O documento discute o significado de fidelidade no mundo profano, na filosofia e na maçonaria. A fidelidade no mundo profano é a constância nos compromissos assumidos. Na filosofia, é um valor moral que representa a relação entre os seres humanos e a natureza. Na maçonaria, a fidelidade transcende esses conceitos e representa o compromisso voluntário de praticar a fraternidade.
O documento discute o significado de fidelidade no mundo profano, na filosofia e na maçonaria. A fidelidade no mundo profano é a constância nos compromissos assumidos. Na filosofia, é um valor moral que representa a relação entre os seres humanos e a natureza. Na maçonaria, a fidelidade transcende esses conceitos e representa o compromisso voluntário de praticar a fraternidade.
O documento discute o significado de fidelidade no mundo profano, na filosofia e na maçonaria. A fidelidade no mundo profano é a constância nos compromissos assumidos. Na filosofia, é um valor moral que representa a relação entre os seres humanos e a natureza. Na maçonaria, a fidelidade transcende esses conceitos e representa o compromisso voluntário de praticar a fraternidade.
O documento discute o significado de fidelidade no mundo profano, na filosofia e na maçonaria. A fidelidade no mundo profano é a constância nos compromissos assumidos. Na filosofia, é um valor moral que representa a relação entre os seres humanos e a natureza. Na maçonaria, a fidelidade transcende esses conceitos e representa o compromisso voluntário de praticar a fraternidade.
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A Fidelidade
O presente artigo tem por objetivo precpuo discorrer sobre o significado da
palavra fidelidade, observando tanto a conotao que lhe emprestada no mundo profano quanto no mundo manico. Para sermos exitosos em nosso objetivo, em primeiro lugar recorremos aos lxicos e, posteriormente enveredamos pelos caminhos da filosofia at chegarmos ao conceito manico de fidelidade. Evidentemente, face natureza do trabalho, como tambm exigidade temporal, a pesquisa no chegou exausto. Consequentemente cumpre-nos destacar que ao longo deste artigo tangenciaremos, por um lado, o significado da fidelidade no nosso cotidiano e, por outro lado, atravs destas observaes procuraremos mergulhar no mbito da filosofia para alcanarmos o nosso objetivo maior a fidelidade, enquanto valor manico e princpio determinante da busca da felicidade sem perder de vista que qualquer conceito plstico e moldvel ao longo do tempo. Ou seja, o conceito insere-se em um processo dinmico de observao da realidade concreta que tem como pressuposto bsico o fato de que a varivel temporal transcende a uma simples coordenada para ser entendida como interioridade com trs componentes: sucesso, simultaneidade e permanncia.
2. FIDELIDADE: da abordagem cotidiana ao valor manico
Sob o aspecto da lngua verncula, nada mais prudente do que consultar os
lxicos, para entendermos a origem e o significado de um vocbulo. Neste sentido, buscamos em Houaiss(2001, p.1337), o significado e a etimologia da palavra fidelidade e l encontramos: Fidelidade s.f - caracterstica, atributo do que fiel, do que demonstra zelo, respeito quase venervel por algum ou algo; 1.1 observncia da f jurada ou devida; 2 constncia nos compromissos assumidos com outrem; 3 Constncia de hbitos, de atitudes( fidelizao de clientes). De outra forma, sob a tica da Filosofia, esta para ns, se constituindo no mais til de todos os saberes de que os seres humanos so capazes, sem dvida, podemos enveredar pelos caminhos da tica para o entendimento mais preciso do significado da fidelidade. A tica ancora-se em dois conceitos fundamentais: o senso moral e a conscincia moral. O senso moral representa nossos sentimentos e nossas aes e, porque no dizer, a forma como ns humanos interagimos com os nossos semelhantes e construmos conhecimento e formatamos hbitos e costumes. Este conceito de senso moral traz de forma subjacente a idia de costumes tradicionais, aceitos e legitimados por uma sociedade, a forma como seus membros devem se portar e quais suas obrigaes para com esta sociedade. A conscincia moral, por seu turno, nos remete ao pensar e a tomada de deciso. Em outras palavras, a conscincia moral pode ser muito bem representada pelo seguinte exemplo: ao termos que definir, de pronto, sobre o que fazer em determinada situao em que somos instados a tomar uma deciso, inicialmente, temos de justificar esta deciso para ns mesmos e posteriormente para os outros. Evidentemente, quando falamos de justificativa de uma deciso, referimo-nos s razes de nossa deciso, como tambm ao fato implcito de termos de assumir as conseqncias dela decorrentes. Portanto, na esteira destas consideraes de ordem tica, a fidelidade assume a condio de valor moral e conseqentemente, no mais pode ser observada sem um pressuposto bsico a relao entre seres humanos, como tambm, de forma mais abrangente, entre a natureza orgnica e inorgnica de modo que haja uma condio de cumplicidade e envolvimento entre partes que interagem e/ou mantm certo vnculo. A fidelidade, portanto, vista sob a tica da filosofia representa uma inter-relao entre o homem, enquanto representante da sociedade e a natureza, tanto a natureza orgnica quanto a natureza inorgnica. Caminhando ao encontro destas consideraes podemos inferir que a fidelidade alm de ser um valor moral tambm um valor social e, representa na sua prtica cotidiana, um processo de catarze que, faz o homem passar do estado egostico passional para o estado tico