Estudo Limpeza de Fachadas de Edificios
Estudo Limpeza de Fachadas de Edificios
Estudo Limpeza de Fachadas de Edificios
CSTC
CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DE LA CONSTRUCTION
NOTA INFORMATIVA
TCNICA 197
LIMPEZA DE FACHADAS
(SUBSTITUI A NT 121)
Membros :
Engenheiros animadores :
Publicao de carcter cientfico visando dar a conhecer os resultados dos estudos e das
pesquisas conduzidas no domnio da construo na Blgica e no estrangeiro.
2 LIMPEZA DE FACHADAS
3.2.3 Betes
3.4 Revestimentos e juntas
3.4.1 Rebocos e pinturas
3.4.2 Juntas
3.5 Outros materiais
4.1 Sujidades
4.2 Eflorescncias
4.3 Modificaes da superfcie
4.4 Estado geral da superfcie e sua incidncia na limpeza
5 TCNICAS DE LIMPEZA
8 PROBLEMAS ESPECFICOS
9 CONCLUSO
BIBLIOGRAFIA
A limpeza das fachadas, bem entendido, no s deve ser apenas considerada como
uma interveno esttica, mas tambm como um meio de prolongar a vida dos seus materiais.
Devia, por isso, fazer parte da manuteno normal das edificaes. Todavia, a limpeza uma
operao delicada que pode produzir prejuzos irreversveis se no for encarada com
discernimento e conduzida com ateno e ajuda de tcnicas especializadas.
Nada menos surpreendente pois a noo de limpeza de fachadas era ainda nova e
no existiam tcnicas adaptadas aos materiais de construo. Recorria-se geralmente a
Nesta ptica, a presente Nota prope-se fornecer aos prticos, arquitectos e donos de
obras uma relao dos diferentes mtodos de limpeza utilizveis e de os ajudar numa primeira
seleco das tcnicas a encarar em funo dos materiais e dos tipos de obras em questo.
Como aconselhado diversas vezes nesta Nota, um ensaio de limpeza preliminar sobre
uma superfcie restrita particularmente til a fim de se reduzirem os riscos de posteriores
diferendos.
Sempre que o material esteja alterado, a limpeza deve igualmente servir para pr em
evidncia as partes degradadas e para travar a progresso da alterao por um tratamento
adequado de conservao. Em certos casos, definir-se- se as reparaes devem ser
efectuadas, quer nos materiais constitutivos, quer nas suas juntas.
Ser tambm definido se, uma vez limpa, a fachada deve ser objecto de tratamentos
de proteco (hidrofugao ou tratamentos antigraffiti), sabendo-se que estes tratamentos no
substituem posteriores limpezas, mas facilitam a conservao com emprego de mtodos
suaves (no abrasivos). Assinale-se, j agora, que estes tratamentos tm a tendncia a
acentuar as tonalidades naturais dos materiais, fenmeno que pode ser, em certos casos, mal
aceite depois da limpeza.
A Blgica possui numerosos grs e quartzitos, entre os quais podemos citas os grs de
Condroz ou grs fammeniens que so quase sempre os mais usados -, os grs ferruginosos
de Diesten e do Bruxellien (brandos a muito brandos, castanho avermelhados), os grs de
Andenne (muito resistentes, branco rosados), os quartzitos do Landnien (muito rijos,
esbranquiados), ...
3.1.5 GRANITOS
3.2.3 BETES
Os betes decorativos :
De inertes aparentes
Lisos
Polidos
Os betes celulares.
Pondo de parte a manuteno corrente com gua quando os acabamentos esto sos
e aderentes, a limpeza destes diferentes revestimentos base de cargas (e / ou pigmentos) e
de ligantes (cimento, cales, silicatos alcalinos, ...) ou resinosos (acrlicos, vinlicos, ...) limita-se
na maioria dos casos obteno de uma superfcie apta a receber uma nova camada de
acabamento.
