Manual Preenchimento Declaração de Óbito RN
Manual Preenchimento Declaração de Óbito RN
Manual Preenchimento Declaração de Óbito RN
Braslia/DF
2011
SUMRIO
Apresentao
1. Introduo
10
15
16
Bloco II Residncia
18
19
20
22
Bloco VI Mdico
23
24
25
25
Anexos
Anexo A Modelo da Declarao de bito
27
28
Anexo C Definies
29
32
35
Apresentao
1. INTRODUO
At fins do sculo XIX, cada pas possua um modelo diferente de atestado de bito, fato que fez com
que a Organizao de Sade da Liga das Naes constitusse uma comisso para o estudo do problema. Em
1925, foi publicado um informe sugerindo um modelo nico de atestado de bito, para a declarao de
morte. Em 1948 adotou-se esse modelo como Modelo Internacional de Atestado de bito, que passou a
ser utilizado a partir de 1950 praticamente por todos os pases do mundo para a anotao das causas da
morte.
No Brasil, em 1976, o Ministrio da Sade adotou uma Declarao de bito padronizada para todo o
territrio nacional. Esta, mantendo o modelo internacional na parte relativa s causas de morte,
uniformizava a maneira de registrar todos os demais tipos de informaes. A finalidade foi permitir a
comparabilidade dos dados, consolidando-os em nvel nacional atravs do Sistema de Informao de
Mortalidade, permitindo ento maior racionalizao das atividades baseadas nas informaes coletadas.
Em princpio, a responsabilidade quanto ao preenchimento da Declarao de bito atribuda ao
profissional mdico, conforme o disposto no artigo 84 do Cdigo de tica Mdica, Captulo X que expressa:
vedado ao mdico deixar de atestar bito de paciente ao qual vinha prestando assistncia, exceto
quando houver indcios de morte violenta (Resoluo CFM n 1931, 2009).
A Declarao de bito tem dois grandes objetivos:
ser o documento padro para coleta de informaes sobre mortalidade subsidiando as estatsticas
vitais e epidemiolgicas no Brasil, conforme o determina o artigo 10 da Portaria n 116, de 11 de
fevereiro de 2009
atender ao artigo 77 da Lei N. 6.216, de 30 de junho de 1975 que altera a Lei 6.015/73 dos
Registros Pblicos e determina aos Cartrios de Registro Civil que a Certido de bito para efeito
de liberao de sepultamento e outras medidas legais, seja lavrada mediante da Declarao de
bito
Os dados informados na Declarao de bito alimentam as estatsticas nacionais e oficiais sobre o
perfil de morte no Brasil. A partir das informaes extradas das DO so definidas grande parte das
prioridades que compem as polticas pblicas em sade. Por esta razo, a Declarao de bito precisa se
garantir, cada vez mais, como um instrumento de amplitude mxima, capaz de captar informaes nos
mais remotos aglomerados populacionais do pas. Alm disto, precisa ser corretamente preenchida, de
modo que as informaes dela extradas estejam perfeitamente concatenadas com as estratgias,
mtodos, metas e indicadores sugeridos pelas anlises da situao de sade no pas.
A Secretaria de Vigilncia em Sade - SVS o gestor do SIM em nvel nacional, sendo de sua
responsabilidade, por meio da CGIAE - DASIS, as alteraes do layout, bem como as providncias para
impresso e distribuio do documento bsico de coleta e dos manuais do sistema e a divulgao das
verses atualizadas dos programas do sistema informatizado. O layout atual decorre de alteraes sofridas
desde ento, com incluso ou alteraes de variveis, de modo a adequ-lo atualidade epidemiolgica.
A DO distribuda gratuitamente s Secretarias Estaduais de Sade para subseqente fornecimento
s Secretarias Municipais de Sade, que se responsabilizam pelo controle e distribuio entre os
estabelecimentos de sade, Institutos Mdico Legais, Servios de Verificao de bitos, Cartrios do
Registro Civil, profissionais mdicos e instituies que a utilizam bem como pelo recolhimento das
primeiras vias em hospitais e cartrios.
Cabe ainda SVS o recebimento dos dados, agregando-os e elaborando o banco nacional sobre
mortalidade, de acesso pblico.
Instrues sobre preenchimento, uso, aplicao e fluxo das Declaraes de bito esto contidas
neste Manual que trata, com detalhes, de cada um dos campos existentes dos dez blocos de informaes
que do estrutura e contedo Declarao de bito padronizada no Brasil.
Este Manual revoga a verso de agosto de 2001, divulgada pelo Ministrio da Sade.
Documento padro de uso obrigatrio em todo o territrio nacional, para a coleta dos dados sobre
bitos e considerado como documento hbil para os fins do Art 77 da Lei n 6.015/1973 para a lavratura da
Certido de bito pelo Cartrio de Registro Civil (Art. 10 da Portaria n 116 MS/SVS de 11/02/2009)
O instrumento padronizado impresso com sequncia numrica nica, em conjuntos de trs vias
auto-copiativas, conforme fotolito padronizado pela SVS/MS (Anexo A). O controle da numerao bem
como a emisso e distribuio dos formulrios para as Secretarias Estaduais de Sade de competncia
exclusiva do Ministrio da Sade, pela sua Secretaria de Vigilncia em Sade (Art. 12 da Portaria n 116
MS/SVS de 11/02/2009).
As Secretarias Estaduais de Sade so responsveis pela distribuio dos formulrios diretamente ou
por meio de suas instncias regionais de sade, s Secretarias Municipais de Sade e aos Distritos
Sanitrios Especiais Indgenas, que controlam a distribuio e utilizao do documento padro em sua
esfera de gerenciamento do sistema (Art. 13 da Portaria n 116 MS/SVS de 11/02/2009).
As Secretarias Municipais de Sade so responsveis pelo fornecimento e pelo controle da utilizao
dos formulrios entregues s unidades notificadoras que so responsveis solidrios pela srie numrica
recebida (Art. 13 da Portaria n 116 MS/SVS de 11/02/2009).
Unidades notificadoras que recebem os formulrios das Secretarias Municipais de Sade:
O Mdico tem responsabilidade tica e jurdica pelo preenchimento e pela assinatura da DO, assim
como pelas informaes registradas em todos os campos desse documento. As informaes consignadas
no documento so utilizadas na produo das estatsticas de mortalidade e concorrem para a identificao
do processo mrbido, conduzindo ao conhecimento do perfil sade-doena. importante que o
responsvel pelo preenchimento o faa com respeito aos preceitos legais e epidemiolgicos vigentes.
A DO deve ser preenchida para todos os tipos de bitos fetais e no fetais ocorridos em
estabelecimentos de sade, domiclios ou outros locais. O mdico atestante deve se abster de utilizar
diagnsticos vagos como parada cardaca, parada cardio-respiratria, falncia de mltiplos rgos,
etc, que so modos e no causas de morte, no devendo ser computados como causa bsica do bito.
7
Em todo bito por causa natural ou por causa acidental e/ou violenta
No bito fetal, se a gestao teve durao igual ou superior a 20 semanas, ou o feto teve peso
corporal igual ou superior a 500 gramas e/ou estatura igual ou superior a 25 centmetros
No bito no fetal, quando a criana nascer viva e morrer logo aps o nascimento,
independentemente da durao da gestao, do peso do recm-nascido e do tempo que tenha
permanecido vivo
No bito fetal, se a gestao teve durao menor que 20 semanas ou o feto teve peso corporal
menor que 500 gramas e/ou estatura menor que 25 centmetros
facultado ao mdico emitir uma DO nestes casos, para atender solicitao da famlia
No caso de peas anatmicas retiradas por ato cirrgico ou de membros amputados. Nesses casos o
mdico elaborar um relatrio em papel timbrado do Estabelecimento de Sade descrevendo o
procedimento realizado. Este documento ser levado ao Cemitrio, caso o destino da pea venha a
ser o sepultamento. Estas providncias esto definidas na Resoluo de Diretoria Colegiada n 306
da ANVISA (2004)3.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA Resoluo CFM n 1246/88, de 8 janeiro 1988, publicada em DO Unio de 26 jan 1988,
aprovando o Cdigo de tica Mdica, revogada pela resoluo CFM n 1931 de 17/09/2009 que aprova o Novo Cdigo de tica
Mdica
2
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA A Declarao de bito: documento necessrio e importante Srie A. Normas e Manuais
Tcnicos Braslia, 2006
3
MINISTRIO DA SADE - Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA, Resoluo da Diretoria Colegiada n 306, de 7 de
dezembro de 2004, versando sobre como proceder para peas anatmicas humanas, tecidos, membros, rgos, e outros resduos
de servios de sade.