poltico. Por outro lado, se nos reportamos ao significado da fidelidade no mbito da ordem manica, sem dvida, podemos aquilatar que, este, transcende tanto ao conceito da lngua verncula quanto ao conceito da filosofia. Somente para fixar idias, observemos algumas passagens do processo histrico de iniciao de um profano: Ao ser iniciado na ordem, o nefito, assume um compromisso voluntrio e moral de praticar a fidelidade em sua essncia, enquanto ser humano, isto , no conjunto das suas relaes sociais; Esta fidelidade do nefito se ancora na sua liberdade de expresso e ao, sem, contudo perder a idia de limite; e A forma como ele recebido o ritual de iniciao o conduz de forma metafrica atravs do processo histrico de evoluo do homem e sua interao com a natureza. Ou seja, o ritual de passagem a iniciao representa de forma sublime o vnculo entre partes, de um lado o mundo profano a natureza(gua, fogo, ar, animais, plantas, astros, pedras, metais, terra, humanos) e de outro lado o mundo manico as singularidades da ordem manica, seus segredos, suas alegorias, sua simbologia e a sua prtica ritualstica. Observando as colocaes acima elencadas, e sobre elas fazendo uma reflexo, podemos compreender que no mbito manico, o homem, enquanto ser gregrio se predispe de forma transcendente a viver o estado da arte da sociedade, ou seja, buscar a perfeio e o convvio pleno com seus semelhantes. Esta convivncia com seus semelhantes, todos diferentes, mas no desiguais, obriga o homem a pensar e construir o seu espao na medida em que atravs destas trocas de informaes constri valores ticos e morais. E, nesta dinmica de interaes, ns maons, observamos de forma muito transparente e, porque no dizer, sem nenhuma opacidade, a prtica e a consolidao do objetivo mais profundo e sublime da maonaria fazer feliz a humanidade. Esta felicidade traz consigo de forma latente a fidelidade, ou seja, um processo de construo de valores ticos e morais que d sustentao ao compromisso voluntrio que o nefito assume com a maonaria. Igualmente, este processo possibilita a construo e consolidao de novos hbitos e costumes que nos fazem enxergar nossos semelhantes como diferentes e no como desiguais. Ou de outra forma, a busca da perfeio e o convvio pleno e harmnico com nossos semelhantes tanto no mbito manico quanto no mundo profano o que admitimos como a verdadeira Fidelidade. Em sntese, o que distingue a fidelidade, enquanto valor manico, da fidelidade praticada no mundo profano , no nosso entendimento, a voluntariedade. E, para enriquecer este trabalho, gostaramos de deixar gravado o entendimento do preclaro filosofo francs Gilles Deleuze(1925 1995) que ao ser instado a discorrer sobre o que a Filosofia, assim se expressou: Muita gente pensa que a filosofia uma coisa muito abstrata e para especialista. Eu creio e vivo de tal forma a idia de que a filosofia no uma especialidade que tento colocar o problema de outra forma. Quando se cr que a filosofia abstrata, a histria da filosofia fica tambm abstrata.......Um filosofo no algum que contempla nem mesmo algum que reflete: algum que cria. Cria um gnero de coisas de fato especiais: cria conceitos. O conceito no est pronto, no passeia pelo cu, no o contemplamos. preciso cria-lo, fabric-lo. Este entendimento da filosofia consubstancia a idia da criao de conceitos e, evidentemente, da criao do conceito de fidelidade, particularmente na ordem manica.
3. CONSIDERAES FINAIS
A ordem manica, enquanto uma sociedade inicitica, cria e legitima conceitos
que lhes do sustentao tanto para a sua prtica operacional as lojas simblicas - quanto para a reflexo em seus templos voltados para a prtica da filosofia as lojas de perfeio. De outra forma, observando este fato a criao e legitimao de conceitos pela ordem manica sob a tica da dialtica e, levando-se em considerao o aspecto temporal podemos inferir que a mudana e a permanncia, enquanto categorias reflexivas uma no pode ser pensada sem a outra representam talvez um pressuposto bvio da vitalidade e longevidade dos cnones da maonaria. Em outras palavras, no podemos ter uma viso correta de nenhum aspecto da realidade humana se no soubermos situ-lo dentro do processo geral de transformao a que ele pertence, tambm no podemos avaliar nenhuma mudana concreta se no a reconhecermos como mudana de um ser(quer dizer, de uma realidade articulada e provida de certa capacidade de durar). Neste sentido, sem nenhuma ambigidade e explicitando o que apreendemos ao longo da nossa prtica manica, podemos afirmar que: ao pensar o todo a busca da felicidade da sociedade a maonaria no nega as partes, ou seja, no abstrai estas as partes do todo como tambm ao tratar as partes com suas diferenas o faz no seio da sociedade. Ou seja, trabalhar a pedra bruta uma metfora que representa o trabalho das partes ao passo que a prtica da liberdade, da igualdade e da fraternidade representa o tratamento do todo. E, para finalizar, podemos inferir que a argamassa responsvel pela consolidao e estabilidade da alvenaria manica tem um componente singular a fidelidade -, que nada mais do que uma construo coletiva do conhecimento.
4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
CHAU, Marilena. Convite filosofia. 12ed. So Paulo: Editora tica, 2001.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Flix. O que a filosofia? So Paulo: Editora 34, 1997. HOUAISS, Antnio. Dicionrio Houaiss da lngua portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2001. KONDER, Leandro. O que a dialtica. So Paulo: Editora Brasiliense, 1998.