Natureza - #345 - (Outubro 2016)
Natureza - #345 - (Outubro 2016)
Natureza - #345 - (Outubro 2016)
Generosa
acerola
Gostosa e fcil
de cuidar, a
frutfera enfeita
vasos e canteiros
23 plantas
para cultivar na
Primavera
Trepadeiras, arbustos, rvores e outras
espcies que deixam seu jardim muito
florido nessa e em outras estaes
Terapia do jardim
A
gente no faz um jardim s pela beleza. No vou
falar de jardins comerciais, parques ou canteiros
no centro de avenidas. Esses so jardins que
trabalham, cumprem misses sociais. Quero falar daquele
jardinzinho que a gente planta como uma terapia, para
aliviar as presses da mente, para com ele harmonizar as
razes de viver.
(OHDMXGDHPXLWRDGDUXPVLJQLFDGRjYLGD$OJR
mais prprio de quem j tem uma histria, teve alegrias
e decepes, e quer ser capaz de transcender os limites
estreitos do cotidiano, ampliar sua razo de existir, deixar
algo para o futuro. Um jardim permite at restaurar um
VLJQLFDGRSDUDSHVVRDVTXHWLYHUDPSUREOHPDVVpULRVGH
autoestima, que se sentiam fracas ou desanimadas.
a mistura perfeita entre o que acontece no mundo de
fora e no mundo de dentro de cada pessoa. O sentido da
realidade aparece em determinar se o jardim de sol ou de
sombra, do tipo de solo, de quanto dinheiro h para gastar
nele, e at de quanta dedicao ser preciso investir para
TXHHOHFUHVoDHRUHVoD,QGHSHQGHQWHGDVHVFROKDVR
jardim aceita a todos, sem discriminar ningum.
$FXUDDFRQWHFHSRUTXHDJHQWHGHVHQYROYH
sentimentos pelo jardim. fascnio aquilo que sentimos
pela orqudea, afeio o que brota pelo hibisco que
QmRSDUDGHRULUpFRPSDL[mRHHVSHUDQoDTXHDJHQWH
aduba os crisntemos. Enquanto cuida do jardim s
GHVDEDIDUFRQWDUVHJUHGRVFRQGHQFLDUDVOHPEUDQoDV
que a gente gosta de repetir.
S tolos duvidam que o jardim escuta, que vibra, que
retribui tudo o que recebe. Um jardim, eu acredito, o dirio
RQGHDJHQWHHVFUHYHQDWHUUDWXGRRTXHVHQWH&RQDQWHV
no futuro, escolhemos o melhor lugar para plantar a linda
rvore de crescimento lento que dar sombra ao neto.
Como o grande terapeuta silencioso que ,
RMDUGLPVyIDODPHVPRpFRPRUHVDR
corao que a gente entrega para ele.
Roberto Arajo
Shutterstock
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SUMRIO EDIO 345 | OUTUBRO DE 2016
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14
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CAPA Primavera florida Outros estados: Maurcio Dias (11) 3038-5093
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Arbustos, rvores, trepadeiras e outras espcies que vo Circulao e Livrarias
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deixar seu jardim cheio de flores nessa e nas outras estaes Equipe: Henrique Guerche, Paula Hanne e Lus Aleff
Atendimento ao Leitor e Livrarias
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4 Natureza
CONHEA MELHOR
Valiosas como
A Cattleya walkeriana se
destaca pela perfeio
de suas flores e pela
exclusividade: no existe
um exemplar igual a outro
6 Natureza
uma joia TEXTO ANA VAZZOLA
FOTOS VALERIO ROMAHN
N
o se assuste se um dia ouvir por a que a Cattleya walkeriana
YDOHRXUR$DUPDomRSRGHDWpSDUHFHUH[DJHUDGDPDV
GHSHQGHQGRGDSODQWDHPTXHVWmRpEHPSURYiYHOTXHHODWHQKD
PDLVGRTXHXPIXQGLQKRGHYHUGDGHDOJXPDVRUTXtGHDVGHVVH
JUXSRVmRWmRUDUDVTXHFKHJDPDFXVWDU5PLOFDVRGHXPH[HPSODU
GH)HLWLFHLUD)XOO5HGTXHMiFRQTXLVWRXSUrPLRV%UDVLODIRUD
6mRYiULRVRVPRWLYRVTXHID]HPGHODVSODQWDVWmRHVSHFLDLVH
FRELoDGDVSHORVRUTXLGyORVDFRPHoDUSHORIDWRGHTXHjH[FHomRGRV
H[HPSODUHVFORQDGRVQmRH[LVWHXPDwalkerianaLJXDODRXWUD2YLVXDO
JHUDOGDSODQWDWDPEpPLPSUHVVLRQDDRUTXtGHDpSHTXHQLQLQKDQmR
PHGHPDLVGRTXHFPGHDOWXUDPDVSURGX]RUHVJUDQGHVFRP
FHUFDGHFPGHGLkPHWUR(VVHWDPDQKRPi[LPRQRHQWDQWRYDOH
DSHQDVSDUDDVSODQWDVPDLVFRPXQV1DVGHFDWHJRULDVXSHULRUDVRUHV
SRGHPFKHJDUDFPGHGLkPHWUR
$RUDomRDFRQWHFHVHPSUHHQWUHRVPHVHVGHPDLRHMXQKRHFDGD
SVHXGREXOERSRGHJHUDUDWpTXDWURRUHVPXLWRSHUIXPDGDVFRPDURPD
FRPSDUiYHODRGDVURVDVGDFDQHODHGROLPmR2FRORULGRWDPEpPp
PXLWRGLYHUVRHDMXGDDGHWHUPLQDUDYDULHGDGHjTXDODSODQWDSHUWHQFH
1DHVSpFLHWLSRTXHIRLGHVFREHUWDHPQDVPDUJHQVGR5LR
6mR)UDQFLVFRHP0LQDV*HUDLVDVRUHVVmRURVDDUUR[HDGDVFRP
SHTXHQDVPDQFKDVDPDUHODVQRODEHOR'XUDQWHPXLWRWHPSRQLQJXpP
As flores so enormes
se comparadas
planta como um
todo: medem 11,5 cm
contra os 20 cm de
altura da orqudea
7
CONHEA MELHOR
Cattleya walkeriana
Prola Flameada
Bruno Donato
GHXPXLWDERODSDUDHODDWpTXHQRVDQRVD SUHIHUHDPELHQWHVPDLVTXHQWHVHVHFRVHDPHOKRU
Cattleya walkeriana FRPHoRXDVHUFUX]DGDFRPRXWUDV IRUPDGHFXOWLYiODpVREUHXPSHGDoRGHPDGHLUD
YDULHGDGHVHQFRQWUDGDVQDVUHJL}HVGH0DWR*URVVRH RQGHVXDVUDt]HVSRVVDPVHDJDUUDU9DOHDPDUUiOD
6mR3DXORHDJHUDUFXOWLYDUHVTXHJDQKDUDPIDPD DRWURQFRGHXPDiUYRUHRXQRFDVRGRSODQWLRHP
$OJXQVDSUHVHQWDPRUHVGHXPVyWRPFRPRDV YDVRVLQVHULUXPSHGDoRGHSHUREDRXVDQVmRGR
GD)HLWLFHLUD)XOO5HGTXHVmRFRUGHURVDRXGDYDU FDPSRQRUHFLSLHQWHSDUDTXHDSODQWD[HVXDV
albescens -RmR/DGHLUDGHSpWDODVVpSDODVHODEHOR UDt]HV3UHHQFKDHQWmRRYDVRTXHGHYHVHUGH
EUDQFRV1DVGHRUHVDPHDGDVRWHUoRVXSHULRUGDV FHUkPLFDRXGHEDUURHWHUPXLWRVIXURVSDUDHYLWDUR
SpWDODVHRODEHORVmRGDPHVPDFRUFRPRQD3pUROD DF~PXORGHiJXDFRPVXEVWUDWRjEDVHGHFDVFDVGH
)ODPHDGD%UXQR'RQDWR1RFDVRGDVYHQRVDVFRPR PDGHLUDRXSHGUDEULWDGD
D/RIWXVRGLIHUHQFLDOVmRDVGHOLFDGDVYHLDVQDV 2SURGXWRUHFROHFLRQDGRU(OLDV'RQDWRUHFRPHQGD
SpWDODVTXHSDUHFHPGHVHQKRVIHLWRVDOiSLV UHSODQWDUDRUTXtGHDDFDGDGRLVDQRVHGiXPDGLFD
SDUDPHOKRUDURHQUDL]DPHQWReVyDFUHVFHQWDU
CULTIVO CHEIO DE TRUQUES FORUHWRRXVXOIDWRGHSRWiVVLRDRVXEVWUDWRQRVPHVHV
A Catleia walkerianaQmRpGLItFLOGHFXOWLYDUH GHMXOKRDGH]HPEUR
SRGHDSUHVHQWDURUHVSRUPDLVGHXPPrVVHEHP As Cattleya walkerianaJRVWDPGHDPELHQWHV
FXLGDGD7tSLFDGHFOLPDWURSLFDOHVXEWURSLFDOHOD ~PLGRVHVXDVRUHVVXUJHPPDLRUHVHHPPDLRU
A forma da perfeio
o
B
A
A lm do tamanho das flores, outros
detalhes so determinantes para que
uma walkeriana seja considerada perfeita ou
de categoria superior. Conhea os principais:
8 Natureza C
Cattleya
walkeriana Loftus
Enquanto algumas variedades da orqudea se destacam pelas veias que formam desenhos delicados nas
ptalas, spalas e labelo, outras chamam a ateno por serem monocromticas, caso das retratadas abaixo
Cattleya
walkeriana
var. albescens
Joo Ladeira
Cattleya walkeriana
Feiticeira Full Red
Natureza 9
Cattleya walkeriana
CONHEA MELHOR var. semi-alba
Kate Princess
TXDQWLGDGHFRPDXPLGDGHGRDUD
(PUHJL}HVPDLVVHFDVDRUDGD
WHQGHDFRPHoDUPDLVFHGRSRUpPDV
SpWDODVHVpSDODVFDPPHQRUHV1R
TXHVHUHIHUHjVUHJDVRLGHDOpPROKDU
DSODQWDDFDGDGRLVGLDVQDVpSRFDV
FKXYRVDVHGLDULDPHQWHQRVSHUtRGRV
GHHVWLDJHP$VIHUWLOL]Do}HVSRUVXD
YH]SRGHPVHUTXLQ]HQDLVFRP
13.RX13.
