O Direito de Fotografar em Portugal de Mário Serra Pereira
O Direito de Fotografar em Portugal de Mário Serra Pereira
O Direito de Fotografar em Portugal de Mário Serra Pereira
DIREITO
FOTO
GRAFAR
PORTUGAL
DE
EM
FICHA TCNICA
P.02
AVISO LEGAL
A informao contida neste documento vlida data da sua elaborao, mas no aconselhamento legal. Reflete uma opinio geral, baseada na lei vigente, em matria de direito a
fotografar. Qualquer aplicao ao caso concreto carece de apreciao detalhada e anlise
dos diplomas legais pertinentes. Os utilizadores desta informao devem aceit-la como est
e consultar um advogado ou outro profissional do direito para os problemas concretos que
encontrarem. Neste contexto, o autor ou distribuidor deste folheto no podem ser responsabilizados por qualquer situao baseada ou relacionada com a utilizao do mesmo.
Os contedos deste documento esto licenciados sob uma Licena Creative Commons. 1) O
utilizador deve dar crdito ao autor original, da forma especificada pelo autor ou licenciante.
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criar outra obra com base nesta, s poder distribuir a obra resultante atravs de uma licena
idntica a esta: 3.1) Para cada reutilizao ou distribuio, dever deixar claro para outros os
termos da licena desta obra. 3.2) Qualquer uma destas condies podem ser renunciadas,
desde que obtenha permisso por parte do autor. 3.3) Esta licena no anula ou restringe os
direitos morais do autor.
P.03
NDICE
1. Introduo
P.05
2. O direito de fotografar
P.06
P.08
P.12
5. Fotografia de pessoas
P.15
P.19
7. Em sntese
P.24
P.04
INTRODUO
Podemos fotografar em locais pblicos? O que so Direitos de Autor? E o Direito Imagem? No obstante vivermos num mundo onde a imagem cada vez
mais utilizada inclusivamente com novas e mais amplas formas de divulgao, tal como a Internet , existe ainda muita confuso no que diz respeito
aos princpios ticos e s leis que regem a atividade fotogrfica (assim como
outras vertentes da imagem). Regras e excees que determinam a (no) utilizao de cada fotografia, e guiam o profissional, tornando-o conhecedor e
consciente dos direitos e deveres inerentes sua atividade.
Com este ebook, pretendem-se tornar mais claras e acessveis todas essas
questes.
Boa leitura!
P.05
1.
O DIREITO
DE FOTOGRAFAR
P.07
2.
FOTOGRAFIA
EM LOCAIS
PBLICOS
P.09
Pode haver limitaes em certas reas, devidamente assinaladas, onde a recolha de imagens (mesmo a partir de rea pblica) possa pr em causa a segurana de pessoas e bens, como sejam, por exemplo, certos pormenores de
aeroportos, portos e outras instalaes industriais (produo de energia, barragens, etc.), tribunais e outras instalaes judiciais.
Em geral, necessria autorizao especfica para o caso de fotografia com
finalidades lucrativas. Existem legislao e regulamentos municipais que
convm conhecer no caso de se pretender realizar trabalhos desta natureza,
nomeadamente no caso de ocupao da via pblica.
Os fotgrafos amadores devem ter presente que, apesar de algumas das restries aplicveis aos profissionais no lhes serem destinadas, em certas circunstncias, podem ser abrangidos por esta regulamentao por ex. se ocuparem a via pblica de modo a perturbar a sua normal utilizao.
Deve ser tida em considerao a possvel incluso de logotipos ou marcas
registadas, sujeitas a proteo. Se no possvel remover elementos existentes na via pblica ou nesta acessveis, tambm verdade que existe proteo
sobre as mesmas que tem de ser respeitada. Especialmente no caso de fotografia com intuito lucrativo deve haver o cuidado de no incluir este tipo de
elementos ou de garantir as necessrias autorizaes.
P.10
P.11
3.
FOTOGRAFIA
EM LOCAIS
PRIVADOS
OU DE ACESSO
AO PBLICO
A tomada de imagens dentro de propriedade privada carece de
autorizao. Devem ser tomadas as precaues necessrias,
especialmente em zonas claramente delimitadas.
