Segurança Na Operação de Pontes Rolantes
Segurança Na Operação de Pontes Rolantes
Segurança Na Operação de Pontes Rolantes
CIRJ
SESI
SENAI
IEL
OPERADOR
DE PONTE
ROLANTE
verso preliminar
SENAI-RJ Automotiva
FIRJAN
CIRJ
SESI
SENAI
IEL
OPERADOR
DE PONTE
ROLANTE
FIRJAN
CIRJ
SESI
SENAI
IEL
OPERADOR
DE PONTE
ROLANTE
verso preliminar
SENAI-RJ
2002
SENAIRio de Janeiro
GEP - Gerncia de Educao Profissional
Rua Mariz e Barros, 678 - Tijuca
20270-002 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (0xx21) 2587-1117
Fax: (0xx21) 2254-2884
http://www.rj.senai.br
Sumrio
APRESENTAO ................................................................................... 11
UMA PALAVRA INICIAL ........................................................................ 13
Controladores ................................................................................................................... 52
Freios eltricos .................................................................................................................. 53
Chave-limite........................................................................................................................ 54
Motores ........................................................................................................... 77
Outros enrolamentos ...................................................................................... 77
Apresentao
A dinmica social dos tempos de globalizao exige dos profissionais atualizao constante. Mesmo
as reas tecnolgicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez mais curtos, trazendo desafios
renovados a cada dia, e tendo como conseqncia para a educao a necessidade de encontrar novas
e rpidas respostas.
Nesse cenrio, impe-se a educao continuada, exigindo que os profissionais busquem atualizao
constante durante toda a sua vida e os docentes e alunos do SENAI/RJ incluem-se nessas novas
demandas sociais.
preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educao profissional, as
condies que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e aprender, favorecendo o
trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre outros aspectos, ampliando suas
possibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.
Assim que apresentamos como parte dos trabalhos da rea de Mecnica Automotiva este material
sobre Pontes Rolantes.
Equipamento fundamental em indstrias pesadas, as pontes rolantes, apesar da simplicidade do seu
mecanismo, apresentam certa complexidade de uso que requer maior ateno do operador. Este livro
pretende ser de ajuda eficiente para os que se dedicam tarefa de oper-las.
SENAI-RJ 11
14 SENAI-RJ
A reduo do nmero de acidentes s ser possvel medida que cada um trabalhador, patro e
governo assuma, em todas as situaes, atitudes preventivas, capazes de resguardar a segurana de
todos.
Deve-se considerar, tambm, que cada indstria possui um sistema produtivo prprio, e, portanto,
necessrio analis-lo em sua especificidade, para determinar seu impacto sobre o meio ambiente,
sobre a sade e os riscos que o sistema oferece segurana dos trabalhadores, propondo alternativas
que possam levar a melhores condies de vida para todos.
Da conscientizao, partimos para a ao: cresce, cada vez mais, o nmero de pases, empresas e
indivduos que, j estando conscientizados acerca desses fatos, vm desenvolvendo aes que
contribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa sade. Mas isso ainda no suficiente...
Faz-se necessrio ampliar tais aes, e a educao um valioso recurso que pode e deve ser usado
em tal direo. Assim, iniciamos este material conversando com voc sobre o meio ambiente, sade
e segurana no trabalho, lembrando que, no seu exerccio profissional dirio, voc deve agir de forma
harmoniosa com o ambiente, zelando tambm pela segurana e sade de todos no trabalho.
Tente responder pergunta que inicia este texto: meio ambiente, sade e a segurana no trabalho
o que que eu tenho a ver com isso? Depois, partir para a ao. Cada um de ns responsvel.
Vamos fazer a nossa parte?
SENAI-RJ 15
Questes
de segurana
Nesta Seo ...
Regras de segurana para operadores de pontes rolantes
Sinalizao em servios sinais manuais
Responsabilidades do operador
Instrues para operadores
10 Ao descer o gato da ponte alm do piso normal, deixe, no mnimo, trs voltas do cabo de ao no
dromo.
11 Quando levantar o gato com ou sem carga, preste especial ateno para que a chave-limite
no seja tocada.
12 No levante cargas alm da capacidade dos estropos2, correntes e cabos de ao.
13 Observe se os estropos esto firmemente amarrando a carga e se as partes soltas foram
retiradas, antes de comear a subir.
14 Enquanto a ponte estiver em movimento, mantenha as mos sobre os comandos, de modo a
poder intervir, rapidamente, em casos de emergncia.
15 Observe se no h ningum em posio perigosa no piso, antes de suspender uma carga. Faa
soar a sirene ou o tmpano, e s depois comece lentamente a levant-la.
16 Experimente o freio do guincho levantando a carga a pouca altura, quando a mesma for
pesada. Volte o controle posio de desligado (OFF) quando fizer esta experincia.
17 No opere qualquer ponte se a chave-limite apresentar defeito ou se os cabos de ao no
oferecerem segurana.
18 Levante a carga a uma altura suficiente, de modo que no atinja os homens e equipamentos
que se encontrem no piso.
19 Evite transportar cargas sobre os homens do piso. Para avis-los da aproximao da ponte,
use os sinais de alarme da mesma.
20 Recuse-se a colocar a carga em local inseguro.
21 Quando tiver que colocar uma carga sobre uma prancha, um transportador ou um carro, que
ainda no estejam em posio, use o bom senso quanto ao local e maneira como vai mant-la, at a
chegada dos mesmos.
22 No opere sua ponte com estropos, correntes, etc., pendurados no gato, ameaando a segurana
dos que esto no piso, inclusive a dos equipamentos.
23 No permita que ningum suba nas cargas ou no gato da ponte, exceto para inspeo ou
reparos.
