Treinamento Prático de Memorização PDF
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08 22:57:23
ADRIANA DE ARAJO
TREINAMENTO
PRTICO DE
MEMORIZAO
SO PAULO
2008
2008 by Digerati Books
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998.
Nenhuma parte deste livro, sem autorizao prvia por escrito da editora,
poder ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios emprega-
dos: eletrnicos, mecnicos, fotogrcos, gravao ou quaisquer outros.
Editor Reviso
Tadeu Carmona Marlia Ferro
ISBN 978-85-7873-034-5
CDD 418.43
Todos, de uma forma muito querida, esto por perto, nesse momento.
Com total merecimento de minha ateno e com imenso carinho agradeo
ao meu marido Fbio T. Macri por ter me ajudado a realizar vrios sonhos e a
tornar mais um desejo possvel: a confeco desse livro.
SUMRIO
MEMRIA
a capacidade da mente de guardar, reter, armazenar e recuperar as in-
formaes disponveis. Isso nos permite manipular e compreender o mundo.
necessrio ter tido contato com a informao previamente, seja de forma
consciente ou inconsciente, para poder acess-la depois. Nossa memria tem
capacidade para realizar muitas operaes. Por meio das informaes guarda-
das na mente possvel gerar novas idias que podem ajudar nas tomadas de
decises dirias e futuras.
Ter boa memria um bom comeo para se ter conhecimento. Mas para
saber usar aquilo que se sabe no basta lembrar o que aprendeu, preciso estra-
tgia, experincia, prtica, agilidade etc. Nossas aes e pensamentos do pre-
sente so, de certa maneira, fruto de aprendizagens, ou seja, so provenientes
da memria do que zemos, das lembranas vividas (e tambm das sonhadas),
que caram registradas na nossa mente. Isso nos permite identicar e classi-
car cheiros, imagens, sons, gostos e sensaes. Com isso, somos capazes de
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pio que escrevi anteriormente. Sabemos hoje ler e escrever, pois memorizamos
o procedimento por termos treinado o mecanismo e, portanto, somos capazes
de reproduzi-lo. Por meio de alguns exerccios desse livro voc poder reapren-
der a ler de forma mais rpida.
Um dos mtodos mais conhecidos de memorizao ler e reler vrias
vezes um texto para poder lembrar-se dele depois. De fato, muito til, mas
nem sempre funciona, pois s vezes, mesmo tendo repetido a leitura, ainda
sim, d branco, por isso, essa no pode ser a nica forma de memorizar
algo importante.
Tipos de memria
No h um consenso absoluto entre os estudiosos sobre esse tema, por isso,
escolhemos a maneira que segue para descrev-los, embora seja totalmente pos-
svel encontrar em outros livros, artigos e pesquisas outras formas de diviso
da memria:
Memria de procedimento
ter a aptido para armazenar e processar as informaes que, de certa
maneira, no podem ser verbalizadas, mas podem ser demonstradas por meio
de aes, como tocar um instrumento, andar de bicicleta, dirigir um carro etc.
Tende a ser uma memria mais estvel e com maior facilidade de reteno, sen-
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do mais difcil de se perder e esquecer. Possivelmente, vem da o dito popular:
como aprender a andar de bicicleta, a gente nunca esquece.
No existe um nico lugar no crebro para armazenar as memrias vividas.
Existem diferentes estruturas cerebrais que esto ligadas a aquisio, armaze-
namento e resgate das diversas informaes adquiridas por meio do processo
de aprendizagem (seja por repetio ou associao).
Dentro disso haver:
Memria imediata
Ocorre quando se consegue reter algo por fraes de segundos. A memria
imediata tem capacidade limitada, so poucos os itens que se consegue arma-
zenar e fcil de esquecer. Por exemplo, quando estamos ao telefone tomando
nota de um recado para outra pessoa e algum nos diz um nmero de telefone
e repetimos para vericar se anotamos corretamente. Isso tende a durar pouco
tempo e logo depois no somos capazes de verbalizar o nmero. Isso perfei-
tamente normal, principalmente, por no ter despertado nenhuma associao
mental, foi um fato nico, isolado, quase que sem signicado.
tempo grande na mente, mas se a comida foi extica, ou mesmo num lugar
novo, possvel at mesmo que que na mente, na memria de longo prazo
(explicao vir logo a seguir) e tambm o que aconteceu durante esse mo-
mento pode fazer toda a diferena para a xao dos fatos. No exemplo das
pessoas que voc falou um dia anterior ou horas atrs, o assunto que foi dito
e o tipo de emoo despertada no momento por conseqncia dessa conversa
ou mesmo do que essa pessoa representa para voc, ajudam a gravar na mente
esse momento.
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Memria de longo prazo
Ocorre quando se consegue lembrar de algo que aconteceu meses ou anos
atrs. Para isso preciso que se tenha percorrido a memria imediata e a de
curto prazo, pois s possvel armazenar as informaes que percorreram esse
caminho. O tempo de durao ilimitado e sua capacidade de armazenamento
tambm, podendo car guardada uma lembrana (aparentemente esquecida,
dentro do inconsciente) por anos e anos at que seja necessrio o resgate para o
consciente e seu devido uso. Por exemplo, uma conversa com algum especial,
falar uma nova lngua, a letra de uma msica antiga etc. No caso da conversa,
por envolver uma emoo, mais fcil gravar e reter na mente o contedo, isso
pode ocorrer inconscientemente, sem o desejo de memorizar e guardar o fato
ocorrido. Uma nova lngua, assim como a letra de uma msica, ca na mente
por muito tempo, por ter sido estudada e repetida vrias vezes. A repetio
um excelente mtodo para memorizao, mas no o nico. Quanto mais
estmulos signicativos estiverem presentes no momento, maior a cadeia de
associaes que o crebro faz e isso d vrios caminhos de acesso ao fato.
Para compreender melhor, imagine um arquivo com vrias pastas dentro
dele. E para que voc encontre a informao necessria seria preciso olhar ar-
quivo por arquivo. s vezes, assim que a memria funciona. Para chegar at
o lugar que se quer preciso percorrer algumas associaes mentais. E esses ca-
minhos acabam sendo formados por repeties e associaes mentais que vo
variar de pessoa para pessoa, momento e aprendizados anteriores. Boa parte do
que pensamos fruto de nossas sensaes lembradas e criadas.
Ernest Rossi foi aluno de Milton Erickson (que desenvolveu a hipnose erickso-
niana por meio do aperfeioamento de novas e melhores formas de comunicao,
Como sua mente funciona?
tratamento e cura de questes emocionais (ver Captulo 3). Rossi fala sobre nossa
capacidade de aprendizado e percepo das coisas. Ele cita o S M D L:
S: State (estado emocional no presente).
M: Memory (memria, capacidade de se lembrar de situaes vividas).
D: Depend (depende, ter inuncia).
L: Learning (aprendizado, capacidade de apreender uma nova informao).
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A pessoa ter sua capacidade de aprendizado e de compreenso moment-
nea inuenciada pelo estado emocional presente, ou seja, estando bem, ser
capaz de enxergar o mundo por meio de lentes coloridas e alegres, podendo
registrar desse momento boas informaes futuras, e isso tudo tambm ter
inuncia sobre a memria. Por isso, quando no se est bem, tem-se at di-
culdade de lembrar-se de momentos bons. Isso faz parte das associaes que a
mente capaz de fazer, pois diretamente ligada ao humor momentneo. S
querer resgatar algo guardado na memria no to simples, preciso estar
num estado adequado para isso.
Assim como as aprendizagens anteriores, ou seja, vivncias passadas, tam-
bm inuenciam no humor presente e, como se explicou anteriormente. Ex-
perincias passadas tm grande importncia na maneira como entendemos as
coisas a nossa volta.
Algumas pessoas preferem estudar na ltima hora, pois tem a impresso de
que memorizam mais facilmente para a prova do dia seguinte. De fato, isso
pode acontecer. Mas mais difcil guardar o contedo do que foi estudado por
mais tempo alm do que o dia seguinte. Dessa forma, a pessoa usa a memria
de curto prazo. E nesse caso, no h espao para muitas informaes e tambm
possvel registrar um nmero restrito de dados.
importante lembrar que ter boa memria no signica a ausncia de lap-
sos, esquecimentos, falhas e confuses. Esquecer algumas coisas no dia-a-dia
normal, mas a ansiedade que isso provoca pode atrapalhar e de fato se tornar um
problema. Essas preocupaes so as piores, pois a ansiedade pode se tornar res-
ponsvel pelo aumento de estresse. Pequenos esquecimentos no indicam qual-
quer doena grave. Por meio de exerccios especcos voc pode reduzir isso.
Ateno e concentrao
um estado de focalizao consciente e especca da mente em determina-
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ciente) como se fossemos buscar e recarregar as energias para depois poder vol-
tar ateno com a mesma qualidade de antes. A partir disso, Rossi, sugere que
faamos esse movimento de forma consciente, seja no trabalho, nos estudos,
em momentos que exigimos muito de nossa ateno.