Documento padro de uso obrigatrio em todo o territrio nacional para a coleta dos dados do bito
conhecido tardiamente pelo sistema de sade, em circunstancias em que no seja mais possvel emitir uma
DO normal (geralmente quando j houve o sepultamento, e no mais possvel verificar o bito). Esta
declarao no considerada como documento hbil para os fins do Art. 77 da Lei n 6.015/1973 para a
lavratura da Certido de bito pelo Cartrio de Registro Civil.
O instrumento padronizado impresso com sequncia numrica nica, em via nica, conforme
fotolito padronizado pela SVS/MS (Anexo B). O controle da numerao bem como a emisso e distribuio
dos formulrios para as Secretarias Estaduais de Sade de competncia exclusiva do Ministrio da Sade,
pela sua Secretaria de Vigilncia em Sade.
A DO composta por trs vias, de cores distintas, cada uma com destino final informado, enquanto
atestante, enquanto que na DO Epidemiolgica esta responsabilidade cabe aos gestores do SIM nas
Secretarias de Sade
Parte II do Bloco V, e os Blocos VI, VIII e IX no o so, justificados pelo fato desta DO Epidemiolgica ser
exclusiva do sistema, para resgate de bitos que no so de seu conhecimento
esta ser exclusiva das Secretarias de Sade, onde preenchida e processada no sistema
2 VIA - AMARELA
3 VIA - ROSA
representante / responsvel da
famlia do falecido
arquiva no Estabelecimento de
Sade at ser recolhida por
funcionrio da Secretaria
Municipal de Sade
arquiva no pronturio do
falecido
Estabelecimento de sade
arquiva a 3 VIA
MINISTRIO DA SADE Secretaria de Vigilncia em Sade Portaria n116, de 11 de fevereiro de 2009, publicada em D O da
Unio de 12 fev 2009, regulamentando a coleta de dados, fluxo e periodicidade do envio de informaes sobre bitos e nascidos
vivos,para os Sistemas de Informaes em Sade, revogando a Portaria n 20/03, do mesmo ttulo.
10
Mdico responsvel pela assistncia ou o designado pela instituio que prestava assistncia ou o pertencente ao programa ao
qual o paciente estava cadastrado ou o da ESF ou Unidade de Famlia mais prxima do local onde ocorreu o evento ou o do SVO
Art. 19 I b, c, d da Portaria 116 de 11/02/2009
preenche as 3 VIAS
1 VIA - BRANCA
2 VIA - AMARELA
3 VIA - ROSA
Mdico atestante
representante / responsvel da
famlia do falecido
Mdico atestante
Mdico do SVO
Art. 19 II a da Portaria 116 de 11/02/2009
preenche as 3 VIAS
1 VIA - BRANCA
2 VIA - AMARELA
3 VIA - ROSA
Mdico atestante
representante / responsvel da
famlia do falecido
Mdico atestante
arquiva a 2 VIA
arquiva a 3 VIA
11
Mdico do servio pblico de sade mais prximo ao local onde ocorreu o evento ou o designado pela Secretaria Municipal de
Sade ou por qualquer mdico da localidade
Art. 19 II b, 6, 8 da Portaria 116 de 11/02/2009
preenche as 3 VIAS
1 VIA - BRANCA
2 VIA - AMARELA
3 VIA - ROSA
Mdico atestante
representante / responsvel da
famlia do falecido
Mdico atestante
arquiva a 2 VIA
arquiva a 3 VIA
2 VIA - AMARELA
3 VIA - ROSA
Oficial de registro
Oficial de registro
Oficial de registro
arquiva a 2 VIA
arquiva a 3 VIA
12
preenche as 3 VIAS
1 VIA - BRANCA
2 VIA - AMARELA
3 VIA - ROSA
Mdico atestante
representante / responsvel da
famlia do falecido
Mdico atestante
arquiva a 2 VIA
arquiva a 3 VIA
Mdico do IML
Art. 19 II V a da Portaria 116 de 11/02/2009
preenche as 3 VIAS
1 VIA - BRANCA
Mdico atestante
2 VIA - AMARELA
representante / responsvel da
famlia do falecido
3 VIA - ROSA
Mdico atestante
arquiva a 2 VIA
arquiva a 3 VIA
13
Mdico da localidade ou outro profissional investido pela autoridade judicial ou policial na funo de perito legista eventual (ad hoc)
Art. 19 V b da Portaria 116 de 11/02/2009
preenche as 3 VIAS
1 VIA - BRANCA
Mdico atestante
encaminha para a Secretaria
Municipal de Sade
2 VIA - AMARELA
representante / responsvel da
famlia do falecido
utiliza na obteno de Certido
de bito junto ao Cartrio de
Registro Civil
3 VIA - ROSA
Mdico atestante
encaminha para a Secretaria
Municipal de Sade
arquiva a 2 VIA
arquiva a 3 VIA
14
Antes do preenchimento da DO, o jogo, contendo as trs vias autocopiativas, deve ser destacado do
bloco para evitar borrar os demais formulrios.
O preenchimento deve ser feito de preferncia em letra de forma legvel e com caneta esferogrfica.
O mdico no deve assinar uma Declarao de bito em branco, devendo verificar se todos os itens
de identificao foram devida e corretamente preenchidos.
No pode haver emendas ou rasuras. Caso isto ocorra, deve-se ressalvar a emenda ou rasura,
repetindo os dados de forma legvel e assinando novamente, ao p da ressalva. Se no for possvel
ressalvar, o jogo deve ser anulado e encaminhado ao setor da Secretaria Municipal de Sade responsvel
pela distribuio, para controle.
Deve ainda ser evitado deixar campos em branco, assinalando a opo Ignorado quando no se
conhecer a informao solicitada ou um trao (-) quando no se aplicar ao item correspondente ou na
impossibilidade de serem obtidas as informaes.
A Declarao de bito composta por nove Blocos, com um total de 59 variveis:
Bloco I - Identificao
Bloco II - Residncia
Bloco III - Ocorrncia
Bloco IV - Fetal ou menor que 1 ano
Bloco V - Condies e causas do bito
Bloco VI - Mdico
Bloco VII - Causas externas
Bloco VIII - Cartrio
Bloco IX - Localidade sem Mdico
00000000 - 0
a primeira parte, com oito algarismos, corresponde numerao seqencial de cada jogo de DO;
a segunda parte contm um algarismo, que o dgito verificador, cuja principal funo evitar erros de
digitao, bem como reduzir a possibilidade de fraudes na emisso do documento ou na digitao de
registros. Este algarismo expressa o resultado de um algoritmo aplicado aos oito algarismos anteriores.
15
A seguir sero apresentados cada um dos Blocos e a forma de preenchimento de suas variveis.
1 Tipo de bito - assinalar com um X a quadrcula correspondente ao tipo de bito. Ver definio de
bito fetal e no fetal no Anexo C.
2 Data do bito - anotar a data em que ocorreu o bito seguindo o padro dia, ms e ano (dd/mm/aaaa).
Quando no for possvel definir a data exata, informar data estimada. O sistema no aceita este campo em
branco.
Hora: anotar a hora exata ou aproximada em que ocorreu o bito, no padro 24h. Atentar que no existe
24:00. Ou o bito ocorreu s 23h59 minutos ou ocorreu s 00h00, que j ser anotado quando ocorrido nos
primeiros segundos de um dia que se inicia.
3 Carto SUS neste campo dever ser anotado o nmero do Carto SUS.
Quando no se dispuser desta informao deve-se passar um trao neste campo.
4 Naturalidade - preencher o nome do Municpio onde o falecido nasceu, com a sigla da respectiva UF.
Em caso de desconhecimento do Municpio, tentar preencher pelo menos a sigla da UF.
Para estrangeiros, preencher o nome do pas de origem e se a naturalidade no for conhecida deve-se
passar um trao neste campo.
Durante a digitao do documento, estes dados sero complementados pelo respectivo cdigo adotado
pelo IBGE, constante do Cadastro de Municpios do sistema.
5 Nome do Falecido - preencher o nome completo do falecido, por extenso, sem abreviaturas. Usar um
documento de identificao do falecido, sempre que possvel com foto, para obter esta informao.
Em caso de bito fetal preencher este campo com Natimorto.
16
6 Nome do Pai - preencher o nome completo do pai do falecido, sem abreviaturas. Usar um documento
de identificao do falecido, sempre que possvel com foto, para obter esta informao. Em caso de ser
desconhecido preencher com Ignorado.
7 Nome da Me - preencher o nome completo da Me do falecido, sem abreviaturas. Usar um
documento de identificao do falecido, sempre que possvel com foto, para obter esta informao. Em
caso de ser desconhecido preencher com Ignorado.