24 No faa levantamentos de cargas do piso com os cabos fora do prumo, exceto quando estiver
devidamente autorizado.
25 No opere sua ponte se no estiver em boas condies fsicas.
26 No opere sua ponte quando houver homem trabalhando nas vigas de isolamento, a menos que
ele esteja devidamente protegido.
27 No deixe carga de espcie alguma pendurada no gato durante os perodos de refeio ou
depois de ter deixado o servio.
20 SENAI-RJ
28 Evite bater com sua ponte em outras vizinhas, exceto quando devidamente autorizado. Ainda
assim, procure bater devagar, de modo a no provocar acidentes pessoais ou materiais.
29 Quando duas ou mais pontes tiverem que movimentar simultaneamente uma s carga, os
operadores devem coordenar seus movimentos dentro de um mesmo ritmo, sem criar confuso, e
devem obedecer aos sinais de uma nica pessoa no piso.
30 No tente nunca reparar o equipamento eltrico ou fazer quaisquer outros servios de manuteno
em sua ponte. Em caso de defeito, chame o chefe imediato.
31No amarre, no bloqueie, nem interfira de modo nenhum com o funcionamento do painel, das
chaves-limite ou de qualquer outro dispositivo de segurana.
32 No substitua fusveis queimados. Chame o eletricista para fazer este servio e apurar a causa
do defeito.
33 No caso de faltar energia eltrica, mantenha os controles desligados at que a mesma seja
restabelecida.
34 Se encontrar a chave de emergncia desligada, no a ligue, ainda que seja para iniciar seu
trabalho, at constatar que ningum est trabalhando em algum setor da ponte.
35 Antes de ligar a chave da ponte, verifique se todos os controles esto na posio de desligado
(OFF).
36 Permanea na cabine de sua ponte mesmo durante os reparos feitos pela turma de manuteno,
colaborando e indicando-lhes as falhas que por acaso tenha constatado.
37 Mantenha sua ponte sempre limpa e livre de objetos, ferramentas, pedaos de madeira, porcas,
parafusos, etc., que possam cair sobre os homens do piso. Recolha a estopa para evitar incndio,
guardando-a num recipiente fechado.
38 Em caso de incndio na ponte, use o extintor, solicitando ao chefe imediato o seu pronto
recarregamento.
39 No permita pessoas estranhas em qualquer lugar da ponte sem autorizao superior. Caso
haja essa autorizao, movimente a ponte apenas quando tiver certeza absoluta de que no h perigo
de acidente.
40 No abandone nunca sua ponte, exceto quando absolutamente necessrio, aguardando na
cabine a chegada do seu substituto autorizado pelo chefe. No combine com outros operadores para
ficarem em seu lugar sem autorizao da chefia.
41 No transporte cilindros de oxignio ou de acetileno, cheios ou vazios, com eletrom, por
ordem de quem quer que seja.
42 No aplique bruscamente o freio de p. Os calos das rodas resultam da patinao da ponte.
43 Lembre-se, afinal, de que a operao segura da ponte responsabilidade sua. A vida de muitos
depende de seu cuidado constante e do seu bom senso.
44 Pense sempre em SEGURANA ACIMA DE TUDO.
SENAI-RJ 21
Fig. 1
22 SENAI-RJ
LEMBRE-SE:
SEGURANA ACIMA
DE TUDO
Responsabilidade do operador
As pontes rolantes representam os elos mais importantes na cadeia da produo. Sendo indispensveis
no transporte de material em todas as dependncias de uma usina, representam, tambm, um grande
investimento de capital, uma vez que se preo varia, geralmente, de dez a cinqenta vezes o custo de
um automvel comum. Desse modo, cabe aos operadores uma grande responsabilidade pela operao
segura e hbil desse equipamento e de suas cargas.
Um bom operador conhece tudo o que se relaciona com sua ponte: capacidade, velocidade, sinais
dos homens do piso e as regras de segurana de seu departamento.
Pelo estudo cuidadoso, ele descobre os mtodos de operao que aumentam o bom desempenho
do equipamento. Aprende a manejar as cargas com poucos movimentos, reduzindo, ao mnimo, o
servio das turmas de manuteno. Acima de tudo, evita a ocorrncia de riscos que resultem em
danos sua ponte e em acidentes com os homens que trabalham no piso.
SENAI-RJ 23
GLOSSRIO
1. Lingada - Levantamento de carga.
2. Estropos - Pedaos de cabo ou lona com que se envolve um objeto para i-lo; cinta.
3. Reverso - movimento do controle em direo oposta quela em que a carga ou a ponte
est se movimentando. Trata-se de uma corrente de reverso que interrompe o movimento
dianteiro da carga ou do motor. Quando a carga fica imvel, a metade de controle deve
permanecer no centro, na posio desligado (OFF); do contrrio, verificar-se- uma acelerao
do motor em direo oposta.
24 SENAI-RJ
Movimentos
de uma ponte
rolante
Nesta Seo ...
Componentes bsicos para o funcionamento de uma ponte rolante
SENAI-RJ 27
Batente do trole
Engrenagem do guincho
Dromo do guincho
Freio do guincho
Viga da ponte
Truque lateral
Pra-choque
da mola
Trilhos coletores
Motor do guincho
Engrenagem do guincho
Chave-limite do guincho
Motor do trole
Engrenagem do trole
Viga da ponte
Chave
geral
Trilho do trole
Cabine do
operador
Batente do trole
Trole
Roda do trole
Barras coletoras
do trole
Controle da ponte
Controle do trole
Controle do gato
Freio da ponte
Motor da ponte
Engrenagem da transmisso
Eixo de transmisso da ponte
Mancal do eixo de transmisso
Cabos do guincho
Acoplamento do eixo de
transmisso
Gato da ponte
Trilho da ponte
Viga de rolamento
Limpa-trilho
Pra-choque da mola
Passadio da ponte
Fig. 1
28 SENAI-RJ
Fig. 2 - O guincho
Essa mola segura o freio na posio ligado (ON), quando a manete do controle do guincho est na
posio desligado (OFF). Movendo-se a manete do guincho tanto para levantar como para abaixar,
faz-se circular uma corrente pela bobina magntica do freio, a qual comprime a mola e solta o freio.
