Atlas Maranhao 1991 A 2012 PDF
Atlas Maranhao 1991 A 2012 PDF
Atlas Maranhao 1991 A 2012 PDF
CEPED UFSC
Florianpolis 2013
PRESIDENTE DA REPBLICA
Dilma Vana Rousseff
MINISTRO DA INTEGRAO NACIONAL
Fernando Bezerra Coelho
SECRETRIO NACIONAL DE DEFESA CIVIL
Humberto de Azevedo Viana Filho
DIRETOR DO CENTRO NACIONAL DE
GERENCIAMENTO DE RISCOS E DESASTRES
Rafael Schadeck
Apresentao
O
Humberto Viana
Secretrio Nacional de Defesa Civil
as ltimas dcadas os Desastres Naturais tm se tornado tema cada vez mais presente no cotidiano das
populaes. H um aumento considervel no apenas na frequncia e na intensidade, mas tambm
nos impactos gerados causando danos e prejuzos cada vez mais intensos.
O Atlas Brasileiro de Desastres Naturais um produto da pesquisa que resultou do acordo de cooperao entre a Secretaria Nacional de Defesa Civil e o Centro Universitrio de Estudos e Pesquisas sobre
Desastres, da Universidade Federal de Santa Catarina.
A sua reedio est sendo realizada com o objetivo de atualizar e de incorporar eventos que provocaram desastres no Brasil nos anos de 2011 e de 2012.
A pesquisa pretende ampliar a compilao e a disponibilizao de informaes sobre os registros de
desastres ocorridos em todo o territrio nacional nos ltimos 22 anos (1991 a 2012), por meio da publicao
de 26 volumes estaduais e de um volume Brasil.
O levantamento dos registros histricos, derivando na elaborao dos mapas temticos e na produo
do atlas, relevante na medida em que viabiliza construir um panorama geral das ocorrncias e das recorrncias de desastres no Pas e suas especificidades por estados e regies. Tal levantamento subsidiar o
planejamento adequado em gesto de risco e reduo de desastres, possibilitando uma anlise ampliada do
territrio nacional, dos padres de frequncia observados, dos perodos de maior ocorrncia, das relaes
desses eventos com outros fenmenos globais e dos processos relacionados aos desastres no Pas.
Os bancos de dados sistematizados e integrados sobre as ocorrncias de desastres usados na primeira
edio do atlas foram totalmente aproveitados e acrescidos das ocorrncias registradas nos anos de 2011 e
de 2012. Portanto, as informaes relacionadas a esses eventos esto sendo processadas em sries histricas
e disponibilizadas a profissionais e a pesquisadores.
Este volume apresenta os mapas temticos de ocorrncias de desastres naturais no Estado do Maranho. As informaes aqui fornecidas referem-se a centenas de registros de ocorrncias que mostram, anualmente, os riscos relacionados a esses eventos adversos.
Neste volume, o leitor encontrar informaes sobre os registros dos desastres recorrentes no Estado
do Maranho, espacializados nos mapas temticos que, juntamente com a anlise dos registros e com os
danos humanos, permitem uma viso global dos desastres ocorridos, de forma a subsidiar o planejamento e
a gesto das aes de minimizao.
GEOPROCESSAMENTO
Professor Gabriel Oscar Cremona Parma, Dr.
COORDENAO DO PROJETO
Professor Antnio Edsio Jungles, Dr.
SUPERVISO DO PROJETO
Professor Rafael Augusto dos Reis Higashi, Dr.
REVISO BIBLIOGRFICA
Graziela Bonin
COORDENAO EDITORIAL
Denise Aparecida Bunn
PROJETO GRFICO E DIAGRAMAO
Joice Balboa
EQUIPE DE APOIO
Adriano Schmidt Reibnitz
Eliane Alves Barreto
rika Alessandra Salmeron Silva
Evillyn Kjellin Patussi
Paulo Roberto dos Santos
Srgio Luiz Meira
FOTOS CAPA
Daniela Gesser
Larissa Mazzoli
Rodrigo Bim
Lista de Figuras
Figura 1: Registro de desastres...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................13
Figura 2: Ponte Imperatriz.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................21
Figura 3: Municpio de Pedreiras ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................56
Figura 4: a) Construo de novos loteamentos b) Aumento no hidrograma..............................................................................................................................................................................................................................67
Figura 5: a) Obstruo drenagem b) Lixo retido na drenagem.........................................................................................................................................................................................................................................................67
Figura 6: Imagem do Satlite Meteosat 7- canal infravermelho do dia 21/01/96 s 21h00 local, recepcionada pela estao de recepo de dados de satlite da FUNCEME...............76
Figura 7: Processo de formao de granizo.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................81
Figura 8: Representao esquemtica dos principais tipos de escorregamento...........................................................................................................................................................................................................................86
Figura 9: Escorregamentos translacionais ocorridos em 1985 nas encostas do Vale do Rio Mogi SP.........................................................................................................................................................................87
Figura 10: Municpio de Graja ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................88
Figura 11: Municpio de Graja ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................93
Figura 12: Municpio de Graja ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................94
Lista de Grficos
Grfico 1: Frequncia anual de desastres causados por estiagem e seca no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012..................................................................................................................34
Grfico 2: Frequncia mensal de estiagem e seca no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012...................................................................................................................................................................35
Grfico 3: Danos humanos ocasionados por estiagem e seca no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012.........................................................................................................................................35
Grfico 4: Frequncia anual de desastres por enxurrada no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012....................................................................................................................................................45
Grfico 5: Frequncia mensal de desastres por enxurrada no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012................................................................................................................................................45
Grfico 6: Danos humanos causados por desastres de enxurrada no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012...............................................................................................................................46
Grfico 7: Estruturas destrudas e danificadas pelas enxurradas no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012....................................................................................................................................47
Grfico 8: Frequncia anual de desastres por inundaes no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012..................................................................................................................................................57
Grfico 9: Frequncia mensal de desastres por inundaes no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012..............................................................................................................................................57
Grfico 10: Danos humanos causados por desastres de inundaes no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012..........................................................................................................................58
Grfico 11: Danos materiais causados por desastres de inundaes no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012..........................................................................................................................59
Grfico 12: Frequncia anual de desastres por alagamentos no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012............................................................................................................................................69
Grfico 13: Frequncia mensal de desastres por alagamentos no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012........................................................................................................................................69
Grfico 14: Danos humanos causados por desastres de alagamentos no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012.......................................................................................................................69
Grfico 15: Quantificao dos danos materiais de alagamentos no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012....................................................................................................................................70
Grfico 16: Frequncia mensal de movimento de massa no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012...................................................................................................................................................88
Grfico 17: Danos humanos associados a movimento de massa no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012...................................................................................................................................89
Grfico 18: Frequncia mensal de registros de incndios florestais no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012..............................................................................................................................94
Grfico 19: Frequncia anual de registros de incndios florestais no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012.................................................................................................................................95
Grfico 20: Percentual dos desastres naturais mais recorrentes no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012.....................................................................................................................................99
Grfico 21: Frequncia mensal dos desastres naturais mais recorrentes no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2010................................................................................................................100
Grfico 22: Municpios mais atingidos, classificados pelo maior nmero de registros por desastres naturais no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012...................................100
Grfico 23: Total de registros de desastres coletados no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012........................................................................................................................................................106
Lista de Infogrficos
Infogrfico 1: Sntese das ocorrncias de estiagem e seca no Estado do Maranho.................................................................................................................................................................................................................36
Infogrfico 2: Sntese das ocorrncias de enxurradas no Estado do Maranho...........................................................................................................................................................................................................................47
Infogrfico 3: Sntese das ocorrncias de inundaes no Estado do Maranho...........................................................................................................................................................................................................................60
Infogrfico 4: Sntese das ocorrncias de alagamento no Estado do Maranho...........................................................................................................................................................................................................................71
Infogrfico 5: Sntese das ocorrncias de vendavais no Estado do Maranho...............................................................................................................................................................................................................................76
Infogrfico 6: Sntese das ocorrncias de granizos no Estado do Maranho..................................................................................................................................................................................................................................82
Infogrfico 7: Municpios atingidos por movimentos de massa no perodo de 1991 a 2012................................................................................................................................................................................................89
Infogrfico 8: Sntese das ocorrncias de incndios florestais no Estado do Maranho..........................................................................................................................................................................................................95
Infogrfico 9: Registros de desastres naturais por evento, nos municpios do Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012.............................................................................................................101
Lista de Mapas
Mapa 1: Municpios e mesorregies do Estado do Maranho................................................................................................................................................................................................................................................................20
Mapa 2: Registros de estiagem e seca no Estado do Maranho de 1991 a 2012.......................................................................................................................................................................................................................32
Mapa 3: Registros de enxurradas no Estado do Maranho de 1991 a 2012.................................................................................................................................................................................................................................42
Mapa 4: Registros de inundaes no Estado do Maranho de 1991 a 2012.................................................................................................................................................................................................................................54
Mapa 5: Registros de alagamento no Estado do Maranho de 1991 a 2012.................................................................................................................................................................................................................................66
Mapa 6: Registros de vendavais no Estado do Maranho de 1991 a 2012.....................................................................................................................................................................................................................................74
Mapa 7: Registros de granizos no Estado do Maranho de 1991 a 2012........................................................................................................................................................................................................................................80
Mapa 8: Registros de movimentos de massa no Estado do Maranho de 1991 a 2012.........................................................................................................................................................................................................84
Mapa 9: Registros de incndios no Estado do Maranho de 1991 a 2012.....................................................................................................................................................................................................................................92
Mapa 10: Registros do total dos eventos no Estado do Maranho de 1991 a 2012................................................................................................................................................................................................................98
Lista de Quadros
Quadro 1: Hierarquizao de documentos.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................14
Quadro 2: Principais eventos incidentes no Pas.............................................................................................................................................................................................................................................................................................16
Quadro 3: Transformao da CODAR em COBRADE..............................................................................................................................................................................................................................................................................16
Quadro 4: Termos e definies propostos para as enxurradas..............................................................................................................................................................................................................................................................43
Quadro 5: Alguns conceitos utilizados para definir as inundaes graduais....................................................................................................................................................................................................................................55
Quadro 6: Caractersticas dos principais tipos de escorregamento....................................................................................................................................................................................................................................................85
Quadro 7 : Principais fatores deflagradores de movimentos de massa.............................................................................................................................................................................................................................................88
Lista de Tabelas
Tabela 1: Populao, taxa de crescimento, densidade demogrfica e taxa de urbanizao, segundo Brasil, Estado do Maranho e as Grandes Regies do Brasil 2000/2010..............23
Tabela 2: Populao, taxa de crescimento e taxa de populao urbana e rural, segundo a Regio Nordeste e Unidades da Federao 2000/2010...................................................................23
Tabela 3: Produto Interno Bruto per capita, segundo a Regio Nordeste e Unidades da Federao 2004/2008...............................................................................................................................................23
Tabela 4: Dficit Habitacional Urbano em Relao aos Domiclios Particulares Permanentes, Segundo Brasil, Regio Nordeste e Unidades da Federao 2008......................................24
Tabela 5: Distribuio percentual do Dficit Habitacional Urbano por Faixas de Renda Mdia Familiar Mensal, Segundo Regio Nordeste e Unidades da Federao FJP/2008.....25
Tabela 6: Pessoas de 25 anos ou mais de idade, total e respectiva distribuio percentual, por grupos de anos de estudo Brasil, Regio Nordeste e Estado do Maranho 2009........25
Tabela 7: Taxas de fecundidade total, bruta de natalidade, bruta de mortalidade, de mortalidade infantil e esperana de vida ao nascer, por sexo Brasil, Regio Nordeste e
Unidades.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................26
Tabela 8: Danos humanos relacionados aos eventos mais severos (1991-2012)........................................................................................................................................................................................................................46
Tabela 9: Mortes relacionadas aos eventos mais severos (1991-2012).............................................................................................................................................................................................................................................46
Tabela 10: Descrio dos principais municpios em relao aos danos materiais (1991-2012)..........................................................................................................................................................................................47
Tabela 11: Os municpios mais severamente atingidos no Estado do Maranho (1991-2012)...........................................................................................................................................................................................58
Tabela 12: Total de danos materiais eventos mais severos (1991-2012)......................................................................................................................................................................................................................................59
Tabela 13: Danos humanos relacionados aos eventos de alagamento (1991-2012) ...............................................................................................................................................................................................................70
Tabela 14: Descrio danos materiais nos municpios afetados por alagamento no Estado do Maranho (1991-2012)...................................................................................................................................70
Sumrio
ESTIAGEM E SECA
INTRODUO
31
13
ENXURRADA
O ESTADO DO
MARANHO
19
41
DESASTRES NATURAIS NO
ESTADO DO MARANHO
DE 1991 A 2012
29
INUNDAO
53
ALAGAMENTO
MOVIMENTO DE MASSA
83
65
INCNDIO FLORESTAL
VENDAVAL
91
73
GRANIZO
79
Introduo
AVADAN
FIDE
14
Introduo
Levantamento de Dados
Os registros at 2010 foram coletados entre outubro de 2010 e maio de
2011, quando pesquisadores do CEPED UFSC visitaram as 26 capitais brasileiras
e o Distrito Federal para obter os documentos oficiais de registros de desastres
disponibilizados pelas Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil e pela Defesa
Civil Nacional. Primeiramente, todas as Coordenadorias Estaduais receberam
um ofcio da Secretaria Nacional de Defesa Civil comunicando o incio da pesquisa e solicitando a cooperao no levantamento dos dados.