8 Data de nascimento - anotar a data de nascimento do falecido no padro dia, ms, e ano dd/mm/aaaa.
Em caso de bito fetal as datas de bito e nascimento devero ser iguais. Se as datas forem diferentes
ento o sistema no aceita e envia uma mensagem de crtica.
9 Idade - preencher com a idade do falecido ou a idade presumida como a seguir:
Anos completos: quando a idade ou idade presumida do falecido for igual ou maior que um, este campo
deve ser preenchido com os anos completos.
Menores de um ano: quando a idade do falecido for menor que um ano, este campo dever ser preenchido
do seguinte modo:
At 11 meses e 29 dias: preencher com o nmero de meses completos de vida se a criana tiver
At 29 dias: preencher com o nmero de dias de vida se a criana tiver morrido com idade a partir de
At menos de 1 dia: preencher com o nmero de horas de vida se a criana tiver morrido com idade
At menos de 1 hora: preencher com o nmero de minutos de vida se a criana tiver morrido com
A no utilizao do quesito cor encobre dados relevantes para a identificao de agravos sade que acometem populaes em
situao de vulnerabilidade, como negros e indgenas, e mascara a evoluo destes agravos. No considerar a composio pluritnica da sociedade brasileira significa impedir sistematicamente a eqidade na ateno sade. (OLIVEIRA, M. (2001) Sobre a
Sade da Populao Negra Brasileira. In: Perspectivas em Sade e Direitos Reprodutivos - So Paulo: MacArthur Foundation,
2001:8-12).
Para maiores informaes: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/caderno_textos_basicos_snspn.pdf
17
O responsvel pelas informaes do falecido deve ser informado das opes para o campo e deve escolher
um dos cinco itens relacionados. Ainda que a resposta no corresponda exatamente a nenhuma das
alternativas necessrio observar as seguintes correspondncias de cor para a categorizao do campo.
1. Branca
2. Preta
3. Amarela (pessoa de origem oriental: japonesa, chinesa e coreana entre outras)
4. Parda (inclui-se nesta categoria morena, mulata, cabocla, cafuza, ou qualquer outro mestio de
pessoa da cor preta com pessoa de outra cor ou raa)
5. Indgena (se aplica aos indgenas ou ndios que vivem em aldeamento, como tambm aos que se
declararam indgenas e vivem fora do aldeamento).
Obs: o responsvel pelo falecido quem escolhe a opo que melhor define a cor do falecido.
12 Situao conjugal - assinalar com um X a quadrcula correspondente alternativa da situao
conjugal do falecido. Preencher com a informao dada pelos familiares.
NOTA:
Deve-se informar aos familiares que o estado civil que constar do registro e certido de bito ser aquele
que for declarado perante o oficial de registro, que exercer o seu dever de verificar os requisitos legais
para a atribuio desta informao, mesmo que esta seja diferente do que consta na DO. Os cartrios no
devem recusar ou devolver a DO ao servio de sade, quando houver divergncia entre a informao desta
com a que apurada no registro civil. Neste caso, prevalecer aquilo que declarado no cartrio,
considerando que o preenchimento da DO no dispensa a qualificao pelo registrador.
13 Escolaridade (ltima srie concluda) Esta pergunta deve ser respondida em duas etapas, informando
inicialmente o Nvel de escolaridade que a pessoa falecida cursou (1 - Fundamental I; 2 - Fundamental II;
3 Mdio; 4 - Superior incompleto; 5 - Superior completo) e em seguida a ltima Srie concluda com
aprovao se no quesito Nvel foi informada a alternativa 1, 2 ou 3.
Caso no tenha estudado, anotar sem escolaridade (opo 0 Sem escolaridade no campo Nvel).
14 Ocupao habitual - no preencher este campo para bitos em crianas com menos de 5 anos de
idade. Neste caso deve-se passar um trao neste campo.
Ocupao habitual o tipo de trabalho que o falecido desenvolveu na maior parte de sua vida produtiva.
A informao deve ser detalhada, de modo a permitir uma boa classificao, de acordo com a Classificao
Brasileira de Ocupaes CBO 20026. O cdigo no precisa ser preenchido exceto se orientado pela
Secretaria de Sade a faz-lo. O digitador ou codificador preencher a partir da tabela completa, disponvel
no sistema.
BRASIL MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGO- Portaria MTE n 397, de 9 de outubro de 2002, que aprova a Classificao
Brasileira de Ocupaes CBO / 2002, para uso em todo o territrio nacional
18
Recomenda-se no preencher com ocupaes vagas, como vendedor, operrio, professor, mdico, etc, mas
com o complemento da ocupao: vendedor de automveis, operria txtil, professor de matemtica do
ensino mdio, mdico pediatra, etc.
No caso do falecido ser aposentado, preencher com a ocupao habitual anterior.
As categorias Estudante, Dona de Casa, Aposentado/Pensionista, e Desempregado devem ser evitadas ao
mximo pois embora estejam presentes no sistema de informaes, no so ocupaes classificadas na
CBO 2002. Podem ser usadas em situaes de exceo, mas por no integrarem a CBO 2002, quando
informadas no sistema, no se enquadram em nenhuma famlia, subgrupo, subgrupo principal ou grande
grupo desta classificao, perdendo comparabilidade com outras fontes.
15 Logradouro (Rua, praa, avenida, etc.) - preencher o endereo completo com nmero e complemento.
O cdigo do logradouro no precisa ser preenchido. O digitador ou codificador o preencher a partir da
tabela completa, disponvel no sistema.
16 CEP preencher com o cdigo constante no Cdigo de Endereamento Postal, conforme consta do
Guia Postal Brasileiro, editado pela Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos - EBCT.
17 Bairro / Distrito - preencher com o nome do Bairro ou Distrito ao qual pertence o logradouro. Se a
informao no for conhecida deve-se passar um trao neste campo. O cdigo do logradouro no precisa
ser preenchido exceto se orientado pela Secretaria de Sade a faz-lo. O digitador ou codificador o
preencher a partir da tabela completa, disponvel no sistema. Se a informao no for conhecida deve-se
passar um trao neste campo.
18 Municpio de residncia - Preencher com o nome completo do Municpio onde residia habitualmente o
falecido. Obs: Em caso de bito fetal, considerar o municpio de residncia da Me.
O cdigo no precisa ser preenchido. O digitador ou codificador preencher a partir da tabela completa,
disponvel no sistema.
19 UF - preencher com a sigla da Unidade da Federao (Estado ou DF) qual pertence o Municpio de
residncia.
19
20 Local de ocorrncia do bito - assinalar com um "X" a quadrcula correspondente rea fsica onde
ocorreu o bito, de acordo com as alternativas:
1. Hospital: se o bito ocorreu em um estabelecimento de sade que tem por finalidade bsica prestar
assistncia
Cdigo: O cdigo no precisa ser preenchido exceto se orientado pela Secretaria de Sade a faz-lo. O
digitador ou codificador preencher a partir da tabela completa, disponvel no sistema.
25 Municpio de ocorrncia - preencher com o nome do Municpio onde ocorreu o bito. O cdigo no
precisa ser preenchido. O digitador ou codificador preencher a partir da tabela completa, disponvel no
sistema.
26 UF - preencher com a sigla da Unidade da Federao (Estado ou DF) qual pertence o Municpio de
ocorrncia do bito.
Quando o bito for fetal, ou de menor de 1 ano, este bloco deve ter todos os seus campos preenchidos
(exceto Nmero da DNV que no ser preenchido nos casos de bito fetal). Quando o bito for no fetal e
de maior de 1 ano de idade, este bloco no deve ser preenchido, passando-se direto para o Bloco seguinte
(Bloco V).
Escolaridade (ltima srie concluda) Esta pergunta deve ser respondida em duas etapas,
21
A informao deve ser detalhada, de modo a permitir uma boa classificao, de acordo com a Classificao
Brasileira de Ocupaes CBO 20027. O cdigo no precisa ser preenchido exceto se orientado pela
Secretaria de Sade a faz-lo. O digitador ou codificador preencher a partir da tabela completa, disponvel
no sistema.
Recomenda-se no preencher com ocupaes vagas, como vendedora, operria, professora, mdica, etc,
mas com o complemento da ocupao: vendedora de automveis, operria txtil, professora de
matemtica do ensino mdio, mdica pediatra, etc.
No caso da me do falecido(a) ser aposentada, preencher com a ocupao habitual anterior.
As categorias Estudante, Dona de Casa, Aposentado/Pensionista, e Desempregado devem ser evitadas ao
mximo pois embora estejam presentes no sistema de informaes, no so ocupaes classificadas na
CBO 2002. Podem ser usadas em situaes de exceo, mas por no integrarem a CBO 2002, quando
informadas no sistema, no se enquadram em nenhuma famlia, subgrupo, subgrupo principal ou grande
grupo desta classificao, perdendo comparabilidade com outras fontes.
