Historia Do Saneamento Básico

CENTRO UNIVERSITRIO DE PATOS DE MINAS UNIPAM
CURSO DE ARQUITETUTA E URBANISMO

DISCIPLINA: SANEAMENTO AMBIENTAL
PROFESSOR: TIAGO SANTOS
EVOLUO HISTRICA DO SANEAMENTO
DERCY MACHADO DA SILVEIRA

GABRIELE CAROLINA DUARTE
JLIA MARIA SILVA
NICE GARCIA MORAIS FLOR
PATOS DE MINAS
2017
DERCY MACHADO DA SILVEIRA
GABRIELE CAROLINA DUARTE
JLIA MARIA SILVA
NICE GARCIA MORAIS FLOR
EVOLUO HISTRICA DO SANEAMENTO
Trabalho apresentado como requisito parcial de

avaliao da disciplina Saneamento Ambiental do
curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro
Universitrio de Patos de Minas, sob orientao do
professor Ms. Tiago Santos.
PATOS DE MINAS
2017
INTRODUO
A gua indispensvel vida das comunidades humanas, que procuraram sempre fixar
suas moradas prximas desse precioso recurso. Desta forma, o homem aprendeu desde a
antiguidade, pela prpria experincia, que a gua suja, o lixo e outros resduos podiam
transmitir doenas e comeou a adotar medidas para obter gua limpa e livrar-se dos resduos
que produzia. Assim nascia o Saneamento Bsico, com o objetivo de minimizar, preservar ou
corrigir possveis agravos ao meio ambiente e a sade das pessoas. Ter saneamento bsico um
fator essencial para um pas poder ser chamado de pas desenvolvido, alm de uma importante
ferramenta de sade pblica preventiva. Nos pases mais pobres ou em regies mais carentes,
as doenas decorrentes da falta de saneamento bsico tendem a ocorrer de forma endmica e
causam muitas mortes. No Brasil, a situao tambm alarmante, os nmeros da Organizao
Mundial de Sade (OMS) demostram que a populao de algumas regies ainda segue sofrendo
com falta de polticas bsicas de ateno sade. O efeito das doenas causadas pela
exposio ao esgoto e a gua contaminados prejudica sobretudo as crianas na primeira
infncia, perodo dos 0 aos 5 anos de idade, fase na qual os fatores externos so determinantes
para o seu desenvolvimento fsico e intelectual.
CONCEITO
Sanear vem do latim sanu e quer dizer: tornar saudvel, tornar habitvel, higienizar,
limpar. Saneamento o conjunto de medidas adotadas para preservar as condies do meio
ambiente, prevenir doenas e promover a sade pblica. Suas principais atividades so: o
abastecimento de gua com qualidade e quantidade compatvel com a proteo a sade; a coleta,
tratamento e disposio ambientalmente adequada dos resduos produzidos pelo homem, como
esgoto e lixo, tornando-os inofensivos sade; drenagem das guas pluviais para o controle de
inundaes, com a construo de canais para o esgotamento das guas das chuvas para os rios
e a localizao e combate de insetos, roedores e outros vetores transmissores de doenas.
HISTRICO
- Pr-Histria:
Neste perodo, os homens utilizavam mtodos bastante simples para recolher e
armazenar a gua que necessitava para consumo, geralmente folhas ou utenslios feitos de pedra
e restos de ossos de animais. De vida nmade, mudavam constantemente de lugar, os hbitos
eram extremamente simples, consumiam apenas o essencial para a sobrevivncia e tambm, a
populao era bem pequena. Eles deixavam os restos de alimentos e dejetos acumulando-se
dentro da prpria habitao, porm, evidente que a quantidade de detritos produzida era
insuficiente para causar alteraes ambientais significativas.
- Perodo Neoltico
Aqui o homem atingiu um importante grau de desenvolvimento e estabilidade, com a
descoberta da agricultura e a criao de animais, surgiram as primeiras aldeias. Com isso,
tiveram incio os processos de modificao dos recursos naturais como o solo e a gua, era
preciso controlar as guas das chuvas e dos rios prximos, criando formas de irrigar as
plantaes. Tambm aumentou a produo de lixo, esgotos e outros detritos que favoreceram a
proliferao de ratos e insetos e a poluio dos rios.
- Idade Antiga
Com o decorrer do tempo, o surgimento das cidades e o crescimento da populao, as
necessidades humanas passaram a exigir quantidades cada vez maiores de gua e facilidade de
acesso s fontes existentes. A descoberta de novas fontes de suprimento, inclusive no subsolo,
exigiu o desenvolvimento de projetos de engenharia, bastantes sofisticados para a poca, que
permitissem a conduo e o armazenamento de gua. Os poos de gua cavados, que
inicialmente eram rasos, chegaram at 450 metros de profundidade.
Os egpcios dominavam tcnicas sofisticadas de irrigao do solo na agricultura e
mtodos de armazenamento de lquido, eles costumavam armazenar gua em grandes potes de
barro durante aproximadamente um ano, tempo suficiente para que a sujeira se depositasse no
fundo do recipiente e assim poder ser consumida. Tambm em algumas cidades egpcias foram
encontrados sinais da existncia de banheiros em algumas residncias.
Os gregos antigos j tinham o hbito de enterrar as fezes ou as afastarem para um local
distante de suas residncias. A cidade de Atenas possua um sistema de esgoto. Outras medidas
sanitrias foram tomadas, como o tratado de Hipcrates Ares, guas e Lugares, que
informava aos mdicos sobre a relao entre o ambiente e a sade. Filsofos como Plato e
Aristteles tambm se preocupavam com a qualidade da gua e com medidas sanitrias.
O Imprio Romano foi a primeira grande civilizao a cuidar especificamente do
saneamento, A cidade de Roma foi fundada no topo de uma colina, porm com a expanso da
rea urbana, houve a necessidade de drenagem do vale pantanoso que existia logo abaixo. Roma
se transformou numa cidade-mercado e sua populao atingiu cerca de um milho de habitantes.
Os romanos desenvolveram construes destinadas ao transporte de gua, chamadas de
aquedutos. O primeiro aqueduto romano, o Aqua Apia, tinha cerca de 17km de extenso e foi
construdo em 312 a.C. A cidade, no perodo Imperial contava com onze aquedutos, porm,
somente tinham gua canalizada os cidados mais abastados, o restante da populao recorria
as fontes pblicas instaladas nas praas. Essas obras tambm abasteciam as termas, locais
destinados aos banhos pblicos. Por volta do ano 300 d.C., existiam em Roma mais de 300
banhos pblicos que consumiam cerca de 3 milhes de litros de gua por dia. Os romanos
tambm se destacaram na construo de redes de esgotos e de canalizaes para escoamento
das guas de chuvas na cidade. Conhecida como Cloaca Mxima, tinha a finalidade de drenar
as guas residuais e o lixo para o Rio Tibre. O sistema original, era constitudo na maior parte,
por um canal a cu aberto que foi gradualmente sendo coberto, medida que o espao dentro
da cidade foi ganhado valor. Grande contribuio ao saneamento dessa poca, foi dado por
Marco Vitrvio Plio que em seu livro The Architectura, destacou a importncia de determinar
a salubridade de um stio antes da fundao de cidades e a construo dos edifcios, alm de
indicaes precisas para selecionar a posio e o tipo de sistema de drenagem das moradias.
- Idade Mdia
- Idade Moderna
- Evoluo do Saneamento no Brasil
H relatos que as comunidades indgenas j se preocupavam com o saneamento e o