Os registros do ano de 2011 foram digitalizados sob a responsabilidade
da SEDEC e os arquivos em meio digital foram encaminhados ao CEPED UFSC
para a tabulao, a conferncia, a excluso das repeties e a incluso na base
de dados do S2ID.
Os registros de 2012 foram digitalizados em fevereiro de 2013 por uma
equipe do CEPED UFSC que se deslocou sede da SEDEC para a execuo
da tarefa. Alm desses dados foram enviados ao CEPED UFSC todos os documentos existentes, em meio digital, da Coordenadoria Estadual de Defesa
Civil de Minas Gerais e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paran.
Esses documentos foram tabulados e conferidos, excludas as repeties e, por
fim, includos na base de dados do S2ID. Alm disso, a Coordenadoria Estadual
de Defesa Civil de So Paulo enviou uma cpia do seu banco de dados que foi
convertido nos moldes do banco de dados do S2ID.
Como na maioria dos Estados, os registros so realizados em meio fsico e
depois arquivados, por isso, os pesquisadores utilizaram como equipamento de
apoio um scanner porttil para transformar em meio digital os documentos disponibilizados. Foram digitalizados os documentos datados entre 1991 e 2012,
Atlas
1991
2012
volume maranho
AVADAN/FIDE
NOPRED
Relatrio de
Danos
Portaria
Decreto
Outros
Jornais
Atlas
1991
2012
volume maranho
Os documentos selecionados foram nomeados com base em um cdigo formado por cinco campos que permitem a identificao da:
Introduo
15
1 Unidade Federativa;
2 Tipo do documento:
A AVADAN;
N NOPRED;
F FIDE;
R Relatrio de danos;
D Decreto municipal;
P Portaria;
J Jornais.
3 Cdigo do municpio estabelecido pelo IBGE;
4 Codificao Brasileira de Desastres (COBRADE);
5 Data de ocorrncia do desastre (ano/ms/dia). Quando no foi
possvel identificar foi considerada a data de homologao do
decreto ou de elaborao do relatrio.
1 2 3
4
5
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
16
Introduo
Atlas
Movimentos de
Massa
Eroso
11311
11312
11313
11314
Deslizamentos
11321
11331
11332
Subsidncias e colapsos
11340
Eroso Costeira/Marinha
11410
11420
11431
11432
11433
12100
Enxurradas
12200
Alagamentos
12300
Estiagem/seca
13111
13112
13215
13213
Estiagem
14110
Seca
14120
13211
13322
14131
Incndio Florestal
14132
Tipo
2012
volume maranho
CODAR
COBRADE
13304
11313
Deslizamentos
13301
11321
13302
11331
Subsidncias e colapsos
13307
11340
Eroso Costeira/Marinha
13309
11410
13308
11420
13305
11431
13306
11432
Inundaes
12301
12100
Enxurradas
12302
12200
Alagamentos
12303
12300
13310
13111
12205
13213
12101
13215
Seca
12402
14120
Estiagem
12401
14110
12104
13211
12206
13322
13305
14131
13306
14132
COBRADE
1991
Inundaes
Ciclones/vendavais
Incndio Florestal
Atlas
1991
2012
volume maranho
Limitaes da Pesquisa
As principais dificuldades encontradas na pesquisa foram as condies
de acesso aos documentos armazenados em meio fsico, j que muitos deles
se encontravam sem proteo adequada e sujeitos s intempries, resultando em perda de informaes valiosas para o resgate histrico dos registros.
As lacunas de informaes quanto aos registros de desastres, o banco de imagens sobre desastres e o referencial terico para caracterizao
geogrfica por estado tambm se configuram como as principais limitaes para a profundidade das anlises.
Por meio da realizao da pesquisa, foram evidenciadas algumas fragilidades quanto ao processo de gerenciamento das informaes sobre
os desastres brasileiros, como:
Introduo
17
Foto 1: Sara Wengberg Kullan84. Wikimedia Commons, 2013. Foto 2: Vitor 1234. Wikimedia Commons, 2013. Foto 3: Eurico Zimbres Fonte: Wikimedia
Commons, 2013. Foto 4: Gerly Sanchez. CEPED UFSC, 2011. Foto 5: Iain and Sarah. Wikimedia Commons, 2013.
O Estado do Maranho
20
O Estado
do
Maranho
Atlas
1991
2012
volume maranho
Atlas
1991
2012
Caracterizao Geogrfica
O Estado
volume maranho
Estado do Maranho localiza-se no nordeste brasileiro, entre os paralelos 101 e 1021 de latitude sul e os meridianos
4148 e 4850 de longitude oeste. Com uma rea territorial de
331.983,293 km, o segundo maior estado do nordeste em dimenses
territoriais, correspondente aproximadamente a 4% do tamanho do Brasil, e 18% da Regio Nordeste. um dos estados que compe a Amaznia
Legal, possui 217 municpios, com capital em So Luis.
De acordo com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Maranho (MARANHO, 2011), o estado se divide em cinco mesorregies:
Norte Maranhense, Oeste Maranhense, Centro Maranhense, Leste Maranhense e Sul Maranhense, conforme mostra o Mapa 1.
O clima no Estado do Maranho, de acordo com a classificao climtica de Kppen, possui dois tipos climticos. A parte oeste do estado possui um clima tropical quente e mido (As), pois est mais
prximo da Regio Amaznica e, por isso, os ndices pluviomtricos nessa regio chegam a 2.800 mm ao ano (VIEGAS, 2010). No restante do territrio maranhense tem-se
um clima tropical quente e semimido (Aw), cujos ndices
pluviomtricos chegam a 1.250 mm ao ano, sendo o perodo chuvoso no vero, e seco no inverno. Denota-se ainda
que, quanto mais prximo da regio semirida nordestina
(a sudeste do estado), menores so os ndices pluviomtricos, podendo chegar a 1.000 mm anuais (SEMA, 2011).
De acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA, 2011), o perodo chuvoso se concentra entre os meses de dezembro a maio e o ms de maro tem
o maior ndice pluviomtrico, da ordem de 290,4 mm. O
perodo seco ocorre entre os meses de junho a novembro,
alcanando os menores ndices pluviomtricos no ms de
agosto, com registros de 17,1 mm. Assim, as chuvas ocorrem com maior frequncia nas plancies a noroeste do estado e com menor frequncia nos tabuleiros e planaltos a
sudeste do estado.
do
Maranho
21
22
O Estado
do
Maranho
Atlas
1991
2012
volume maranho
Devido extenso territorial, como evidenciado anteriormente, nota-se diferentes tipos climticos no Estado do Maranho, pois o estado
se localiza entre faixas de transies de distintos sistemas atmosfricos,
recebendo influncias da umidade amaznica, alm da seca do semirido
nordestino. Do mesmo modo, tal influncia determinou as caractersticas da cobertura vegetal maranhense. De acordo com a SEMA (2011), o
estado apresenta trs principais biomas que o caracterizam, representados pelos biomas Amaznico, Cerrado e Caatinga. A floresta amaznica
maranhense caracterizada por ser ombrfila, latifoliada, e situada entre
reas midas e de terra firme. Compreende parte da regio norte e regio noroeste do Maranho, que possui reas transicionais entre vegetaes adaptadas a ambientes com regime pluviomtrico, com perodos de
estiagem e tendncia notadamente para formaes do bioma Cerrado.
Nestes locais encontram-se extensas reas de florestas estacionais deciduais, alm de vegetao tpica de rea de transio. Alm disso, caracterizado tambm pelo intenso processo de modificao antrpica de seu
ecossistema natural, onde extensas reas de floresta foram convertidas
em pastagens (SEMA, 2011).
Apesar da notvel importncia do bioma amaznico no Estado do
Maranho, o cerrado que cobre a maior poro territorial no estado e,
de acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente maranhense, se
expressa sob as diversas fisionomias vegetais, desde campos (vegetao
rasteira e poucas rvores de pequeno porte) at matas mais densas (cerrado ou florestas semideciduais), incluindo ainda outras formaes peculiares de ambientes especficos, como veredas e vegetaes adaptadas
a solos rochosos.
Por fim, a vegetao que ocupa a menor extenso no territrio maranhense a caatinga, que ficou restrita em reas isoladas de pequena
abrangncia e associadas s regies com maiores ndices de aridez. Localizam-se na parte leste do estado, prximas divisa com o Estado do
Piau, na Bacia Hidrogrfica do Parnaba (SEMA, 2011).
O Maranho , dentre os estados nordestinos, o que menos se identifica com a caracterstica maior dessa regio: a escassez de recursos hdricos. Com efeito, o Estado do Maranho detentor de uma invejvel
rede hidrogrfica composta por, pelo menos, dez bacias perenes, poden-
Atlas
1991
2012
O Estado
volume maranho
Dados Demogrficos
A Regio Nordeste do Brasil possui uma densidade demogrfica de
34,15 hab/km, a terceira menor do Brasil. E tambm possui a terceira
menor taxa de crescimento do Pas, com 11,18%, no perodo de 2000 a
2010. J o Estado do Maranho apresenta uma populao de 6.569.683
habitantes e densidade demogrfica de 19,28 hab/km (Tabelas 1).
Taxa de
Densidade
Taxa de
Crescimento
Demogrfica
Populao
2000 a 2010 (hab/km) 2010 Urbana 2010
2000
2010
Taxa de
Crescimento
(2000-2010)
169.799.170
190.732.694
12,33%
84,36%
15,70%
47.741.711
53.078.137
11,18%
73,13%
26,87%
Maranho
5.651.475
6.569.683
16,25%
63,07%
36,93%
Brasil
Regio Nordeste
Piau
2.843.278
3.119.015
9,7%
65,77%
34,23%
7.430.661
8.448.055
13,69%
75,09%
24,91%
2.776.782
3.168.133
14,09%
77,82%
22,18%
Paraba
3.443.825
3.766.834
9,38%
75,37%
24,63,%
Pernambuco
7.918.344
8.796.032
11,08%
80,15%
19,85%
Alagoas
2.822.621
3.120.922
10,57%
73,64%
26,36%
Sergipe
1.784.475
2.068.031
15,89%
73,51%
26,49%
Bahia
13.070.250
14.021.432
7,28%
72,07%
27,93%
Brasil
169.799.170
190.732.694
12,33%
22,43
84,36%
Regio Norte
12.900.704
15.865.678
22,98%
4,13
73,53%
Brasil
Regio Nordeste
47.741.711
53.078.137
11,18%
34,15
73,13%
5.651.475
6.569.683
16,25%
19,28
63,07%
Regio Sudeste
72.412.411
80.353.724
10,97%
86,92
92,95%
Regio Sul
25.107.616
27.384.815
9,07%
48,58
84,93%
Regio Centro-Oeste
11.636.728
14.050.340
20,74%
8,75
88,81%
Taxa de
Taxa de
Populao
Populao
Urbana (2010) Rural (2010)
Cear
Populao
em 2010
Populao
Abrangncia
Geogrfica
Populao
em 2000
Maranho
23
Maranho
do
Abrangncia
Geogrfica
Taxa de
Variao
2004/2008
2004
2005
2006
2007
2008
10.692,19
11.658,12
12.686,60
14.464,73
15.989,75
Regio Nordeste
4.889,99
5.498,83
6.028,09
6.748,81
7.487,55
53,00%
Maranho
3.587,90
4.509,51
4.627,71
5.165,23
6.103,66
70,00%
Piau
3.297,24
3.701,24
4.211,87
4.661,56
5.372,56
63,00%
Cear
4.621,82
5.055,43
5.634,97
6.149,03
7.111,85
54,00%
5.259,92
5.950,38
6.753,04
7.607,01
8.202,81
56,00%
Paraba
4.209,90
4.691,09
5.506,52
6.097,04
6.865,98
63,00%
Pernambuco
5.287,29
5.933,46
6.526,63
7.336,78
8.064,95
49,00%
Alagoas
4.324,35
4.688,25
5.162,19
5.858,37
6.227,50
44,00%
Sergipe
6.289,39
6.823,61
7.559,35
8.711,70
9.778,96
55,00%
Bahia
5.780,06
6.581,04
6.918,97
7.787,40
8.378,41
45,00%
50,00%
24
O Estado
do
Maranho
Atlas
1991
2012
volume maranho
Urbano
Rural
Brasil
5.546.310
4.629.832
916.478
9,60%
Nordeste
1.946.735
1.305.628
641.107
13,00%
Maranho
434.750
204.632
230.118
26,90%
Piau
124.047
71.358
52.689
14,20%
Cear
276.915
186.670
90.245
11,70%
104.190
78.261
25.929
11,70%
Paraba
104.699
87.746
16.953
9,60%
Pernambuco
263.958
214.182
49.776
10,60%
Alagoas
85.780
63.353
22.427
9,70%
Sergipe
66.492
57.606
8.886
11,70%
Bahia
485.904
34.820
144.084
11,50%
Atlas
1991
2012
O Estado
volume maranho
destacar os domiclios urbanos precrios e sua faixa de renda, alvo preferencial de polticas pblicas que visem melhoria das condies de vida
da populao mais vulnervel.