$OXPLQRVLGDGHGRDPELHQWH
pRXWURIDWRUFUXFLDOSDUDR
GHVHQYROYLPHQWRGDHVSpFLHTXHGHYH
VHUPDQWLGDVREPHLDVRPEUDPDV
FRPRVERW}HVRUDLVVHPSUHYROWDGRV
SDUDDOX]8PDGLFDGRSURGXWRUp
WXWRUiORVFRPXPDUDPHDVVLPTXHVH
As razes das walkeriana
IRUPDPSDUDTXHDVRUHVMiVHDEUDP
adoram se agarrar
madeira, e a orqudea se QDSRVLomRGHVHMDGD
desenvolve muito bem presa $:DONHULDQD'RQDWRYHQGH
aos caules de rvores Cattleya walkerianaGHGLYHUVDVFRUHV
DSUHoRVDSDUWLUGH5
Catleia em detalhes
Nome cientfico: Flores: em geral, medem at de chuvas e diariamente pedra britada
Cattleya walkeriana 11,5 cm de dimetro, mas na estiagem Adubao: quinzenal com
Nome popular: catleia alguns exemplares considerados Plantio: a espcie vai bem NPK 10-10-10 ou
Famlia: Orquidceas superiores alcanam a marca presa aos troncos de rvores NPK 20-20-20. Molhe a planta
Origem: encontrada nas dos 13 cm. So perfumadas e e em vasos nesse caso vale uma hora antes para uma
margens do Rio So Francisco, muito simtricas. Conforme colocar um pedao de peroba ou melhor fixao dos nutrientes
em Minas Gerais; e nos estados o cultivar, podem ser sanso-do-campo dentro do Propagao: por diviso de
de Mato Grosso e So Paulo monocromticas ou bicolores recipiente para a orqudea fixar rizomas, deixando pelo menos
Caractersticas: orqudea Luz: meia-sombra suas razes. Escolha vasos de trs pseudobulbos em cada
epfita, de at 20 cm de altura Clima: tropical e subtropical cermica ou barro e prepare um rizoma; e por sementes
Folhas: so pequenas e cada Regas: duas vezes por substrato bem drenado e meristema, apenas
bulbo produz uma nica folha semana durante o perodo usando cascas de madeira ou em laboratrio
12
Primavera nos Alpes TEXTO ROBERTO ARAJO
A
Natureza no precisou de muito
muito. Pegou umas DLQGD p FRQVLGHUDGD D PDLV URPkQWLFD GH WRGDV DV RUHV
DLQGDpFRQVLGHUDGDDPDLVURPkQWLFDGHWRGDVDVRUHV
poucas folhas, em mdia de duas a seis, especialmente a vermelha.
escolheu trs ptalas e trs spalas embora Como gosta de frio, tem nos Alpes da Sua uma
seja difcil dizer qual uma e qual a outra , das mais belas paisagens para enfeitar. Quando o
escondeu tudo em um bulbo e fez uma das mais piloto de avies da JetBlue e fotgrafo amador Tim
SHUIHLWDVRUHVGRPXQGRDWXOLSD Morgan viu essas tulipas, sabia que era uma foto para
H sculos ela encanta homens e mulheres. Na SUrPLR1mRWHYHG~YLGDVGHYROWDDRV(VWDGRV8QLGRV
Holanda, na dcada de 1630, as pessoas vendiam inscreveu sua foto no concurso dos funcionrios do
propriedades para comprar a planta, que valia fortunas. Aeroporto de Orlando onde trabalhava e levou uma
Era to cobiada que em 1637 uma bolha especulativa medalha para casa.
levou inmeros negociantes falncia por causa dela. Embora no aprecie muito o calor do Brasil, a
Seu primoroso design inspira todo tipo de objetos, JUDQGHRUGDSULPDYHUDQR+HPLVIpULR1RUWH$LQGD
de taas a edifcios de onde voc acha que foi tirada dessa vez a Natureza prova que a grande beleza est
a ideia da Opera House, em Sidney, na Austrlia? e na simplicidade.
13
CAPA
23 plantas PARA
CULTIVAR NA
N
o existe pretexto melhor que a primavera para YLVWRVDVXPERPMHLWRpLQYHVWLUHPSODQWDVFXMDV
FXOWLYDUSODQWDVRUtIHUDV(ODVHQFKHPDiUHDLQRUHVFrQFLDVGHVSRQWHPDRVPRQWHVHGXUDQWHWRGDV
H[WHUQDGHDOHJULDHDLQGDID]HPDIHVWDGH DVHVWDo}HVFRPRRELULCanna generalis) (1)$
SiVVDURVHLQVHWRVSROLQL]DGRUHV2PHOKRUGH RUDGDDEXQGDQWHGDHVSpFLHTXHWHPHQWUHFP
WXGRpTXHD1DWXUH]DpJHQHURVDRIHUHFHWUHSDGHLUDV HPGHDOWXUDYHPHPWRQVYHUPHOKRVUyVHRVH
iUYRUHVDUEXVWRVHRXWUDVHVSpFLHVTXHVHDGDSWDPD ELFRORUHV1RPDFLoRGDIRWRDRODGRRELULDSDUHFH
diversas situaes de cultivo e deixam o jardim mais ODGHDQGRDHVWUHOtW]LDStrelitzia reginae) (2)
FRORULGRQmRVRPHQWHQDHVWDomRGDVRUHVPDVWDPEpP TXHWDPEpPFRORUHRFHQiULRHDWUDLRVEHLMDRUHVQRV
HPWRGDVDVRXWUDVpSRFDVGRDQR$TXLYRFrFRQIHUH PHVHVPDLVTXHQWHV
XPDVHOHomRGDVTXHQmRSRGHPIDOWDUQRSDLVDJLVPRGD $L[RUDPDXtIxora coccinea Maui Sunset) (3)
VXDFDVDKiGHVGHSODQWDVTXHRUHVFHPSRXFRVPHVHV RXWUDGHVVDVHVSpFLHVTXHQmRHFRQRPL]DPQDRUDGD
DSyVRSODQWLRDWpDTXHODVFXMRDXJHGDEHOH]DYDLVHU )DoDFKXYDRXIDoDVROHODRIHUHFHDRVMDUGLQLVWDV
DSUHFLDGRVRPHQWHSHODVSUy[LPDVJHUDo}HV VXDVLQRUHVFrQFLDVYHUPHOKRDODUDQMDGDVHPWRGRV
RVPHVHVGRDQR&DGDXPDGHODVWHPIRUPDWR
Macios sempre bonitos DUUHGRQGDGRHpFRPSRVWDGHLQ~PHUDVRUHVGHTXDWUR
&DQWHLURVFRORULGRVHUHSOHWRVGHRUHVWrPRSRGHU SpWDODVLQWHQVDPHQWHYLVLWDGDVSHODVERUEROHWDV2
GHWUDQVIRUPDUTXDOTXHUHVSDoR3DUDFULDUFRPSRVLo}HV MDUGLPFDFKHLRGHYLGD
1 3
Durante todos
os meses do ano,
as inflorescncias
generosas do
biri e da ixora-
mau garantem
o colorido dos
canteiros
14 Natureza
2
1 3
Biris,
Bir
Biris
is,
s, ix
ixora
ixoras
oras
ora s e es
est
estreltzias
trelt
trelt
ltzia
z s
zia
compem
coomp pem o macio que
pe qu
ue
e
d
d o tom do paisag
paisagismo
agismo o
tropical
ttro
ropic
p al
a neste jardimdim
m
CAPA
3
Shutterstock
As inflorescncias globosas da hortnsia do um espetculo no perodo que vai da primavera ao vero. A florada
amarelo-ouro do ip, por sua vez, cria pontos de destaque no jardim entre o final do inverno e o incio da primavera
1
Escndalo colorido
$SRVWDUHPHVSpFLHVGHRUDGDVDEXQGDQWHVHFRPFRUHV
YLYDVpXPDWiWLFDLQIDOtYHOSDUDFULDUSRQWRVGHGHVWDTXHQR
MDUGLP2XYDLGL]HUTXHYRFrQmRFDHQFDQWDGRTXDQGRVH
GHSDUDFRPDVRUHVDPDUHORRXURTXHHQFREUHPRVJDOKRV
GRLSrHandroanthus chrysotrichus) (1)HQWUHRQDOGR
LQYHUQRHRLQtFLRGDSULPDYHUD"(ODVVHUH~QHPHPGHQVDV
LQRUHVFrQFLDVHGHVSRQWDPQDpSRFDHPTXHDiUYRUH
HVWiGHVSURYLGDGHIROKDVRTXHVyWRUQDRVKRZDLQGD
PDLVJUDQGLRVR3HQDTXHHOHGXUHDSHQDVDOJXQVGLDV
,JXDOPHQWHHVFDQGDORVDHUiSLGDpDRUDGDGD
MDGHYHUPHOKDMucuna bennettii) (2)TXHQmRSRUDFDVR
pFRQVLGHUDGDDPDLVEHODWUHSDGHLUDWURSLFDOGRPXQGR(OD
RUQDPHQWDJUDQGHVFDUDPDQFK}HVFRPVXDVLQRUHVFrQFLDV
SHQGHQWHVHUXEUDV4XHPREVHUYDDSODQWDPDLVGHSHUWR
VHLPSUHVVLRQDFRPRIRUPDWRGDVSHTXHQDVRUHVTXH
GHVSRQWDPSULQFLSDOPHQWHQRYHUmRHSDUHFHPLPLWDUJDUUDV
Caso a inteno seja surpreender os visitantes do jardim
FRPDEHOH]DHVWXSLGDPHQWHRULGDGHXPDUEXVWRDKRUWrQVLD
Hydrangea macrophylla) (3)pXPDERDRSomR1mRKiTXHP
QmRQRWHDVLQRUHVFrQFLDVJORERVDVHODVWrPDWpFPGH
GLkPHWURHSRGHPVHUURVDRXD]XLVTXHHQFREUHPDHVSpFLH
SRUXPERPWHPSRHQWUHDSULPDYHUDHRYHUmR
$RUDGDJHQHURVDGDYLUHLDRhododendron hybrid
Vireya Group) (4)RXWUDHVSpFLHDUEXVWLYDWDPEpPQmRSDVVD
GHVSHUFHELGDHODYHPHPWRQVGHODUDQMDDYHUPHOKDGRRX
DPDUHORFRPDERUGDODUDQMDGXUDQWHRDQRWRGRH[FHWRQRV
PHVHVGHDEULOPDLRHMXQKReHVSHWiFXORJDUDQWLGR
16 Natureza
4 4
Laranja-
Projeto: Marcelo Novaes (arquiteto paisagista), tel.: (19) 3296-4455, www.marcelonovaes.com.br, foto: Gustavo Olmos
avermelhadas ou
amarelas com a
borda laranja, as
flores vistosas da
vireia despontam
ininterruptamente
2 ao longo do ano
exceo feita aos
meses de abril,
maio e junho
Escandalosas, as
inflorescncias rubras
da jade-vermelha
garantiram espcie
o ttulo de trepadeira
tropical mais
bonita do mundo
Natureza 17
CAPA
Com milhares de inflorescncias cor-de-rosa, a florada da congeia enfeita cercas e caramanches por mais de quatro meses
2 1
Natureza 19
CAPA
Nativa do Brasil, a quaresmeira-roxa verstil no paisagismo, fcil de cultivar e ainda fica florida o ano todo
Cultivo descomplicado
$EHOH]DGDVRUHVS~USXUDVPXLWRVHPHOKDQWHV HVSpFLHpEDVWDQWHU~VWLFDHRUHVFHMiQRSULPHLUR
jVGRPDQDFiGDVHUUDLQFOXVLYHMiVHULDPRWLYR DQRDSyVRSODQWLRGL]3DUDWDQWREDVWDTXHDV
VXFLHQWHSDUDJDUDQWLUXPFDQWLQKRGHGHVWDTXH mudas sejam acomodadas em solo rico em matria
jTXDUHVPHLUDUR[DTibouchina moricandiana) RUJkQLFDHDGXEDGDVFRPJGH13.