perigo da sua falta. A histria conta que os ndios armazenavam a gua para o consumo em
vasos de barro e de argila e em grandes caambas de pedra. Alm disso, com os dejetos,
tambm havia um cuidado especial, nas aldeias existiam espaos determinados, usados apenas
para as necessidades fisiolgicas.
No Brasil, assim como em outras partes do mundo, a histria do saneamento se
confunde com a formao das cidades. No incio o abastecimento de gua era feito atravs de
coleta em bicas e fontes que ficavam prximas aos povoados que comeam a se formar. As
nicas aes de saneamento que existiam era a drenagem dos terrenos e a instalao de
chafarizes que facilitava a coleta de gua pela populao. Os Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro,
foi o primeiro aqueduto construdo no Brasil, em 1723.
Mais tarde, com a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808, os impactos no
pas foram muito grandes. Na cidade do Rio de Janeiro a populao duplicou e atingiu quase
cem mil habitantes, entretanto a evoluo da higiene no acompanhou o aumento
populacional. As instalaes sanitrias ficavam nos fundos das casas e os dejetos eram
armazenados em barris especiais que, quando enchiam aps vrios dias causando mau cheiro,
eram transportados pelos escravos e despejados na beira-mar, onde eram lavados para
novamente serem utilizados. A gua para o abastecimento das residncias continuava a ser
recolhida pelos escravos, nos chafarizes pblicos. Ainda neste perodo, algumas aes de
saneamento foram iniciadas, foram criadas leis para a fiscalizao dos portos e que impediam
a entrada no pas de navios com pessoas doentes, alm de uma rede de coleta para
escoamento de guas das chuvas, mas apenas nas reas onde moravam os aristocratas.

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