No se deve nunca ajustar ou soltar este freio manualmente, quando houver carga suspensa no
gato.
O freio eletricamente solto (pela corrente que circula pela bobina) quando o controle acionado
para levantar ou baixar a carga. Algumas pontes, particularmente as de grande capacidade, tm um
freio adicional (por questo se segurana) montado no dromo ou na engrenagem.
Levantamento
Nota n 1
Quando se est pronto para levantar uma carga, usa-se o primeiro ponto do controle para se tirar a
folga do cabo de ao. Isso evitar o puxo e a deformao do cabo. Quando o cabo estiver esticado,
aciona-se a manete do controle lentamente para trs, at que a carga comece a se mover. Em seguida,
move-se a mesma ponto por ponto, at atingir o mximo.
SENAI-RJ 29
Ao suspender uma carga, o motor do guincho tem que levant-la contra a ao da gravidade.
Assim ter que despender mais esforo e sua marcha ser mais lenta com uma carga pesada do que
com uma leve. O freio do guincho se solta quando o motor acionado e atua, para suster a carga em
qualquer posio, quando o motor pra. Esse freio automtico e, por ser provido de molas, atua
instantaneamente para suster a carga, quando h falta de energia.
No deixe a carga se
elevar muito do piso
para testar o freio.
Empurrar para
abaixar
Puxar para
levantar
Fig. 4
30 SENAI-RJ
importante verificar se o freio do guincho capaz de suster uma carga pesada. Em caso de
dvida, deve-se experiment-lo depois de a carga ter sido levantada alguns centmetros do piso. Se o
freio no funcionar, abaixa-se a carga no piso, de uma vez, e chama-se o encarregado ou a turma de
manuteno para ajust-lo ou repar-lo.
1o ponto:
usado para esticar o cabo
Fora
Para
cima
CORRETO
Carga
Gravidade
Carga
Piso
Fig. 5 - Subindo
Nota n 2
Off
Quando uma carga pesada suspensa e j se encontra fora do piso, deve-se ter em mente que os
dois primeiros pontos do controle do fora motriz reduzida para uma partida lenta. Se a carga vai ser
levantada acima do ponto em que j se encontra, deve-se verificar que ponto de controle foi usado
para dar partida ao motor, quando a carga ainda se encontrava no piso, e passar, rapidamente, para
esse ponto; caso contrrio, o gato poder descer devido ao peso de uma carga maior. Por esta razo,
mais aconselhvel descer-se, aos poucos, uma carga pesada para, em seguida, levant-la.
Controle do
guincho
Carga pesada
suspensa
Fig. 6
SENAI-RJ 31
No segundo ponto h um aumento de velocidade com o qual o gato vazio levantado, e ainda mais
torque para o levantamento de uma carga de peso mdio, que no pode ser levantada no primeiro
ponto por ser muito pesada.
No terceiro ponto verifica-se um aumento adicional de velocidade para o gato vazio e para uma
carga mdia. Tambm h mais fora ainda para uma carga pesada que, devido ao peso, no poderia
ser suspensa nem no primeiro nem no segundo ponto do controle.
O quarto ponto, bem como os subseqentes, do aumentos adicionais de velocidade at que seja
atingida a posio FULL ON (potncia mxima) que fornece a velocidade mxima com que o motor
deve levantar a carga.
Off
No primeiro ponto: pouca velocidade, baixo torque para levantar o gato vazio lentamente.
Controle do guincho
Fig. 7 - Levantando
Abaixamento
Nota no 1
Quando, na descida de uma carga, ela se aproxima do piso, reduz-se a velocidade, voltando-se a
manete do controle para a posio OFF. Quando estiver a poucos centmetros dele, so aconselhveis
dois procedimentos, a fim de assent-la cuidadosamente:
1. ou parar o motor, religando-o com o uso do primeiro ponto de controle,
2. ou ligar e desligar o primeiro ponto vrias vezes.
Quando o gato desce, a gravidade favorvel ao motor, de modo que as condies so exatamente
opostas ao caso de levantamento: uma carga pesada requer menos fora e tambm desce mais rpido
do que uma leve.
32 SENAI-RJ
Gravidade
Fora
Para
baixo
Carga
Controle do guincho
Fig. 8 - Descendo
Para se evitar uma carga pesada existem dois sistema que, sendo automticos, no do preocupao
ao operador. Um dos sistemas consiste de um freio de carga mecnico1, que montado dentro do
mecanismo do dromo para limitar a velocidade do motor, sob qualquer condio. Por ser primitivo, tem
sido amplamente substitudo pela descida dinmica um circuito todo eltrico, provido de um controle.
Ambos os sistemas so automticos e seguros.
Nota no 2
Quando preciso fazer movimentos fracionrios para arriar uma carga em um ponto desejado,
move-se o controle para a posio desligado (OFF). Devem-se evitar os movimentos entre esse dois
pontos. A operao muito rpida no d tempo para que o magnetismo do sistema eltrico atue
devidamente no ponto de soltar o freio; a operao morosa pode deixar que a carga desa muito longe
do ponto desejado. Com alguns treinos nesses movimentos, qualquer operador ficar em condies de
realizar perfeitamente essa operao. Os movimentos curtos, alm de proporcionarem aos homens do
piso uma sensao de segurana, eliminam tambm o desgaste desnecessrio do controle da ponte.