QRMDUGLP0DVRVDWULEXWRVGRDUEXVWRYmRPXLWR DFDGDWUrVPHVHVH[FHWRQRSHUtRGRGRLQYHUQR
DOpPGDTXLORTXHRROKDUFDSWDHODpYHUViWLO $VRUHVYrPHPWRGDVDVHVWDo}HVDLQGDTXHFRP
QRSDLVDJLVPRSHUPDQHFHFRORULGDGXUDQWH PHQRULQWHQVLGDGHHPPHVHVIULRV1RMDUGLPD
SUDWLFDPHQWHRDQRWRGRHDLQGDH[LJHSRXTXtVVLPRV SODQWDIXQFLRQDEHPFRPRDUEXVWRGHGHVWDTXH
FXLGDGRVGHFXOWLYR4XHPDWHVWDpRSURGXWRU/XLV DWLQJHDWpPRXFHUFDYLYD5HJXHTXDQGRDWHUUD
%DFKHUGD)D]HQGD&LWUD1DWLYDGR%UDVLOD HVWLYHUUHVVHFDGDHDSUHFLHRHVSHWiFXOR
20 Natureza
CAPA
Sempre-vivas: Yasutake Flores e Plantas, elisabeteoky@uol.com.br; ambientao: Festa das Flores de Aruj, SP
1
Beleza verstil
6HPIUHVFXUDVFHUWDVRUtIHUDVVHDGDSWDPIDFLOPHQWH
DGLYHUVDVVLWXDo}HVGHFXOWLYRHDFDEDPVHWRUQDQGRFXULQJDV
QRSDLVDJLVPR8PH[HPSORpDVHPSUHYLYDHelichrysum
bracteatum) (1)TXHDOHJUDGHVGHUHFLSLHQWHVGLVSRVWRVVREVRO
SOHQRDWpPDFLoRVIRUPDGRVHPPHLRDRYHUGHGRMDUGLP(P
WRQVYLEUDQWHVGHOLOiVYHUPHOKRHDPDUHORVXDVSHTXHQDVRUHV
SHUPDQHFHPYLVWRVDVSRUFHUFDGHTXDWURPHVHVQRVYDVRVHRLWR
PHVHVQRVRORGDiUHDH[WHUQDFRPRiSLFHGDRUDGDDFRQWHFHQGR 1
VHPSUHGXUDQWHRYHUmR&RPRDSODQWDWHPFLFORDQXDODGLFDp
UHQRYDUDVFRPSRVLo}HVDRQDOGRSHUtRGRGHRUDomR
1DPHVPDOLQKDDYHUEHQDGlandularia tenera) (2)GiRULJHP
DGHOLFDGDVRUHVOLODVHVUR[DVHEUDQFDVHQWUHRVPHVHVGHVHWHPEUR
HIHYHUHLUR$OpPGHFRORULUHPYDVRVHFDQWHLURVHODVWDPEpP
SRGHPVHUXVDGDVSDUDERUGDUFDPLQKRVHTXHEUDUDDULGH]GHMDUGLQV
URFKRVRVMiTXHDHVSpFLHQmRXOWUDSDVVDRVFPGHDOWXUDHVH
GHVHQYROYHEHPHQWUHDVSHGUDV
0DLVYHUViWLOVyPHVPRDPDUJDULGDLeucanthemum vulgare) (3),
TXHpSHUHQHFUHVFHDWpFPHVHUYHWDQWRFRPRIRUUDomRQRV
FDQWHLURVGHHVSpFLHVPDLRUHVTXDQWRSDUDIRUPDUJUDQGHVPDQFKDV
HVEUDQTXLoDGDVQRMDUGLPeSODQWDUHODUJDUDVSHTXHQDVRUHVEUDQFDV
GHVSRQWDPHQWUHRVPHVHVGRYHUmRHGRRXWRQRHVHDODVWUDPWmR
IDFLOPHQWHTXHHPDOJXQVFDVRVDPDUJDULGDpFRQVLGHUDGDGDQLQKD
22 Natureza
3
A margarida cresce at 60 cm e empresta sua florada branca para dar vida a forraes e macios no paisagismo.
J a verbena no ultrapassa os 20 cm e se adapta a vasos, canteiros e outras composies em jardins rochosos
Natureza 23
CAPA
Ambientaao: Ilha de Mainau, Alemanha, www.mainau.de
Com plantas produzidas a partir de mudas ou semeadura, possvel renovar os canteiros do jardim em curtos perodos de tempo
1
24 Natureza
4
O agapanto
agap
gapant
a to fl
floresce
o esce
oresce
ore sce
e
no
no mesmo
mesmo
mesesmo ano do plantio,
plant
plantioo,
entre
ent
en
ntre
e a primavera
primave
ri vera a e o vero.
verro
ve o.
A palma-de-Santa-Rita
palma-de-S e-Sant
anta-R
a-RRita
a
(
ddireita)
irreit
e a)) ainda
aindda mais
maiss
rpida:
rpida: da da semeadura
semeadu
sem ura
florao
flor
flo
flora
a
o so
ape
o apenas
p nas
as do
dois
is mes
mese
meseses
Tubulares e alaranjadas, as
flores-de-Santo-Antnio
alegram o jardim durante
praticamente o ano todo
Natureza 25
CAPA
A camlia comea a
florescer com cerca de trs
anos de idade e leva at
duas dcadas para chegar
aos 4 m de altura
FXMRJUDQGHDWUDWLYRQDYLGDDGXOWDpDFRSDSHUIHLWDPHQWH
DUUHGRQGDGDMiFRPHoDDH[LELUVXDVOLQGtVVLPDVRUHV
UR[DVRXURVDDRORQJRGHGXDVHVWDo}HVLQWHLUDVSULPHLURQR
LQYHUQRHGHSRLVFRPPDLVLQWHQVLGDGHQRYHUmR$FDPpOLD
Camellia japonica) (3) ID]SDUHFLGRFRPHoDDRUHVFHUQRV
Duas vezes ao ano, a quaresmeira presenteia o jardim
PHVHVPDLVIULRVGRDQRFRPDSUR[LPDGDPHQWHWUrVDQRV
com sua belssima florada em tons de roxo e rosa. Para GHLGDGHPDVGHPRUDDWpGXDVGpFDGDVSDUDDWLQJLUPGH
v-la com 12 m de altura, necessrio esperar 15 anos DOWXUDeGHVDRDWpSDUDRVPDLVSDFLHQWHV
26 Natureza
De crescimento lento, a
famosa cerejeira-do-Japo
s atinge seu porte mximo
depois de 30 anos
Natureza 27
CAPA
Ambientao: Agrcola da Ilha, Joinville, SC,
www.hemerocallis.com.br
Para ver roseiras e hemerocales florescendo exuberantes, necessrio podar e adubar as espcies antes da primavera
28 Natureza
O cultivo
cult
ultiivo
ivo do
do br
b
brinc
brinco-
rinc
inco-
o
o-
Ambientao: Ilha de Mainau, Alemanha
de-princesa
de--pri rince
ncesa
nce sa exige
exi
ex
xigee
dedicao,
ded dica
cao
o,, m
masas
s
c
com
compensa
ompe
om
o pepens sa o jardinista
jardin
jard inis
staa
c
com
om floradas
fl rad
flo adas
ad a vistosas
vistos
vistossass
na
na poca
poca certa
certta
cer
Natureza 29
JARDIM
Florferas
A
H[SORVmRGHRUHVQRMDUGLPpWmRLQWHQVD 2XWUDRUtIHUDTXHPDUFDSUHVHQoDpDD]DOHLD
TXHFDGLItFLOSDVVDUEDWLGRSRUHVWDFDVDHP Rhododendron hybrid - 6RXWKHUQ,QGLFD+\EULG
&DPSRVGR-RUGmRQRLQWHULRUGH6mR *URXS(2)FXMDVRUHVVmRFRUGHURVDFODURFRP
3DXORQmRVHPPRWLYRVEDWL]DGDGH PLRORVDOSLFDGRSRUXPWRPGHURVDPDLVHVFXUR$
&DVDGR-DUGLP7DPDQKDH[XEHUkQFLDIRLRSHGLGR HVSpFLHpLGHDOSDUDFRPSRUPDFLoRVMiTXHQmRSDVVD
Q~PHURXPGRVSURSULHWiULRVTXHVmRDSDL[RQDGRV GHPGHDOWXUDHQmRH[LJHPXLWRVFXLGDGRV
SRUSODQWDVDRSDLVDJLVWD-DLU3LQKHLURQDKRUDGH QDPDQXWHQomR2MDVPLPDPDUHORJasminum
HQFRPHQGDURSURMHWRSDLVDJtVWLFR mesnyi) (3)SRUVXDYH] LOXPLQDDFRPSRVLomRFRP
,QVSLUDGRSHORHVWLORSURYHQoDORSURVVLRQDO VXDVRUHVDPDUHODV
HQFKHXDiUHDH[WHUQDGDSURSULHGDGHGHHVSpFLHV &RPRRWHUUHQRpWRGRHPGHVQtYHO3LQKHLURFULRX
GHOLFDGDVHFRORULGDVFRPRDODYDQGDLavandula YiULRVSDWDPDUHVDRORQJRGRWDOXGHJDUDQWLQGR
dentata) (1)$OpPGHHVEDQMDUGHOLFDGH]DFRPVXDV DVVLPTXHWRGDVDVHVSpFLHVWLYHVVHPRPHUHFLGR
LQRUHVFrQFLDVOLODVHVHHPIRUPDGHHVSLJDDHVSpFLH GHVWDTXHHXVRXGRUPHQWHVQDFRQWHQomR2
SHUIXPDRDPELHQWHFRPRGHOLFLRVRDURPDTXHVH DFDEDPHQWRGDFRPSRVLomRFRXSRUFRQWDGHHVSpFLHV
GHVSUHQGHGHVXDVIROKDV FRPRDYLQFDYDULHJDGDVinca major 9DULHJDWD(4)
30 Natureza
1
Um show de cores
UYRUHVFRPXQVQDUHJLmRFRPRRSLQKHLURGR
3DUDQiAraucaria angustifolia) (1)SRQWXDPHGmR
YHUWLFDOLGDGHDRMDUGLPPDVDVJUDQGHVSURWDJRQLVWDV
VmRPHVPRDVRUtIHUDVGLYHUVDVGLVWULEXtGDVSHORV
FDQWHLURV$VFDOrQGXODV&DOHQGXODRFLQDOLV) (2)
SRUH[HPSORHPSUHVWDPVHXFRORULGRDXP
FDQWHLURHOHYDGRQDHQWUDGDGDJDUDJHP
RQGHVHUYHPGHIRUUDomRSDUDRFDUYDOKR
SRUWXJXrVQuercus suber) (3)$HVSpFLH
5
4
32 Natureza
Para quebrar a monotonia
do gramado, o paisagista
apostou em um macio de
exuberantes calndulas
WDPEpPPDUFDSUHVHQoDQRPHLRGRWDOXGHQDIRUPDGHXPPDFLoRGH
RUHVODUDQMDTXHGHVSRQWDPQRLQYHUQRHQDSULPDYHUD
3HUWRGDOLFDEHjVGHOLFDGDVPDUJDULGDVGH3DULVArgyranthemum
frutescens) (4)HjVD]DOHLDV(5)DPLVVmRGHSUHHQFKHUGRLVFDQWHLURV
SDUDOHORVTXHGHOLPLWDPXPFRUUHGRUQRJUDPDGR
(PRXWUDiUHDpRMDVPLPGRVSRHWDV Jasminum polyanthum) (6)
TXHPURXEDWRGDDDWHQomR'HRUHVSHTXHQLQLQKDVSRUpPPXLWR
SHUIXPDGDVDHVSpFLHHQFREUHXPDUFRGHIHUURTXHVHUYHGHSRUWDOSDUD
TXHPDFHVVDXPHVSDoRGHFRQWHPSODomRFRPEDQFRGHPDGHLUD
33
JARDIM
As glicnias branca
e roxa e as folhas cor
de vinho do cer colorem
o caminho que leva ao
ptio em estilo francs
Jardim secreto
8PGRVVRQKRVGRVGRQRVGDFDVDHUD
WHUXPHVSDoRPDLVUHVHUYDGRHWUDQTXLOR
SDUDDSUHFLDUD1DWXUH]DHHOHJDQKRX
IRUPDFRPDFULDomRGHXPSHTXHQRSiWLR
HPXPDGDVODWHUDLVGDSURSULHGDGH/iGi
SDUDUHOD[DUFRPREDUXOKLQKRJRVWRVRGD
GDIRQWHGHFRQFUHWRTXHRFXSDDSRUomR
FHQWUDOGRDPELHQWH
2FRORULGRGDVRUtIHUDVTXHpD
PDUFDUHJLVWUDGDGRSDLVDJLVPRVXUJHQD
IRUPDGRFDQWHLURGHPDUJDULGLQKDVURVD
Argyranthemum6XPPHU6WDUV3LQN(1)
XVDGRSDUDERUGDUDIRQWHHGRFDUDPDQFKmR
GHGRUPHQWHVFREHUWRSHODJOLFtQLDEUDQFD
:LVWHULDRULEXQGD$OED(2)HDD]XO
:LVWHULDRULEXQGD) (3)
2XWURTXHDMXGDDFRORULURDPELHQWH
pRRUQDPHQWDOiFHUAcer palmatum
$WURSXUSXUHXP(4)TXHWHPIROKDJHP
FRUGHYLQKR
34 Natureza
CURIOSIDADES
Imagens
nas plantas
De pssaros a
estrelas-do-mar,
conhea as flores
que parecem imitar
outros elementos
da Natureza
A flor-de-papagaio
parece uma ave colorida.