P.12
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P.15
4.
FOTOGRAFIA
DE PESSOAS
O Direito Imagem abrange a figura humana e/ou a sua reproduo em termos tais que tornem reconhecvel ou identificvel uma pessoa individualmente considerada. Pode envolver
apenas partes do corpo. Basta que o prprio nela se reconhea.
P.16
P.17
P.19
5.
ATUAO DAS
AUTORIDADES
JUDICIRIAS
E DE POLCIA
Ciente da existncia de limites ao direito a fotografar, importante que o fotgrafo saiba quais os parmetros de atuao
das autoridades policiais e judicirias, sobretudo no que respeita ao momento da abordagem na rua e eventual deteno.
P.20
a) Quanto aos meios de prova Os rgos de polcia criminal podem praticar os atos cautelares necessrios e urgentes para assegurar os meios de prova, nomeadamente proceder a apreenses.
b) Identificao Os rgos de polcia criminal podem proceder identificao de qualquer pessoa encontrada em lugar pblico, aberto ao pblico ou
sujeito a vigilncia policial, sempre que sobre ela recaiam fundadas suspeitas
da prtica de crimes.
_Antes de procederem identificao, os rgos de polcia criminal devem
provar a sua qualidade, comunicar ao suspeito as circunstncias que fundamentam a obrigao de identificao e indicar os meios por que este se pode
identificar.
_O suspeito pode identificar-se mediante a apresentao do carto de cidado
ou passaporte. Na impossibilidade de apresentao de um destes documentos,
o suspeito pode identificar-se mediante a apresentao de documento original,
ou cpia autenticada, que contenha o seu nome completo, a sua assinatura e
a sua fotografia. Se no for portador de nenhum documento de identificao,
o suspeito pode identificar-se por um dos seguintes meios: comunicao com
uma pessoa que apresente os seus documentos de identificao; deslocao,
acompanhado pelos rgos de polcia criminal, ao lugar onde se encontram
os seus documentos de identificao; reconhecimento da sua identidade por
uma pessoa identificada nos termos referidos, que garanta a veracidade dos
dados pessoais indicados pelo identificando.
_Na impossibilidade de identificao nos termos descritos, os rgos de polcia criminal podem conduzir o suspeito ao posto policial mais prximo e
compeli-lo a permanecer ali pelo tempo estritamente indispensvel identificao, em caso algum superior a seis horas. Ali realizam, em caso de necessidade, provas dactiloscpicas, fotogrficas ou de natureza anloga e convidam o identificando a indicar residncia onde possa ser encontrado e receber
comunicaes.
_Os atos de identificao levados a cabo nestes termos so sempre reduzidos
a auto e as provas de identificao dele constantes so destrudas na presena do identificando, a seu pedido, se a suspeita no se confirmar. Ser sempre
facultada ao identificando a possibilidade de contactar com pessoa da sua
confiana.
P.21
5.2 DETENO
Flagrante delito: todo o crime que se est a cometer ou acabou de ser cometido.
_A deteno pode ocorrer em caso de flagrante delito, por crime punvel com
pena de priso. Pode ser praticada por qualquer autoridade judiciria ou entidade policial e ainda por qualquer pessoa, se uma das entidades referidas
anteriormente no estiver presente nem puder ser chamada em tempo til.
_Tratando-se de crime cujo procedimento dependa de queixa (como pode ser
o caso de algumas situaes referentes ao direito imagem), a deteno s se
mantm quando, em ato a ela seguido, o titular do direito respetivo o exercer
(ex., apresentao de queixa).
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constitudo arguido todo aquele contra quem for deduzida acusao ou requerida instruo num processo penal.
P.23
5.4 INDEMNIZAO
P.24
EM SNTESE
P.25
CONTACTOS
INSTITUTO
PORTUGUS
DE FOTOGRAFIA
LISBOA
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Telef. [+351] 213 147 305 | ipf.lisboa@ipf.pt
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