30 Nmero de filhos tidos - destina-se a informaes sobre o nmero de filhos tidos, vivos e mortos,
inclusive abortamentos. Lembrar que esta varivel no inclui o falecido (nascido vivo ou morto) a que se
referir a Declarao. Portanto no incluir a criana cujo bito se notifica nesta DO na contagem do nmero
de filhos vivos e/ou perdas fetais e abortos.
Anotar o nmero de filhos tidos (nascidos vivos e perdas fetais/abortos) com dois algarismos. Se no
houver informao a respeito, assinalar a quadrcula 99-Ignorado.
31 Nmero de semanas de gestao anotar o nmero de semanas de gestao com dois algarismos. Se
no houver informao a respeito, assinalar a quadrcula 99-Ignorado.
32
ignorado.
33 Tipo de parto assinalar com um X a quadrcula correspondente ao tipo de parto, ou 9 se ignorado.
As variveis a seguir se referem ao falecido.
34 Morte em relao ao parto - assinalar com um X a quadrcula correspondente ao bito em relao
ao parto.
35 Peso ao nascer - anotar o peso em gramas (quatro algarismos).
36
Nmero da Declarao de Nascido Vivo - anotar o nmero da Declarao de Nascido Vivo (DN). O
nmero da DN deve ser preenchido com todos os seus 11 caracteres (formato 00-00000000-0).
BRASIL MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGO- Portaria MTE n 397, de 9 de outubro de 2002, que aprova a Classificao
Brasileira de Ocupaes CBO / 2002, para uso em todo o territrio nacional
22
Este bloco se destina a qualificar as condies e causas que provocaram o bito. Contempla o modelo
internacional de Atestado de bito adotado pela Organizao Mundial de Sade (OMS), desde 1948 e sua
importncia decorre do fato dele ser a fonte da Causa Bsica do bito e dos agravos que para ela
contriburam. Este bloco contm quatro campos.
Obs: O preenchimento deste bloco deve ser feito para qualquer tipo de bito, fetal ou no fetal.
ASSISTNCIA MDICA
38 Recebeu assistncia mdica durante a doena que ocasionou a morte? assinalar com um X a
quadrcula correspondente alternativa escolhida. Este campo se refere ao atendimento mdico
continuado que o paciente recebeu, ou no, durante a enfermidade que ocasionou o bito.
CAUSAS DA MORTE
23
40 Este campo s pode ser preenchido pelo mdico que atestou o bito e seus diagnsticos no podem
ser alterados por outra pessoa que no o prprio, em documento elucidativo parte, ou pela anulao da
DO e preenchimento de outra.
Os conceitos de causa de morte e de causa bsica, definidos em assemblia geral da OMS, esto
descritos no Anexo C - Definies.
A declarao das causas de morte informadas neste Campo deve estar consoante com o Modelo
Internacional de Certificado Mdico da Causa de Morte, atualmente em vigor em todos os pases e
recomendado, em 1948, durante a Assemblia Mundial de Sade8.
PARTE I - destinada anotao da causa que provocou a morte (causa terminal linha a) e dos
estados mrbidos que produziram a causa registrada na linha a (causas antecedentes ou
conseqenciais linhas b e c, e a causa bsica linha d).
fundamental que, na ltima linha, o mdico declare corretamente a causa bsica, com um
diagnstico apenas, para que se tenham dados confiveis e comparveis sobre mortalidade segundo
a causa bsica ou primria.
No caso de bito fetal no preencher com a expresso Natimorto, pois alm desta no caracterizar
uma causa de bito, j foi anotada no Bloco I Identificao.
PARTE II - destinada anotao de outras condies mrbidas significativas que contriburam para a
morte e que, porm, no fizeram parte da cadeia definida na Parte I.
Nesta parte deve ser registrada qualquer doena ou leso que, a juzo mdico, tenha infludo
desfavoravelmente, contribuindo assim para a morte, no estando relacionada com o estado
patolgico que conduziu diretamente ao bito. As causas registradas nesta parte so denominadas
causas contribuintes.
Tempo aproximado entre o incio da doena e a morte - este espao dever sempre ser anotado em
ambas as Partes I e II.
Os espaos destinados aos cdigos da CID so destinados codificao das causas pelo profissional
responsvel por este trabalho, nas Secretarias de Sade, o codificador de causas de morte. No devem ser
preenchidos pelo mdico.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE OMS - Conferncia Internacional para a Sexta Reviso das Listas Internacionais de Doenas
e Causas de Morte, realizada em Paris, de 26 a 30 de abril de 1948,
24
41 Nome do Mdico - preencher por extenso o nome completo do Mdico, que assina a declarao.
42 CRM - anotar o nmero de inscrio do Mdico atestante no Conselho Regional de Medicina da UF a
que estiver jurisdicionado.
43 bito atestado por Mdico assinalar com um X a quadrcula correspondente condio do Mdico
atestante.
44 Municpio e UF do SVO ou IML Este campo deve ser preenchido apenas quando no campo anterior
tenha sido informado que o mdico atestante do SVO. Nestes casos, preencher o nome do Municpio e
UF onde esto localizados o Servio de Verificao de bito - SVO ou o Instituto Mdico-Legal IML.
45 Meio de contato - anotar o meio de se entrar em contato com o mdico que assinou a Declarao de
bito, tal como telefone, fax, e-mail ou outro qualquer.
46 Data do atestado - preencher com a data em que o atestado foi assinado segundo o padro dia, ms e
ano (dd/mm/aaaa).
47 Assinatura - espao destinado assinatura do Mdico atestante, com a aposio de seu carimbo com o
nmero de inscrio no CRM.
ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE OMS Classificao Estatstica Internacional de Doenas e Problemas Relacionados
Sade 10 Reviso EDUSP, 9 edio revista, 2003.
25
26
Este bloco dever ser preenchido no caso de bito ocorrido em localidade sem Mdico. Neste caso, seu
preenchimento ficar a cargo do Cartrio de Registro Civil, segundo o prescrito na Lei do Registro Civil
conforme citado abaixo:
Art.77 Nenhum sepultamento ser feito sem certido do Oficial de Registro do lugar do
falecimento, extrada aps a lavratura do assento de bito, em vista do atestado de mdico, se houver no
lugar, ou, em caso contrrio, de duas pessoas qualificadas que tenham presenciado ou verificado a
morte.)
Este Bloco contm 2 campos.
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29
Anexo C Definies
As definies sobre os tipos e caractersticas dos bitos foram adotadas pela Assemblia Mundial da Sade
(resolues WHA20.19 e WHA43.24) de acordo com o Artigo 23 da Constituio da Organizao Mundial de
Sade e constam na CID-10.
1. Abortamento: a expulso ou extrao de um produto da concepo sem sinais de vida, com menos de
500 gramas e/ou estatura menor ou igual a 25 cm ou menos de 22 semanas de gestao.
2. Aborto: o produto da concepo expulso no abortamento.
3. Causas de morte: As causas de morte, a serem registradas no atestado mdico de bito, so todas as
doenas, estados mrbidos ou leses que produziram a morte, ou que contriburam para ela, e as
circunstncias do acidente ou da violncia que produziu essas leses.
3.1 Causa bsica de morte: A causa bsica de morte definida como:
3.1.1 a doena ou leso que iniciou a cadeia de acontecimentos patolgicos que conduziram
diretamente morte
3.1.2 as circunstncias do acidente ou violncia que produziu a leso fatal
4. Instituto Mdico Legal IML: rgo oficial que realiza necropsias em casos de bitos decorrentes de
causas externas, visando elucidao das causas que provocaram o evento.
5. Morte materna: Definida como a morte de uma mulher durante a gestao ou dentro de um perodo de
42 dias aps o trmino da gestao, independente da durao ou da localizao da gravidez, devida a
qualquer causa relacionada com, ou agravada pela gravidez ou por medidas em relao a ela.
5.1 Mortes Obsttricas diretas: Aquelas resultantes de complicaes Obsttricas na gravidez, parto e
puerprio, devidas a intervenes, omisses, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos
resultantes de qualquer das causas acima mencionadas.
5.2 Mortes Obsttricas indiretas: Aquelas resultantes de doenas existentes antes da gravidez ou de
doenas que se desenvolveram durante a gravidez, no devidas a causas Obsttricas diretas, mas que
foram agravadas pelos efeitos fisiolgicos da gravidez.
6. Morte materna declarada: A morte materna considerada declarada quando as informaes registradas
na Declarao de bito (DO) permitem classificar o bito como materno.