3.3.2 JUNTAS
Conforme se trate de juntas rgidas de argamassa (cimento ou cal + cimento) ou de
juntas elsticas e plsticas (polissulfatos, silicones, acrlicos, poliuretanos, butlicos, ...) o seu
comportamento sob a s aces de limpeza ser diferente. Na escolha das tcnicas de limpeza,
o comportamento das juntas certamente tomado em considerao mas, mais
frequentemente, de maneira complementar relativamente aos resultados a obter no material
principal da fachada. Notemos, no entanto, que certas tcnicas de limpeza preconizadas para
os materiais de fachada rijos e compactos (ver tabela 2) podem degradar muito rapidamente as
juntas friveis e / ou pouco aderentes.
4.1 SUJIDADES
O termo sujidade engloba :
Fig. 3 Deposies
4.2 EFLORESCNCIAS
As eflorescncias so formaes salinas que aparecem nos materiais porosos
submetidos a gradientes ou variaes de humidade. Esto relacionadas com a migrao para
superfcies de evaporao dos sais que esto contidos nos materiais, quer trazidos pelas
fontes de humidificao, quer provocados por reaces qumicas dos materiais entre si ou dos
materiais com o ambiente.
Fig. 4 Crostas
O estado geral de uma fachada resulta dos estados particulares dos materiais que a
compem. Pode ser caracterizado pela localizao, grau e extenso da sujidade e das
modificaes da superfcie. Podemos, por exemplo, fazer uma distino em :
Existem numerosas tcnicas para a limpeza das fachadas, que podem ser classificadas
em trs grandes famlias :
Limpezas qumicas
Limpezas mecnicas
5.1.1.1 DEFINIO
Em certos casos, esta tcnica permite obterem-se bons resultados, por exemplo sobre
a pedra calcria azul.
Infiltraes no interior da
edificao;
Graves alteraes dos
revestimentos interiores das
paredes, aparecendo por vezes
diversos meses aps a aplicao
do procedimento;
Formao de bolores, algas e
musgos;
Aparecimento de manchas
acastanhadas difceis de eliminar
(figura 5) e ocasionadas pela
migrao para a superfcie dos
sais de ferro contidos na areia da
argamassa ou em certos
materiais, ou por uma reaco
entre os alcalis do cimento das
juntas e as matrias orgnicas
presentes em quantidades mais
ou menos importantes nas pedras
naturais;
Danos provocados pelo gelo nos
materiais impregnados de gua;
Dissoluo mal controlada das
crostas superficiais podendo
sensibilizar o material para
alteraes futuras. Fig. 5 Manchas amareladas
5.1.1.4 CONCLUSES
Este mtodo, utilizado por exemplo para amolecer as deposies negras de gesso
sobre a pedra calcria, consiste em se pulverizar por meio de rampas munidas com bicos de
asperso um mnimo de gua sobre a superfcie do material, sem escorrimento propriamente
dito, o que, num primeiro tempo, intil. As pulverizaes so de curta durao e
entrecortadas por perodos de paragem, sendo o objectivo manter-se a superfcie
continuamente hmida sem saturao do material no corao. A deposio assim
amolecida por dissoluo parcial e de seguida removida por meio de um jacto de gua
(mximo 2 Mpa).
ecolgico.
5.1.2.4 CONCLUSES
Esta tcnica consiste na projeco sob presso de vapor de gua saturado contra a
fachada. Convm muito bem se as sujidades no estiverem muito incrustadas e permite aos
materiais conservar a sua patine.
Amolecimento da sujidade pela gua condensada que escorre pela fachada. Este
escorrimento substitui parcialmente a pulverizao prvia com gua.
No h produo de poeiras.
O procedimento ecolgico.
No h produo de poeiras;
Este mtodo provoca uma degradao muito rpida das juntas friveis ou no
aderentes.
5.1.4.4 CONCLUSES
Esta tcnica parece convir limpeza dos materiais duros e compactos e est
particularmente adaptada para a manuteno regular de fachadas hidrofugadas sendo certo
que simples e que no deve diminuir sensivelmente o carcter hidrfugo dos materiais.