No Estado do Maranho, as desigualdades sociais esto expressas
pelos indicadores do dficit habitacional, segundo faixa de renda. Os dados mostram que a renda familiar mensal das famlias extremamente
baixa, onde 95,30% recebem renda mensal de at trs salrios mnimos.
Na Regio Nordeste, representa 95,6%, enquanto a mdia no Brasil de
89,6% das famlias (Tabela 5).
Tabela 5: Distribuio percentual do Dficit Habitacional Urbano por Faixas de Renda
Mdia Familiar Mensal, Segundo Regio Nordeste e Unidades da Federao FJP/2008
Abrangncia
Geogrfica
3a5
5 a 10
Mais de 10
Total
Brasil
89,60%
7,00%
2,80%
0,60%
100%
Nordeste
95,60%
2,80%
1,20%
0,40%
100%
Maranho
95,30%
3,40%
1,30%
100%
Piau
91,50%
5,40%
3,10%
100%
Cear
95,60%
2,60%
1,40%
0,40%
100%
91,00%
3,60%
4,20%
1,20%
100%
Paraba
97,70%
1,10%
0,60%
0,60%
100%
Pernambuco
97,50%
2,00%
0,40%
0,10%
100%
Alagoas
98,20%
0,90%
0,90%
100%
Sergipe
98,30%
0,60%
1,20%
100%
Bahia
94,90%
3,50%
1,00%
0,60%
100%
Escolaridade
A mdia de anos de estudo do segmento etrio que compreende as
pessoas acima de 25 anos ou mais de idade revela a escolaridade de uma
sociedade, segundo IBGE (2010).
O indicador de escolaridade no Estado do Maranho pode ser visto
pelo percentual de analfabetos (23,90%), que indica ser o maior com relao aos outros estados da regio; de analfabetos funcionais (15,90%), ou
do
Maranho
25
12,90%
11,80%
24,80%
Nordeste
29.205
23,20%
14,90%
22,20%
Maranho
3.236
23,90%
15,90%
21,60%
Piau
1.745
29,10%
16,80%
20,40%
Cear
4.590
23,20%
14,40%
21,20%
1.745
19,20%
15,30%
24,70%
Paraba
2.108
26,30%
14,50%
21,60%
Pernambuco
4.894
20,80%
13,20%
23,30%
Alagoas
1.646
27,20%
18,70%
23,20%
Sergipe
1.096
19,30%
15,50%
21,40%
Bahia
8.115
22,90%
14,80%
22,10%
26
O Estado
do
Maranho
Atlas
Taxa de
Fecundidade
Total
Taxa
Taxa
Taxa de
Bruta de
Bruta de
Mortalidade
Natalidade Mortalidade Infantil
Homens
Mulheres
Brasil
1,94%
15,77%
6,27%
22,50%
73,10
69,40
77,00
Regio Nordeste
2,04%
18,91%
6,56%
33,20%
70,40
66,90
74,10
Maranho
2,31%
20,56%
6,45%
36,50%
68,44
64,59
72,48
Piau
2,05%
19,92%
6,26%
26,20%
69,68
66,67
72,84
Cear
2,14%
17,96%
6,41%
27,60%
70,95
66,75
75,37
Rio Grande do
Norte
2,10%
17,98%
6,48%
32,20%
71,12
67,34
75,08
Paraba
2,24%
14,76%
7,29%
35,20%
69,75
66,33
73,34
Pernambuco
2,05%
17,42%
7,33%
35,70%
69,06
65,65
72,65
Alagoas
2,29%
23,18%
7,00%
46,40%
67,59
63,69
71,69
Sergipe
1,83%
20,42%
5,90%
31,40%
71,59
68,27
75,07
Bahia
1,87%
18,81%
6,11%
31,40%
72,55
69,35
75,91
1991
2012
volume maranho
Referncias
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habitacional no Brasil 2008. Braslia, DF: Fundao Joo Pinheiro, Centro
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Atlas
1991
2012
volume maranho
O Estado
do
Maranho
27
Pgina ao lado: Defesa Civil de Rio do Sul - SC. Nesta pgina da esq. pra dir.: Fotos 1 e 2: Acervo da Secretaria de Estado da Defesa Civil de Santa catarina;
COMDEC de Parauapebas - PA, 2013a. Foto: Pedro Jaques
Estiagem e Seca
32
Estiagem e Seca
Atlas
1991
2012
volume maranho
Atlas
1991
2012
volume maranho
s desastres relativos aos fenmenos de estiagens e de secas compem o grupo de desastres naturais climatolgicos, conforme a nova
Classificao e Codificao Brasileira de Desastres (COBRADE).
O conceito de estiagem est diretamente relacionado reduo das precipitaes pluviomtricas, ao atraso dos perodos chuvosos ou ausncia de chuvas previstas para uma determinada temporada, em que a perda de umidade
do solo superior a sua reposio (CASTRO, 2003). A reduo das precipitaes
pluviomtricas relaciona-se com a dinmica atmosfrica global, que comanda as
variveis climatolgicas relativas aos ndices desse tipo de precipitao.
Considera-se fenmeno de estiagem existente quando h um atraso
superior a quinze dias do incio da temporada chuvosa e quando as mdias de precipitao pluviomtricas mensais dos meses chuvosos permanecem inferiores a 60% das mdias mensais de longo perodo, da regio
considerada (CASTRO, 2003).
A estiagem um dos desastres de maior ocorrncia e impacto no
mundo, devido, principalmente, ao longo perodo em que ocorre e
abrangncia de grandes reas atingidas (GONALVES; MOLLERI; RUDORFF, 2004). Assim, a estiagem, como desastre, produz reflexos sobre as
reservas hidrolgicas locais, causando prejuzos agricultura e pecuria.
Dependendo do tamanho da cultura realizada, da necessidade de irrigao e da sua importncia na economia no municpio, os danos podem
apresentar magnitudes economicamente catastrficas. Seus impactos na
sociedade, portanto, resultam da relao entre eventos naturais e as atividades socioeconmicas desenvolvidas na regio, por isso, a intensidade
dos danos gerados proporcional magnitude do evento adverso e ao
grau de vulnerabilidade da economia local ao evento (CASTRO, 2003).
O fenmeno de seca, do ponto de vista meteorolgico, uma estiagem prolongada, caracterizada por provocar uma reduo sustentada das
reservas hdricas existentes (CASTRO, 2003). Sendo assim, seca a forma
crnica do evento de estiagem (KOBIYAMA et al., 2006).
De acordo com Campos (1997), o fenmeno da seca pode ser classificado em trs tipos:
climatolgico: que ocorre quando a pluviosidade baixa em
relao s chuvas normais da rea;
Estiagem
e seca
33
Estiagem e Seca
1991
2012
volume maranho
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
86
41
36
1 1
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
As secas que se instalam periodicamente na regio Nordeste do Brasil se relacionam com mltiplos fatores condicionados pela geodinmica
terrestre global em seus aspectos climticos e meteorolgicos. Um dos
grandes fatores das fortes secas o fenmeno climtico El Nio Oscilao Sul (ENOS) que provoca grandes enchentes na regio Sul, e torna
mais severa a seca na regio semirida do Nordeste (CIRILO, 2008; SANTOS; CMARA, 2002). Assim, pode-se observar que os desastres naturais
vinculados estiagem e seca, no Estado do Maranho, ocorrem com
frequncia e causam diversos transtornos populao.
No decorrer do perodo entre 1991 a 2012, ocorreram 167 registros
oficiais de estiagem e seca no Estado do Maranho. Conforme pode ser
observado no Mapa 2, ao longo dos 22 anos analisados, 64 municpios
foram afetados. Esses registros esto distribudos nas cinco mesorregies
do estado. Entretanto, o nmero de ocorrncias evidentemente maior
no leste do territrio, na Mesorregio Leste Maranhense.
O Sul Maranhense, que compreende as chapadas, dentre elas a Chapada das Mangabeiras, apresentou somente um registro de evento de
estiagem e seca, no Municpio de Balsas.
A Mesorregio Central Maranhense, que possui caractersticas climticas quentes e secas (tropical seco), apresentou 24 registros oficiais de
estiagens e secas. Nesta mesorregio, de acordo com o Mapa 2, possvel observar a recorrncia desse fenmeno nos municpios de Graja,
Barra do Corda, Fortuna e So Domingos do Maranho, todos com dois
registros desta tipologia. A Mesorregio do Oeste Maranhense apresentou 13 dos seus municpios atingidos, uma vez cada, por estiagem e seca.
Por fim, a Mesorregio do Leste Maranhense foi a mais afetada. Isso
porque suas caractersticas climticas e sua localizao territorial se encontram mais prximas ao semirido nordestino, polgono das secas. De
acordo com SEMA (2011), essa regio possui mdias pluviomtricas anuais
em torno de 800 mm o que justifica os maiores casos de estiagens e secas.
So, no total, 87 registros do fenmeno climtico. O municpio desta regio que apresentou mais ocorrncias foi Cod, com quatro registros. Os
municpios de Brejo, Buriti, Caxias, Chapadinha, Colinas, Coroat, Coelho
Neto, Duque Bacelar, Mata Roma, So Bernardo, Santa Quitria do Maranho, Mates, Timbiras e Timon foram afetados trs vezes, cada um.
Atlas
Frequncia Anual
34
1991
2012
Estiagem
volume maranho
ocorrncias de estiagem e seca so frequentes no estado durante praticamente todos os meses do ano. No entanto, h um nmero maior de
ocorrncia entre os meses de maro a junho.
Habitantes
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
3
set
out
1
nov
dez
Com base em estudos pluviomtricos e anlise dos principais sistemas meteorolgicos do Estado do Maranho citados por SEMA (2011), o
estado pode apresentar ndices pluviomtricos de at 2.800 mm ao ano,
enquanto a maior parte apresenta reas que no ultrapassam 1.000 mm
ao ano, chegando alguns lugares ao ndice mnimo de 700 mm ao ano. Em
funo dos baixos ndices pluviomtricos, tendo em vista a irregularidade
das chuvas em alguns locais, ocasionados pelas caractersticas climticas,
o Estado do Maranho suscetvel aos eventos adversos de estiagem e
seca. Portanto, a recorrncia desses eventos afeta, sobretudo, a parte leste do estado, pela proximidade com o polgono das secas, rea afetada
por clima semirido no Nordeste Brasileiro.
Afetados
Outros
15
10
Desalojados
18
27.278
Desaparecidos
jan
Desabrigados
12
27
Enfermos
100.000
34
Feridos
Frequncia Mensal
200.000
30
536.082
300.000
55
40
10
600.000
400.000
50
20
35
500.000
60
e seca
Mortos
Atlas
De acordo com o Grfico 3, durante os anos de anlise, constatouse um total de 536.082 pessoas afetadas, das quais dez pessoas ficaram
enfermas, em decorrncia da estiagem e seca no Estado do Maranho.
O uso inadequado dos recursos hdricos e do solo, a destruio da
vegetao nativa e as queimadas so fatores da ao antrpica que podem intensificar a ocorrncia de estiagem e seca, alm de favorecer os
processos de desertificao em muitas reas do semirido nordestino
(LEITE et al., 1993).
Grande parte do nordeste brasileiro est inserida no polgono das secas, onde so identificados manejos insustentveis dos recursos naturais.
Esse fato, aliado fragilidade natural do ecossistema da regio, acarreta
graves problemas socioambientais, que culminam na gerao e aumento
da pobreza da populao local (OLIVEIRA JUNIOR et al., 2009).