7. Morte materna no declarada: A morte materna considerada como no declarada quando as
informaes registradas na DO no permitem classificar o bito como materno. Apenas com os dados
obtidos na investigao que se descobre tratar-se de morte materna.
8. Morte materna presumvel ou mascarada: considerada morte materna mascarada aquela cuja causa
bsica, relacionada ao estado gravdico-puerperal, no consta na DO por falhas no preenchimento. Ocorre
quando se declara como fato ocasionador do bito apenas a causa terminal das afeces ou a leso que
30
sobreveio por ltimo na sucesso de eventos que culminou com a morte. Desta forma, se oculta a causa
bsica e impede-se a identificao do bito materno.
9. Morte materna tardia: a morte de uma mulher por causas Obsttricas diretas ou indiretas mais de 42
dias, mas menos de um ano aps o trmino da gravidez.
10. Morte ocorrida durante a gravidez, parto ou puerprio: Morte ocorrida durante a gravidez a morte
de uma mulher durante o perodo gestacional ou at 42 dias aps o trmino da gravidez, qualquer que
tenha sido a causa do bito. Corresponde, portanto, soma das mortes obsttricas com as no obsttricas.
11. Nascimento vivo: a expulso ou extrao completa do corpo da Me, independentemente da durao
da gravidez, de um produto de concepo que, depois da separao, respire ou apresente qualquer outro
sinal de vida, como batimentos do corao, pulsaes do cordo umbilical ou movimentos efetivos dos
msculos de contrao voluntria, estando ou no cortado o cordo umbilical e estando ou no
desprendida a placenta. Cada produto de um nascimento que rena essas condies se considera como
uma criana viva.
12. bito: o desaparecimento permanente de todo sinal de vida, em um momento qualquer depois do
nascimento, sem possibilidade de ressuscitao.
12.1 bito fetal: a morte de um produto da concepo, antes da expulso ou da extrao completa
do corpo da Me, independentemente da durao da gravidez. Indica o bito o fato de o feto, depois
da expulso do corpo materno, no respirar nem apresentar nenhum outro sinal de vida, como
batimentos do corao, pulsaes do cordo umbilical ou movimentos efetivos dos msculos de
contrao voluntria.
12.2 bito neonatal: O perodo neonatal comea no nascimento e termina aps 28 dias completos
depois do nascimento. As mortes neonatais (mortes entre nascidos vivos durante os primeiros 28 dias
completos de vida) podem ser subdivididas em bitos neonatais precoces, que ocorrem durante os
primeiros sete dias de vida (idade entre 0 e 6 dias), e bitos neonatais tardios, que ocorrem aps o
stimo dia e termina com 28 dias completos de vida (idade entre 7 a 27 dias).
12.3 bito ps neonatal: compreende os bitos ocorridos entre o 28 dia de vida at 1 ano incompleto
(menor de 1 ano).
13. bito hospitalar: a morte que ocorre em estabelecimento de sade, aps o registro do paciente,
independentemente do tempo de internao.
14. bito por causa externa: o que decorre de uma leso provocada por violncia (agresso, suicdio,
acidente ou morte suspeita), qualquer que seja o tempo decorrido entre o evento e o bito.
15. bito por causa natural: aquele cuja causa bsica uma doena ou um estado mrbido.
16. bito sem assistncia mdica: o bito que sobrevm em paciente que no teve assistncia mdica
durante a doena ou evento que ocasionou a morte (campo 45 da DO).
31
32
Exemplo 1: Paciente tinha febre tifide e apresentou perfurao intestinal, falecendo em conseqncia de
peritonite. Neste caso, a causa bsica febre tifide e as complicaes, ou causas conseqenciais, so a
perfurao intestinal e a peritonite. Esta ltima chamada conseqencia terminal ou simplesmente causa
terminal. O atestado dever ser preenchido da seguinte maneira:
Exemplo 3: Pedestre golpeado por caminho, sofreu fraturas mltiplas, falecendo em conseqncia do
choque traumtico. Neste caso, a causa bsica pedestre golpeado por caminho (acidente de trnsito),
conforme abaixo:
33
Exemplo 5: Falecimento de homem com choque hemorrgico devido a esmagamento de rgos internos,
causado pelo impacto de queda de rvore sobre seu corpo. Neste caso as causas da morte so:
Exemplo 6: Criana de seis meses deu entrada no Pronto Socorro com histria de trs dias de diarria, que
se intensificou nas ltimas doze horas. Examinada, mostrava-se desidratada, prostrada, reagindo pouco aos
estmulos, com choro dbil. Foi iniciada a reidratao, porm a criana faleceu quarenta e cinco minutos
aps a internao. O exame fsico revelou, alm dos sinais de intensa desidratao, evidncias de
desnutrio.
O preenchimento deve ser feito da seguinte forma:
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Exemplo 8: Mulher com diabetes mellitus desenvolveu uma toxemia severa durante a gravidez. A placenta
descolou prematuramente, foi realizada uma cesrea e o feto morreu durante esse perodo. O
preenchimento da causa de morte deve ser feito como abaixo:
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As informaes pessoais da falecida (idade, estado civil, raa/cor, escolaridade e ocupao) permitem
definir o perfil da gestante de risco, contribuindo para a elaborao de aes e/ou estratgias, para evitar o
bito dessas mulheres, adequadas realidade local.
O preenchimento do campo raa/cor, tambm, pode auxiliar no estudo da causa bsica do bito, uma vez
que algumas patologias esto diretamente relacionadas raa/cor, tais como: anemia falciforme e
talassemia s populaes negra e branca, respectivamente.
No campo 40 imprescindvel que o mdico declare corretamente a seqncia dos fatos clnicos que
resultaram na morte, de modo a facilitar a identificao da causa bsica pelo codificador. No caso da morte
materna o preenchimento correto deste campo permite a identificao do bito materno, e neste caso sua
classificao por grandes grupos de causas como bitos maternos obsttricos diretos e indiretos e sua
distribuio por causas especficas.
No preenchimento da causa bsica quando a causa selecionada for um estdio precoce de uma doena
e estiver informado no atestado um estdio mais avanado da mesma doena, codificar o estdio mais
avanado. Por exemplo: pr-eclampsia e eclampsia. Deve ser codificada a eclampsia. Tambm, se
forem registradas duas causas semelhantes, mas uma mais especifica do que a outra, a ltima deve ser
codificada como causa bsica do bito.
Destaca-se que uma cirurgia ou qualquer outro procedimento mdico, no doena, portanto, no
pode ser causa bsica da morte. No caso em que se tenha pensado na cirurgia como a causa bsica,
pode-se considerar como causa bsica a doena que motivou a indicao da cirurgia.
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Elaborao: Regina Coeli Viola, Hlvio Bertolozzi Soares, Jacob Arkader, Dalva Braz de Oliveira. Colaboradores:
Angela Maria Casco, Dcio de Lyra Rabello Neto, Denise Lopes Porto, Hlio Oliveira, Marcelo Arajo Freitas, Mrcia
de Paulo Costa Mazzei, Marcos Augusto Bastos Dias, Maria do Carmo Lopes Melo, Regina Amlia Pessoa Aguiar, Ruy
Laurenti, Sandra Valongueiro Alves, Srgio Hofmeister Martins Costa, Valdir Monteiro Pinto
36
A violncia de gnero um evento freqente no pas, muitas vezes resultando em mortes maternas
associadas ao captulo XX, o que torna relevante o preenchimento deste campo nos casos de bitos de
mulheres em idade frtil.
Nos casos em que a causa bsica uma causa externa, deve-se lembrar que o atestante deve ser um
mdico legista. de suma importncia para o estudo do bito materno que os Institutos de Medicina
Legal procedam ao exame anatomopatolgico do tero e anexos em todas as necropsias realizadas nas
mulheres em idade frtil contribuindo para a identificao de bitos maternos.
As causas da morte devem ser preenchidas pelo mdico, mas a definio dos cdigos da CID-10 Reviso a
serem utilizados deve ser realizada posteriormente, pelo codificador de causas de mortalidade, um
profissional especializado formado especificamente para esta funo, e grande conhecedor da Classificao
Internacional de Doenas.
Os exemplos a seguir esclarecem melhor o modo do preenchimento da causa bsica em bitos maternos.
1 Exemplo: Mulher com 25 anos, apresentou dor em baixo ventre e hemorragia transvaginal, trs horas
depois evoluiu para abortamento espontneo, sendo submetida curetagem na 20 semana de gestao
em ambulatrio. No dia seguinte apresentou um quadro sptico, permanecendo internada por treze dias.
Evoluiu para insuficincia renal, coma e bito.