Apreciar sua beleza
exclusividade de quem
visita a Tailndia, j que o
comrcio e exportao da
espcie so proibidos
36 Natureza
Fotos: Shutterstock
2 2
As ptalas franjadas desta orqudea asitica deixam claro por que ela recebeu o nome de gara-branca
E
nxergar desenhos de animais nas nuvens legalmente: por ser extremamente rara na Natureza e
ou as feies de um rosto humano no vidro VHUHSURGX]LUDSHQDVHPFRQGLo}HVEDVWDQWHHVSHFtFDV
embaado da janela: o que parece brincadeira de solo e umidade, o governo tailands proibiu a
de criana um fenmento estudado pela FRPHUFLDOL]DomRHH[SRUWDomRGDSODQWD6HHVWLYHU
cincia, chamado de pareidolia. uma forma que mesmo disposto a cruzar os mares para apreciar sua
nosso crebro encontra de organizar os estmulos H[XEHUkQFLDPDUTXHDYLDJHPSDUDRVPHVHVGH
YLVXDLVHFODVVLFiORVFRPRDOJRTXHFRQKHFHPRV RXWXEURHQRYHPEURTXDQGRHODRUHVFH
DUPDRSVLFyORJR6pUJLR)XNXVKLPDGD6RFLHGDGH 7DPEpPDVLiWLFDDRUTXtGHDJDUoDEUDQFD
Brasileira de Psicologia. No jardim, o fenmeno (Pecteilis radiata) (2)WHPRUHVGHERUGDV
RFRUUHTXDQGRDVSHVVRDVLGHQWLFDPSiVVDURVLQVHWRV franjadas que dariam um belo par de asas plumosas.
morcegos e outras imagens em algumas plantas. Elas despontam durante o vero e atingem
(PDOJXQVFDVRVDVHPHOKDQoDHQWUHXPDRU DSUR[LPDGDPHQWHFPGHGLkPHWUR6yQmRSHQVH
e outro elemento conhecido tanta que acaba se TXHYRFrYDLDYLVWiODVQDVDOWXUDVDSHVDUGRQRPHH
UHHWLQGRQRQRPHSRSXODUGDHVSpFLH$RUGH GDDSDUrQFLDDSODQWDQDFRQWUDPmRGDVHVSpFLHVGH
papagaio (Impatiens psittacina) (1) um exemplo. VXDIDPtOLDJRVWDPHVPRpGHWHUUDUPHQDVFHQGR
(PWRQVGHOLOiVEUDQFRHURVDFKRTXHVXDVSpWDODV espontaneamente em terrenos pantanosos do Japo,
SDUHFHPLPLWDURSHUOGDDYHFRORULGDeSHQDTXH da Coreia e do oeste da China. No que diz respeito ao
SDUDFRQIHULUDVHPHOKDQoDGHSHUWRVHMDQHFHVViULR FOLPDDSUHIHUrQFLDpSHODVPDLVEDL[DVWHPSHUDWXUDV
LUDWpDVRUHVWDVWURSLFDLVGD7DLOkQGLD~QLFR motivo pelo qual seu cultivo no daria certo no Brasil.
OXJDURQGHDKHUEiFHDQDVFHQDWXUDOPHQWHHGH O jeito observar pelas fotos a beleza delicada da
RQGHHODQmRGHYHUiVDLUWmRFHGR3HORPHQRVQmR RUTXtGHDJDUoDEUDQFD
Natureza 37
CURIOSIDADES
2 2
De longe,
De longe
lon
lo
onnge
ge a imp
ge, iimpresso
immpres
mpres
e so qu
o q
que
ue
se tem
se te
em
m que as abelh
ab
abelhas
belhas
lh
hasas
tto
tom
tomaram
om
omara
ara
aram
am conta
cont
cont
onta
ta das
das
s flores
flo
flor
flore
orrees
s
da e
da erva-a
rva
rvaa-abelha.
-abel
-abelha.
ha. A culpa
erva-abelha. cul
culpa paa
do
do labelo
lab
la
ab
a belo da orqudea,
belo orqu
orqudea
dea, cujo
a, c ujjo
uj o
co
collori
o or do
o
coloridodo remete
re ete ao
rem o inset
iin
nset
insetoetto
38 Natureza
As ptalas que imitam
labaredas do lrio-da-chama
parecem at um aviso:
txica, a espcie causa
ardor na pele
O visual da estaplia da
estrela-do-mar. J o odor
est mais para carne podre
Fotos: Shutterstock
Natureza 39
CURIOSIDADES
Morcego no jardim
Os desavisados at se assustam: de
ORQJHDLQRUHVFrQFLDH[yWLFDGDTacca
chantrieri parece um morcego repousando
em meio s folhagens do jardim. que
RFRQMXQWRGHVXDVEUiFWHDVTXHSRGH
DWLQJLUDWpFPGHGLkPHWURSRVVXLXP
tom de roxo quase preto bastante raro na
Natureza. De perto, possvel perceber
que elas so acompanhadas de pequenas
RUHVFDPSDQXODGDVWLQJLGDVGDPHVPD
FRU&RQKHFLGDQmRjWRDFRPRRU
PRUFHJRDSODQWDRUHVFHHQWUHRVPHVHV
que se estendem da primavera at o outono
HpQDWLYDGDUHJLmRVXGHVWHGDVLD&RPR
aprecia clima tropical quente, pode ser
cultivada tambm em jardins brasileiros.
40 Natureza
www.campvasos.com.br
Situada no Mercado de Flores no Ceasa de Campinas
a Campvasos atende o mercado varejista e atacadista
h 10 anos oferecendo produtos e solues no
setor de acessrios para paisagismo e jardinagem.
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ga
o V antes
ass
Horta na laje
Shutterstock
Aproveitando o nico espao que
tinha disponvel, Marquinho Biggs
realizou o sonho de ter sua prpria
horta e hoje produz mais de
90 espcies de alimentos TEXTO ANA VAZZOLA
S
e no passado a falta de espao era uma boa laje de casa
desculpa para no ter plantas e hortalias para cultivar
em casa, hoje esse argumento caiu por terra. uma horta.
Em cidades grandes ou pequenas, cada vez Atualmente, o ambiente conta com mais de 90 espcies
mais gente encontra jeitos criativos de levar o verde de legumes, verduras, temperos e at frutos.
a locais improvveis. No municpio de Rio Novo, em
Minas Gerais, uma dessas histrias a do comerciante DE PAI PARA FILHO
Marquinho Biggs que no perdeu tempo com Na vida de Biggs, a paixo por cultivar os
MXVWLFDWLYDVHVIDUUDSDGDVHDSURYHLWRXORJRD alimentos vem de cedo. Aos 56 anos, ele ainda lembra
Fotos: divulgao
Construda na laje de casa, a plantao do comerciante conta com legumes, verduras, temperos e at frutos
42 Natureza
Para Marquinho Biggs,
o contato com a terra
um valor a
ser transmitido de
gerao em gerao
com carinho da poca em que viajava junto do pai
pelo interior mineiro cheio de sementes de verduras e Os 120 m de horta so ocupados por centenas de vasos e vrios
canteiros delimitados por tbuas de madeira reaproveitada
frutferas nos bolsos. Como na residncia da famlia
no havia espao para as espcies, os grozinhos
eram depositados nos terrenos por onde a dupla
passeava. Meu pai me ensinou a pensar que, no
futuro, no s eu, mas muita gente, poderia fazer uso
do que brotasse, conta.
Os anos se passaram e Biggs passou a cultivar o
sonho de ter sua prpria plantao. Depois de dcadas
GHSDFLrQFLDHHVSHUDHPQDOPHQWHHQFRQWURXD
chance para transformar o antigo desejo em realidade:
)RLTXDQGRHXPLQKDPXOKHUHPHXOKRGHFLGLPRV
mudar de casa. Enquanto a nova residncia ainda
estava em obras, percebi que a laje do ltimo andar
renderia uma rea perfeita para as plantas, explica.
No demorou muito para que todo o espao que
totaliza 120 m fosse ocupado com centenas de vasos
e vrios canteiros delimitados por tbuas de madeira
reaproveitada. Hoje, quem conhece o ambiente se
impressiona com a escala da produo, que alimenta
no s a famlia de Marquinho Biggs como tambm assim por diante at as prximas geraes, diz.
vizinhos e amigos prximos tudo conforme a lio E parece que o ensinamento foi compartilhado com
que o rionovense aprendeu na infncia. sucesso. O entusiasmo de Gubert com a plantao do
pai tanto que o garoto ajudou Biggs a criar um grupo
TRADIO DE GERAES sobre o amor s plantas no Facebook. Na pgina Horta
Na horta sobre a laje, espcies comuns alface, caseira, terapia e alimento, que j conta com mais de
agrio, cebolinha, pimento e repolho disputam a 44 mil membros, Marquinho Biggs troca informaes
ateno com hortalias menos conhecidas. o caso e compartilha o conhecimento que adquire no contato
da capiova folha de sabor suave que, em algumas dirio com as espcies. O retorno que tenho das
regies, comida com arroz ou angu e da serralha pessoas serve de combustvel para eu continuar o meu
verdura de gosto ligeiramente amargo que costuma ser
Shutterstock
WUDEDOKRDUPD2VDPDQWHVGD1DWXUH]DDJUDGHFHP
consumida crua ou refogada.
