Unopar Prova 3
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Unopar Prova 3
Importncia Epidemiolgica
WEBAULA 1
1.0 INTRODUO
EPIDEMIOLOGIA
Para entendermos melhor a nossa aula de hoje, temos que ter em mente alguns conceitos
bsicos, como o que e qual a utilidade da epidemiologia dentro dos servios de sade.
Assim, podemos conceituar epidemiologia como:
[...] uma disciplina bsica da sade pblica voltada para a compreenso do processo sade-doena no
mbito de populaes, aspecto que a diferencia da clnica, que tem por objetivo o estudo desse mesmo
processo, mas em termos individuais. Como cincia, a epidemiologia fundamenta-se no raciocnio causal; j
como disciplina da sade pblica, preocupa-se com o desenvolvimento de estratgias para as aes voltadas
para a proteo e promoo da sade da comunidade. A epidemiologia constitui tambm instrumento para o
desenvolvimento
de
polticas
no
setor
da
sade
(WALDMAN,
1998,
p.
1).
Acua e Romero (1984 apud WALDMAN, 1998) salientam que a pesquisa epidemiolgica responsvel pela
produo do conhecimento sobre o processo sade-doena por meio do estudo dafreqncia e distribuio
das doenas na populao humana com a identificao de seus fatores determinantes, avaliao do impacto
da ateno sade sobre as origens, expresso e o trajeto da doena (WALDMAN, 1998, p. 2, grifos do
autor).
EVOLUO DA EPIDEMIOLOGIA
A trajetria histrica da epidemiologia tem seus primeiros registros j na Grcia antiga (ano 400 a.C.),
quando Hipcrates, num trabalho clssico denominado Dos Ares, guas e Lugares, buscou apresentar
explicaes, com fundamento no racional e no no sobrenatural, a respeito da ocorrncia de doenas na
populao. J na era moderna, uma personalidade que merece destaque o ingls John Graunt, que, no
sculo XVII, foi o primeiro a quantificar os padres da natalidade, mortalidade e ocorrncia de doenas,
identificando algumas caractersticas importantes nesses eventos, entre elas:
existncia de diferenas entre os sexos e na distribuio urbano-rural;
elevada mortalidade infantil;
variaes sazonais (WALDMAN, 1998, p. 3).
No final do sculo passado, vrios pases da Europa e os Estados Unidos iniciaram a aplicao do mtodo
epidemiolgico na investigao da ocorrncia de doenas na comunidade. Nesse perodo, a maioria dos
investigadores concentraram-se no estudo de doenas infecciosas agudas. J no sculo XX, a aplicao da
epidemiologia estendeu-se para as molstias no-infecciosas. No entanto, a partir do final da Segunda
Guerra Mundial que assistimos ao intenso desenvolvimento da metodologia epidemiolgica com a ampla
incorporao da estatstica, propiciada em boa parte pelo aparecimento dos computadores.
A aplicao da epidemiologia passa a cobrir um largo espectro de agravos sade. Os estudos de Doll e Hill,
estabelecendo associao entre o tabagismo e o cncer de pulmo, e os estudos de doenas
cardiovasculares desenvolvidas na populao da cidade de Framingham, Estados Unidos, so dois exemplos
da aplicao do mtodo epidemiolgico em doenas crnicas (WALDMAN, 1998, p. 8).
At meados do sculo passado, a sade pblica dispunha de poucos instrumentos para o controle de
doenas, sendo que os mais utilizados eram o isolamento e a quarentena. Tais instrumentos surgem no final
da Idade Mdia e consolidam-se nos sculos XVII e XVIII com o incio do desenvolvimento do comrcio e da
proliferao de centros urbanos. Um terceiro mtodo de controle era o cordo sanitrio, caracterizado pelo
isolamento de bairros, cidades ou reas especificadas e no de indivduos. Tinha por objetivo isolar as zonas
afetadas para defender as reas limpas. O isolamento, a quarentena e o cordo sanitrio constituam um
conjunto de medidas de tipo restritivo que criava srias dificuldades para o intercmbio comercial entre
pases. Tais dificuldades se acentuaram na segunda metade do sculo XIX com o rpido crescimento das
atividades comerciais, efetuadas principalmente atravs dos portos e com o risco cada vez maior e mais
freqente de ocorrncia de epidemias. Nessa mesma poca, com o desenvolvimento da microbiologia e das
cincias afins, criavam-se estmulos para investigaes no campo das doenas infecciosas, que resultaram no
aparecimento de novas e mais eficazes medidas de controle, entre elas a vacinao (WALDMAN, 1998, p.
16).
Saiba mais
Vdeo: Histria de La Epidemiologia.wmv. Encontrado em: < http://youtube.com >.
Surge, ento, em sade pblica o conceito de vigilncia, definido pela especfica, mas limitada funo de
observar contatos de pacientes atingidos pelas denominadas "doenas pestilenciais". Seu propsito
era detectar a doena em seus primeiros sintomas e, somente a partir desse momento,instituir o
isolamento. Em sntese, esse conceito envolvia a manuteno do alerta responsvel e da observao para
que fossem tomadas as medidas indicadas. Portanto, constitua uma conduta mais sofisticada do que a
prtica restritiva de quarentena. No Brasil, os termos utilizados em sade pblica com esse significado
foram vigilncia mdica e, posteriormente, vigilncia sanitria(WALDMAN, 1998, p. 16-17, grifos do autor).
A partir da dcada de 1950, observamos a modificao do conceito de vigilncia, que deixou de ser aplicado
no sentido da observao sistemtica de contatos de doentes, para ter significado mais amplo, o
de acompanhamento sistemtico de eventos adversos sade na comunidade, com o propsito de
aprimorar as medidas de controle. A metodologia aplicada pela vigilncia, no novo conceito, inclui
a coleta sistemtica de dados relevantes, a anlise contnua desses dados, assim como a sua
regular disseminao a todos os que necessitam conhec-los.
Esse novo conceito de vigilncia foi pela primeira vez aplicado, em termos nacionais, nos Estados Unidos, em
1955, por ocasio de uma epidemia de poliomielite que acometeu tanto indivduos que haviam recebido a
vacina de vrus inativado (tipo Salk) como seus contatos. Esse episdio recebeu a denominao "Acidente de
Cutter". Se esse fato, de um lado, colocou em dvida a eficcia da vacina, por outro, constituiu oportunidade
mpar para implementar com sucesso um sistema de vigilncia que permitiu identificar como causa da
epidemia a administrao de dois lotes de vacina tipo Salk, produzidos pela indstria Cutter Laboratory.
Esses lotes, por problemas tcnicos, continham poliovrus parcialmente inativados, fato que apontou a
necessidade do aprimoramento da tecnologia de produo deste imunobiolgico para garantir sua segurana
quando da aplicao em seres humanos. No entanto, o resultado mais relevante do sistema de vigilncia da
poliomielite foi a produo de novos conhecimentos a respeito dessa doena, que se tm mostrado, at
nossos dias, como bsicos para seu controle (WALDMAN, 1998, p. 17, grifos do autor).
Curiosidade Vdeo: O que esta tal de Epidemiologia Parte 1. wmv. Encontrado em:
<http://youtube.com >.
Caro aluno: Com os conhecimentos apresentados acima, voc pode ser capaz de
desenvolver um trabalho elencando as grandes descobertas pela qual a cincia apresenta
suas descobertas at os dias atuais, em relao ao avano da erradicao das doenas
infectocontagiosas em crianas. Reflita tambm como acontece a interao homem e meio
ambiente, na propagao das doenas.
As aplicaes mais frequentes da epidemiologia em sade pblica so:
identificar fatores de risco de uma doena e grupos de indivduos que apresentam maior risco de
serem atingidos por determinado agravo;
prever tendncias;
avaliar o quanto os servios de sade respondem aos problemas e necessidades das populaes;
Detectar epidemias;
Recomendar, com bases objetivas e cientficas, as medidas necessrias para prevenir ou controlar a
ocorrncia de especficos agravos sade;
Avaliar o impacto de medidas de interveno por meio de coleta e anlise sistemtica de informaes
relativas ao especfico agravo, objeto dessas medidas;
Revisar prticas antigas e atuais de sistemas de vigilncia com o objetivo de discutir prioridades em
sade pblica e propor novos instrumentos metodolgicos.
No podemos entender como objetivo da vigilncia epidemiolgica a mera coleta e anlise das informaes,
mas a responsabilidade de elaborar, com fundamento cientfico, as bases tcnicas que guiaro os servios de
sade na elaborao e implementao dos programas de sade com a preocupao de uma contnua
atualizao e aprimoramento (WALDMAN, 1998, p. 9).
identificao de grupos de alto risco e fatores causais. Tais informaes so vitais para a elaborao de
estratgias efetivas de controle e preveno de doenas (WALDMAN, 1998, p. 20, grifos do autor).
doena;
traumas e leses;
incapacidade.
Incidncia
A incidncia (ou taxa de incidncia) expressa o nmero de casos novos de uma
determinada doena durante um perodo definido, numa populao sob o risco de
desenvolver a doena. O clculo da incidncia a forma mais comum de medir e comparar
a frequncia das doenas em populaes.
A expresso matemtica para o clculo da incidncia a seguinte:
No clculo da incidncia, qualquer pessoa includa no denominador deve ter a mesma probabilidade de fazer
parte do numerador. Por exemplo, no clculo da incidncia de cncer de prstata, devemos incluir no
denominador somente indivduos do sexo masculino. Na prtica, a incidncia acumulada a forma mais
comumente utilizada em vigilncia para identificar tendncias ou impacto de programas de interveno. Ou
seja, quando se faz o clculo da incidncia, considera-se todos os indivduos da populao, num determinado
perodo, sob risco de serem atingidos por determinado evento. Outro aspecto importante com referncia ao
denominador o intervalo de tempo, cuja unidade pode ser ano, ms ou semana (WALDMAN, 1998, p. 1213).
Incidncia*=
300 x 100.000
_____________
354.250
Para saber mais, voc poder utilizar os dados epidemiolgicos de seu municpio ou
estado, atentando para os indicadores e seguindo o modelo acima. Para interpretar melhor
seus dados utilize o contexto em que local inserido.
Curiosidade - Vdeo: Epidemias. Encontrado em: < http://youtube.com >.
Taxa de ataque
Nos casos de doenas ou agravos de natureza aguda que coloquem em risco toda a populao ou parte dela
por um perodo limitado, a incidncia recebe a denominao taxa de ataque. o que ocorre, tipicamente,
nos surtos epidmicos. As taxas de ataque so expressas geralmente em percentagem. Para uma populao
definida (populao sob risco), durante um intervalo de tempo limitado, podemos calcular a taxa de ataque
da seguinte forma: (WALDMAN, 1998, p. 24).
ataque =
*=
0 x 90
____________________________
257
= 35%
Considerando que a taxa de ataque uma forma particular de calcular a incidncia e, portanto, orisco ou
probabilidade de adoecer, podemos dizer que a probabilidade de desenvolver um quadro de gastroenterite
entre os participantes do almoo no restaurante universitrio em 25 de setembro de [2012] foi de 35%.
Desta maneira poder realizar outros clculos com base em sua realidade, possibilitando um aprendizado
direcionado ao seu dia a dia e experincia profissional. (WALDMAN, 1998, p. 24).
Prevalncia
A prevalncia mede a proporo de pessoas numa dada populao que apresentam uma especfica doena,
em um determinado ponto no tempo. No clculo da prevalncia, o numerador abrange o total de pessoas
que se apresentam doentes num perodo determinado (casos novos acrescidos dos j existentes). Por sua
vez, o denominador a populao da comunidade no mesmo perodo. A prevalncia pode ser expressa da
seguinte forma (WALDMAN, 1998, p. 26):
Prevalnci
_____________________________________________________
a=
____
Populao durante o mesmo perodo
A prevalncia muito til para medir a freqncia e a magnitude de problemas crnicos, ao passo que a
incidncia mais aplicada na mensurao de freqncia de doenas de curta durao. A prevalncia pode
ser entendida como um corte da populao em determinado ponto no tempo. Nesse momento, determina-se
quem tem e quem no tem certa doena. Conforme as caractersticas da doena investigada, podemos
encontrar pessoas que adoeceram h uma semana, um ms, um ano ou ainda cinco, dez ou quinze anos. De
um modo geral, quando estima-se a prevalncia de uma doena na comunidade, no levar em conta a
durao da doena. Dado que o numerador da prevalncia inclui pessoas acometidas por determinada
doena independentemente da sua durao, essa medida de morbidade no nos oferece uma estimativa da
dimenso do risco. A prevalncia mais difcil de interpretar do que a incidncia porque depende do nmero
de pessoas que desenvolveram a doena no passado e que continuam doentes no presente. Quando a
medida da prevalncia abrange um determinado perodo, temos ento a prevalncia num perodo que
abrange todos os casos presentes no intervalo de tempo especificado (WALDMAN, 1998, p. 26, grifo nosso).
Tomaremos como exemplo novamente o anterior, referente freqncia de hansenase no municpio X em
[2011], a prevalncia num perodo pode ser calculada da seguinte forma (WALDMAN, 2010, p. 26, grifo
nosso):
450 x 100.000
_____________________________________________
354.250
= 127 por 1
habitantes
ou seja, 127 casos por 100.000 habitantes, a prevalncia de hansenase no municpio X em [2011]
(WALDMAN, 1998, p. 26, grifo nosso).
