02-Pecado o Que É - Ambrosius Karl Ruf
02-Pecado o Que É - Ambrosius Karl Ruf
02-Pecado o Que É - Ambrosius Karl Ruf
(97
pginas)
Prefacio
Corremos o risco de esvaziar o pecado de sua malicia? (RUF, 1978, p. 9). Com a ausncia
do mesmo nas pregaes?
Pecado no um enigma que se possa decifrar com palavras inteligentes; , em ltima
anlise, aquele mistrio que nos obriga a refletir permanentemente no dom de Deus e em
nossa resposta a ele. (RUF, 1978, p. 10).
I - A Problemtica atual
Captulo 1| A noo de pecado hoje
A dificuldade em termos conceituais, liberdade para um presidirio totalmente diferenciada
de algum que nunca sofreu qualquer tipo de represso. As circunstncias da vida, as
situaes histricas, as maneiras de sentir de um indivduo, o que forja um conceito
conforme seu contedo concreto. De acordo com a pessoa que o utiliza, leva s vezes a malentendidos e interpretaes errneas. Tambm pode fazer com que duas pessoas, que falam a
mesma lngua e empregam os mesmos conceitos no se entendam, porque cada qual quer
dizer coisas diferentes. (RUF, 1978, p. 11).
Captulo 2| Vrias perspectivas na noo atual de pecado
1.
2.
3.
4.
O Pecado uma ao que pode ser vista e descrita, mas tambm pode ser cognitiva.
O Pecado uma ao m, ou seja contrrio a uma ao pr-determinada.
O Pecado se dirige contra Deus.
O pecado procede de um ser livre.
Perspectiva antropolgica
De ordem tica
De Natureza teolgica
Fundamentada na psicologia
cristo uma realidade que tambm ainda depois do batismo continua sendo uma ameaa. No
se elimina pois a possibilidade de ele ser envolvido pelas sombras da morte e de sucumbir ao
pecado. preciso quem com todas as nossas foras permanecemos, segundo a expresso
que sempre de novo encontramos na linguagem de Joo. Mas, descrevendo a profunda malcia
do pecado com traos to sombrios e se opondo com deciso a todo aformoseamento ou
minimizao do pecado entre os gnsticos, tambm ele tem certeza plena e esperana de que
o homem pode sair vitorioso na luta contra o pecado; pois os mandamentos de Deus no so
pesados, porque todo o que gerado por Deus vence o mundo4. (RUF, 1978, p. 50,51).
III Parte O pecado na Perspectiva histrico teolgico
1. Da Bblia a Teologia
Em Paulo o homem que vive na carne
Em Joo o homem que vive no mundo
2. Reflexo sobre a prxis: a era patrstica
A graduao de pecado presente na diversidade de penitencias. Desde aqueles graves que se
requer penitencia pblica, aqueles que so to leves, que devem ser vencidos por meio de
orao, jejum, esmolas, entre outros.
A doutrina por ele [Agostinho] desenvolvida sobre o pecado deve ser vista no cenrio de sua
disputa com os maniqueus. (RUF, 1978, p. 58).
A teologia agostiniana do pecado trouxe uma mudana decisiva para a compreenso crist do
pecado: enquanto o juzo do pecado com referncia prxis penitencial da igreja encerrava o
perigo de julgar a essncia do pecado principalmente a partir de seu lado externo, desde o ato
externamente mensurvel, Agostinho retoma a perspectiva bblica em sua profundidade total e
transfere o mal propriamente que se encontra no pecado humano na deciso contra Deus e sua
ordem encontra-se o momento formal de todo pecado. (RUF, 1978, p. 59).
3. A doutrina do pecado na Idade Mdia
Cabe a Deus pesa a gravidade da culpa. (RUF, 1978, p. 60).
Para alguns da escolstica primitiva a constncia da prtica de pecados leves, resultava em
pecados graves, ou uma revelao da real condio do pecador.
Para outros da escolstica primitiva, a gravidade do pecado se determina pela sua natureza.