Misturados a esses legumes e verduras, possvel
encontrar tambm frutos curiosos, como fruta-do-
milagre, grumixama e bacupari que despertaram o
LQWHUHVVHGRMRYHP*XEHUWOKRGH%LJJV&RPDSHQDV
13 anos, o menino tornou-se responsvel por montar
a salada em todas as refeies da casa e se preocupa
com a funo de cada alimento na sade da famlia. O
pai se enche de orgulho: Um fruto nunca cai longe da
iUYRUH(XTXHURHQVLQDUPHXOKRDLPSRUWkQFLDGR
contato com a terra da mesma forma que aprendi, para
que ele possa transmitir a lio para seus colegas e
Natureza 43
MOSTRA
Profissionais
U
ma das mostras preferidas dos jardinistas Na 35aHGLomRGDH[SRVLomRUHDOL]DGDHQWUH
DPDGRUHVD([SRRUDTXHDFRQWHFHHP os dias 26 de agosto e 25 de setembro, a grande
+RODPEUDQRLQWHULRUGH6mR3DXORp QRYLGDGHIRLMXVWDPHQWHDPRVWUDGHSDLVDJLVPRTXH
FRQKHFLGDSRUDSUHVHQWDUDRS~EOLFRRV GHVDRXSDLVDJLVWDVHGHFRUDGRUHVDUHSURGX]LURV
~OWLPRVODQoDPHQWRVHPRUHVHSODQWDVRUQDPHQWDLV GLIHUHQWHVDPELHQWHVGHXPDFDVDWRGRVGHFRUDGRV
DOpPGHEHORVMDUGLQVFULDGRVSRUSURVVLRQDLVWRGRV FRPPXLWDVSODQWDV$RWRGRHUDPDPELHQWHV
UHFKHDGRVGHERDVLGHLDV &RQUDDOJXQVGHOHV
Na cozinha gourmet,
as ervas e temperos 5
eram os protagonistas
do paisagismo
46 Natureza
1
2
4 3
Espcies como alecrim e manjerico foram plantadas no canteiro, junto ornamental falsa-ris, e no painel verde.
Para deixar tudo mais colorido, vasos, tinas e caixas com calanchoes encontram-se espalhados pelo ambiente
Alimentos sempre mo
Por Alexandre Galhego e Ines Scisci Maciel
Natureza 47
MOSTRA
Se as plantas trazem aconchego aos ambientes temperos. Como esses ltimos precisam de muito sol,
internos, esta cozinha com jardim vertical, projetada vale a pena substitu-los por outras folhagens na hora
pela arquiteta Fernanda Quelhas, tem tudo para de reproduzir essa ideia em uma varanda gourmet ou
virar o lugar mais gostoso da casa. As samambaias- cozinha interna.
selvagens (Nephrolepis exaltata) (1), que adoram lugares O mobilirio em tons de marrom e cinza destaca o
sombrados, tomam conta das bordas da estrutura, verde das plantas, enquanto o piso de cruzetas traz uma
enquanto a rea mais central foi preenchida por pitada de rusticidade ao ambiente.
Decorao econmica
www.marisatrippia.com.br; temperos e ervas aromticas:
Projeto: Marisa Trippia (artista plstica), tel.: (19) 98248-5666,
48 Natureza
Projeto: Luciano Zanardo (paisagista), tel.: (11) 4702-2345, www.zanardopaisagismo.com.br;
plantas: Racosta Plantas Ornamentais, tel.: 0800 55 89 55; fogo de cho: Construflama,
tel.: (11) 5171-6070; piso drenante: Castelatto Pisos e Revestimentos, tel.: (11) 4416-6900
Lazer rstico
Por Luciano Zanardo
Com todos os cmodos reunidos em um mesmo garrafas deram lugar a uma jiboia (Epipremnum
espao, os lofts requerem solues versteis na aureum) (3) vai bem na sala, na cozinha e at no
decorao, como mostra o projeto que simula este escritrio. J o jogo da velha de vasinhos fica timo na
tipo de ambiente, criado pelos designers de interiores varanda gourmet e na rea externa basta nesse ltimo
Marina Machado e Allan Oliveira. As ideias de como caso escolher prateleiras resistentes s intempries.
inserir plantas no espao so to prticas que podem Como os retngulos pretos nos recipientes foram
ser facilmente adaptadas a outros ambientes da casa. pintados com tinta de lousa, d para desenhar e apagar
A adega com nichos triangulares em um deles as os smbolos quantas vezes for necessrio.
interiores), tel.: (19) 99310-5448; mveis: Marcenaria Oliveira,
Projeto: Allan Oliveira e Marina Machado (designers de
Encaixadas no
nicho da adega
ou cultivadas
em vasinhos
para formar um
jogo da velha, as
plantas deixam
a decorao
3 muito mais
descontrada
Natureza 49
JARDINAGEM
Com pacincia e um
de azaleias
partir do arbusto
TEXTO ANA VAZZOLA
FOTOS VALERIO ROMAHN
PRODUO AIDA LIMA
P
ode acreditar: aquele vasinho de azaleias GHPDQGDWHPSReTXHDFRQGXomRGDPXGDTXH
que voc comprou para decorar a casa no LPSOLFDQDUHPRomRGHIROKDVHUDPRVODWHUDLV
PHLRGRDQRHTXHDJRUDHVWiVHPRUHVpR FRPHoDDQWHVPHVPRGRSODQWLRGRUDPRFRUWDGRH
ponto de partida para, em breve, dar vida a VHHVWHQGHSRUVHPDQDVSHUtRGRHPTXHHODSDVVD
XPDEHODDUYRUHWDGDHVSpFLH2XDWpPDLVGHXPD SRUTXDWURSRGDVDWpQDOPHQWHRUHVFHU
j que as pequenas rvores so produzidas a partir Se no tiver pacincia para esperar tanto, tudo
de ramos retirados da planta-me e de um nico EHPXVDQGRDPHVPDWpFQLFDSRUpPHVSHUDQGR
YDVLQKRpSRVVtYHOREWHUYiULDVPXGDV DPHWDGHGRWHPSRGiSDUDSURGX]LUYDVLQKRVGH
2SURFHGLPHQWRTXHOHYDRDUEXVWRDGHVHQYROYHU D]DOHLDEHPFKHLRVHRULGRVTXHQmRGHYHPQDGD
um s caule est longe de ser complicado, mas DRVYHQGLGRVQRVVXSHUPHUFDGRV
CONDUO DA ARVORETA
Para que a azaleia se torne uma bela
DUYRUHWDpQHFHVViULRIRUPDUXPFDXOH~QLFRH
EHPGHQLGRQRWRSRGRTXDOVHDEULUiDFRSD
2SURFHVVRFRPHoDFRPXPUDPRGHDSHQDV
10 cm cortado de uma planta que voc j tem
HPFDVD$RORQJRGRGHVHQYROYLPHQWRGD
PXGDpLPSRUWDQWHPDQWHUHVVHWURQFRSULQFLSDO
VHPSUHOLYUHGHIROKDVHUDPRV
50
50 Natureza
Conduzida
como arvoreta,
a azaleia pode
enfeitar varandas
e ambientes
internos com suas
flores delicadas e
coloridas
Natureza 51
JARDINAGEM
3. Retire tambm as
folhas da parte de baixo
do caule, deixando
apenas dois pares
de folhas. Repita o
procedimento com um
segundo ramo e finque
ambos em um vasinho
com terra vegetal leve.
4. Na 10a semana
aps o plantio os
ramos j tero
enraizado e formado
mudas laterais.
52
52 Natureza
10. Na 61a semana, faa a 11. Os botes florais comeam
quarta e ltima poda apical. a se formar na 73a semana e
Repare que a copa no topo do depois se abrem, revelando as
tronco j est mais definida. belas flores da azaleia.
3. As flores comeam a
surgir na 42a semana.
Quando a planta estiver bem
formada, transfira-a para
um canteiro ou vaso maior.
Na
N
Natureza
atu
t reza 53
uequi isso, Joo Gualberto? A ilmagem
caseira mostra um quintal de terra batida,
de onde surge um garotinho loiro, de
bermuda e galochas, carregando algo nos
braos. A me se aproxima devagar, num
misto de surpresa e enjoo: Joo Gualberto
est abraado a quatro sapos. No rs, no pererecas
pequeninas. So sapos! Grandes, viscosos e colados ao
peito nu de um garotinho de 4 anos!
No pode icar segurando assim, Joo Gualberto, vai
fazer xixi em voc! Solta o sapo!. Resignado, o menino
se agacha e se despe devagar, soltando sapo por sapo, a
contragosto. Tem o corpinho sujo de lama e visgo, mas
no liga a mnima se os sapos coaxam ou esperneiam.
Um deles se afasta desengonado pela grama e Joo
Gualberto resolve recolher todos outra vez, num abrao
de despedida. A me vai loucura.
Deve existir um momento exato em que deixamos de
ser criana suspeito que ele acontea em pocas diferentes
para cada pessoa, mas que no seja exatamente quando
comeamos a namorar ou quando as contas de carto
de crdito passam a vir no nosso nome. Talvez tenha
acontecido naquele dia em que voc caiu da rvore,
quebrou o brao e a dor roubou sua inocncia. Pode ser
que voc tenha se despedido da infncia depois de uma
ferroada de vespa, um arranho de gato, uma espinhada na
roseira, um corao partido pelo primeiro amor. Ser
a dor o que nos torna adultos antes da hora?
54
Fotos: Shutterstock
Os anos passam e ningum mais senta no cho Fiz suco de laranja em casa nem lembrava da
sujo, brinca na lama cheia de bactrias ou mexe existncia dos espremedores de frutas! e fui para a
em cachorro de rua. Seres responsveis que viramos, praa destemida: eu e meu suco com gominhos. No
abastecemos nossas casas com germicidas, fungicidas, demorou muito para uma abelha me achar. Eu deveria
sabonetes antimicrobianos. Comemos em praas de ter sado correndo. Estava programada para isso desde
alimentao portando bandejas de plstico cheias criana, quando algum me disse que eu era alrgica.
de canudos, talheres e pratos descartveis. Depois Me segurei: no ia me afastar. O resgate da minha
lavamos as mos sem tocar na torneira, atendendo ao criana exigia valentia e eu precisava ser a herona que
aviso de evitar a contaminao cruzada. ela esperava de mim. A abelha andou por todo o copo,
Um dia, minha icha caiu. Desfazendo as sacolas ameaou um afogamento, depois icou ali no canudo.
de compras, descobri que tinha gasto mais com Estava to perto que pude ver a pelugem que envolve
alvejante, sabo em p, gua sanitria e outras seu abdmen rajado, seus grandes olhos compostos,
maravilhas em frascos do que com frutas, verduras as patas e antenas articuladas, da espessura de ios
e legumes. Epa! Eu, que tinha mastigado caramujos, de cabelo. Ela icou por ali uns minutos, depois foi
dormido na grama at quase ser carregada pelas embora, to rpido quanto chegou.
formigas e plantado feijezinhos, agora era esse tipo Olhei ao redor: havia maravilhas por toda parte.
de adulta control freak? No, no e no! Teias de aranhas, musgos midos, tatuzinhos, lagartas,
Decidi resgatar a criana feliz e naturalista que piolhos-de-cobra, vagens secas e estaladias. Passou
existia em mim, talvez encolhidinha no fundo da um cachorro repuxando seu dono muito empertigado,
minha alma, abraada a todos os sapos que tive mas eu j no via mais com meus olhos de adulta.
de engolir na vida adulta. Troquei o shopping pela Assobiei, e ele veio naquele trote alegre dos ces. Me
pracinha em frente de casa, do tamanho ideal para lambeu a cara toda sem a menor cerimnia. Abanou
no espantar minha menina verde. o rabo despudoradamente. Deu uma fungada e foi
puxado, no, Luke!, no faz assim na moa!.