Caro aluno: o exemplo acima e outros agravos podem ser retomados em sua realidade, o
que faz com que voc desenvolva um pensamento epidemiolgico.
Curiosidade
Vdeo:
Epidemias
(por
badboyudia2).
<http://youtube.com>.
Medidas de frequncia de mortalidade
Encontrado
em:
axa de mortalidade
x 100.00
Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI): mede o risco de morte para crianas menores de um ano de
um dado local e perodo.
x 103
CMI = ____________________________________________________________
n. de nascidos vivos no mesmo local e perodo
x 103
CMIP = _______________________________________________________________
n. de nascidos vivos no mesmo local e perodo
Coeficiente de Mortalidade Infantil Tardia (CMIT ou Ps Neonatal): mede o risco de morte para
crianas com idade entre 28 dias e 1 ano num dado local e num dado perodo.
x 103
CMIT = ____________________________________________________________________
n. de nascidos vivos no mesmo local e perodo
Coeficiente de Mortalidade Materna (CMM): mede o risco de morte materna num dado local e num
dado perodo.
n. de mortes maternas em dado local e perodo
x 105
CMM = _____________________________________________________________
n. de nascidos vivos, no mesmo local e perodo
Morte Materna: bito de mulheres grvidas ou no perodo de 42 dias aps a gravidez, independente
da durao e localizao da gravidez, por alguma causa relacionada ou agravada pela gravidez que
no sejam causas acidentais ou incidentais.
Coeficiente de Mortalidade por Causa (CMC): mede o risco de morte por determinada causa, num
dado local e perodo. No denominador deve constar a populao exposta ao risco de morrer por esta
mesma causa.
n. de bitos por determinada doena em dado local e perodo
x 10n
CMC = _____________________________________________________________
populao exposta ao risco
x 100
CL = _____________________________________________________________
n. de casos da doena no mesmo local e perodo
x 100
RMP = _____________________________________________________________
total de bitos no mesmo local e perodo (O USO...2012)
OBS:
Para facilitar e permitir a comparao entre as taxas calculadas para diferentes locais ou para o mesmo local
em diferentes perodos de tempo, utiliza-se sempre uma referncia comum (100, 1.000, 10.000, 100.000,
1.000.000) que representa uma potncia de base 10 (10n ). Essa potncia de 10 escolhida de forma a
tornar os nmeros obtidos o mais prximo possvel do inteiro, pois no convm trabalhar com coeficientes,
ndices ou taxas expressos por nmeros decimais (no tem sentido falar em meio bito (0,5) por 1000
habitantes ou um dcimo (0,1) de mortes menores de 1 ano por 1000 nascidos vivos, e assim por diante).
Por isso devemos lanar mo da potncia de base 10, procurando aumentar as fraes obtidas pela diviso
e, consequentemente, diminuindo o nmero de zeros dessas fraes decimais. Por conveno, nas taxas de
mortalidade geral e infantil, a base 103 = 1.000 e quando se trata de mortalidade por causas, a base mais
adequada 105 = 100.000. A taxa de letalidade expressa sempre em percentagem (O USO... 2012).
<http://youtube.com>.
Saiba mais - Vdeo: Pas registra grande queda na taxa de mortalidade infantil
(deputadojoaopaulo). Encontrado em: <http://youtube.com>.
Saiba mais - Vdeo: Ca 19% o nmero de mortalidade materna no 1 semestre de 2011
em relao a 2010 (TVNBR). Encontrado em: <http://youtube.com>.
Como estudamos nesta unidade, a estruturao dos servios de sade de suma
importncia, pois neste que os demais servios entrelaam suas dvidas e
direcionamento dos procedimentos a serem adotados. Desta maneira, direcionando nossos
estudos para as questes expressas no frum.
Com base no contedo proposto, quais os agravos devem ter vigilncia em sua realidade
(municpio ou estado). E como voc chega a esta concluso.
FORUM I
Com base no contedo proposto, quais os agravos devem ter vigilncia em sua realidade
(municpio ou estado). E como voc chega a esta concluso.
REFERNCIAS
WALDMAN, Eliseu Alves. Vigilncia em sade pblica. So Paulo: Faculdade de Sade
Pblica universidade de So Paulo, 1998. Disponvel em:. Acesso em: out. 2012.
O USO dos coeficientes, ndices razes e os indicadores de mortalidade. Disponvel em:.
Acesso em: out. 2012.
ACUA, D. L. e A. Romero. Perspectivas de la Investigacin Epidemiolgica en el Control y
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SUGESTES DE LEITURA
ALMEIDA FILHO, N. e M. Z. Rouquayrol. Introduo Epidemiologia Moderna. Salvador,
Apce Produtos do Conhecimento e ABRASCO, 1990.
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Principles of Epidemiology: An
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FOSSAERT, D. H., A. Llopis e C. H. Tigre. Sistemas de Vigilncia Epidemiolgica. Bol. Ofic.
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Paulo, EPU/Edusp, 2 ed., 1987.
LESER, W. S., V. Barbosa, R. G. Baruzzi, M. B. D. Ribeiro e L. J. Franco. Elementos de
Epidemiologia. Rio de Janeiro, Livraria Atheneu, 1985.
MONTEIRO, C. A., M. H. D. Bencio e I. C. M. Freitas. Melhoria em Indicadores de Sade
Associados Pobreza no Brasil dos Anos 90: Descrio, Causas e Impacto sobre
Desigualdades Regionais. So Paulo, Ncleo de Pesquisas Epidemiolgicas em Nutrio e
Sade da USP, 1997.
ROUQUAYROL, M. Z. Epidemiologia & Sade. Rio de Janeiro, Editora Mdica e Cientfica,
1993.
SNOW, J. Sobre a Maneira de Transmisso da Clera. So Paulo, Hucitec/ABRASCO, 1990.
WEB AULA 2
Unidade 1 - Epidermiologia
Para iniciarmos a compreenso das doenas que so notificveis, teremos que avaliar
como estas ocorrem na comunidade, ou seja, elas podem ser classificadas como
transmissveis e no-transmissveis.
As doenas transmissveis so capazes de passar de um homem para outro homem ou
de um animal para o homem. Portanto, so doenas que as pessoas pegam de outras
pessoas ou de um animal. O sarampo, a tuberculose, a esquistossomose, a sfilis, a
poliomielite, a difteria, a coqueluche so doenas transmissveis. J o reumatismo, o
cncer, a asma, a desnutrio, o bcio so doenas no-transmissveis, ou seja, elas no
se transmitem de uma pessoa para outra (BRASIL, 2001, grifos do autor).
s vezes, uma doena, por ter mais de uma causa, tanto pode ser transmissvel como
no transmissvel, como por exemplo, o que acontece com a diarreia, a pneumonia e
outras (BRASIL, 2001). Assim como a avaliao do agente etiolgico, ou melhor, o agente
causador da doena.
Para ocorrer uma doena transmissvel necessrio que um agente infeccioso penetre no corpo de um
indivduo e se desenvolva nos seus tecidos. Esses agentes so seres vivos e muitos deles so to pequenos
que no podem ser vistos sem a ajuda de um microscpio.
Vejamos os principais tipos de agentes infecciosos e algumas das doenas do interesse da sade pblica:
vrus: (micrbios menores que as bactrias e que no so vistos pelos microscpios comuns) causam
o sarampo, a catapora, a gripe, a rubola, a poliomielite, a hepatite, a herpes, a raiva, a meningite, a
febre amarela, etc.(BRASIL, 2001, p. 34, grifos do autor).
Os agentes infecciosos penetram no corpo humano por meio de uma porta de entrada e localizam-se em
determinados rgos at serem eliminados por meio de uma porta de sada. As principais portas de entrada
dos agentes infecciosos so as seguintes:
via digestiva: (os agentes penetram pela da boca, com os alimentos e a gua) vrus da poliomielite,
ovos de lombrigas; ovos de tnia (solitria); bactrias da diarreia infecciosa;
via respiratria: (os agentes infecciosos so inalados pelo nariz, penetrando no corpo, portanto, por
meio do processo de respirao) bactria da tuberculose pulmonar; vrus da gripe; vrus do sarampo;
o da catapora e da poliomielite; bactria da coqueluche e da difteria (crupe) e outros;
pele: os agentes infecciosos penetram tambm devido ao contato da pele com o solo ou gua que os
contenham; pela picada de insetos; de injees e transfuso de sangue ou do contato direto com a
pele de outra pessoa doente larvas de ancilstomos e de esquistossomose; o carrapato da escabiose
(sarna); os protozorios da malria e da doena de Chagas; os vrus da hepatite B; da febre amarela;
do dengue; da raiva e outros;
vias genital e urinria: (os agentes infecciosos penetram pelos rgos sexuais) bactrias da sfilis e da
gonorria, vrus da hepatite B e AIDS e de outras infeces urinrias (BRASIL, 2001, p. 34, grifos do
autor).
Em geral, os agentes infecciosos que penetram pela boca acabam por se localizar na faringe e nos diversos
rgos do aparelho digestivo, especialmente os intestinos, e os que penetram pela respirao, vo se
localizar na laringe, brnquios e pulmes. Os agentes que infectam os pulmes e a parte superior das vias
respiratrias so expelidos pelas pequenas gotas produzidas pelos mecanismos de tosse e espirros, como
tambm so expulsos na expectorao. A porta de sada , portanto, a prpria via respiratria.
Os que se alojam no tubo digestivo saem, em geral, nas fezes. Os que circulam pelo sangue saem quando se
realiza uma puno (por uma agulha de injeo ou picada de inseto).
Os que se localizam na pele so expelidos devido a leses (feridas abertas) ou contato direto com objetos e
a pele de outra pessoa. Finalmente, os que se encontram nas vias genitais e urinrias so eliminados
mediante o contato sexual ou pela urina (BRASIL, 2001, p. 35, grifos do autor).
Aps relembrar como se do os meios de contgios das doenas, pode-se destacar que,
para a maioria das doenas infectocontagiosas, temos os imunobiolgicos
correspondentes, ou melhor, a vacinao.
Figura: Vacina.
Segue abaixo as principais vacinas disponibilizadas pelo Sistema nico de Sade, para as
crianas de 0 a 5 anos de idade:
Quadro: Calendrio de vacinao infantil.
DOSE
AO BCG
NASCER
HEPATITE B
1 DOSE
LOCAL DE APLICAO
2
PENTA VALENTE
MESES
1 DOSE
V. L. COXA DIREITA
PLIO INATIVADA
1 DOSE
V. L. COXA ESQUERDA
ROTA VRUS
1 DOSE
VIA ORAL
PNEUMO 10 VALENTE
1 DOSE
V. L. COXA ESQUERDA
3
MENINGO C
MESES CONJUGADA
4
PENTA VALENTE
MESES PLIO INATIVADA
V. L. COXA
1 DOSE
2 DOSE
V. L. COXA DIREITA
2 DOSE
V. L. COXA DIREITA
ROTA VIRUS
2 DOSE
VIA ORAL
PNEUMO 10 VALENTE
2 DOSE
V. L. COXA ESQUERDA
5
MENINGO C
MESES CONJUGADA
2 DOSE
6
PENTA VALENTE
MESES
PLIO
3 DOSE
V. L. COXA DIREITA
1 DOSE
VIA ORAL
3 DOSE
V. L. COXA ESQUERDA
9
FEBRE AMARELA
MESES
DOSE
INICIAL
DELTOIDE
12 TRPLICE VIRAL
MESES
1 DOSE
ANTEBRAO OU
PNEUMO 10 VALENTE
PNEUMO 10 VALENTE
DELTOIDE
REFORO
REFORO
V. L. COXA ESQUERDA
2 REFORO DELTOIDE
1 DOSE A
CADA 10
ANOS
DELTOIDE
Vdeo: Dengue, Aedes aegypti, ciclo biolgico (por Fabricio Protazio). Encontrado em:
<https://www.youtube.com>.
Quadro: Fatores que influenciam a proliferao do Aedes Aegypti.
Com essas condies, o Aedes aegypti espalhou-se por uma rea onde vivem milhares de pessoas em todo o
mundo. Nas Amricas, est presente desde os Estados Unidos at o Uruguai, com exceo apenas do
Canad e do Chile, por razes climticas e de altitude. Em nosso pas, ascondies socioambientais
favorveis expanso do Aedes aegypti possibilitaram uma disperso desse vetor, desde sua reintroduo
em 1976, que no conseguiu ser controlada com os mtodos tradicionalmente empregados no combate s
doenas transmitidas por vetores. Programas centrados no combate qumico, com baixssima ou mesmo
nenhuma participao da comunidade, sem integrao intersetorial e com pequena utilizao do instrumental
epidemiolgico mostraram-se incapazes de conter um vetor com altssima capacidade de adaptao ao novo
ambiente criado pela urbanizao acelerada e pelos novos hbitos (BRASIL, 2002, p. 3, grifos do autor).
A introduo do sorotipo 3 e sua rpida disseminao para oito estados, em apenas trs meses, evidenciou a
facilidade para a circulao de novos sorotipos ou cepas do vrus com as multides que se deslocam
diariamente. Este fato ressalta a possibilidade de ocorrncia de novas epidemias de dengue e de FHD. Neste
cenrio epidemiolgico, torna-se imperioso que o conjunto de aes que vm sendo realizadas e outras a
serem implantadas sejam intensificadas, permitindo um melhor enfrentamento do problema e a reduo do
impacto da dengue no Brasil. Com esse objetivo, o Ministrio da Sade apresenta esse Programa Nacional de
Controle da Dengue (PNCD) (BRASIL, 2002, p. 3, grifos do autor).