Pecado no sentido de aversio a Deo sempre pecado em sentido prprio, pecado grave.
Quando se fala de pecado leve, entende-se um ato que no tem como objeto est destruio da
relao com Deus, mas visa um outro campo de objetos: conforme a doutrina de Toms de
Aquino, trata-se do uso desordenado e errado das coisas, as quais devem servir de meios e
auxlios para promover o relacionamento divino. (RUF, 1978, p. 62).
O que d fundamento distino entre as duas espcies de pecado no a matria, que
forma o objeto de uma ao errada, mas a direo subjetiva do ato. (RUF, 1978, p. 62,63).
4. A Volta para a reflexo objetiva
4 I Jo 5.3-4
c. Camadas da ao humana
Pesquisar: Natureza e Pessoa em Karl Rahner
Este mediador que somente ao homem medeia o acesso cognoscente e a livre disposio
para consigo mesmo e sua consciente e livre conduta par com Deus to diferente dele como
pessoa primitiva quanto inesperado, de tal modo que tambm no h uma linha de
demarcao fixa definitiva entre estas duas esferas do homem, as quais se encontram em
ininterrupta osmose: o home se transforma continuamente nas objees de seu corpo,
pensamentos e atos terrenos, ocupa-se com eles, sem se deixar absorver por eles (como o
animal) e sem se entregar inteiramente a eles, e se encontra em permanente referncia a si e a
Deus, quando se objetiva to terrenamente. Estas objetivaes so ele mesmo e ao mesmo
tempo no sos ele mesmo, estando ele no outro e como o outro, o quel assim como no outro
jamais pode ser como ele mesmo. (RUF, 1978, p. 80).
Uma vez que se esteja disposto a tomar como base a distino aqui proposta entre natureza e
pessoa, ao se falar de ato humano, deve-se, pois, avaliar distintamente o ato isolado, conforme
a condio subjetiva de que ele nasce. Pode tratar-se de um ato que provm do centro mais
ntimo da pessoa e por isso traz em si todas as caractersticas do ser pessoal no sentido mais
completo. Pode tambm ser que um ato no resulte deste centro pessoal, mas daquele que se
chama natureza, e no reflete toda a plenitude, que prpria da pessoa. Neste ato fundem-se
num s os elementos prprios da pessoa e os estranhos; o elemento estranho encobre o
prprio, que sem dvida ainda existe, mas que no chega a impor-se com toda a sua fora.
(RUF, 1978, p. 81).
A distino entre pessoa e natureza nos fora a admitir diferenas qualitativas entre os
diversos atos isolados, conforme o grau da plenitude pessoa, que num ato determinado
realizado. (RUF, 1978, p. 81).
3. O pecado como opo fundamental
No se tem dvida de que pecado em sentido prprio s pode haver quando o homem, no
mais profundo de sua deciso pessoal, se declara contra Deus em uma opo fundamental no
sentido do intencional efeito ulterior tambm deve marcar os atos subsequentes. A essncia do
pecado grave neste sentido se descreve como a fixao da pessoa em uma orientao vital
dirigida contra a origem do ser, contra Deus. (RUF, 1978, p. 87).
4. Espcies de pecado
a. A diferena entre pecado leve e pecado grave
Se existe uma diferena entre diversas espcies de pecado, esta deve se fundamentar na
intensidade do ato do agente. (RUF, 1978, p. 88).
A reflexo teolgica no deveria ignorar que o conceito de pecado que se vem diludo em
grande parte dos fiis se deve, no em ltimo lugar, popularizao dos modernos princpios
teolgicos. Acontece aqui o que tambm sucede em outros setores da teologia; os novos
conhecimentos chegam ao grande pblico incompletos e mal compreendidos, gerando
maiores prejuzos que benefcios. (RUF, 1978, p. 89,90).
b. Pecado no momento da morte
Nem tudo que oferece uma sada, por si s, uma soluo. (RUF, 1978, p. 92).