36
ESTIAGEM E SECA
ATLAS
1991
2012
VOLUME MARANHO
Estiagem e seca
Eventos por ano
50
1991
1992
38
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
1
2006
1
2007
2008
2009
41
2010
1
1
1
1
1
1
2011
86
2012
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
167
Total
2
2
2
1
3
1
1
1
1
1
1
2
1
1
2
1
1
3
1
3
2
1
2
3
1
1
3
4
3
3
2
1
3
2
1
1
1
1
1
1
2
COD
COELHO NETO
COLINAS
ATLAS BRASILEIRO DECOROAT
DESASTRES NATURAIS 1991
CURURUPU
DUQUE BACELAR
FORTUNA
GODOFREDO VIANA
GONALVES DIAS
GOVERNADOR ARCHER
GOVERNADOR EUGNIO BARROS
GOVERNADOR LUIZ ROCHA
GRAA ARANHA
GRAJA
GUIMARES
ICATU
ITAPECURU MIRIM
ITINGA DO MARANHO
JATOB
JENIPAPO DOS VIEIRAS
LAGO DA PEDRA
LAGO DO JUNCO
LAGO DOS RODRIGUES
LAGOA DO MATO
LAGOA GRANDE DO MARANHO
LIMA CAMPOS
MAGALHES DE ALMEIDA
MARAJ DO SENA
MATA ROMA
MATES
MATES DO NORTE
MILAGRES DO MARANHO
MIRADOR
MIRANDA DO NORTE
MIRINZAL
NINA RODRIGUES
NOVA IORQUE
NOVA OLINDA DO MARANHO
PAO DO LUMIAR
PALMEIRNDIA
PARAIBANO
PARNARAMA
PASSAGEM FRANCA
PASTOS BONS
PAULINO NEVES
PAULO RAMOS
PEDRO DO ROSRIO
PENALVA
PERITOR
PINHEIRO
PIRAPEMAS
PRESIDENTE DUTRA
PRESIDENTE VARGAS
RAPOSA
SANTA FILOMENA DO MARANHO
SANTA HELENA
SANTA LUZIA
SANTA QUITRIA DO MARANHO
SANTA RITA
2012
VOLUME
1
1
1
1
MARANHO
1
1
1 Infogrfico 1: Sntese das ocorrncias de estiagem e seca no Estado do Maranho
1
1
1
1
1
2
1
1
ESTIAGEM
E SECA
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
4
3
3
2
1
3
2
1
1
1
1
1
1
2
2
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
3
3
1
2
2
1
2
2
1
1
1
1
1
2
2
1
2
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
3
2
37
PEDRO DO ROSRIO
PENALVA
PERITOR
ESTIAGEM E SECA
PINHEIRO
PIRAPEMAS
PRESIDENTE DUTRA
PRESIDENTE VARGAS
RAPOSA
SANTA FILOMENA DO MARANHO
SANTA HELENA
SANTA LUZIA
SANTA QUITRIA DO MARANHO
SANTA RITA
SO BENEDITO DO RIO PRETO
SO BERNARDO
SO DOMINGOS DO MARANHO
SO FRANCISCO DO MARANHO
SO JOO BATISTA
SO JOO DO CAR
SO JOO DO SOTER
SO JOO DOS PATOS
SO JOS DE RIBAMAR
SO JOS DOS BASLIOS
SO LUS GONZAGA DO MARANHO
SO ROBERTO
SERRANO DO MARANHO
SUCUPIRA DO NORTE
SUCUPIRA DO RIACHO
TIMBIRAS
TIMON
TUNTUM
TUTIA
URBANO SANTOS
VARGEM GRANDE
VIANA
1
1
38
ATLAS
1
1991
1
2012
VOLUME
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
MARANHO
1
2
1
1
1
1
1
1
3
2
2
3
2
2
1
1
2
1
1
1
1
1
1
2
1
3
3
1
1
1
2
1
Referncias
BRASIL. Ministrio da Integrao Nacional. Secretaria Nacional de Defesa
Civil. Banco de dados e registros de desastres: sistema integrado de
informaes sobre desastres S2ID. 2013. Disponvel em: <http://s2id.
integracao.gov.br/>. Acesso em: 10 mar. 2013.
CASTRO, Antnio Luiz Coimbra de. Manual de desastres: desastres
naturais. Braslia, DF: Ministrio da Integrao Nacional, 2003. 182 p.
Atlas
1991
2012
volume maranho
Estiagem
e seca
39
Enxurrada
42
Enxurrada
Atlas
1991
2012
volume maranho
Atlas
1991
2012
Enxurrada
volume maranho
egundo a Classificao e Codificao Brasileira de Desastres (COBRADE), proposta em 2012, as inundaes Bruscas passaram a ser denominadas enxurradas e so definidas como
Escoamento superficial de alta velocidade e energia, provocado por
chuvas intensas e concentradas, normalmente em pequenas bacias de relevo acidentado. Caracteriza-se pela elevao sbita das vazes de determinada drenagem e transbordamento brusco da calha fluvial. (BRASIL, 2012,
p. 73).
So diversas as definies utilizadas para o termo enxurrada. Em ingls, o termo flash flood amplamente empregado para nomear as enxurradas (KOBIYAMA; GOERL, 2007). J em espanhol, geralmente, utiliza-se o termo avenidas sbitas, avenidas repentinas, avenidas, crecidas
repentinas, inundaciones sbitas (MORALES et al., 2006; SALINAS; ESPINOSA, 2004; CORTES, 2004). No Brasil, observa-se na literatura termos
como inundao relmpago, inundao ou enchente repentina e inundao brusca como sinnimos de enxurradas (TACHINI; KOBIYAMA; FRANK,
2009; TAVARES, 2008; GOERL; KOBIYAMA, 2005; MARCELINO; GOERL;
RUDORFF, 2004).
Ressalta-se que a terminologia est associada localidade (TACHINI
et al., 2009), assim como a cincia que a aborda, pois na cincia do solo/
agronomia, o termo enxurrada est muitas vezes associado ao fluxo concentrado, aos processos e perda de solo (ALBUQUERQUE et al., 1998;
CASTRO; COGO; VOLK, 2006; BERTOL et al., 2010).
Alm dos diversos termos, vrias definies tambm so propostas
aumentando ainda mais a complexidade desse fenmeno (Quadro 4).
No Brasil, Pinheiro (2007) argumenta que as enchentes ocorridas em
pequenas bacias so chamadas popularmente de enxurradas e, quando
ocorrem em reas urbanas, elas so tratadas como enchentes urbanas.
Para Amaral e Gutjahr (2011), as enxurradas so definidas como o escoamento superficial concentrado e com alta energia de transporte, que pode
ou no estar associado a reas de domnio dos processos fluviais. Autores
como Nakamura e Manfredini (2007) e Reis et al. (2012) utilizam os termos
escoamento superficial concentrado e enxurradas como sinnimos.
Nota-se que as definies ainda precisam amadurecer at que se
chegue a uma consonncia. Contudo, em relao s caractersticas, h
43
Autor
Definio
National Disaster
Education Coalitation
(2004)
NWS/NOAA (2005)
Flash flood
FEMA (1981)
Flash flood
Choudhury et al.
(2004)
Flash flood
Flash flood
Georgakakos (1986)
Flash flood
Inundao
Brusca ou
Enxurrada
Castro (2003)
Flash flood
Kron (2002)
Flash flood
Flash flood
44
Enxurrada
mais consenso entre os diversos autores/pesquisadores. Montz e Gruntfest (2002) enumeram os seguintes atributos das enxurradas: ocorrem de
maneira sbita, com pouco tempo de alerta; seu deslocamento rpido e
violento, resultando em muitas perdas de vida e em danos infraestrutura
e s propriedades; sua rea de ocorrncia pequena; geralmente est
associada a outros eventos como os fluxos de lama e de detritos.
Em relao ao seu local de ocorrncia, Amaral e Ribeiro (2009) argumentam que os vales encaixados (em V) e vertentes com altas declividades predispem as guas a atingirem grandes velocidades em curto
tempo, causando inundaes bruscas e mais destrutivas. Dessa maneira,
as enxurradas tendem a ocorrer em reas ou bacias hidrogrficas pequenas e declivosas, com baixa capacidade de infiltrao ou solos rasos que
saturam rapidamente ou ainda em locais urbanizados (TUCCI; COLLISCHOON, 2006; SUN; ZHANG; CHENG, 2012).
Atualmente, devido reduo da capacidade de infiltrao associada
urbanizao irregular ou sem planejamento, as enxurradas tm se tornado
frequentes em diversos centros urbanos, estando muitas vezes associadas
a alagamentos, sendo que sua distino se torna cada vez mais complexa.
Para NOAA (2010), independente de qual definio seja adotada, o
sistema de alerta para as enxurradas deve ser diferenciado em relao
aos outros tipos de processos hidrometeorolgicos. Dessa maneira, a sua
previso um dos maiores desafios para os pesquisadores e os rgos
governamentais ligados temtica dos desastres naturais. A maior parte
dos sistemas alertas atuais esta focado em eventos ou fenmenos com
um considervel tempo de alerta, sendo que os fenmenos sbitos ainda
carecem de sistemas de alerta efetivos (HAYDEN et al., 2007). Borga et al.
(2008) e Georgakakos (1986) sugerem que o sistema de alerta para enxurradas deva ser em escala local, pois os fenmenos meteorolgicos causadores das enxurradas geralmente possuem escalas inferiores a 100 km.
Como no Brasil o monitoramento hidrolgico e meteorolgico em
pequenas bacias ainda insuficiente para que se tenha um sistema de
alerta para enxurradas, a anlise histrica pode indicar quais bacias ou cidades que este sistema de alerta local deve ser implementado, demonstrando a importncia da correta identificao do fenmeno e consequentemente o seu correto registro.
Atlas
1991
2012
volume maranho
1991
2012
Enxurrada
volume maranho
70
64
Mdia Anual
50
40
30
20
10
0
70
60
18
25
20
3 1 2
1 1 1
Frequncia
59
54
Mdia Mensal
50
40
30
24
20
10
0
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
3
set
out
nov
dez
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Frequncia Anual
60
Frequncia
45
Frequncia Mensal
Atlas
Os 154 eventos de enxurradas afetaram mais de 500 mil pessoas, deixando 52 mil desabrigados, 15 mil desalojados e ocasionando 13 falecimentos. 39% dos afetados esto associados a apenas um evento, ocorrido no ano
de 2012, em Imperatriz. Em relao aos desabrigados e desalojados nenhum
municpio apresentou valores representativos. Dos 13 falecimentos registrados, sete ocorreram no Municpio de Santa Luzia, no evento de 2009.
46
Enxurrada
Atlas
509.683
400.000
300.000
200.000
52.090
2012
volume maranho
Ano
Municpio
Mesorregio
Imperatriz
Oeste Maranhense
200.000
2009
953
1.656
12.610
2009
Graja
Centro Maranhense
139
435
12.207
2009
Balsas
Sul Maranhense
1.326
11.856
2009
Mirador
Leste Maranhense
54
121
11.605
2009
Buriticupu
Oeste Maranhense
415
661
10.156
2009
Arame
Centro Maranhense
1.248
9.571
2009
Icatu
Norte Maranhense
2.404
9.071
2009
Z Doca
Oeste Maranhense
216
8.900
2010
Davinpolis
Oeste Maranhense
8.350
Afetados
Outros
Desaparecidos
2012
2.292
Desalojados
Desabrigados
117
2.897 15.109
Enfermos
10
Feridos
Mortos
100.000
1991
500.000
Municpio
2009
Santa Luzia
918
1.242
1.147
2012
Imperatriz
200.000
2009
Aldeias Altas 32
12
5.993
2009
3.040
788
ATLAS
1991
2012
Tabela 10: Descrio dos principais municpios em relao aos danos materiais (1991-2012)
90
8.821
Danificadas
70
Edificaes
Ano
Destrudas
80
60
50
Municpio
Leste Maranhense
752
756
2009 Apicum-Au
Norte Maranhense
67
552
619
181
322
503
2009 Icatu
Norte Maranhense
183
289
472
Oeste Maranhense
112
353
465
30
No territrio maranhense sua ocorrncia foi registrada em todas as mesorregies, mesmo naquelas que se caracterizam por possurem dficit
hdrico ou chuvas irregulares. Assim, independente da regio, todos os
municpios devem estar preparados para esses desastres sbitos que vm
causando cada vez mais danos sociedade.
O Infogrfico 2 apresenta uma sntese dos registros de enxurrada no
Estado do Maranho ao longo desses 22 anos.