Aps um tempo de reaco variando para a maioria dos produtos entre 5 e 30 minutos,
o conjunto da fachada tratada enxaguada com gua sob presso ou com vapor. Este
enxaguamento, executado sob presses podendo atingir por vezes 8 MPa conforme a natureza
e o relevo das superfcies, visa descolar a sujidade e eliminar ao mximo os produtos
utilizados.
A neutralizao por vezes praticada aps uma limpeza qumica sempre uma
operao perigosa e quase sempre intil. Introduz no material sais solveis em grande
quantidade.
Os agentes tensioactivos podem-se revelar teis para eliminar depsitos gordos, mas
so a maior parte das vezes usados para se assegurar um melhor contacto da soluo com as
sujidades presentes sobre a fachada e para favorecerem por esta razo a aco dos produtos.
Estes produtos atacam os materiais siliciosos, tais como os grs, os tijolos e as rochas
eruptivas. Em materiais muito escuros (entre os quais se incluem os tijolos vermelhos e os
betes coloridos), o cido fluordrico pode provocar um certo embranquecimento. Estes
produtos cidos atacam o vidro e as carpintarias e o cido fluordrico na sua forma concentrada
deve ser considerado como fortemente txico e perigosos para o utilizador.
Os produtos alcalinos agem por saponificao das gorduras e dos leos. Os mais
usados so a soda (NaOH) e a potassa (KOH) custicas. Estes produtos no atacam as
pedras calcrias mas sim as rochas siliciosas, sobretudo em solues concentradas. Eles
deixam, nas pedras muito porosas e nas juntas, carbonatos e sulfatos alcalinos muito
destrutivos pela sua aco lenta e contnua. O emprego dos hidrxidos de sdio e de potssio
(lexvias custicas) est consequentemente proibido em materiais muito porosos e nas juntas.
Os produtos alcalinos, que nunca devem ser aplicados em dissoluo mas sim em
pasta preparada, so misturados com ps absorventes (amido, talco, farinha, argila, cr,
celulose) ou a uma matria tixotrpica (carboximetilcelulose). Estas pastas, aplicadas sobre o
material prhumidificado, diminuem a penetrao dos produtos e, durante a secagem,
absorvem uma parte dos sais formados. Antes do enxaguamento com gua, necessrio
eliminarem-se as pastas, se possvel de maneira mecnica.
Os reagentes especficos so sais com uma determinada aco. Eles so usados por
vezes como aditivos nos detergentes aninicos (ver art. 5.2.4.5), sobretudo o polimetafosfato
de sdio e o EDTA (etileno-diaminotetraactico) que complexam o clcio em dissoluo
(amaciador) ou decompem o calcrio (destartarante).
Para as pastas base de EDTA, o tempo de reaco varia entre uma meia hora a t 24
horas.
5.2.4.5 TENSIOACTIVOS
Constituem-se cadeias carbonatadas nas quais ficam agarradas uma ou mais grupos
hidrfilos, cuja natureza origina quatro categorias de produtos :
Este mtodo consiste em se efectuar uma escovagem manual com o emprego de uma
escova dura no metlica, cuja dimenso est relacionada com o relevo da fachada.
Utilizada isoladamente, ela , na maioria dos casos, insuficiente para se obter uma boa
limpeza, com excepo talvez para as fachadas caiadas ou pintadas em que se quer conservar
o revestimento, para o refrescar com uma nova camada de cal ou de pintura.
A granulometria
Os granulados (densidade, dureza, forma, ...)
A presso do ar da projeco.
GRANULOMETRIA
GRANULADOS
Para a seleco dos granulados a usar, devem-se ter em conta entre outros os
seguintes parmetros :
A natureza dos granulados : certos granulados podem libertar slica, como por
exemplo as areias quartzosas ou siliciosas (areias de Mol ou de Maastricht),
enquanto que outros, entre os quais podemos citar a areia de olivina e o vidro
triturado, praticamente no a contm. A eventual utilizao de granulados solveis
na gua (como o bicarbonato de sdio), prevista em certos procedimentos,
A dureza dos granulados : para uma limpeza eficaz, a dureza dos granulados deve
ser superior do material e eliminar. Por outro lado, o efeito abrasivo e os riscos de
alteraes aumentam com a dureza.