Observa-se que os grandes centros urbanos, na maioria das vezes, so responsveis pela
disperso do vetor e da doena para os municpios menores (BRASIL, 2002, p. 4, grifos
do autor).
O objetivo da vigilncia epidemiolgica da dengue reduzir o nmero de casos e a ocorrncia de epidemias,
sendo de fundamental importncia que a implementao das atividades de controle ocorra em momento
oportuno. As atividades de vigilncia no substituem as demais atividades de controle da doena, devendo,
ser desenvolvidas de forma concomitante e integradas s demais aes.
A vigilncia epidemiolgica da dengue no PNCD est baseada em quatro subcomponentes:
Vigilncia de casos;
Vigilncia laboratorial;
Para que o PNCD pudesse gerar resultados positivos, a base do programa a nvel in loco
deve ser bem estruturada, com equipes operacionais comprometidas com o
desenvolvimento das aes propostas. Desta maneira, os agentes de controle da dengue
devem atuar na organizao das atividades de campo, responsvel por uma zona fixa de
800 a 1.000 imveis. Dentre suas obrigaes bsicas, esto:
Descobrir focos;
dengue
parte
(FIOCRUZ).
Encontrado
em:
Vdeo: @sade: vrus tipo 4 aumenta risco de dengue neste vero. Apresentao Jairo
Bauer . Em: <http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm>.
Vdeo: Sistemas de informaes em Sade pt 1. Encontrado em: <http://youtube.com>.
1.
Acidentes
peonhentos;
2.
antirrbico;
3.
Botulismo;
4.
Carbnculo
ou
Antraz;
5.
Clera;
6.
Coqueluche;
7.
Dengue;
8.
Difteria;
9.
Doena
de
Creutzfeldt-Jakob;
10.
Doena
Meningoccica
e
outras
Meningites;
11.
Doenas
de
Chagas
Aguda;
12.
Esquistossomose;
13.
Eventos
Adversos
Ps-Vacinao;
14.
Febre
Amarela;
15.
Febre
do
Nilo
Ocidental;
16.
Febre
Maculosa;
17.
Febre
Tifoide;
18.
Hansenase;
19.
Hantavirose;
20.
Hepatites
Virais;
21.
Infeco
pelo
vrus
da
imunodeficincia
humana
HIV
em
gestantes
e
crianas
expostas
ao
risco
de
transmisso
vertical;
22. Influenza humana
por
novo
subtipo;
23. Intoxicaes Exgenas (por substncias qumicas, incluindo agrotxicos, gases txicos e metais
pesados);
24.
Leishmaniose
Tegumentar
Americana;
25.
Leishmaniose
Visceral;
26.
Leptospirose;
27.
Malria;
28.
Paralisia
Flcida
Aguda;
29.
Peste;
30.
Poliomielite;
31.
Raiva
Humana;
32.
Rubola;
33.
Sarampo;
34.
Sfilis
Adquirida;
35.
Sfilis
Congnita;
36.
Sfilis
em
Gestante;
37.
Sndrome
da
Imunodeficincia
Adquirida
AIDS;
38.
Sndrome
da
Rubola
Congnita;
39.
Sndrome
do
Corrimento
Uretral
Masculino;
40.
Sndrome
Respiratria
Aguda
Grave
associada
ao
Coronavrus
(SARS-CoV);
41.
Ttano;
42.
Tuberculose;
43.
Tularemia;
44.
Varola;
e
45. Violncia domstica, sexual e/ou outras violncias (BRASIL, 2010).
Caro aluno: conhecer o panorama epidemiolgico das doenas em nosso meio uma
das funes dos profissionais de sade, que para isto deve estar conectado com a
situao epidemiolgica do seu municpio ou estado. Para tanto, h a necessidade de
serem aprimorados os meios de promoo e preveno sade da populao. A
sugesto para que voc tenha parceria com os servios de ateno bsica, como a
Estratgia Sade da Famlia, a fim de implementar as aes existentes.
Lista de Notificao Compulsria Imediata - LNCI
I. Caso suspeito ou confirmado de:
1. Botulismo;
2. Carbnculo ou Antraz;
3. Clera;
4. Dengue nas seguintes situaes:
Dengue
com
complicaes
(DCC),
Sndrome
do
Choque
da
Dengue
(SCD),
Febre
Hemorrgica
da
Dengue
(FHD),
bito
por
Dengue
- Dengue pelo sorotipo DENV 4 nos estados sem transmisso endmica desse
sorotipo;
5. Doena de Chagas Aguda;
6. Doena conhecida sem circulao ou com circulao espordica no territrio
nacional que no constam no Anexo I desta Portaria, como: Rocio, Mayaro,
Oropouche, Saint Louis, Ilhus, Mormo, Encefalites Eqinas do Leste, Oeste e
Venezuelana, Chikungunya, Encefalite Japonesa, entre outras;
7. Febre Amarela;
8. Febre do Nilo Ocidental;
9. Hantavirose;
10. Influenza humana por novo subtipo;
11. Peste;
12. Poliomielite;
13. Raiva Humana;
14. Sarampo;
15. Rubola;
16. Sndrome Respiratria Aguda Grave associada ao Coronavrus (SARS-CoV);
17. Varola;
18. Tularemia; e
19. Sndrome de Rubola Congnita (SRC) (BRASIL, 2010).
II. Surto ou agregao de casos ou bitos por:
1. Difteria;
2. Doena Meningoccica;
3. Doena Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcaes ou aeronaves;
4. Influenza Humana;
5. Meningites Virais;
6. Outros eventos de potencial relevncia em sade pblica, aps a avaliao de
risco de acordo com o Anexo II do RSI 2005, destacando-se:
a. Alterao no padro epidemiolgico de doena conhecida, independente de
constar no Anexo I desta Portaria;
b. Doena de origem desconhecida;
c. Exposio a contaminantes qumicos;
d. Exposio gua para consumo humano fora dos padres preconizados pela
SVS;
e. Exposio ao ar contaminado, fora dos padres preconizados pela Resoluo do
CONAMA;
f. Acidentes envolvendo radiaes ionizantes e no ionizantes por fontes no
controladas, por fontes utilizadas nas atividades industriais ou mdicas e acidentes
de transporte com produtos radioativos da classe 7 da ONU.
g. Desastres de origem natural ou antropognica quando houver desalojados ou
desabrigados;
h. Desastres de origem natural ou antropognica quando houver comprometimento
da capacidade de funcionamento e infraestrutura das unidades de sade locais em
consequncia evento (BRASIL, 2010).
III. Doena, morte ou evidncia de animais com agente etiolgico que podem
acarretar a ocorrncia de doenas em humanos, destaca-se entre outras classes de
animais:
1. Primatas no humanos;
2. Equinos;
3. Aves;
4. Morcegos;
Raiva: Morcego morto sem causa definida ou encontrado em situao no usual, tais
como: voos diurnos, atividade alimentar diurna, incoordenao de movimentos,
agressividade, contraes musculares, paralisias, encontrado durante o dia no cho
ou em paredes.
5. Candeos
Raiva: candeos domsticos ou silvestres que apresentaram doena com
sintomatologia neurolgica e evoluram para morte num perodo de at 10 dias ou
confirmado laboratorialmente para raiva.
Leishmaniose visceral: primeiro registro de candeo domstico em rea indene,
confirmado por meio da identificao laboratorial da espcie Leishmania chagasi.
6. Roedores silvestres
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ative o mesmo.
FORUM II
Qual a situao epidemiolgica da dengue no local em que reside. E como o
combate ao mesmo est sendo realizado.
Lista de Notificao Compulsria Imediata - LNCI
I. Caso suspeito ou confirmado de:
1. Botulismo;
2. Carbnculo ou Antraz;
3. Clera;
4. Dengue nas seguintes situaes:
- Dengue com complicaes (DCC),
- Sndrome do Choque da Dengue (SCD),
- Febre Hemorrgica da Dengue (FHD),
- bito por Dengue
- Dengue pelo sorotipo DENV 4 nos estados sem transmisso endmica desse sorotipo;
5. Doena de Chagas Aguda;
6. Doena conhecida sem circulao ou com circulao espordica no territrio nacional que no
constam no Anexo I desta Portaria, como: Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis, Ilhus, Mormo,
Encefalites Eqinas do Leste, Oeste e Venezuelana, Chikungunya, Encefalite Japonesa, entre outras;
7. Febre Amarela;
8. Febre do Nilo Ocidental;
9. Hantavirose;
10. Influenza humana por novo subtipo;
11. Peste;
12. Poliomielite;
13. Raiva Humana;
14. Sarampo;
15. Rubola;
16. Sndrome Respiratria Aguda Grave associada ao Coronavrus (SARS-CoV);
17. Varola;
18. Tularemia; e
19. Sndrome de Rubola Congnita (SRC) (BRASIL, 2010).
II. Surto ou agregao de casos ou bitos por:
1. Difteria;
2. Doena Meningoccica;
3. Doena Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcaes ou aeronaves;
4. Influenza Humana;
5. Meningites Virais;
6. Outros eventos de potencial relevncia em sade pblica, aps a avaliao de risco de acordo com
o Anexo II do RSI 2005, destacando-se:
a. Alterao no padro epidemiolgico de doena conhecida, independente de constar no Anexo I
desta Portaria;
b. Doena de origem desconhecida;
c. Exposio a contaminantes qumicos;
d. Exposio gua para consumo humano fora dos padres preconizados pela SVS;
e. Exposio ao ar contaminado, fora dos padres preconizados pela Resoluo do CONAMA;
f. Acidentes envolvendo radiaes ionizantes e no ionizantes por fontes no controladas, por fontes
utilizadas nas atividades industriais ou mdicas e acidentes de transporte com produtos radioativos da
classe 7 da ONU.
g. Desastres de origem natural ou antropognica quando houver desalojados ou desabrigados;
h. Desastres de origem natural ou antropognica quando houver comprometimento da capacidade de
funcionamento e infraestrutura das unidades de sade locais em consequncia evento (BRASIL,
2010).
III. Doena, morte ou evidncia de animais com agente etiolgico que podem acarretar a ocorrncia
de doenas em humanos, destaca-se entre outras classes de animais:
1. Primatas no humanos;
2. Equinos;
3. Aves;
4. Morcegos;
Raiva: Morcego morto sem causa definida ou encontrado em situao no usual, tais como: voos
diurnos, atividade alimentar diurna, incoordenao de movimentos, agressividade, contraes
musculares, paralisias, encontrado durante o dia no cho ou em paredes.
5. Candeos
Raiva: candeos domsticos ou silvestres que apresentaram doena com sintomatologia neurolgica e
evoluram para morte num perodo de at 10 dias ou confirmado laboratorialmente para raiva.
Leishmaniose visceral: primeiro registro de candeo domstico em rea indene, confirmado por meio
da identificao laboratorial da espcie Leishmania chagasi.
6. Roedores silvestres
Peste: Roedores silvestres mortos em reas de focos naturais de peste (BRASIL, 2010).
INSERIR AULA 1 PARTE 3 TRANSIO EPIDEMIOLGICA E DEMOGRFICA
Vdeo: Polticas de Sade no Brasil (Parte 3) por Marcelo Ferreira. Encontrado em:
<http://youtube.com>.
FORUM II
Qual a situao epidemiolgica da dengue no local em que reside. E como o combate ao mesmo
est sendo realizado.
REFERNCIAS
BRASIL. Programa nacional de controle da dengue (PNCD). Braslia: FUNASA,
2002. Disponvel em:. Acesso em: out. 2012.
BRASIL. Capacitao de pessoal em sala de vacinao: manual do treinando.
Braslia: Ministrio da Sade. FUNASA, 2001. Disponvel em: Acesso em: Acesso em:
out. 2012.
BRASIL. Portaria n. 2.472, de 31 de agosto de 2010 com a relao de doenas
agravos e eventos em sade pblica de notificao compulsria (NC) em territrio
nacional, conforme o Regulamento Sanitrio internacional (RSI), publicada pelo
Ministrio da Sade. 2010. Disponvel em:Acesso em: out. 2012.
SUGESTES DE LEITURA
BRASIL. Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988. Dirio Oficial da
Unio, Braslia-DF, 5 out. 1988. Seo II, p. 33-34.
BRASIL. Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988. Dirio Oficial da
Unio, Braslia-DF, Portaria, n.104, de 25 jan. 2011. Seo I, p. 38.
BRASIL. Lei Federal n. 8.080/90: dispe sobre as condies para a promoo, a
proteo e a recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dos servios
correspondentes, e d outras providncias. Dirio Oficial da Unio, Braslia-DF, de 20
de setembro de 1990, seo I.
BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria 399: Divulga o Pacto pela Sade 2006
Consolidao do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Dirio
Oficial da Unio, Braslia-DF, de 22 de fevereiro de 2006.
BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Sistema Nacional
de Vigilncia em Sade. 2. ed. Braslia: Ministrio da Sade, 2006. Disponvel
em:Acesso em: out. 2012.
LAURENTI, R. et al. Estatsticas de Sade. So Paulo: EPU, 1987.
MONKEN, Mauricio; BATISTALLA, Carlos. Vigilncia em sade: aspectos histricos.
