Resistências Não Ôhmicas

Pr
atica 05: Resist

encias N
ao-Ohmicas
Emanuel Pinheiro Fontelles
Data de realizacao da pratica: 03/10/2013

SUMARIO
Sum
ario
1 Introduc
ao Te
orica
2 Objetivos
3 Material
4 Procedimentos Realizados
5 Question
ario
6 Conclus
ao
7 Refer
encias Bibliogr
aficas
10
1 Introduc
ao Te
orica
Introduc
ao Te
orica
George Simon Ohm (1789-1854), ao observar algumas caractersticas de materiais

submetidos a potenciais diferentes e as correntes originadas nesses, verificou-se que, para
varios materiais, existia uma proporcionalidade entre a tensao e a corrente eletrica. Isso
significa, por exemplo, que ao dobrarmos a voltagem aplicada a esse material, a intensidade de corrente eletrica tambem dobraria. Ou seja
Em um condutor
ohmico, a intensidade de corrente el
etrica
e
proporcional `
a diferen
ca de potencial aplicada entre suas extremidades, ou
seja, sua resist
encia el
etrica
e constante
A = b2
O que pode ser escrito como:
R=
U
U2
U3
=
=
= ... = Constante
i
i2
i3
(1)
Onde R e a resistencia eletrica do resistor, U a tensao sobre o resistor e a respectiva

corrente i. De acordo com Ohm, o quociente entre a ddp U e a respectiva corrente i e um
valor constante, caracterizando, portanto, a 1a Lei de Ohm. Ou seja, para um resistor
omhico e necessario que R permaneca constante, representado por uma reta que passa
pela origem. No entanto, alguns resistores nao se comportam como resistores ohmicos, o
que pode ser representado por uma curva no plano cartesiano.
Figura 1: Comparacao entre resistores ohmicos e nao ohmicos.

A relacao U = Ri nao expressa simplesmente a Lei de Ohm, e necessario tambem que
R permaneca constante, ou seja, independente de U e i, essa relacao tambem vale para
resistores nao ohmicos. Percebe-se que ha uma atenuacao da corrente com o aumento da
tensao, o que caracteriza a nao linearidade, podemos entao encontrar diferentes valores
de R para cada corrente e tensao.
comum se ter dispositivos ohmicos associados a outros nao-ohmicos em um circuito.
E
Para determinar as correntes e tensoes nesse circuito, devemos recorrer ao metodo grafico
que consiste em tracar uma reta de carga de um circuito juntamente com a caracterstica
de trasferencia do dispositivo nao-ohmico.
2 Objetivos
Figura 2: Comparacao entre resistores ohmicos e nao ohmicos.

Tomando o circuito apresentado na Figura 02 podemos escrever, R e uma resistencia
ohmica e RN uma nao-ohmica, assim para determinarmos a reta de carga escrevemos
E = VR + VRN = E = Ri + VRN = VRN = E Ri
A equacao VRN = E Ri representa uma reta linear que toca os pontos (0, E) e ( E
, 0),
R
que e denominada reta de carga.
Objetivos
Verificar experimentalmente o comportamento de componentes nao ohmicos;
Levantar e utilizar curvas caractersticas, para obter dados de elementos de um
circuito.
Determinar o ponto de trabalho de um circuito atraves da reta de carga.
Material
Fonte de tensao alternada variavel: (0 - 240)Vac (Variac);
Duas lampadas, de 25-Watts e 60-Watts, respectivamente;
Resistor de 100 , 20-Watts;
Multmetros digitais (dois).
Procedimentos Realizados
1.1 Mediu-se a resistencia, R = 95,5 .

1.2 Com a fonte de tensao desligada, montou-se o circuito esquematizado na Figura 03.
Utilizou-se a resistencia R (valor nominal 100 ) e inicialmente uma lampada de 25 W.
1.3 Ajustou-se o voltmetro para medidas de tensao alternadas e valores de tensao conforme a Tabela 01. Ajustou-se o ampermetro para corrente alternada e valores de ate
200mA.
Figura 3: Circuito com ampermetro e voltmetro.

