de Corte Longitudinal
Estas condies esto relacionadas causa da ocorrncia em si. So condies que
permitem a entrada de corpos estranhos (sucata ou material em bloco) no sistema e
que estes corpos estranhos por ventura se engastem em algum ponto do
transportador de correia, criando um perfil cortante. Tambm nesta classe esto
condies da prpria estrutura do transportador de correia que podem se tornar um
ponto de perfil cortante como cavaletes sem roletes, roletes travados ou chapas de
desgaste e outros componentes metlicos que venham a entrar em contato com a
correia transportadora.
Item

Condio de Falha

Possveis Origens
Sucata metlica e corpos
estranhos na descarga dos
Viradores de Vages

01

Corpos estranhos

Dentes de caamba de EPs,


RPs ou ERs
Sucata metlica e corpos
estranhos nas pilhas

REV04 17 SET 2012

Principais Providncias

Instalar grelhas nas moegas


de alimentao
Utilizar detector de metal e
extrator de sucata

38

Item

Condio de Falha
Componentes soltos
de chutes e
transferncias

02

Danos em roletes
03

Cavaletes sem rolos ou


rolos travados

Destaque de tiras de
correia

04

Possveis Origens
Baixa freqncia de
inspeo e manuteno
Manuteno sem zelo
Tipo incorreto ou instalao
incorreta
Baixa freqncia de
inspeo e manuteno

Principais Providncias
Inspeo e manuteno
adequada
Utilizar detector de metal e
extrator de sucata
Utilizar tipo correto
Inspeo e manuteno
adequada de roletes
Manter rotina de limpeza

Material acumulado gerando


travamento

Evitar condies que geram


material fugitivo

Espessura da cobertura de
correia incorreta

Dimensionar corretamente a
espessura de carga

Chutes que permitem


impacto na queda do
material na correia

Dimensionar corretamente
as rampas dos chutes

Emenda mal executada

Executar emendas conforme


melhores prticas

Postergao de troca por fim


de vida til (desgaste de
cobertura)

Evitar ultrapassar a vida til


da correia (desgaste de
cobertura)

Como estas condies de falha possibilitam a ocorrncia de cortes longitudinais, atuar


na sua conteno ou eliminao o melhor caminho para sanar a ocorrncia de cortes
longitudinais nos terminais porturios.
5.1.2. Condies que permitem maior impacto da ocorrncia de Corte
Estas condies esto relacionadas com a deteco da ocorrncia, ou seja, o corte j
iniciou e seu objetivo acionar mecanismos de proteo que desligam a correia
transportadora para evitar que o corte longitudinal avance por uma extenso muito
grande. Basicamente se trata dos dispositivos de proteo, sua correta instalao e
posicionamento e sua manuteno preventiva adequada.
Item

Condio de Falha

01

Dispositivos
inadequados

02

Dispositivos corretos,
porm sem
funcionamento

03

Dispositivos corretos,
em funcionamento,
porm impacto ainda
elevado

REV04 17 SET 2012

Possveis Origens
Especificao incorreta
Baixa freqncia de
inspeo e manuteno
Detector bloqueado

Quantidade insuficiente
Posicionamento incorreto

Principais Providncias
Substituir por dispositivos
adequados
Inspeo e manuteno
adequada
Substituir danificados
Retirar bloqueio
Revisar quantidade e
posicionamento dos
dispositivos

39

Como estas condies de falha permitem maior impacto no caso da ocorrncia de


cortes longitudinais, sua correo fundamental para reduzir este impacto. Somado
s aes recomendadas de conteno ou eliminao das condies que possibilitam a
ocorrncia (conforme captulo 5.1.1), encontramos uma soluo robusta para sanar a
ocorrncia de cortes longitudinais nos terminais porturios.
A seguir apresentamos opes de dispositivos de proteo contra cortes longitudinais.
5.2. Grelhas de Proteo
Seu objetivo evitar a entrada de corpos estranhos no sistema, que ao se engastar na
estrutura dos transportadores de correia podem formar perfis cortantes e ocasionar
cortes na correia transportadora.

Figura 16 Exemplos de Grelha de Proteo

Sua abertura de malha deve ser entre 8 a 10 vezes maior que a granulometria mdia
do material movimentado a fim de evitar entupimentos, uma vez que o objetivo retirar
corpos estranhos e no restringir a passagem de material.
5.2.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Grelha metlica

N/A

Atende

Alta

Poder ser utilizada cobertura de material duro para aumentar a resistncia abraso
e assim a durabilidade da grelha de proteo.
5.2.2. Pontos de Instalao
Nos terminais porturios recomendada a instalao de grelhas de proteo nas
moegas dos alimentadores dos viradores de vago onde h a entrada do sistema.
Transportadores de correia que possuam moegas mveis e so alimentados por ps
mecnicas, tambm devem possuir grelhas de proteo, principalmente aqueles que
recebem materiais oriundos de limpeza operacional e rechegos.

REV04 17 SET 2012

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5.2.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)


No se aplica.
5.2.4. Instruo de Manuteno
A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

Ferramentas
- Mquina Fotogrfica;
- Bolsa de ferramentas completa.

Atividades
- Verificar acmulo de material;
- Verificar fixao da estrutura;
- Verificar a integridade fsica;

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

Ferramentas
- Bolsa de ferramentas completa;
- Equipamento de solda completo.

Atividades
Solicitar bloqueio eltrico (obrigatrio) e mecnico (se necessrio) antes de iniciar o servio de
manuteno.
- Retirar acmulo de material e verificar danos fsicos;
- Efetuar reparos ou substituir peas / conjunto conforme necessrio;

REV04 17 SET 2012

41

5.2.5. Inspeo de Recebimento


Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.
Integridade fsica e ausncia de trincas /
deformaes.

Verificar a existncia dos acessrios de


montagem e fixao de acordo com o manual
do fabricante.
Conformidade entre especificao tcnica /
dados de aquisio e a folha de dados do
equipamento recebido.

5.2.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Esses equipamentos devem ser mantidos na embalagem original do fabricante,
conservados e armazenados no almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva
e p e protegidos de choque mecnico, a fim de garantir sua instalao e
funcionamento a qualquer momento.
5.2.7. Dados para Aquisio
Opcionalmente, devido a sua simplicidade, este dispositivo pode ser fabricado
diretamente pela prpria rea de manuteno.
Tanto para fabricao prpria, quanto para aquisio externa, um desenho especfico
deve ser elaborado de acordo com as caractersticas tcnicas do ponto de instalao.
Este desenho deve servir de base de dados para aquisio, fabricao e instalao.

REV04 17 SET 2012

42

5.3. Detector de Corte Longitudinal (Rasgo)


Trata-se de um dispositivo cuja finalidade detectar o incio do surgimento de corte
longitudinal na correia transportadora e provocar a interrupo imediata do
funcionamento do transportador de correia. Com isso, evita-se o prolongamento do
corte longitudinal, porm no o seu surgimento.
5.3.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Detector de Bandeja

N/A

Atende Parcial

Mdia

Detector de Fios

N/A

Atende Parcial

Mdia

Acelermetro / Medio
Volumtrica

N/A

Em estudo / teste

Em estudo / teste

Medio Volumtrica por


Scanner

N/A

Em estudo / teste

Em estudo / teste

Detector Laser

N/A

Em estudo / teste

Em estudo / teste

5.3.1.1. Detector de Bandeja


Este mecanismo, alm de tradicional, muito simples. Trata-se de uma bandeja de
tela montada em balano com contrapeso sobre um eixo com mancais de rolamento.
O mesmo montado sob a regio de carga da correia. Quando ocorre o corte e a
separao da correia em duas partes, o material em carga escorre pelo corte, acumula
sobre a bandeja, que com o peso, gira sobre o eixo, elevando uma haste que aciona
seu sensor. Veja figura abaixo.

Figura 17 Exemplos de Detector de Bandeja

Ainda possvel regular a posio do contrapeso e dos sensores para acertar a


sensibilidade do detector, sendo um sensor para emitir alarme e outro para emitir sinal
de parada. Na prtica, detectores com apenas um sensor, que emite sinal de parada,
so mais utilizados.
A tela pode ser de material metlico ou no, sendo recomendado observar sua malha
de acordo com a granulometria do material transportado para evitar acmulo por
material fugitivo e falsos alarmes. Outra recomendao importante que a bandeja
seja de largura inferior largura da correia, com o mesmo objetivo de evitar acmulo

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43

de material fugitivo. Porm ainda se fazem necessrias inspeo e limpeza peridica


para garantir bom funcionamento.
Devido ao seu princpio de funcionamento, esse dispositivo no detecta ocorrncias
em que as bandas cortadas trespassam entre si, o que impede a queda de material na
bandeja, e enfim o no acionamento do mecanismo. A mesma ineficincia
observada em cortes que ocorrem em operao a vazio.
5.3.1.2. Detector de Linha
Em funo do detector de bandeja atuar somente a partir da queda de material, ele
no capaz de detectar a ocorrncias de tiras soltas que podem vir a gerar um corte e
assim agir preventivamente. Para este caso foi desenvolvido o detector de linha. To
simples e tradicional quanto o detector de bandeja, o detector de linha possui um
suporte por onde se passa uma ou mais linhas que podem ser fios de nylon (mais
comum) ou cabos de ao de pequeno calibre. Estas linhas esto interligadas a um
contrapeso e sensor. Quando uma tira entra em contato com as linhas, puxa as
mesmas e assim aciona o sensor atravs do contrapeso.

Figura 18 Exemplos de Detector de Linha

A diferena entre utilizar somente uma ou vrias linhas de que com uma maior
quantidade de linhas, alm de detectar as tiras, este mecanismo tambm poder
detectar cortes com a queda de material. Porm no substitui completamente o
detector de bandeja e assim usual utilizar somente uma linha para detectar tiras
soltas e que trabalhe em conjunto com o detector de bandeja.
Existem dois modelos bsicos: a) suporte em ngulo, onde se ajusta o formato para
acompanhar o ngulo de inclinao do rolete, utilizado na carga e b) suporte plano,
utilizado no retorno. Em ambos os casos deve se observar a adequada tenso da linha
ou linhas (devem ficar rixas) e a distncia at a face da correia entre 100 a 150mm
para que seu funcionamento seja adequado.
100 a
150mm

100 a
150mm

Carga

100 a
150mm

Retorno

Figura 19 Montagem do Detector de Linha Distncia da Correia

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5.3.2. Pontos de Instalao


recomendado instalar em conjunto um detector de bandeja e um detector de linha
sob a carga logo aps o chute de transferncia a uma distncia de 3 a 5m a partir do
final da guia lateral na sada do chute. Isso se deve ao fato de que a maior incidncia
de engaste de corpos estranhos ocorre nas guias laterais ou nas rampas do chute.

Detector
bandeja

Chute

3 a 5m

Detector
linha carga

3 a 5m

Figura 20 Pontos de Instalao de Detectores de Rasgo

Alm da regio do chute de transferncia, recomendada a instalao de detectores


de linha montados sob o retorno, sempre aps tambores de desvio do turnover, de
desvio do contrapeso e de descarga, a uma distncia de 3 a 5m do ponto de
referncia.

Detector linha retorno


3 a 5m aps tambor

Figura 21 Pontos de Instalao de Detectores de Rasgo

Para transportadores de correia crticos para o processo, cuja parada tem grande
impacto para a operao, recomendado um segundo detector de bandeja instalado
10m aps o primeiro na regio do chute de transferncia. Essa redundncia tem o
objetivo de aumentar o grau de proteo do equipamento.

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Chute

Detector
bandeja 1

3 a 5m

Detector
bandeja 2

10m

Figura 22 Pontos de Instalao de Detectores de Rasgo

Destaca-se que muito baixo o risco de ocorrncia de cortes longitudinais em regies


intermedirias do transportador de correia (longe dos chutes e transferncias), no
sendo, portanto, recomendada a instalao ao longo de todo o transportador de
correia. Porm, no caso de transportadores de correia que trabalham em conjunto com
mquinas de ptio (ex.: empilhadeiras retomadoras), onde o chute mvel,
recomenda-se a instalao de mais detectores de bandeja ao longo do comprimento.
No h literatura a respeito, porm a experincia recomenda uma distncia de 100 a
150m entre estes detectores intermedirios para conter a extenso de um possvel
corte longitudinal.

Chute da mquina

100 a 150m

100 a 150m

100 a 150m

Detectores intermedirios
Figura 23 Pontos de Instalao de Detectores de Rasgo

Em resumo, a recomendao prtica a instalao de detectores de bandeja em


conjunto com detectores de linha aps a sada de chutes de transferncia na carga e
detectores de linha aps os tambores de desvio no retorno. No caso de funcionamento
com mquinas de ptio, recomenda-se ainda a instalao de detectores
intermedirios, sempre sob a carga.
5.3.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)
Consiste no deslocamento do elemento sensor (sensoriamento por elementos
indutivos ou por microruptor) toda vez que ocorrer o deslocamento mecnico do
detector (bandeja ou fios). Esse sinal pode ser de alerta (alarme) ou de desligamento
do motor de acionamento do transportador de correia que poder ser feito atravs do
CLP de controle a partir de lgica dedicada, sendo importante que seja sinalizado qual
detector atuou e sua localizao no transportador de correia, a fim de facilitar as aes
de manuteno e retorno da operao.

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No necessria atuao do contato do sensor diretamente no contator do motor de


acionamento, j que a segurana apenas material e no humana.
5.3.4. Instruo de Manuteno
A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

Ferramentas

Atividades
Detector de bandeja
- Verificar infiltrao de gua no painel dedicado caso houver;

- Mquina Fotogrfica;
- Pirmetro ptico;
- Estetoscpio;
- Caneta de vibrao;
- Pincel;
- Bolsa de ferramentas completa.

- Verificar acmulo de material, sinais de trinca / corroso;


fixao e vedao do cabo eltrico no prensa cabo;
- Verificar fixao da chave na base, tampa e parafusos faltantes;
- Verificar integridade fsica do acionamento:
a) Estado da haste de acionamento, empeno da haste, estado
do contrapeso, condio da bandeja, ou;
b) Existncia de cabos de acionamento danificados ou
rompidos, tenso (ajuste) dos cabos de acionamento;
Acionar a corretiva eletromecnica para efetuar os reparos.

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

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Ferramentas
- Bolsa de ferramentas completa;

- Pano limpo;

- Multmetro;

- lcool isoproplico;

- Pincel de nylon ou fibra de vidro;

- Silicone.

Atividades
Solicitar bloqueio eltrico (obrigatrio) e mecnico (se necessrio) antes de iniciar o servio de
manuteno.
Detector de Linha verificar:
- Vedao da tampa;
- Se o visor da tampa esta sujo, efetuar limpeza tomando o cuidado de no arranh-lo;
- Infiltrao de gua, em caso positivo, vedar com silicone;
- Acmulo de material; sinais de trinca / corroso;
- Fixao dos cabos na caixa de bornes e nos micro interruptores;
- Atuao dos batentes, acionando as cordas, observar se esto trabalhando livremente, se no, lixar e
aplicar graxa lubrificante tomando cuidado para no sujar os micro interruptores de graxa;
- Fixao dos micro interruptores na base;
- Se h parafusos faltantes;
- Com um multmetro o funcionamento dos contatos acionando os batentes atravs das cordas;
- Se no h cabo rompido, em caso positivo, substituir cabo;
- Se os batentes de acionamento dos micro interruptores estiverem desregulados, basta que a
regulagem seja feita pelo parafuso do meio das presilhas, esticando o cabo guia at a posio correta;
- Certificar atuao status no PLC desarme do contator principal.
Detector de Bandeja verificar:
- Efetuar limpeza externa no sensor indutivo com o auxlio do pincel ou toalha industrial;
- Verificar estado da carcaa e corroso do sensor e suporte;
- Verificar estado de eletrodutos;
- Verificar a regulagem do sensor com relao ao atuador (entre 5 a 8mm);
- Verificar a fixao do sensor no suporte;
- Verificar a perfeita fixao e conexo do cabo de controle, eliminando folgas excessivas no cabo,
quando houver, pra evitar danos durante funcionamento da correia;
- Checar reaperto do sensor, se o mesmo estiver folgado, apertar as porcas e travar com silicone;
- Retirar acmulo de sujeira depositado na bandeja;
- Verificar funcionamento mecnico do atuador, se funcionando com dificuldade, lubrificar partes mveis.
Atentar para sistemas com rolamento, que em caso de mau funcionamento, providenciar troca;
- Certificar atuao status no PLC desarme do contator principal.