A cor dos granulados : em certos casos, o cor dos granulados pode ter um efeito
nefasto sobre o resultado a utilizao de granulados de cor escura est
desaconselhado na limpeza de materiais de tonalidade clara, e isto, quanto mais
estes ltimos apresentem uma textura superficial mais aberta.
PRESSES DE AR DE PROJECO
ADIO DE GUA
Em certos casos, pode ser til pulverizar a gua de maneira a embeber as deposies
antes do emprego dos materiais abrasivos.
EQUIPAMENTOS
O equipamento mais corrente constitudo por duas mangueiras distintas e por dois
bicos de projeco paralelos, um para a gua e o outro para os granulados transportados pelo
ar comprimido (tcnica correntemente denominada como desgaste hidropneumtico).
Outros procedimentos s usam uma mangueira para conduzir ao bico de projeco, por
meio do ar comprimido, uma mistura de gua e de granulados.
O equipamento usado pode ter uma influncia sensvel nos parmetros da limpeza.
Fig. 10 Equipamento
de projeco com
duas mangueiras e um
bico de projeco.
ASPECTOS POSITIVOS
Como se trata de uma limpeza por aco abrasiva, este procedimento permite em
princpio eliminarem-se todas as formas de deposio.
ASPECTOS NEGATIVOS
Uma escolha incorrecta dos granulados e das presses de trabalho pode danificar
o suporte.
EQUIPAMENTOS
ASPECTOS POSITIVOS
ASPECTOS NEGATIVOS
Uma m escolha dos granulados e das presses de trabalho pode danificar o suporte.
CONCLUSES
5.3.4 HIDROJACTO
O hidrojacto consiste em se projectar uma mistura de granulados e gua sobre a
fachada, sem se usar ar comprimido. O granulado transportado pela gua a alta presso do
aparelho de limpeza.
Projectam-se partculas com alguns mm3 de CO2 a muito baixa temperatura ( - 80)
sobre a fachada com deposies. Ainda que se trate de uma tcnica de projeco, ela no faz
verdadeiramente parte dos procedimentos mecnicos de limpeza. No momento do impacto das
partculas frias de CO2 , produz-se simultaneamente um efeito mecnico de esmagamento das
partculas, um efeito de sopro ligado vaporizao quase instantnea do CO2 e um choque
trmico superficial muito importante.
A vantagem deste mtodo que ele no produz mais detritos que as deposies
eliminadas. Esta tcnica utiliza apenas gua e, portanto, convm em princpio e muito
particularmente s aplicaes no interior da edificao.
Sendo certo que a massa no quimicamente activa mas serve sobretudo como meio
abrasivo, este mtodo deve ser classificado entre as tcnicas de limpeza mecnica mais do
que entre as qumicas.
O polimento com o auxlio de uma massa especial de argila necessita de muita mo-
de-obra. S aplicada excepcionalmente, quando outros sistemas no podem ser usados como,
por exemplo, no interior das edificaes.
Aplica-se sobre o suporte uma massa de limpeza especial base de borracha natural.
Esta massa quimicamente pouco activa e forma, durante a secagem, um filme, no qual as
sujidades, as poeiras, ... ficam aderentes. Aps a completa secagem, o filme removido por
esfolamento, eliminado-se assim as sujidades de uma forma mecnica.
Uma tal massa pode ser usada para a limpeza das pedras naturais, do gesso, do
estuque, ...
Este mtodo apresenta a vantagem de no produzir outros lixos para alm dos filmes
secos contendo as sujidades eliminadas. No usa gua e, portanto, convm em princpio e
muito particularmente s aplicaes no interior das edificaes.
Esta tcnica permite limpar tanto mais facilmente os materiais ptreos quanto a sua
tonalidade for clara e a sujidade for escura e superficial.
Durante um curto lapso de tempo, um feixe de energia intensa projectado sobre uma
pequena rea por meio de um raio laser. A camada de sujidade absorve essa energia, aquece
intensamente e sublimada. O material subjacente reflecte o feixe de energia e no sofre os
seus efeitos directos.
