Aula 8 - Aguas Pluviais

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Universidade de Braslia

Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental

Projeto de Instalaes Prediais 1

GUAS PLUVIAIS

Profa. Dra. Cludia Marcia Coutinho Gurjo


GUAS PLUVIAIS
Denio: guas pluviais so as guas provenientes das chuvas.

Nas edicaes existem os seguintes dispositivos para proteger as


mesmas das guas pluviais. So eles:

A) Telhados e/ou coberturas que procuram impedir a entrada de guas


pluviais;
B) Sistema pluvial, que tem a funo de recolher e dispor
adequadamente as guas pluviais;
C) Rufos que so colocados no encontro dos planos de telhados ou
entre o telhado e a parede de vedao contra a penetrao de gua;
D) Pingadeiras.
Objetivos

Afastar as guas de chuvas para rua


ou coletor pblico para evitar
inundaes;
Proteger as paredes de umidade;
Evitar desconforto de moradores e
transeuntes;
Norma NBR 10884/1989 Instalaes Prediais de
guas Pluviais

DEFINIES
-Calha: sistema normalmente em posio quase horizontal,
que intercepta e recebe as guas de chuva de uma cobertura;

-Condutor: tubo vertical e/ou horizontal que recebe as guas


coletadas das calhas e as transporta at o nvel do cho;

-guas: cada um dos planos de um telhado, pelos quais a


gua da chuva cai e escoa.
Partes componentes - guas Pluviais
Sistema de Captao de AP
Tipos de Telhados
Disposio da cobertura
Calhas
Partes componentes - guas Pluviais
Calhas
Posicionamento de calha em telhados
Materiais utilizados - guas Pluviais

Calhas

a) chapas de ao galvanizado, de folhas de flandres, de cobre,


de alumnio ou de ao inoxidvel ;
b) de fibrocimento em sees semicirculares;
c) PVC rgido, tambm em sees semicirculares;
d) fibra de vidro;
e) concreto ou alvenaria, com camadas de argamassa
impermeabilizante.
Materiais utilizados - guas Pluviais

Condutores

a) chapa de ao galvanizado, folhas de flandres, de cobre, de


alumnio ou de ao inoxidvel, em sees quadradas,
retangulares ou circulares;
b) tubo de ferro fundido para estruturas sujeita movimentao;
c) tubos de fibrocimento;
d) tubos de PVC rgido.
Materiais utilizados - guas Pluviais

Coletores

a) tubos de PVC rgido;


b) tubos de cimento-amianto;
c) tubos de concreto simples ou armado;
d) canaletas de concreto;
e) manilhas de barro vidrado;
f) tubos de ferro fundido.
Materiais utilizados - guas Pluviais

ralos ou grelhas

a) Para os ralos de terraos ou lajes impermeabilizadas,


utilizam-se PVC, de cobre, de lato ou de ferro fundido, com
grelhas de metal ou plstico.
b) As grelhas para proteo dos condutores costumam ser de
ferro fundido.
c) So utilizadas canaletes de concreto com grelhas de ferro
chato, em rampas de entrada de garagens e passeios.
Resumo Materiais
Definies teis
a) Seo molhada (SM) - a seo transversal,
correspondente seo efetiva de escoamento;
b) Permetro molhado () - a linha de interseo da seo
molhada com as paredes do conduto;
c) Raio hidrulico (RH) - a relao entre a seo molhada e o
permetro molhado, isto ,
Definies teis
d) Intensidade pluviomtrica (i) - a medida, em mm/h, da
quantidade de chuva que cai num determinado local para um
determinado espao de tempo. Este valor medido com um
pluvigrafo;

e) Coeficiente de escoamento superficial (c) - tambm


conhecido com o nome de "coeficiente de deflvio" ou ainda
"coeficiente de run-off e corresponde parcela de chuva que
escorre pela superfcie;
Definies teis

f) Dimetro nominal (DN) - um simples nmero que serve para


classificar, em dimenses, os elementos de tubulaes (tubos,
conexes, condutores, calhas, bocais etc.) e que corresponde,
aproximadamente, ao dimetro interno da tubulao em mm. O
dimetros nominal no deve ser objeto de medio e nem ser
utilizado para fins de clculos;
g) Tempo de durao: perodo de tempo que dura a chuva;
h) Tempo de retorno (ou tempo de recorrncia) - tempo, em anos,
em que uma chuva com uma determinada intensidade se repete;
Definies teis

i) Tempo de concentrao (tc) - o intervalo de tempo decorrido


entre o incio da chuva e o momento em que toda a rea de
contribuio passa a contribuir para uma determinada seo.
No caso de telhados, o tempo de concentrao de,
no mximo, de um minuto, ou seja, depois de um minuto
de chuva j se tem a mxima vazo sendo coletada
pela tubulao. ;
j) Vazo de projeto (Q) - a vazo de referncia para
dimensionamento de calhas e condutores.
A NBR E OS ELEMENTOS HIDROLGICOS
A norma fixa que cada obra, em funo de seu tamanho, deve ter seu
tempo de retorno adotado e dever ser:

T=1 ano, para obras externas onde um eventual alagamento pode ser
tolerado;

T= 5 anos, para coberturas e telhados;

T= 25 anos, para locais em que um empoamento seja inaceitvel.