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5.3.5. Inspeo de Recebimento


Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.
Vedao e roscas da entrada / sada de
cabos eltricos.

Falta visvel de algum componente (ex.: fios).


A integridade estrutural do equipamento,
quanto a soldas, pontos de oxidao e a
especificao de sua pintura.

A existncia de trincas no invlucro da chave.

Verificar a existncia dos acessrios de


montagem e fixao de acordo com o manual
do fabricante.

Garantia da continuidade dos contatos


eltricos com multmetro, acionando
manualmente a chave.

Conformidade entre especificao tcnica /


dados de aquisio e a folha de dados do
equipamento recebido.

Vedao da tampa e seus parafusos.

5.3.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Esses equipamentos devem ser mantidos na embalagem original do fabricante,
conservados e armazenados no almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva
e p e protegidos de choque mecnico, a fim de garantir sua instalao e
funcionamento a qualquer momento.
Embora o equipamento venha pintado de fbrica se faz necessrio uma aplicao de
uma proteo extra contra oxidao previamente recomendada pelo fabricante.
5.3.7. Dados para Aquisio
Item

Especificao

Material de fabricao

Ao A-36

Material das porcas do invlucro dos atuadores

Ao Inoxidvel

Grau de Proteo

IP 66

Temperatura Operao

- 25C a 80C

Vida til Mecnica

1.000.000 manobras

Tenso de Isolao Nominal

500V

Corrente Eltrica Trmica (Ith)

10A

Contato de Segurana

2 NF ou 3 NF ou 4 NC com ao de abertura direta

Entrada de Eletroduto

3 x M20, 3 x 1/2 pol. NPT, tipo desconexo rpida

Chaveamento / Atuao

Por sensor indutivo

Normas

EN60947-5-5, ISO13850, ISOTR 12100, IEC


60947-5-1, EN 418

Observar ainda a SPE - EG-J-401 - Especificao Geral Fornecimento de Automao


em Equipamentos Mecnicos - Rev01.

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5.4. Detector e Extrator de Metal (Sucata Metlica)


Extratores de sucata so instalados suspensos sobre os transportadores de correia e
tem como objetivo extrair magneticamente peas metlicas (sucatas) contaminantes
do material, evitando alterao da qualidade do produto movimentado e danos s
correias transportadoras e chutes de transferncia.

Figura 24 Exemplos de Extratores de Sucata

Ainda recomendado que trabalhem em conjunto com detectores de metal (ver figura
abaixo) para aumentar seu desempenho e eficincia20.

Figura 25 Exemplo de Detector de Metal

5.4.1. Seleo de Tecnologia


Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Extrator de Im Permanente

N/A

No Atende

Baixa

Extrator de Eletrom
Limpeza Manual

N/A

Atende Parcial

Mdia

Extrator de Eletrom
Limpeza Automtica

N/A

Atende

Alta

Devido a sua funcionalidade e confiabilidade, recomendado que se utilize o extrator


de eletrom com limpeza automtica.
20

Maiores informaes e detalhamento verificar o Manual para Especificao e Instalao de


Extratores de Sucatas - Portos - Rev16-11.

REV04 17 SET 2012

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5.4.2. Pontos de Instalao


Para evitar todos os tipos de problemas ocasionados por peas metlicas indesejadas,
necessrio que os extratores de sucata sejam instalados21 nos transportadores de
correia na quantidade e posio corretas e rotas conforme caractersticas dos
processos operacionais de um terminal porturio.
Processo

Ponto de Instalao
O primeiro transportador da Descarga, ou seja, que recebe material de um
virador de vages, descarregador de navios, moegas ou alimentadores
deve possuir extrator de sucata.

Descarga

Isso ir prevenir que materiais metlicos oriundos de vages ou navios


alcancem os ptios de estocagem.
Caso no exista espao fsico para instalao de um extrator de sucata no
primeiro transportador do processo, este dever ser instalado no
transportador subseqente.

Ptio

Todos os transportadores do Ptio alimentados por recuperadoras ou


empilhadeiras / recuperadoras devem possuir extrator de sucata, instalado
antes do chute de transferncia.
Isso ir prevenir que materiais metlicos que por ventura estejam
misturados nas pilhas de estoque retornem ao sistema.
O ltimo transportador do Embarque, ou seja, o ltimo transportador a
movimentar para um carregador de navios ou silo de abastecimento de
vages deve tambm possuir um extrator de sucata.

Embarque

Isso ir garantir a qualidade dos produtos a serem embarcados e prevenir


danos aos componentes do transportador de correia.
Caso no exista espao fsico para instalao de um extrator de sucata no
ltimo transportador do processo, este dever ser instalado no
transportador antecedente.

Processos
Intermedirios

Caso existam processos operacionais intermedirios de carregamento, ou


seja, transportadores que possuam moegas mveis e so alimentados por
ps mecnicas, tambm devem possuir extrator de sucata. obrigatria a
instalao de extratores de sucata nos transportadores que recebem
materiais oriundos de limpeza operacional e rechegos.

Cada transportador de correia que se enquadrar nos critrios indicados anteriormente


dever possuir no mnimo um extrator de sucata instalado. Em projetos onde o
transportador de correia seja reversvel, necessria a instalao de no mnimo dois
extratores de sucata.

21

Maiores informaes e detalhamento verificar o Manual para Especificao e Instalao de


Extratores de Sucatas - Portos - Rev16-11.

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H duas possibilidades de posicionamento para instalao:


a) Longitudinal ao transportador: instalado na cabeceira do transportador de correia.
Posio recomendada quando a velocidade da
correia transportadora superior a 1,8m/s;
A face magntica do extrator dever estar
paralela ao plano tangente linha mdia da
curva de descarga do material, observando-se
a inclinao mxima de 22;
O tanque de expanso dever estar localizado
na parte mais alta do extrator;
Deve ser observada a inclinao mxima de
22 do extrator com a horizontal, para se evitar
o descobrimento da bobina pelo leo de
resfriamento.

b) Transversal ao transportador: instalado ao longo do transportador de correia, no


mximo at 1m de distancia da cabeceira.
A velocidade da correia transportadora deve
ser observada. Para altas velocidades o
extrator dever ser sobre dimensionado;
A face magntica do extrator dever estar
paralela ao plano da correia;
O tanque de expanso dever estar localizado
na parte mais alta do extrator, quando este for
instalado em plano inclinado;
Deve ser observada a inclinao mxima de
22 do extrator com a horizontal, para se evitar
o descobrimento da bobina pelo leo de
resfriamento.

A instalao longitudinal a mais recomendada e deve ser aplicada a todos os casos,


salvo aqueles que sejam tecnicamente inviveis.
importante observar a existncia de sobrecargas de material (camelos) na correia
transportadora para evitar danos devido a choques do material transportado contra a
estrutura e corpo do extrator de sucata. Essa situao mais freqente na
configurao de posicionamento transversal.
A fim de evitar os danos por choque de material transportado, limitadores de fluxo de
material22 (quebra-camelo) devem ser instalados aps o chute de transferncia
imediatamente antes do extrator de sucata.
Em transportadores de correia com configurao onde ocorra a elevao da correia
transportadora (descolamento dos rolos) e haja o risco que a correia transportadora
toque a regio inferior do extrator de sucata, recomenda-se a instalao de rodas de
contra elevao23 antes, depois ou nas duas posies citadas. Essa situao ocorre
em regio de elevao ou em transportadores de correia que trabalham em conjunto
com maquinas de ptio.

22
23

Ver captulo 5.11. Limitador de Fluxo de Material (Quebra-Camelo).


Ver captulo 5.17. Rodas de Contra Elevao.

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52

5.4.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)


O extrator de sucata deve estar intertravado com o transportador de correia de duas
maneiras:
a) Desligamento do extrator de sucata quando a alimentao do acionamento do
transportador de correia for interrompida;
b) No permitir o funcionamento do transportador de correia caso o extrator de sucata
no esteja em funcionamento.
recomendada, para que o extrator de sucata tenha sua vida til prolongada, melhor
desempenho e economia de energia, a instalao em associao a um detector de
metais. O detector de metais instalado antes do extrator a certa distncia em relao
ao sentido de fluxo. Quando detecta a presena de material metlico, envia um sinal
para que o extrator de sucata entre em operao e retire a impureza j detectada,
proporcionando reduo do desgaste de componentes do extrator de sucata.
A inviabilidade tcnica da instalao do detector de metais como acionador do extrator
de sucata se d em casos de correias transportadoras curtas ou onde os extratores de
sucata estejam muito prximos dos chutes de transferncia. Isto pode ocasionar
tempo de resposta insuficiente em funo da distncia entre o detector de matais e o
extrator de sucata e da velocidade da correia transportadora.
Em transportadores de correia crticos para o processo ou com histrico de acidentes
materiais por falhas ou ineficincia do extrator de sucata, recomendado instalar um
detector de metais aps o extrator de sucata para garantia da eliminao do risco.
5.4.4. Instruo de Manuteno
A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir ao
indicado no captulo 10 (Estratgia de Manuteno em Extratores de Sucatas) e
captulo 11 (Anexo I - Planos de Manuteno para Extratores de Sucatas) do Manual
para Especificao e Instalao de Extratores de Sucatas - Portos - Rev16-11.
5.4.5. Inspeo de Recebimento
Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.
Integridade fsica e ausncia de trincas /
deformaes em sua estrutura e
componentes.

Verificar a existncia dos acessrios de


montagem e fixao de acordo com o manual
do fabricante.
Conformidade entre especificao tcnica /
dados de aquisio e a folha de dados do
equipamento recebido.

5.4.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Esses equipamentos devem ser mantidos na embalagem original do fabricante,
conservados e armazenados no almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva
e p e protegidos de choque mecnico, a fim de garantir sua instalao e
funcionamento a qualquer momento.

REV04 17 SET 2012

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Embora o equipamento venha pintado de fbrica se faz necessrio uma aplicao de


uma proteo extra contra oxidao previamente recomendada pelo fabricante.
5.4.7. Dados para Aquisio
necessrio elaborar uma especificao tcnica consistente caso a caso. Uma
detalhada especificao para um extrator de sucatas deve conter as seguintes
informaes:
Informaes para especificao de extrator de sucata
Perfil do transportador (arranjo de instalao)
onde ser instalado o extrator;

Massa das impurezas (massa mnima e


mxima das sucatas a serem retiradas);

Largura da correia e da estrutura do


transportador;

Dados de tenso do local da instalao do


extrator;

Velocidade da correia transportadora;

Dados fsicos do local da instalao (local


aberto ou confinado, proximidade a agentes
corrosivos);

Inclinao dos roletes;


Tipo de material transportado;
Caracterstica do material (mido ou seco);
Densidade do material transportado;
Granulometria do material;
Volume de material transportado (seo
transversal);
Descrio e dimenso das impurezas a
serem retiradas (tipo de sucata metlica
misturada ao material);

Tipo do extrator a ser instalado (com limpeza


automtica ou manual);
Posicionamento do extrator (longitudinal ou
transversal);
Caracterstica e componentes necessrios
para os painis eltricos;
Caracterstica dos eletroms;
Descrio do sistema de acionamento,
esticamento, correia e lubrificao.

Alem das informaes listadas acima sempre necessrio solicitar a entrega de


desenhos, lista de materiais, manual de operao, manual de manuteno e memorial
de calculo junto ao extrator a ser adquirido.
Considerar ainda demais especificaes tcnicas indicadas no Manual para
Especificao e Instalao de Extratores de Sucatas - Portos - Rev16-11.

REV04 17 SET 2012

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5.5. PREVENO CONTRA DESALINHAMENTOS


O desalinhamento em correias transportadoras pode ocorrer basicamente por falhas
na estrutura, falhas na correia ou falhas na alimentao conforme abaixo:
Fonte

Fonte Secundria
Estrutura do transportador

Principais causas
Empenos ou danos
Topografia incorreta
Alinhamento / Nivelamento /
Esquadrejamento incorretos

Estrutura

Roletes e tambores

Ausncia ou travamento
Acmulo de material
Desgaste do revestimento / carcaa

Fatores ambientais

Fabricao

Manuseio / Armazenamento
Correia

Ventos fortes
Sol incide em apenas um dos lados
Existncia de curvatura
Defeitos na carcaa
Deformaes ou danos por manuseio
ou armazenamento incorretos ou
inadequados
Emendas desalinhadas

Instalao

Diferentes tipos, espessuras ou


larguras num mesmo TR
Perda de cabos na borda

Alimentao

Chutes de transferncia

Carga descentralizada
Carga segregada em um dos lados

5.5.1. Falhas na Estrutura


Defeitos na estrutura de transportadores de correia representam uma grande fonte de
desalinhamentos na correia transportadora.
Mesmo se o transportador de correia for instalado corretamente, durante a operao,
defeitos podem ser inseridos na sua estrutura.
o caso de empenos causados nos decks por colises de mquinas mveis ou
mquinas de ptio, alteraes de topografia devido sedimentao do terreno,
empenos de roletes durante passagem da correia transportadora para troca, acidentes
materiais, entre outros.
As figuras a seguir mostram como um cavalete fora de esquadro pode desalinhar
consideravelmente a correia. O mesmo fenmeno pode ser visto para o caso de decks
inteiros fora de esquadro.

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Figura 26 Desalinhamento devido a Cavalete fora de Esquadro

Cavaletes inclinados tambm geram desalinhamento, devido ao mesmo princpio


aplicado ao rolete autoalinhante24. Eles geram diferenas de tenso que foram a
correia para o lado de menor tenso.

Figura 27 Desalinhamento devido a Cavalete Inclinado

Tambores tambm so responsveis por desalinhamentos quando esto com sua


cobertura irregular, conforme mostrado na abaixo, ou quando esto desalinhados
conforme figuras seguintes.

Figura 28 Desalinhamento devido a Falhas em Tambores

24

Ver captulo 5.7. Rolete Autoalinhante.

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Outra causa de desalinhamento o acmulo excessivo de material. Esta fonte mais


grave, pois alm de gerar desalinhamento da correia transportadora diretamente ou
por travamento de rolos, expondo-a ao contato com partes fixas da estrutura do
transportador de correia, o material acumulado funciona como uma lixa desgastando a
correia transportadora.

Figura 29 Desalinhamento devido a Acmulo de Material

Para efetivamente reduzir ou eliminar os desalinhamentos indicados acima, deve-se


eliminar empenos e danos na estrutura do transportador de correia, garantir
alinhamento topogrfico, garantir que roletes e tambores estejam nivelados e
esquadrejados, eliminar rolos faltantes ou travados e manter uma rotina de limpeza
eficiente no permitindo acmulo de materiais.
Fatores ambientais como ventos muito fortes tambm influenciam, de forma menos
expressiva, no desalinhamento de correias. Em casos extremos, em que ventos muito
fortes estejam colocando em risco a proteo da correia transportadora, deve-se
interromper o funcionamento do equipamento enquanto durar a condio ambiental.
5.5.2. Falhas na Correia Transportadora
Alm de falhas estruturais, desalinhamentos podem ser causados por falhas na correia
transportadora. No processo de fabricao podem ser inseridos problemas como
defeitos na carcaa, existncia de curvatura, entre outros. Durante o armazenamento
podem ocorrer danos na carcaa devido a falta de cuidado no manuseio e
condicionamento que tambm so causa de desalinhamento.
Outra fonte de desalinhamento so os defeitos nas emendas, como execuo de
emendas desalinhadas (ver figura abaixo) ou juntar diferentes tipos de correia
(espessura ou largura) em um mesmo transportador de correia.