Comentrios: Trata-se de um caso de aborto espontneo com evoluo altamente sugestiva, desde o
incio, de abortamento infectado, pela rpida evoluo para um quadro sptico. A realizao de curetagem
em regime ambulatorial, sem a correta identificao de processo infeccioso associado ao quadro de
abortamento foi, muito provavelmente, determinante na evoluo do quadro para choque sptico que,
possivelmente, poderia ter sido evitado com utilizao de antimicrobianos por via parenteral e,
eventualmente, na dependncia da gravidade do caso, at mesmo indicao de interveno cirrgica mais
agressiva, com realizao de histerectomia. A insuficincia renal foi desencadeada pelo choque sptico,
assim como o coma.
Como a DO foi emitida sem o laudo do SVO, prope-se que a mesma seja revisada da seguinte forma:
37
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
Coma
13 dias
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Insuficincia renal
13 dias
Septicemia
24 hrs
Aborto espontneo
CID
Ignorado
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
2 Exemplo: Mulher com 39 anos, cinco gestaes anteriores, na 15 semana de gestao, com histria de
pequenos sangramentos, foi internada com diagnstico ecogrfico de mola hidatiforme. Foi submetida a
esvaziamento uterino por vcuo aspirao e curetagem uterina, com retirada de grande quantidade de
material com vesculas. Apresenta sangramento intenso incoercvel. Ao ser encaminhada para
histerectomia fez um choque hipovolmico e evoluiu para o bito.
a. A esclarecer.
Comentrios: O mdico que cuidou do caso encaminhou para o Servio de Verificao de bito pela
consistncia da parede uterina durante a curetagem. A causa da morte foi a mola hidatiforme.
Como a DO foi emitida sem o laudo do SVO, prope-se que a mesma seja revisada da seguinte forma:
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Doena ou estado mrbido que causou diretamente
a morte
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
Choque hipovolmico
1 dia
Mola hidatiforme
Ignorado
CID
c
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 15 semanas
3 Exemplo: Mulher com 30 anos foi atendida em Unidade de Sade quando foi orientado tratamento para
dor de estmago. Trs dias depois deu entrada no hospital s 12horas, com dor, distenso abdominal e
hipotenso, quadro de choque h 1 hora. O obstetra diagnosticou gravidez ectpica rota, foi indicada
cirurgia, mas 3 horas aps a admisso apresentava sinais de coma tendo evoludo para bito 5 horas aps a
entrada no referido servio.
38
a. Parada cardio-respiratria
b. Choque hipovolmico
Comentrios: O mdico que cuidou do caso constatou a gravidez ectpica rota, mas no a declarou na
DO. Parada cardiorespiratria um diagnstico inespecfico que no deve ser utilizado.
Forma correta de preenchimento da DO:
ANOTE SOMENTE UM DIAGNSTICO POR LINHA
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Doena ou estado mrbido que causou diretamente
a morte
Coma
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Choque hipovolmico
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
CID
6 horas
3 dias
Ignorado
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
4 Exemplo: Mulher com 25 anos, foi internada apresentando diarria, ictercia, corrimento com odor
ftido, vmito e abdome doloroso palpao. Foi encaminhada para isolamento com hiptese diagnstica
de hepatite infecciosa. No quarto dia de internao foi submetida a anestesia geral para curetagem com
vistas retirada de feto morto de 8 semanas. No dia seguinte foi para a UTI com quadro de choque sptico,
fez coagulao intravascular disseminada (CIVD) e evoluiu para bito.
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
CIVD
24 horas
Choque sptico
24 horas
CID
4 dias
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
39
5 Exemplo: Mulher 37 anos com hipertenso arterial crnica, em uso de nifedipina. Quando estava com
32 semanas de gestao foi internada com diagnstico de toxemia gravdica, com PA de 160/110 mmHg.
Dez dias aps a internao a cardiotocografia apresentou padro normal, o feto estava ativo, a presso
arterial era de 160/80mmHg e recebeu alta. No dia seguinte retornou ao hospital com epigastralgia,
vmito, plaquetopenia, alterao de enzimas hepticas e presso arterial (PA) de 160/110 mmHg. Foi
realizada cesariana, retirado o feto morto. Durante a cirurgia apresentou PA de 220/130 mmHg, foi feito
bloqueio com anestesia peridural. A PA baixou para 170/100 mmHg. Foi hidratada com ringer lactato
500ml. No ps-operatrio imediato apresentou anria, sem resposta ao diurtico e infuso de volume. Foi
encaminhada para UTI em choque evoluindo para bito.
a. HELLP sndrome
b. Coagulao intravascular disseminada
c. Hipertenso crnica
Parte II:
Insuficincia renal
Comentrios: A mulher era uma hipertensa crnica fez uma HELPP sndrome que levou insuficincia
renal, ao choque e bito.
Forma correta de preenchimento da DO:
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Doena ou estado mrbido que causou diretamente
a morte
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
Choque hipovolmico
Ignorado
Ignorado
Sndrome HELLP
Ignorado
Ignorado
CID
proteinria superposta
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 32 semanas
6 Exemplo: Mulher com gestao de 35 semanas, internada s 16h30min, com quadro de doena
hipertensiva especfica da gestao grave (DHEG grave), com presso arterial de 190/140 mmHg, e
sofrimento fetal. s 17horas foi submetida cesariana com raquianestesia. s 23h30min apresentou
quadro de choque hemorrgico, hematoma subaponeurtico. Submetida anestesia geral para drenagem
de hematoma, sendo corrigida a volemia com papa de hemcias (14 unidades), plasma fresco (3 unidades)
e concentrado de plaquetas (6 unidades). Realizado infuso de drogas: adrenalina, cedilanide e dopamina.
Foi encaminhada UTI s 4 horas onde recebeu dobutamida, atropina, gluconato de clcio e bicarbonato
40
de sdio. s 8 horas apresentou parada cardaca, que foi revertida. s 13h30min ocorreu nova parada
cardaca, sendo o bito declarado s 14 horas.
a. Parada cardio-respiratria
Comentrios: Parada cardio-respiratria no causa bsica de bito. A mulher fez uma pr-eclmpsia
grave, alterao de enzimas hepticas e plaquetopenia (sndrome HELLP) que no foi corrigida e levou a
uma coagulao intravascular disseminada irreversvel.
Forma correta de preenchimento da DO:
ANOTE SOMENTE UM DIAGNSTICO POR LINHA
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Doena ou estado mrbido que causou diretamente
a morte
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
CIVD
Pr-eclmpsia grave
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
CID
7 horas
Ignorado
c
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 36 semanas
Laudo anatomopatolgico:
Causa indeterminada.
Edema cerebral.
Congesto polivisceral.
Comentrio: O mdico patologista no recebeu as informaes sobre a histria da doena que levou ao
bito da mulher e, assim, no conseguiu determinar a causa corretamente. Na realidade, o prprio mdico
41
que atendeu paciente j tinha feito o diagnstico. O atestado de bito deveria ter sido preenchido da
seguinte forma:
Como a DO foi emitida sem o laudo do SVO, prope-se que a mesma seja revisada da seguinte forma:
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Edema cerebral
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
CID
7 h 15 min
24 horas
c
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 40 semanas
8 Exemplo: Mulher admitida s 20 horas, com 42 semanas de gestao, em trabalho de parto, com bolsa
rota e presso arterial de 160/100mmHg. Uma hora e meia aps o parto apresentou crise convulsiva, sendo
medicada com valium. Aps uma hora apresentou hemorragia uterina, sendo medicada com methergin
intramuscular. Teve uma nova crise convulsiva evoluindo para coma e depois para o bito.
a. Epilepsia
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
Coma
1 hora
Edema cerebral
1 hora
Eclampsia no puerprio
CID
1 h 30 min
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 42 semanas
42
parto fez um quadro de dispnia, oligria, e ictercia. Evoluiu para coma, tendo sido encaminhada para UTI,
ocorrendo o bito um dia aps o parto.
Comentrios: A pielonefrite aguda sem o devido tratamento ocasionou o trabalho de parto prematuro
que evoluiu para a sepse e bito. Tambm houve um erro na forma do preenchimento da causa bsica que
deve ser registrada de baixo para cima. Assim seria registrada na linha b se no estivesse errado.
Forma correta de preencher a DO:
ANOTE SOMENTE UM DIAGNSTICO POR LINHA
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Doena ou estado mrbido que causou diretamente
a morte
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
Sepse
1 dia
2 dias
CID
Ignorado
aguda
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 20 semanas
10 Exemplo: Mulher com 40 anos, 7 gestaes anteriores, teve o ltimo parto 1 ano antes da gestao
atual. Em consulta mdica na 38 semana desta gestao apresentava queixa de sangramento vaginal,
recebeu a informao de que estava com placenta prvia confirmada por ultrassom. Foi encaminhada
maternidade, mas no compareceu no servio. Dois dias aps a consulta foi internada em choque
hipovolmico, encaminhada ao centro cirrgico para realizar a cesariana de emergncia, fez uma parada
cardio-respiratria e faleceu.