Disponvel em:Acesso em: out. 2012.
PORTAL DA SAUDE. Secretaria de vigilncia em sade. Disponvel em:. Acesso em:
ou. 2012.
Rouquayrol, M. Zlia. Epidemiologia & Sade. Rio de Janeiro: Medsi Editora Mdica e
Cientfica Ltda., 1994. 527 p.
WEB AULA 1
Unidade 1 ASPECTOS
VIGILNCIA SANITRIA
RELEVANTES
DA
ATUAO
DA
SAIBA MAIS
Qual o papel da Vigilncia Sanitria?
Promover e proteger a sade da populao por meio de aes integradas e articuladas de
coordenao, normatizao, capacitao, educao, informao, apoio tcnico,
fiscalizao, superviso e avaliao em Vigilncia Sanitria.
SAIBA MAIS
Fiscalizao o poder de polcia, exclusivo do Estado, executado nas fiscalizaes,
aplicao de intimao e infrao, interdio de estabelecimentos, apreenso de produtos
e equipamentos etc.
Responsabilidade e tica da funo pblica.
No Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria o Estado deve executar aes e prestar
servios destinados a eliminar, diminuir ou prevenir riscos sade.
A estratgia para direcionar e concretizar as aes do SNVS com maior integrao com o
SUS foi prevista na construo de um Plano de Diretrizes para a Vigilncia.
O Plano Diretor de Vigilncia Sanitria (PDVISA), foi publicado atravs da Portaria GM/MS
n. 1.052, de 08 de maio de 2007. Este documento contempla as diretrizes norteadoras
necessrias consolidao e fortalecimento do Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria
(SNVS).
Este instrumento elenca as prioridades em Vigilncia Sanitria (VISA) e considera a
diversidade do pas, respeitando as especificidades e heterogeneidades.
O PDVS contempla os seguintes eixos:
EIXO I - ORGANIZAO E GESTO DO SISTEMA NACIONAL DE VIGILNCIA
SANITRIA, NO MBITO DO SUS
Neste eixo a estratgia do Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria o reconhecimento de
que a Vigilncia Sanitria responsabilidade do Estado e componente indissocivel do
SUS.
Desta forma cabe Vigilncia Sanitria atuar no mbito da proteo contra danos, riscos e
determinantes dos problemas de sade que afetam a populao.
EIXO II - AO REGULATRIA: VIGILNCIA DE PRODUTOS, DE SERVIOS E DE
AMBIENTES
Neste eixo a vigilncia sanitria tem a funo de atuar como forma de prevenir, eliminar
ou minimizar o risco sanitrio envolvido em suas reas de atuao, de forma a adequar o
sistema produtivo de bens e de servios de interesse sanitrio, com o propsito de
implementar concepes e atitudes ticas a respeito da qualidade das relaes, dos
processos produtivos, do ambiente e dos servios promovendo e protegendo a sade da
populao.
EIXO III - A VIGILNCIA SANITRIA NO CONTEXTO DA ATENO INTEGRAL
SADE
objetivo norteador da Vigilncia Sanitria sua insero na ateno bsica onde se espera
que alm das aes assistenciais, sejam realizadas aes de promoo de sade e de
preveno de agravos onde se inclui aqueles relativos ao consumo de bens e servios e as
interaes com o ambiente por meio das equipes de sade da famlia e agentes de sade
das unidades bsicas de sade.
EIXO IV - PRODUO DO CONHECIMENTO, PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
TECNOLGICO
Destaca-se neste eixo a importncia da pesquisa e o desenvolvimento tecnolgico em
Vigilncia Sanitria na agenda de atuao, que deve ser articulada com a Poltica Nacional
de Cincia, Tecnologia e Inovao em Sade (PNCTIS) do Ministrio da Sade.
EIXO V - CONSTRUO DA CONSCINCIA
PARTICIPAO E CONTROLE SOCIAL
SANITRIA:
MOBILIZAO,
Substncias
(agrotxicos,
domissanitrios,
medicamentos,
venenos,
etc)
que
Determinaram Agravos Relacionados a Intoxicaes e/ou Acidentes por Animais
Peonhentos; Coleta e Envio de Amostras de Produtos Qumicos Envolvidos em
Intoxicaes para Anlise e Coleta de Animais Peonhentos para Identificao e Controle
(AGNCIA NACIONAL DE VIGILNCIA SANITRIA, 2007).
1.2.7. Na ps-comercializao
Investigao de Eventos Adversos e Desvio de Qualidade de Materiais Mdico-Hospitalares,
Medicamentos, Sangue e Hemoderivados, Saneantes e Kits Laboratoriais que
Determinaram Agravos Sade; Inspeo Sanitria de Locais e Rastreabilidade de
Produtos Ps-Comercializados que Determinaram Agravos Relacionados Sade Humana;
Coleta de Medicamentos, Materiais Mdico-Hospitalares, Kits para Laboratrio, para
Investigao de Possveis Causas (AGNCIA NACIONAL DE VIGILNCIA SANITRIA, 2007).
1.2.8. Nos projetos de arquitetura
Analisa projetos de construo, reforma, adaptao ou ampliao no que interfere na
sade das pessoas, hospitais, clnicas, fbricas, escolas, etc.
A RDC N 51, de 6 de outubro de 2010 dispe sobre os requisitos mnimos para a anlise,
avaliao e aprovao dos projetos fsicos de estabelecimentos de sade no Sistema
Nacional de Vigilncia Sanitria (SNVS).
O art. 3 desta resoluo se aplica aos projetos fsicos de todos os estabelecimentos
assistenciais de sade (EAS) no pas, sejam eles pblicos, privados, civis ou militares,
incluindo aqueles que exercem aes de ensino e pesquisa, compreendendo: as
construes novas de estabelecimentos assistenciais de sade; as reas a serem
ampliadas de estabelecimentos assistenciais de sade j existentes; as reformas de
estabelecimentos assistenciais de sade j existentes e as adequaes de edificaes
anteriormente no destinadas a estabelecimentos assistenciais de sade.
Saiba mais sobre as aes da Vigilncia Sanitria assistindo o Vdeo intitulado Conhea o
Trabalho da Vigilncia Sanitria - Jornal Nossa Cidade 37 Edio. Disponvel em
Caro aluno, espero que voc tenha gostado dos nossos contedos e sugestes de vdeos e
links. Quero que voc fique bem informado sobre os principais aspectos da vigilncia
sanitria. Estou muito feliz por voc ter chegado at aqui. Parabns!! Participe do frum,
onde eu coloco a seguinte questo para discusso:
Qual a contribuio das aes da Vigilncia Sanitria em relao qualidade dos alimentos
e o que isto tem que ver com a transmisso de doenas?
AGNCIA NACIONAL DE VIGILNCIA SANITRIA. Protocolo das aes de vigilncia
sanitria.
Braslia:
NADAV,
2007.
Disponvel
em:
<http://www.anvisa.gov.br/institucional/snvs/descentralizacao/protocolo_acoes.pdf>.
Acesso em: out. 2012.
REISKOFFER, Donar. Wenen (211). Wikimedia Commons, 16 fev. 2008. Disponvel em:
<http://commons.wikimedia.org/wiki/File:20080215-18_Wenen_(211).jpg>. Acesso em:
out. 2012.
WIKIMEDIA
COMMONS. Bhavani
peth.
7
out.
2012.
Disponvel
em:
<http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bhavani_peth_(9).JPG>. Acesso em: out. 2012.
WIKIMEDIA COMMONS. Food vendor on VNR train. 31 dez. 2010. Disponvel em:
<http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Food_vendor_on_VNR_train.jpg>. Acesso em:
out. 2012.
WEB AULA 7
2.1 Medicamentos
Uma rea de grande importncia da Vigilncia Sanitria o controle de medicamentos.
neste caso a VISA controla a produo, a distribuio, as embalagens e a propaganda de
remdios. Os quadros 1 e 2 apresentam exemplos de atuao da VISA na rea de
medicamentos.
Os quadros de 1 a 2 apresentam aes da Vigilncia sanitrias referentes distribuidora
de medicamentos e indstria de medicamentos.
2.2 COSMTICOS
Saiba mais sobre centro de zoonoses lendo a publicao da FUNASA intitulada Diretrizes para projetos
fsicos de unidades de controle de zoonoses e fatores biolgicos de risco.
2.8 TOXICOVIGILNCIA
Trata-se de um conjunto de aes de Vigilncia Sanitria, Epidemiolgica e Ambiental,
que, baseadas em informaes relacionadas s doenas e outros eventos de interesse da
sade, visam detectar os fatores determinantes e condicionantes dos agravos sade do
homem.
O quadro 21 apresenta aes da VISA em relao a intoxicaes.
Caro aluno
Participe do frum
Coloquei esta questo para discusso: Qual a contribuio das aes de vigilncia
Sanitria e Ambiental na promoo da sade e preveno de doenas?
AGNCIA NACIONAL DE VIGILNCIA SANITRIA. Protocolo das aes de vigilncia
sanitria.
Braslia:
NADAV,
2007.
Disponvel
em:
<http://www.anvisa.gov.br/institucional/snvs/descentralizacao/protocolo_acoes.pdf>.
Acesso em: out. 2012.
BRASIL. Ministrio da Sade. Decreto n 79.094 de 5 de janeiro de 1977. Regulamenta a
Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976, que submete a sistema de vigilncia sanitria
WEBAULA 8
Unidade 1 ESTRATGIA DE SADE DA FAMLIA
Prezado (a) aluno(a).
Seja bem vindo. Nesta web aula voc conhecer a trajetria do Programa Sade da
Famlia (PSF), hoje chamado de Estratgia Sade da Famlia (ESF) e sua evoluo
estrutural, alm de seu foco de ateno no compromisso assumido pela Ateno Bsica
junto populao.
Saiba mais: Qual o objetivo de uma Norma Operacional Bsica (NOB)? As Normas
Vdeo aula 01
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desenvolve a luta pela melhoria das condies de vida permitindo, ainda, uma compreenso ampliada do
processo sade/doena e, portanto, da necessidade de intervenes de maior impacto e significao
social. (Brasil, 1997:8)
Saiba como visto o trabalho da ESF pela populao e pela prpria equipe acessando:
Vdeo aula 2
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Agora que voc viu um pouco da prtica da ESF, conhea alguns aspectos legais
referentes ao processo de trabalho das equipes.
Estabelecer uma proximidade entre as famlias e os profissionais da sade essencial para
que a USF caracteriza-se como porta de entrada do sistema local de sade. Para isso, a
Cadastramento das famlias: As equipes devem realizar visitas por toda rea de
abrangncia da USF, casa a casa para cadastrar cada famlia e atravs da entrevista
identificar os componentes familiares, a morbidade referida, as condies de moradia,
saneamento e condies ambientais das reas onde essas famlias esto inseridas. neste
momento que se estabelece o vnculo ESF / famlia, a qual recebe informaes sobre a
oferta de servios disponveis e dos locais, dentro do sistema de sade, que
prioritariamente devero ser a sua referncia.
Sistema de Informao da Ateno Bsica - SIAB foi implantado em 1998 para o
acompanhamento das aes e dos resultados das atividades realizadas pelas equipes do
ESF. o principal instrumento de monitoramento das aes do Sade da Famlia.
A atuao das equipes ocorre no territrio, principalmente, nas unidades bsicas de Sade
da Famlia, nas residncias e nos espaos comunitrios. A ESF caracteriza-se por ser a
porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de sade tendo sob sua
responsabilidade um territrio definido, com uma populao delimitada, partindo do
conhecimento do perfil epidemiolgico e demogrfico de sua rea de atuao, podendo
intervir sobre os fatores de risco aos quais a comunidade est exposta, de forma a
oferecer s pessoas ateno integral, permanente e de qualidade.
Saiba sobre o processo de trabalho e os profissionais que integram a ESF.
O processo de trabalho das equipes de Sade da Famlia o elemento-chave para a busca
permanente de comunicao e troca de experincias e conhecimentos entre os integrantes
da equipe e destes com a comunidade. As equipes de ESF so compostas por no mnimo
um mdico de famlia, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e seis agentes
comunitrios de sade. Pode ser ampliada com a equipe de Sade Bucal, na qual esto
presentes, alm dos j recomendados, um dentista, um auxiliar em sade bucal e tcnico
em sade bucal.
IMPORTANTE SABER:
Algumas atribuies so especficas de cada profissional das equipes e devem seguir as
referidas disposies legais que regulamentam o exerccio de cada uma das profisses.
As atribuies que so comuns a todos os profissionais. So regulamentadas nos
dispositivos
da
Portaria
MS/GM
2.488/2011.
Acesse:http://bvs.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.
Conhea algumas das atividades comuns a todos os integrantes da USF.
Destacamos do Caderno de Ateno Bsica do PSF(BRASIL, 1997) algumas atribuies
comuns a todos os integrantes da equipe de sade da famlia:
Conhecer a realidade das famlias pelas quais so responsveis, com nfase nas suas
caractersticas sociais, demogrficas e epidemiolgicas
Resolver, atravs da adequada utilizao do sistema de referncia e contrareferncia, os principais problemas detectados
Mdico: Atuar de forma generalista, para assim atender todos os componentes das
famlias. Tendo suas aes voltadas para:
Promover a qualidade de vida e contribuir para que o meio ambiente seja mais
saudvel;
Promover a qualidade de vida e contribuir para que o meio ambiente torne-se mais
saudvel;
Auxiliar de enfermagem: Suas aes devero ser desenvolvidas nos espaos da unidade
de sade e no domiclio/comunidade, devendo:
Agente Comunitrio de Sade: O ACS desenvolver suas aes nos domiclios de sua
rea de responsabilidade e junto unidade para programao e superviso de suas
atividades. As atribuies bsicas so:
Vdeo aula 3
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Agora que voc j conheceu um pouco sobre a atuao da ESF, vamos conhecer a
infra-estrutura?