Figura 30 Desalinhamento devido a Falhas na Correia

REV04 17 SET 2012

57

5.5.3. Falhas na Alimentao (Carga Descentralizada)


Outra fonte causadora de desalinhamentos so os chutes de transferncia mal
dimensionados, devido a gerar cargas descentralizadas de material na correia
transportadora. Cargas descentralizadas causam vazamentos, podem danificar a
borda da correia transportadora em contato com partes da estrutura do transportador
de correia, alm de causar restries operacionais.
Para corrigir um desalinhamento por carga descentralizada de material fundamental
entender como a carga contribui para o desalinhamento. O desalinhamento ocorre
sempre para o lado oposto ao da carga descentralizada. Se a carga se concentrar no
lado esquerdo do perfil da correia transportadora, esta ir desalinhar para o lado
direito, enquanto que se a carga se concentrar do lado direito, a correia transportadora
ir desalinhar para o lado esquerdo. As figuras abaixo mostram a correia
transportadora desalinhando devido a carga descentralizada de material.

Figura 31 Desalinhamento devido a Carga Descentralizada

Ainda que a carga esteja centralizada, se a mesma no ocorrer perpendicular correia


transportadora, o impacto gera uma fora que desalinha a correia transportadora para
o lado oposto ao de onde o material proveniente, conforme abaixo.

Figura 32 Desalinhamento devido a Carga Descentralizada

Para sanar problemas de carga descentralizada de material necessrio alterar o


projeto e concepo dos chutes de transferncia, atentando para a trajetria do
material. Esta uma atividade que deve ser realizada por equipe com conhecimento
tcnico.

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58

Como as condies de falha na estrutura do transportador de correia, na prpria


correia transportadora e na trajetria de alimentao do material apresentadas acima
so as principais causas de desalinhamento, sua correo conforme explanado
fundamental como soluo robusta para sanar a ocorrncia de desalinhamento em
correias transportadoras nos terminais porturios.
5.5.4. Guia Prtico para Alinhamento de Correias Transportadoras
Um transportador de correia deve ser projetado, instalado e mantido de forma que a
correia transportadora opere centralizada com a linha de centro dos roletes e
tambores. Com este objetivo as condies abaixo devem ser observadas:
a) Esquadrejar os tambores de cauda, cabea e desvio com a estrutura (decks) do
transportador de correia.
b) Esquadrejar todos os roletes (carga e retorno) com a estrutura (decks) do
transportador de correia. Verificar que os roletes estejam alinhados e nivelados. Em
seguida aperte os parafusos de fixao.
c) Nivelar toda a estrutura (decks) para garantir paralelismo entre as sees da
estrutura (decks) e o plano do piso. Se um lado da estrutura (decks) estiver
desnivelado em relao ao outro, a prpria ao da gravidade vai criar um
desalinhamento na correia transportadora.
d) A correia transportadora deve ter a carcaa sem deformaes e a emenda de
correia deve estar esquadrejada. Se um desalinhamento ocorre apenas na regio da
emenda de correia, esta emenda pode no estar esquadrejada com a correia
transportadora. Normalmente, se o desalinhamento acompanha o movimento da
correia transportadora, h um problema na correia transportadora. Se o
desalinhamento se mantm em uma rea do transportador de correia, h um problema
no transportador de correia (estrutura, roletes, tambores, etc.)
e) A correia transportadora deve estar em contato e apoiar adequadamente em todos
os roletes de carga.
f) Os chutes de transferncia devem alimentar a carga de forma centralizada na
correia transportadora.
Ainda recomendado considerar as informaes dos padres de instalao de
transportadores de correia da CEMA25.
Haver casos em que os procedimentos indicados acima podero ser insuficientes e a
correia transportadora continuar desalinhando de forma persistente. As medidas de
correo abaixo podero ser utilizadas para corrigir o desalinhamento:
a) Operando com a correia transportadora na menor velocidade possvel (caso haja
essa possibilidade), encontre a regio do transportador de correia onde ocorre o
mximo desalinhamento. O rolete antecessor a essa regio pode ser ajustado para
reduzir o desalinhamento. O ajuste deve ser realizado girando o rolete em seu eixo no
sentido contrrio ao desalinhamento. Se o desalinhamento ocorre para o lado
esquerdo, o rolete deve ser girado para o lado direito. Se o desalinhamento ocorre
para o lado direito, o rolete deve ser girado para o lado esquerdo. Assim que a correia
transportadora for centralizada, aumente a velocidade (caso seja possvel) e alimente
a carga de material. Continue efetuando ajustes no rolete at que no haja mais
desalinhamento durante a operao normal da correia transportadora.

25

Conveyor Equipment Manufacturers Association.

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59

FLUXO

FLUXO

Figura 33 Ajuste de Roletes para Corrigir Desalinhamento

b) Se o desalinhamento persistir, confira se os tambores de cabea, desvio e cauda


esto perfeitamente alinhados entre si. Ajuste demais roletes de carga ou retorno
conforme indicado no item (a) se necessrio.
c) Mantendo o desalinhamento, alguns roletes de carga e retorno podero ser
substitudos por roletes autoalinhantes. Roletes autoalinhantes devem ser utilizados
conforme recomendaes do captulo 5.7. No podem ser instalados a menos de 15m
de nenhum tambor de cabea, cauda ou desvio. No devem ser instalados em curvas
verticais. Em correias transportadoras reversveis devem ser utilizados roletes
autoalinhantes reversveis. No impedir a livre rotao dos roletes autoalinhantes
essencial para seu adequado funcionamento.
d) Se o desalinhamento ainda persistir, alguns ou todos os roletes de carga podero
ser inclinados em at 2 na vertical em direo ao sentido de fluxo. Observar que est
prtica serve somente para correias transportadoras com um mesmo sentido de fluxo.
No deve ser utilizada em correias transportadoras reversveis.

Figura 34 Inclinao de Roletes para Corrigir Desalinhamento

e) Se nenhuma das medidas indicadas acima resolver a condio de desalinhamento,


o transportador de correia dever ser mapeado por topografia especializada e aes
de correo devero ser definidas com base neste relatrio de topografia.
Nota: Quanto maior possvel a distncia entre o ponto onde se efetuar o ajuste e o
ponto onde ocorre o desalinhamento, maior ser o efeito do ajuste.
Como redundncia correo das falhas indicadas acima utilizando as solues
apresentadas, recomendada a instalao de chaves de desalinhamento e de roletes
autoalinhantes ao longo do transportador de correia a fim de evitar possveis danos
causados pelo contato com a estrutura do equipamento.
Estes dispositivos so capazes apenas de sinalizar a irregularidade e interromper o
funcionamento do transportador de correia (chave de desalinhamento) ou corrigir
pontual e temporariamente a trajetria da correia transportadora (rolete autoalinhante),
sem, contudo, efetivamente eliminar as causas de desalinhamento apresentadas neste
captulo, sendo, portanto, dispositivos auxiliares s solues indicadas anteriormente.
A seguir apresentamos opes de dispositivos de proteo contra desalinhamento.

REV04 17 SET 2012

60

5.6. Chave de Desalinhamento


As chaves de desalinhamento so dispositivos destinados a impedir que a correia
transportadora ultrapasse limites laterais preestabelecidos. De um modo geral, no
devem permitir que a correia transportadora, ao desalinhar, venha a tocar em
estruturas. Elas se apresentam com dois estgios de atuao, acionador do tipo rolete
com retorno automtico e so especialmente projetadas para operar em ambientes
agressivos.

Figura 35 Exemplos de Chave de Desalinhamento

importante lembrar que a chave de desalinhamento apenas reduz danos maiores


correia transportadora, sem, contudo, eliminar o problema de desalinhamento. Para
eliminao deste problema deve-se atuar nas suas causas conforme descrito no
captulo 5.5. Preveno contra Desalinhamentos.
5.6.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Haste com Rolete

N/A

Atende

Alta

Emissor / Transmissor Laser

N/A

Em Estudo / Teste

Em avaliao

Medio Volumtrica
(scanner)

N/A

Em Estudo / Teste

Em avaliao

A tecnologia de haste com rolete uma soluo usual e consolidada.


5.6.2. Pontos de Instalao
Devem ser instaladas onde h maior incidncia e possibilidade de desvios, antes e
depois de tambores e chutes de transferncia, pelo menos nos seguintes pontos.
Prximo ao tambor de cabea;

Na regio do esticamento;

Prximo ao tambor de retorno;

Prximo ao tambor de cabea de trippers;

Prximo ao tambor de acionamento;

Antes e aps chutes de transferncia.

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A figura abaixo indica pontos tpicos de instalao de chaves de desalinhamento.

Figura 36 Exemplo de Instalao de Chaves de Desalinhamento

Chaves de desalinhamento so sempre instaladas em pares (uma em cada lado) de


modo que seu acionamento ocorra antes da correia transportadora atingir algum ponto
da estrutura em um possvel desalinhamento. Na prtica26 recomendado na
instalao que a linha de centro da haste de acionamento se localize entre 0 a 50mm
para o centro do rolete a partir da extremidade do rolo e a altura seja tal que permita
que a borda da correia transportadora desloque a haste de acionamento em um
eventual desvio conforme demonstrado nas figuras abaixo para a configurao de
carga e a configurao de retorno.
a) Configurao para carga

0 a 50mm

1/3 h

b) Configurao para retorno

1/2 h

0 a 50mm

Figura 37 Configuraes para Instalao da Chave de Desalinhamento

26

Considera limites de folga e dimenses conforme NBR 6171, NBR 6172, NBR 6678 e CEMA.

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62

Seu posicionamento deve ser de 3 a 5m a partir do ponto de referncia (tambor).


Chave de desalinhamento

3 a 5m

Figura 38 Posicionamento de Chave de Desalinhamento

5.6.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)


Ao ser acionada, a chave de desalinhamento dever atuar de maneira a sinalizar e/ou
desligar o contator do motor de acionamento do transportador de correia, forando sua
parada a fim de evitar danos na correia transportadora.
Chaves de desalinhamento possuem dois estgios de atuao, sendo o primeiro
estgio somente sinalizao em funo de leve desalinhamento (inclinao da haste
de acionamento de 15 a 25). J o segundo estgio responsvel pela deteco de
um significativo desalinhamento (inclinao da haste de acionamento em 60) e, por
conseguinte, desligamento do motor do acionamento do transportador de correia.

Figura 39 Estgios de Atuao da Chave de Desalinhamento

Por no se tratar de um dispositivo de segurana humana esse poder passar pelo


CLP e ganhar lgicas adicionais caso seja necessrio, sendo permitido que as
sinalizaes e desligamentos sejam feitos pela prpria lgica.
5.6.4. Instruo de Manuteno
A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

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Ferramentas

Atividades

- Mquina Fotogrfica;

- Verificar acmulo de material; sinais de trinca / corroso;


fixao e vedao do cabo no prensa cabo;

- Pirmetro ptico;

- Verificar estado da haste de acionamento, empeno da haste;

- Estetoscpio;

- Verificar fixao da chave na base / tampa;

- Caneta de vibrao;

- Verificar falta de parafusos;

- Pincel;

- Conferir roletes e haste com marcas de desgaste devido ao


atrito com a correia, caso haja avarias no rolo da haste, solicitar
troca para eliminar risco de dano na borda da correia.

- Bolsa de ferramentas completa.

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

Ferramentas
- Bolsa de ferramentas completa;

- Pano limpo;

- Multmetro;

- lcool isoproplico;

- Pincel de nylon ou fibra de vidro;

- Silicone.

Atividades
Solicitar bloqueio eltrico (obrigatrio) e mecnico (se necessrio) antes de iniciar o servio de
manuteno.
- Efetuar limpeza externa com o auxlio do pincel ou toalha industrial;
- Verificar a fixao da chave no seu suporte;
- Abrir a tampa e verificar a borracha de vedao da chave se constatar ressecamentos, providenciar a
troca;
- Completar ou trocar parafusos se faltando ou em condies ruins;
- Efetuar limpeza interna utilizando a toalha industrial e observar possveis infiltraes de umidade e
poeira;
- Verificar a perfeita fixao e vedao do cabo no prensa cabo;
- Verificar o estado dos blocos de contatos quanto a sua fixao, trincas ou quebras e a conservao da
fiao eltrica interna da chave, quanto a ressecamentos ou marcas na isolao dos fios;
- Testar continuidade dos contatos na posio normal e atuada;
- Acionar a haste manualmente nas duas posies (alarme e desarme), conferindo o funcionamento
mecnico, ao soltar a mesma, esta dever retornar mecanicamente ao ponto inicial;
- Garantir que em caso de desalinhamento no seja permitido que a correia toque na estrutura;
- Conferir se a haste esta com folga ao ser acionada. Se estiver folgada, ajustar atravs da mola de
presso, em caso de no conseguir ajuste, trocar a chave;

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Atividades
- Verificar o mecanismo interno quanto a desgastes e lubrificao das molas e cames;
- Conferir roletes e haste com marcas de desgaste devido ao atrito com a correia, se constatar desgaste
acentuado trocar a haste;
- Conferir se o rolete roda livremente e efetuar ajuste do ponto de atuao da chave em relao correia
se esta estiver fora. Ajustar a haste de forma que sua linha de centro coincida com a extremidade do
rolo. A haste dever ficar posicionada a 90 graus em relao correia;
- Certificar atuao status no PLC desarme do contator principal.

5.6.5. Inspeo de Recebimento


Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.

Garantia da continuidade dos contatos eltricos


com multmetro, acionando manualmente a chave.

Vedao e roscas da entrada / sada de cabos


eltricos.

Verificar a existncia dos acessrios de montagem


e fixao de acordo com o manual do fabricante.

Vedao da tampa e seus parafusos.

Conformidade entre especificao tcnica / dados


de aquisio e a folha de dados do equipamento
recebido.

A existncia de trincas no invlucro da chave.

5.6.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Esses equipamentos devem ser mantidos na embalagem original do fabricante,
conservados e armazenados no almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva
e p e protegidos de choque mecnico, a fim de garantir sua instalao e
funcionamento a qualquer momento.
5.6.7. Dados para Aquisio
Item

Especificao

Material do Invlucro

Liga fundida p/ aplicao pesada

Material da Porca da Argola

Ao Inoxidvel

Grau de Proteo

IP 65

Temperatura Operao

- 5C a 80C

Vida til Mecnica

1.000.000 manobras

Tenso de Isolao Nominal

480V

Corrente Eltrica Trmica (Ith)

10A

Contatos

Microruptor com contatos reversveis Max 03


contatos

Entrada de Cabos

BSP

Montagem

Qualquer posio

Observar ainda a SPE - EG-J-401 - Especificao Geral Fornecimento de Automao


em Equipamentos Mecnicos - Rev01.

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5.7. Rolete Auto Alinhante


Roletes autoalinhantes so usados para corrigir o desalinhamento, protegendo a
correia transportadora do contato com a estrutura do transportador de correia.
importante lembrar que os dispositivos primrios para alinhamento so os roletes
convencionais, desde que bem projetados, montados precisamente e recebam
manuteno adequada. Em condies transitrias que atuam os autoalinhantes.