Comentrios A DO foi preenchida no sentido errado, de cima para baixo e parada crdio-respiratria
um modo de morrer, um diagnstico impreciso que no deve ser utilizado nem como causa terminal. O
bito ocorreu em conseqncia placenta prvia com hemorragia.
43
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Doena ou estado mrbido que causou diretamente
a morte
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Choque hipovolmico
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
CID
Ignorado
2 dias
c
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 38 semanas
11. Exemplo: Gestante a termo foi internada s 7 horas em trabalho de parto com bolsa rota. O parto foi
realizado sem assistncia mdica s 21h30min. Cerca de 30 minutos aps o parto, a mulher apresentou
quadro de sangramento vaginal levando a anemia aguda. O controle da presso arterial foi realizado a cada
15 minutos e a mdia da PA era de 60/40 mmHg. Foi solicitado sangue, porm no chegou a tempo. O
bito ocorreu cerca de 4 horas aps o parto, sendo que a nica medicao administrada para a mulher
foram 4 ampolas de efortil, 3000ml de soluo fisiolgica e methergin intramuscular.
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
SARA
4 horas
Choque hipovolmico
4 horas
Hemorragia ps-parto
30 minutos
Amniorexe prematura
14 h 30 min
CID
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
12 Exemplo: Mulher foi internada por apresentar, no terceiro dia ps-parto vaginal espontneo, febre
(39C), dor plvica e eliminao de secreo vaginal com odor ftido. Foi diagnosticado endometrite
puerperal foi realizada curetagem uterina para retirada de restos placentrios. Na evoluo apresentou
quadro de choque sptico, sendo ento realizada histerectomia, com ooforectomia bilateral. Na seqncia
foi encaminhada a UTI, aonde evoluiu para bito.
Parte I:
Comentrios: A causa bsica do bito foi a infeco puerperal. O foco infeccioso no foi retirado com a
curetagem levando ao choque sptico, SARA e bito.
Forma correta de preencher a DO:
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
SARA
3 dias
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Choque sptico
3 dias
Infeco puerperal
3 dias
CID
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Parto vaginal
13 Exemplo: Mulher admitida no centro obsttrico s 18 horas apresentando dilatao cervical de 6 cm,
bolsa integra, batimentos cardiofetais de 140, presso arterial de 120/80 mmHg e temperatura de 36,5C.
Aps 5 horas evoluiu para parto normal com episiotomia mdia lateral esquerda, teve recm-nascido vivo
pesando 4200 g. Cerca de 1 hora aps o parto a mulher apresentou quadro de dispnia intensa, tonturas,
sendo atendida imediatamente por anestesista, obstetra e enfermeira, foram realizadas manobras de
reanimao, massagem cardaca sem sucesso.
Laudo anatomopatolgico: pulmo com reas de colapso, edema e presena de mbolos vasculares
por elementos amniticos, escamas fetais predominantes.
Como a DO foi emitida sem o laudo do SVO, prope-se que a mesma seja revisada da seguinte forma:
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
SARA
1 hora
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Embolia amnitica
1 hora
CID
c
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Macrossomia fetal
45
14 Exemplo: Mulher internada s 17 horas em trabalho de parto, na 41 semana de gestao, teve parto
normal s 17 horas e 30 minutos. Duas horas aps o parto apresentou dor intensa, reavaliada pelo mdico
foi constatada a inverso uterina. Foi encaminhada para cirurgia quando apresentou choque hipovolmico,
ocorrendo o bito s 21horas.
a. Parada cardio-respiratria
b. Complicaes ps-parto
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Doena ou estado mrbido que causou diretamente
a morte
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
Choque hipovolmico
2 horas
2 horas
CID
c
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 41 semanas
a. Choque hipovolmico
b. Ruptura uterina
Choque hipovolmico
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
CID
1 hora
12 horas
c
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 41 semanas
Macrossomia fetal
46
16 Exemplo: Mulher com histria de 3 gestaes e 2 cesreas anteriores foi internada s 23horas na 40
semana de gestao, em trabalho de parto. Ficou aguardando transferncia de hospital para realizao de
cesrea. Evoluiu para parto vaginal de recm nascido com 3,6 kg. No ps-parto imediato apresentou
sangramento aumentado, foi institudo ocitcito evoluindo para bito seis horas aps o parto.
a. Choque hipovolmico
b. Ruptura uterina
Comentrios: O campo 49 foi preenchido corretamente. No entanto, na Parte II deveria ter sido
registrado as semanas de gestao.
Forma correta de preenchimento da DO:
ANOTE SOMENTE UM DIAGNSTICO POR LINHA
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Doena ou estado mrbido que causou diretamente
a morte
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Choque hipovolmico
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
CID
2 horas
c
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 41 semanas
17 Exemplo: Mulher com 20 anos, na 42 semana de gestao, internada para cesrea submetida
raquianestesia (marcana hiperbrica 0,5%, sem adrenalina). Durante a cirurgia apresenta uma convulso,
dispnia, sinais de hiperemia de face, variao de pulso (130 140) e presso arterial de 80/40 mmHg.
Evoluiu com edema agudo de pulmo, foi entubada imediatamente, apresentou crise convulsiva, cianose
de lbios e extremidades e evoluiu para bito.
Laudo anatomopatolgico:
Microscpico: Corao: fibras musculares cardacas de aspecto habitual. Crebro: com discreto edema
e em crtex os neurnios se mostram hipereosinoflicos. Pulmes: alvolos distendidos, espaos areos
totalmente preenchidos por material amorfo eosinoflico. Septos delgados, vasos congestos, brnquios
com luz, ora prvia ora com material eosinoflico. Diagnstico: edema agudo de pulmo.
Como a DO foi emitida sem o laudo do SVO, prope-se que a mesma seja revisada da seguinte forma:
47
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
CID
durante o parto
c
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 42 semanas
18 Exemplo: Gestante com 24 semanas de gestao, portadora de tuberculose, abandonou por 3 vezes o
tratamento da doena e atualmente estava no 5 ms do tratamento com esquema para recidiva.
Apresentou um quadro de hemoptise grave e dispnia aguda. Evoluiu para bito sem condies para
assistncia mdica devido a rapidez da ocorrncia.
a. Tuberculose
Comentrios: Na tuberculose a necrose caseosa forma cavidades nas reas pulmonares que permitem
a disseminao da doena pelos brnquios formando novas cavidades. No caso a causa de bito foi a
tuberculose no tratada.
Forma correta de preenchimento da DO:
ANOTE SOMENTE UM DIAGNSTICO POR LINHA
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Doena ou estado mrbido que causou diretamente
a morte
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
Insuficincia respiratria
Ignorado
Tuberculose
Ignorado
CID
c
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 24 semanas
19 Exemplo: Mulher com 30 anos, ndia, foi internada na 37 semana de gestao, com febre, cefalia,
palidez, sudorese. Foi medicada com hidratao oral, dipirona e foi coletado sangue para pesquisa de
Plasmodium. Apresentou uma queda da prpria altura, com perda da conscincia. Evoluiu para parto
vaginal e apresentou hemorragia ps-parto. O resultado da pesquisa para malria foi positivo. Foi medicada
e recebeu bolsas de concentrado de hemceas e de plasma fresco congelado. Encaminhada para UTI fez
CIVD e evoluiu para o bito.
Parte I:
a. Sepse puerperal
b. Falncia mltipla de rgos
c. Parada cardaca
Comentrios: Parada cardaca no causa bsica de morte, e sim modo de morrer. O mdico que
preencheu a DO no faz meno hemorragia ps-parto nem ao diagnstico de malria.
Forma correta de preenchimento da DO:
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
CIVD
Ignorado
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Ignorado
Ignorado
CID
Gestao de 35 semanas
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
20 Exemplo: Mulher com gestao de 24 semanas foi internada s 10 horas, com quadro de dor torcica,
dor lombar e dispnia. Diagnstico de pneumonia. Hemograma 24.400 leuccitos e 13% de bastonetes. s
3 horas do dia seguinte deu entrada na UTI apresentando dispnia, tosse e escarro com sangue. Evoluiu
para bito s 4 horas.
a. SARA
b. Sepse
c. Pneumonia
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
SARA
11 horas
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Sepse
17 horas
Ignorado
CID
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 24 semanas
49
21 Exemplo: Mulher 22 anos, realizava consultas peridicas para tratamento de lpus eritematoso
sistmico diagnosticado na infncia. Iniciou o pr-natal em servio de referncia para gravidez de alto risco,
na 8 semana de gestao. Compareceu a 15 consultas. Teve parto vaginal espontneo na 37 semana de
gestao. No ps-parto parou com a medicao para amamentar. Na seqncia apresentou um quadro de
descompensao, com grave comprometimento da funo renal, vindo a ocorrer o bito cerca de 40 dias
aps o parto.
a. --b. Sepse
c. Broncopneumonia
d. Lpus eritematoso sistmico
Parte II:
Comentrios: Insuficincia renal no parte II e sim conseqncia da doena. Parte II deveria ser
preenchida com puerprio tardio que uma poca de risco para atividade do lpus eritematoso sistmico.