Carga
Beliscando
Piso
Fig. 9
SENAI-RJ 33
No primeiro ponto para abaixar, todas as cargas descem lentamente. Este o uso prprio desse
ponto. Se o controle foi deixado nessa posio, a carga pesada atingir uma velocidade mais alta do
que o gato vazio ou com uma carga leve.
No segundo ponto para abaixar, obtm-se um aumento de velocidade de todas as cargas.
O terceiro e os demais pontos do um aumento de velocidade com o controle na posio FULL ON
(potncia mxima).
1o ponto
Off
2o ponto
Demais pontos
Controle do guincho
Fig. 10 - Abaixando
Chave-limite
Para evitar que, ao subir, o gato da ponte ultrapasse o curso normal, as pontes so equipadas com
uma chave-limite. Um dos tipos mais comuns de chave-limite aquele que operado pelo prprio
gato. Outro tipo o que ligado ao dromo e desarma depois de um determinado nmero de voltas ou
de rotaes do dromo.
As chaves-limite so instaladas de modo a desligar a fora do motor o que, automaticamente, faz
atuar o freio dinmico. Quando a chave-limite operada, inverte-se o controle para abaixar o gato;
esta operao deve ser feita beliscando-se o controle, at que se obtenha a reposio da chavelimite. Algumas chaves-limite no somente desligam o motor da linha como tambm o fazem parar
rapidamente por meio de uma frenagem eltrica. Isso evita um arrastamento excessivo e permite
que a chave-limite seja ajustada com uma folga mnima entre o gato e o dromo, deixando, assim, um
curso maior que elimina a operao freqente da mesma.
Embora exista uma parada para cima, deve-se ter em mente que para baixo ela no existe. Se o
motor continuar ligado depois de o gato tocar o piso, o cabo sair da sua posio do dromo e comear
a se enrolar em sentido contrrio. Quando isto ocorrer, pra-se imediatamente a operao da ponte e
chama-se o encarregado sem perda de tempo, pois o enrolamento do cabo em sentido oposto pode
causar srios danos ponte.
34 SENAI-RJ
Alm disso, a chave-limite torna-se inoperante; se o cabo continuar a se enrolar em direo oposta,
o gato pode chocar-se contra o dromo, partir o cabo de ao e soltar a carga, danificando a ponte e
provocando srios acidentes com os homens do piso.
Teste
As regras a seguir, referentes ao teste de chaves-limite, esto em vigor na maioria das usinas onde
existe um grande nmero de pontes em operao. Foram cuidadosamente preparadas, com o intuito
de melhor orientar os operadores quanto ao mtodo correto que devem seguir.
A certeza de que a chave-limite est em boas condies de operao necessria durante todo o
turno, uma vez que o receio de um acidente ocasionado pela ultrapassagem do curso normal ser
afastado da mente do operador, capacitando-o para trabalhar com toda a segurana.
No incio de cada turno, recomenda-se que o operador verifique as condies de trabalho da
chave-limite, acionando o motor cuidadosamente de modo a suspender o gato da ponte. A chavelimite um dispositivo de segurana e, como tal, no deve ser usada como meio de parar o motor do
guincho, toda vez que o gato sobe. Um operador consciente e cuidadoso evita esta prtica, parando o
motor com o prprio controle, deixando que a chave-limite somente seja operada ou usada em caso de
emergncia.
SENAI-RJ 35
1. Leva-se a ponte para um lugar espaoso onde o gato, no caso de cair, no atinja ningum
embaixo, no piso, e nem danifique qualquer equipamento.
2. a) Suspende-se o gato at o ponto em que apenas toca a parte inferior da chave-limite e traz-se
o controle para a posio desligado (OFF).
b) Procede-se cuidadosamente desse ponto em diante, usando-se o primeiro ponto do controle.
Se a chave-limite estiver operando normalmente, o motor do guincho ser desligado e o controle
dever ser trazido para a posio desligado (OFF).
c) Durante este teste, observa-se o gato da ponte. Se ele no parar um pouco antes de tocar o
dromo, desliga-se rapidamente o motor, solicitando-se em seguida a presena do encarregado
responsvel.
3. a) Se a chave-limite funcionar bem sob as condies descritas anteriormente, o gato dever ser
abaixado meia altura do piso.
b) Em seguida, o controle deve ser levado at o ltimo ponto de subida, de modo que o gato
toque o peso da chave-limite a plena velocidade.
4. No caso de se observar anormalidade na parada pela chave-limite, comunica-se o fato ao
encarregado responsvel. O arrastamento excessivo pode ser causado pelo freio do guincho, que
poder estar desajustado, ou pela operao defeituosa da chave-limite. Verifica-se se o peso pra
sempre na posio correta.
Operao
Evite usar a chave-limite como um meio de parar o gato da ponte quando ela sobe. Trata-se de um
dispositivo de proteo para o operador e para os homens do piso, razo por que deve ser reservado
somente para os casos de emergncia.
Para as cargas altas que necessitam de ultrapassar o limite para ganhar altura, leva-se o gato a
uma parada completa, antes de entrar no curso da chave-limite.
Religa-se o motor do guincho usando-se uma velocidade reduzida at que a chave-limite seja
operada.
36 SENAI-RJ
Importante:
No se deve alterar a posio do peso da chave-limite para aumentar o
curso do gato, a menos que haja autorizao superior.