Figura 40 Exemplos de Rolete Auto Alinhante

Em seu modelo mais simples, a diferena em relao aos roletes tradicionais que os
roletes autoalinhantes so pivotados atravs de um eixo vertical perpendicular linha
de centro. Possuem em suas extremidades pequenos rolos guia que ao serem
tocados pela correia transportadora desalinhada, giram o cavalete pivotado de forma
que os rolos principais criam uma fora contrria ao desalinhamento e assim
direcionam a correia transportadora e corrigem sua trajetria.
5.7.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Modelo Pivotado
Acionamento por Rolos Guia

N/A

Atende

Mdia

Modelo Pivotado
Acionamento Automatizado

N/A

Atende

Alta

Modelo Reversvel

N/A

Em teste

Em teste

O modelo pivotado por acionamento automatizado possui basicamente a mesma


construo do modelo acionado por rolos guia, sendo a diferena a substituio dos
rolos guia por sensores que acompanham o deslocamento da correia transportadora e
sistema de acionamento que pode ser eletromecnico, hidrulico ou pneumtico para
correo da trajetria. De modo geral acrescenta-se confiabilidade a um custo
considervel, alm de aumentar itens para manuteno em um dispositivo que
auxiliar e no soluo para as causas do desalinhamento.
H vrios modelos reversveis disponveis no mercado, sendo que sua eficcia ainda
no foi totalmente verificada em testes de campo em nosso parque de transportadores
de correia. Em muitos casos, apesar de seu possvel funcionamento, os modelos no
so robustos o suficiente para nossas aplicaes de maior solicitao mecnica.

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5.7.2. Pontos de Instalao


Basicamente seguem a mesma instalao de chaves de desalinhamento e, portanto,
devem ser instaladas onde h maior incidncia e possibilidade de desvios, antes e
depois de tambores e aps chutes de transferncia, pelo menos nos seguintes pontos.
Prximo ao tambor de cabea;

Prximo ao tambor de cabea de trippers;

Prximo ao tambor de retorno;

Aps o chute de transferncia.

Prximo ao tambor de acionamento;

A figura abaixo indica pontos tpicos de instalao de roletes autoalinhantes.

Figura 41 Exemplo de Instalao de Rolete Auto Alinhante

A regio de melhor atuao deste mecanismo situa-se a partir de 15m do ponto de


referncia, dependendo da largura da correia transportadora.
Para transportadores de correia com comprimento superior a 100m, ao longo da carga
e do retorno recomendada a instalao de roletes autoalinhantes em espaamentos
freqentes entre 30 a 50m.

Rolete AA

mn. 15m

Rolete AA

30 a 50m

Figura 42 Posicionamento de Rolete Auto Alinhante

Pontos onde a instalao de roletes autoalinhantes contra indicada


a) A uma distncia inferior a 15m de tambores de cabea, cauda ou desvio, pois no espao
suficiente para a eficincia do rolete autoalinhante.
b) Sob guias de material e na regio de transio entre o bero de roletes e tambores de
cabea e cauda, pelo mesmo motivo indicado no item (a).
c) Ao longo da carga em transportadores de correia que operem em conjunto com mquinas
de ptio ou de per caso haja restrio de altura entre o bero de roletes e a mesa do tripper
das mquinas, a fim de evitar acidentes devido a interferncias entre o rolo guia do rolete
autoalinhante e a mesa do tripper da mquina.

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Pontos onde a instalao de roletes autoalinhantes contra indicada


d) Em curvas cncavas para evitar danos caso a correia transportadora saia e retorne para o
bero de roletes.
e) Em regies onde ocorre concentrao de tenso na correia transportadora, pois quanto
maior a tenso, menor a eficincia do rolete autoalinhante.

Apesar de que roletes de retorno em V colaboram para o alinhamento quando a


estrutura est esquadrejada, possvel utilizar roletes autoalinhantes em V se for
necessrio caso haja sinais de desalinhamento.

Figura 43 Exemplos de Rolete Auto Alinhante em V

Para o adequado funcionamento de modelos pivotados com acionamento por rolos


guia (modelo padro NBR 6678), a montagem deve observar que os rolos guia sejam
colocados antes dos rolos principais em relao ao fluxo da correia transportadora.
Instalaes diferentes eliminam a funcionalidade do rolete autoalinhante.

Figura 44 Montagem de Rolete Auto Alinhante em relao ao Fluxo da Correia

O rolete auto alinhante de carga deve ser montado de 12 a 20mm acima da linha
normal dos demais roletes, a fim de propiciar um bom contato com a correia
transportadora e assim garantir seu funcionamento. Para o rolete autoalinhante no
necessria essa diferena. Os rolos guia devem ficar de 25 a 40mm de distncia das
bordas da correia transportadora, pois uma distncia maior ou menor do conjunto
influenciar na eficincia da correo da trajetria.
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Conforme NBR 6678, para melhor eficincia e vida til dos roletes autoalinhantes, a
posio vertical dos rolos guia em relao ao plano do rolo inclinado principal deve ser
2/3 de sua altura para a configurao de carga e 1/2 de sua altura para a configurao
de retorno.

Figura 45 Posio do Rolo Guia em Roletes Auto Alinhantes

5.7.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)


No se aplica.
5.7.4. Instruo de Manuteno
A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

Ferramentas

Atividades
- Verificar acmulo de material;

- Mquina Fotogrfica;

- Verificar fixao da estrutura;

- Bolsa de ferramentas completa.

- Verificar a integridade fsica;


- Solicitar substituio de componentes se necessrio.

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

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Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

Ferramentas
- Bolsa de ferramentas completa;

Atividades
Solicitar bloqueio eltrico (obrigatrio) e mecnico (se necessrio) antes de iniciar o servio de
manuteno.
- Retirar acmulo de material e verificar danos fsicos;
- Corrigir fixao na estrutura se necessrio;
- Efetuar reparos ou substituir componentes / conjunto conforme necessrio.

5.7.5. Inspeo de Recebimento


Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.
Integridade fsica e ausncia de trincas /
deformaes.

Verificar a existncia dos acessrios de


montagem e fixao de acordo com o manual
do fabricante.
Conformidade entre especificao tcnica /
dados de aquisio e a folha de dados do
equipamento recebido.

5.7.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Esses equipamentos devem ser mantidos na embalagem original do fabricante,
conservados e armazenados no almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva
e p e protegidos de choque mecnico, a fim de garantir sua instalao e
funcionamento a qualquer momento.
Embora o equipamento venha pintado de fbrica se faz necessrio uma aplicao de
uma proteo extra contra oxidao previamente recomendada pelo fabricante.
5.7.7. Dados para Aquisio
necessrio elaborar uma especificao tcnica consistente caso a caso. Uma
detalhada especificao para um rolete autoalinhante deve conter as seguintes
informaes:
Informaes para especificao de extrator de sucata
Largura da correia e da estrutura do
transportador.
Inclinao dos roletes.

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Atender dimensionamento indicado na norma


NBR 6678:2010.

70

5.8. PREVENO CONTRA SOBRECARGA


Inicialmente importante ter em mente o conceito de sobrecarga e como esta afeta a
estrutura e componentes de um transportador de correia. Basicamente sobrecarregar
o transportador de correia utiliz-lo acima de sua capacidade mxima de operao
ou capacidade de projeto, ou seja, a resistncia mecnica do transportador de correia
e de seus componentes foi ultrapassada.
Ultrapassar a resistncia mecnica do transportador de correia e seus componentes
colocar em risco iminente a operao do equipamento, com aumento exponencial da
possibilidade de acidentes materiais e pessoais. Sobrecargas constantes em
transportadores de correia causam fadiga prematura e deformao estrutural, perda
de estabilidade (principalmente em elevaes e lanas), desgaste acentuado da
correia transportadora, elevado consumo de energia no acionamento, quebra de
componentes, entre outros.
A figura abaixo demonstra uma operao incorreta com constantes sobrecargas:

Cap. Mxima
ou de Projeto
Capacidade
Nominal

Figura 46 Operao Incorreta com Sobrecarga

5.8.1. Capacidade Mxima ou Capacidade de Projeto


A capacidade mxima ou capacidade de projeto representa o valor mximo com que o
transportador de correia poder operar para cada tipo e caracterstica dos materiais
transportados. Seu valor foi utilizado para o dimensionamento e clculo mecnico do
transportador de correia e componentes. Considera um grau de enchimento de 100%
da seo transversal de material transportado definida pela norma CEMA, ou seja,
devem ser preservadas as distncias de bordas previstas.

we

100%

Figura 47 Grau de Enchimento de 100% da Seo Transversal da Correia

REV04 17 SET 2012

71

Em funo de grau de segurana determinado por normas27, o clculo estrutural


considera a seo total da correia, no havendo bordas livres. Porm isso no
significa que h liberdade para se ultrapassar a capacidade mxima ou capacidade de
projeto calculada durante a operao de um transportador de correia. mandatrio
respeitar a capacidade mxima ou capacidade de projeto calculada a fim de evitar
danos ao transportador de correia e seus componentes.
5.8.2. Capacidade Nominal
A capacidade nominal representa a capacidade mdia operacional do equipamento,
que atende as necessidades de operao e manuseio da planta, levando em
considerao a variabilidade do processo e os diferentes tipos e caractersticas dos
materiais transportados. Corresponde a um grau de enchimento de 80% da seo
transversal definida pela norma CEMA, considerando os materiais de menor
densidade para o caso de transportadores de correia que operam com mais de um tipo
de minrio, mantendo a distncia de borda prevista.

100%

we

80%

Capacidade Mxima ou de Projeto


Capacidade Nominal

Figura 48 Grau de Enchimento de 80% da Seo Transversal da Correia

A figura abaixo demonstra uma operao correta sem sobrecargas:

Cap. Mxima
ou de Projeto
Capacidade
Nominal

Figura 49 Operao Correta sem Sobrecarga

Assim o correto e mandatrio operar o transportador de correia observando a


capacidade nominal como referncia para que as variaes normais de processo
sejam absorvidas pela capacidade mxima ou capacidade de projeto, sem que o
transportador de correia e seus componentes sofram danos que coloquem em risco
sua integridade e a segurana da operao.
27

ISO 5049 e NBR 8800, com anlise esttica e dinmica.

REV04 17 SET 2012

72

5.8.3. Velocidade Mxima de Projeto


A velocidade adequada de correias transportadoras depende geralmente das
caractersticas do material transportado, da capacidade desejada e as tenses de
operao aplicadas.
Materiais finos devem ser transportados em velocidades baixas a fim de reduzir
emisso de particulados, principalmente nos chutes de transferncia. Materiais frgeis
tambm limitam a velocidade da correia transportadora a fim de evitar sua degradao
em particulados nas transferncias.
Materiais pesados e de arestas pontiagudas devem ser transportados em velocidades
moderadas. Esta uma prtica adequada para reduzir o desgaste da cobertura da
correia transportadora em contato com o material, principalmente nos chutes de
transferncia onde a velocidade do material for consideravelmente menor que a
velocidade da correia transportadora.
Basicamente a capacidade da correia transportadora considera sua velocidade, sua
largura e sua tenso de operao. Assim, um aumento na velocidade da correia
transportadora permite uma reduo na sua largura e tenso de operao. Porm
esses benefcios devem ser considerados contra a possvel desvantagem de aumentar
o desgaste da cobertura da correia transportadora, degradao do material, perdas e
sujeira por material fugitivo, alm de reduzir de modo geral a vida til de todos os
componentes do transportador de correia.
recomendado que sejam obedecidas as velocidades indicadas na tabela a seguir
(carvo e minrio esto destacados) citadas nas normas aplicveis28.

Material Transportado

Cereais e outros materiais no abrasivos de muito fcil


acomodao

Carvo mineral, terra, minrios moles, pedra britada fina e


material abrasivo

Minrios pontiagudos e pesados, pedra britada grossa e


material muito abrasivo
Areia de fundio usada ou mida, com ou sem incluses
metlicas, a temperaturas que no danifiquem a correia

28

Largura da
Correia (mm)

Velocidade da
Correia (m/s)

400 500

2,5

600 650

3,5

800 1000

4,0

1200 3000

5,0

400 500

2,0

600 800

3,0

1000 1600

4,0

1800 3000

5,0

400 500

1,75

600 1000

2,5

> 1000

4,0

Qualquer

1,75

NBR 8011 e CEMA

REV04 17 SET 2012

73

5.8.4. Fontes de Sobrecarga e sua Correo


A principal fonte de sobrecarga em transportadores de correia o excesso de
alimentao de material (carga), ou seja, acima de sua capacidade mxima ou
capacidade de projeto, a partir do equipamento ou rota anterior, que pode ser outro
transportador de correia, um descarregador de navios, uma recuperadora ou ainda a
soma de mais de um equipamento (soma de rotas).
Assim a proteo adequada contra sobrecarga em transportadores de correia deve
preferencialmente atuar na origem da alimentao de material (carga), ou seja, nos
equipamentos ou rotas anteriores, sem que o excesso de carga alcance o
transportador de correia em questo. Esta a proteo preventiva.
Um sistema de proteo preventivo precisa estar apto a monitorar e integrar a carga
de material ao longo do parque instalado que poder alimentar o transportador de
correia em questo. Principalmente no caso de duas ou mais origens, por exemplo,
duas ou trs recuperadoras, alimentando simultaneamente o mesmo transportador de
correia. Se identificado uma soma de vazo de material a partir de origens simultneas
superior capacidade mxima do transportador de correia em questo, o sistema
deve alertar a operao ou restringir automaticamente parte da alimentao de
material (carga), fazendo com que uma das origens reduza ou interrompa sua
operao aps um tempo mnimo definido.
Para que este sistema de proteo preventivo contra sobrecarga tenha funcionalidade,
necessria uma adequada instrumentao do parque instalado, onde o sistema
supervisrio da operao colete e analise os dados de carga de material ao longo das
possveis rotas e atue sistematicamente balanceando a carga de material de acordo
com o transportador de correia de menor capacidade de projeto daquela rota em
operao naquele momento.
Quando no for possvel implantar o sistema de proteo preventivo conforme
exemplificado acima em funo de uma instrumentao pouco robusta do parque
instalado, ainda possvel identificar a sobrecarga em um dado transportador de
correia atravs de balanas integradoras instaladas para monitoramento.
Este sistema de proteo, por ser reativo, menos eficiente e permite que o
transportador de correia ainda sofra um nvel de sobrecarga. Outro ponto importante
que normalmente est limitado a emitir um alarme ou interromper a operao. Nesta
condio, o transportador de correia poder ser paralisado com a sobrecarga ainda
sobre o mesmo, o que o expe a uma partida com excesso de carga, situao ainda
mais crtica que a sobrecarga em operao, em alguns casos necessitando inclusive
aliviar a carga da correia transportadora manualmente.
Outra opo mais simplificada fazer o levantamento das rotas de operao e das
capacidades nominais de todos os transportadores de correia que compe cada rota e
definir no sistema supervisrio da operao que a capacidade nominal de cada rota
igual capacidade nominal do transportador de correia de menor capacidade daquela
rota em questo. Esta soluo simples considera a mxima da teoria das restries,
onde o equipamento de menor capacidade de um sistema determina a capacidade do
sistema como um todo, e assim identifica a sobrecarga como um desperdcio.
Como redundncia preveno de sobrecargas indicada acima utilizando as solues
apresentadas, recomendada a instalao de dispositivos de proteo ao longo do
transportador de correia a fim de evitar possveis danos ao equipamento e seus
componentes.
A seguir apresentamos opes de dispositivos de proteo contra sobrecarga.

REV04 17 SET 2012

74

5.9. Detector de Baixa Velocidade


Este dispositivo utilizado para medir a velocidade em que o transportador de correia
est operando e comparar com limites previamente definidos. Deve indicar
principalmente quando a velocidade de operao estiver muito abaixo do valor de
projeto, o que significa algum desvio ou sobrecarga. Eventualmente tambm poder
indicar quando a velocidade est acima do especificado.
Pelo menos um dispositivo de baixa velocidade deve ser instalado prximo ao tambor
de retorno ou de cabea que estiver mais afastado do acionamento. Uso obrigatrio.
5.9.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Tacmetro com Contra Peso

N/A

Atende

Alta

Sensor Indutivo no Tambor

N/A

Atende

Alta

a) Tacmetro com Contrapeso


Consiste em um transmissor com tacmetro digital incorporado e a velocidade
adquirida por uma polia que fica em contato mvel permanente com a correia
transportadora. O valor da velocidade dever ser apresentado atravs de uma sada
de 4,00 a 20,00mA. A resoluo mnima deve ser de 0,005mA.