20
Habitaes
Ensino
84
Comunitrios
93
76
5
Sade
Mesorregio
4.417
40
10
47
ENXURRADA
VOLUME MARANHO
Enxurradas
Eventos por ano
60
40
20
0
1991
1992
1993
1994
18
1995
25
1996
3
1997
1
1998
2
1999
2000
1
2001
1
2002
1
2003
6
2004
1
1
1
2005
2006
1
2007
8
2008
64
2009
1
1
1
2
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
2
2010
20
2011
1
2012
154
Total
1
1
2
1
1
2
1
1
3
2
2
2
1
BERNARDO DO MEARIM
ALCNTARA
ALDEIAS
ENXURRADA ALTAS
ALTAMIRA DO MARANHO
ALTO ALEGRE DO MARANHO
AMARANTE DO MARANHO
APICUM-AU
ARAGUAN
ARAME
BACABAL
BACURI
BALSAS
BARO DE GRAJA
BELA VISTA DO MARANHO
BENEDITO LEITE
BOM JESUS DAS SELVAS
BURITI BRAVO
BURITICUPU
CAJARI
CAMPESTRE DO MARANHO
CANTANHEDE
CAPINZAL DO NORTE
CAXIAS
CENTRO NOVO DO MARANHO
COELHO NETO
COLINAS
COROAT
DAVINPOLIS
DOM PEDRO
DUQUE BACELAR
ESPERANTINPOLIS
ESTREITO
FEIRA NOVA DO MARANHO
FERNANDO FALCO
FORMOSA DA SERRA NEGRA
FORTUNA
GODOFREDO VIANA
GOVERNADOR NUNES FREIRE
GRAJA
GUIMARES
ICATU
ITAIPAVA DO GRAJA
ITAPECURU MIRIM
ITINGA DO MARANHO
JATOB
JOSELNDIA
LAGO DA PEDRA
LAGO DO JUNCO
LAGO DOS RODRIGUES
LAGOA DO MATO
LAJEADO NOVO
MARAJ DO SENA
MATES
MIRANDA DO NORTE
MONO
MONTES ALTOS
PAO DO LUMIAR
PALMEIRNDIA
PARAIBANO
1
1
1
1
48
ATLAS
1991
2012
1
2
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
VOLUME
1
1
2
MARANHO
1
1
2
1
1
3
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
2
1
1
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
1
2
2
1
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
JOSELNDIA
LAGO DA PEDRA
LAGO DO JUNCO
LAGODE
DOS
RODRIGUES
ATLAS BRASILEIRO
DESASTRES
NATURAIS 1991
LAGOA DO MATO
LAJEADO NOVO
MARAJ DO SENA
MATES
MIRANDA DO NORTE
MONO
MONTES ALTOS
PAO DO LUMIAR
PALMEIRNDIA
PARAIBANO
PARNARAMA
PASSAGEM FRANCA
PASTOS BONS
PAULO RAMOS
PEDRO DO ROSRIO
PENALVA
PERI MIRIM
PERITOR
PINDAR-MIRIM
PIO XII
PIRAPEMAS
PORTO FRANCO
PRESIDENTE DUTRA
PRESIDENTE JUSCELINO
PRESIDENTE VARGAS
PRIMEIRA CRUZ
RAPOSA
RIACHO
ROSRIO
SANTA FILOMENA DO MARANHO
SANTA HELENA
SANTA LUZIA
SANTA LUZIA DO PARU
SANTA QUITRIA DO MARANHO
SO BERNARDO
SO FLIX DE BALSAS
SO FRANCISCO DO BREJO
SO FRANCISCO DO MARANHO
SO JOO DO SOTER
SO JOS DE RIBAMAR
SO JOS DOS BASLIOS
SO LUS
SO LUS GONZAGA DO MARANHO
SO PEDRO DA GUA BRANCA
SO RAIMUNDO DO DOCA BEZERRA
STIO NOVO
SUCUPIRA DO RIACHO
TASSO FRAGOSO
TRIZIDELA DO VALE
TUNTUM
TURIAU
VARGEM GRANDE
VIANA
VILA NOVA DOS MARTRIOS
VITRIA DO MEARIM
Z DOCA
2012
2
1
1
1
1
1
1
VOLUME MARANHO
1
ENXURRADA
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
2
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
1
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
2
1
1
1
1
1
1
49
50
ATLAS
1
1
BRASILEIRO DE DESASTRES
1
1
NATURAIS 1991
1
2012
VOLUME
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
MARANHO
1
1
2
2
1
1
1
1
1
1
3
3
3
3
3
3
5
Referncias
ALBUQUERQUE, A. W. et al. Parmetros erosividade da chuva e da
enxurrada correlacionados com as perdas de solo de um solo bruno noclcico vrtico em Sum (Pb). Revista Brasileira de Cincia do Solo,
Campinas, n. 22, p. 743-749, 1998.
AMARAL, R.; GUTJAHR, M. R. Desastres naturais. So Paulo: IG/SMA,
2011.
AMARAL, R.; RIBEIRO, R. R. Inundao e enchentes. In: TOMINAGA, L.
K.; SANTORO, J.; AMARAL, R. (Org.) Desastres naturais: conhecer para
prevenir. So Paulo: Instituto Geolgico, 2009. p. 39-52.
BERTOL, I. et al. Sedimentos transportados pela enxurrada em eventos de
eroso hdrica em um Nitossolo Hplico. Revista Brasileira de Cincia do
Solo, Campinas, n. 34, p. 245-252, 2010.
BORGA, M. et al. Realtime guidance for flash flood risk management.
FlOODSite, T16-08-02, D16_1, v. 2, p. 1, 84 p. may. 2009.
Atlas
1991
2012
volume maranho
Enxurrada
51
Inundao
54
Inundao
Atlas
1991
2012
volume maranho
Atlas
1991
2012
Inundao
volume maranho
s inundaes, anteriormente denominadas como enchentes ou inundaes graduais compem o grupo dos desastres naturais hidrolgicos, segundo a nova Classificao e Codificao Brasileira de Desastres (COBRADE). Referem-se
Submerso de reas fora dos limites normais de um curso de gua
em zonas que normalmente no se encontram submersas. O transbordamento ocorre de modo gradual, geralmente ocasionado por chuvas
prolongadas em reas de plancie. (BRASIL, 2012, p. 73)
Gontijo (2007) define as enchentes como fenmenos temporrios
que correspondem ocorrncia de vazes elevadas num curso de gua,
com eventual inundao dos seus terrenos marginais. Assim, elas ocorrem
quando o fluxo de gua em um trecho do rio superior capacidade de
drenagem de sua calha normal, e ento ocorre o transbordamento do
corpo hdrico e a gua passa a ocupar a rea do seu leito maior (TUCCI,
1993; LEOPOLD, 1994).
Para Castro (2003), as inundaes graduais so caracterizadas pela
elevao das guas de forma paulatina e previsvel, mantendo-se em situao de cheia durante algum tempo, para depois escoarem gradualmente. So eventos naturais que ocorrem com periodicidade nos cursos
dgua, sendo caractersticas das grandes bacias hidrogrficas e dos rios
de plancie, como o Amazonas. O fenmeno evolui de forma facilmente
previsvel e a onda de cheia desenvolve-se de montante para jusante,
guardando intervalos regulares.
Na lngua inglesa, o evento inundao denominado flood ou flooding. No Quadro 5, podem ser observadas algumas definies utilizadas
para as inundaes graduais.
possvel perceber algumas caractersticas em comum nas diversas
definies. Elas ocorrem nas reas adjacentes s margens dos rios que
por determinados perodos permanecem secas, ou seja, na plancie de
inundao. Geralmente so provocadas por intensas e persistentes chuvas e a elevao das guas ocorre gradualmente. Devido a essa elevao
gradual das guas, a ocorrncia de mortes menor do que durante uma
inundao brusca. Contudo, devido sua rea de abrangncia, a quantidade total de danos acaba sendo elevada.
55
Autor
Definio
Flood
NFIP (2005)
Flood
National Disaster
Education Coalition
(2004)
Flood
NWS/NOAA (2005)
Flood
FEMA (1981)
Inundaes
Graduais ou
Enchentes
Castro (1996)
River Flood
Choudhury et al.
(2004)
Inundaes
Ribeirinhas
Tucci e Bertoni
(2003)
Flood
Office of
Thecnology
Assessment (1980)
River Flood
Kron (2002)
56
Inundao
Atlas
Tucci (1993) explica que a ocorrncia de inundaes depende das caractersticas fsicas e climatolgicas da bacia hidrogrfica especialmente
a distribuio espacial e temporal da chuva.
A magnitude das inundaes geralmente intensificada por variveis
climatolgicas de mdio e longo prazo e pouco influenciveis por variaes
dirias de tempo. Relacionam-se muito mais com perodos demorados de
chuvas contnuas do que com chuvas intensas e concentradas. Em condies naturais, as plancies e fundos de vales estreitos apresentam lento
escoamento superficial das guas das chuvas, e nas reas urbanas estes fenmenos so intensificados por alteraes antrpicas, como a impermeabilizao do solo, retificao e assoreamento de cursos dgua (TAVARES;
SILVA, 2008). Essas alteraes tornam-se um fator agravante, uma vez que
a gua impedida de se infiltrar, aumentando ainda mais a magnitude da
vazo de escoamento superficial. Outro fator importante a frequncia das
Figura 3: Municpio de Pedreiras
1991
2012
volume maranho
2012
57
Inundao
volume maranho
90
82
80
64
70
60
50
40
30
20
12
10
0
11
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
1991
Frequncia Anual
70
63
60
Frequncia Mensal
Atlas
60
50
43
40
30
20
10
0
11
3
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
58
Inundao
Atlas
800.000
707.688
700.000
600.000
1991
2012
volume maranho
500.000
400.000
Ano
300.000
2.204
Afetados
109
Outros
Desalojados
30.467
84.550
Desabrigados
608
Enfermos
22
Feridos
Mortos
100.000
Desaparecidos
167.609
200.000
Municpio
Mesorregio
Desabrigados
Mortos
Afetados
2011
Imperatriz
Oeste Maranhense
275
102.000
2008
Graja
Centro Maranhense
20
36.850
2008
Pao Do Lumiar
Norte Maranhense
410
25.000
2009
Caxias
Leste Maranhense
2.217
20.336
19.575
2009
Bacabal
Centro Maranhense
4.775
2009
Trizidela Do Vale
Centro Maranhense
3.184
17.427
2009
Itapecuru Mirim
Norte Maranhense
1.175
16.832
2009
Imperatriz
Oeste Maranhense
1.207
15.281
2009
Pedreiras
Centro Maranhense
4.641
14.688
2009
Timbiras
Leste Maranhense
366
13.856
Atlas
1991
2012
Inundao
volume maranho
30.000
Danificadas
35.000
29.236
25.000
19.251
20.000
14.867
15.000
10.000
4
1.394
37
Infraestrutura
24 278
Habitaes
42
Comunitrios
Ensino
Sade
5.000
59
Mesorregio
2009 Caxias
Municpio
Leste Maranhense
515
14.294
14.809
2009 Brejo
Leste Maranhense
269
3.665
3.934
Sul Maranhense
1.995
104
2.099
2009 Pedreiras
1.821
1.995
1.587
1.994
2009 Bacabal
1.377
1.981
1.191
718
1.909
2009 Timbiras
Leste Maranhense
607
871
1.478
2009 Arari
Norte Maranhense
455
864
1.319
2002 Imperatriz
Oeste Maranhense
250
808
1.058
60
INUNDAO
ATLAS
1991
2012
VOLUME MARANHO
11
2011
2012
Inundaes
Eventos por ano
50
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
1
2002
2003
12
2004
2005
3
2006
2007
64
2008
1
1
1
1
1
1
1
1
1
82
2009
7
2010
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
180
Total
1
1
2
1
1
2
2
2
1
2
1
1
2
1
1
2
3
2
1
1
3
1
1
2
1
1
1
1
3
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
2
1
COROAT
CURURUPU
ATLAS BRASILEIRO DAVINPOLIS
DE DESASTRES NATURAIS 1991
DOM PEDRO
DUQUE BACELAR
ESPERANTINPOLIS
FORTALEZA DOS NOGUEIRAS
GOVERNADOR ARCHER
GOVERNADOR NEWTON BELLO
GRAJA
HUMBERTO DE CAMPOS
IGARAP DO MEIO
IGARAP GRANDE
ITAIPAVA DO GRAJA
ITAPECURU MIRIM
JATOB
JENIPAPO DOS VIEIRAS
JOSELNDIA
LAGO DA PEDRA
LAGO VERDE
LIMA CAMPOS
MARACAUM
MARAJ DO SENA
MARANHOZINHO
MATA ROMA
MATINHA
MATES DO NORTE
MILAGRES DO MARANHO
MIRANDA DO NORTE
MIRINZAL
MONO
OLINDA NOVA DO MARANHO
PAO DO LUMIAR
PALMEIRNDIA
PARNARAMA
PIO XII
PIRAPEMAS
POO DE PEDRAS
PRESIDENTE DUTRA
PRESIDENTE JUSCELINO
PRESIDENTE SARNEY
PRIMEIRA CRUZ
RAPOSA
ROSRIO
SAMBABA
SANTA FILOMENA DO MARANHO
SANTA HELENA
SANTA LUZIA DO PARU
SANTA RITA
SANTO AMARO DO MARANHO
SO BENEDITO DO RIO PRETO
SO BENTO
SO JOO DO CAR
SO JOO DO PARASO
SO JOO DO SOTER
SO JOS DE RIBAMAR
SO JOS DOS BASLIOS
SO LUS GONZAGA DO MARANHO
SO MATEUS DO MARANHO
2012
VOLUME MARANHO
1
1
1
1
1
1
1
INUNDAO
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
3
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
2
1
1
1
1
3
2
1
2
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
3
2
61
SANTA HELENA
SANTA LUZIA DO PARU
SANTA RITA
INUNDAO
SANTO AMARO DO MARANHO
SO BENEDITO DO RIO PRETO
SO BENTO
SO JOO DO CAR
SO JOO DO PARASO
SO JOO DO SOTER
SO JOS DE RIBAMAR
SO JOS DOS BASLIOS
SO LUS GONZAGA DO MARANHO
SO MATEUS DO MARANHO
SO PEDRO DA GUA BRANCA
SO PEDRO DOS CRENTES
SO RAIMUNDO DO DOCA BEZERRA
SO ROBERTO
SATUBINHA
SENADOR ALEXANDRE COSTA
TIMBIRAS
TIMON
TUFILNDIA
TURILNDIA
TUTIA
VARGEM GRANDE
VIANA
VITRIA DO MEARIM
VITORINO FREIRE
MAGALHES DE ALMEIDA
SANTA QUITRIA DO MARANHO
SO BERNARDO
NINA RODRIGUES
PENALVA
BOA VISTA DO GURUPI
LAGOA GRANDE DO MARANHO
PINDAR-MIRIM
BACABAL
ARAIOSES
PEDREIRAS
TRIZIDELA DO VALE
IMPERATRIZ
1
1
62
ATLAS
1
1
1
1
1
1
1991
2012
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
VOLUME
1
1
1
MARANHO
1
1
1
1
1
1
1
1
3
2
2
1
1
1
2
1
1
2
2
1
1
1
1
1
1
3
3
3
3
3
3
3
3
4
4
5
5
5
Atlas
1991
2012
volume maranho
Referncias
BELOW, R.; WIRTZ, A.; GUHA-SAPIR, D. Disaster category classification
and peril terminology for operational purposes. Blgica: Centre for
Research on the Epidemiology of Disasters; Munich Reinsurance Company,
2009.