O ambiente fsico das Unidades de Sade da Famlia deve atender critrios estabelecidos
por leis referentes prestao dos servios de sade. Sendo assim, podero ser instaladas
nos postos de sade, centros de sade ou unidades bsicas de sade j existentes no
municpio, sem se esquecer que sua rea fsica dever ser adequada nova dinmica a ser
implementada. Naquelas a serem reformadas ou construdas de acordo com a
programao municipal em reas que no possuem nenhum equipamento de sade,
devem seguir criteriosamente o que se estabelece nas leis e portarias vigentes sobre o
assunto.
A Portaria mais atual sobre a temtica a MS/GM n 2.488, de 21 de outubro de
2011, que aborda em seu contedo sobre infraestrutura e funcionamento da Ateno
Bsica, destaca que para a realizao das aes, as USFs devero ser construdas de
acordo com as normas sanitrias e tendo como referncia o manual de infraestrutura do
Departamento de Ateno Bsica/SAS/ MS.
Este manual uma referncia para adequao do espao fsico de implantao da ESF,
porm, importante considerar duas importantes ressalvas encontradas no seu texto de
apresentao:
Voc sabia que o ambiente fsico de uma USF classificado em rea clnica, rea
administrativa, rea odontolgica e rea de apoio?
rea de apoio: sanitrios, banheiro para funcionrios, copa e cozinha, rea de servio e
depsito de materiais de limpeza, central de material e esterilizao, sala de utilidades e
depsito de lixo, abrigo de resduos slidos (expurgo).
Saiba mais:
Conhea o que a PORTARIA MS/GM N 2.488/2011 traz sobre estrutura fsica da USF.
Acesse: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html
CONCLUINDO O ESTUDO:
A ESF e o ncleo de apoio frente a reorientao da Ateno Bsica
O Sade da Famlia uma vertente importante na Ateno Bsica, pois foi criado com a
preocupao voltada para um conjunto de determinantes que atua diretamente no
processo sade/doena. uma estratgia que atua para estabelecer um vnculo entre a
sade e a populao, aqui representada pelos profissionais da ESF e as famlias,
respectivamente.
Devido a sua ampliao, houve a necessidade de implantar um servio de apoio Ncleo
de Apoio Sade da Famlia - NASF.
O Nasf tem por objetivo apoiar, ampliar, aperfeioar a ateno e a gesto da sade na
Ateno Bsica/Sade da Famlia. Seus requisitos so, alm do conhecimento tcnico, a
responsabilidade por determinado nmero de equipes de SF e o desenvolvimento de
habilidades relacionadas ao paradigma da Sade da Famlia.
PARTICIPE DO FRUM :
Acesse o link abaixo, reflita e debata se voc concorda com o texto, sobre este
artigo: O Programa sade da famlia segundo os profissionais de sade.
em:
<
WEB AULA 8
Unidade 2 PROGRAMAS DE ATENO SADE
Prezado (a) aluno(a).
Seja bem vindo. Nesta web aula voc conhecer 04 importantes programas que auxiliam
a Ateno Sade na manuteno da qualidade de vida da populao. O Melhor em Casa,
que tem foco na Ateno Domiciliar (AD), a Poltica Nacional de Alimentao e Nutrio
(PNAN), que busca erradicar a desnutrio e outras questes que comprometem a
nutrio, o Programa de Sade do Homem, que busca resguardar a integralidade da
ateno deste seguimento populacional e o Programa Academias de Sade, busca atravs
de equipamentos e pessoal a orientao para atividades corporais, promovendo lazer e
qualidade de vida.
Talvez devido a estes aspectos favorveis, que o Servio de Ateno Domiciliar (SAD)
tenha registrado um crescimento significativo nos ltimos 20 anos. Junto com sua
expanso, surge a necessidade de regulamentao de seu funcionamento e de
implantao de polticas pblicas com o objetivo de incorporar sua oferta s prticas
institucionalizadas no Sistema nico de Sade.
Lanado no final de 2011, o Melhor em Casa uma proposta de readequao da Ateno
Domiciliar (AD), ou seja, uma nova modalidade de ateno sade, complementando,
ou at mesmo substituindo s prticas at ento existentes, caracterizada por um
conjunto de aes de promoo sade, preveno e tratamento de doenas e
reabilitao prestadas em domiclio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada
s redes de ateno sade. Assumindo a continuidade do tratamento no conforta da sua
casa.
Voc sabia?
Estudos apontam que o bem estar, carinho e ateno familiar aliados adequada
assistncia em sade so elementos importantes para a recuperao de doenas.
Saiba mais:
Saiba mais:
Como so vistas as aes do Programa Melhor em Casa pelos pacientes e equipe
de trabalho. Acesse:
Saiba mais:
Conhea na ntegra a PORTARIA N 710, DE 10 DE JUNHO DE 1999 que estabelece
a implantao da Poltica Nacional de Sade (DOU DE 11/06/99)
princpios firmados nesta poltica. Alm de subsidiar outros programas do governo federal
e benefcios relacionados ao estado nutricional.
So contempladas pela Vigilncia Alimentar e Nutricional todas as fases do ciclo de vida:
crianas, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.
Saiba mais:
Acesse os relatrios anuais do PNAN e saiba a abordagem de seus contedos
atravs do link:
http://nutricao.saude.gov.br/relatorios.php
Vdeo aula 4
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necessariamente sade), duas so homens. Alm disso, quatro entre cada cinco pessoas entre
20 e 30 anos que morrem tambm so do sexo masculino. Eles respondem por quase 60% das
mortes no pas.
Indisponibilidade de horrio;
Acesse:
Saiba mais:
Municpios ou DF podero solicitara habilitao, para recebimento de incentivo de custeio,
de um espao com infraestrutura semelhante ao polo do Programa;
O espao construdo ou habilitado como polo do Programa Academia da Sade dever ser
identifica do conforme os padres visuais do Programa
livre iniciativa privada a reproduo total ou parcial de quaisquer dos mdulos de polos do
Programa Academia da Sade em espaos prprios, no havendo, porm, disponibilizao de
recursos pblicos para tais fins.
Vdeo aula 5
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PARTICIPE DO FORUM
Acesse o link abaixo, reflita e debata sobre a interao profissional e o programa alimentar
no processo de avaliao do modelo de interveno nutricional.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_fisica_ubs.pdf
em: nov. 2012.
ATENO
bsica
e
a
sade
da
famlia.
Disponvel
http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php >. Acesso em: 27 nov. 2012.
>.
Acesso
em:
<
WEBAULA 1
Unidade 1 Sade da Mulher
Prezado (a) aluno (a).
Seja bem-vindo. com muita satisfao que convidamos voc a participar desta Web Aula
que tem como objetivo apresentar a disciplina SADE DA MULHER, tema to importante
nos dias atuais, o qual nos mostra que as necessidades de sade da mulher so diferentes
das do homem em muitos sentidos e propem desafios especiais que derivam de seus
papis como me (ou como possveis mes futuras) e de sua tradicional situao de
subordinao no lar, na comunidade e no local de trabalho.
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As desigualdades de gnero, ou seja, aquelas que se expressam quando se compara
situaes de sade entre homens e mulheres, ainda so enormes em nosso Pas.
vdeo
O assunto a seguir sobre a luta das mulheres pela sua sade. importante conhecer
como o direito da mulher foi se desenvolvendo por meio das dcadas, devido aos vrios
movimentos e aes.
Voc j participou de algum tipo de passeata, movimento ou aes em defesa do
direito da mulher?
A HISTRIA DAS MULHERES NA LUTA PELA SADE
As mulheres brasileiras defendem seu direito de votar desde 1910. Apenas aps 1927 este
direito foi inaugurado no Brasil. Nas dcadas seguintes, as mulheres sempre se
destacaram na busca por mais democracia e direitos.
No incio dos anos 1960, com a descoberta da plula anticoncepcional, o tema da
sexualidade ganhou fora em todo o mundo. Nessa poca, havia grande interesse dos
pases ricos, especialmente os Estados Unidos, em impor Amrica Latina a adoo de
polticas de controle demogrfico.
Esse pensamento repercutiu no Brasil com a entrada e funcionamento de vrias
instituies e recursos destinados ao controle da natalidade.
Mas essas instituies no tinham o seu foco na sade e havia inmeras distribuies de
contraceptivos e realizaes de laqueaduras que no eram realizadas dentro dos critrios
necessrios para garantir a sade das mulheres.
Muitas denncias sobre o controle da natalidade foram feitas nessa poca e o debate do
assunto foi marcado por crticas ao Pas.
Nesse contexto, a luta das mulheres pela sade ganhou fora e, na dcada de 1960, j se
observava uma preocupao das brasileiras em como controlar o nmero de filhos e
utilizar mtodos contraceptivos, decidindo por si mesmas sobre a sua vida reprodutiva.
Comeava ento, na dcada de 1970, a discusso sobre o tema planejamento familiar.
VOC SABIA QUE:
O Ministrio da Sade, na dcada de 1980, criou um programa para reorientar a ateno
sade integral da mulher?
Em 1983, o Ministrio da Sade formulou um programa que era uma poltica que
reorientava toda a ateno sade das mulheres: o Programa de Assistncia Integral
Sade da Mulher (Paism). Que estava centrado no conceito da integralidade, ou
seja, as mulheres passaram a ser contempladas em todas as faixas etrias, em todos os
ciclos de vida, em todos os seus papis na sociedade e, em todos os seus problemas e
necessidades de sade.
Acesse o site do Ministrio da Sade para saber mais sobre o PAISM, no link:
O Seminrio Nacional sobre Controle Social nas Polticas de Sade das Mulheres, realizado
em 2006 pelo Ministrio da Sade, aprofundou o debate sobre a necessidade de que os
Conselhos de Sade discutissem a sade das mulheres e que atuassem no sentido de
melhorar nos estados e municpios a situao da sade da populao feminina.
Na 13 Conferncia Nacional de Sade, em 2007:
[...] tambm foram apresentadas propostas importantes para a sade [da mulher. Dentre estas]
recomendaes, destaca-se o acompanhamento do cumprimento dos direitos sexuais e reprodutivos das
mulheres e adolescentes envolvendo os Conselhos de Sade e de Educao, considerando as diferenas
tnico-raciais, religiosas, de gnero, orientao sexual, sofrimento psquico, fsico, [entre outros. Alm de
ser] apresentada a proposta de tornar efetiva a Poltica Nacional de Planejamento Familiar, enfatizando a
ateno aos adolescentes e a preveno da mortalidade materna (BRASIL, 2010, p. 17).
O II Plano Nacional de Polticas para Mulheres, lanado em 2008, pela Secretaria Especial
de Polticas para as Mulheres, marcou definitivamente, a importncia que a poltica da
sade da mulher tem para o Governo Federal.
Voc j observou como vem acontecendo a ateno s mulheres no seu
municpio? Ser que tm sido mantido tudo o que se estabeleceu na nossa ltima
Conferncia de Sade em 2011? Debata este assunto no Frum tambm.
Pois no Relatrio Final da 14 Conferncia Nacional de Sade, que aconteceu entre os dias
30 de novembro e 4 de dezembro de 2011, em Braslia, ficou estabelecido, entre outros
aspectos:
- fortalecer a Poltica de Ateno Sade da Mulher com nfase nos direitos sexuais e
reprodutivos;
- atendimento humanizado mulher em situao de abortamento e de violncia
domstica, sexual e de gnero;
- preveno da mortalidade materna, garantindo a regionalizao do Projeto Rede
Cegonha;
- ampliar a cobertura na preveno e controle do cncer de colo de tero, garantindo o
acesso a exame de citologia e colposcopia;
- preveno e controle do cncer de mama, garantindo o acesso a exame de imagem para
rastreamento e diagnstico;
- gestionar junto ao Ministrio da Sade a ampliao de recursos financeiros para a
implantao e manuteno da Rede de Ateno Sade Materno-Infantil.
IMPORTANTE SABER:
Voc sabe a diferena entre Planejamento Familiar e Controle de Natalidade? D
uma olhada neste artigo:
PLANEJAMENTO FAMILIAR
Nesta Lei fica claro que o Planejamento Familiar um direito de todos, mulheres e
homens, de todas as classes sociais. A populao prioritria para o planejamento familiar
so as mulheres na idade frtil, onde h risco de engravidar quando tm vida sexual com
parceiros do sexo oposto.
Planejar quantos filhos teremos se tornou uma prioridade nos dias atuais. As mulheres
tm o direito de decidirem com seus companheiros quando ter filhos e como prevenir a
gravidez. Os servios de sade devem estar preparados para acolher a mulher ou o casal
com informaes e tambm com os meios para essa finalidade.
Voc concorda com a necessidade de uma Poltica de Sade especfica para esta
populao? Converse com seus colegas no Frum sobre este assunto.