Figura 50 Exemplos de Tacmetro Digital com Polia

Como possui uma chave de mnima ou mxima com uma sada digital ON-OFF, este
dispositivo pode funcionar como rel de baixa velocidade ou alta velocidade. O rel
ser acionado sempre que a velocidade da correia transportadora permanecer inferior
ou superior ao set-point durante um intervalo de tempo determinado.
Pode ser utilizado como medidor de velocidade, sendo til tanto para o registro de
histrico, quanto para o clculo de potncia e torque do acionamento. O deslizamento
da correia transportadora no tambor de acionamento, principalmente na partida,
tambm poder ser monitorado.

REV04 17 SET 2012

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b) Sensor Indutivo no Tambor


Consiste na instalao de uma pea metlica na face do tambor movido em conjunto
com um sensor tipo indutivo. Quando pea metlica girar em conjunto com o tambor,
esta detectada pelo sensor indutivo que envia um pulso que interpretado e
comparado pelo CLP com uma faixa de velocidade padro programada.

Figura 51 Exemplos de Sensor Indutivo

Quando a velocidade da correia transportadora permanecer fora da faixa do set-point


durante um intervalo de tempo determinado, o sistema emite um sinal de alarme ou
interrupo. De modo geral mais indicado para verificar se a correia transportadora
est realmente movimentando ou no.
5.9.2. Pontos de Instalao
Especificamente para o tacmetro com contrapeso deve observar seu posicionamento
na face inferior do lado carga, observando o sentido de movimentao da correia
transportadora. A presso exercida pela polia do tacmetro sobre a correia
transportadora poder ser regulada atravs de seu contrapeso. Deve ser instalado na
regio do tambor de retorno ou de cabea que estiver mais afastado do acionamento.

Figura 52 Instalao e Posicionamento de Detectores de Velocidade

No caso do sensor indutivo dever ser instalada uma ou mais peas metlicas na face
do tambor movido e o sensor em um suporte fixo. Este suporte deve permitir ajustar a
distncia entre o sensor e a pea metlica para atender os diversos tipos e fabricantes
de sensor indutivo (no h um tipo especfico contra indicado).

REV04 17 SET 2012

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recomendado que se utilize os dois modelos em conjunto, sendo o sensor indutivo


para confirmar o movimento da correia transportadora e o tacmetro para indicar sua
velocidade de operao.
5.9.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)
O dispositivo deve ser interligado ao CLP de processo atravs de lgica dedicada de
modo a garantir a monitorao de valores de velocidade indesejada, alarmando e
desligando o contator do motor de acionamento da correia transportadora sempre que
valores de velocidade fora da faixa determinada sejam alcanados.
importante ressaltar a necessidade de criar, na lgica dedicada do CLP de processo,
uma faixa de no sinalizao durante a rampa de partida da correia transportadora
para no gerar alarmes falsos nesse perodo ou at impedir a partida.
Conforme j indicado, recomendado que os dois modelos, sensor indutivo e
tacmetro, trabalhem em conjunto.
5.9.4. Instruo de Manuteno
A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

Ferramentas
- Mquina Fotogrfica;
- Pirmetro ptico;
- Estetoscpio;
- Caneta de vibrao;
- Pincel;
- Bolsa de ferramentas completa.

Atividades
- Verificar acmulo de material no sensor e batente;
- Verificar fixao / corroso;
- Verificar suporte folgado / trincado / quebrado;
- Verificar box / prensa-cabo folgado / solto, condulete ou
eletroduto;
- Verificar se o batente de atuao est desajustado ou corrodo;
- Verificar se o DBV esta tocando no batente.

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

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Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

Ferramentas
- Bolsa de ferramentas completa;

- Pano limpo;

- Multmetro;

- lcool isoproplico;

- Pincel de nylon ou fibra de vidro;

- Silicone.

Atividades
Solicitar bloqueio eltrico (obrigatrio) e mecnico (se necessrio) antes de iniciar o servio de
manuteno.
- Verificar identificao (TAG), providenciar correo se necessrio;
- Fazer limpeza externa (sensor e caixa de ligao);
- Verificar condies da carcaa do sensor e da caixa de ligao (ferrugem, trincas, fixao). Corrigir se
necessrio;
- Verificar integridade fsica da polia, tacmetro, haste, contrapeso e suporte. Corrigir se necessrio;
- Verificar condies cabos, prensa cabos, eletrodutos e corrigir se necessrio;
- Abrir a tampa da caixa de ligao do sensor;
- Fazer limpeza interna com pincel;
- Fechar a tampa e vedar com silicone;
- Retirar o bloqueio do sensor;
- Fazer teste de acionamento do sensor (aproximar um objeto metlico da face sensorial e verificar se o
led acende e confirmar status no PLC ou na Sala de Controle). Corrigir se necessrio;
- Certificar atuao status no PLC (desarme do contator principal);
- Retirar bloqueio do transportador e liberar equipamento para operao;
- Abrir OS para eventuais irregularidades encontradas e no sanadas;

5.9.5. Inspeo de Recebimento


Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.
Vedao e roscas da entrada / sada de
cabos eltricos.
Vedao da tampa e seus parafusos.
A existncia de trincas no invlucro da chave.
Garantia da continuidade dos contatos
eltricos com multmetro, acionando
manualmente o dispositivo.

REV04 17 SET 2012

Verificar se a polia do tacmetro est livre, se


o contra peso possui curso livre em toda
extenso do brao e se a fixao est ntegra.
Alimentar eletricamente o sensor indutivo e
observar sua atuao com o auxlio de uma
pea metlica.
Verificar a existncia dos acessrios de
montagem e fixao de acordo com o manual
do fabricante.
Conformidade entre especificao tcnica /
dados de aquisio e a folha de dados do
equipamento recebido.

78

5.9.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Esses equipamentos devem ser mantidos na embalagem original do fabricante,
conservados e armazenados no almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva
e p e protegidos de choque mecnico, a fim de garantir sua instalao e
funcionamento a qualquer momento.
5.9.7. Dados para Aquisio
a) Tacmetro com Contrapeso
Item

Especificao

Limite de velocidade

Conforme velocidade do transportador

Operao do limite de velocidade

Hi (high)

Holding do limite de velocidade

Ho (sem holding)

Tempo para chaveamento OFF / ON

2,0s

Tempo para chaveamento ON / OFF

2,0s

Escala da freqncia

1.565Hz

Escala da velocidade

6,0m/s

Alimentao

18 a 30Vcc

Contatos de sada

6/250VCA

b) Sensor Indutivo no Tambor


Item

Especificao

Dimetro

30mm

Tipo de Rosca

M30 x 1,5mm

Distncia Sensorial

15mm

Histerese

5%

Vida til Mecnica

1.000.000 manobras

Freqncia de Comutao Mxima

400Hz

Tipo de Contatos

NA

Tenso de Alimentao

10 a 30Vcc

Proteo de Sada

Curto Circuito e Inverso

Nmero de Cabos

Configurao Eltrica

CC NPN

Temperatura de Operao

-25 a +70C

Grau de Proteo

IP 67

Corrente Mxima de Comutao

200mA

Observar ainda a SPE - EG-J-401 - Especificao Geral Fornecimento de Automao


em Equipamentos Mecnicos - Rev01.

REV04 17 SET 2012

79

5.10. Sonda de Nvel


So dispositivos que permitem a interrupo do fluxo de material no caso de acmulo
excessivo de material no interior do chute de transferncia (entupimento) da correia
transportadora posterior. H casos de graves acidentes, com queda de grandes
estruturas, devido ao no funcionamento de sondas de nvel.

Figura 53 Exemplos de Sondas de Nvel

Todos os chutes, moegas, calhas e demais pontos de transferncia devem possuir


sonda de nvel para evitar o seu entupimento, devendo ser posicionada de tal forma
que a queda do material no provoque a sua atuao acidental ou venha a danific-la.
Chutes de transferncia onde a possibilidade de entupimento possa ser mais grave
devem possuir mais de uma sonda de nvel.
5.10.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Pndulo

N/A

Atende

Alta

Diafragma

N/A

Atende

Alta

Radar

N/A

Atende

Alta

Ultrassom

N/A

No Avaliado

No Avaliado

Laser

N/A

No Avaliado

No Avaliado

As sondas de nvel do tipo Ultrassom e Laser, apesar de histrico de bom


desempenho em outras aplicaes, ainda no foram testadas em nosso processo
produtivo para avaliar seu funcionamento em ambientes com excesso de p e
particulado e assim serem homologadas para fornecimento.
As sondas de nvel do tipo Radar possuem alta confiabilidade, porm com custo muito
alto em comparao aos modelos de Pndulo e de Diafragma sem justificvel ganho
de eficincia.
a) Sonda de Nvel de Pndulo
A sonda de nvel de pndulo ou de inclinao projetada para a deteco de nvel
alto, mdio e baixo em chutes de transferncia com material a granel, evitando o
entupimento ou transbordamento. Deve ser totalmente encapsulada para garantir
robustez na deteco de nveis de slidos.

REV04 17 SET 2012

80

Deve ser suspensa verticalmente e fixada em suportes livres de vibraes. Na posio


vertical o contato da sonda de nvel de pndulo estar normalmente fechado (NF).
Quando um excesso de material acumula dentro do chute de transferncia e fora a
inclinao da sonda de nvel de pndulo alm de 15 em qualquer direo em relao
vertical, o contato abre e permanecer aberto enquanto a inclinao em relao
vertical estiver igual ou superior a 15.

Figura 54 Sonda de Nvel de Pndulo

O equipamento de controle ao qual a sonda de nvel de pndulo conectada (um


CLP, por exemplo) deve ser provido de um temporizador para que somente dispare o
alarme se o contato ficar aberto continuamente por um tempo preestabelecido,
evitando assim alarmes falsos.
A sonda de nvel de pndulo fornecida com cabo de dois condutores. Estes
condutores so os terminais do contato NF da sonda. Recomenda-se proteger o cabo
atravs de eletroduto metlico.
Dever possuir uma unidade de interface local em caixa de ao com grau de proteo
IP-65, com alarmes luminosos em duas cores vermelha e verde, para indicar
visualmente operao normal e sistema em alarme.
b) Sonda de Nvel de Diafragma
A sonda de nvel de diafragma projetada para a deteco de nveis em chutes de
transferncia. Sua atuao ocorre por deflexo de seu diafragma de borracha,
deslocando o mecanismo interno que comuta o contato do dispositivo.

Figura 55 Sonda de Nvel de Diafragma

Sua confiabilidade de atuao bastante influenciada por caractersticas que devem


ser observadas para seleo e instalao conforme indicado a seguir:

REV04 17 SET 2012

81

Caractersticas para seleo e instalao de sonda de nvel de diafragma


Posicionamento na parede do chute;
Inclinao da sonda na parede do chute;

Fora mnima de atuao sobre a membrana


da sonda.

No caso de materiais de alta densidade especfica, como minrio de ferro e pelotas,


torna-se fator crtico a escolha da correta fora mnima de atuao para evitar falsos
alarmes mesmo com um pequeno volume de material depositado sobre a sonda de
nvel de diafragma. A seguir so recomendados valores para fora mnima de atuao
para a seleo de sonda de nvel de diafragma conforme o tipo de material a ser
movimentado:
Tipo de Material Movimentado

Fora Mnima de Atuao da Sonda

Materiais leves, Gros e Carvo

< 5 kgf

Materiais pesados, Minrio de Ferro e Pelotas

5 kgf

De modo geral os modelos disponveis pela maioria dos fornecedores apresentam


foras mninas de atuao de 1,5Kgf, 2,5Kgf e 5,0kgf.
Ainda possvel instalar mais de uma sonda de nvel de diafragma em um mesmo
chute de transferncia para indicar diversos pontos de nvel conforme necessidade.

Figura 56 Exemplo de Instalao para controlar mais de um Nvel

5.10.2. Pontos de Instalao


As sondas de nvel devem ser instaladas fora do raio de ao do fluxo direto de
material. No caso de chutes de transferncia, devem ser montadas lateralmente ao
fluxo de material ou protegidas com chapas defletoras para evitar impacto direto.
Em chutes de transferncia com altura superior a 3m, as sondas de nvel devem ser
posicionadas mais prximas da parte inferior, para que o dispositivo seja acionado
antes de ocorrer um acmulo excessivo de material dentro do chute.

REV04 17 SET 2012

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a) Sonda de Nvel de Pndulo


A sonda de nvel de pndulo deve ser montada preferencialmente na lateral dos
chutes de transferncia, observando uma distncia mnima da parede que permita
uma inclinao de pelo menos 15 com a vertical. Sua posio deve ser sempre
abaixo da linha de centro do tambor.

Figura 57 Instalao Adequada de Sondas de Nvel de Pndulo

Utilizar cabos de comprimento muito longo (maiores do que 1m) pode prejudicar a
sensibilidade da sonda de nvel de pndulo, assim devem ser evitados.
b) Sonda de Nvel de Diafragma
A sonda de nvel de diafragma deve ser posicionada abaixo da linha de centro do
tambor de descarga, numa das paredes laterais e acima da metade do chute de
transferncia.

Montagem incorreta

Figura 58 Instalao Adequada de Sondas de Nvel de Diafragma

REV04 17 SET 2012

83

A figura a seguir indica a regio da parede lateral do chute de transferncia para o


adequado posicionamento da sonda de nvel de diafragma.

Figura 59 Regio de Posicionamento da Sonda de Nvel de Diafragma no Chute

A sonda de nvel de diafragma acionada atravs da presso em sua membrana,


sendo esta presso resultante do peso, da velocidade e principalmente em funo do
ngulo de repouso do material. Assim, para sua maior eficincia, a sonda de nvel de
diafragma deve ser instalada com ngulo ascendente, preferencialmente semelhante
ao ngulo de repouso do material transportado.

Figura 60 ngulo de Instalao de Sonda de Nvel de Diafragma

5.10.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)


Assim que o nvel mximo determinado atingido os contatos da sonda de nvel
comutam. Esse sinal pode ser de alerta (alarme) ou de desligamento do motor de
acionamento do transportador de correia, o que poder ser feito atravs do CLP de
controle atravs de lgica dedicada.
Deve ser provido de uma temporizao para que o alarme ou desligamento somente
ocorra se o contato ficar aberto por um tempo preestabelecido (10s, por exemplo)
continuamente, a fim de evitar alarmes falsos.

REV04 17 SET 2012

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5.10.4. Instruo de Manuteno


A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

Ferramentas

Atividades
Sonda de nvel de pndulo
- Verificar acmulo de material na chave de nvel;
- Verificar fixao / corroso;
- Verificar suporte folgado / trincado / quebrado;
- Verificar condulete / eletroduto quebrado;

- Mquina Fotogrfica;

- Verificar corpo da sonda. Se constatar desgaste acentuado


devido queda de material, programar troca da sonda;

- Pirmetro ptico;

- Verificar fixao da sonda no cabo de ao;

- Estetoscpio;

- Verificar a perfeita fixao e conexo do cabo de controle;

- Caneta de vibrao;

- Verificar se a sonda esta travada com material.

- Pincel;

Sonda de nvel de diafragma

- Bolsa de ferramentas completa.

- Verificar acmulo de material na chave / membrana;


- Verificar danos na membrana. Programar troca da sonda se
necessrio;
- Verificar fixao / corroso;
- Verificar falta de parafusos na base e tampa;
- Verificar box / prensa-cabo folgado / solto, condulete /
eletroduto.

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

REV04 17 SET 2012

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Ferramentas
- Bolsa de ferramentas completa;

- Pano limpo;

- Multmetro;

- lcool isoproplico;

- Pincel de nylon ou fibra de vidro;

- Silicone.