PARA FORA
PARA DENTRO
Fig. 13
SENAI-RJ 37
Nota n 1
O trole deve ser sempre colocado na direo da carga, de modo que, depois da lingada2 pronta, os
cabos se mantenham perpendiculares ao piso, permitindo que ela seja levantada no prumo.
Aps ser o trole estacionado mais ou menos sobre a carga que vai ser levantada, o operador deve
conservar a mo sobre o respectivo controle, para qualquer correo necessria do mesmo, exatamente
na direo da carga.
Empurrar para
movimentar o
trole para fora
Fig. 14
Nota n 2
Para se parar um trole que no seja equipado com freio, aplica-se a reverso ao respectivo motor,
acionando-se a manete do controle na direo oposta quela em que o trole est se deslocando.
Quando se der a parada, a manete deve ser trazida para o centro, na posio OFF.
Sob condies normais, recomenda-se que o primeiro ponto seja usado para forar o motor a parar
com a reverso. Usando-se o segundo, o terceiro ou os demais pontos do controle, a parada do trole
mais rpida, o que, entretanto, poder provocar o deslizamento das rodas, alm de ser prejudicial ao
motor e ao mecanismo do trole. Assim, esses pontos devem ser evitados por estancarem os motores.
Trole
Ponte
Piso
ERRADO
CERTO
No arrastar a
carga nesta
posio
Carga
Piso
Fig. 15
38 SENAI-RJ
O exposto anteriormente aplica-se a um controle manual que leve os circuitos principais diretamente
ao motor; a posio da manete do controle determina, assim, a quantidade de energia para o motor.
Quando usado o controle magntico, uma pequena chave de comando permite ao operador escolher
a direo desejada. Os circuitos principais para o motor so feitos pelos contatores magnticos do
painel de controle e o fechamento desses contatores controlado por meio de rels que comandam as
operaes de acelerao ou de estancamento. Por este mtodo automtico, ao se centralizar o trole
por meio da reverso, o motor no forado, quer esteja a manete no primeiro ponto, no ltimo ou nos
pontos intermedirios. Quando o trole parar, a manete deve ser levada para a posio desligado (OFF).
Caso contrrio, o trole ser acelerado em direo oposta.
Nota n 3
A maioria das pontes no provida de chave-limite na extremidade, para desligar a fora e fazer
parar o motor do trole.
Os trilhos do trole so equipados com batentes nas extremidades, devendo-se tomar muito cuidado
para se evitar que eles sejam atingidos pelo trole em alta velocidade, o que pode ocasionar um
descarrilamento perigoso.
Para se fazer com que o trole encoste nos batentes, a fim de levantar ou abaixar uma carga na
extremidade da ponte, recomenda-se que ele seja levado at uma pequena distncia dos batentes e a
parar. Em seguida, por meio de movimentos curtos, ele ser deslocado at tocar neles; ajusta-se,
ento, a manete do controle no centro, na posio OFF. Deve-se ter sempre em mente que o trole no
tem freio e que, portanto, seus movimentos so livres.
Batentes do trole
Ponte
Controle do trole
Fig. 16
SENAI-RJ 39
Nota n 4
No se deve movimentar o trole a longa distncia com a manete colocada nos pontos intermedirios.
Alguns troles correm com muita facilidade porque so providos de mancais com rolamentos. Quando
se observa que o trole se movimenta com muita rapidez e que a manete j se encontra no ltimo ponto
do controle, no se deve traz-la para o meio do controle e, sim, para a posio de desligado (OFF).
Deixa-se o trole andar lentamente e parar no ponto desejado, aplicando-se uma reverso no motor.
No deixe a manete aqui
quando operar a longa distncia
Toda fora
Toda fora
Controle do trole
Fig. 17
PARA TRS
Fig. 18
40 SENAI-RJ
ponte
Guincho
p/cima e p/baixo
Trole
p/dentro p/fora
Ponte
p/ a frente
p/trs
Guincho
p/cima p/baixo
Trole
p/dentro p/fora
Os quatro cantos da ponte so equipados com pra-choques de mola, dos quais no se deve
depender para operar a ponte.
Fig. 19
Esses pra-choques constituem um meio de segurana para proteger as extremidades dos edifcios
e outra ponte que esteja nas mesmas vigas de rolamento.
Antes de se atingir a extremidade das vigas de rolamento, pra-se a ponte completamente. Depois,
com movimentos curtos e lentos, completa-se o trajeto, at que os pra-choques da ponte e das vigas
de rolamento se toquem levemente.
Rels direcionais contra reverses bruscas protegem as pontes, mas no aceitam reverso
instantaneamente.
Parar
Mover
devagar
Fig. 20
SENAI-RJ 41
Nota n 2
Se a ponte for equipada com controles manuais, sua acelerao se far movendo-se a manete,
gradativamente, na direo desejada. A acelerao correta elimina a patinao das rodas da ponte,
permite carga, que est pendurada, adquirir o impulso quase na mesma proporo que a ponte e
evitar, a esta e ao motor, esforos desnecessrios. Se for usado o controle magntico master switch,
a manete pode ser levada de uma s vez at o fim do controle, pois a acelerao automtica e se
processa por meio de rels adequados.
Controle Manual
Acelerar, devagar,
ponto por ponto.
Controle
Magntico
A manete pode
ser levada, de
uma s vez, at
o fim.
Fig. 21
Quando o operador passa de uma ponte equipada com controle manual para outra, de controle
magntico, deve ter em mente que, nesta ltima, a acelerao se processa automtica e
proporcionalmente capacidade que o motor possui de adquirir velocidade e de mover a carga, no
podendo, assim, ser forado como no caso do controle manual. O operador deve tambm observar se
as chaves do controle esto localizadas na mesma posio das existentes na ponte anterior, a fim de
evitar enganos.