BRASIL. Ministrio da Integrao Nacional. Secretaria Nacional de Defesa
Civil. Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres. Anurio
brasileiro de desastres naturais: 2011. Centro Nacional de Gerenciamento
de Riscos e Desastres. Braslia, DF: CENAD, 2012.
BRASIL. Ministrio da Integrao Nacional. Secretaria Nacional de Defesa
Civil. Banco de Dados e Registros de Desastres: Sistema Integrado de
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integracao.gov.br/>. Acesso em: 10 mar. 2013.
CASTRO, A. L. C. Manual de desastres: desastres naturais.Braslia, DF:
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CENAPRED Centro Nacional de Prevencin de Desastres. Secretaria de
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ESTABELECIDA uma situao de transio entre o episdio La Nia e um
possvel El Nio. Infoclima. Boletim de Informaes Climticas, Braslia, ano
16, n. 5, maio 2009. Disponvel em: <http://infoclima1.cptec.inpe.br/~rinfo/
pdf_infoclima/200905.pdf>. Acesso em: 25 maio 2013.
Inundao
63
64
Inundao
Atlas
1991
2012
volume maranho
Alagamento
66
Alagamentos
Atlas
1991
2012
volume maranho
Atlas
1991
2012
volume maranho
Alagamentos
67
egundo a Classificao e a Codificao Brasi- Figura 4: a) Construo de novos loteamentos b) Aumento no hidrograma
jamento, ou seja, o que
leira de Desastres (COBRADE), proposta em
facilmente comprova a sua
2012, os alagamentos caracterizam-se pela
ineficincia imediatamente
Extrapolao da capacidade de escoamento de
aps as precipitaes sigsistemas de drenagem urbana e consequente acnificativas, com transtornos
mulo de gua em ruas, caladas ou outras infraes populao quando causa
truturas urbanas, em decorrncia de precipitaes
inundaes e alagamentos
intensas [...] (BRASIL, 2012, p. 73) e da topografia
(FUNASA, 2006).
suave (CERRI, 1999). Sua ocorrncia est diretaA Figura 4 mostra
mente relacionada com os sistemas de Drenagem
como cada novo empreenUrbana, que so entendidos como o conjunto de
dimento que aprovado
medidas que objetivam a reduo dos riscos relaaumenta a vazo e, consecionados s enchentes, bem como reduo dos
quentemente, a frequnFonte:
Tucci
(2007)
prejuzos causados por elas (TUCCI et al. 2007).
cia da sua ocorrncia. O
De modo geral, a urbanizao promove a ca- Figura 5: a) Obstruo drenagem
aumento da impermeabib) Lixo retido na drenagem
nalizao dos rios urbanos e as galerias acabam
lizao gera maior volume
por receber toda a gua do escoamento superfiescoado superficialmente.
cial. Esses conceitos j ultrapassados dos projetos
Como resposta, o municde drenagem urbana, que tm como filosofia espio construiu um canal nos
coar a gua precipitada o mais rapidamente postrechos que a drenagem
svel para a jusante, aumentam, em vrias ordens
inunda a cidade, o que
de magnitude, a vazo mxima, a frequncia e o
apenas transfere para a
nvel de inundao e de alagamentos jusante
jusante a nova inundao.
(CHOW; MAYS, 1988). Dessa forma, o rpido afasDessa forma, a populao
tamento das guas propicia a combinao dos feperde duas vezes: pelo aunmenos de enxurradas e de alagamentos, prinmento da inundao e pelo
cipalmente em reas urbanas acidentadas, como
desperdcio de recursos
ocorre no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em
pblicos (BRASIL, 2009).
Fonte: Tucci (2005)
cidades serranas, o que torna os danos ainda mais
Outro grande probleseveros (CASTRO, 2003).
ma dos sistemas de drenaOs alagamentos so frequentes nas cidades mal planejadas ou que
gem est relacionado prpria gesto do saneamento. O carreamento
crescem explosivamente, j que a realizao de obras de drenagem e de
de lixo e de sedimentos para as sarjetas, as bocas de lobo e para as galeesgotamento de guas pluviais deixada em segundo plano. Assim, os
rias acaba obstruindo as entradas e as tubulaes de drenagem, colabosistemas de drenagem so altamente impactados e se sobressaem como
rando na ocorrncia de alagamentos localizados. Ademais, interligaes
um dos problemas mais sensveis causados pela urbanizao sem planeclandestinas de esgoto contribuem para a insuficincia das redes de dre-
68
Alagamentos
nagem, com possibilidade de rompimento das tubulaes. Essas condies, mesmo em pequenos volumes pluviomtricos, so capazes de gerar
alagamentos intensos em cidades urbanizadas, com diversos transtornos
e possibilidade de desastres.
Nesse sentido oportuno citar os estudos de Mattedi e Butzke (2001),
eles mostraram que as pessoas que vivem em reas de risco percebem os
eventos como uma ameaa, contudo no atribuem seus impactos a fatores sociais. Essa percepo comum aos alagamentos, pois as pessoas
costumam atribuir fora da natureza a inundao de suas moradias e
no forma como ocupam e utilizam os espaos urbanos.
A Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico (IBGE, 2010) indica que a
eficincia dos sistemas de drenagem de guas pluviais e a consequente
preveno de desastres com enchentes e alagamentos est diretamente
relacionada existncia dos dispositivos de controle de vazo, pois eles
atenuam a energia das guas e o carreamento de sedimentos para os corpos receptores, onde h a disposio final dos efluentes da drenagem pluvial. A ausncia desses dispositivos facilmente perceptvel nos dados divulgados pelo IBGE (2010), pois mostram que um em cada trs municpios
tem reas urbanas de risco que demandam drenagem especial. Dentre os
municpios que relataram a existncia de reas de risco, somente 14,6%
utilizam informaes meteorolgicas e/ou hidrolgicas, o que limita ainda
mais as condies de manejo das guas pluviais e da drenagem urbana.
Para suportar as modificaes do uso do solo na bacia, so necessrias obras de ampliao do sistema de drenagem (medidas estruturais),
cujos valores so to altos que se tornam inviveis. Tucci, Hespanhol e
Cordeiro Netto (2001), por exemplo, citam valores de US$50 milhes/km
para aprofundamento de canais da macrodrenagem. Nesse quesito, as
medidas no estruturais (planejamento, controle na fonte, zoneamento,
etc.) tornam-se medidas menos onerosas e mais prticas.
Nessa temtica, Pompo (1999) afirma que se deve relacionar a sustentabilidade com a drenagem urbana, por meio do reconhecimento da
complexidade das relaes entre os ecossistemas naturais, o sistema urbano artificial e a sociedade. Essa postura exige que a drenagem e o
controle de cheias em reas urbanas sejam reconceitualizadas em termos tcnicos e gerenciais. Essa definio eleva o conceito de drenagem a
Atlas
1991
2012
volume maranho
Alagamentos
volume maranho
Frequncia
Frequncia Mensal
5
4
Frequncia
4
3
1
jan
fev
3.000
2.092
2.000
1.143
1.000
0
30
225
3.968
4.000
Afetados
5.000
Outros
6.145
6.000
Desaparecidos
7.000
Desalojados
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
69
Os alagamentos podem originar consequncias negativas para as comunidades maranhenses. Reitera-se que esses eventos originam, de modo
geral, poucos danos, j que a elevao do nvel da gua relativamente baixa. Contudo, pode-se notar que mais de 6 mil pessoas foram afetadas, 2.092
pessoas desalojadas, 3.968 desabrigadas e 30 ficaram feridas (Grfico 14).
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Frequncia Anual
Desabrigados
2012
Enfermos
Feridos
1991
Mortos
Atlas
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
Alagamentos
Atlas
Desalojados
Afetados
1.800
900
3.615
2004
Trizidela do Vale
Centro Maranhense
975
450
1.905
2009
Humberto de Campos
Norte Maranhense
39
173
625
mesmo fato ocorreu com a identificao do desastre na maioria dos municpios, que citaram a enchente do Rio Parnaba como causa dos alagamentos
severos. Ressalta-se que a Bacia Hidrogrfica do Rio Parnaba a maior dentre as bacias maranhenses, com uma rea de 66.449,09 km, representando
cerca de 20% da rea total do Estado do Maranho (UEMA, 2011).
O registro errneo dos desastres muito comum, conforme foi explanado
no captulo de enxurradas. Reitera-se, no entanto, que o registro correto permite
avaliar com maior clareza os fatos e as caractersticas reais que desencadearam
determinado desastre. Os alagamentos, por exemplo, cujo nvel da gua baixo, causam poucos danos e esto associados dificuldade de escoamento da
gua, problema que intensificado pela urbanizao. As enxurradas so caractersticas em pequenas bacias com relevo acidentado, cujo escoamento da gua
possui alta energia, o que pode gerar danos importantes. J nas inundaes, o
transbordamento dos rios ocorre de modo gradual, geralmente ocasionado por
chuvas prolongadas em reas de plancie. Assim, os alagamentos registrados no
Estado do Maranho podem ser de fato, inundaes, que so eventos naturais
que ocorrem com periodicidade nos cursos dgua.
O Grfico 15 apresenta todos os prejuzos materiais registrados por alagamentos no Estado do Maranho, no perodo analisado. Observa-se que as
habitaes so as unidades mais impactadas, o que frequente nos casos de
inundao, pois, historicamente, a sociedade procurou se estabelecer prximo aos rios e cursos de gua. Assim, os eventos registrados como alagamentos ocasionaram 267 habitaes destrudas e 1.088 danificadas.
A Tabela 14 apresenta os maiores danos materiais registrados pelos
municpios. Pedreiras foi o mais atingido, com 551 edificaes danificadas
ou destrudas.
Ressalta-se que apesar de o Estado do Maranho ter apenas oito desastres registrados, a ocorrncia de alagamentos cada vez mais frequente.