Atividades
Solicitar bloqueio eltrico (obrigatrio) e mecnico (se necessrio) antes de iniciar o servio de
manuteno.
Sonda de nvel de pndulo
- Efetuar limpeza externa com o auxlio do pincel ou toalha industrial;
- Verificar corpo da sonda. Se constatar desgaste acentuado devido queda de material, trocar a sonda;
- Verificar a fixao da sonda no cabo de ao;
- Verificar a perfeita fixao e conexo do cabo de controle;
- Testar a continuidade dos contatos na posio normal e atuada, variando a posio e a inclinao;
- Certificar atuao status no PLC (desarme do contator principal).
Sonda de nvel de diafragma
- Efetuar limpeza externa com o auxlio do pincel ou toalha industrial;
- Verificar a fixao da sonda no seu suporte;
- Abrir a tampa e verificar a borracha de vedao. Se constatar ressecamentos, providenciar troca;
- Verificar o estado do diafragma se constatar ressecamento ou furos, trocar a sonda ou o diafragma.
- Completar ou trocar parafusos se faltando ou em condies ruins;
- Efetuar limpeza interna utilizando a toalha industrial e observar se h infiltraes de umidade e poeira;
- Verificar a perfeita fixao e vedao do cabo no prensa cabo;
- Verificar o estado dos blocos de contatos quanto a sua fixao, trincas ou quebras e a conservao da
fiao eltrica interna da chave, quanto a ressecamentos ou marcas na isolao dos fios;
- Testar a continuidade dos contatos na posio normal e atuada;
- Acionar o diafragma com a mo, conferindo o funcionamento mecnico, ao soltar a mesma, esta dever
retornar mecanicamente ao ponto inicial;
- Verificar o mecanismo interno quanto a desgastes;
- Certificar atuao status no PLC (desarme do contator principal).

5.10.5. Inspeo de Recebimento


Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.
Vedao e roscas da entrada / sada de
cabos eltricos.
Vedao da tampa e seus parafusos.
A existncia de trincas no invlucro da sonda.

REV04 17 SET 2012

Garantia da continuidade dos contatos


eltricos com multmetro, acionando
manualmente o dispositivo.
Verificar a existncia dos acessrios de
montagem e fixao de acordo com o manual
do fabricante.
Conformidade entre especificao tcnica /
dados de aquisio e a folha de dados do
equipamento recebido.

86

5.10.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Esses equipamentos devem ser mantidos na embalagem original do fabricante,
conservados e armazenados no almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva
e p e protegidos de choque mecnico, a fim de garantir sua instalao e
funcionamento a qualquer momento.
5.10.7. Dados para Aquisio
a) Sonda de Nvel de Pndulo
Item

Especificao

Construo

Tubo Inox AISI 304

Encapsulamento

Resina Polister Especial

ngulo de Atuao

15 com a Vertical

Direo de Acionamento

360 (Todas)

Contato Eltrico

NF de 0 a 15 com a Vertical

Tipo de Contato

Ampola de Ao Inox com Mercrio

Temperatura

At 70C

Alimentao Eltrica

127 ou 220Vac - 60Hz

Grau de Proteo

IP 65

b) Sonda de Nvel de Diafragma


Item

Especificao

Construo

Carcaa em Alumnio Fundido

Acionamento

Deflexo do Diafragma

Fora Mnima de Atuao

< 5kgf (Gros e Carvo)


5kgf (Minrio de Ferro e Pelotas)

Conexo

1 x 3/4 - Rosca Gs

Tipo de Contato

Microruptor de Ao Rpida 1NA + 1NF

Temperatura

At 70C

Classe de Isolao

500Vac

Cor e Acabamento

Amarelo Segurana

Alimentao Eltrica

127 ou 220Vac - 60Hz

Grau de Proteo

IP 65

Observar ainda a SPE - EG-J-401 - Especificao Geral Fornecimento de Automao


em Equipamentos Mecnicos - Rev01.

REV04 17 SET 2012

87

5.11. Limitador de Fluxo de Material (Quebra-Camelo)


O dispositivo um contentor de volume, comumente denominado quebra-camelo.
Instalado na sada de chutes de transferncia em conjunto com as guias laterais, o
quebra-camelo limita o fluxo de material de forma a eliminar os chamados camelos,
que so pequenos montes de material na correia transportadora (que lembram as
costas de um camelo, da seu nome), provenientes de carregamento no uniformes.

Figura 61 Exemplos de Limitador de Fluxo de Material

Alm de regular o fluxo de material, o que garante a distncia mnima entre a borda da
correia transportadora e o material, o quebra-camelo tambm utilizado para
proteger extratores de sucata contra choques com o material, evitando danos em sua
estrutura e componentes.
5.11.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Quebra-Camelo

N/A

Atende

Alta

Como o funcionamento deste dispositivo ocorre pela restrio da sada do chute de


transferncia, seu projeto deve ser baseado em clculos do grau de enchimento e
capacidade nominal e de projeto do transportador de correia para evitar entupimentos.
5.11.2. Pontos de Instalao
Deve ser instalado na sada de chutes de transferncia em conjunto com as guias
laterais a fim de evitar excesso de material na correia transportadora. Sua estrutura de
fixao deve ser construda de forma a suportar a fora exercida pelo material sobre o
conjunto limitador de fluxo.
Sempre que houver um extrator de sucata instalado no transportador de correia, um
limitador de fluxo de material dever ser instalado na sada do chute de transferncia
para proteger o extrator de sucata contra choques com o material.
5.11.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)
No se aplica.

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5.11.4. Instruo de Manuteno


A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

Ferramentas
- Mquina Fotogrfica;
- Bolsa de ferramentas completa.

Atividades
- Verificar acmulo de material;
- Verificar fixao da estrutura;
- Verificar a integridade fsica;

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

Ferramentas
- Bolsa de ferramentas completa;
- Equipamento de solda completo.

Atividades
Solicitar bloqueio eltrico (obrigatrio) e mecnico (se necessrio) antes de iniciar o servio de
manuteno.
- Retirar acmulo de material e verificar danos fsicos;
- Efetuar reparos ou substituir peas / conjunto conforme necessrio;

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5.11.5. Inspeo de Recebimento


Opcionalmente, devido a sua simplicidade, este dispositivo pode ser fabricado
diretamente pela prpria rea de manuteno, porm em caso de aquisio externa:
Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.
Integridade fsica e ausncia de trincas /
deformaes.

Verificar a existncia dos acessrios de


montagem e fixao de acordo com o manual
do fabricante.
Conformidade entre especificao tcnica /
dados de aquisio e a folha de dados do
equipamento recebido.

5.11.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Esses equipamentos devem ser mantidos na embalagem original do fabricante,
conservados e armazenados no almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva
e p e protegidos de choque mecnico, a fim de garantir sua instalao e
funcionamento a qualquer momento.
5.11.7. Dados para Aquisio
Opcionalmente, devido a sua simplicidade, este dispositivo pode ser fabricado
diretamente pela prpria rea de manuteno.
Tanto para fabricao prpria, quanto para aquisio externa, um projeto especfico
deve ser elaborado de acordo com as caractersticas tcnicas do ponto de instalao.
Como o funcionamento deste dispositivo ocorre pela restrio da sada do chute de
transferncia, seu projeto deve ser baseado em clculos do grau de enchimento e
capacidade nominal e de projeto do transportador de correia para evitar entupimentos.
Este projeto deve servir de base de dados para aquisio, fabricao e instalao.

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5.12. Balana Integradora


Balana integradora um equipamento que pesa o material transportado em correias
transportadoras e mede a velocidade de deslocamento, obtendo assim a vazo
(tonelada / hora) e o total transportado.
constituda por uma ou mais roletes com clulas de carga, denominados ponte de
pesagem, e um tacmetro digital, montada na carga da correia transportadora.

Figura 62 Exemplos de Balana Integradora

Projetada para transportadores de correia dos mais diversos tamanhos e capacidades,


em operao normal, a soma do sinal das clulas de carga e do tacmetro digital
utilizado pela unidade de controle para obteno do fluxo de material que, integrado
em relao ao tempo, resulta na indicao da quantidade transportada de material.
5.12.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Clula de Carga integrada a


Tacmetro Digital

N/A

Atende

Alta

A ponte de pesagem, de concepo modular, possui uma ou duas clulas de carga,


dependendo da largura e capacidade do transportador de correia. Em aplicaes de
maior exatido e onde a velocidade elevada, duas ou mais pontes de pesagem
podem ser dispostas em srie num mesmo transportador de correia.
O projeto da ponte de pesagem deve ser tal para que somente as foras verticais,
correspondentes carga de material na correia transportadora, sejam transmitidas
pelo rolete de pesagem s clulas de carga. As clulas de carga no devem receber
as foras devido ao atrito entre rolos e correia transportadora, foras laterais ou cargas
descentralizadas.
Deve ainda atender aos requisitos da SPE ET-J-420 - Especificao Tcnica Balana
de Fluxo.

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5.12.2. Pontos de Instalao


Devem ser instaladas preferencialmente em regio plana do transportador de correia
aps o chute de transferncia. recomendado observar uma distncia mnima de 30m
aps o chute de transferncia para que a vibrao devido ao impacto do material
sobre a correia transportadora no crie desvios na medio.
Durante sua instalao dever ser feito o correto alinhamento, nivelamento e
esquadrejamento das pontes de pesagem entre si e com a estrutura do transportador
de correia. Alm disso, ao menos os trs roletes anteriores e os trs posteriores
tambm devem estar devidamente alinhados, nivelados e esquadrejados. Essa
ateno necessria para evitar desvio nas medies.
Deve ser prevista proteo contra vento e agentes atmosfricos na regio de
passagem a fim de proteger o dispositivo e tambm evitar desvios nas medies.
5.12.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)
Ao menos uma balana integradora deve ser instalada em rotas onde no haja
garantia de fluxo contnuo, como em rotas com recuperadoras, para monitorar e
garantir que no sejam ultrapassados os limites de capacidade mxima ou capacidade
de projeto dos transportadores de correia daquela rota.
Neste caso, seu controlador lgico dever ser interligado ao sistema supervisrio de
operao para reduzir a vazo ou paralisar a operao dos equipamentos anteriores
ao transportador de correia onde a balana integradora estiver instalada e detectar
sobrecarga durante um intervalo de tempo contnuo superior a 5s.
5.12.4. Instruo de Manuteno
A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

Ferramentas
- Mquina Fotogrfica.

Atividades
- Verificar acmulo de material no equipamento;
- Verificar fixao / corroso;
- Verificar suporte folgado / trincado / quebrado;
- Verificar condulete / eletroduto quebrado;
- Verificar integridade do visor (display digital);
- Verificar a perfeita fixao e conexo do cabo de controle;

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Atividades
- Verificar se o tacmetro digital ou por onde acionado est travado por acmulo de material;
- Verificar se a conexo com a clula de carga est ntegra

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

Ferramentas
- Bolsa de ferramentas completa;

- Pano limpo;

- Multmetro;

- lcool isoproplico;

- Pincel de nylon ou fibra de vidro;

- Silicone.

Atividades
Solicitar bloqueio eltrico (obrigatrio) e mecnico (se necessrio) antes de iniciar o servio de
manuteno.
Ponte de Pesagem
- Efetuar limpeza externa com o auxlio do pincel ou toalha industrial;
- Verificar integridade do corpo da ponte de pesagem;
- Verificar a fixao da ponte de pesagem;
- Verificar a perfeita fixao e conexo do cabo de controle;
- Testar a continuidade dos cabos de alimentao;
- Simular carga e checar sinal de sada proporcional;
Tacmetro Digital
- Efetuar limpeza externa com o auxlio do pincel ou toalha industrial;
- Verificar a fixao e possveis travamentos;
- Efetuar limpeza interna utilizando a toalha industrial e observar se h infiltraes de umidade e poeira;
- Forar manualmente movimento no tacmetro e observar se o painel de controle acusou essa ao.

Simulao da carga e verificao do sinal


de sada proporcional

0%

25%

50%

75%

100%

Sinal de entrada pela clula 0 a 28mV

0mV

7mV

14mV

21mV

28mV

Sinal e sada 4 a 20mA

4mA

8mA

12mA

16mA

20mA

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5.12.5. Inspeo de Recebimento


Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.
Integridade fsica e ausncia de trincas /
deformaes.
Em bancada simular cargaem mV e observar
o sinal de sada proporcional em mA.

Verificar a existncia dos acessrios de


montagem e fixao de acordo com o manual
do fabricante.
Conformidade entre especificao tcnica /
dados de aquisio e a folha de dados do
equipamento recebido.

Simulao da carga e verificao do sinal


de sada proporcional

0%

25%

50%

75%

100%

Sinal de entrada pela clula 0 a 28mV

0mV

7mV

14mV

21mV

28mV

Sinal e sada 4 a 20mA

4mA

8mA

12mA

16mA

20mA

5.12.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Esses equipamentos devem ser mantidos na embalagem original do fabricante,
conservados e armazenados no almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva
e p e protegidos de choque mecnico, a fim de garantir sua instalao e
funcionamento a qualquer momento.
Embora o equipamento venha pintado de fbrica se faz necessrio uma aplicao de
uma proteo extra contra oxidao previamente recomendada pelo fabricante.
5.12.7. Dados para Aquisio
Item

Especificao

Grau de Proteo

IP 65

Sinal de Entrada

0 a 28mV

Sinal de Sada

4 a 20mA

Alimentao Eltrica

90 a 264V

Frequncia

60Hz

Sada de Controle (contatos secos)

No mnimo 8 contatos NA

Temperatura Mxima de Operao

- 25 a 45C

Temperatura Mxima de Armazenamento

- 40 a 80C

Display

5 x 7 (Matriz de pontos com altura de


caractere de 6mm)

Normas

EN60947-5-5, ISO13850, ISOTR 12100, IEC


60947-5-1, EN 418, IEC 348, IEC 801

Observar ainda a SPE - EG-J-401 - Especificao Geral Fornecimento de Automao


em Equipamentos Mecnicos - Rev01.

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5.13. PREVENO CONTRA DANOS MECNICOS


Adicionalmente aos cuidados para se evitar danos por corte longitudinal, prevenir
perda de bordas na correia transportadora por desalinhamentos e impacto na estrutura
e componentes do transportador de correia por sobrecarga, importante observar a
preveno de danos mecnicos devido prpria caracterstica de funcionamento de
transportadores de correia.
Pontos de ateno para a preveno de danos mecnicos esto na parada controlada
ou emergencial do movimento da correia transportadora, ou seja, quando se desliga o
acionamento por conta da sequncia de operao ou devido a uma falta de energia, o
movimento deve ser paralisado de forma controlada a fim de evitar acidentes materiais
e pessoais. Isso realizado atravs de freios e contra-recuos.

Figura 63 Exemplos de Freio e Contra-Recuo

Tambm necessria especial ateno ao controle do deslocamento de conjuntos


mveis de um transportador de correia quando o mesmo opera com mais de um ponto
de transferncia atravs de cabea mvel ou tripper. Dispositivos de controle do
deslocamento dos conjuntos mveis, como as chaves de fim de curso e sobre curso,
assim como batentes, devem ser instalados.

Figura 64 Pontos Tpicos para Instalao de Chaves Fim de Curso e Sobre Curso

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Finalmente em curvas verticais cncavas, a correia transportadora pode elevar e se


descolar do bero de roletes, vindo a tocar partes da estrutura do transportador de
correia ou mesmo sofrer danos ao retornar ao bero de roletes logo em seguida. Neste
caso, rodas de contra elevao devero ser instaladas.

Figura 65 Exemplos de Rodas de Contra Elevao

A seguir apresentamos opes de dispositivos a serem instalados em transportadores


de correia para preveno contra danos mecnicos.