Nota n 3
O fato de se tirar, rapidamente, o balano da carga, depois de j se ter percorrido uma certa
distncia e de j se estar prximo do ponto onde ela deve ser arriada, indica que o operador um
veterano experiente. O balano o resultado da conexo flexvel entre a ponte e a carga (cabo de ao
da ponte).
Quando se liga o motor da ponte, ela imediatamente se movimenta. A carga, porm, fica ligeiramente
para trs, com o cabo de ao formando um ngulo com a faca perpendicular.
Quando a ponte tem a sua marcha diminuda em virtude da aplicao do freio, o impulso da carga
no contido imediatamente, o que resulta num balano da mesma para a frente e, nesta posio
avanada, exerce um puxo na ponte.
42 SENAI-RJ
Ponto
Carga
Fig. 22
Um operador experiente tira vantagem deste balano avanado, para evitar que o gato sofra um
impulso quando a ponte j estiver completamente parada. Em lugar de permitir que a carga passe do
ponto em que vai ser arriada e depois volte atrs at atingir o prumo, deve-se, no momento em que a
carga estiver exatamente sobre o local de descida, acelerar rapidamente para a frente, de modo que
tanto a carga como a ponte possam ter seus movimentos interrompidos, quando atingirem exatamente
o local de descarga.
Nota n 4
No se deve operar a ponte a longas distncias pelas vigas de rolamentos com a manete do
controle mal ajustada entre as posies de desligado (OFF) e potncia mxima (FULL ON). Isso no
s resulta em desperdcio de energia, como aquece o controle. Ao se notar que a velocidade excessiva,
volta-se o controle para a posio OFF e movimenta-se a ponte devagar. Religa-se o motor se houver
necessidade.
GLOSSRIO
1. Freio de carga mecnico - freio de trava, que atua somente na descida de carga. Quando
esta sobe, o freio solto, de modo que no haja nenhum arrastamento no motor.
2. Lingada - poro de objetos ou carga que a linga3 levanta de uma vez num pau de carga ou
guindaste.
3. Linga - estropo grande de cabo ou corrente; rede para iar ou arriar cargas pesadas.
SENAI-RJ 43
Regras de segurana
para servios de
manuteno em
pontes rolantes e
vigas de rolamento
Nesta Seo ...
Desligamento da chave geral
Operador de Ponte Rolan Regras de Segurana para Servios de Manuteno em Pontes Rolantes e Vigas de Rolamento
Operador de Ponte Rolante Regras de Segurana para Servios de Manuteno em Pontes Rolantes e Vigas de Rolamento
48 SENAI-RJ
Princpios bsicos
do funcionamento
dos equipamentos
eltricos das
pontes rolantes
Nesta Seo ...
Motores
Controladores
Freios eltricos
Chaves-limite
Operador de Ponte Rolante Princpios Bsicos do Funcionamento dos Equipamentos Eltricos das Pontes Rolantes
Funcionamento
Os equipamentos eltricos das pontes rolantes consistem essencialmente de motores, controladores,
freios e chaves-limite, cujos princpios bsicos de funcionamento passaremos a descrever.
Motores
Os motores eltricos possuem duas partes fundamentais: o estator e o rotor.
O estator composto pela carcaa, plos de campo, bobina de campo e ainda pelas tampas da
carcaa onde esto localizados os porta-escovas e os mancais que sustentaro o eixo do motor.
O rotor se compe de um eixo no qual so fixados o coletor (quando tratar-se de mquina de
corrente contnua) e um ncleo de ferro laminado com ranhuras nas quais so enroladas as bobinas
que constituem o enrolamento do rotor.
Casquete ou focinho
Mola de escova
Escova
Porta-escova
Coletor
Armadura
Conjunto de
escovas
Carcaa
Bobina do campo
Plo do campo
(laminado)
Fig. 1
SENAI-RJ 51
Operador de Ponte Rolante Princpios Bsicos do Funcionamento dos Equipamentos Eltricos das Pontes Rolantes
Controladores
Para que se realizem operaes mecnicas, tais como partida, acelerao, desacelerao, reverso
e parada nos diversos equipamentos de uma ponte rolante, devemos estar aptos a controlar o fluxo de
corrente eltrica no circuito do motor acionador do referido equipamento. Isso feito atravs do uso
do controlador, que projetado para realizar as mudanas desejadas no circuito eltrico do motor
(usualmente chamado de circuito de potncia).
A operao do equipamento de controle (controlador) pode ser descrita simplificadamente como segue:
Linha de alimentao eltrica
L+
LResistor
Painel de controle
Chave de comando
Motor
Fig. 2
52 SENAI-RJ
Operador de Ponte Rolante Princpios Bsicos do Funcionamento dos Equipamentos Eltricos das Pontes Rolantes
Freios eltricos
Todos os freios eltricos so projetados de forma a serem liberados quando circular corrente
eltrica em seu enrolamento. Em outras palavras, eles so atuados por mola e liberados eletricamente.
Assim, quando aplicada uma corrente eltrica na bobina do freio, estabelecido um campo
magntico suficientemente forte para vencer a fora da mola e atrair um mbolo ou placa de ao, cujo
movimento se transmite por meio de alavancas s sapatas do freio, que, ento, se afastam da polia
liberando-o.
SENAI-RJ 53
Operador de Ponte Rolante Princpios Bsicos do Funcionamento dos Equipamentos Eltricos das Pontes Rolantes
Mola
Bobina do freio
Sapata do
freio
+
_
Bobina do freio
Mola
Fig. 3
Quando a corrente eltrica interrompida, o campo magntico deixa de existir e a ao da mola faz
com que as sapatas comprimam a polia, atuando o freio.