Para a intensidade de chuvas, apresentada a intensidade pluviomtrica


em funo da localidade geogrfica;

Para obras correntes e de reas de telhado de at 100m, pode-se adotar


a medida de chuva padro de 150mm/h de intensidade de durao e de 5
minutos;
Conhecida a medida de chuva do projeto e que corresponde a uma
vazo unitria sobre a cobertura, pode-se estimar a vazo a ser
coletada pelas calhas pela frmula:

A i = intensidade pluviomtrica (mm/h)

Q =i A = rea de contribuio (m)

3600 Q = l/s

Considerando que a chuva no cai horizontalmente, a norma


apresenta critrios para determinar a rea de contribuio em funo
da arquitetura dos telhados.
Intensidade pluviomtrica (i) e perodo de retorno (T)

Conhecendo o tempo de concentrao ( tc ) e perodo de


retorno (T), pode-se determinar a intensidade pluviomtrica i, a
partir das conhecidas curvas de intensidade durao -
freqncia: Ilustrado na Figura
rea de Contribuio
reas
Dimensionamento
Determinao da Vazo
Perodo de Retorno
T = 1 ano, para obras externas onde empoamentos
possam ser tolerados;
T = 5 anos, para coberturas e/ou terraos;
T = 25 anos, para coberturas ou reas onde empoamentos
e/ou extravazamento no possa ser tolerado.
Q (l/s)= (I x A)/3600
Braslia I = 176 mm/h (Para T = 5 anos)
CALHAS
Em funo do tipo de calha, obtida sua capacidade hidrulica;
As calhas devem ter declividade mnima de 0,5%;
Toda calha com curva que serve duas ou mais guas de um
telhado, tero um fator de decrscimo de sua capacidade, se
comparada com uma calha com desenvolvimento reto. Nesta
situao, a norma optou por aumentar a vazo de projeto por um
fator maior que 1;
O escoamento em calhas, assim como nas tubulaes de esgoto,
se d por gravidade;
A NBR, em caso de tubos, j fornece a capacidade dos mesmos
em funo da declividade, dimetro, rugosidade e admitindo-se que
o escoamento se d a 2/3 da altura
A Tabela foi idealizada por meio da frmula de Manning-Strickler:

Onde:
Q = vazo da calha (L/min);
S = rea molhada (m);
Rh = raio hidrulico (m); P = permetro molhado(m);
i = declividade da calha (m/m); n = coeficiente de rugosidade;
K = 60000 (coeficiente para transformar vazo em m/s para
l/min)
Coeficientes de rugosidade utilizados para os diferentes materiais.

A tabela abaixo representa a capacidade de calhas


semicirculares, usando coeficiente de rugosidade n=0,011 para
alguns valores de declividade. Os valores foram utilizados
utilizando a frmula de Manning-Strickler, com lmina de gua
igual a metade do dimetro interno.
Dimensionamento das Calhas
Dimensionamento das Calhas
EXEMPLO:
Qual a capacidade de um tubo de PVC, d=100mm, com declividade
de 4%, escoando a seo plena?
Pela tabela: capacidade a 2/3 da altura de 575l/min. Esta capacidade
corresponde a 77% da capacidade da vazo plena. Portanto:

100 575
Qplena = = 746l / min
77

Qual a altura deste tubo com uma vazo de 430 l/min?

430
= 57% = 57 mm
746
CONDUTORES

Como so peas verticais, seu dimensionamento no pode ser feito por


meio das frmulas de escoamento de canal.
A NBR apresenta bacos especficos que necessitam das informaes
de:
- Q: vazo trazida pelas calhas que alimentaro os condutores;
- L: altura do condutor (soma dos ps-direitos da edificao);
- H: altura de gua na calha (no topo do condutor);
Com esses dados pode-se escolher nos bacos os dimetros do
condutor. So apresentados bacos para calha com sada em aresta viva
e calha com funil de sada.
Quando um condutor vertical transporta gua pluvial
proveniente de calha ou platibanda, a tomada dgua feita em
canto vivo, ou seja, com a formao de uma aresta no fundo da
calha;

Esta aresta cria certa dificuldade para a entrada de gua da


calha para o interior do condutor vertical, pois o escoamento
horizontal na calha transita para uma outra forma de regime de
escoamento dentro do condutor;
Dentrodo condutor, o fluxo de gua arrasta consigo o ar atmosfrico
por atrito, cuja entrada estrangulada na embocadura da calha,
principalmente quando existe uma aresta viva;
Para evitar que o ar ocupe espao em demasia dentro do condutor,
pode-se adotar uma reduo gradual da seo de embocadura do
condutor vertical.
Este efeito proporcionado pela interposio de um funil de sada,
reduzindo o efeito da aresta viva.
EXEMPLO
Um prdio tem duas alas que escoam
guas pluviais para uma canaleta
central superior a qual descarrega em
um funil alimentador de um condutor
vertical. As dimenses de cada ala
7x12=84m.

Como a rea servida igual a


84x2=168m e a chuva de 150mm/h,
utilizar-se- um tubo de 150mm.
Condutores Verticais
Condutores Embutidos e Aparentes
Sobreposio dos Telhados
Condutores verticais

a) Condutores verticais devem ser projetados, sempre que possvel, em


uma s prumada; quando houver necessidade de desvio devem ser
usadas curvas de 90 de raio longo ou curvas de 45 e previstas peas
de inspeo.
b) O dimetro interno mnimo dos condutores verticais de seo circular
de 3 (75 mm).

Casos de pequenos telhados

Telhados com reas de contribuio inferiores a 100m2, em projeo


horizontal, podero ser calculados com i = 150mm/h, as calhas e terraos
com declividades mnimas de 0,5% (I= 0,005 m/m). Os condutores verticais
podem ser calculados pela forma tradicional, isto , admitindo-os como
condutores com inclinao de 0,5%.
Coletores Horizontais
Dimensionamento
Caixas Coletoras
Captao de guas pluviais em Pisos
Captao de guas pluviais em Jardins
Captao de guas pluviais em Floreiras
Marquises - Buzinote
Montagem de Calha guas Pluviais
Montagem de Calha guas Pluviais
Montagem de Calha guas Pluviais
Reuso de guas Pluviais

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