Forma correta de preenchimento da DO:
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Doena ou estado mrbido que causou diretamente
a morte
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
CID
40 dias
Ignorado
c
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Puerprio imediato
22. Exemplo: Mulher 25 anos, cardiopata com diagnostico de dupla leso mitral e indicao para no
engravidar, tabagista crnica. Na 20 semana de gestao foi internada queixando-se de edema de face,
abdmen e membros inferiores, apresentava cianose de extremidades, de lbios, dispnia, jugulares
ingurgitadas. Hemograma com leucocitose; uria 94.1; creatinina 1.92, potssio 4.0 mEq, glicemia 60, RX de
trax: cardiomegalia e sinais de Hipertenso Pulmonar. Admitida com hiptese diagnstica de insuficincia
cardaca congestiva, presso arterial de 90x50 mmHg, apresentava batimentos cardacos fetais presentes,
sangramento vaginal. Foi medicada com O2, digoxina, aminofilina, lasix, plasil. No dia seguinte, estava com
batimentos cardacos fetais presentes, sem sangramento, foi prescrito dieta hipossdica, digoxina, lasix,
50
cedilanide, valium. s 23 horas apresentou piora do estado geral e teve uma parada crdio-respiratoria
irreversvel. No ocorreu o parto.
a. Parada cardio-respiratria
b. Edema agudo de pulmo
Comentrios: A causa do bito foi a doena cardaca que complicou pelas mudanas
hemodinmicas durante a gestao. Mais uma vez a parada cardio-respiratria foi colocada na DO de
forma equivocada, pois, como j mencionado anteriormente, no considerado causa de morte.
Forma correta de preenchimento da DO:
ANOTE SOMENTE UM DIAGNSTICO POR LINHA
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Doena ou estado mrbido que causou diretamente
a morte
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
11 horas
Cardiopatia congestiva
17 horas
CID
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 20 semanas
Tabagismo
23 Exemplo: Primigesta de 19 anos, na 35 semanas de gravidez, foi consulta de pr-natal com queixas
de dor em hipocndrio direito, vmitos, diarria hemorrgica, febre e contraes uterinas. Apresentava
extremidades frias e cianticas. Na avaliao fetal foi detectada alterao da freqncia cardaca fetal e
diagnosticado sofrimento fetal agudo. Foi encaminhada imediatamente para realizao de cesariana, o
filho nasceu vivo. Ainda durante a cesariana apresentou sangramento importante, evoluiu para choque
hipovolmico, recebeu sangue e foi realizada histerectomia subtotal, sendo encaminhada imediatamente
para UTI. Manteve hipotenso e apresentou sinais de coagulao intravascular disseminada. Na histria
colhida com familiares foi comunicado que a mulher havia apresentado quadro de Dengue, e morava em
zona endmica. Foi a bito na UTI.
51
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
Choque hipovolmico
Ignorado
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
CIVD
Ignorado
Ignorado
CID
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 35 semanas
24 Exemplo: Mulher, 28 anos, com gestao de 32 semanas procurou a Unidade de Sade do seu bairro
com quadro de tosse, calafrio e dor torcica, com temperatura axilar de 39 C. Foi examinada e
encaminhada de volta ao domiclio com prescrio de medicao sintomtica para febre, dores e
descongestionante nasal. Retornou a Unidade de Sade 24 horas aps apresentando intensa dificuldade
respiratria. Foi encaminhada para hospital de referncia onde foi internada. Apresentava saturao de
oxignio de 70%, e CPK elevada. Foi coletado material de nasorofaringe para investigao de influenza
H1N1. Foi solicitada vaga na UTI sendo administrado oseltamivir 75 mg, ceftriaxona, e colocada em
ventilao mecnica. A paciente recebeu corticide para acelerar a maturao fetal. O quadro apresentou
agravamento da parte respiratria e foi indicada a interrupo da gestao. Entrou em trabalho de parto
evoluindo com piora do quadro respiratrio, ocorrendo o bito 24 horas aps o parto. O exame foi positivo
para H1N1
Comentrios: O protocolo de atendimento da gestante com H1N1 recomenda que seja administrado o
antiviral at 48 horas do incio dos sintomas. No caso, a mulher, no primeiro atendimento deveria ter
recebido o oseltamivir 75 mg e o encaminhamento ao hospital de referncia para internao e
acompanhamento. Portanto, o bito ocorreu em razo da doena viral que complicou a gestao.
52
SARA
Tempo aproximado
entre o incio da doena
e a morte
CID
2 dias
Ignorado
c
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na cadeia
acima
Gestao de 32 semanas
a. A esclarecer.
Laudo anatomopatolgico: Arquitetura heptica intacta com pequeno aumento de fibrose. Infiltrao
gordurosa microvesicular.
Comentrios: O quadro de fgado gorduroso agudo gestacional, causa bsica deste bito, acomete
mulheres jovens, com gestao gemelar tendo mortalidade elevada.
Como a DO foi emitida sem o laudo do SVO, prope-se que a mesma seja revisada da seguinte forma:
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Tempo aproximado
entre o incio da
doena e a morte
CIVD
1 dia
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
1 ms
CID
c
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na
cadeia acima
Gestao na 35 semana
26 Exemplo: Mulher de 30 anos sofreu queda de nvel (escada) na 30. semana de gestao. No dia
seguinte queda apresentou discreto sangramento. Poucas horas aps observou que estava tendo
contraes. Quando foi examinada na emergncia apresentava quadro de sangramento vaginal,
taquisistolia, e ausncia de batimento cardiofetal. No exame vaginal o colo era grosso, central e imprvio.
Apresentava queda da presso arterial. Foi encaminhada ao centro cirrgico, administrado sangue O
53
negativo e submetida a cesariana de emergncia, porm permaneceu com sangramento vaginal intenso,
sendo realizada histerectomia total. Aps a cirurgia foi encaminhada para UTI, onde desenvolveu coma e
foi a bito 4 dias aps o parto.
a. Coma
b. DPP
c. Queda de nvel
Comentrios: Este um caso de morte materna associada ao Captulo XX. O bito ocorreu porque a
mulher estava grvida e sofreu um descolamento prematuro de placenta e sangrou, entrando em choque
hipovolmico. fundamental, nesses casos, registrar na Parte II que a mulher estava grvida.
O SIM est preparado para registrar o cdigo O93 no importando o local em que foi escrito.
Como a DO foi emitida sem o laudo do IML prope-se que a mesma seja revisada da seguinte forma:
ANOTE SOMENTE UM DIAGNSTICO POR LINHA
CAUSAS DA MORTE
PARTE I
Doena ou estado mrbido que causou diretamente
a morte
CAUSAS ANTECEDENTES
Estados mrbidos, se existirem, que produziram a
causa acima registrada, mencionando-se em ltimo
lugar a causa bsica
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na
cadeia acima
Tempo aproximado
entre o incio da
doena e a morte
Coma
3 dias
Choque
3 dias
1 dia
Queda de nvel
CID
Gestao na 30 semana
27 Exemplo: Mulher com 23 anos, em tratamento antiretroviral h 7 anos sendo os ltimos 3 anos em
resgate, na segunda gestao apresentou efeitos adversos ao zidovudina interrompeu todos os
medicamentos, abandonou o pr-natal. A mulher deu entrada no Servio de Urgncia com quadro de
sangramento vaginal, falta de ar e dores intensas em baixo ventre. Avaliada pelo corpo clinico ela se
apresentava em pssimo estado geral e evoluiu com dispnia importante necessitando de entubao
orotraqueal. Em 3 horas aps o procedimento morreu. Aspirado material pulmonar, BARR positivo, Raio X
com reas de cavitaes, hemograma com anemia.
Tempo aproximado
entre o incio da
doena e a morte
Ignorado
Tuberculose pulmonar
Ignorado
AIDS
Ignorado
CID
d
PARTE II
Outras condies significativas que contriburam
para a morte, e que no entraram, porm, na
cadeia acima
Gestao na 35 semana
55