A idia controlar o tempo do que se faz, ou seja, de 90 em 90 minutos deve-
se fazer uma pequena pausa, em torno de 10 minutos, para que possamos ter um
aproveitamento melhor de nossa capacidade de ateno e concentrao e de tudo
que estivermos assimilando naquele momento. Se a pessoa no faz essa pausa de
caso pensado, a mente o faz, mas de forma desordenada, como se fosse um pe-
dido de socorro para manter a qualidade do que se estava fazendo.
Exceder esse tempo leva a desgaste, cansao e desorganizao. E mais: sem
esse descanso a mente no capaz de armazenar com qualidade o que estava re-
cebendo de informao. como se alimentar e no dar tempo para que o orga-
nismo possa digerir o que recebeu. Isso inuenciar diretamente na memria.
Ultrapassar o tempo seguido de estudo pode signicar perder o tempo e s
vezes ter de refaz-lo, pois pode ser que a mente no d conta de guardar o que
voc estava fazendo. preciso estudar com a qualidade necessria para poder
usar isso tudo depois. A mente tem um ritmo, se no respeit-lo, pagamos um
preo pela falta de zelo e cuidado para com ns mesmos. Voltando ao exemplo
da alimentao, imagine se no tivssemos conscincia do processo de digesto
e segussemos comendo de forma compulsiva... Certamente, seria um estrago
para o estmago e para o corpo... A mente tambm precisa de um tempo para
digerir, processar e descartar o que recebe para poder armazenar e fazer
bom uso posterior disso.
Ateno ao seu ritmo: se voc no consegue car os 90 minutos realizando
uma mesma tarefa, pois percebe que muito antes desse tempo, sua ateno dis-
persa sozinha, voc precisa em primeiro lugar comear a perceber quantos mi-
nutos voc consegue. Esse o primeiro passo: observar a si prprio. Saiba onde
est para depois estabelecer um caminho para onde voc quer ir. Comece
adequadamente. Saiba manter o que se tem e aos poucos v expandindo. Um
passo de cada vez, uma coisa por vez. Insisto em dizer para aceitar seu ritmo,
Como sua mente funciona?
Disciplina
Ter disciplina signica ter uma atitude e comportamento subordinado s
regras estabelecidas para conquistar, obter e manter aquilo que se quer. s ve-
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zes, signica abrir mo de algumas coisas que se gosta em prol de um objetivo
maior. Antes de se estabelecer uma disciplina, uma regra ou mesmo uma rotina
preciso saber o que se quer, para depois estabelecer uma forma consciente
de conquistar o que se deseja. A disciplina um caminho para obteno de
alguma coisa, podendo seguir numa determinada direo. preciso uma me-
todologia para poder ajudar na memorizao. Uma boa maneira de conseguir
isso por meio da associao. Para memorizar de forma mais rpida preciso
associar uma informao nova com uma j armazenada. Nossa forma de pen-
sar baseia-se que: no so fatos isolados, so cadeias de pensamentos associados
por diversos outros pensamentos por intermdio de imagens.
Antes de comear qualquer estudo tenha a organizao necessria que permita:
preparar o ambiente de estudo;
organizar previamente o material que voc vai usar;
ter uma noo de quanto tempo levar para comear e terminar o que
precisa (saiba em mdia quanto tempo vai se dedicar ao que vai fazer em
vez de ir fazendo e depois ver no que vai dar);
programe as pausas necessrias para que possa render melhor nos estudos.
Isso ajuda na manuteno do controle dos seus prprios limites.
Tempo
Usa-se hoje a mesma quantidade de tempo que foi aprendida como sendo
adequada para a leitura. Mas possvel fazer diferente. Como reduzir o tempo
de leitura e mesmo assim memorizar o contedo? Para isso, so necessrios
concentrao no que se faz e um mtodo adequado para a mudana de atitude.
Voc aprender algumas formas de se fazer isso nesse livro. Agora com voc:
treinar e se dedicar ao sucesso do que quer.
Para memorizar preciso associar. No Captulo 5 voc aprender mais
sobre isso.
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Crebro
1. Crtex: camada supercial do crebro, onde se encontra grande con-
centrao de neurnios. Os neurnios so as principais clulas do crebro, nas
quais ocorrem reaes qumicas responsveis pelas funes cerebrais. O crtex
a rea responsvel pelo processamento das informaes recebidas pelos rgos
sensoriais. O processamento consiste em:
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recebimento;
interpretao;
aprendizado;
armazenamento;
tomada de deciso.
es cognitivas superiores.
Crtex visual viso.
Crtex auditivo audio.
Sistema lmbico reas do crebro envolvidas no processamento das emo-
es.
Corpo caloso ponte do tecido nervoso ligando os hemisfrios esquerdo
e direto.
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Tlamo as mensagens sensoriais para o crebro so divididas no tlamo
e encaminhadas para os centros de recepo apropriados no crtex.
Hipocampo essencial na formao e recuperao de memrias e na
criao de mapas mentais.
Cerebelo cuida das coordenaes fsicas.
Amgdala centro das emoes.
Bulbos olfativos as informaes dos bulbos fazem conexo direta com
o crtex, a amgdala (centro emocional) e o hipocampo (memria). Isso
pode explicar as lembranas e emoes fortes que podem ser evocadas por
cheiros.
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CAPTULO 2
O QUE
PNL, HIPNOSE
ERICKSONIANA E
COACHING DE VIDA?
A verdadeira losoa reaprender a ver o mundo.
Merleau-Ponty (1908-1961), escritor e lsofo lder do
pensamento fenomenolgico na Frana.
O QUE PROGRAMAO
NEUROLNGSTICA (PNL)
John Grinder e Richard Bandler, na dcada de 70, desenvolveram a PNL
por meio de estudos de alguns prossionais respeitados na poca:
Fritz Perls (Gestalt);
Virginia Satir (terapeuta familiar);
Milton Erickson (hipnose).
Uma excelente tcnica da PNL que voc pode fazer sozinho e que certa-
mente lhe ajudar e muito nesse processo de aprendizagem ancoragem. Voc
vai ancorar um estado positivo e de grande motivao para que possa fazer
uso dele quando bem quiser e no apenas quando acontecem coisas externas
que lhe do esse empurrozinho nas emoes.
Primeiramente, escolha um sinal com as mos, pode ser um movimento das
mos, fechadas ou abertas, uma posio especca dos dedos. Voc deve esco-
lher um sinal que seja fcil de repetir, que voc possa fazer em qualquer lugar
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que precisar e o mais importante: tem de ser um sinal neutro, ou seja, um sinal
que no seja usado sempre para que no tenha uma memria anterior desse
gesto. Por ser neutro, voc registrar nele as emoes que quer, simples assim.
Voc, sem dvida, tem uma memria de uma msica, um cheiro, um objeto.
Mas voc provavelmente no escolheu essa associao. Sente um cheiro e de
imediato se lembra de uma pessoa ou de um lugar. E isso foi algo aprendido ao
acaso. O que estamos fazendo agora criar algo que acontece naturalmente.
Voc tomar posse dessa associao na sua vida e, portanto, conseguir criar a
sua memria por meio do sinal criado por voc.
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Em segundo lugar, voc vai escolher um sentimento. Algo que voc queira re-
gistrar. Por exemplo, tranqilidade. Lembre-se ento de momentos que se sentiu
tranqilo, sereno e calmo. Fixe sua ateno nessa memria por um tempo.
Essa tcnica muito simples e voc poder se beneciar dela no momento que
quiser. De to fcil, pode parecer at simplista, mas uma tcnica fcil, rpida e
altamente ecaz. Essa tcnica pode ajudar a guardar com voc o estado emocio-
nal que desejar. Quer estudar com mais concentrao? Ancore esse estado! Voc
pode e consegue! Quer rapidez? Tranqilidade? Voc poder dizer o que lhe falta
para melhorar seu desempenho e com isso poder alcanar o que quer.
Num terceiro momento, voc far o sinal combinado todas as vezes que se
sentir tranqilo. No h necessidade de ser algo fora do comum. importan-
te registrar o sentimento. Se car tranqilo quando v tv, faa o sinal, se con-
centre e memorize a sensao do corpo, a sensao psicolgica com o gesto que
voc escolheu. A partir disso, repita vrias vezes. Todas as vezes que sentir essas
sensaes boas ligadas ao tema que escolheu voc deve fazer o sinal, assim,
criar uma associao do estado desejado e desse novo sinal com as mos.
A ltima etapa opcional, voc tambm poder fazer empilhamento de
ancoragem, ou seja, registrar mais de um sentimento junto ao sinal. Para lei-
tura dinmica, seguem alguns exemplos, mas lembre-se: voc pode e deve criar
o seu modelo.
concentrao;
sucesso/realizao;
serenidade;
agilidade.
HIPNOSE ERICKSONIANA
O termo hipnose ericksoniana tem esse nome por causa do seu criador Mil-
ton Erickson (1901-1980), mdico americano que estudou, desenvolveu e aper-
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feioou a comunicao durante os atendimentos com seus pacientes. A hipnose
fez parte desse processo de trabalho. Ao compreender as histrias, vivncias e
formas nicas de cada pessoa se relacionar com as outras, com o mundo e com
elas prprias, Erickson foi se aperfeioando no mtodo de excelncia ao ajudar
as pessoas a mudarem padres repetitivos e desnecessrios.