Esses freios so sempre instalados de forma a serem liberados quando se aplica corrente ao motor, e
atuados quando ela for interrompida. A operao do freio, portanto, totalmente independente do operador.
Chaves-limite
As chaves-limite so dispositivos para controlar eletricamente ou limitar o movimento de equipamentos
mecnicos. Podem ser usadas para limitar o curso de uma mquina, para par-la em determinado
ponto, para alterar seu movimento durante fases de seu ciclo de operao ou proporcionar intercmbio
entre dois ou mais acionadores, para citar alguns dos usos mais comuns.
As pontes rolantes so equipadas com uma chave-limite que evita que o gato da ponte, ao subir,
ultrapasse o seu curso normal, atravs do desligamento do motor.
Um de seus tipos mais comuns aquele operado pelo prprio gato. Outro tipo o que ligado ao
dromo e est pronto a operar depois de um determinado nmero de voltas ou rotaes desse ltimo. A
primeira, tambm chamada Tipo Fora, isto , aquela ligada diretamente no circuito de potncia do
motor, a mais utilizada e tem vantagens definitivas sobre a segunda, tambm, chamada de Tipo
Controle, isto , aquela ligada no circuito de controle, porque no s desliga o motor da linha, como
tambm o faz parar rapidamente por meio de uma frenagem eltrica.
54 SENAI-RJ
Operador de Ponte Rolante Princpios Bsicos do Funcionamento dos Equipamentos Eltricos das Pontes Rolantes
C
B
D
A
Chave-limite
tipo fora
C
D
A
Chave-limite
tipo controle
Fig. 3
A chave-limite um dispositivo de segurana e, como tal, no deve ser usada como meio de parar
o motor do guincho, toda vez que o gato sobe. Um operador consciente e cuidadoso evita esta prtica,
parando o motor com o prprio controle, deixando que a chave-limite somente seja operada ou usada
em caso de emergncia.
GLOSSRIO
1. Torque termo que exprime a capacidade de um motor para exercer fora ou para girar em
torno de seu eixo e produzir trabalho. O torque de um motor pode ser alterado por meio de um
controle, de acordo com as necessidades da carga.
SENAI-RJ 55
Informaes gerais
sobre operao do
equipamento eltrico
Nesta Seo ...
Guincho
Ponte e trole
Guincho
Os movimentos do guincho so comandados pela chave de comando (manete) correspondente, e
controlados por circuitos eltricos especialmente projetados para este fim.
O movimento do guincho na direo de subir, evidentemente, sempre solicita potncia do motor,
com ou sem carga lingada. Na direo de descer, esta potncia solicitada quando o guincho desce
sem carga ou com cargas leves lingadas. Quando desce com a carga pesada, porm, esta tende a
arrastar o motor. Neste caso torna-se necessria uma frenagem para controle de velocidade.
Levantamento
Avanando a chave de comando (manete) para o primeiro ponto para subir, o freio liberado e o
movimento ascendente do guincho iniciado lentamente, devido ao baixo torque do motor, causado
pela grande quantidade de resistncia existente no circuito.
O aumento dos valores do torque e da velocidade de levantamento obtido nos pontos subseqentes
da chave de comando (manete), diminuindo-se gradativamente a quantidade de resistncia no circuito
do motor. No ltimo ponto, o motor ligado diretamente linha, ou seja, sem nenhuma resistncia no
circuito e o guincho atingir sua velocidade mxima de subida.
Em qualquer posio do guincho, a chave de comando (manete) pode ser centrada para aplicar o
freio e parar o movimento ascendente.
Abaixamento
Acionando a chave de comando (manete) no sentido DESCER, o freio liberado e o motor fornece
torque para acionar o guincho no sentido de abaixar, quando a carga for leve. Quando for pesada e
tender a arrastar o motor, este fornecer um torque em sentido contrrio ao de abaixamento, ou seja,
fornecer uma frenagem dinmica para controlar a velocidade de descida da carga. A variao da
SENAI-RJ 59
Ponte e trole
O controle projetado para controlar os movimentos da ponte ou do trole do tipo reversvel, com
frenagem por reverso.
O motor acionador da ponte ou do trole ligado linha de alimentao com resistores de acelerao
no circuito. O sentido de rotao selecionado pela chave de comando, no seu primeiro ponto. As
variaes de velocidade e torque so obtidas nos pontos subseqentes, variando-se a quantidade de
resistncia no circuito do motor. Quando o ltimo ponto selecionado, o motor ligado diretamente
linha de alimentao, atingindo a sua velocidade mxima.
60 SENAI-RJ
Chaves principais
de deslocamento
Nesta Seo ...
Recomendaes de segurana
Recomendaes de segurana
Ligar
Se encontrar a chave de emergncia desligada, no a ligue, ainda que seja para iniciar o seu trabalho, at
constatar que ningum est trabalhando em algum setor da ponte.
Antes de desligar a chave de emergncia, verifique se todas as chaves de comando esto em posio
desligado (OFF).
No tire nunca um feixe de segurana de qualquer chave, a no ser que voc mesmo o tenha colocado.
Desligar
Deixe as chaves de comando na posio desligado (OFF), aplique os freios e abra a chave geral,
sempre que sair da ponte.
Se um controle qualquer acusar defeito (agarrar ou no obedecer), desligue rapidamente a chave
de emergncia, e chame o eletricista.
SENAI-RJ 63
Durante a inspeo, reparos, limpeza ou lubrificao da ponte, mantenha a chave geral desligada e
trancada com o cadeado de segurana.