No sei bem quando as crianas viram adultos, mas
tenho certeza de que foi ali, naquela lambida, que eu
voltei a ser criana.
55
GARIMPO
Na trilha do verde
Nosso
Nosso
osso colaborador
co
olabo
lab
boraddo
or percorreu
percco
orre
eu
uoos
s vviveiros
iveiro os
sbbrasileiros
rasileiro
os
seg garimpou
arimpou
ar
muita c
muita oisa iinteressante.
coisa nteressante. C onfi
firra a
Confira lgumas p
algumas lantas
plantas
TEXTTO E FOTOS
TEX
TEXTO FOTOS MURILO SOARES
FOT SOARES
56 Natureza
Orqudea-masdevalia
(Masdevallia Angel Frost)
D HORQJHDVRUHVDPDUHODVGDRUTXtGHDPDVGHYDOLD
MiFKDPDPDDWHQomR0DVpGHSHUWRTXHHODVFDP
ainda mais irresistveis, devido textura de camura de
suas ptalas. O espetculo acontece sempre no inverno,
pSRFDHPTXHDSODQWDVHHQFKHGHKDVWHVFRPRUHVTXH
duram cerca de 15 dias.
Desenvolvida a partir do cruzamento entre
a Masdevallia veitchiana e a Masdevallia strobelii, ambas
nativas do Peru e do Equador, a espcie tem cerca de
15 cm de altura e aprecia as variaes de temperatura e
umidade do clima tropical de altitude. Deve ser cultivada
meia-sombra, em vasos com substrato poroso prprio
para orqudeas.
22UTXLGiULR(VWDo}HVZZZRUTXLGDULRHFRPEU
cobra R$ 40 por cada vaso de orqudea-masdevalia.
Cacto-bola-sedoso
(Mammillaria hahniana)
O visual to impressionante que at quem no muito
ImGHFDFWRVFDFRPYRQWDGHGHWHUHPFDVDXPFDFWR
bola-sedoso s para poder observar bem de perto o efeito
que a cobertura de espinhos delicados e sedosos confere
DHOH4XDVHWmRQDVTXDQWRRVGHFDEHORDVSHTXHQDV
agulhas so o complemento perfeito para o caule globoso e
FKHLRGHVDOLrQFLDVF{QLFDVGDHVSpFLH2HIHLWRFDDLQGD
PDLVLQWHUHVVDQWHQRLQtFLRGDSULPDYHUDTXDQGRDVRUHV
rseas de at 2 cm de dimetro despontam na parte de cima
GDSODQWDDWUDLQGREHLMDRUHV
De crescimento moderado e porte mximo de 25 cm de
altura e 50 cm de dimetro, o cacto pode ser plantado em
vasos com substrato acrescido de matria orgnica e bem
drenado. Ele prefere sol pleno mas, em regies quentes e
secas, tambm se desenvolve meia-sombra.
1D&HDVDGH&DPSLQDVZZZGUFDFWXVFRPEUR
Sr. Junqueira vende vasos bem formados por R$ 15.
Natureza 57
GARIMPO
So tantas as flores agrupadas que a rvore j sem folhas parece se encher de pompons arroxeados
Rosa-do-deserto-roxa
(Adenium hybridum)
P or conta da facilidade de hibridao, possvel
HQFRQWUDUURVDVGRGHVHUWRFRPRUHVQDVPDLV
variadas cores. Este cultivar de ptalas triplas na cor
roxo-escuro foi desenvolvido pelo produtor Luis
Michelon por meio de cruzamentos.
A base dilatada uma caracterstica marcante da
suculenta, cujas folhas longas e ovaladas nascem nas
SRQWDVGRVUDPRV$VRUHVGHDWpFPGHGLkPHWUR
despontam na primavera e no vero.
O solo ideal para o plantio da rosa-do-deserto
arenoso, acrescido de pouca matria orgnica e bem
drenado. A espcie deve ser plantada sob sol pleno e
regada somente quando o substrato estiver seco.
O produtor Luis Michelon (luismichelon@terra.
FRPEUFREUD5SRUFDGDPXGDGDSODQWD
58 Natureza
Cip-alho (Masoa alliacea)
P ara quem cultiva o cip-alho como
SODQWDRUQDPHQWDODVRUHVFRPQXDQFHV
OLODVHVTXHGHVSRQWDPQRQDOGRLQYHUQR
e na primavera, so o grande atrativo. J
para algumas comunidades da Amaznia,
o que interessa mesmo so as folhas da
trepadeira que, por conta do aroma idntico
ao do alho de cozinha, so usadas para
aromatizar receitas.
De crescimento vigoroso, a trepadeira
nativa do Brasil lenhosa, ideal para cobrir
alambrados, grades e pergolados. Deve ser
cultivada sob sol pleno, em solo rico em
matria orgnica, em regies no sujeitas a
invernos rigorosos.
0XGDVGHFLSyDOKRFRPFP
de comprimento custam R$ 18. Quem
vende o produtor Edilson Giacon
ZZZFLSUHVWFRPEU
Natureza 59
VALE A VISITA
Fotos: Shutterstock
Em busca da maior
rvore da Terra
Veja como foi a aventura de nosso colaborador para
conhecer a mais imponente
ente seq
sequoia gigante
TEXTO LUIZ SIQUEIRA
U
m vrgula dois quilmetros de caminhada morro abaixo.
Era essa a distncia que me separava de General Sherman,
the biggestiUYRUHGRPXQGRTXDQGRQDOPHQWHSDUHLR
carro no estacionamento mais prximo famosa sequoia.
O aroma nico de madeira, que eu j sentia desde a estrada,
FDYDPDLVLQWHQVRDFDGDSDVVR$WpTXHQDPHWDGHGR
caminho, pude ver pela primeira vez o imenso tronco de 31 m
GHGLkPHWUREURWDUGRFHQWURGDFODUHLUDHPGLUHomRDRFpX(UD
RiSLFHGHXPDYLDJHPGHVHLVKRUDVTXHFDULDPDUFDGDSHOR
PHQRVQDPHPyULDGDPLQKDOKDGHDQRVFRPRRPHOKRU
PRPHQWRGDVIpULDVjIUHQWHGD'LVQH\HGHYiULRVRXWURVSDUTXHV
60 Natureza
61
VALE A VISITA
Luiz Siqueira
A vegetao rala na entrada do parque em nada lembra a floresta. As sequoias s comeam a surgir a partir dos 1.500 m de altitude
As estradas sinuosas
serpenteiam entre as
rvores gigantescas
e a velocidade no
passa dos 20 km/h
62 Natureza
Quando uma sequoia surge no meio da estrada, um tnel aberto dentro dela para a passagem de pessoas e veculos
GRWUDMHWRpGHHVWDUQROXJDUHUUDGRSRLVDVSODQWDV
PDLVDOWDVWrPQRPi[LPRFPGHDOWXUD2GHVHUWR Tamanho documento
montanhoso, com um ou outro arbusto verdinho, mais
SDUHFHXPPLVWRGRVQRVVRV&HUUDGRH&DDWLQJD GENERAL SHERMAN
~0[cdaP)83,8 m
&RPRWHPSRDYHJHWDomRFRPHoDDFDUPDLVDOWD
~?Ta\Tca^]PQPbT)31,3 m
mas nada de rvores enormes. Foi s na volta da viagem, ~E^[d\TST\PSTXaPTbcX\PS^)1.487 m
TXDQGRYLVLWHLR0XVHXGDV6HTXRLDVTXHSXGHHQWHQGHU ~?Tb^c^cP[TbcX\PS^)1.910 toneladas
o porqu disso: as chamadas sequoias-gigantes s ~8SPSTTbcX\PSP)entre 2.300 e 2.700 anos
crescem numa faixa de altitude entre 1.500 m e
P$VVLPTXDQGRHXPHQRVHVSHUDYDRFDUUR
HQWURXHPXPDRUHVWDHVFRQGLGDQDPRQWDQKD
$SULPHLUDVHTXRLDDYLVWDGDMiLPSUHVVLRQRX3DUHFLD
ser a maior rvore que tinha visto em toda minha vida. S
que nos minutos seguintes surgiram centenas de outras
iUYRUHVGRPHVPRWDPDQKRRXDWpPDLRUHVTXHDTXHOD$
vontade era de parar o carro para tocar cada uma delas,
tirar fotos, sentir a energia daqueles monstros vivos.
Os vidros abertos deixavam entrar o aroma de
madeira que se espalhava por toda a regio. Enquanto
isso o termmetro mostrava o efeito na temperatura
GDTXHODFREHUWXUDGHiUYRUHVQRPHLRGDRUHVWD
PDUFDYDPHQRVGH&FRQWUDRV&UHJLVWUDGRV
na entrada do parque.
?aSX^ST General Hyperion Esttua da
Pouco antes da primeira placa indicando o 10 andares Sherman $%\ Liberdade
HVWDFLRQDPHQWRWUrVVHTXRLDVHQRUPHV]HUDPWRGRR "\ '"'\ ("\
WHPSRGHYLDJHPDWpDOLYDOHUDSHQDHODVEURWDYDPGR
Natureza 63
VALE A VISITA
Fotos: Shutterstock
Acima, as sequoias com a copa coberta pela neve. O parque fica aberto o ano todo, mas deslizamentos podem bloquear
alguns acessos. direita, a cerca que isola General Sherman dos visitantes, impedindo que a rvore seja tocada
ENFIM, A GENERAL
eDLQGDQRPHLRGDWULOKDDWp*HQHUDO6KHUPDQTXHDFDEHoD
tomba para trs pela primeira vez e o pescoo se estica na tentativa
GHYHURSLFRGDiUYRUH$SDUWLUGDtRSDVVRVHDFHOHUDQDkQVLDGH
chegar o mais perto possvel daquela gigante.
Uma cerca isola General Sherman dos visitantes para que
QLQJXpPWRTXHVHXWURQFR0DVHVVDGLVWkQFLDQmRGLPLQXLDHXIRULD
das pessoas que rondam a rvore em busca de um ngulo para
IRWRFDSD]GHUHSUHVHQWDUDPDJQLWXGHGHVVDJLJDQWH&KHJDDGDU
vertigem s de olhar para o topo e imaginar como seria a viso
LQYHUVDGDFRSDGDiUYRUHSDUDDEDVHeWDQWDJHQWHTXHDODSDUD
um clique ao lado da placa General Sherman demora meia hora.
0DVDHVSHUDYDOHDSHQD
$OHPEUDQoDGDYLVLWDD*HQHUDO6KHUPDQFDUiFRPLJRSDUD
VHPSUH(QWUHLGDHYROWDGHVGH/RV$QJHOHVIRUDPGH]KRUDVH
40 minutos de estrada que renderam algo valioso: uma memria
eterna com imagens, sensaes, cheiros e, principalmente, emoes
que somente a Natureza na sua mais plena forma pode proporcionar.