A hipnose um estado modicado de conscincia, mas nem sempre essa
mudana perceptvel. Nesse momento de ateno diferente, ocorrem fen-
menos hipnticos, pela comunicao entre hipnoterapeuta e sujeito. Por uma
fala especca, a pessoa vai focalizando sua ateno, muitas vezes, sem nem
mesmo perceber, e acaba por direcionar seus pensamentos. Esse processo faz
com que a atividade cerebral se intensique, podendo ocorrer a partir disso um
transe leve, mdio ou profundo. Importante lembrar que essa variao pode
ser pessoal ou at mesmo momentnea, ou seja, pessoas diferentes reagem de
maneira distinta aos estmulos apresentados e tambm a prpria pessoa pode
reagir diferente de um momento para outro. A hipnose uma forma de comu-
nicao que pode provocar mudanas no pensamento, sentimento e compor-
tamento.
Existem CDs de hipnose que voc pode comprar para ouvir na sua casa,
no site: www.qveditora.com.br. Voc encontrar muitas revistas de diferentes
assuntos que vm com um CD de hipnose, so vrios os autores que parti-
ciparam. Pode tambm confeccionar seu prprio material, lembrando que a
repetio pode lhe ser til, uma vez que em diferentes momentos as pessoas
apresentam respostas nicas para os estmulos. Segue uma pequena induo
que voc pode gravar com sua voz, de forma lenta, serena, tranqila e pausa-
damente, entre as frases e palavras, para ter um melhor resultado no tempo da
leitura de livros, apostilas etc., e tambm na memorizao do contedo estuda-
do. Lembre-se de ouvir num momento tranqilo. Esteja concentrado no CD,
em silncio. Faa sua parte:
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seguir um pouco de relaxamento. Escolha o quanto voc pode, que capaz de
alcanar. Nem mais, nem menos. Escolha o tempo correspondente ao que voc
poder conseguir agora. Algumas pessoas relaxam rapidamente, outras pessoas
conseguem com o passar do tempo. Escolha a maneira com que voc se sinta
capaz, lembre-se: voc est no comando e pode fazer as escolhas que lhe forem
melhores agora (respire de forma tranqila).
Escolha um pensamento agradvel. Imagine um lugar para pensar. Pode
ser uma praia, um campo, uma casa, um jardim, no importa. Concentre seu
pensamento nesse lugar agradvel. Um lugar que te faa bem de imaginar, de
estar ou de pensar. Pode ser um lugar que voc j foi, que j teve o prazer de
conhecer, um lugar que queira ir, que voc sonha, imagina e gostaria de poder
estar; um lugar imaginrio, um lugar na sua mente, no seu pensamento, do jei-
to que te faz bem. Assim que conseguir essa imagem, sensao ou sentimento,
concentre-se no bem-estar que pode produzir no seu pensamento. No tenha
pressa, s vezes isso acontece de forma bem rpida; outras vezes, realmente ne-
cessita de mais tempo. Respeite seu ritmo, seu tempo, seu corpo. Em harmonia
com voc.
Agora, lembre-se de um aprendizado que voc fez. Algo que voc aprendeu
e tomou posse. Um aprendizado que esteja rme na sua mente, um sentimento
de realizao, de ter conseguido algo por seu prprio mrito (d um tempo
de silncio para que voc possa pensar sobre isso). Na vida, todas as pessoas
aprendem muitas coisas, mas nem sempre do o devido valor. E voc pode ago-
ra dar esse valor, esse sentimento bom, essa forma de valorizar cada pequeno
passo dado. Se concentre em lembrar das formas, das etapas que voc vivenciou
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novo mtodo, se sentindo concentrado, motivado e feliz, essa nova maneira de
lidar com os livros, revistas, artigos etc. lhe far muito bem. Permanea assim
por alguns minutos, com calma e serenidade, sinta o bem-estar do pensamen-
to, se concentre na sua respirao. Guarde esse momento com voc. Guarde a
sensao boa desse exerccio.
Respire uma, duas ou trs vezes, de forma tranqila, lenta e se concentran-
do no ar que sai. V voltando sua ateno para o seu corpo, para os sons ex-
ternos, para o ambiente sua volta. V lentamente mexendo o corpo, um bom
espreguiar sempre bem-vindo, vai abrindo os olhos e voltando para o dia
de hoje, para esse momento. Ponha em prtica o que voc est fazendo nesse
exerccio, transforme em realidade. Comece e viver!
1. Pense agora o que voc quer. Ler mais rpido? Memorizar melhor sua leitu-
ra? O que voc efetivamente quer?
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2. Para que voc quer isso? (Ateno: no por que, para que, isso faz toda
a diferena) para render melhor nos estudos, no trabalho? O que vai ter quando
conseguir o que quer? O que mudar? (Para cada resposta dada, avalie se vivel
e se possvel ter o que se quer com o que se est querendo mudar).
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so? Anal, muitos processos constituem em um passo de cada vez (De gro em gro
a galinha enche o papo ditado popular).
6. Existem outras questes que podem lhe ajudar a ter o que quer, por exemplo,
medida que se entende se existe algo que lhe impede de alcanar o que deseja, o
que voc far para solucionar essa questo?
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CAPTULO 3
CADA UM APRENDE
DE UMA MANEIRA
DIFERENTE...
impossvel para um homem aprender aquilo que ele acha que j sabe.
Epteto (55 135 d.C), lsofo grego.
Como compreender o mundo e seus sinais? O mundo em que vivemos e
percebemos no necessariamente o mundo verdadeiro e nico, pois a anlise
que fazemos passa pela nossa interpretao que recheada de nossos valores
e sentimentos. Podemos dizer que o mapa no o territrio (idia bsica
da PNL). Aquilo que as pessoas conseguem ouvir, ver e sentir daquilo que
recebem passa por uma espcie de ltro, que formado pelos aprendizados
prvios e pelos canais de percepo de cada pessoa. Portanto, cada um tem sua
prpria maneira de aprender a aprender. Conhecer seu estilo de aprendizado
faz com que voc seja capaz de usar melhor seu potencial para que absorva de
forma mais rpida e com maior facilidade as informaes recebidas.
Percebemos o mundo por meio dos cinco sentidos: audio, viso, paladar,
olfato e tato.
A partir disso somos capazes de dar interpretaes aos fatos. Mas cada pes-
soa j tem uma maneira de pensar nica e ao decodicar aquilo que o mundo
oferece cada um capaz de entender de um jeito prprio o que est sendo feito.
Por isso, bom lembrar de que cada pessoa capaz de aprender ou de ensinar
de acordo com que apreende a informao que recebe.
Colhemos as informaes dos fatos e eventos vividos como se fossem len-
tes coloridas, que atravs de cada cor possvel perceber de forma diferente o
mundo. Anal, a realidade no nica e pode variar mediante muitos fatores.
Duas pessoas podem viver o mesmo evento, mas cada uma poder entender de
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Quando isso acontece, de fato, d mais trabalho, mas tambm pode ser muito
rica a aprendizagem proveniente disso, anal, sero novas formas de compreen-
so e novas idias.
AUDITIVO
Est ligado audio e ao estilo de palavras e frases comumente usadas:
Auditiva
Palavras Frases
Tabela 3.1.
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boas com as palavras, pois se expressam com clareza e preciso. A respirao
mais equilibrada, uniforme.
O sistema auditivo tem boa representao por meio de sons, de uma me-
lodia interna, s vezes falar sozinho (seja em voz alta ou voz interna, ou seja,
mental) e repetir internamente os sons, vozes de outra pessoa ou mesmo as con-
versas tidas ao longo do dia. Pessoas com caractersticas auditivas costumam se
interessar por escrever, ouvir msica, aprender lnguas e falar em pblico.
VISUAL
Est ligado viso, s imagens que passam rapidamente na mente para formar
as interpretaes necessrias para a compreenso e expresso dos sentimentos:
Visual
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Palavras Frases
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Observar Com olhos da mente, da alma.
Perspectiva Voc enxerga a soluo?
Tabela 3.2.
Dica de estudo: usar mais de uma cor para grifar e escrever o que est
sendo estudado. Isso ajuda fazendo diferenciaes entre os temas e suas
formas. Uso de vdeos, fotos, imagens, grcos, mapa mental, ajudam
na memorizao. Use a criatividade para inventar uma nova maneira de
estudar aproveitando a habilidade visual de compreenso do mundo.
Dentro do crebro: a imagem entra atravs do nervo ptico, passa pelo Cada um aprende de uma maneira diferente...
quiasma, depois pelo trato ptico e ento vai em direo ao crtex occi-
pital (crtex primeiro da viso). Parte das bras do nervo ptico direto
seguem em direo ao hemisfrio esquerdo e vice-versa, o que tende a
uniformizar as conexes entre cada olho e reas secundrias dos hemis-
frios direito e esquerdo.