Esta Poltica tem como objetivo geral promover a sade integral de lsbicas, gays,
bissexuais, travestis e transexuais, eliminando a discriminao e o preconceito
institucional, contribuindo para a reduo das desigualdades e para a consolidao do SUS
como sistema universal e integral.
Desde a dcada de 1980, o Ministrio da Sade vem adotando estratgias para o
enfrentamento da epidemia do HIV/AIDS e contou, para isso, com a parceria dos
movimentos sociais vinculados a defesa dos direitos da populao de GLBTT. Esta
estratgia fortaleceu a participao destes grupos na luta pela sade.
Assista a este vdeo e saiba mais sobre a Populao GLBTT:
<https://www.youtube.com/watch?
v=_dOnFsz9muw&playnext=1&list=PLD6B5C7ADD6ECA1B7&feature=results_main>.
O compromisso do Ministrio da Sade com a reduo das desigualdades constitui uma das bases do
Programa Mais Sade - Direito de Todos, lanada em 2008, e que visa reorientao das polticas de sade
com o objetivo de ampliar o acesso a aes e servios de qualidade. Este Programa apresenta metas
especficas para promover aes de enfrentamento das iniquidades e desigualdades em sade com
destaques para grupos populacionais de negros, quilombolas, GLBTT, ciganos, prostitutas, populao em
situao de rua, entre outros. (BRASIL, 2010, p. 4).
Esta Poltica, GLBTT, tem tambm como marca o reconhecimento dos efeitos da discriminao e da excluso
no processo de sade-doena desta populao.
Suas diretrizes e seus objetivos esto, portanto, voltados para mudanas na determinao social
da sade, com vistas reduo das desigualdades relacionadas sade destes grupos sociais.
Alm de reafirmar o compromisso do SUS com a universalidade, a integralidade e com a efetiva
participao da comunidade.
O respeito sem preconceito e sem discriminao valorizado como fundamento para a humanizao na
promoo, proteo, ateno e no cuidado sade. Para que isso se efetive, a Poltica LGBTT articula um
conjunto de aes e programas, que constituem medidas concretas a serem implementadas, em todas as
esferas de gesto do SUS, particularmente nas Secretarias Estaduais e Municipais de Sade. Este processo
de implementao deve ser acompanhado, cotidianamente, pelos respectivos Conselhos de Sade e apoiado,
de forma permanente, pela sociedade civil.
Dessa forma, enfrentar toda a discriminao e excluso social implica em promover a democracia social, ao
mesmo tempo, exige ampliar a conscincia sanitria com mobilizao em torno da defesa, do direito sade
(BRASIL, 2010, p. 4-5, grifos da autora).
<http://www.cidh.oas.org/Basicos/Portugues/m.Belem.do.Para.htm>.
Existem vrios tipos de armas utilizadas na violncia contra a mulher: a leso corporal, que a agresso
fsica, como socos, pontaps, bofetes, entre outros; o estupro ou violncia carnal, sendo todo atentado
contra o pudor de pessoa de outro sexo, por meio de fora fsica, ou grave ameaa, com inteno de
satisfazer nela desejos lascivos, ou atos de luxria; ameaa de morte ou qualquer outro mal, feitas por
gestos, palavras ou por escrito; abandono material, quando o homem, no reconhece a paternidade,
obrigando assim a mulher, entrar com uma ao de investigao de paternidade, para poder receber penso
alimentcia.
Mas nem todos deixam marcas fsicas, como as ofensas verbais e morais, que causam dores que superam a
dor fsica. Humilhaes, torturas ou abandono so considerados pequenos assassinatos dirios, difceis de
superar e praticamente impossveis de prevenir, fazendo com que as mulheres percam a referncia de
cidadania (VELLOSO, 2012).
Atualmente existe a Delegacia de Defesa da Mulher, que recebe todas as queixas de violncia contra as
mulheres, investigando e punindo os agressores. Como em toda a Polcia Civil, o registro das ocorrncias,
ou seja, a queixa feita atravs de um Boletim de Ocorrncia, que um documento essencialmente
informativo, todas as informaes sobre o ocorrido visam instruir a autoridade policial, qual a tipicidade
penal e como proceder nas investigaes.
Toda a mulher violentada fsica ou moralmente, deve ter a coragem para denunciar o agressor, pois agindo
assim ela esta se protegendo contra futuras agresses, e serve como exemplo para outras mulheres, pois
enquanto houver a ocultao do crime sofrido, no vamos encontrar solues para o problema (VELLOSO,
2012).
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Bem, estamos finalizando esta Web Aula e espero que voc tenha aproveitado e continue
desenvolvendo seus estudos para o aprimoramento de seus conhecimentos sobre os temas
abordados. Bons estudos e nos encontramos com certeza na prxima Web Aula.
PARTICIPE DO FRUM :
Acesse o link abaixo, reflita e debata se voc concorda com o texto, sobre este
artigo: Violncia contra a Mulher.
.
BRASIL. Ministrio da Sade. Assistncia em Planejamento Familiar: manual para o
gestor. Braslia, 2002.
BRASIL. Ministrio da Sade. Assistncia em Planejamento Familiar: Manual tcnico.
Braslia, 2002. 150p.
WEB AULA 2
Unidade 1 Sade da Mulher
Prezado (a) aluno (a).
Seja bem-vindo novamente. com muita satisfao que convidamos voc a participar
desta Web Aula que dar continuidade ao nosso assunto sobre SADE DA
MULHER. Gostaria ainda de ressaltar que essa disciplina de extrema importncia na sua
formao profissional, por abordar temas, constantemente citados na mdia, relacionados
sade das nossas mulheres.
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REDUO DA MORTALIDADE MATERNA
hemorragia
gestacional
Com suas aes, o Brasil est reduzindo a mortalidade materna, mas ainda no alcanou o
5 Objetivo de Desenvolvimento do Milnio (ODM), que Melhorar a Sade Materna.
Para conhecer todos os objetivos do Milnio (do Programa das Naes Unidas
para
o
Desenvolvimento),
acesse
o link abaixo: <http://www.pnud.org.br/ODM.aspx>.
Atravs de medidas eficientes de assistncia sade, que vo desde o planejamento
familiar at os cuidados ps-parto, passando por todo o processo gestacional, investindo
em profissionais de sade com habilidades obsttricas e garantindo o acesso aos cuidados
obsttricos de emergncia quando surgirem complicaes, pode-se reduzir a possibilidade
dessas complicaes e prevenir as mortes maternas.
Vamos falar agora sobre o Pr-Natal de Baixo Risco, que um dos fatores que podem
contribuir para diminuio do ndice de mortalidade materna.
RISCO
Dando sequncia nossa aula, vamos falar um pouco a respeito do parto normal, pois,
segundo o Ministrio da Sade, o mais aconselhado e seguro, devendo ser
disponibilizados todos os recursos para que ele acontea.
PROMOO DO PARTO NATURAL (NORMAL)
Entende-se por parto natural aquele realizado sem intervenes ou procedimentos
desnecessrios durante todo o perodo de trabalho de parto, parto e ps-parto, e com o
atendimento centrado na mulher. Tambm pode ser chamado de "parto humanizado",
devido todo o respeito e ternura com que so tratados a mulher e o beb neste perodo.
Neste vdeo voc pode ver um pouco da importncia e benefcios do parto
humanizado por meio de depoimentos de gestantes e profissionais:
<https://www.youtube.com/watch?v=w6G8CxA4Va8>.
As atitudes dos profissionais envolvidos no parto so fundamentais, deve-se respeitar o
tempo, limites e as expectativas de cada mulher, durante todo o trabalho de parto e parto.
A mulher deve ser o centro das atenes e a figura principal, tendo ela poder sobre seu
prprio corpo e sobre o processo do nascimento.
VOC SABIA QUE: Atualmente, o parto natural tem sido motivo de diversos
investimentos por parte do Ministrio da Sade, como na criao do Programa de
Humanizao do Parto e Nascimento e na criao dos Centros de Parto Normal?
Acesse o link da Rede Humaniza SUS e o link sobre Centro de Parto Normal, para
saber mais:
<http://www.redehumanizasus.net/taxonomy/term/17283>.
<http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/maternidade/parto/centros-de-parto-normal>.
Agora vamos falar um pouco sobre o Combate ao Cncer do Colo do tero e de Mamas.
Este nosso prximo assunto tambm de extrema importncia quando temos em vista a
sade de nossas mulheres.
COMBATE AO CNCER DO COLO DO TERO
O Programa de Controle do Cncer do Colo do tero resultado da evoluo de iniciativas
que comearam a ser organizadas e consolidadas a partir do Programa de Sade MaternoInfantil (1977) e que, a partir da dcada de 1990, expandiu-se consideravelmente.
VOC SABIA QUE: Atualmente, cerca de 12 milhes de exames citopatolgicos
so realizados anualmente no mbito do Sistema nico de Sade (SUS)?
O cncer do colo do tero o segundo mais incidente na populao feminina brasileira,
excetuando-se os casos de cncer de pele no melanoma. Aes que atuem sobre os
determinantes sociais do processo sade-doena e promovam qualidade de vida so
fundamentais para a melhoria da sade da populao e o controle das doenas e dos
agravos.
acesse
Como voc deve saber, a equipe de enfermagem tem um papel importante na preveno e
deteco de doenas, inclusive do Cncer Colo do tero, pois, neste caso, responsvel
por:
- Sensibilizar as mulheres a fazerem o exame de Papanicolau, por meio de
programas educativos e tambm identificar a mulher com situao de risco
durante o acolhimento ou na consulta ginecolgica.
Todos os profissionais de sade engajados na rea da sade da mulher devero estar
envolvidos no combate ao cncer cervicouterino, para que possa provocar um grande
impacto sobre os mltiplos fatores que interferem nas aes de controle.
importante que a ateno s mulheres esteja pautada em uma equipe multiprofissional e
com prtica interdisciplinar.
COMBATE AO CNCER DE MAMAS
VOC SABIA QUE: o cncer de mama a quinta causa de morte por cncer em
geral e a causa mais frequente de morte por cncer em mulheres?
O sintoma mais comum de cncer de mama o aparecimento de ndulo, geralmente
indolor, duro e irregular; mas h tumores que so de consistncia branda, globosos e bem
definidos. Outros sinais de cncer de mama so edema cutneo semelhante casca de
Os principais fatores de risco para o cncer de mama esto ligados idade, aspectos
endcrinos e tambm genticos.
Assista ao vdeo e confira os fatores de risco para o cncer de mama:
<https://www.youtube.com/watch?v=QzLSH3EHqLk>.
A preveno primria do cncer de mama est relacionada ao controle dos fatores de risco
reconhecidos. Os fatores hereditrios e os associados ao ciclo reprodutivo da mulher no
so, em princpio, passveis de mudana, porm fatores relacionados ao estilo de vida,
como obesidade ps-menopausa, sedentarismo, consumo excessivo de lcool e terapia de
reposio hormonal, so modificveis. Estima-se que por meio da alimentao, nutrio e
atividade fsica possvel reduzir em at 28% o risco de a mulher desenvolver cncer de
mama, segundo o INCA (Instituto Nacional de Cncer).
Para saber mais sobre O Papel dos Alimentos Funcionais na Preveno e
Controle do Cncer de Mama, leia este artigo.
<http://www.inca.gov.br/rbc/n_50/v03/pdf/REVISAO3.pdf>.
O cncer de mama identificado em estgios iniciais apresenta prognstico mais
favorvel e elevado percentual de cura.
Como no caso de Cncer de Colo de tero, existem estratgias para a deteco precoce do
Cncer de Mama, que so: o diagnstico precoce - abordagem de pessoas com sinais e
sintomas da doena, e o rastreamento - aplicao de teste ou exame numa populao
>.
esto ocorrendo nele e suas reaes fsicas e emocionais nessa fase. Reconhecendo
tambm os reflexos de suas relaes na famlia, no emprego e na sociedade, construindo
espaos de dilogo, tanto individualmente, como tambm em grupo, para que possa haver
um aprofundamento na vivncia entre estas mulheres, gerando maior compreenso da
questo e um intercmbio coletivo de experincias entre as prprias mulheres, facilitando,
assim, a aquisio de novos conceitos, mudanas na mentalidade e no modo de vida.
Prezado aluno, chegamos ao final de nosso estudo sobre Sade da Mulher, e espero que
voc tenha gostado e compreendido um pouco mais sobre sua importncia.
Espero que voc, como profissional da rea de sade possa contribuir para que a
assistncia mulher seja efetiva e possa promover aes para aperfeioar a
ateno integral sade da mulher.
PARTICIPE DO FRUM:
Este artigo prope refletir sobre as mudanas de paradigmas na assistncia ao Climatrio
pelos profissionais de sade, leia-o e veja se voc concorda com ele e debata esse assunto
no Frum:
<http://www.scielo.br/pdf/reben/v62n2/a19v62n2.pdf>.
BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Secretaria de Ateno
Sade.Poltica Nacional de Promoo da Sade. Braslia: Ministrio da Sade 2006.
60p. (Srie B. Textos bsicos de sade).
BRASIL. Ministrio da Sade. Assistncia integral sade da mulher: bases de ao
programtica. Braslia: Ministrio da Sade, 1984. 27p.
BURROUGHS, A. Uma introduo enfermagem materna. 6 ed., Artes Mdicas, Porto
Alegre, 1995.
CAVALCANTI, Mabel O. da Cunha e Cavalcanti, Ricardo da Cunha. Aspectos emocionais da
disfuno sexual. In: Tratado de Ginecologia. 2. ed. So Paulo, Roca, 1994. p. 165.