Se um dia tiver chance prestar continncia para a General
6KHUPDQIDoDLVVR9RFrQmRYDLVHDUUHSHQGHU
?a^VaP\TbdPeXbXcP
~ ;^RP[XiP^)General Sherman fica no Parque confirmar se o acesso ao parque no foi bloqueado
das Sequoias Gigantes, na Califrnia, EUA, e o por conta do risco de deslizamentos de neve
jeito mais fcil de chegar at l de carro, pela ~4]caPSP) US$ 30 para circular com o carro
entrada por Three Rivers pelas estradas do parque
~5d]RX^]P\T]c^) a entrada Three Rivers fica ~ <PXbX]U^a\PTb) www.nps.gov/seki/learn/
aberta o ano todo. Entretanto, no inverno, bom nature/sherman.htm
64 Natureza
POMAR
PeQuena
notvel
Shutterstock
TEXTO ANA LUSA VIEIRA
FOTOS VALERIO ROMAHN
G
enerosa por Natureza, a acerola (Malpighia cereja-das-Antilhas. A semelhana mesmo notvel:
emarginata) uma daquelas frutas que de um colorido vermelho vivo, cada acerola tem
oferecem muito e no esperam quase nada formato arredondado e no ultrapassa os 3 cm de
em troca. Alm de presentear quem a saboreia dimetro. S que, diferentemente da cereja comum,
com um gostinho doce e levemente acidulado, esbanja surge em arbustos que se desenvolvem muito bem sob
nutrientes e larga frente da laranja quando o assunto DOWDVWHPSHUDWXUDVUD]mRSHODTXDOYLURXJXULQKD
vitamina C. No jardim, nasce em uma planta de carimbada em jardins e pomares brasileiros.
copa vistosa que ganha destaque tanto em vasos como Por aqui, o cultivo da aceroleira comeou a ser
QRVFDQWHLURVHDLQGDH[LEHGHOLFDGDVRUHVGHWRQV difundido a partir da dcada de 1950. As primeiras
rseos e esbranquiados durante a primavera. Em mudas e sementes vieram do Caribe poca,
contrapartida, no pede mais que solo bem preparado, estudiosos da Universidade de Porto Rico haviam
adubaes espordicas e algumas regas semanais. descoberto as propriedades nutricionais da espcie
e passaram a export-la em larga escala para vrios
DO CARIBE PARA O MUNDO pases, entre os quais a ndia e a Austrlia. Hoje, ela
Originria da Amrica Central, a fruta tambm marca presena em praticamente todas as regies de
chamada popularmente de cereja-de-Barbados ou clima tropical e subtropical do globo.
No jardim, a aceroleira
atinge at 4 m de altura.
Sua copa densa e aberta
bastante ornamental e ganha
destaque no paisagismo
66 Natureza
Natureza
67
Shutterstock
POMAR
Projeto: Helena de Azevedo Freitas (paisagista da Jardim Paulistano), tel.: (11) 3031-0359
Graas ao porte compacto, a aceroleira tambm pode ser cultivada em vasos onde atinge at 1,8 m de altura. Os
recipientes garantem a presena dos frutinhos da espcie em pequenos espaos e reas impermeabilizadas do jardim
68 Natureza
Acerola em detalhes
Nome cientfico: Malpighia emarginata
Nome popular: acerola, cereja-das-Antilhas
Famlia: Malpighiceas
Origem: Antilhas, Amrica Central e norte da
Amrica do Sul
Com forma estrelada, as flores da acerola despontam em tons de Luz: sol pleno
branco e rosa na primavera. Em alguns momentos, o arbusto se Solo: rico em matria orgnica e mantido mido,
mantm florido e com frutos maduros ao mesmo tempo mas sem encharcamentos
Clima: tropical quente, tolerante ao frio subtropical
Se a ideia for cultivar a espcie em vaso, opte por um de baixa altitude em regies no sujeitas a geadas
recipiente com capacidade de 15 litros. O substrato,
nesse caso, deve ser preparado com terra vegetal Plantio: no jardim, coloque as mudas em beros de
50 cm de lado e 50 cm de profundidade,
acrescida de 1 kg de torta de mamona. s plantar a incorporando ao solo 1 kg de torta de mamona e
PXGDGHIRUPDTXHVHXFRORTXHQRQtYHOGRYDVR 500 g de calcrio. Certifique-se de que a aceroleira
e reg-la de duas a trs vezes por semana, quando o fique, no mnimo, 3 m distante de outras plantas.
substrato estiver ressecado. A mesma frequncia de Tambm possvel plantar a espcie em vasos
irrigao, alis, vale para os canteiros. com capacidade de 15 litros. A dica forr-los
com uma camada de argila expandida e cobrir as
No mais, adube a aceroleira a cada seis meses com pedrinhas com manta bidim. Por fim, preencha com
200 g de NPK 4-14-8 para as plantas cultivadas direto terra vegetal acrescida de 1 kg de torta de mamona
no solo e 100 g do mesmo fertilizante nos vasos. Caso e acomode a muda de forma que seu colo fique no
a preferncia seja por adubos orgnicos, aposte em 2 kg nvel do recipiente
de torta de mamona tanto em recipientes como nos Regas: de duas a trs vezes por semana, quando o
solo estiver ressecado
canteiros. No tem erro: os primeiros frutinhos vm at Adubao: nas plantas cultivadas direto no solo, aplique
XPDQRDSyVRSODQWLR2DXJHGDIUXWLFDomRSRUVXDYH] 200 g de NPK 4-14-8 meio ano aps o plantio.
acontece a partir de setembro, logo depois da chegada das Em vasos, a quantidade deve ser de 100 g do mesmo
RUHVWmRUiSLGRTXHHPDOJXQVPRPHQWRVDSODQWDVH fertilizante. Se preferir adubos orgnicos, aposte em
H[LEHRULGDHFRPDFHURODVPDGXUDVDRPHVPRWHPSR 2 kg de torta de mamona, tanto nos canteiros como
nos recipientes. Repita os procedimentos de
Quando cultivado corretamente, o arbusto pode adubao de seis em seis meses
produzir 20 kg de acerolas por ano no solo do
Shutterstock
Natureza 69
ALMANAQUE
Influncia
da Lua
Descubra como o satlite natural da Terra Os frutos ficam mais
pode ajud-lo a ter plantas mais bonitas saborosos na lua
cheia, quando a seiva
se concentra na parte
TEXTO MARINA GABAI apical das plantas
H
quem diga que uma conversa ao p do partes areas aquelas que esto acima do solo
ouvido infalvel. Outros apelam para a crescem com mais vigor. Segundo Cnovas esse o
msica, de preferncia clssica. Quando os momento ideal para o plantio, transplante e enxertia.
FXLGDGRVEiVLFRVQmRVmRRVXFLHQWHYDOH A poca tambm favorvel para o corte da grama
recorrer a todo tipo de soluo no ortodoxa inclusive e a aplicao de adubos qumicos. Na lua cheia, a
jLQXrQFLDGD/XDDTXHODPHVPDTXHHPEDODSDL[}HVH capacidade de atrao do satlite atinge seu grau
rege as mars para ter um jardim vistoso. mximo e faz a seiva das plantas se concentrar ainda
&RPSURYDomRFLHQWtFDQmRH[LVWHPDVWHP nas partes apicais. um bom perodo para colher
PXLWRSURVVLRQDOJDEDULWDGRFDVRGRSDLVDJLVWD frutos, que estaro mais suculentos.
Raul Cnovas que leva em considerao as fases do A lua minguante melhor para as podas pois, com
satlite natural da Terra na hora de cuidar do jardim e a seiva mais presente nas razes, a perda de nutrientes
GL]TXHGiFHUWR(OHGHIHQGHTXHD/XDDJHQRX[R se torna menor. A lua nova, por sua vez, deixa as
da seiva das plantas e que, por isso, existem perodos plantas suscetveis aos ataques de pragas. Para dar
mais favorveis para a execuo de procedimentos aquela mozinha s defesas, capriche na adubao
como poda, plantio e adubao. do solo, no controle de ervas daninhas e, se possvel,
Na lua crescente, a seiva atrada para cima e as evite plantios.
Plantar na lua crescente, podar na lua minguante e caprichar na adubao na lua nova: para Raul Cnovas, levar o satlite
natural da Terra em conta na hora de cuidar do jardim contribui para as plantas crescerem mais saudveis e vistosas
70 Natureza
ALMANAQUE
| NOTAS |
Fotos: divulgao
De jardins com fogo de cho a cantinhos aconchegantes, so dez os ambientes externos em exposio na Casa Decor Indaiatuba
Calendrio verde
TERRRIO DO J est venda a edio 2017 do Calendrio
SEU JEITO do Jardim, do So Paulo Garden Club. Famoso
por trazer todos os meses um pequeno guia
Terrrios so para ajudar os jardineiros amadores a cuidarem
um timo presente das plantas, ele tem como tema central a
para aquele amigo preservao do verde e dos recursos naturais.
apaixonado por O calendrio custa R$ 38 e pode ser adquirido
plantas, e a surpresa pelo telefone (11) 5541-8750 ou pelo site
fica ainda melhor www.calendariodojardim.com.br.
quando a pea
personalizada
com objetos
miniaturizados
com a cara da
pessoa, como faz a Jardim no
Pote. Os terrrios da empresa so produzidos
por encomenda e o cliente quem escolhe o que
vai acompanhar os musgos, cactos e suculentas.
Os pequenos jardins so criados em
recipientes diversos h desde aqurios
at lmpadas e os preos variam entre
R$ 35 e R$ 250. O e-mail para encomendas
contato@jardimnopote.com.br.
72 Natureza
Jardim high-tech
Os apps para celular, que so uma mo na roda na hora
de se orientar no trnsito, encomendar uma pizza ou fazer
transaes bancrias, agora querem tambm ajudar o
jardinista a cuidar bem de suas plantas. O recm-lanado
Meu Jardim, por exemplo, promete oferecer informaes
sobre as plantas que se tem em casa e ainda enviar alertas
quando for hora de adubar ou podar.
A ideia tima, mas os testes da Revista Natureza
mostram que ainda deve levar algum tempinho para ele
funcionar a todo vapor: como a base de dados do app
pequena a tendncia que ela aumente com a colaborao O aplicativo em
dos usurios, j que cada vez que uma pessoa insere uma foto portugus traz
ou informao ela disponibilizada para os demais , muitas informaes sobre as
espcies ainda no so encontradas. plantas do jardim e
O Meu Jardim totalmente em portugus, gratuito e conta avisa quando hora de
com verses para os sistemas Android e iOS. adubar e podar
Natureza 73
ALMANAQUE
JOGANDO VERDE
PAISAGENS NA PALMA DA MO
equenos parasos concebidos
P
pelo homem, os jardins permi-
tem s pessoas no s admirar
cada planta isolada, mas tambm
o efeito que elas causam quando
agrupadas e a forma como con-
trastam em uma composio.
por isso que, minsculos ou imensos, eles
acabaram se tornando to indispensveis
em uma casa quanto a pia da cozinha.