Sendo assim, no h preferncia ou maior habilidade de um determinado
olho para uma determinada tarefa, o que no impede a existncias de se ter
a viso de um olho mais apurada que o outro (olho dominante). Durante o
processo de leitura dinmica sero usados e treinados os dois olhos.
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SINESTSICO
Est ligado ao paladar, olfato, tato e sensaes:
Sinestsico
Palavras Frases
Tabela 3.3.
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morizar. Desfrute das idias criativas que voc pode ter para aprender e
usar as informaes posteriormente utilizar usando seu canal de predi-
leo que o sinestsico.
Dentro do crebro:
Paladar: a presena de determinadas substncias nos alimentos provo-
car a formao de impulsos eltricos, por meio de sensores que existem
na lngua, que sero interpretados pelo crebro como sabor. O crtex
primrio do paladar encontra-se no giro ps-central.
Olfato: a partir de alguns gases ou partculas suspensas no ar, sensores
existentes no nariz produziro impulsos eltricos que sero interpreta-
dos pelo crebro como cheiro. O crtex primrio do olfato composto
por cinco estruturas: ncleo olfatrio anterior, amdala, crtex pirifor-
me e periamigdalide, tubrculo olfatrio e crtex entorrinal.
Tato: na nossa pele tambm existem sensores de vrios tipos, sendo
cada um especializado em uma espcie de sensibilidade: dor, presso,
temperatura e a ttil propriamente dita. Esses sensores, ao entrar em
contato com o ambiente, promovem a formao de impulsos eltricos
que sero interpretados pelo crebro. O crtex primrio do tato encon-
tra-se no giro ps-central.
Sensao: quando vimos algo, ouvimos algum som ou sentimos al-
gum cheiro, isso desencadeia algum tipo de sensao, por exemplo, ale-
gria, excitao ou ansiedade, ento sabemos que a informao recebida
por meio do sentido j foi processada pelo crtex primrio e enviada a
reas secundrias para interpretao e encaminhada para centros neuro- Cada um aprende de uma maneira diferente...
vegetativos, responsveis por alterao do batimento cardaco, presso
arterial, salivao etc., e tambm para reas frontais, tornando o fato
consciente para a tomada de deciso.
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aprendizado. Essas caractersticas interferem na postura corporal, na
respirao, no ritmo da fala e no tom, nos movimentos oculares e na
linguagem prpria. Esses canais de percepo, de certa forma, do as
caractersticas necessrias para a construo da personalidade e dos as-
pectos individuais de cada um. Para se conseguir um melhor resultado
com relao empatia, rapport e sintonia com as pessoas, com toda
certeza, ser preciso desenvolver com excelncia a capacidade de com-
preenso e adaptao s diferentes maneiras de pensar de cada pessoa.
1 Importante lembrar que esse exerccio no um teste psicolgico com cunho cien-
tco. No tem uma validao, pois at o momento, no foi estudado e pesquisado
para isso. Mesmo assim, diferentes autores criaram testes parecidos com esse, pois d
para compreender bem a proposta do exerccio, no sentido de auto-avaliao e princi-
palmente de poder escolher os melhores caminhos de compreenso e identicao da
percepo de mundo.
34
b. oralmente
c. por tarefas
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12. Quando se lembra de um lme que voc assistiu, facilmente vem sua mente:
a. cenas
b. dilogos
c. sensaes
c. confortvel
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b. fala algo
c. convida para participar de algo
Nossa compreenso dos assuntos tem inuncia nesses trs canais de per-
cepo descritos anteriormente. Durante a leitura pode haver tambm distor-
es sobre o que o autor realmente quis passar. O que interfere nessa decodi-
cao o grau do conhecimento e experincia prvios de cada leitor. Para poder
aprender e memorizar algo com mais rapidez ser necessrio usar mais de um
canal de percepo: viso, audio, tato, paladar e olfato.
O cheiro o que mais ajuda a estimular a memria, independente do canal
de preferncia sensorial usado por cada um. O simples fato de lembrar-se de
algo que contm um cheiro traz tona vrias outras lembranas que foram
arquivadas juntas, no mesmo perodo e poca do fato ocorrido.
Quando eu era criana, uma das minhas amigas da escola aprendeu com
a me a seguinte receita para ir bem na prova: quando voc estiver estudando,
pegue a metade de um chiclete e masque. Na hora da prova voc masca a outra
metade que cou guardada.
O cheiro e o gosto (paladar) trazem as associaes em cadeia feita por nossa
memria. Por isso, na verdade, essa receita deixa de ser uma simples simpatia
para se tornar uma possibilidade real de ajuda na construo da memria. Essa
tcnica no d garantia de boas notas. necessrio mais do que isso. Em pri-
meiro lugar, preciso compreenso do que se est estudando. Depois preciso Cada um aprende de uma maneira diferente...
que mente e corpo estejam em perfeito funcionamento e harmonia para facili-
tar o armazenamento das novas informaes.
Eu acrescentaria algumas coisas importantes nessa receita da me da minha
amiga: que o chiclete tenha um sabor exclusivo, que seja diferente, ajudando
para que aquele cheiro e gosto estejam associados ao estudo e que no tenham
vrias outras associaes na mente. Ressalto tambm a importncia de que
para cada estudo seja usado um sabor diferente. Uma vez entendido o princ-
pio, possvel fazer adaptaes, por exemplo, de uma bala, um tempero, per-
fume, incenso, ou mesmo a mistura desses estmulos. Esses princpios so bem
semelhantes forma de ancoragem (tcnica da programao neurolingstica
37
explicada no Captulo 2, pgina 20 deste livro).
No crebro, existe grande quantidade de conexes entre as reas do olfato e
da memria, alm da proximidade anatmica. A rea de projeo do olfato no
crtex composta por vrias estruturas, entre elas a amdala e o crtex entor-
rinal rostral, que por sua vez, tem ntimo contato com a formao hipocampal
(estrutura diretamente relacionada com a formao e evocao da memria).
Possivelmente isso pode ter contribudo para nossa sobrevivncia durante al-
gum perodo de nossa evoluo.
Howard Gardner, psiclogo americano, nascido em 1943, foi um dos pri-
meiros a falar da teoria das mltiplas inteligncias. So as habilidades que as
pessoas possuem. Mas o seu desenvolvimento depende no s da capacidade,
mas tambm do estmulo, do treino, da cultura e da famlia. A pessoa pode
ou no ter sido adequadamente estimulada para que houvesse um desenvol-
vimento nesse sentido. Com o treino e foco adequados possvel avanar nas
habilidades que descrevo a seguir:
1. Lingstica: ligada fala, escrita e comunicao. Ex.: escritores, atores,
palestrantes, professores.
2. Lgica e matemtica: ligada ao pensar de forma lgica e abstrata com o
uso de nmeros. Ex.: matemticos, engenheiros, economistas, contadores.
3. Visual e espacial: ligada criao de imagens, desenho e orientao
espacial. Ex: arquitetos, fotgrafos, artistas plsticos.
4. Musical: ligada msica, instrumentos musicais e cano. Ex.: msicos,
cantores, compositores.
5. Corporal ou sinestsica: ligada habilidade corporal. Ex: danarinos,
atletas, artesos.
6. Interpessoal ou social: ligada capacidade de relacionar-se com as pes-
soas com habilidade de persuaso (habilidade de extroverso). Ex.: psiclogos,
professores, vendedores.
Treinamento Prtico de Memorizao
38
CAPTULO 4
DICAS DO QUE
AJUDA NO BOM
APRENDIZADO
Aprenda a escolher novas formas de agir para que seu comportamento seja a
ponte que liga onde voc est para onde voc quer ir. Voc poder aprender
confortavelmente os prximos exerccios para que possa compreender cada vez
melhor o que estiver estudando e conhecendo daqui para frente.
40
Para um bom aprendizado preciso ter:
Qualidade do sono: o cansao e a fadiga so extremamente prejudiciais
memria. Quando se dorme acontecem alteraes bioqumicas que so
reparadoras. Se voc no faz esse processo adequadamente, no s a mem-
ria, mas outras alteraes como humor, disposio, inteligncia etc. podero
car prejudicados. Substncias estimulantes, como cafena (que pode ser
encontrada no caf e no refrigerante), p de guaran, taurina (energticos)
em pequenas quantidades, podem ter efeito positivo desde que usados num
perodo em que seu organismo no teria real necessidade do sono. Por exem-
plo, se seu horrio de dormir por volta da meia noite, para fazer uma leitura
por volta das dez da noite, uma xcara de caf poder te manter mais alerta
nesse perodo. Mas se voc pretende estudar at altas horas, para se manter
acordado voc precisar de uma dose muito elevada desses estimulantes, que
poder piorar a ansiedade, principalmente se estiver na vspera de uma pro-
va. Isso tudo poder diminuir seu rendimento. Portanto, cuidado! Respeite
seu ritmo, sua necessidade de sono e sua tolerncia a essas substncias.