Ao parar a ponte para que algum suba nela, desligue a chave de fora e s volte a lig-la quando
a pessoa j tiver subido.
64 SENAI-RJ
Acessrio Eletrom
Nesta Seo ...
Constituio
Informaes gerais de operao recomendaes de segurana
Constituio
Fig. 1 - Eletrom
Carcaa
a parte externa do eletrom, onde so fixadas as correntes para a sustentao do mesmo.
Enrolamento
constitudo de bobinas de fio de cobre isolado que, quando percorridas por corrente eltrica,
criam um forte campo magntico.
SENAI-RJ 67
O enrolamento, depois de isolado com mica ou materiais equivalentes, colocado dentro de uma
caixa metlica na qual introduzida uma massa isolante que preenche completamente os espaos
entre o enrolamento e essa caixa.
Carcaa
Caixa da bobina
Aro
Bobinas
Placa antimagntica
feita de material antimagntico altamente resistente ao desgaste, protegendo, assim, o enrolamento
do eletrom.
Aro
o plo exterior do eletrom. confeccionado em ao resistente e fixa a placa antimagntica.
Cone
o plo interior ou central do eletrom. confeccionado em ao resistente, e tambm fixa a placa
antimagntica.
68 SENAI-RJ
Carcaa
Caixa da
bobina
Placa
antimagntica
Cone
Aro
Fig. 3
sinal de que o magnetismo no foi totalmente anulado e, portanto, h qualquer problema no controle.
Nesse caso, chame imediatamente o eletricista, pois a operao incorreta desse controlador pode
danificar o eletrom, ou mesmo causar acidentes graves.
Cabos de alimentao
Nunca deixe bater a caixa de terminais do eletrom.
Mantenha a caixa de terminais fechada, para evitar o acmulo de sujeira e eventual curto-circuito.
Quando for necessrio, retire o eletrom de servio. Nunca desfaa voc mesmo a ligao dos
cabos eltricos, nem use outros meios para tal. Para isto, chame um eletricista tomando sempre o
cuidado de desligar a chave de segurana, antes de abaixar o eletrom.
Evite que os eletroms tenham movimento rotativo quando em uso, pois os cabos de ao podem
embaraar-se com os cabos eltricos, danificando-se ambos.
70 SENAI-RJ
Sempre que possvel, colocar o eletrom fora do cho e sobre blocos, para proteg-lo contra
umidade.
SENAI-RJ 71
Lubrificao das
pontes rolantes
Nesta Seo ...
Pontos a serem lubrificados
Engrenagens
As engrenagens contidas nas caixas redutoras ou alojamentos so lubrificados com leos de extrema
presso, a saber: EPF-90 ou EPF-130, de acordo com as condies do tampo.
As caixas ou os alojamentos devem ser verificados pelo menos uma vez por semana, retirando-se
a vareta de imerso do nvel de leo ou observando-se o indicador da torneira de purga. Pode-se
adicionar leo atravs do tubo do nvel de leo ou do bico do respiradouro no topo da caixa.
Ao adicionar leo, importante no encher acima do indicador de nvel superior na vareta de
imerso ou da torneira de purga.
76 SENAI-RJ
Motores
So lubrificados pelos eletricistas de manuteno.
Outros rolamentos
Deve-se ench-los com pistola manual ou acionada pneumaticamente, at que a graxa aparea de
um ou outro lado do rolamento.
SENAI-RJ 77
Inspeo em
cabos de ao
Nesta Seo ...
Objetivo
Funo do cabo de ao
Importncia do cabo de ao
Componentes de um cabo de ao
Tipos de cabo de ao
Formao da perna
Formao do cabo
Especificao de um cabo de ao
Acabamento
Itens a serem inspecionados em um cabo de ao
Objetivo
Otimizar a sua utilizao e garantir a segurana operacional do equipamento.
Funo do cabo de ao
Estabelecer ligao entre o mecanismo de iamento do guincho e a barra de carga.
Importncia do cabo de ao
um componente de vital importncia ao funcionamento e segurana operacional de uma ponte rolante.
Componentes de um cabo de ao
Arame
Alma
Arame central
Perna
Cabo de ao
Fig. 1
SENAI-RJ 81
Tipos de cabo de ao
Alma de ao
Alma de fibra
Formao da perna
Arame
Arame central
Perna
Fig. 2
Formao do cabo
Perna
Alma
Cabo
de ao
Fig. 3
82 SENAI-RJ
Especificao de um cabo de ao
So dados essenciais para esta finalidade:
dimetro
construo (nmero de pernas e fios e composio)
tipos de alma (fibra ou ao)
toro
acabamento (polido, galvanizado ou inox)
resistncia trao dos arames (MPS, PS, IPS, EIPS)
Exemplo:
Cabo de ao de 13mm, 6 x 25 filler + AF, toro regular direita, polido, IPS.
Acabamento
O acabamento dos cabos depende da sua atualizao. Assim:
Cabos polidos
Os arames no possuem nenhuma proteo superficial alm da lubrificao do cabo.
Aplicaes normais: escavadeira, guindastes, pontes rolantes, guinchos, etc.
Fig. 4
Fig. 5
3. deformaes de um cabo de ao
Fig. 6
84 SENAI-RJ
4. amassamento em um cabo de ao
Fig. 7
5. formao de ns em um cabo de ao
Fig. 8
SENAI-RJ 85
FIRJAN
CIRJ
SESI
SENAI
IEL
FIRJAN
SENAI
Federao
Servio Nacional
das Indstrias
de Aprendizagem
Rio de Janeiro RJ
do Estado do
Industrial do
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Central de Atendimento:
0800-231231