O uso do laser pode alterar a tonalidade de certos materiais de cor carregada (tijolos,
pedras calcrias azuis, ...) e despolir certos materiais, como por exemplo o mrmore branco.
O quadro 2 indica os mtodos que, em funo dos materiais, se podem revelar mais ou
menos apropriados para a limpeza das fachadas. Os materiais mais correntes esto a
apontados.
Para trabalhos de menor dimenso, a escolha do mtodo pode ser baseada no quadro
2. Uma experincia preliminar numa zona representativa permite definirem-se os parmetros
de execuo a serem respeitados. Pode ser previsto um ajustamento destes parmetros
durante a execuo dos trabalhos.
De uma maneira geral, a proteco das superfcies no sujeitas limpeza deve ficar
em obra at concluso dos trabalhos de restaurao, ou de eventuais trabalhos de
consolidao nos quais se incluem os de hidrofugao. Os mtodos de proteco mais usados
so os seguintes :
Um filme de polietileno transparente, colado na sua periferia por meio de fita adesiva
de papel (tipo bate-chapas), constitui uma proteco barata, quase universalmente
usada em limpeza de fachadas. Todavia, este tipo de fita sensvel aos ultravioletas e
pode levantar dificuldades de eliminao importantes se for deixada aplicada durante
alguns dias. Neste caso e, por exemplo, para trabalhos de limpeza seguidos por outras
intervenes, aconselhvel escolherem-se fitas adesivas menos sensveis ao
envelhecimento, por exemplo do tipo PVC plastificado com cola base de borracha.
Estes produtos apresentam igualmente uma melhor resistncia aos produtos de
limpeza e aos solventes e uma melhor aderncia sobre as superfcies poeirentas ou
ligeiramente hmidas.
Em caso de mdulos de geometria repetitiva, pode ser prevista uma proteco mvel
total ou parcial sob a forma de painis deslocveis em funo do avano da limpeza.
Evitar-se utilizar no importa qual produto nem como. Com efeito, o no respeito
deste princpio arrisca frequentemente acentuar a mancha, faz-la penetrar no
suporte e comprometer a sua eliminao definitiva.
Agir rapidamente. Quanto mais recente for a mancha, mais fcil ser faz-la
desaparecer.
Para os bronzes dourados, a ateno deve ser dirigida para a corroso que se pode
instalar sob o dourado. A decapagem qumica ou o adequado jacto de areia se forem
necessrios ao tratamento s podem ser encarados aps um exame aprofundado do estado.
8.2.2 SERRALHARIAS
Deve ficar bem claro que a limpeza de uma fachada no deve ser encarada apenas
como uma interveno de carcter esttico visando restabelecer um estado de limpeza
aceitvel, mas igualmente como um meio de prolongar a vida dos materiais dessa fachada.
Nesta ptica, a escolha preferencial de um ou de diversos mtodos de limpeza deve permitir
obter-se o aspecto de limpeza desejada, mas sem alteraes sensveis dos suportes.
Como no existe, que se conhea, uma tcnica de limpeza universal, mas sim uma
gama de diferentes procedimentos tendo cada qual as suas vantagens mas igualmente os seus
inconvenientes, a escolha do executante depende de numerosos parmetros ligados entre
outros factores natureza, incrustao e ao estado de alterao dos materiais, bem como ao
valor histrico ou arquitectural da fachada, ...
Esta primeira seleco com base no quadro no exclui de modo nenhum a realizao
de um ou de diversos ensaios preliminares in situ sobre uma zona restrita. Estes ensaios
devem permitir afinarem-se as escolhas realizadas tal como apreciar-se a sua eficcia, mas
tambm os eventuais efeitos secundrios das intervenes e de se reduzirem os riscos de
divergncias a posteriori.