Atividade fsica: quando se pratica atividade fsica h a liberao da en-
dorna, uma das substncias responsavis pelo bem-estar. Com esse pro-
cesso qumico acontecendo no crebro, as pessoas tendem a dormir melhor,
se sentirem bem de maneira geral e por conseqncia a memria pode se
apresentar boa e com bastante qualidade tambm. Cuidar da sua sade
fsica e mental fundamental para a harmonia e bom funcionamento do
organismo. Faa uma avaliao mdica para saber quais so as atividades
fsicas que voc pode praticar e comece j!
Alimentao: a formao da memria se d a partir de reaes qumicas
no crebro. Para que tais reaes ocorram necessria uma grande varie-
dade de substncias, e uma alimentao inadequada pode ocasionar falta
de substncias essenciais. No perodo de desenvolvimento, seja no perodo
Dicas do que ajuda no bom aprendizado
41
Equilbrio emocional: para ter uma boa memria importante que o
estado emocional seja de equilbrio e tranqilidade. Sintomas de depresso,
ansiedade, hiperatividade e dcit de ateno podem contribuir de forma
signicativa para um mau funcionamento da mente e, por conseqncia,
da reteno de informaes. Diculdade de memorizar, sensao de estar
disperso, normalmente, tem a ver com ansiedade. Se esse o seu problema,
busque ajuda em um tratamento. Cuide da qualidade dos pensamentos,
eles tm muito mais inuncia na sua vida do que voc pensa.
Pensamento um momento
Que nos leva emoo
Pensamento positivo
Que faz bem ao corao
O mal no
O mal no
O mal no
E o pensamento o fundamento
Eu ganho o mundo sem sair do lugar
Eu fui para o Japo
Com a fora do pensar
Passei pelas runas
42
E parei no Canad
Subi o Himalaia
Pra no alto cantar
Com a imaginao que faz
Voc viajar, todo mundo
Estou sem leno e o documento
Meu passaporte visto em todo lugar
Recitem
Dicas do que ajuda no bom aprendizado
43
Local: escolha um lugar calmo, tranqilo, com poucos estmulos para
facilitar a ateno e concentrao no que estiver fazendo. Procure estar em
silncio ou com uma msica de fundo calma e que no desvie a ateno.
D preferncia para msicas instrumentais sem letras. Lembre-se de que
voc certamente conseguir estudar se estiver ouvindo as msicas que gos-
ta (at mesmo aceleradas), mas isso no lhe ajudar na memria. Todos
ns somos capazes de fazer mais de uma coisa por vez, mas isso desvia
ateno e consome nossa energia. O ambiente certo fundamental para
uma melhor qualidade nos estudos. Quando eu tinha 14 anos, eu achava
que estudava muito bem ouvindo rock, mas eu no sabia que isso poderia
me atrapalhar a memorizar, por mais tempo que eu casse ali, dedicando
vrias horas de estudo.
Estado emocional: para comear a estudar procure preparar a sua mente
para receber a informao necessria. preciso estar tranqilo, relaxado
e em paz. Se estiver ansioso ou agitado preciso cuidar disso primeiro. A
ansiedade leva agitao e principalmente a disperso. A mente memoriza
mais facilmente quando est preparada para isso, ou seja, equilibrada, sere-
na e com os pensamentos leves.
Disciplina: como escolher o que vai estudar? Divida seu tempo e or-
ganize as matrias. Usar vrias cores para grifar ou mesmo escrever ajuda
a memorizar. A memria funciona melhor com associaes e dessa ma-
neira, voc ter o contedo e cores a serem associados. Lembre-se do seu
canal de preferncia e monte um esquema de estudo que mais valorize
suas habilidades.
2. Se for uma prova escrita, pule a questo, volte nela mais tarde, pois o
tempo pode ajudar a resolver esse problema.
44
3. Se for uma apresentao, fale o que voc lembra e sabe, e volte, se neces-
srio, mais tarde nesse ponto.
45
CAPTULO 5
EXERCCIOS PARA
MELHORAR A CON-
CENTRAO, MEMRIA
E LEITURA DINMICA
O homem no pensa naturalmente.
Pensar arte que se aprende como todas as outras e at mais dicilmente.
Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778), lsofo franco-suo,
escritor, terico poltico e compositor musical autodidata.
Voc certamente aprender a ler mais rpido ao treinar os exerccios seguin-
tes. Entretanto, lembre-se: nem todos os textos que voc ler ser em altssima
velocidade. Textos cientcos, contratos, documentos, novas idias e autores
que escrevem de forma confusa podem contribuir para uma diminuio da sua
velocidade. Isso muito normal.
Voc ler mais rpido se: j tiver lido o texto previamente, mesmo de forma
rpida sem a devida compreenso; conhecer um pouco sobre o tema que est
lendo; perceber o que voc pode pular e deixar de dar ateno (isso acontece
em partes dos textos).
Voc ler mais lentamente: textos novos, com assuntos que no lhe so
familiares; quando perceber a importncia de uma parte do texto que necessita
de muita ateno; quando detectar uma informao a ser memorizada.
Para treinar a mente preciso:
Envolver um ou mais dos cincos sentidos num novo processo: exem-
plo a) tomar parte do banho de olhos fechados; b) escovar os dentes ou se
alimentar com a mo oposta ao que se est acostumado.
Concentrar, perceber e focar a ateno naquilo que se estabeleceu
para fazer: exemplo a) ouvir novos estilos de msica; b) participar de
jogos, como xadrez, dobradura, quebra-cabea etc.
Transformar algo comum, rotineiro, em algo inusitado, criativo e
diferente: exemplo a) mudar o caminho para se chegar a algum lugar do
cotidiano; b) experimentar novos sabores: temperos, comidas e bebidas.
1.
48
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
1 exemplo:
1. cachorro
Se voc precisa decorar, por exemplo, o nmero 123.986, pode criar uma
associao para cada nmero e palavra correspondente. Pode ser com uma his-
tria, uma letra de msica, use sua criatividade! Essas histrias costumam no
ter muito sentido, mas so facilmente gravadas na memria quando se monta
uma imagem:
49
e todo mundo saiu correndo e um fotgrafo ali parado cou de
olho (8), pois queria bater uma fotograa (6) dessa cena.
Se voc precisa decorar, por exemplo, que: deve-se virar direita na casa
amarela e depois esquerda na rua Xavier, pode usar da seguinte maneira esse
mesmo mtodo: Direita casa Amarela depois Esquerda na rua Xavier: DA EX.
Voc pode pegar as primeiras letras de cada palavra para decorar.
Agora voc deve treinar. Crie suas 10 palavras e siga em frente no seu treino!
Voc tambm pode usar o mesmo princpio da associao para decorar no-
mes. Voc pode associar a pessoas que voc j conhece que tem o mesmo nome,
pensar poe meio de imagens, ou mesmo cri-las, por exemplo:
1. Amanda amada
2. Margarida uma or
3. Marcel mar e cu
4. Marilia mar e ilha
5. Pedro pedra
6. Marcelo martelo
7. Carla carta
8. Ricardo Ricardo amante
9. Maurcio Mauricinho almofadinha, engomado, rico etc
10. Carlos car (carro em ingls) + los
11. Fbio F (nota musical) + bio (biologia)
12. Raquel ralador queijo lavado
Acima voc leu muitas formas diferentes de associaes. Crie as que lhe
forem melhores e mais fceis de lembrar.
Segue agora a primeira avaliao de leitura. Para ler esse texto do prximo
subitem, preciso ter um relgio ou cronmetro para contar o tempo que voc
levar para l-lo e compreend-lo por completo.
Treinamento Prtico de Memorizao
O QUE HIPNOSE?
50
A hipnose um mtodo rpido e ecaz na soluo de diversos problemas
psicolgicos e que podem inuenciar at na eliminao do peso, por exemplo.
Hipnose um estado modicado de conscincia, no qual ocorrem fenmenos
hipnticos1, por meio da comunicao entre hipnoterapeuta e sujeito. O indi-
vduo focaliza sua ateno e direciona seus pensamentos; com isso, intensica
a atividade cerebral. Uma pessoa hipnotizada pode entrar em um transe leve,
mdio ou profundo e essa variao pessoal e momentnea, mas no faz com
que a pessoa perca a conscincia.
Durante o tratamento psicolgico possvel que haja:
um processo educativo;
orientao;
recuperao e modicao das causas que levam a pessoa a ter o compor-
tamento indesejado perante a comida;
ajustamento psicolgico de modo a tornar efetiva a superao e soluo de
conitos e problemas diversos que podem estar inuenciando no peso, tais
como: ansiedade, depresso, medos, insegurana, angstia, falta de pers-
pectiva, mudanas de humor etc.
51
Nem no ar, nem no meio do oceano,
nem nas profundezas das montanhas,
nem em nenhuma outra parte desse vasto mundo,
no existe lugar onde o homem possa escapar
s conseqncias de seus atos.
Buda (563 - 483 a.C.), lder espiritual, fundador do Budismo.