INSTITUTO NACIONAL DE CNCER (Brasil). Resumo. Alimentos, Nutrio, Atividade
Fsica e Preveno do Cncer. Uma perspectiva global. Traduo de Athayde
Handson Tradutores. Rio de Janeiro, 2007, 12 p.
INSTITUTO NACIONAL DE CNCER (Brasil). Sumrio Executivo. Polticas e Aes para
Preveno do Cncer no Brasil. Alimentos, Nutrio e Atividade Fsica. Rio de Janeiro:
INCA, 2009.
FARMCIA POPULAR NO BRASIL
Ol especializando, seja bem vindo a esta disciplina!
Meu nome Gladys Marques Santana, sou farmacutica, formada pela Universidade
Estadual de Ponta Grossa. Sou mestre em farmacologia pela UFPR (Curitiba) e Doutora em
contedos
programticos
sero
desenvolvidos
de
forma
e,
WEB AULA 1
Unidade 1 Polticas Pblicas, Conceitos e Iniciativas Brasileiras de
Promoo do Acesso a Medicamentos
Ol, especializando!
Nesta web aula, voc conhecer as polticas pblicas e conceitos importantes relacionados
ao acesso aos medicamentos essenciais dentro da ateno bsica a sade.
Garantir que os medicamentos estejam disponveis para a populao demanda um esforo
muito grande por parte do estado e dos servios de sade, mobilizando muitos recursos e
profissionais.
Em alguns lugares vemos a falta de medicamentos para o tratamento das doenas
prevalentes e em outros, o volume dispensado parece nunca ser suficiente frente
demanda das prescries.
Porm, muito importante saber que a disponibilizao de medicamentos no
suficiente para garantir o acesso aos medicamentos.
PARA
Voc
REFLETIR:
j
se
perguntou
por
que
os
medicamentos
devem
estar
disponveis?
No existe um conceito nico sobre acesso. Em reviso realizada por Travassos e Martins
(2012) encontramos o conceito de acessibilidade desenvolvido como a [...] capacidade de
ofertar servios relevantes para as necessidades de dada populao e de facilitar o uso dos
servios pelos usurios [...].
Julio Franke, professor na Escola de Sade Pblica de Havard, props a seguinte, baseado
em Donabedian (1973) sistematizao do fluxo de eventos entre a necessidade do
usurio e a obteno dos cuidados necessrios, passando por:
a) necessidades
b)
desejo
de
de
obter
sade;
cuidados
c)
de
sade,
procura,
d)
entrada
nos
servios
PARA
REFLETIR
Fatores capacitantes
Necessidades
Prticas
Processo
pessoais
de
cuidado
em
de
sade
sade:
-
falta
de
adeso
automedicao
ao
tratamento
Assim podemos perceber que o acesso uma forma de ajuste realizado entre usurios
(com suas caractersticas individuais e sociais, suas necessidades e comportamentos) e o
sistema de sade (a disponibilizao de produtos e servios de sade).
J a disponibilidade uma dimenso do acesso e constitui-se na representao da
existncia ou no do produto ou servio de sade no local apropriado e no momento em
que necessrio. Segundo Sanchez e Ciconelli (2012):
A disponibilidade compreende ainda a relao entre tipo, abrangncia, qualidade e quantidade dos servios
de sade prestados. [...] Apesar do grau de detalhamento, a dimenso da disponibilidade no suficiente
para garantir o acesso, nem para avali-lo (grifo nosso).
Bermudez et al. (1999, p.13) apud Oliveira et al. definem acesso a medicamentos como a:
[...] relao entre a necessidade de medicamentos e a oferta dos mesmos, na qual essa necessidade
satisfeita no momento e no lugar requerido pelo usurio (consumidor), com a garantia de qualidade e a
informao suficiente para o uso adequado (2002, p.1432).
PARA
REFLETIR
https://www.youtube.com/watch?v=3ztB1BT6u-Q
As medidas preventivas, reeducao alimentar, exerccios, ou mesmo a ateno de outros
profissionais no podem ser substitudas pelo uso de medicamentos ou mesmo
desconsiderar medidas no farmacolgicas (medidas higinico-dietticas, exerccios).
Leia O estudo da demanda e das necessidades e sua importncia
planejamento de sade de Oswaldo de Campos.
Disponvel em: http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v3n1/10.pdf
Quem
Quem
em
Quem
define
os
Quem
Quem realiza, e
armazenamento?
Quem
Como
esses
servios
Quem
paga
pelos
define
quais
medicamentos
que
de
sob
quais
Onde?
se
normas,
as
Quem
orienta
com
servios
dos
dos
tarefas
os
para
pode
qualidade
qualidade
articulam
produtos
necessrios
circunstncia
padres
fiscaliza
dispensa?
so
produzi-los?
medicamentos?
medicamentos?
logsticas
de
supervisiona
demais
relacionados
populao?
servios
aos
transporte
o
de
uso?
sade?
medicamentos?
http://www2.far.fiocruz.br/farmanguinhos/index.php?option=com_content&view=article&id=61&
2. Como agente regulador - legislao e fiscalizao sobre os servios e os produtos que
contribuem para a garantia da qualidade dos mesmos; e que definem o que pode e o que
no pode ser feito, sempre tendo em vista o bem-estar da populao. Por exemplo, a
Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa).
Para saber mais sobre a ANVISA acesse o link:
http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home
3. Como agente fomentador: aes definidas por meio de financiamentos, subsdios ou
iseno fiscal, definindo quem pode ser beneficiado, sob quais condies e para qual
produto. Por exemplo, uma ao sobre os preos impactar sobre a possibilidade
de
compra dos produtos e servios; e o fornecimento desses,
diretamente populao, ampliar o nvel de acesso.
VDEO AULA 1
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AGORA
RESPONDA:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D75985.htm#art1
A RENAME (Brasil, 2006) um
[...] instrumento mestre para as aes de planejamento, seleo de medicamentos e de organizao da
assistncia farmacutica no mbito do SUS, concebida como parte integrante da Poltica Nacional de Sade,
e envolvendo um conjunto de aes voltadas promoo, proteo e recuperao da sade.
Para
saber
mais
sobre
RENAME
acesse
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/rename_2008.pdf
VOC
SABIA?
VOC
SABIA?
Adoo
Regulao
Reorientao
da
Relao
de
Medicamentos
Sanitria
da
Essenciais
de
Assistncia
(RENAME)
Medicamentos
Farmacutica
link:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_medicamentos.pdf
Dentre as prioridades definidas na PNM podemos destacar (BRASIL, 2006):
Reviso
Promoo
Organizao
permanente
do
das
uso
atividades
de
da
RENAME;
racional
de
vigilncia
sanitria
medicamentos;
de
medicamentos.
A RENAME j passou por revises e atualizaes importantes nos anos de 1989, 1993,
2000, 2002, 2006 e, agora mais recentemente, em 2008 (BRASIL, 2008b).
O uso racional de medicamentos (URM) existe quando trabalhamos por uma prescrio
correta, uma dispensao e orientao sobre o processo de uso correto, indicado, efetivo e
seguro, nas doses certas e pelo tempo adequado e a um custo acessvel, estamos
promovendo o URM.
A ANVISA foi criada em 1999, atravs da Lei n. 9.782/99 (BRASIL, 1999a), uma
autarquia com a misso de proteger e promover a sade, garantindo a segurana
sanitria dos produtos e servios submetidos Vigilncia Sanitria, inclusive dos
ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o
controle de portos, aeroportos e fronteiras.
Na Reorientao da Assistncia Farmacutica ficou definido que esta deveria ser
coordenada e disciplinada em mbito nacional pelos trs gestores do Sistema, e estar
fundamentada:
a) na
b) na
descentralizao
promoo
do
uso
da
racional
gesto;
dos
medicamentos;
1. Para
2. A
que
quantidade
3. Como
4. Por
5. Se
est
que
utilizando
ele
necessita
deve
tomar
(o
quanto
tempo
dever
existe
alguma
este
tomar
horrio,
de
tomar
precauo
de
(1
cpsula
12
de
em
(durao
uso
medicamento
12
(jejum,
25
mg)
horas)
tratamento).
por
exemplo).
que
fazer
se
tiver
algum
efeito
indesejvel
farmacoteraputico,
segundo
consenso
de
Ateno
Para
saber
mais
sobre
a
Lei
dos
Medicamentos
Genricos
acesse
o
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/a09ae180483c0adca421af0d8b4275ce/genericos_
.pdf? MOD=AJPERES
Voc
sabia
que
mesmo
com
todas
estas
iniciativas
ainda:
SABIA
QUE:
A compra direta no setor privado ainda uma das formas de acesso da populao aos
medicamentos e que o impacto desta compra sobre o oramento de uma famlia em 2003
chegou a 75% dos gastos com sade.
ASSISTA AO VDEO
VDEO AULA 2
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clicando aqui ou ative o mesmo.
Laboratrio
Farmacutico
PE http://www.lafepe.pe.gov.br/LAFEPE/
Farmcia de Todos RN
de
Pernambuco
(Lafepe)
http://www.ceasa.rn.gov.br/noticias370.asp
CAMPOS, Oswaldo. O estudo das demandas e das necessidades e sua importncia para o
planejamento de sade. Sade Pblica, So Paulo, v. 3, n. 1, p. 79-81, 1969. Disponvel
em: < http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v3n1/10.pdf >. Acesso em: dez. 2012.
CARVALHO, Gilson. Farmcia popular sim, pagamento por remdios no! Sade em
Debate,
v.
28,
n.
67,
maio/ago.
2004.
Disponvel
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<
http://docvirt.com/asp/acervo_cebes.asp?Bib=SAUDEDEBATE&PASTA=V.28%2C+N.66++jan.%2Fabr.+2004&pesq=&x=38&y=10 >. Acesso em: dez. 2012.
CONSENSO BRASILEIRO DE ATENO FARMACUTICA: proposta. Braslia: Organizao
Pan-Americana
da
Sade,
2002.
24
p.
Disponvel
em:
<
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/PropostaConsensoAtenfar.pdf >. Acesso em:
dez. 2012.
DONABEDIAN A. Aspects of medical care administration: specifying requirements for
health care. Cambridge: Harvard University; 1973.
MARIN, Nelly. Assistncia farmacutica para gerentes municipais. / Organizado por Nelly
Marin et al. Rio de Janeiro: OPAS/OMS, 2003, 373p., ilus.
NOTA de esclarecimento sobre o acesso a medicamentos para hipertenso arterial de
diabetes mellitus no programa Aqui tem Farmcia Popular e nas Farmcias do SUS. Portal
da
sade.
2012.
Disponvel
em:
<
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?
idtxt=37037&janela=1 >. Acesso em: dez. 2012.
OLIVEIRA, Maria Auxiliadora et al. Avaliao da assistncia farmacutica s pessoas
vivendo com HIV/AIDS no Municpio do Rio de Janeiro. Cad. Sade Pblica, Rio de
Janeiro, v. 18, n. 5, out. 2002.
SANCHEZ, Raquel Maia; CICONELLI, Rozana Mesquita. Conceitos de acesso sade. Rev
Panam Salud Publica, Washington, v. 31, n. 3, mar. 2012. Disponvel em: <
http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v31n3/12.pdf >. Acesso em: dez. 2012.
TRAVASSOS, Claudia; MARTINS, Mnica. Uma reviso sobre os conceitos de acesso e
utilizao de servios de sade. Cad. Sade Pblica, Rio de Janeiro, 2012. Disponvel
em: < http://www.scielo.br/pdf/csp/v20s2/14.pdf >. Acesso em: dez. 2012.
WARRANT, C. US Navy 030819-N-9593R-082 Pharmacist Randal Heller, right, verifies the
dosage and medication of a prescription at the National Naval Medical Center in Bethesda,
Maryland. Disponvel em: < http://commons.wikimedia.org/wiki/File:US_Navy_030819-N9593R082_Pharmacist_Randal_Heller,_right,_verifies_the_dosage_and_medication_of_a_prescri
ption_at_the_National_Naval_Medical_Center_in_Bethesda,_Maryland.jpg >. Acesso em:
jan. 2013.
SUGESTES DE LEITURA
BRASIL. Decreto n 2.283, de 24 de julho de 1997. Dispe sobre a extino do Instituto
Nacional de Alimentao e Nutrio - INAN e a desativao da Central de Medicamentos CEME,
e
d
outras
providncias.
Disponvel
em:
<
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1997/D2283.htm >.
Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos.
Departamento de Assistncia Farmacutica e Insumos Estratgicos. Programa Farmcia
Popular do Brasil: Manual Bsico: Farmcia Popular do Brasil, ampliando o acesso aos
medicamentos, verso 14.01.2005 (Srie C. Projetos, Programas e Relatrios).
Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas de Sade. Departamento de Ateno
Bsica. Poltica nacional de medicamentos 2001/Ministrio da Sade, Secretaria de
Polticas de Sade, Departamento de Ateno Bsica. Braslia : Ministrio da Sade,
2001. 40 p.: il (Srie C. Projetos, Programas e Relatrios, n. 25).
BRASIL. Portaria n 3.916/MS/GM, de 30 de outubro de 1998. (Publicada no D.O.U. de
10/11/98).
Disponvel
em:
<
http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/portaria_3916_98.pdf >. Acesso em: dez.
2012.