1.4 Aplicou-se na lampada L1 (25-W) as tensoes indicadas na Tabela 01, medindo os
respectivos valores de corrente. Anotou-se os dados coletados na Tabela 01.
L1 (25W, 240V)
VL
I
VL (min)
02,5
5
24,4
10
34,5
15
40,0
Vinc
47,1
30
50,0
50
58,9
70
67,5
90
75,5
120
86,5
150
98,8
180
105,8
210
114,0
Vmax
121,3
Tabela 1: Resultados para lampada de 25 W.
1.5 Anotou-se o valor da tensao a partir do qual a lampada comecou a incandescer,
Vinc = 24, 9V .
1.6 Repetiu-se o procedimento anterior, utilizando a lampada L2 (60 W), preenchendo a
Tabela 02. Observou-se Vinc = 19, 8V .
1.7 Associando as lampadas L1 e L2 em paralelo, sem o resistor, como mostra a Figura
04. Tomando a tensao de sada aproximadamente 100 V, observou-se que a lampada
L2 = 60W possuia um brilho mais intenso.
1.8 Associando as lampadas L1 e L2 em serie, sem o resistor, como mostra a Figura
05. Tomando a tensao de sada aproximadamente 100 V, observou-se que a lampada
L1 = 25W possuia um brilho mais intenso.
L2 (60W, 240V)
VL
I
VL (min)
03,8
5
49,7
10
64,2
15
73,5
Vinc
80,5
30
93,0
50
114,5
70
135,0
90
153,0
120
177,3
150
199,0
180
216,0
210
234,0
Vmax
242,0
Tabela 2: Resultados para lampada de 60 W.
Figura 4: Lampadas em paralelo.
Figura 5: Lampadas em serie.
5 Question
ario
Question
ario
1. Pode a tens
ao de sada do Variac ser maior que sua tens
ao de entrada
(220 V)? Justifique.
R.: Nao, o Variac possui resistencia interna, provocando uma queda de potencial.
Assim, a tensao de sada sera a tensao de entrada menos a tensao entre os terminais
da resistencia.
2. Levante as curvas caractersticas de cada l
ampada. Assinale no gr
afico
as tens
oes para as quais o filamento comeca a incandescer-se. Construa
as duas curvas no mesmo par de eixos.
250
Lmpada L1
Lmpada L2
200
V (Volt)
150
100
50
50
100
150
200
250
I (mA)
Figura 6: Curvas caractersticas de cada lampada. Os pontos circulados representam as

tensoes de incandescencia.
3. As resist
encias seguem a Lei de Ohm? Justifique.
R.: As resistencias apresentadas nao apresentam a caracterstica linear apresentada
pela Lei de Ohm, V = Ri, ou seja deveriam apresentar uma reta crescente partindo
da origem, no entanto, a curva apresentada tem um carater parabolico. Assim
para dois pontos P e Q situados ao longo da curva, obteriamos duas resistencias
diferentes, o que mostra que as resistencias nao seguem a Lei de Ohm.
4. Antes e depois do ponto de incandesc
encia qual o comportamento de
cada gr
afico?
R.: Analisando o grafico da Questao 02, observamos que o grafico se dividem em
duas partes, a primeira uma pequena reta crescente ate o ponto de incandescencia,
apos a curva pode ser admitida como uma curva quadratica. Percebe-se que antes do
ponto de incandescencia, nao obtivemos uma reta realmente, mas podemos aproximar para obtermos o caracter ohmico do circuito.
5. Calcule, pelos gr
aficos obtidos, as resist
encias de L1 e L2 quando ambas
est
ao submetidas a uma tens
ao de 100 V. Calcule tamb
em as resist
encias
5 Question
ario
para uma tens

ao de 220 V.
R.: Para a lampada L1 podemos tomar dois pontos aproximados P(80, 100) e
Q(110, 200), sabemos que a potencia da lampada e 25 W, assim podemos calcular
a resistencia pela Lei de Ohm:
U = Ri = R =
*
RL1 =
U
i
100 V
= 1250
80 mA
200 V
= 910
220 mA
As resistencias diminuem, pois o resistor e nao-ohmico.
RL1 =
Para a lampada L2 , tomamos dois pontos X(160, 100) e Y(230, 200), novamente
RL2 =
100 V
= 625
160 mA
RL2 =
200 V
= 870
230 mA
6. Considere que na Figura 02 a l