Esse mtodo vai ajud-lo a viver melhor, vai aumentar seu poder pessoal,
sua auto-imagem ser mais coerente e menos crtica; vai superar crenas limi-
tadoras, sensaes inadequadas, fortalecendo sua auto-estima. Vai ajud-lo a
desenvolver hbitos mais saudveis, adquirir novas alternativas e novos cami-
nhos em sua vida.
A hipnose so comandos que das primeiras vezes a mente pode tender a re-
sistir. Isso acontece, pois a prpria mente foi treinada de forma oposta ao longo
dos anos, na sua grande maioria sem a inteno desse condicionamento. Agora
necessrio descondicionar o que no tem mais funcionalidade. A conscienti-
zao e o treino ajudam nesse sentido.
der a seus clientes. Logo cedo ele percebeu que cada indivduo respondia diferente-
mente s tcnicas e aos estmulos apresentados, e por isso passou a utilizar a hipnose
de forma nica, adaptada realidade individual apresentada pelo paciente.
Milton Erickson direcionava a ateno de seu cliente para aspectos de inte-
resse e utilizava a linguagem pessoal (a forma como cada pessoa se comunica
com ela mesma), mtodos indiretos que ajudam a acessar com menor resistn-
cia o consciente.
52
A hipnose uma forma de comunicao que pode provocar mudanas
no pensamento, sentimento e comportamento. Embora as pessoas procu-
rassem Milton Erickson com diculdades, problemas e doenas aparen-
temente iguais aos manifestados por tantas outras, os motivos da queixa
eram diferentes para cada paciente. E, medida que se respeita essa indivi-
dualidade, sem seguir padres preestabelecidos acerca do comportamento
humano, muda-se o estado, proporcionando a esperada remisso dos sin-
tomas. Ele utilizava aquilo que o prprio paciente trazia como ferramenta
para a cura e o encontro de novas sadas. Milton Erickson contava hist-
rias, usava metforas, propunha tarefas e sugeria atividades como forma de
interveno.
As pessoas ao passarem pelo transe hipntico so capazes de desenvolver
novas aprendizagens, reformular o pensamento, aprender outros hbitos, e
redescobrir qualidades aparentemente adormecidas. Para que haja o pro-
cesso de mudana necessrio reetir sobre a prpria realidade para que
se possa adquirir e/ou desenvolver o reconhecimento da responsabilidade
sobre si mesmo. Esse aprendizado possibilita a reconstruo contnua das
experincias vividas ou imaginrias, pois atravs dos recursos internos
que a pessoa poder compreender, solucionar e adaptar-se diante de antigas
e novas experincias.
53
Questionrio
1. Do que se trata o texto?
4. O que hipnose?
Treinamento Prtico de Memorizao
54
6. Em qual sculo Milton Erickson viveu?
justamente a possibilidade
de realizar um sonho
que torna a vida interessante.
Richard Bach (1936), escritor norte-americano.
55
E se diante de suas adversidades voc soubesse que pode olhar o mundo de
forma diferente, que pode desacelerar o tempo...
E apreciar com maior clareza a situao, o que voc faria?
Teria coragem para mergulhar dentro de si?
E descobrir quo forte voc ?
Ento, concentre-se, cone e enfrente, v alm, supere.
A adversidade faz voc questionar suas limitaes, convidando-o a ultrapas-
sar a na camada que impede de conhecer a intensidade da vida.
possvel transformar adversidades em conquista e realizao humana di-
zendo sim vida, apesar de tudo.
Ento, prepare-se, demonstre conana e faa o que tem que ser feito: supere.
Ningum vai muito longe sozinho...
Precisamos um dos outros para voar.
Eleve-se.
Enfrente o desconhecido.
Encontre o silncio.
H sempre uma luz indicando uma nova possibilidade de se sobrepor e apre-
ciar suas condies da vida descobrindo assim que o potencial de realizao.
Est em nossas prprias mos.
Fortalea-se com a vida, vai mais longe quem tem um propsito, e quem se
prepara para o impossvel.
Quem tem um porqu enfrenta qualquer como.
Viktor Frankl (1905 - 1997), idealizador da Logoterapia, abordagem psico-
terpica focada no sentido da vida.
56
Qualquer coisa que voc possa fazer,
ou sonha que possa fazer,
comece a faz-la.
A ousadia tem em si genialidade, fora e magia.
Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832), es-
critor, cientista e lsofo alemo.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
VOC L SLABA POR SLABA, POIS FOI ASSIM QUE VOC
18 19 20 21 22
APRENDEU A LER.
23 24 25 26 27 28 29 30 31
A VELOCIDADE LENTA.
43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55
E ISSO FAZ COM QUE VOC SE DESCONCENTRE...
Voc pode comear a treinar sua mente e seus olhos a ler palavra por palavra:
1 2 3 4 5 6
VOC PODE LER PALAVRA POR PALAVRA.
7 8 9 10
ISSO AUMENTA SUA VELOCIDADE
11 12 13 14
DE LEITURA E CONCENTRAO.
57
Depois de treinado e aprendido a ler palavra por palavra, voc poder ler
em grupo as palavras e isso lhe ajudar a ganhar velocidade e concentrao:
1 2 3 4 5
6 7
voc consegue ainda ler sem problema. Isso porque ns no lemos cada letra
sozinha, mas a palavra como um todo. Legal, no mesmo?
Importante lembrar que as palavras menores so mais facilmente entendi-
das, mas com treino, ca fcil independente do tamanho das palavras. Seguin-
do o mesmo princpio, se voc quiser, pode montar seus textos, preservando a
primeira e a ltima letra, e perceber que ser capaz de compreender todo o
texto ou boa parte dele. Mais uma vez eu ressalto: treino fundamental.
Voc pode completar os textos. Essa mais uma maneira de voc treinar
sua mente:
58
Era *** vez um homem muito feliz *** sua famlia. Mas veio * guerra e ele teve
*** partir. Durante ** anos que cou fora, seus lhos cresceram *** saudade do
pai. Quando * guerra acabou e * homem voltou para casa, pde car *** sua
esposa * seus lhos. Mas ** meninos pareciam se exibir de toda a forma para
chamar sua ateno: queriam provar *** eram melhores e *** sabiam fazer
qualquer coisa muito bem. * mais novo era timo ** pesca, o ** meio, excelente na
corrida, e * mais velho, muito bom *** nmeros. E isso s fazia crescer ** brigas
entre eles. Mas * pai, na verdade, no queria essa competio ** casa * foi logo
dizendo * unio faz * fora e eu amo vocs como so, mas sem competies.
Existe* *uitas fo*mas de se ap*ender algo. Vo* po*e encontra* o seu camin*o.
Co*o rea*mente se ap*ende algo no*o? Somen*e atrav* *e repeti*o? Ain*a
be* que *o! Ma* importan*e lembra* *ue esse um ti*o, e*celente e mai*
comu* proces*o de memoriza*o. *oc es* treinan*o mai* de uma *orma
de reaprende* o que j *abe: ler e memori*ar. Ago*a, atrav* dessa leitu*a
59
Figura 5.1.
Para fazer esse exerccio deve-se passar os olhos de forma lenta e gradual-
mente aumentar o ritmo. Isso ajuda a treinar os olhos. Na seqncia, voc deve
fazer esse outro movimento a seguir. Deve-se faz-lo depois que o primeiro es-
tiver treinado. Lembrando que para um novo aprendizado necessrio dedicar
tempo para um treinamento ecaz.
60
Figura 5.2.
Figura 5.3.
61
62
Treinamento Prtico de Memorizao
V
K
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L
*
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63
64
Treinamento Prtico de Memorizao
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A
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Exerccios para melhorar a concentrao, memria e leitura dinmica
65
X
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E * U
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Faa o mesmo que voc fez no exerccio anterior, xe seu olhar no asterisco,
e leia as letras a volta sem mover o olhos.
AW
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Treinamento Prtico de Memorizao
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66
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Treinamento Prtico de Memorizao
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Exerccios para melhorar a concentrao, memria e leitura dinmica
69
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Treinamento Prtico de Memorizao
W U L
70
X Q K
S M N
T X F
I O L
Seus olhos devem se manter nas letras do centro, sem mov-los para as late-
rais. Voc deve perceber as letras do lado esquerdo e do lado direto.
MA R OI
HU A JL
71
MA F OI
HU E JL
FR L HQ
WQ O DC
AY B PJ
VI C SA
Treinamento Prtico de Memorizao
Voc deve olhar as letras do centro, sem mover os olhos para as laterais, mas
deve conseguir ler as palavras do lado esquerdo e do lado direto.
RUA V CIDADE
72
VILAREJO I SABER
GOSTO C PROGRAMA
AMOR E CAMA
SABOR N TELEFONE
MSICA E RDIO
VITRIA A SUCESSO
73
A
UM
MS
TRS
MESMO
QUANTO
ATENO
PALAVRAS
MOVIMENTO
APRENDENDO
JACAREPAGU
APRENDIZAGEM
COMPROMISSADO
TRANSPORTADORA
Treinamento Prtico de Memorizao
ITAQUAQUECETUBA
INTELIGENTEMENTE
Siga com olhos (sem mover a cabea) as palavras e treine a agilidade. De-
pois em outro momento a compreenso, ou seja, passar os olhos e depois ler
de forma rpida. Por isso, faa vrias vezes a leitura. Esse um exerccio de
movimentao dos olhos com duas palavras (com sentido).