2012
volume maranho
1.200
1.088
Destrudas
Danificadas
1.000
800
600
400
267
200
17
Habitaes
Desabrigados
Centro Maranhense
Ensino
Mesorregio
Pedreiras
Edificaes
Municpio
2004
1991
Sade
70
Municpio
Mesorregio
Total Destrudas
2004
Pedreiras
Centro Maranhense
150
401
551
2004
55
455
510
2004
Duque Bacelar
50
204
254
Leste Maranhense
ATLAS
1991
2012
ALAGAMENTOS
VOLUME MARANHO
71
Alagamentos
Eventos por ano
6
4
2
0
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
7
2004
1
1
1
2005
2006
2007
2008
1
2009
1
1
1
1
1
2010
2011
2012
8
Total
1
1
1
1
1
1
1
1
Referncias
72
Alagamentos
Atlas
1991
2012
volume maranho
Vendaval
74
Vendaval
Atlas
1991
2012
volume maranho
Atlas
1991
2012
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Segundo Tominaga, Santoro e Amaral (2009), danos humanos comeam a ser causados por ventos acima dos 75 km/hora, como destelhamento
de casas mais frgeis, quedas de placas e quebra de galhos das rvores. No
entanto, as consequncias mais srias correspondem ao tombamento de
rvores, de postes e de torres de alta tenso, causando danos transmisso de energia eltrica e de telefonia; danos s plantaes; destelhamentos e/ou destruio das edificaes; lanamento de objetos como projteis
etc., que podem causar leses e ferimentos em pessoas e em animais e que
podem se tornar at fatais. Alm disso, o lanamento de projteis pode
causar danos nas edificaes, como o rompimento de janelas e de portas
(LIU; GOPALARATNAM; NATEGHI, 1990; FEMA, 2000).
Com base nos danos causados, foi construda a escala Beaufort que varia
de 0 a 12. O grau 12 classifica os ventos acima de 120 km/h. Ventos com maior
velocidade so considerados com intensidade de furaco e passam a se enquadrar em outra escala, chamada de escala Saffir-Simpson, que utiliza os mesmos
princpios da Beaufort (KOBIYAMA et al., 2006).
Desse modo, na Escala de Beaufort, os vendavais correspondem a vendaval ou tempestade referentes ao grau 10, com ventos de velocidades que
variam entre 88 a 102 km/h. Produzem destelhamento e danos considerveis em
habitaes mal construdas e derrubam rvores.
Em situaes extremas, os vendavais podem ainda se caracterizar
como muito intensos ou ciclones extratropicais e como extremamente intensos, furaces, tufes ou ciclones tropicais. Os vendavais muito intensos
correspondem ao grau 11 da Escala de Beaufort, compreendendo ventos
cujas velocidades variam entre 102,0 a 120,0 km/h. Alm das chuvas concentradas, esses vendavais vm acompanhados por inundaes, ondas gigantescas, raios, naufrgios e incndios provocados por curtos-circuitos.
Os vendavais muito intensos surgem quando h uma exacerbao das condies climticas, responsveis pela gnese do fenmeno, incrementando
a sua magnitude. Quando apresentam ventos de velocidades superiores
a 120,0 km/h, correspondendo ao grau 12 da Escala de Beaufort, causam
severos danos infraestrutura e aos humanos (CASTRO, 2003).
A magnitude dos danos causados por vendavais pode ser mitigada por
meio de monitoramento e de medidas de preveno que se dividem em emergenciais e as de longo prazo. Com relao ao monitoramento, os servios me-
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Referncias
BRASIL. Ministrio da Integrao Nacional. Secretaria Nacional de Defesa
Civil. Banco de dados e registros de desastres: sistema integrado de
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Vendaval
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Granizo
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s granizos, tambm conhecidos por saraivada, de acordo com a COA agricultura um dos setores econmicos que mais sofre com este fenBRADE, compem o grupo de desastres naturais meteorolgicos remeno, pois plantaes inteiras podem ser destrudas dependendo da quantidalacionados s tempestades. So caracterizados por precipitao slida
de e dos tamanhos das pedras de gelo. De acordo com Tavares (2009), no Brasil,
de pedras de gelo, transparentes ou translcidas, de forma esfrica ou irregular,
as culturas de frutas de clima temperado, como ma, pera, pssego e kiwi e a
de dimetro igual ou superior a 5 mm (VAREJO-SILVA, 2001).
fumicultura so as mais vulnerveis ao granizo. Dentre os danos materiais proAs condies que propiciam a formao de granizo acontecem na parte
vocados, os mais importantes correspondem destruio de telhados, especialsuperior de nuvens convectivas do tipo cmulos-nimbus. Essas nuvens apresenmente quando construdos com telhas de amianto ou de barro.
tam temperaturas extremamente baixas no seu topo e elevado desenvolvimenO monitoramento e alerta sobre a ocorrncia de granizos uma medida
to vertical, podendo alcanar alturas de at 1.600 m, condies propcias para a
preventiva importante na mitigao dos danos causados por esses eventos natransformao das gotculas de gua em gelo.
turais. Neste sentido, os servios de meteorologia acompanham diariamente as
A precipitao de granizos ocorre, em geral, durante os temporais. Uma
condies do tempo e tm condies de prevenir sobre sua provvel ocorrncia.
grande gota de chuva na parte inferior da nuvem, numa forte corrente de ascenO fenmeno ocorre em todos os continentes, especialmente nas regies
so, levada para cima e, ao alcanar temperaturas menores na linha isotrmica
continentais de clima quente das mdias latitudes (20 a 55), diminuindo em
de 0oC, transforma-se em gelo. As gotas congeladas, ao crescerem pelo procesregies martimas e equatoriais. Entretanto, apresenta tambm grande frequnso de coalescncia (agrupamento com outras gotas menores), movimentam-se
cia nas altas altitudes (regies montanhosas) das regies tropicais. No Brasil, as
com as correntes subsidentes. Nessa movimentao, ao se chocarem com gotas
regies mais atingidas por granizo so a Sul, Sudeste e parte meridional da Cenmais frias, crescem rapidamente at alcanarem um peso mximo, ao ponto de
tro-Oeste, especialmente nas reas de planalto, de Santa Catarina, Paran e Rio
no serem mais suportadas pelas correntes ascendentes, quando ocorre a preGrande do Sul (TAVARES, 2009).
cipitao, conforme apresenta a Figura 7 (KULICOV; RUDNEV, 1980; KNIGHT;
Apesar de o Estado do Maranho se encontrar em uma rea de clima troKNIGHT, 2001).
pical, menos propcio formao de granizos em relao ao clima temperado, o
O tempo de durao de uma precipitao de granizo est relacionado
estado apresentou dois registros oficiais do fenmeno, apresentados no Mapa
extenso vertical da zona de gua no interior da nuvem e dimenso das go7.
tas. Nesse sentido, quanto maior for o desenvolvimento vertical
Normalmente, a ocorrncia de granizo em regies
Figura 7: Processo de formao de granizo
da zona de gua e mais assimtricas forem as gotas, maior ser a
tropicais se d em reas continentais. Assim, os municdurao da precipitao (KULICOV; RUDNEV, 1980).
pios atingidos localizam-se na Mesorregio Leste MaraDe acordo com Mota (1983), durante a precipitao muitas
nhense, mais afastada do litoral. So Francisco do Maravezes os granizos degelam, chegando ao cho em forma de gotas
nho e Timon registraram o evento nos dias 17 e 24 de
lquidas muito frias, ou ainda o granizo pode se fundir com elejaneiro de 1996, respectivamente.
mentos gasosos e, com isso, adquirir a forma de floco de neve, e
A possvel explicao para essas ocorrncias de
no mais de pedra de gelo.
precipitao de granizos no estado pode estar relacioO grau de dano causado por ocorrncia de granizos depennada com as Frentes Frias (FFs) ou Sistemas Frontais,
de basicamente do tamanho das pedras, da densidade da rea,
oriundas das latitudes subtropicais, que atingem o Norda durao do temporal, da velocidade de queda e das caractersdeste e induzem a formao de nebulosidade convectiticas dos elementos atingidos. No entanto, chuvas intensas e venva sobre essa regio. So caracterizadas por uma banda
tos fortes quando acompanham o granizo aumentam os danos.
de nuvens que se desloca de sudoeste para nordeste
Fonte: Tavares (2009)
82
GRANIZO
ATLAS
sobre o continente e o Oceano Atlntico. As nuvens se formam na confluncia da massa de ar frio mais densa que penetra sob uma massa de ar quente,
quando avanam em direo ao norte. Durante os meses mais quentes, podem
interagir com o ar tropical quente e mido, gerando conveco profunda com
precipitao intensa, algumas vezes com ventos fortes e granizo (CAVALCANTI;
KOUSKY, 2009).
Nesse sentido, os eventos foram registrados no ms de vero, que alm
de ser o perodo mais chuvoso da mesorregio, apresenta temperaturas mais
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Referncias
BRASIL. Ministrio da Integrao Nacional. Secretaria Nacional de Defesa
Civil. Banco de dados e registros de desastres: sistema integrado de
informaes sobre desastres S2ID. 2013. Disponvel em: <http://s2id.
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Cavalcanti, I. F. A. et al. (Org.) Tempo e clima no Brasil. So Paulo: Oficina
de Textos, 2009. 463 p.
Movimento de Massa
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Movimento
de
Massa
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CondicionantesGeolgicoseGeomorfolgicos
Os movimentos de massa esto diretamente relacionados aos aspectos geolgicos e geomorfolgicos que so indicadores dos locais mais
provveis para a deflagrao deste tipo de dinmica de superfcie. Fer-
Massa
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Rastejo ou fluncia
Escorregamentos
Quedas
Corridas
de
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das tenses cisalhantes sem que haja um aumento da resistncia ao cisalhamento do material da encosta. Essas solicitaes esto relacionadas
ao aumento da declividade da encosta por processos de eroso ou escavaes feitas pelo homem ou deposio de material na parte superior
da encosta (TERZAGHI, 1952).
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Movimento
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Massa
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Aumento da
solicitao
Reduo da
resistncia
Fatores
Fenmenos geolgicos/antrpicos
Sobrecarga
Solicitaes dinmicas
Presses laterais
Caractersticas inerentes ao
material (geometria, estruturas)
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149
150
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Outros
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Desaparecidos
Nmero de pessoas
350
Afetados
Desalojados
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Desabrigados
Enfermos
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Movimento
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Massa
Referncias
AUGUSTO FILHO, O. Escorregamentos em encostas naturais e
ocupadas: anlise e controle. So Paulo: IPT, p. 96-115, 1992. (Apostila do
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s incndios florestais correspondem classificao dos desastres naturais relacionados com a intensa reduo das precipitaes hdricas.
um fenmeno que compe esse grupo, pois a propagao do fogo
est intrinsecamente relacionada com a reduo da umidade ambiental e ocorre com maior frequncia e intensidade nos perodos de estiagem e de seca.
A classificao dos incndios florestais est relacionada: ao estrato
florestal, que contribui dominantemente para a manuteno da combusto; ao regime de combusto e ao substrato combustvel (CASTRO, 2003).
Esse fenmeno pode ser provocado por: causas naturais, como raios,
reaes fermentativas exotrmicas, concentrao de raios solares por pedaos de quartzo ou cacos de vidro em forma de lente e outras causas;
imprudncia e descuido de caadores, mateiros ou pescadores por meio
da propagao de pequenas fogueiras, feitas em seus acampamentos; fagulhas provenientes de locomotivas ou de outras mquinas automotoras,
consumidoras de carvo ou lenha; perda de controle de queimadas, realizadas para limpeza de campos ou de sub-bosques; alm de incendirios
e/ou piromanacos. Incndios podem iniciar-se de forma espontnea ou
em consequncia de aes e/ou omisses humanas. Mesmo neste ltimo
caso, os fatores climatolgicos e ambientais so decisivos para increment-los, pois facilitam a sua propagao e dificultam o seu controle (CASTRO, 2003).
Para que um incndio se inicie e se propague, necessria a conjuno dos seguintes elementos condicionantes: combustveis, comburente,
calor e reao exotrmica em cadeia. A propagao influenciada por fatores como: quantidade e qualidade do material combustvel; condies
climticas, como umidade relativa do ar, temperatura e regime dos ventos; tipo de vegetao e maior ou menor umidade da carga combustvel
e a topografia da rea (CASTRO, 2003).
Os incndios atingem reas florestadas e de savanas, como os cerrados e as caatingas. De uma maneira geral, queimam mais facilmente: os
restos vegetais; as gramneas, os liquens e os pequenos ramos e arbustos
ressecados. A combusto de galhos grossos, troncos cados, hmus e de
razes mais lenta (CASTRO, 2003).
As ocorrncias de incndios florestais no Estado do Maranho, entre
os anos de 1991 e 2012, totalizaram trs registros oficiais. Para melhor
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BRASIL. Ministrio da Integrao Nacional. Secretaria Nacional de Defesa
Civil. Banco de dados e registros de desastres: sistema integrado de
informaes sobre desastres S2ID. 2013. Disponvel em: <http://s2id.
integracao.gov.br/>. Acesso em: 10 mar. 2013.
CASTRO, Antnio Luiz Coimbra de. Manual de desastres: desastres
naturais.Braslia, DF: Ministrio da Integrao Nacional, 2003. 182 p.
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atraso e as temperaturas tendem a ficar acima da mdia no incio da
primavera. Infoclima: Boletim de Informaes Climticas, Braslia, ano 12,
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pdf_infoclima/200508.pdf>. Acesso em: 17 maio 2013.