CONSELHO NACIONAL DE SECRETRIOS DE SADE. Assistncia farmacutica no SUS.
Braslia: CONASS, 2007.
WEBAULA 1
Unidade 2 O Programa Farmcia Popular do Brasil (PFPB)
Esta disponibilizao de medicamentos e/ou correlatos feita pelo Ministrio da Sade por
meio de:
1) Rede de unidades prprias (maio/2004) constituda por Farmcias Populares:
Figura 1. Banner publicitrio Farmcia Popular do Brasil
(modelo 1 e 2)
1. OBJETIVOS CARACTERSTICOS
Este programa destina-se (Brasil, 2004a) ao:
[...] atendimento igualitrio de pessoas usurias ou no dos servios pblicos de sade, mas principalmente
daquelas que utilizam os servios privados de sade, e que tm dificuldades em adquirir medicamentos de
que necessitam em estabelecimentos farmacuticos comerciais.
O artigo 5 da Lei 10.858/2004 prev que: As aes de que trata esta Lei sero
executadas sem prejuzo do abastecimento da rede pblica nacional do Sistema nico de
Sade (BRASIL, 2004a).
A escolha do elenco dos medicamentos do PFPB realizada pelo Ministrio da Sade e est
baseada em evidncias cientficas e epidemiolgicas proporcionando a seleo de
medicamentos eficazes e seguros para o tratamento de doenas e agravos prevalentes,
adaptados a necessidades regionais (anexo 1).
E espera-se que com esta possibilidade de acesso haja uma melhora nas condies de vida
e sade desta populao.
COMO
O
SE
ACESSO
acesso
AOS
BENEFCIOS
DO
PFPB?
irrestrito?
Desde 2004, a implantao das unidades prprias foi realizada de forma gradual, sendo
priorizados municpios considerados como estratgicos para o programa e onde a
populao, por anlise do perfil scio econmico, se enquadrasse nas caractersticas do
programa: contingente de pessoas que recorre ao setor privado para adquirir seus
medicamentos, e que tem dificuldades para arcar com os valores dos seus tratamentos.
Inicialmente em junho de 2004 foram implantadas unidades prprias das unidades do
PFPB com a inaugurao de 16 unidades prprias da Fiocruz nos estados da Bahia, do Rio
de Janeiro, So Paulo e Gois.
INSTALAO DE UNIDADES
ASSISTA AO VDEO
https://www.youtube.com/watch?NR=1&v=IBC8Gz_9Pno&feature=endscreen
Para realizar a instalao, necessria a escolha do local e da rea onde a unidade ser
instalada e a disponibilizao dos equipamentos, mveis e medicamentos.
No preenchimento da proposta de adeso, o partcipe j dever apontar a localidade da
unidade que ser disponibilizada por ele, com as especificaes definidas no adendo V do
Manual Bsico do PFPB (2005),
As reas e imveis devem ter acesso fcil para a via pblica, sem que existam escadas ou rampas com
inclinaes acentuadas. Devem ter rea de cerca de 120 m2, preferencialmente em um nico piso ou
pavimento. Os imveis comerciais, via de regra, apresentam melhores condies para a adaptao s
padronizaes do Programa (BRASIL, 2005b).
A lista composta por 107 itens, mas este nmero se reduz para 97 se retiramos os
preservativos masculinos e se no considerarmos variaes de tamanho de embalagem, o
que acontece para 10 itens. Assim, temos 96 apresentaes, representando 71
medicamentos de diferentes classes teraputicas (anexo 1).
Somente podem ser disponibilizados produtos padronizados, adquiridos e distribudos pela
Fiocruz. ela quem faz a aquisio dos medicamentos e correlatos, via processos
licitatrios prprios, alm do armazenamento central e a distribuio dos produtos
(logstica e reposio de estoque).
A gesto de estoques (entradas e sadas na unidade) feita por meio de um sistema
informtico padronizado e sob responsabilidade do gestor da unidade (BRASIL, 2005b):
O valor do ressarcimento que deve ser feito pelos usurios estabelecido pelo Conselho Gestor do
Programa, institudo pela Portaria GM n.1.651/04, mediante estudo realizado pela Fundao Oswaldo Cruz
Fiocruz, visando alcanar a auto sustentabilidade do Programa. O valor do ressarcimento de cada produto
nico e deve ser o mesmo em todas as unidades do Programa.
FORMALIZAO JURDICA
A formalizao jurdica de responsabilidade do partcipe, que deve providenciar:
1. Registro
no
Cadastro
Nacional
de
Pessoa
Jurdica
2. Inscrio
3. Registro
CNPJ
Estadual.
Lacrao
do
Emissor
de
Cupom
Fiscal
(ECF)
Alvar
de
Licena
de
Funcionamento
Localizao
Inscrio
Licena
no
da
Conselho
Regional
Autoridade
Sanitria
de
Farmcia
Local
(CRF)
- www.cff.org.br
municipal
ou
estadual.
[...] conjunto de procedimentos e normas ser observado, voltado principalmente aos aspectos
tcnicos, aplicado gesto das unidades do Programa, visando a uniformidade das aes relacionadas
ao acolhimento dos usurios e aos cuidados com os medicamentos (BRASIL, 2004d).
GESTO
(responsabilidade
ADMINISTRATIVA
partcipe)
do
Recrutamento,
Seleo,
Contratao
Capacitao
de
Pessoal
Movimentao
de
recursos
financeiros
GESTO TCNICA
Cuidados com os
embalagem secundria e
Educao
em
sade
a_popular.pdf
O Programa Farmcia Popular do Brasil foi ampliado para a rede privada de farmcias e
drogarias, em 2006, com a publicao da Portaria n 491/2006 (BRASIL, 2006):
Pargrafo nico. O PFPB Aqui Tem Farmcia Popular tem por objetivo
disponibilizar populao, por meio da rede privada de farmcias e drogarias, os
medicamentos e correlatos previamente definidos pelo MS, nos termos do Anexo II desta
Portaria.
Fonte: Portal da Sade (2012)
Assim PFPB entrou em fase de expanso sendo criada uma nova modalidade (modelo 3)
chamada de Aqui tem Farmcia Popular (ATFP).
A operacionalizao deste programa foi definida pela Portaria n 971/2012 (BRASIL,
2012a) e feita diretamente entre o MS e a rede privada de farmcias e drogarias,
mediante relao convenial regida pela Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993 (lei das
licitaes pblicas) (BRASIL, 1993). Tambm podemos encontrar esta e outras orientaes
no Manual de Orientaes do Programa ATFP.
Neste modelo o sistema de co-pagamento funciona da seguinte forma: o MS paga 90% do
valor de referncia estabelecido e o usurio obrigatoriamente paga o diferena entre o
percentual pago pelo MS e o preo de venda-aqui tem (pv-at) do medicamento e/ou
https://www.youtube.com/watch?v=ZdjqM0PvM2Y&feature=related
No programa Aqui Tem Farmcia Popular, so oferecidos populao medicamentos para
hipertenso, diabetes, dislipidemia, asma, rinite, doena de Parkinson, osteoporose,
glaucoma, alm de anticoncepcionais e fraldas geritricas.
PROGRAMA SADE NO TEM PREO.
O Programa Sade No Tem Preo, lanado pelo governo federal dentro do PFPB, oferece
acesso gratuito a medicamentos para hipertenso e diabetes a todos os cidados
brasileiros desde fevereiro de 2011. A partir de junho com a Portaria n o 1.146, de 1; de
junho de 2012 (BRASIL, 2012b), medicamentos para asma tambm passaram a ser
distribudos gratuitamente (anexo 3 e 4).
A distribuio gratuita, tanto na rede prpria quanto na rede Aqui tem farmcia popular,
fruto de um acordo do Ministrio da Sade com sete entidades da indstria e do comrcio
do setor farmacutico:
1. Associao
2. Associao
3. Associao
da
Indstria
dos
Farmacutica
Laboratrios
Brasileira
das
de
Pesquisa
Farmacuticos
Indstrias
de
Interfarma;
Nacionais
Medicamentos
Alanac;
Pr-Genricos;
Brasileira
Brasileira
de
Redes
do
de
Farmcia
Comrcio
Drogarias
Farmacutico
Entrevistas
Abrafarma;
Abcfarma;
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-maisministerio/469-sctie-raiz/daf-raiz/daf/l1-daf/14769-leia-mais-departamento
De acordo com a Portaria n 971/2012 (BRASIL, 2012a) as ADMs sero validadas pelo MS
e o estabelecimento deve emitir duas vias do cupom fiscal e do cupom vinculado. O
paciente dever assinar o cupom vinculado, ficando com uma via e a outra dever ficar na
farmcia arquivada por 5 anos, junto ao respectivo cupom fiscal.
Para usurios comprovadamente analfabetos, ser aceita a digital nos Cupons Vinculados (recomenda-se
anexar a cpia da identidade para comprovao), desde que o prprio paciente comparea ao
estabelecimento para a aquisio.
https://www.youtube.com/watch?v=Qudla0qbYVo
A penalidade a ser aplicada ser: multa de at 10% (dez por cento), calculada sobre o
montante das vendas efetuadas no mbito do PFPB referente aos ltimos 3 (trs) meses
completos das transaes consolidadas e/ou bloqueio da conexo com os Sistemas
DATASUS por um prazo de 3 (trs) a 6 (seis) meses.
Esta penalidade estende-se: ao proprietrio ou empresrio individual, aos scios
empresrios e, ainda, o farmacutico responsvel poca em que foram praticadas as
irregularidades. O estabelecimento descredenciado somente poder voltar para o PFPB
depois de um perodo maior de 2 anos do cancelamento.
So consideradas irregularidades, constantes na Portaria n 971, de 17 de maio de 2012
(BRASIL, 2012a):
Quadro 1 - Irregularidades, constantes na Portaria n 971
estabelecimento
Realizar a substituio do medicamento
Deixar de expor as peas publicitrias que
prescrito em desacordo com a Legislao
identifiquem o credenciamento ao PFPB
vigente.
PARTICIPE
DO
FRUM
2:
Voc acredita que, com o Programa Sade no tem preo, o governo pode abandonar o
co-pagamento e acabar entregando todos os medicamentos de graa via Farmcia Popular,
ocorrendo talvez o desabastecimento destes medicamentos na Farmcia Bsica (FB)?
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2012/Jun/19/Portarian.1767.pdf
>. Acesso em: dez. 2012.
BRASIL. Portaria n. 491, de 9 de maro de 2006. Dispe sobre a expanso do programa
farmcia
popular
do
Brasil.
Disponvel
em:
<
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/portaria-491-2006.pdf >.
BRASIL. Portaria n 184, de 3 de fevereiro de 2011. Dispe sobre o programa farmcia
popular
do
Brasil.
Disponvel
em:
<
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt0184_03_02_2011.html >. Acesso
em: dez. 2012.
BRASIL. Portaria n 2.587/GM em 6 de dezembro de.2004b. Institui o incentivo financeiro
do Programa Farmcia Popular do Brasil, e d outras providncias. Disponvel em: <
http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2004/Gm/GM-2587.htm >. Acesso em:
dez. 2012.
BRASIL. Portaria n 4.217, de 28 de dezembro de 2010. Aprova as normas de
financiamento e execuo do Componente Bsico da Assistncia Farmacutica. Disponvel
em: < http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Portaria_MS_4217_28_12_2010.pdf
>. Acesso em: dez. 2012.
BRASIL. Portaria n 971, de 15 de maio de 2012. Dispe sobre o programa farmcia
popular
do
brasil.
Disponvel
em:
<
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0971_15_05_2012.html >. Acesso
em: dez. 2012.
BRASIL. Portaria n 1.146, de 1 de junho de 2012. Altera e acresce dispositivos Portaria
n 971/GM/MS, de 17 de maio de 2012, para ampliar a cobertura da gratuidade no mbito
do
Programa
Farmcia
Popular
do
Brasil.
<
http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/gm/113515-1146.html >. Acesso em: dez. 2012.
FARMCIA popular do Brasil. Portal da Sade. Sala de Apoio a Gesto. 2012. Disponvel
em: < http://189.28.128.178/sage/ >. Acesso em: dez. 2012.
PINTO, Claudia Du Bocage Santos. O Programa farmcia popular do Brasil: modelo,
cobertura e utilizao frente Poltica Nacional de Medicamentos. 2008. Disponvel em: <
www.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_470863984.ppt >. Acesso em: dez. 2012.
PORTAL DA SAUDE. 2012. Disponvel em: < http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/
>. Acesso em: dez. 2012.
REMDIOS para asma esto disponveis em 20 mil farmcias de todo o pas, diz Dilma.
Blog da Sade. 2012. Disponvel em: < http://www.blog.saude.gov.br/remedios-paraasma-estao-disponiveis-em-20-mil-farmacias-de-todo-o-pais-diz-dilma/ >. Acesso em:
dez. 2012.
SUGESTO DE LEITURA
BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos.
Departamento de Assistncia Farmacutica e Insumos Estratgicos. Diretrizes para
estruturao de farmcias no mbito do Sistema nico de Sade. Braslia:
Ministrio
da
Sade,
2009.
Disponvel
em:
<
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/diretrizes_para_estruturacao_farmacias_am
bito_sus.pdf >.
BRASIL. Projeto de Lei n. 4.702, 20 de julho de 1994. Dispe sobre a criao da Farmcia
Popular e d outras providncias. Braslia: Cmara dos Deputados.