74
* * *
sol brilhante carro azul girassol amarelo
* * *
fruta azeda torneira pingando prato sujo
* * *
caixa preta televiso colorida porta cd
* * *
janela aberta vento gelado boto duro
* * *
amarelo claro brinquedo de criana chocolate amargo
* * *
trevo da sorte cafezinho doce po duro
* * *
rdio relgio mar calmo envelope pardo
75
* * *
blusa justa p descalo Internet rpida
* * *
msica lenta sala quente vidro transparente
* * *
porta barulhenta viagem longa bolsa pesada
* * *
famlia feliz bola vazia som alto
* * *
cobertor azul sapato virado unha cortada
* * *
controle remoto projetor pequeno sof reclinvel
Treinamento Prtico de Memorizao
* * *
cho escorregadio anel largo escada estreita
* * *
ouro vermelho prata velha criado mudo
76
* * *
telefone quebrado garrafa vazia gua gelada
* * *
edredon quente agenda vermelha lapiseira verde
* * *
carta importante porta treco elstico frouxo
* * *
guarda-roupa desodorante cheiroso caixa quadrada
* * *
gelo seco colcho duro cadeira confortvel
* * *
porta retrato rgua diferente batom vermelho
77
* * *
lar brilhante esforo torneira orientao veloz
* * *
espera foto pato teatro alerta dinmica
* * *
regra mar sola elefante amar sonho
* * *
colher cotovelo moldura remdio mimar salo
* * *
captulo ordem margem nervos runa alemo
* * *
rosto sal maa culos exemplo queimado
Treinamento Prtico de Memorizao
* * *
esbanjar dodo dinmico leite pimenta garantia
* * *
principal luar jamais direito manga submarino
78
* * *
queimado quadro lareira cho novo correndo
* * *
esquema tcnica pagamento falar nico topo
* * *
verdade remdio conscincia populao acordo perigo
* * *
uva conspirar jogos sada gato grampo
* * *
trigo colheita disco banheiro calrico estrela
* * *
cadncia desenho fundo forma pintura seta
* * *
paraleleppedo tringulo pincel papel relgio tomada
79
* * *
celular cordo teclado dedo colar unha
* * *
barba brinco dente rvore parede madeira
* * *
metal correspondncia etiqueta batente sacola espelho
* * *
acabamento agulha calendrio dia estudante geladeira
* * *
vidro piso saliva clios lmpada dourado
* * *
disquete microfone penteado sorriso luminria almofada
Treinamento Prtico de Memorizao
* * *
salto caviar margens conduta dever ingerir
80
* *
olho de tigre arco-ris no cu
* *
perna de pau copo de suco
* *
caixa de som dvd de lme
* *
msica ao vivo programa de rdio
* *
loja em liquidao com uma perna
* *
manga da camisa ler com pressa
* *
eis a questo z de tudo
81
* *
corao de lata medo do escuro
* *
gesto sem sentido mercado de aes
* *
carga pesada entra e sai
* *
mesmo sem querer eu quero apenas
* *
somente a verdade o lado inconsciente
* *
tendo andado distrado quem vai pilotar
Treinamento Prtico de Memorizao
* *
imagine o que conversa bem ada
* *
m de semana lua de mel
82
* *
manteiga de cacau chocolate em p
* *
leite condensado puro meus sinceros sentimentos
* *
felicidade a todos nessa data querida
* *
eu sempre quis fantasia de criana
* *
copa e cozinha quem disse isso
* *
muitos anos atrs na hora certa
Continue com o exerccio para treinar a rapidez dos olhos. Agora com fra-
ses curtas.
83
* *
jogos de cartas mgica com baralho
* *
batom cor de boca sabe-se l o que
* *
eu falei que pode talvez seja assim mesmo
* *
voc bem sabe o que e por que no fazer
* *
quando ele vem aqui nada pode ser assim
* *
quero desse jeito tem tudo a ver com voc
Treinamento Prtico de Memorizao
* *
quem arrisca, petisca at parece que
* *
carnaval de rua coisa de gnio
84
* *
uma excelente idia gosto muito de caminhar
* *
lendo cada vez mais rapidez adquire-se com treino
* *
muita velocidade nos olhos mudana requer disciplina
* *
voc pode se treinar faa bem feito at o m
* *
quem diz o que quer escute a voz do corao
* *
lado inconsciente sbio mente equilibrada com exerccios
* *
pratique esportes regularmente cone na sua capacidade
85
* *
estudo o que for preciso planejamento fundamental
* *
posso agora e depois quero ainda mais
* *
eu me cuido com carinho escolho o que bom para todos
* *
viver em plena paz poder de uma outra maneira
* *
sucesso no que se faz alcance do que se pode
* *
seu merecido reconhecimento viver em boa harmonia
Treinamento Prtico de Memorizao
* *
cuidar da sade mental boa forma de se relacionar
* *
amigos sempre presentes andando no caminho certo
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Voc pode estar estudando por prazer e interesse, obrigao ou necessidade.
Independente do seu motivo, o aprendizado se d por estes trs processos, e por
meio da repetio, constncia ou mesmo por aborrecimento.
Mantenha a seqncia dos prximos exerccios. Outra tarefa para movi-
mentar os olhos com frases um pouco mais extensas que as de cima.
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Esta ser sua segunda avaliao de leitura. Para iniciar a leitura deste texto,
preciso ter um relgio ou cronmetro para que voc possa contar em quanto
tempo se consegue ler o texto que se segue abaixo por completo:
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Tempo, mudana e realidade:
liberdade na resoluo de
problemas x crculo do retorno eterno
O tempo uma unidade de medida que se pode utilizar para mensurar
a vida. Com toda certeza, viver muito mais do que isso. Se a vida feita de
momentos, pode-se dizer que tambm feita de mudanas e reconhec-las
faz parte da aceitao do real. De acordo com Schiller, o que nunca em lugar
algum aconteceu, somente isso jamais envelhece. Portanto, qualquer fato, uma
vez acontecido, ca registrado. A recordao j no mais o mesmo e o tempo
traz em si a transformao. Adaptar-se a essas variaes no pode ser conside-
rado apenas como sabedoria, mas sim, uma necessidade.
Segundo o lsofo francs Andr Comte-Sponville, a sanidade psquica
talvez seja a capacidade de enfrentar o real e o verdadeiro sem perder toda a for-
a, toda a alegria, toda a liberdade. Um aspecto da fora o de gerar movimen-
to; da alegria, o prazer em desfrutar uma determinada situao. Kant deniu
liberdade como sendo o poder de comear por si mesmo (sem causas antece-
dentes) uma srie de modicaes. Dentro desse conceito, pode-se entender a
sanidade psquica como a capacidade de questionar os prprios pensamentos,
de tal forma que isso no se torne um sofrimento.
O que fazer, ento, para lidar melhor com essas modicaes? Anal, alm
de serem inevitveis, todos tem questes a serem resolvidas, mas a forma como
cada um busca solucion-las que difere um ser humano do outro.
Quando se tem um problema, costuma-se tentar solucion-lo da maneira
que se resolveu da ltima vez, pois aprendeu-se que era uma forma de obter um
resultado satisfatrio. Quando a diculdade nova, normalmente, busca-se
respostas que deram certo com questes semelhantes. Mas, nem sempre isso
suciente. Na busca da superao de um conito, algumas vezes, entra-se
Treinamento Prtico de Memorizao
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por si mesmo, quanto por outros. Ao identicar isso, o ser humano ca mais
prximo dos princpios que regem sua unidade psquica. Esse processo possibi-
lita o governar de si mesmo.
Fonte: www.curadalma.com.br.
Questionrio
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3. Segundo o texto, o que sanidade psquica?
pois dependendo do material que est sendo lido, nem sempre se tem imagens
rapidamente associadas s palavras. Para memorizar algo, de fato a criao de
imagens facilita bastante.
Treine sua capacidade de visualizao. Para cada palavra escrita abaixo,
crie uma imagem. S passe para a palavra seguinte depois de ter uma gura
formada na mente. Esse exerccio deve ser realizado com bastante ateno, sem
pressa, pois envolve a capacidade de criao e o trabalho de imagens. dife-
rente dos exerccios que foram feitos at agora de treinamento de movimento
rpido dos olhos. Isso ajuda na reteno do contedo lido.
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1. caixa. 18. degrau 35. tapete
2. cachorro 19. cadeira 36. ventilador
3. giz 20. boneca 37. lmpada
4. laranja 21. vela 38. raquete
5. gua 22. or 39. pizza
6. boca 23. celular 40. mesa
7. carro 24. prego 41. mo
8. televiso 25. prateleira 42. rgua
9. geladeira 26. mochila 43. papel
10. cabelo 27. chaveiro 44. anel
11. patins 28. abelha 45. armrio
12. telefone 29. bicicleta 46. dente
13. vaso 30. lareira 47. garrafa
14. dicionrio 31. boto 48. envelope
15. quadro 32. interruptor 49. o
16. computador 33. bola 50. brinco
17. porto 34. pedra
Agora crie as imagens que, para voc podem representar as palavras abaixo.