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do desflorestamento na Amaznia (PROARCO). In: CONGRESSOS
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Anais... Rio de Janeiro: Centro de Previso de Tempo e Estudos Climticos,
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INPE, Braslia, DF, ano 18, n. 10, out. 2011. Disponvel em: <http://infoclima1.
cptec.inpe.br/~rinfo/pdf_infoclima/201110.pdf>. Acesso em: 29 jul. 2013.
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Diagnstico dos
Desastres Naturais no
Estado do Maranho
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Diagnstico
Estado
do
Maranho
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Mapa 10: Registros do total dos eventos no Estado do Maranho de 1991 a 2012
1991
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Diagnstico
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Estado
do
Maranho
99
Estiagens e Secas
Movimento de Massa
Inundao
32%
Enxurradas
Alagamento
30%
Vendaval
Granizo
0%
35%
100
Diagnstico
Estado
do
Maranho
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Conforme se observa no Grfico 21, os registros de inundaes e enxurradas, assim como de estiagens e secas foram distribudos em uma frequncia mensal ao longo do perodo entre 1991 a 2012. Verifica-se que os
meses referentes ao perodo chuvoso no Estado do Maranho, sobretudo
maro, abril e maio, apresentam elevados picos de desastres naturais ocasionados por inundaes e enxurradas. Nesse perodo tambm foram registradas estiagens e secas. Isso se deve extenso territorial do Estado do
Maranho, que permite uma variabilidade nas caractersticas climticas do
seu territrio. As chuvas com maior intensidade ocorrem no noroeste do
estado, e no mesmo perodo, h uma carncia de precipitaes pluviomtricas causando estiagens e secas na parte mais oriental do estado.
Grfico 21: Frequncia mensal dos desastres naturais mais recorrentes
no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2010
1991
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Grfico 22: Municpios mais atingidos, classificados pelo maior nmero de registros
por desastres naturais no Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012
Vendaval
Enxurrada
Estiagem e Seca
Inundao
Alagamento
Granizo
Arari
Coelho Neto
Caxias
Trizidela do Vale
So Bernardo
Santa Quitria do
Maranho
Imperatriz
Duque Bacelar
Pedreiras
Timon
Frequncia Mensal
70
63
60
60
59
50
Estiagens e Secas
Enxurradas
Mov. de Massa
Vendaval
27
24
18
12
6
4 2
2
jan
11
8
3
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
10
12
14
Granizo
34
30
10
Alagamento
43
40
20
55
54
Inundao
dez
Ao considerar o total de 515 registros oficiais de desastres naturais ocorridos no Estado do Maranho, foram selecionados os dez municpios mais
atingidos por desastres naturais, conforme mostra os dados do Grfico 22.
O Municpio de Timon lidera o ranking dos municpios com o maior
nmero de registros, com um total de 12 ocorrncias, das quais cinco
correspondem a eventos de enxurrada, trs registros de estiagem e seca,
ATLAS
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2012
DIAGNSTICO
VOLUME MARANHO
ESTADO
DO
MARANHO
101
Infogrfico 9: Registros de desastres naturais por evento, nos municpios do Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012
200
150
100
50
0
167
Estiagem e Seca
2
Mov. de Massa
2
2
Eroses
8
Alagamentos
154
Enxurradas
3
1
1
2
1
1
1
3
180
Inundaes
1
2
1
1
2
2
2
1
1
1
1
1
3
3
2
2
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1
1
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1
2
1
1
2
2
1
4
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4
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1
2
1
1
1
1
3
1
3
1
3
2
1
2
3
1
1
2
Granizo
Chuvas Intensas
2
Vendavais
515
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1
4
2
2
2
2
3
5
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1
5
5
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6
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3
2
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4
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1
3
1
2
5
1
6
3
4
BARREIRINHAS
1
BELA VISTA DO MARANHO
1
1
2
BELGUA
2
1
1
DBENEDITO
IAGNSTICOLEITE
DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DO MARANHO
ATLAS BRASILEIRO DE DESASTRES NATURAIS 1991
BEQUIMO
1
BERNARDO DO MEARIM
1
BOA VISTA DO GURUPI
3
Infogrfico 7: Registros de desastres naturais por evento, nos municpios do Estado do Maranho,
no perodo de 1991 a 2012
BOM JARDIM
1
BOM JESUS DAS SELVAS
1
1
BREJO
3
2
BREJO DE AREIA
1
BURITI
3
3
BURITI BRAVO
2
1
BURITICUPU
1
1
2
CAJARI
1
1
1
CAMPESTRE DO MARANHO
1
CANTANHEDE
2
1
1
CAPINZAL DO NORTE
1
CAXIAS
3
1
3
CEDRAL
1
1
CENTRO DO GUILHERME
1
1
CENTRO NOVO DO MARANHO
1
CHAPADINHA
3
2
CIDELNDIA
1
COD
4
1
COELHO NETO
3
1
2
1
COLINAS
3
2
CONCEIO DO LAGO-AU
1
COROAT
2
1
3
CURURUPU
1
1
DAVINPOLIS
1
1
DOM PEDRO
2
1
DUQUE BACELAR
3
1
2
2
ESPERANTINPOLIS
2
1
ESTREITO
1
FEIRA NOVA DO MARANHO
1
FERNANDO FALCO
1
FORMOSA DA SERRA NEGRA
1
FORTALEZA DOS NOGUEIRAS
1
FORTUNA
2
1
GODOFREDO VIANA
1
1
GONALVES DIAS
1
GOVERNADOR ARCHER
1
1
GOVERNADOR EUGNIO BARROS
1
GOVERNADOR LUIZ ROCHA
1
GOVERNADOR NEWTON BELLO
1
GOVERNADOR NUNES FREIRE
1
GRAA ARANHA
1
GRAJA
2
1
1
GUIMARES
2
1
HUMBERTO DE CAMPOS
1
1
ICATU
1
2
IGARAP DO MEIO
2
IGARAP GRANDE
3
1
Fonte: Brasil (2013)
IMPERATRIZ
3
5
ITAIPAVA DO GRAJA
1
1
ITAPECURU MIRIM
2
1
1
ITINGA DO MARANHO
1
2
JATOB
1
2
1
102
2012
VOLUME
1
4
3
1
MARANHO
1
1
3
1
2
5
1
6
3
4
3
1
4
1
7
2
2
1
5
1
5
7
5
1
6
2
2
3
8
3
1
1
1
1
1
3
2
1
2
1
1
1
1
1
4
3
2
3
2
4
8
2
4
3
4
NO
ESTADO
DO
MARANHO
1
1
4
3
2
3
2
4
8
2
4
3
4
3
2
4
3
2
1
2
4
1
2
5
1
3
1
4
1
4
3
3
5
3
3
3
1
5
2
1
1
3
3
3
5
4
2
2
3
9
2
5
1
2
4
1
4
5
103
PASSAGEM FRANCA
2
2
PASTOS BONS
1
1
NEVES
2 DO MARANHO
DPAULINO
IAGNSTICO
DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO
ATLAS BRASILEIRO DE DESASTRES NATURAIS 1991
PAULO RAMOS
1
2
PEDREIRAS
1
3
5
PEDRO DO ROSRIO
1
1
Infogrfico 7: Registros de desastres naturais por evento, nos municpios do Estado do Maranho, no perodo de 1991 a 2012
PENALVA
1
1
3
PERI MIRIM
1
PERITOR
1
1
PINDAR-MIRIM
1
3
PINHEIRO
1
PIO XII
1
3
PIRAPEMAS
2
1
2
POO DE PEDRAS
1
PORTO FRANCO
1
PRESIDENTE DUTRA
1
1
2
PRESIDENTE JUSCELINO
1
1
PRESIDENTE SARNEY
1
PRESIDENTE VARGAS
1
2
PRIMEIRA CRUZ
1
1
RAPOSA
1
1
1
RIACHO
1
ROSRIO
1
1
SAMBABA
1
SANTA FILOMENA DO MARANHO
1
1
2
SANTA HELENA
1
1
1
SANTA LUZIA
1
1
SANTA LUZIA DO PARU
2
1
SANTA QUITRIA DO MARANHO
3
2
3
SANTA RITA
2
1
SANTO AMARO DO MARANHO
1
SO BENEDITO DO RIO PRETO
2
1
SO BENTO
1
SO BERNARDO
3
2
3
SO DOMINGOS DO MARANHO
2
SO FLIX DE BALSAS
1
SO FRANCISCO DO BREJO
1
SO FRANCISCO DO MARANHO
2
1
1
SO JOO BATISTA
1
SO JOO DO CAR
1
1
SO JOO DO PARASO
1
SO JOO DO SOTER
2
1
1
SO JOO DOS PATOS
1
SO JOS DE RIBAMAR
1
1
1
SO JOS DOS BASLIOS
1
1
1
SO LUS
1
SO LUS GONZAGA DO MARANHO
1
1
3
SO MATEUS DO MARANHO
2
SO PEDRO DA GUA BRANCA
1
2
SO PEDRO DOS CRENTES
1
SO RAIMUNDO DO DOCA BEZERRA
1
1
SO ROBERTO
1
1
SATUBINHA
2
Fonte: Brasil (2013)
SENADOR ALEXANDRE COSTA
1
SERRANO DO MARANHO
1
STIO NOVO
1
SUCUPIRA DO NORTE
2
SUCUPIRA DO RIACHO
1
1
104
2012
VOLUME
4
2
2
MARANHO
3
9
2
5
1
2
4
1
4
5
1
1
4
2
1
3
2
3
1
2
1
4
3
2
3
8
3
1
3
1
8
2
1
1
5
1
2
1
4
1
3
3
1
5
2
3
1
2
2
2
1
1
1
2
2
NO
ESTADO
DO
MARANHO
3
1
5
2
3
1
2
2
2
1
1
1
2
2
1
4
12
8
2
3
1
1
2
1
4
3
1
2
1
1
105
CONSIDERAES FINAIS
O acordo de cooperao entre a Secretaria Nacional de Defesa Civil
e o Centro Universitrio de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal de Santa Catarina foi importante, pois gerou o Atlas
Brasileiro de Desastres Naturais, documento que se destaca por sua capacidade de produzir conhecimento referente aos desastres naturais dos
ltimos 20 anos no Brasil. Tal iniciativa marca o momento histrico em que
vivemos diante da recorrncia de desastres e de iminentes esforos para
minimizar perdas em todo territrio nacional.
Nesse contexto, o Atlas torna-se capaz de suprir a necessidade latente dos gestores pblicos de olhar com mais clareza para o passado,
compreender as ocorrncias atuais e, ento, pensar em estratgias de
reduo de risco de desastres adequadas para sua realidade local. Alm
106
Diagnstico
Estado
do
Maranho
Atlas
160
147
Frequncia
140
Total de registros
120
100
72
80
40
20
0
51
38
18
31
29
3
5 3
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
60
88
1991
2012
volume maranho
Apesar de no poder assegurar a relao direta entre registros e ocorrncias, o presente documento permite uma srie de importantes anlises, ao oferecer informaes nunca antes sistematizadas que ampliam
as discusses sobre as causas das ocorrncias e a intensidade dos desastres. Com esse levantamento, possvel fundamentar novos estudos,
tanto de mbito nacional quanto local, com anlises de informaes da
rea afetada, danos humanos, materiais e ambientais, bem como prejuzos sociais e econmicos. Tambm possvel estabelecer relaes entre
as informaes sobre desastres e sua contextualizao com as variveis
geogrficas regionais e locais.
No Estado do Maranho, por exemplo, percebe-se a incidncia de
tipologias fundamentais de desastres, representadas por inundaes
bruscas, graduais e as estiagens e secas. Esses resultados possibilitam
verificar a sazonalidade e a recorrncia e, assim, subsidiar os processos
decisrios para direcionar recursos, reduzir danos e prejuzos e evitar perdas humanas.
A partir das anlises que derivam deste Atlas, pode-se afirmar que
este estudo mais um passo na produo do conhecimento necessrio
para a gesto dos desastres naturais no Pas e na construo de comunidades resilientes e sustentveis.
O Atlas Brasileiro de Desastres Naturais marca o incio do processo de avaliao e de anlise das sries histricas de desastres naturais
no Brasil. Espera-se que o presente trabalho possa embasar projetos e
estudos de instituies de pesquisa, rgos governamentais e centros
universitrios.
Atlas
1991
2012
volume maranho
Referncias
BRASIL. Ministrio da Integrao Nacional. Secretaria Nacional de Defesa
Civil. Banco de dados e registros de desastres: sistema integrado de
informaes sobre desastres S2ID. 2013. Disponvel em: <http://s2id.
integracao.gov.br/>. Acesso em: 10 mar. 2013.
MARANHO (Estado). Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de
Pedreiras. Acervo Fotogrfico. 2013a.
______. Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Graja. Acervo
Fotogrfico. 2013b.
Diagnstico
Estado
do
Maranho
107