Porm, com a verticalizao das cida-
des e o surgimento de habitaes cada vez
menores, ter um jardim para chamar de seu
Shutterstock
encontrar espao para cultivar plantas in-
dividualmente, combinar mais de uma es-
quando todo o espao disponvel para seu Graas aos terrrios, at quem no tem espao
paraso pessoal se resume a uma janela. consegue cultivar um pequeno jardim em casa,
com direito incluso de miniaturas
Talvez por isso tenha tanta gente recorrendo aos
terrrios, pequenas pores da Natureza encapsula-
das em recipientes de vidro. Assim como os tradicio- se esquea de aliment-las de vez em quando. Eu cos-
nais aqurios, eles permitem que as pessoas montem tumo adub-los a cada trs meses pulverizando um
uma verso muito pequena do mundo para deleite pouco de fertilizante lquido.
pessoal, e a ideia pegou. Como no terrrio quase tudo permitido, d asas
Quer comear um terrrio? A primeira e mais im- criatividade. Pequenas pedras, troncos e at miniatu-
portante dica ter em mente que o frasco de vidro ras so muito bem-vindos e podem fazer parte da pai-
no tem furos de drenagem embaixo. Assim, para no sagem. D at para gramar seu pequeno jardim com
correr o risco de transformar sua nanopaisagem em musgos. Alis, montar nanopaisagens um excelente
um pequeno manguezal, melhor colocar a gua em treino para aspirantes a paisagista. Eu mesmo comecei
pequenas quantidades. Ponha tambm um pouco de assim, e hoje fao jardins de porte monumental.
cascalho no fundo eu fao uma camada de 1 cm
para reduzir o contato entre a terra e a gua que no micropaisagismo em metros quadrados, o nanopaisa-
prontamente absorvida. -
Quanto terra, use uma parte de substrato agr- drados. A nica coisa que no diminui o prazer de
cola e uma parte de hmus de minhoca. Depois s construir e manter tais parasos. O maior risco voc
soltar a imaginao e plantar, de preferncia, plantas querer encolher para curtir melhor seus nanojardins.
de sombra, que se contentaro com uma luminosidade
boa ou alguns minutos de sol pela manh.
caro Farias
saiba que so grandes os riscos de a pouca gua do Eduardo Gomes Gonalves paisagista,
ambiente secar rpido e elas esturricarem em minu- doutor em Botnica, autor do livro
tos. D preferncia s suculentas, que so mais resis- Se no fugir, planta! e escreve sobre
tentes e, independentemente do tipo de terrrio, no curiosidades do mundo da biologia
74 Natureza
PONTO DE VISTA
N
Natureza e criar jardins sem uma ordem as mesmas:
lgica na disposio das espcies. Os chi-
t"QPTUBSFNVNBCPBWBSJFEBEFEFGPSNBT
nPSFTFGSV-
neses fazem isso h sculos e os cottage
UPT QBSB FMBCPSBS VNB QBJTBHFN IBSNOJDB %JGFSFOUFT
gardens ingleses esto entre os principais UFYUVSBTEFGPMIBTDPOUSJCVFNQBSBBDPOTUBOUFWBSJBP
expoentes dessa linguagem. F DIBNBN BUFOP BPT EFUBMIFT JOUFHSBOEPOPT OPWB-
Nos ltimos anos, porm, inspirados pelo NFOUFQBJTBHFN
trabalho do holands Piet Oudolf ele aclamado mun- t%BSQSFGFSODJBTQMBOUBTTFMWBHFOToPVPNBJTQSYJNP
dialmente por sua criatividade e assinou, entre outros QPTTWFMBTVBTBODFTUSBJToFNSFMBPTICSJEBT"MN
importantes jardins, o High Line, de Nova York , paisa- EFUFSFNVNWJTVBMNBJTOBUVSBM
FMBTTPNBJTSTUJDBTF
gistas dos Estados Unidos, da Europa e do Brasil tam- EFNBOEBNNFOPTDVJEBEPT
bm tm elevado o naturalismo a um outro patamar. t*OWFTUJSOBTHSBNOFBTQBSBJOUFHSBSPKBSEJNDPNBQBJ-
Em uma tentativa de recriar os cenrios das pradarias, TBHFN EP FOUPSOP 1MBOUBT DPNP P DBQJNEPTQBNQBT
eles usam gramneas, herbceas e outras plantas de PDBQJNEP5FYBTFPDBQJNDIPSPTFBEBQUBNCFNBP
DMJNBCSBTJMFJSPFUFOEFNBNVEBSEFDPSDPNBTFTUBFT
pequeno porte para moldar paisagens onde nenhuma %FRVFCSB
FMBTTFNPWFNDPNPWFOUPEBOEPNPWJNFO-
vegetao passa dos 60 cm de altura. A manuteno UPBPKBSEJN&WJUFBQFOBTQMBOUBSEVBTHSBNOFBTMBEPB
baixssima e o cenrio muda constantemente, junto MBEP
QBSBPBNCJFOUFOPDBJSOBNPOPUPOJB
com as estaes do ano. At mesmo plantas secas e que t 5FOUF OP WBSJBS EFNBJT OBT DPSFT 0CTFSWF DPNP
j pereceram podem fazer parte das composies, pon- FTQDJFT QFSFOFT DPMPSJEBT F HSBNOFBT TF BMUFSOBN
tuando e dando ritmo. Em regies de clima mais frio, OB/BUVSF[BFQSPDVSFSFQSPEV[JSJTTP3FQFUJSVNBFT-
QDJF EF EFTUBRVF FN QBSUJDVMBS UBNCN BVYJMJB OP
por um perodo, para s ento o terreno ser roado e a SJUNPEBDPNQPTJP
vida rebrotar espontaneamente na primavera.
No Brasil, onde a diferena de clima entre as esta- De resto, usar a criatividade e o bom senso para
es do ano no to marcante, as nuances do jardim criar jardins cada vez mais distantes do formalismo e
ao longo do ciclo so mais sutis, mas as regras para mais prximos do que a Natureza planeja para espa-
os onde abunda a vida vegetal.
Shutterstock
| CURSOS |
Todas as
Introduo ao Colgio Rosrio
quartas-
paisagismo e Marista (51) 9905-6933
feiras, at 30
jardinagem (Porto Alegre, RS)
de novembro
Centro Paisagstico
Curso avanado 12 a 21 de
Gustaaf Winters (19) 99213-5227
de paisagismo outubro
(Holambra, SP)
Do cultivo ao
Sabor de Fazenda 22 de
uso das flores (11) 2631-4915
(So Paulo, SP) outubro
comestveis
Oficina de incensos
Sabor de Fazenda 5 de
naturais e sachs (11) 2631-4915
(So Paulo, SP) novembro
aromatizados
Ao formar
Noes sobre Orquidrio da Mata
turmas de (11) 5542-7627
orqudeas (So Paulo, SP)
3 alunos
11 de
Casa Cor
Rio de Janeiro, RJ outubro a 20 (21) 2511-3941
Rio de Janeiro
de novembro
carmen.
Exposio 70 anos Esporte Clube 21 a 23 de
crescencio@
de orqudeas Banespa, SP outubro
gmail.com
23 de
Casa Cor Santa
Florianpolis, SC outubro a 4 (48) 3065-0304
Catarina
de dezembro
3 de
Casa Cor novembro
Fortaleza, CE (85) 3261-3533
Cear a 13 de
dezembro
46 Exposio
de flores, plantas,
Buffet Manso
design floral e mesas 9 a 11 de
Cidade Jardim (11) 3813-0366
decoradas do novembro
(So Paulo, SP)
Clube Paulista
de Jardinagem
Tire suas
dvidas
Lichieira sem frutos
Plantei um p de lichia h cinco anos e ele ainda
no produziu frutos. Devo fazer uma poda?
Nilce Bocatti
NOSSOS CONSULTORES
MARINA TOMIOKA VALERIO ROMAHN MARCELLO MANZANO ERWIN BOHNKE MURILO SOARES LUIS BACHER
Engenheira agrnoma Fotgrafo da Natureza Engenheiro agrnomo Orquidlogo h mais de Formado em Engenharia Apaixonado por plantas,
formada pela Escola h mais de 20 anos, formado pela Universidade 20 anos, d palestras e Florestal, hoje diretor comercial da
Superior de Agricultura dedica-se busca de Estadual Paulista cursos sobre orqudeas administra o segundo Dierberger, viveiro com
Luiz de Queiroz (Esalq), novas plantas durante (Unesp), em Jaboticabal, no Brasil e no exterior. maior parque pblico mais de 115 anos.
em Piracicaba, SP. fera suas viagens, para SP. Dedica-se Descobriu muitas de Campinas, SP, e d Bacher se especializou
em desvendar ataques de test-las no jardim adubao e aos cuidados espcies, que ganharam aulas de jardinagem e em frutferas e
pragas e de doenas. de sua casa. com plantas. seu nome. de educao ambiental. plantas ornamentais.
80 Natureza
CORREIO
Arquivo pessoal
Ataque de fungos
0LQKDWUHSDGHLUDMDGHYHUPHOKDFDFRPDV
IROKDVDPDUHODGDVHHODVFDHPHPVHJXLGD3RU
TXHLVVRHVWiDFRQWHFHQGRHFRPRSRVVRWUDWiOD"
Daniel Augusto Habaeb Cruz
| Marcello Manzano responde |
Sua jade-vermelha (0XFXQDEHQQHWWLL) foi
atacada por fungos que esto causando o
amarelamento das folhas. Para combater a
praga, faa adubaes foliares a cada 15 dias
com fertilizantes base de enxofre.
Flores ornamentais
3RGHULDPPHDMXGDUDLGHQWLFDUHVWD
HVSpFLHGHRUHVEUDQFDV"
Cynthia Takahashi de Lima
| Valerio Romahn responde |
Conhecida como lrio-aranha, a +\PHQRFDOOLVOLWWRUDOLV
uma herbcea bulbosa nativa da Amrica do Sul. Ela
apresenta folhagem ornamental de at 60 cm de altura
HQRYHUmRSURGX]LQRUHVFrQFLDVHUHWDVFRPSRVWDV
SRURUHVEUDQFDVHSHUIXPDGDV$HVSpFLHSRGHVHU
Shutterstock
Espadas no jardim
4XDOpRQRPHGHVWDSODQWDTXH
SDUHFHXPDHVSDGD"
Luiz Fernando Trevisan
82 Natureza
Histria do Brasil, Portugal e Espanha em
ROMANCES
O Desbravador
UMA AVENTURA EXTRAORDINRIA
Carlos Quinto
Autora: Linda Carlino
Ousado, divertido e apaixonante,
Carlos V um romance histrico
que revela as memrias e
inconfidncias desse todo-poderoso
imperador, depois de abdicar do trono. Invaso Bahia, Jornada dos Vassalos
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512 pginas
Autor: Aydano Roriz
Por que eles vieram de to longe para se apossar do Brasil.
Trs grandes romances, repletos de aventura,
Joana, a Louca conhecimento e diverso, da primeira ltima pgina.
Autora: Linda Carlino
Um olhar feminino sobre R$ 39,90 cada ou R$ 89,90 trilogia
os bastidores do poder
na Europa dos sculos 15 e 16.
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Dvidas de cultivo
Gostaria de saber o nome desta espcie
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Valdeclsio Farrapo
Antrios doentes
O meu antrio est com as bordas das folhas
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Claudia Maria Victorino
84 Natureza
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confere os bastidores da redao e ainda pode compartilhar com outros leitores fotos de seu jardim.
Florada vitoriosa
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Fotos: Aida Lima
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nmero de likes durante o ltimo
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GALERIA DO LEITOR
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| Loreno Buss |
Reaproveitamento
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| Andra Borges |
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A Bahia do sculo
Envolva-se num mundo de sensaes e prazeres secretos. Valentina Rosselli jovem, bonita e independente.
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Chapada Diamantina, a De personalidade multifacetada, oscila entre a carismtica fotgrafa de moda que vive em Milo e dita
cidade da Barra. Um tendncias, e a mulher liberada que transita num mundo onrico, pleno de erotismo, em que explora as mais
romance divertido e picante, picantes fantasias sexuais. Uma emblemtica e sensual herona moderna. justamente esta Valentina
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