Esse exerccio contribui para melhora da memria:
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Independente das listas das palavras que voc leu e pensou por meio de
imagens, voc pode fazer isso durante o seu dia-a-dia como forma de treino,
por exemplo, um texto na Internet, ou mesmo uma matria de revista. Esse
livro um guia para que voc possa posteriormente explorar melhor seu conhe-
cimento, sua capacidade e compreenso.
Treine sua capacidade de associao:
1. Psicologia: mente, corpo, equilbrio, alma, psique, consultrio, felicida-
de, harmonia.
2. Histria: passado, futuro, tempo, revoluo, sistema, evoluo, nan-
as, economia.
3. Matemtica: nmeros, clculo, soma, subtrao, resultado, cincia,
poupana.
4. Ateno: transe, hipnose, compreenso, discernimento, capacidade, in-
teligncia.
5. Bruxo: feiticeiro, tar, profeta, vidncia, futuro, previso, ervas, adivi-
nhao.
6. Felicidade: sorte, merecimento, sucesso, vida, acontecimento, escolhas,
paz.
7. Animal: bichos, mata, planta, oresta, Amaznia, ores, fauna, ora,
verde, vivo.
8. Estrada: evoluo, tempo, rapidez, pressa, velocidade, carros, cami-
nhes, asfalto.
9. Famlia: casa, carro, lhos, marido, esposa, me, pai, avs, tios, primos,
netos.
10. Televiso: programa, olhos, ateno, vendas, informao, teis, in-
teis, divertimento.
11. Shopping Center: compras, estacionamento, ofertas, preo, produtos,
servios.
Treinamento Prtico de Memorizao
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16. Presente: embrulhar, lao, contedo, lembrana, carinho, aniversrio,
merecimento.
17. Apartamento: elevador, escada, varanda, quartos, famlia, moradia,
garagem, vista.
18. Futebol: bola, jogador, grama, trave, juiz, arquibancada, torcida, ban-
deira, time.
19. Show: msica, banda, artista, iluminao, criatividade, estdio, mul-
tido, energia.
20. Escola: contedo, professor, explicao, sucesso, inovao, esporte, teo-
ria, alunos.
Figura 5.4.
Voc provavelmente imagina que o crculo est se mexendo, mas isso no cor-
responde realidade, apenas uma distoro da mente. O crculo est parado.
95
Figura 5.5.
As linhas so retas, mas ser que isso mesmo que voc v no primeiro
momento?
Voc deve continuar treinando, pois o tempo de leitura pode e deve melhorar
com sua persistncia.
96
Ser que a felicidade algo que vem e vai na vida das pessoas? Ela pode esco-
lher em quem habitar ou ser que cada um pode optar por ser feliz? E como os
indivduos fazem essa escolha?
Muitas pessoas dizem: Serei feliz quando... e esperam quase que eterna-
mente algo acontecer. E porque no agora, aproveitando o que se tem ao trans-
formar sonhos em realidade? Ser que a felicidade aparece quando se chega l,
ou se manifesta, quase que por si s, durante o caminhar?
Denir felicidade uma tarefa complexa, principalmente porque o que
agrada algumas pessoas pode desagradar outras. Entretanto, algumas coisas
so de senso comum. H uma msica do compositor e cantor Guilherme Aran-
tes, que diz: Eu daria tudo por meu mundo e nada mais. Dentro desse contex-
to, pode-se entender felicidade, como sendo a realizao pessoal. E no apenas
a concretizao dos objetivos, mas todo o seu trajeto. fundamental saber
usufruir do que se tem em cada momento da vida, para s depois desejar algo
novo. O que ocorre, muitas vezes, o contrrio: as pessoas no desfrutam do
que possuem e justamente por isso, desejam algo diferente. Mas, se enganam
com a perspectiva de felicidade futura. E talvez a questo seja trabalhar esse
tempo entre o querer e o ter, pois evitar que esse tempo exista humanamente
impossvel. Aprender a lidar com esse perodo uma aprendizagem. Sempre se
pode descobrir algo diferente no presente, de tal forma que isso ajude na trans-
97
produto de alguma outra coisa que as pessoas esto fazendo. Todos os outros
desejos so, na verdade, apenas uma ponte, um caminho para alcan-la. Dessa
maneira, esse querer se torna um meio para tentar atingi-la. As pessoas querem
possuir dinheiro, amor e sade, pois acreditam que ao alcan-los e desfrut-los
descobriro automaticamente o que ser feliz. E muitas vezes se esquecem de
que ser feliz estar e no apenas o chegar l.
fundamental desfrutar de momentos agradveis, bem como aprender a
lidar com a falta do que se almeja, respeitando o tempo para alcanar o que se
quer, e tendo exibilidade para mudar os caminhos que se escolheu, caso haja
necessidade. Aprender a conviver com a falta , mais do que uma escolha, uma
obrigao de quem quer ser e feliz.
Fonte: www.curadalma.com.br.
Questionrio
Treinamento Prtico de Memorizao
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2. Do que se trata o texto?
Nesse livro, voc j treinou seus olhos, sua capacidade de imaginao, e agora
pode treinar tambm o estabelecimento de metas e seu cumprimento. poder
construir uma ponte que levar voc de onde est para onde quer chegar.
Existem vrios mtodos de alcance de objetivos. Muitas empresas usam
esses mtodos para alcanar o que querem. Vou dar um exemplo:
99
P: Planning (planejar).
D: Doing (fazer).
C: Check (checar).
A: Action (agir).
P planejar
D fazer
Ponha em prtica as metas dirias que voc escolheu, pois de nada adianta
apenas querer, tem de fazer acontecer.
C checar
Treinamento Prtico de Memorizao
Avalie suas aes. Voc est seguindo o roteiro que estabeleceu? E tendo os
resultados que voc se props? Se voc est cada vez mais perto de alcanar o
que quer, continue; caso contrrio, reavalie o planejamento que voc escolheu.
No culpe, nem voc, nem os outros. O que voc deve fazer entender o que
est acontecendo e atuar sobre esse ponto. Por exemplo, uma das causas de
baixa capacidade de concentrao e memorizao so problemas emocionais,
como ansiedade e depresso. Se isto est acontecendo, cuide de voc, existem
muitos tratamentos com timos resultados.
100
Os erros so, no mnimo,
um sinal de que estamos saindo da estrada principal
e experimentando outros caminhos.
Roger von Oech, autor de livros, inventor e palestrante.
A agir
Este livro o incio do aprendizado. Voc pode treinar mais de uma vez os
exerccios aqui apresentados, ou mesmo entender os princpios e depois treinar
com outras leiutras. Nesse momento, o real aprendizado vai depender da sua
dedicao, treinamento e interesse por conhecer outras tcnicas mais avana-
101
das de leitura dinmica e memorizao. Existem muitas formas e maneiras,
so inmeras as tcnicas que podem lhe orientar a seguir nesse novo caminho
de agilidade na leitura e capacidade de reteno do que l. Voc vai, a partir de
agora, se tornar um autodidata, pois no existe um mtodo nico que bom e
se encaixa para todas as pessoas. Voc, certamente, encontrar o seu! Sucesso!
Treinamento Prtico de Memorizao
102
CAPTULO 6
HISTRIAS E
METFORAS
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O mestre, ento, tirou o capuz de sua cabea, sorriu e disse bem baixinho:
Muito mais importante do que o que uma pessoa ensina o que o outro en-
tende... Eu, na verdade, s queria que ele pegasse o pano que havia cado no
cho e colocasse no lugar...
Que voc possa fazer bom uso dos ensinamentos desse livro, pois mais im-
portante do que est escrito aqui, ser o que voc far com o que aprendeu!
Tudo de bom e sucesso a voc!
Desejo que voc tenha muito sucesso no encontro de um estudo com mais
rendimento, leitura com mais rapidez, concentrao e qualidade.
Histrias e Metforas
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CAPTULO 7
CIENTIFICAMENTE
FALANDO
Nada mais sabe o homem alm do que aprende pela prpria experincia.
Christoph Martin Wieland (1733-1813), poeta alemo
Enhancing Healthcare Education With Accelerated Learning Techni-
ques. Sally A. Henry, MA, RN, FHCE, and Roger G. Swartz, MSEd, MPA.
Journal of Nursing Sta Development. Volume 11, nmero 1, 21-24. 1995, J. B.
Lippincott Company.
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Bibliografia
BIBLIOGRAFIA
Vdeos:
Quem Somos Ns? Um e Dois (repetio de padro).
Janela da Alma (percepes de mundo).
Gnio Indomvel (domar a mente e treinar).
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranas (memria).
Sites:
www.psiclinica.com.br.
Treinamento Prtico de Memorizao
www.curadalma.com.br.
www.youtube.com.
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