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5.14. Freio
um dispositivo de frico com o objetivo de promover uma parada controlada do
transportador de correia. Alm de ser utilizado para interromper o movimento da
correia transportadora em uma situao de emergncia, tambm pode ser utilizado
para limitar a distncia de parada da correia transportadora, a fim de evitar excesso de
transferncia de material durante o intervalo de parada.

Figura 66 Exemplos de Freios

Para seu adequado funcionamento, considerando segurana e proteo, freios


utilizados em correias transportadoras operam atravs do princpio de que as
superfcies de frenagem esto normalmente acopladas atravs de molas e so
desacopladas atravs de ao eletromagntica, eletro hidrulica ou hidrulica.
Exceto no acionamento hidrulico utilizado somente para freio de estacionamento,
onde o acoplamento ocorre pela ao do pisto hidrulico.
5.14.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Disco Acionamento
Eletromagntico

Atende

Atende

Alta

Sapata Acionamento Eletro


Hidrulico

Atende

Atende

Alta

Disco Acionamento Eletro


Hidrulico

Atende

Atende

Alta

Disco Acionamento
Hidrulico

Atende

Atende

Alta

O acionamento eletromagntico possui alta confiabilidade, porm sua aplicao mais


indicada em sistemas de freio de servio com vrias manobras por hora (por exemplo,
uma ponte rolante), no sendo normalmente utilizados em transportadores de correia.
O acionamento eletro hidrulico, tambm denominado tipo eldro, o mais indicado
pela sua praticidade de instalao, operao e manuteno. Atende tanto a aplicao
de controle de tempo de frenagem, quanto aplicao de parada emergencial.
O acionamento totalmente hidrulico mais indicado quando o equipamento tem que
permanecer parado, conferindo maior segurana durante a manuteno, ou no caso
de freio de estacionamento para translao.

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5.14.2. Pontos de Instalao


recomendado ser instalado no eixo de alta rotao do redutor. Em caso de
incompatibilidade, este dever ser montado entre o acoplamento e o redutor, num eixo
independente com mancais. vetada a montagem de freio no eixo do motor.

Figura 67 Exemplo de Instalao de Freio

Em alguns casos, o freio pode ser instalado num tambor de cauda ou desvio desde
que este anteceda o tambor de cabea ou descarga, a fim de reduzir a fora de
esticamento.
Em funo de dimensionamento e distribuio de tenses ao longo da correia
transportadora a escolha do ponto de instalao do freio determinada pelo projeto do
transportador de correia e no deve ser alterada sem uma avaliao tcnica.
5.14.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)
Considerando a segurana e proteo, freios utilizados em correias transportadoras
para a funo servio e emergncia devem operar atravs do princpio de que as
superfcies de frenagem esto normalmente acopladas atravs de molas e so
desacopladas atravs de ao eletromagntica ou eletro hidrulica. Assim alm do
controle do tempo de frenagem para limitar a distncia de parada, tambm atuaro em
uma situao de emergncia com corte de energia.
5.14.4. Instruo de Manuteno
A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

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Ferramentas
- Mquina Fotogrfica;

- Trena metlica de 5m e Paqumetro de 300mm;

- Pirmetro ptico;
- Estetoscpio;

- Esptula 80mm, Pincel de 100mm, Escova de


ao, Martelo pequeno e Lanterna;

- Caneta de vibrao;

- Mochila para armazenamento de ferramentas;

- Pincel;

- Toalha industrial;

- Bolsa de ferramentas completa.

- Marcador industrial.

Atividades
Sensores do freio
- Verificar acmulo de material no sensor e batente;
- Verificar fixao / corroso;
- Verificar suporte folgado / trincado / quebrado;
- Verificar box / prensa-cabo folgado / solto, condulete / eletroduto;
- Verificar batente de atuao / desajustado / corrodo;
- Verificar plugue de ligao.
Componentes mecnicos
- Verificar nos freios eletromagnticos: discos com trincas, desgaste, empenos, pastilhas e fixao;
- Verificar desgaste das pastilhas de freio, articulaes e travamento;
- Verificar nos freios eletro hidrulicos: limpeza, vazamento de fluido hidrulico, vedao dos cilindros,
avarias na haste do cilindro, articulaes, trincas e desgaste no tambor de freio, desgaste da sapata de
freio e lubrificao.

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

Ferramentas
- Bolsa de ferramentas completa;

- Pano limpo;

- Multmetro;

- lcool isoproplico;

- Pincel de nylon ou fibra de vidro;

- Silicone.

Atividades
Solicitar bloqueio eltrico (obrigatrio) e mecnico (se necessrio) antes de iniciar o servio de
manuteno.
- Efetuar limpeza para retirar acmulo de material no sensor e batente;
- Verificar fixao / corroso, suporte folgado / trincado / quebrado. Substituir se necessrio;

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Atividades
- Verificar conexes eltricas e corrigir se necessrio;
- Verificar batente de atuao / desajustado / corrodo e corrigir se necessrio;
- Verificar nos freios eletromagnticos: discos com trincas, desgaste, empenos, pastilhas e fixao,
desgaste das pastilhas de freio, articulaes e travamento. Corrigir se necessrio;
- Verificar nos freios eletro hidrulicos: limpeza, vazamento de fluido hidrulico, vedao dos cilindros,
avarias na haste do cilindro, articulaes, trincas e desgaste no tambor de freio, desgaste da sapata de
freio e lubrificao. Corrigir se necessrio.

5.14.5. Inspeo de Recebimento


Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.
Integridade fsica e ausncia de trincas /
deformaes.

Verificar a existncia dos acessrios de


montagem e fixao de acordo com o manual
do fabricante.
Conformidade entre especificao tcnica /
dados de aquisio e a folha de dados do
equipamento recebido.

5.14.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Esses equipamentos devem ser mantidos na embalagem original do fabricante,
conservados e armazenados no almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva
e p e protegidos de choque mecnico, a fim de garantir sua instalao e
funcionamento a qualquer momento.
Embora o equipamento venha pintado de fbrica se faz necessrio uma aplicao de
uma proteo extra contra oxidao previamente recomendada pelo fabricante.
5.14.7. Dados para Aquisio
necessrio elaborar uma especificao tcnica consistente caso a caso conforme
dados do projeto. Uma detalhada especificao para um freio deve conter as
seguintes informaes:

Informaes para especificao de freio


Arranjo de instalao indicando onde ser
instalado o freio;

Dados fsicos do local da instalao (local


aberto ou confinado, proximidade a agentes
corrosivos);

Velocidade da correia transportadora;

Tipo do freio a ser instalado;

Torque de frenagem necessrio;

Caracterstica e componentes necessrios


para os painis eltricos;

Alm das informaes listadas acima sempre necessrio solicitar a entrega de


desenhos, lista de materiais, manual de operao e manual de manuteno junto ao
freio a ser adquirido.

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5.15. Contra-Recuo
Contra-recuos, tambm denominados rodas livres, so equipados com rolos cilndricos
que atuam como elementos de bloqueio em uma direo de rotao e, na direo
oposta, permitem um giro livre. Operam normalmente com lubrificao a leo,
podendo em casos especficos operar com lubrificao a graxa.

Figura 68 Exemplo de Contra-Recuo

So dispositivos mecnicos destinados a evitar a reverso do movimento da correia


transportadora, quando submetida ao da gravidade devido interrupo de seu
movimento normal ou outra emergncia.
Devido ao seu princpio de funcionamento, o dispositivo de contra-recuo no deve ser
utilizado em correias transportadoras reversveis.
5.15.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Contra-recuo

Atende

Atende

Alta

A seleo detalhada deve ser realizada conforme dimensionamento de projeto.


5.15.2. Pontos de Instalao
Em funo de dimensionamento e distribuio de tenses ao longo da correia
transportadora a escolha do ponto de instalao do contra-recuo determinada pelo
projeto do transportador de correia e no deve ser alterada sem avaliao tcnica.
Todos os projetos devem prever sua instalao em transportadores de correia
inclinados que esto sujeitos a retrocesso, mesmo naqueles em que houver o
dispositivo de freio.
5.15.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)
mandatria sua instalao em transportadores de correia inclinados que esto
sujeitos a retrocesso. Mesmo naqueles em que houver o dispositivo de freio.
Devido ao seu funcionamento puramente mecnico, no h interao eltrica com o
acionamento da correia transportadora.

REV04 17 SET 2012

101

5.15.4. Instruo de Manuteno


A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

Ferramentas
- Pincel, escova de ao e lanterna;

- Toalha industrial;

- Bolsa de ferramentas completa.

- Marcador industrial.

Atividades
- Verificar acmulo de material;
- Verificar fixao / corroso;
- Verificar suporte folgado / trincado / quebrado;
- Verificar nvel e vazamento de leo lubrificante.

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

Ferramentas
N/A

N/A

Atividades
Este dispositivo no recebe manuteno preventiva.
Sua manuteno a partir de abertura de OS para reparo conforme inspeo.

REV04 17 SET 2012

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5.15.5. Inspeo de Recebimento


Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.
Integridade fsica e ausncia de trincas /
deformaes.

Verificar a existncia dos acessrios de


montagem e fixao de acordo com o manual
do fabricante.
Conformidade entre especificao tcnica /
dados de aquisio e a folha de dados do
equipamento recebido.

5.15.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Esses equipamentos devem ser mantidos na embalagem original do fabricante,
conservados e armazenados no almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva
e p e protegidos de choque mecnico, a fim de garantir sua instalao e
funcionamento a qualquer momento.
Embora o equipamento venha pintado de fbrica se faz necessrio uma aplicao de
uma proteo extra contra oxidao previamente recomendada pelo fabricante.
5.15.7. Dados para Aquisio
necessrio elaborar uma especificao tcnica consistente caso a caso conforme
dados do projeto. Uma detalhada especificao para um contra-recuo deve conter as
seguintes informaes:
Informaes para especificao de contra-recuo
Arranjo de instalao indicando onde ser
instalado o contra-recuo;

Dados fsicos do local da instalao (local


aberto ou confinado, proximidade a agentes
corrosivos);

Velocidade da correia transportadora;

Tipo do contra-recuo a ser instalado;

Torque de bloqueio necessrio;

Caracterstica e componentes necessrios


para instalao;

Alm das informaes listadas acima sempre necessrio solicitar a entrega de


desenhos, lista de materiais, manual de operao e manual de manuteno junto ao
contra-recuo a ser adquirido.

REV04 17 SET 2012

103

5.16. Chave Fim de Curso e Sobrecurso


So dispositivos de posio operados por cames com retorno automtico (comutador
eltrico) que ao ser acionados pela movimentao do equipamento controlado quando
este atinge o final de seu curso normal, cortam a energia com o objetivo de evitar a
movimentao alm da posio definida.

Figura 69 Exemplo de Chave Fim de Curso

Geralmente so usadas em cabeas mveis, desviadores, transportadores de correia


mveis, trippers e dispositivos de amostragem. Devem ser especialmente projetadas
para operar em ambientes agressivos.
5.16.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Microruptor acionado por cames

Atende

Atende

Alta

Existem vrias configuraes e dimenses disponveis de chaves de fim de curso,


devendo observar sua construo e robustez para operar em ambientes agressivos.
5.16.2. Pontos de Instalao
Devem ser instaladas em qualquer conjunto mvel que o transportador de correia
possuir, como cabeas mveis e trippers, com o objetivo de garantir que sua a
movimentao esteja dentro dos limites determinados em projeto.
Uma segunda chave fim de curso deve ser instalada para redundncia no caso da
primeira chave falhar. Essa segunda chave denominada chave de sobrecurso.
Ainda so requeridos batentes fsicos para segurar o movimento de conjuntos mveis
no caso de falha completa das chaves fim de curso e sobrecurso. Devem ser
localizados de tal forma que o impacto seja absorvido pela estrutura do equipamento e
no por suas rodas.
O ponto de instalao e quantidade de chaves fim de curso e sobrecurso e batente
fsico so determinados pelo projeto do transportador de correia e no devem ser
alterados sem avaliao tcnica.
Devem ser instalados limpa-trilhos em ambos os sentidos de movimento para evitar
travamento ou descarrilamento por acmulo de material nos trilhos.

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104

5.16.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)


Ao ser acionada a chave fim de curso, seus contatos devem atuar diretamente ou
atravs dos contatos de rel eletrnico de segurana especfico e dedicado no
contator eltrico do acionamento do motor de translao, desligando-o.
Seu objetivo garantir que o conjunto mvel no ultrapasse a posio determinada.
5.16.4. Instruo de Manuteno
A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

Ferramentas
- Mquina Fotogrfica;
- Pirmetro ptico;
- Estetoscpio;
- Caneta de vibrao;
- Pincel;
- Bolsa de ferramentas completa.

Atividades
- Verificar acmulo de material; sinais de trinca / corroso;
fixao e vedao do cabo no prensa cabo;
- Verificar estado da haste de acionamento, empeno da haste;
- Verificar fixao da chave na base / tampa;
- Verificar falta de parafusos;
- Conferir roletes e haste com marcas de desgaste, caso haja
avarias no rolo da haste, solicitar troca.

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

Ferramentas
- Bolsa de ferramentas completa;

- Pano limpo;

- Multmetro;

- lcool isoproplico;

- Pincel de nylon ou fibra de vidro;

- Silicone.

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105

Atividades
Solicitar bloqueio eltrico (obrigatrio) e mecnico (se necessrio) antes de iniciar o servio de
manuteno.
- Efetuar limpeza externa com o auxlio do pincel ou toalha industrial;
- Verificar a fixao da chave no seu suporte;
- Abrir a tampa e verificar a borracha de vedao da chave se constatar ressecamentos, providenciar a
troca;
- Completar ou trocar parafusos se faltando ou em condies ruins;
- Efetuar limpeza interna utilizando a toalha industrial e observar possveis infiltraes de umidade e
poeira;
- Verificar a perfeita fixao e vedao do cabo no prensa cabo;
- Verificar o estado dos blocos de contatos quanto a sua fixao, trincas ou quebras e a conservao da
fiao eltrica interna da chave, quanto a ressecamentos ou marcas na isolao dos fios;
- Testar continuidade dos contatos na posio normal e atuada;
- Acionar a haste manualmente, conferindo o funcionamento mecnico, ao soltar a mesma, esta dever
retornar mecanicamente ao ponto inicial;
- Conferir se a haste esta com folga ao ser acionada. Se estiver folgada, ajustar atravs da mola de
presso, em caso de no conseguir ajuste, trocar a chave;
- Verificar o mecanismo interno quanto a desgastes e lubrificao das molas e cames;
- Conferir roletes e haste com marcas de desgaste, se constatar desgaste acentuado trocar a haste;
- Conferir se o rolete roda livremente e efetuar ajuste do ponto de atuao da chave se esta estiver fora;
- Certificar atuao status no PLC desarme do contator principal.

5.16.5. Inspeo de Recebimento


Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.

Garantia da continuidade dos contatos eltricos


com multmetro, acionando manualmente a chave.

Vedao e roscas da entrada / sada de cabos


eltricos.

Verificar a existncia dos acessrios de montagem


e fixao de acordo com o manual do fabricante.

Vedao da tampa e seus parafusos.

Conformidade entre especificao tcnica / dados


de aquisio e a folha de dados do equipamento
recebido.

A existncia de trincas no invlucro da chave.

5.16.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Esses equipamentos devem ser mantidos na embalagem original do fabricante,
conservados e armazenados no almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva
e p e protegidos de choque mecnico, a fim de garantir sua instalao e
funcionamento a qualquer momento.

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5.16.7. Dados para Aquisio


Item

Especificao

Material do Invlucro

Liga fundida p/ aplicao pesada

Material da Porca da Argola

Ao Inoxidvel

Grau de Proteo

IP 65

Temperatura Operao

- 5C a 80C

Vida til Mecnica

1.000.000 manobras

Tenso de Isolao Nominal

480V

Corrente Eltrica Trmica (Ith)

10A

Contatos

Microruptor com contatos reversveis Max 03


contatos

Entrada de Cabos

BSP

Montagem

Qualquer posio

Observar ainda a SPE - EG-J-401 - Especificao Geral Fornecimento de Automao


em Equipamentos Mecnicos - Rev01.