ampada L1 (25 W) est
a em s
erie com uma
resist
encia
ohmica de 1 k e a fonte de tens
ao est
a regulada em 120 V.
Determine a tens
ao sobre a l
ampada L1 e a corrente no circuito. Para
isso trace a reta de carga no gr
afico da Quest
ao 02 e determine o ponto
de trabalho da l
ampada L1 neste circuito.
R.: O grafico pode ser visualizado na Figura 06. Usaremos os pontos: V = 0 =
I = E/R = 120/1k = 120 mA, e para o segundo ponto, I = 0 = V = E = 120V.
Assim, encontramos para I e V foram I = 60mA e V = 63V .
7. Usando os gr
aficos da Quest
ao 02, calcule as correntes em cada uma das
l
ampadas, caso as mesma sejam ligadas em paralelo a 110 V.
R.: Como a associacao e em paralelo, a tensao em todo o circuito e a mesma, logo
tracamos uma reta horizontal e vemos que valores de corrente encontramos.
Para a Lampada L1 : V = 110 V, i 80 mA
Para a Lampada L2 : V = 110 V, i 160 mA
8. Como voc
e explica o fato de I depender de V n
ao-linearmente?
R.: Alguns resitores variam com o aumento da temperatura, logo a resistencia nao
e constante com a temperatura, o que explica o caracter nao linear do grafico.
6 Conclus
ao
Conclus
ao
Dispondo-se do arranjo experimental (Ampermetro, Voltmetro, Ohmmetro, Resistores e Lampadas) foi possvel estudar o comportamento de uma associacao em serie e
em paralelo de resistores nao-ohmicos, em funcao da corrente eletrica atuante no circuito,
variando a tensao com um VARIAC.
Pode-se descrever como proceder para medir a resistencia de um resistor nao-ohmicos,
usando a curva de carga. Assim, variando a tensao obtivemos diferentes resistencias o que
caracterizou uma curva, diferentemente de uma reta que passa pela origem prevista pela
Lei de Ohm.
Nos Procedimentos Realizados determinou-se experimentalmente a corrente para duas
lampadas de potencias distintas, assim pode-se determinar a resistencia medida Rx .
Construiu-se graficos de U versus I, onde observou-se uma reta juntamente com uma
curva, como previsto para uma associacao de resistores ohmicos com nao-ohmicos .
Justificativas para os principais erros devem-se ao fato de que ao ajustar as tensoes
desejadas, estivemos inferindo valores para a corrente, do operador na identificacao de
cada medicao, tivemos outros pequenos fatores como a resistencia do voltmetro e do ampermetro, que alterava os valores das tensoes.
Contudo, ao fazermos as devidas aproximacoes, a pratica se mostrou bastante coesa
e concisa a teoria aplicada, percebendo-se assim a diversidade de aplicacao do estudo da
eletricidade no cotidiano.
7 Refer
encias Bibliogr
aficas
10
Refer
encias Bibliogr
aficas
1. SEARS, W. Francis, ZEMANSKY, W. Mark, YOUNG, D. Hugh e FREEDMAN,
A. Roger, Fsica 3. 12a edicao - 2008. Pearson Addison Wesley. Sao Paulo.
2. NUSSENZVEIG, H. Moyses, Curso de Fsica Basica, Volume 3, Eletromagnetismo.
1a edicao - 2002. Editora Edgard Bl
ucher Ltda.
3. HALLIDAY, David, RESNICK, Robert e KENNETH, Krane S., Fsica 3. 5a edicao
- 2003. LTC - Livros Tecnicos e Cientficos Editora. S.A. Rio de Janeiro.
4. DIAS, N. Loilola, Fsica III, Roteiros de Praticas - Para o Bacharelado em Fsica.
Universidade Federal do Ceara. 2013.
5. ALONSO, Marcelo e FINN, Edward J., Fsica, um curso universitario - Volume 2
Eletricidade e Magnetismo. 10a reeimpressao - 2002. Editora Edgard Bl
ucher Ltda
6. Wikipedia, A enciclopedia livre - Resistores. Acessado em 08 de outubro de 2013,
pode ser encontrado em http://pt.wikipedia.org/wiki/Resistor.

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atica 05: Resist

George Simon Ohm (1789-1854), ao observar algumas caractersticas de materiais

Onde R e a resistencia eletrica do resistor, U a tensao sobre o resistor e a respectiva

Figura 1: Comparacao entre resistores ohmicos e nao ohmicos.

Figura 2: Comparacao entre resistores ohmicos e nao ohmicos.

1.1 Mediu-se a resistencia, R = 95,5 .

Figura 3: Circuito com ampermetro e voltmetro.

Figura 4: Lampadas em paralelo.

Figura 5: Lampadas em serie.

Figura 6: Curvas caractersticas de cada lampada. Os pontos circulados representam as

para uma tens

6. Considere que na Figura 02 a l

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