MASSA
GRANULADO DUREZA COR
NATUREZA FORMA VOLMICA OBSERVAES
(NOME CORRENTE) (MOHS) 3 INDICATIVA
(kg/m )
Areia de quartzo
Areia de Mol Granular 6,5 7,5 2650 Bege
(SiO2) Os mais usados em desgaste
Areia de quartzo hidropneumtico
Areia de Maastricht Granular 6,5 7,5 2650 Bege
(SiO2)
Ortosilicato de ferro Substitui frequentemente as areias de
Olivina Granular 6,5 7 3400 Verde
e de magnsio quartzo na projeco a seco
Silicatos alcalinos e Usados principalmente na preparao da
Esferas de vidro Esfrica 5,5 2450 2550 Transparente
alcalino-terrosos superfcie dos metais
Pouco comercializados actualmente em
Silicatos alcalinos e Transparente,
Vidro triturado Angulosa 6 6,5 2450 2550 granulometrias teis para a limpeza de
alcalino-terrosos verde, castanha
fachadas
Granular a
Escrias Silicatos e xidos 67 1500 3500 Cinzenta, bege Pouco usados em fachadas
angulosa
Feldspato, piroxena Substitui por vezes as areias de quartzo na
Basalto Granular 67 2600 3300 Cinzenta
e olivina projeco a seco
Carbonatos de clcio
Dolomite Granular 3 3,5 2500 Cinzenta, bege
e de magnsio
+ : aconselhado
(1) Nos casos em que dois smbolos esto assinalados na mesma casa, o primeiro respeita limpeza (materiais
: desaconselhado fortemente recobertos por depsies) e o segundo manuteno (materiais pouco recobertos).
(2) Mais que 10% dos gros so retidos pelo peneiro de 0,2mm (200); a totalidade passa no peneiro de 0,5mm (500).
: eventualmente aplicvel
(3) Pelo menos 90% dos gros passam no peneiro de 0,2mm (200); a totalidade passa no peneiro de 0,25mm (500).
() : ver observao direita (4) Para os betes celulares ver art. 3.2.3.
(5) Ver art. 3.3.1
PROCEDIMENTO /
TIPO DE MANCHA PRODUTOS DE REMOO
OBSERVAES
1. Amoroso G. G. e Fassina V.
Stone Decay and Conservation. Atmospheric Pollution, Cleaning, Consolidation and
Protection. Amsterdam, Elsevier, 1983.
2. Ashurst J. e Ashurt N.
Practical Building Conservation. English Heritage Technical Handbook. Aldershot,
Gower Technical Press, 1988.
12. de Henau P.
Traitement des mtaux conservs l extrieur. Note technique IRPA 1991, polycopie
diffusion restreinte, non publie.
17. Kouzeli K.
Black crusts removal methods in use. Their effects on pentelic marble surfaces.
International congress on deterioration and conservation of stone. Lisboa, Laboratrio
Nacional de Engenharia Civil, 1992.
19. Mamillan M.
Connaissance de la pierre. Saint-Rmy-les-Chevreuse, CATED, Mmento n. 81,
septembre 1991
22. Muzzin G.
Les efflorescences dans les maonneries en briques. Bruxelles, Centre scientifique et
technique de la construction, CSTC-Revue, n.4, 1982.
31. Verhoef L. G. W.
Soiling and Cleaning of Building Faades. Report of Technical Committee 62 SCF
RILEM, London, New York, Chapmann and Hall, 1988.
34. Webster R.
Stone Cleaning and the Nature, Soiling and Decay Mechanisms of Stone (proceedings
of the international conference, 14-16.04.1992, Edinburgh). London, Dohead
Publishing, 1992.
Sede social
Rue de la Violette 21 23
B 1000 Bruxelles
direco geral
Telef : 02 / 502 66 90
Fax : 02 / 502 81 80
publicaes
Telef : 02 / 511 33 14
Fax : 02 / 511 09 00
BRUXELLES
Escritrios
Lozenberg 1 7
B 1932 Sint-Stevens-Woluwe
(Zaventem)
Telef : 02 / 716 42 11
Fax : 02 / 725 32 12
anncios tcnicos
desenvolvimento & inovao
tcnicas de organizao
bancos de dados
LIMELETTE
Estao experimental
Avenue Pierre Holoffe 21
B 1342 Limelette
Telef : 02 / 653 88 01
Fax : 02 / 653 07 29
pesquisa
laboratrios
formao
documentao
biblioteca