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107

5.17. Roda Contra Elevao


um dispositivo cujo objetivo impedir que a correia transportadora ao sair de seu
acamamento regular nos roletes, principalmente em regies de perfil cncavo ou em
subidas de trippers, entre em contato com partes da estrutura a fim de evitar danos.

Figura 70 Exemplos de Roda Contra Elevao

Deve ser dimensionado de acordo com as caractersticas do transportador de correia,


sendo mandatria a utilizao de montagem por mancais devido s cargas a que est
submetido.
5.17.1. Seleo de Tecnologia
Tipos

Segurana
Pessoal

Segurana
Operacional

Confiabilidade

Roda ou tambor, montados


por mancais

N/A

Atende

Alta

Adaptao de rolos

N/A

No Atende

Baixa

A adaptao de rolos de retorno como dispositivos de proteo substituindo rodas de


contra elevao uma prtica incorreta e deve ser eliminada. Rolos de retorno no
possuem resistncia mecnica suficiente para trabalhar com as elevadas cargas que
se observa nas rodas de contra elevao, aumento o risco de acidentes.

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5.17.2. Pontos de Instalao


Em funo de dimensionamento e distribuio de tenses ao longo da correia
transportadora a escolha do ponto de instalao de rodas de contra elevao
determinada pelo projeto do transportador de correia e no deve ser alterada sem
avaliao tcnica.
Todos os projetos devem prever sua instalao em regies de curva cncava e subida
de trippers onde a elevao da correia transportadora sobre o bero de roletes possa
gerar contato com estruturas prximas para evitar danos e acidentes.
5.17.3. Garantia de Funcionamento (Intertravamento)
No se aplica
5.17.4. Instruo de Manuteno
A manuteno mnima do dispositivo deve considerar, porm no se restringir a:
Inspeo Sensitiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a inspeo obrigatrio compreender o princpio de funcionamento do sistema. Estudar
e conhecer o desenho esquemtico da instalao, identificando os pontos de inspeo e seus acessos e
riscos envolvidos na execuo do trabalho.
ATENO: Esta inspeo sensitiva executada com equipamento em funcionamento e, portanto, no
se deve, em momento algum, acessar ou tocar componentes mveis ou acessar locais onde a pessoa
fique exposta a queda de materiais ou peas. Ao efetuar qualquer INTERVENO em locais que
envolvam estes riscos, o equipamento dever ter suas energias bloqueadas, anlise de riscos
executada e o supervisor responsvel comunicado.

Ferramentas
- Mquina Fotogrfica;
- Bolsa de ferramentas completa.

Atividades
- Verificar acmulo de material;
- Verificar fixao da estrutura;
- Verificar a integridade fsica;

Observaes
Para todas as anomalias encontradas devem ser abertas OS para correo ou revisadas caso j tenham
sido registradas;
Alguns problemas identificados necessitam de inspeo complementar com equipamento parado para
melhor tratamento e planejamento. Nestes casos, dependendo da urgncia, dever ser acionada a
equipe de operao (em caso de manuteno em oportunidade), corretiva (emergncias) ou PCM
(manuteno planejada). Em qualquer um dos casos dever ser feito o bloqueio do equipamento e o
supervisor de inspeo dever ser comunicado previamente.

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Manuteno Preventiva
Recomendaes Tcnicas
Antes de iniciar a MP obrigatrio conhecer o funcionamento do sistema. Estudar e conhecer os
diagramas e desenhos funcionais, identificando com segurana os seus componentes e pontos
especficos de manuteno.

Ferramentas
- Bolsa de ferramentas completa.

Atividades
Solicitar bloqueio eltrico (obrigatrio) e mecnico (se necessrio) antes de iniciar o servio de
manuteno.
- Retirar acmulo de material e verificar danos fsicos;
- Efetuar reparos ou substituir peas / conjunto conforme necessrio;

Uma adequada inspeo e manuteno da roda de contra elevao evita que a


mesma deixe de ser um dispositivo de proteo e se torne um ponto de dano como
indicado na figura a seguir.

Figura 71 Roda de Contra Elevao causando dano na Correia

5.17.5. Inspeo de Recebimento


Itens a verificar
Se o fabricante possui homologao de
fornecimento emitido pela VALE.
Integridade fsica e ausncia de trincas /
deformaes.

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Verificar a existncia dos acessrios de


montagem e fixao de acordo com o manual
do fabricante.
Conformidade entre especificao tcnica /
dados de aquisio e a folha de dados do
equipamento recebido.

110

5.17.6. Instruo de Armazenamento e Conservao


Esses equipamentos devem ser mantidos na embalagem original do fabricante,
conservados e armazenados no almoxarifado em locais isentos de umidade excessiva
e p e protegidos de choque mecnico, a fim de garantir sua instalao e
funcionamento a qualquer momento.
Embora o equipamento venha pintado de fbrica se faz necessrio uma aplicao de
uma proteo extra contra oxidao previamente recomendada pelo fabricante.
5.17.7. Dados para Aquisio
necessrio elaborar uma especificao tcnica consistente caso a caso conforme
dados do projeto. Uma detalhada especificao para uma roda contra elevao deve
conter as seguintes informaes:

Informaes para especificao de roda de contra elevao


Arranjo de instalao indicando onde ser
instalada a roda contra elevao;
Velocidade da correia transportadora;
Tenses da correia transportadora no ponto
de instalao;

Dados fsicos do local da instalao (local


aberto ou confinado, proximidade a agentes
corrosivos);
Tipo de roda contra elevao a ser instalada;
Caracterstica e componentes necessrios
para instalao;

Alm das informaes listadas acima sempre necessrio solicitar a entrega de


desenhos, lista de materiais, manual de operao e manual de manuteno junto ao
contra-recuo a ser adquirido.

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111

6. CONCLUSO
Dentre os ativos de uma planta de minerao ou terminal porturio, os transportadores
de correia apresentam papel de destaque para a movimentao dos produtos ao longo
do processo produtivo. Sua importante funo de movimentao de carga garante o
adequado escoamento do produto ao longo das etapas de produo.
Devido as suas caractersticas mecnicas e eltricas, transportadores de correia
apresentam um elevado grau de risco para a segurana pessoal da equipe envolvida
na sua operao e manuteno. Seguir diretrizes adequadas e utilizar dispositivos de
segurana, garante a mitigao destes riscos e evitam acidentes pessoais.
Os requisitos mnimos e premissas, assim como os dispositivos de segurana,
apresentados neste manual tm esse objetivo e devem ser observados no projeto,
implantao, operao e manuteno de transportadores de correia a fim de controlar
e reduzir os riscos e evitar acidentes pessoais.
Por outro lado, devido a sua extenso e impacto no oramento de cada planta ou
terminal, tambm se fazem necessrios diretrizes e dispositivos de proteo para o
transportador de correia a fim de reduzir o risco de ocorrncias de acidentes materiais
e custos no planejados.
Neste sentido as premissas e dispositivos de proteo apresentados neste manual
tambm devero ser observados a fim de garantir uma operao e manuteno
segura contra acidentes materiais de transportadores de correia.
Importante ressaltar que este manual apresentou de forma didtica e consolidada as
informaes e requisitos indicados nas normas aplicveis. Sempre que houver dvida,
essas normas devero ser consultadas e seus requisitos considerados em conjunto
com as orientaes deste manual.
fundamental que toda a equipe envolvida na implantao, operao e manuteno
de transportadores de correia possua adequada capacitao e seja treinada quanto
aos riscos envolvidos em intervenes em transportadores de correia e esteja
devidamente ciente dos procedimentos corretos para execuo segura de suas
atividades a fim de reduzir sua exposio a condies de risco.
Finalmente a aplicao de todas as premissas e dispositivos indicados pode gerar a
impresso de um aumento de custo de implantao, operao e manuteno, porm
sua correta utilizao garante a reduo ou eliminao dos riscos de segurana e
proteo de transportadores de correia evitando tanto acidentes pessoais quanto
materiais, eliminando seu impacto no oramento e garantindo a meta de zero acidente
nas operaes da companhia.

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7. Referncias
1) Doctec 11017 Manual de Proteo e Segurana de Transportadores Rev02
2) Doctec 11431 Manual Proteo revisado_b
3) NR 10 - Norma Regulamentadora de Segurana em Instal. e Serv. em Eletricidade
4) NR 12 - Norma Regulamentadora de Segurana e Sade Ocupacional no Trabalho
em Mquinas e Equipamentos
5) NR 22 - Norma Regulamentadora de Segurana e Sade Ocupacional na
Minerao
6) NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurana e Sade Ocupacional no Trabalho
Porturio
7) NBR 5462 - Confiabilidade e mantenabilidade
8) NBR 6171 - Transp. contnuos - Transp. de correia - Folga das bordas da correia
9) NBR 6172 - Transp. contnuos - Transp. de correia - Tambores - Dimenses
10) NBR 6177 - Transp. contnuos - Transp. de correia - Terminologia
11) NBR 6678 - Transp. contnuos - Transp. de correias - Roletes - Projeto, seleo e
padronizao
12) NBR 8800 - Projeto de estruturas de ao e de estruturas mistas de ao e concreto
de edifcios
13) NBR 8011 - Clculo da capacidade de transp. contnuos Transp. de correia Procedimento
14) NBR 13742 - Transp. contnuos - Transp. de correia - Procedimentos de segurana
15) NBR 13759 - Segurana de mquinas - Equipamentos de parada de Emergncia Aspectos funcionais - Princpios para projeto
16) NBR 13862 Transp. contnuos Transp. de correia - Requisitos de segurana
para projeto
17) NBR 14009 - Segurana de mquinas - Princpios para apreciao de riscos
18) NBR 14153 - Seguranas de mquinas - Partes de sistemas de comando
relacionados segurana - Princpios gerais de projeto
19) NBR IEC 60947-5-1 - Dispositivos de manobra e comando de baixa tenso
20) IEC 60204-1 - Safety of Machinery - Eletrical Equipment of Machines
21) IEC 60947-5-5 - Low Voltage Switch Gear and Control Gear
22) ISO 5048 - Continuous mechanical handling equipment - Belt conveyors with
carrying idlers - Calculation of operating power and tensile forces
23) ISO 5049-1 - Mobile equipment for continuous handling of bulk materials - Part 1:
Rules for the design of steel structures
24) ISO 13850 - Safety and Machinery - Emergency Stop Principles for Design
25) ISO TR 12100 - Basic Concepts, General Principles for Design
26) EN 418 - Safety of Machinery - Emergency Stop Equipment, Functional Aspects Principles for Design
27) RAC 04 - Requisitos de atividades crticas - Bloqueio e Sinalizao

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113

28) RAC 05 - Requisitos de atividades crticas - Movimentao de Carga


29) RAC 06 - Requisitos de atividades crticas - Espao Confinado
30) RAC 07 - Requisitos de atividades crticas - Proteo de Mquinas
31) RAC 11 - Requisitos de atividades crticas - Trabalho com Eletricidade
32) SPE EG-J-401 - Espec. Geral Fornec. de Autom. em Equip. Mecnicos - Rev01
33) SPE ET-J-407 - Especificao Tcnica para Chaves - Rev01
34) SPE ET-J-420 - Especificao Tcnica Balana de Fluxo - Rev02
35) SPE ET-M-406 - Especificao Tcnica Transportadores de Correia - Rev11
36) SPE DT-M-501 - Transp. Correia - Proteo Roletes - Diagrama de Montagem
37) SPE DT-M-502 - Transp. Correia - Proteo Roletes - Detalhes
38) SPE DT-M-503 - Transp. Correia - Proteo Tambores de Retorno - Diagrama de
Montagem e Detalhes
39) SPE DT-M-504 - Equip. Gerais - Proteo para Eixos - Diagrama de Montagem e
Detalhes
40) SPE DT-M-505 - Equip. Gerais - Proteo para Acoplamentos de Baixa Rotao Diagrama de Montagem e Detalhes
41) SPE DT-M-507 - Transp. Correia - Esticador de Correia Vertical - Proteo do
Contrapeso
42) SPE DT-S-602 - Detalhes Tpicos para Corrimo, Guarda Corpo e Plataforma
43) SPE DT-S-603 - Detalhes Tpicos para Corrimo, Guarda Corpo e Escada
44) SPE DT-S-605 - Detalhes Tpicos para Escada de Marinheiro - Dimenses Gerais
45) SPE DT-S-607 - Detalhes Tpicos para Escada de Marinheiro - Sada Lateral
46) SPE DT-S-608 - Detalhes Tpicos para Escada de Marinheiro - Sada Frontal
47) SPE DT-S-610 - Detalhes Tpicos para Escada Inclinada
48) SPE DT-S-611 - Detalhes Tpicos para Fixao de Corrimo e Guarda-corpo em
Estrutura Metlica
49) SPE DT-S-612 - Detalhes Tpicos - Fixao de Corrimo e Guarda-corpo em
Concreto
50) SPE - DT-S-613 - Detalhes Tpicos para Fixao de Escadas Inclinadas
51) Padres de Engenharia PE-M-611 - Roletes Carga e PE-M-612 - Roletes Retorno
52) PRO 003742 - Execuo de Emenda Vulcanizada a Frio em Correias
Transportadoras Txteis
53) PRO 003743 - Execuo de Emenda Vulcanizada a Quente em Correias
Transportadoras Txteis
54) PRO 003744 - Execuo de Emenda Vulcanizada em Correias Transportadoras de
Cabo de Ao
55) PRO 005340 - Troca e Vulcanizao de Correias Transportadoras
56) PRO 012446 - Execuo de Revestimento em Tambores
57) VALER - Apostila Noes Bsicas de Correias Transportadoras

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58) VALER - Apostila Formao de Inspetores de Vulcanizao


59) VALER - Apostila Conceitos Bsicos de Transportadores de Correias e Formao
de Inspetores
60) VALER - Apostila Troca de Correias Transportadoras
61) VALER - Apostila Emenda de Correia Transportadora Txtil a Frio
62) VALER - Apostila Emenda de Correia Transportadora Txtil a Quente
63) VALER - Apostila Emenda de Correia Cabo de Ao
64) VALER - Apostila Montagem e Desmontagem de Prensa de Vulcanizao
65) VALER - Apostila Adesivao a Frio Borracha x Metal
66) GAMNG Conceitos: Clculos Projetos Transportadores SET 2012
67) Manual Tcnico - Espec., Instal. e Manut. de Extratores de Sucatas - Vale - R16/11
68) Belt Conveyors for Bulk Materials 5th e 6th Ed - CEMA
69) Safety Label Brochure CEMA - http://www.cemanet.org/safety-labels/
70) Foundations Quarta Edio Martin Engineering
71) Manual de Insp. e Manut. de Correias Transportadoras GAVI
72) Manual de Transportadores de Correia FAO
73) Apostila sobre Transportadores de Correia SENAI Itabira
74) Catlogo de fornecedores de correia transportadora: Goodyear, Mercrio,
Contitech entre outros
75) Catlogo de fornecedores dos dispositivos apresentados
8. Controle de Revises

Reviso

Data

00

02/08/2012

Emisso inicial com base nos Doctecs 11017 e 11431.

01

21/08/2012

Reviso conforme comentrios da


Acrscimo referncia a NRs e RACs.

02

30/08/2012

Acrscimo das informaes de manuteno e aquisio


para balanas integradoras.

03

11/09/2012

Correo de figura para posio de sonda de nvel e


atualizao de informaes sobre capacidade de projeto,
capacidade nominal e velocidade mxima recomendada.

04

17/09/2012

Reviso conforme comentrios gerais da superviso.

REV04 17 SET 2012

Descrio

equipe

tcnica.

115

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